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REBELDI A E LI BERTAÇÃO
Ci ro Bezerra
ci ro. uf al @ gm ail . com
F abi o Mont es
f abi oci enci associ ai s@ gm ail . com
INT RODUÇÃO
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fil e:///C:/ User s/DE LL/D own l oads/ epi ct et o.pd f . A cesso em 28 - 07-20 17
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professor (no presente) e o estudante (no futuro). Eu, por e xe mplo, sou
escravo.
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Por ex em pl o, n os Cur sos d e Li c en ci a t ur a s da Un i ver si da de F eder a l de Al a goa s é
si m bol i ca m en t e r epr esen t a ti vo de st a dom i n a ção a di s ci pl i na Pr ofi ssã o D oc en t e. E st a
di sci pl i n a é i m post a pel a Pr ó -r ei t or ia de Gra dua çã o a t odos os Cur sos d e Li cen ci a t ur a, i st o
é, Cur sos de F or m a çã o de Pr ofes s or es. Qua l o s en t i do dest a di sci pl i na n os cur sos d e
for m a çã o de pr ofes s or es ? In t erna l iz ar n os est uda nt es de l i cen ci a t ura s com o el e s ser ã o n o
fut ur o, quan do con cl uí r em seus cur sos de for ma çã o de pr ofess or e s: pr ofi ssi on a i s. E
pr ofi s si on a l é escr a vo. Por t an t o, un i ver si da des br a si l eir a s com o a Un i ver si da de Feder a l de
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MASON, L. F. – Hi st óri a da Ciê nc i a: a s pr in ci pa i s cor r en t es do pen sa m ent o ci en t í fi c o.
Sã o Pa ul o: E di t or a Gl obo, 1962.
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A a pr opr i a çã o de con h eci m en t os r evel a tr ês ca r act er í st i ca s bá si ca s. Pr i m ei r o el a si gn i fi ca
pr oce ss o d e s oci a l i z a çã o. Nest a s oci a l i z a çã o oc orr e a a ssi m il a çã o da cul t ur a e do et h os, e
de um a ét i ca que or i ent a a s a ções e a t i vi da des do s er h uman o n a vi da , in c l usi ve a vi da n o
t ra ba l h o. Na m oder n i da de a a pr opr i a çã o de con heci m en t os é vi st a com o, si m ul tan ea m en t e,
en ri queci m en t o dos s er es h um an os e da s N a ções. Ma s n a a nt i gui da de cl á ssi ca a
a pr opri a çã o de c on h eci m en t os est a va r el a ci on a da a o des en vol vi m en t o da s vi r t udes.
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Pr ofe ss or de cur sinh os pr é -ve st i bul a r es que pr epa ra m joven s par a in gr essa r em n a s
un i ver si da des públ i ca s. S obr e a r el a çã o en t r e cér ebr o e a pr opr i a çã o de c on h eci m en t os o
Pi a z z i escr e veu t r ês l i vr os pa r a “a l un os” , pa i s ou r espon sá vei s e pr ofes s or es,
r espect i va m en t e: [1] A pre nde ndo Int e l i gê nc i a. Man ua l de In st r uções d o Cér ebr o pa r a
E st udan t es em Ger a l (Vol um e I); [2] E st i mul ando Int e l i gê nc i a . Man ua l de In str uçã o d o
Cér ebr o d e s eu Fi l h o (V ol um e II); [3] E nsi nando Int e l i gê nc i a. Man ua l de In str uções d o
Cér ebr o d o s eu Al un o (V ol um e III). Há out r a s obr a s a cessí vei s de Pi a z z i : Col e ç ão
Ne uroapre ndi zage m -pi a z z i, Pi erl ui gui (e -book s) ; Int e li gê nci a e m Conc ursos . Man ual de
In str uçõe s do Cér e br o pa ra Con cur sei r os e Ves t i bul a n dos (Vol um e IV); e A pre nde ndo a
apre nde r: com o t er suces s o em m a t em á ti ca , ci ênci a s e qua l quer out ra m a t éri a .
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LE SSA, S. – O re v ol uc i onári o e o e st udo : por que n ã o est uda m os ? Sã o Pa ul o: In st i t ut o
Luká cs, 2014 e LE SSA, S. – Trabal ho e prol etari ado no c apit al i smo c ont e mporâne o . 2ª
edi çã o. Sã o Pa ul o: Cor t ez , 2011.
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Pi a z zi fa l a em “esca da da in t el i gên ci a” . Que t em os que su bi r t odos os di a s se de se ja m os
dei xa r de tra t ar n ossa s vi da s c om o ba n a l i da des. Degr a us m uit o ba i xos. Os degr a us da
i nt el i gên ci a sã o ba i x os. P or t an t o, t ra t a -se de um a con qui st a ár dua e qua se i m per cept í ve l
i m edi a t am en t e pel os suj ei t os peda g ógi c os.
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Apesa r de t er for m ul a do pr oposi ç õe s i n t er essa nt es a poi a da s n a r egul ar i da de da l ei t ur a e
es cr i t a e, in cl usi ve, se r efer i r a o pr a z er em l er, Pi az z i n ã o dei xa de com et er equí voc os
t eór i c os. Da m esm a for m a com o eu com et o e c om et er ei , sem pr e! Nã o h á com o e vi t a r.
Por que n ós h um an os som os a ssi m m esm o, i m per fei t os. E que n ã o se pen se p or m inha
l in gua gem e for m a de di z er a s coi sa s qu e est ou desd en han do ou d e boch a n do de Pi a z z i .
E scr evo des se j ei t o p or q ue esc ol h i o gên er o li t er ár i o da cr í ti ca , que pode expl or a r a
i r on ia , a tr a gédi a, o dr am a , et c. Ma s t enh am a m inha pa l a vr a que o fa ç o em n om e da
ver da de e pel a s r az ões ét i ca s e ut ópi ca s que m ovem o m eu ser . E u n ã o t enh o pr obl em a s de
ser si n cer o e di z er a ver da de, a in da que doa a qui den tr o! T em gen t e que per gunt a se eu
“pr efi r o a doce m en t i ra ou a am ar ga ver da de” . E st a pess oa di z que pr efer e a “a m ar ga
ver da de” , m a s nã o con h eci a in da uma pessoa t ão popul i st a e “m en t ir osa ” , que m en t e a si
m esm a par a m an t er a p ose e a i m a gem de fel i c i da de n a in fel i ci da de. A si m ul a çã o é t ã o
per fei t a que n in guém desc on fi a de seu s or r i so post i ç o.
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E m a l guma obr a E in st ei n a fi rm ou que i n t el i gên ci a nã o é dom ou pri v i l é gi o dos que
nasc e m e m be rç o de ouro , é “99% de es for ç o e 1% de for ça de von t a de” , em ser es
h uman os sem pr obl em a s bi ol ógi c os. Ni n guém em sã con sci ên ci a a cr edi t a que o “ ouro”
a juda , n em E in st ein . E na obr a A Di st i nç ão Bour di eu, o cr í ti co da educa çã o bur guesa
Bour di eu, expl i ca em det a l h es e exa ust ã o, de for m a con si st en t e em sua s pesqui sa s, o
por quê d o pr obl em a da dua li da de est r ut ur a l det er min ar tã o si gn i fi ca t i va m en t e os fr a ca ss os
de en si n o na m a i ori a dos pa í ses depen den t es. Ma s, cer t am en t e, n ã o é por que o en sin o est á
ba s ea do n o a l un o e n ã o n o est uda n t e; ou p or que a l un o c on ve r sa em sa l a de a ul a ; ou por que
a l un o s ó e st uda pa r a pr ova ; ou p or que a l un os n ã o l e em l i vr os. A a de sã o m a ssi va a e ss es
a r gum en t os é que el es sã o m ei a ver da de. Ist o oc or r e, ma s se s ol uci on a dos n ã o r es ol vem o
pr obl em a da dua l i da de est r ut ur a l. Ent ã o o ca pi t a l com pr a est a i dei a de Pi a z zi e m a ssi fi ca
t err i t or ia l m en t e atr a vés da publ i ca çã o de seus l i vr os e fi n an ci a m en t o de con fer ên ci a s.
Ma s, en quan t o, o pr ofes s or pen sar a ssi m a soci eda de n ã o m uda . T am pouc o m uda a
educa çã o br a si l ei r a , o pr ofe ss or e o e st uda n t e. As m ei a s ver da des a l i m en t am o si st em a d e
dom i n a çã o.
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era o que deveria ser preservado, p orque era o que deter minava o
modo de vida dos filóso fos, e não suas crenças e opiniões, que o
aco mpanhava m e m seus tú mulos.
Algu mas pistas valiosas nesse sentido, que pode m transfor mar
nossa hipótese em tese, são as obras de Verney, Spinoza, Rousseau,
Erasmo de Roterdã e, conte mporanea mente, os Hadot’s. Ma s esse
objeto te m que ser construído por nós porque ele não e xiste e mp írica e
teoricamente for mulado. Os filósofos só concreta mente o esboçara m.
Não propusera m u ma atitude ou p rocedimento que nós pode mos
realizar, didaticamente, tendo em vista esta finalidade. O que
entende mos ser u ma política. O que se percebe clara e fortemente é
que o pressuposto desta política para enfrentar a dualidade estrutural,
para muitos, co mo os socráticos, estoicos e epicuristas, e que lhes se
revela como fonte e elixir da felicidade hu mana, da vida e da existência
co mo be m, princípio de toda virtude e libertação, seja da e scravidão ou
do obscurantismo, é o estudo e a pesquisa; em su ma: viver a filosofia
co mo modo de vida.
Mas que método é este? Qual o seu objetivo? Por que atribuir
tanta importância a um con junto de procedimentos? Será que um
método pode mudar o mundo? Claro que não! Santa ingenuidade se
pensásse mos que si m. Mas pode mudar a vida de muita gente,
particularmente dos su jeitos pedagó gicos: apenas a população de
estudantes e professores do mundo inteiro (mas é pouco! ).
1. Diálogo Crítico;
2. Mapa das unidades significativas e das unidades
epistemológicas;
3. Diário Etnográfico;
4. Interpretação Co mpreensiva.
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E st es m om en t os sã o t r a ba lh a dos c om m a i s det a lh es n o l i vr o Prof e s sore s
De sac orre nt ados na Cé (l u)l a de A ul a ou Formaç ão de Si : um m ét od o pa ra r esi st i r e
em a n ci par , a in da nã o publ i ca d o.
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O m ét odo da l ei t ur a i man en t e é um di sposi t i vo peda g ógi c o - c ogn i t i vo qu e t r a ba l h a n o
r egi st r o de in for m a ções n o c ór t ex. E , com i ss o, ger a m em ór ia cr i a ti va , por que cr í ti ca . É a
cr í t i ca que a t i va a r ede n eura l par a, em segui da , r egi str ar a s in for m a ções c on t i da s n o
si st em a l í m bi co n o c ór t ex. Por t an t o, a cr í ti ca funci on a com o m a r ca dor .
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Consequê ncia 1 :
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Apesa r de a l un o em gr ego si gn i fi ca r sem l uz : a (sem ou a us en t e) l unos (l uz ). O que
si gn i fi ca diz er sem con h eci m en t o, dest i t uí do de ra z ã o, ver da de, fa cul da de de pen sar
l i vr em en t e. Da do est a s l i m i t a çõe s o a l un o depen de de um gui a ou m est r e, que s e ja dot a d o
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Sobr et ud o o pr in cí pi o juda i co - cr i st ã o de que “o tr a ba lh o di gn i fi ca o h om em e a m ulh er ”
e é h on r oso possui r t udo o que s e ja p ossí vel , des de que “ c om o su or do seu r ost o” .
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Ocor r e que es c ol a nã o é em pr esa .
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1. Baixíssi ma re muneração;
2. Dese mprego e m massa e;
3. Gestores capachos do siste ma capit al, isto é, subservientes
às políticas públicas governa ment ais e/ou estatais de
educação, controladas pelo capital.
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Ja cques D el or s em E duc aç ão um Te souro a Desc obri r qua n do di scut e os qua t r o pi l ar es
da educa çã o, n o 4º ca pí t ul o fa l a da educa çã o pa ra o r est o da vi da ou pa ra a vi da in t ei r a.
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Consequê ncia 2 :
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Ma s n est a o pl an o de car gos e ca rr ei ra s é um en godo. Por que for ça a a scen sã o a o t em po
de ser vi ç o pú bl i c o, r eduz in do a s possi bi l i da des de a scen sã o por m ér i t o em pesqui sa . Que
de ver i a ser pr i or iz a do em r el a çã o a o t em po d e se r vi ço.
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do que cha me m nossa interi oridade. E opera mos por meio do trabalho
pedagógico em pesquisa. For ma de tr abalho singular este “trabalho de
si, em si e por si”, pena é que só vim descobrir e to mar con sciência
dele já na velhice. Mas ainda há u m p ouquinho de vida que posso vivê -
lo intensamente co m meus a migos: os estudantes de ensino médio e da
universidade aqui em Alagoas. Então cabe -me desfrutá-lo co m
sabedoria e zelo.
Desde esse ponto de vista ele deve ser vivido com regularidade,
disciplina, persistência, paciência e um método especí fico, deter minado
pelo seu objetivo, ainda que tenha que, de algum modo, ser
direcionado pelo objeto de investigação. Precisamos estar conscientes
da pesquisa como “trabalho de si, em si e por si”; que estamos nos
for mando quando estuda mos e pesquisamos. M uito mais do que ir à
escola ou universidade assistir aulas importa assu mir est a
responsabilidade pela nossa for maçã o, porque trata -se de estar mos
construindo a arquitetura de nossas vidas. E o que é melhor: não é
necessário pagar por isso. Porque as coisa s realmente i mportantes não
tê m preço e não se adquire m no mercado, mas vivendo a vida que u m
dia um ho me m e u ma mulher concebera m. E a vida não é u ma coisa
banal, pelo menos não deveria se prestar a banalização.
Muitos são contra o aborto, mas são indifer entes as suas vidas
reais, materiais, realmente e xistente. Não se i mporta m ne m u m pouco
co m o seu modo de vida, se vivem co mo ser hu mano ou co mo coisas:
profissionais e mercadorias. Logo: escravos! E se reproduzem a
escravidão de seus filhos. Por exe mp lo, impondo-os sere m servos ou
vassalos do capital, como são co mo trabalhadores assalariados. Não
impõe a escravidão do capital apenas a seus filhos, mas dese ja m, e
muitas vezes i mpõe m mesmo, tal escravidão, aos filhos dos outros. Há
sinal maior que indique qu e não se importa m e m banalizar suas vidas e
as vida dos outros quando perguntam o que alguém vai ser quando
crescer? Não vê m que esta for ma de viver é uma for ma de abortar, de
morrer diariamente co mo zu mbis: defuntos de olhos abertos? Não
percebe m que a ar te de viver é u ma p olítica, e aí se escreve o aborto,
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No ca pi t a li sm o, com o pol í t i ca públ i ca , ja m a i s! Por que a s pol í t i ca s públ i ca s sã o pol í t i ca s
do ca pi t a l , e l obo n ã o d or m e c om c or dei r o, poi s i m be ci l i da de t em l i m i t es. Veja a a l i an ça
do PT com o PMD B, poi s cor dei r o que dor m e com l obo e st e é o r esul t a do. E aí , va i
en ca r ar ? Pol í t i ca s públ i ca s sã o di r eci on a da s a os que um di a for a m cha m a dos de pobr es,
i n di gen t es, popul a ções m a r gin a i s, depoi s de des ca m i sa dos e h oj e de “. . . ” (qua l quer n om e
que se en ca i xe na m esm a l ógi ca ).
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Mas toda esta meta morfose catártica (é assi m que ent endo o
estudo a partir de Gra msci), de pote nciais humanos inco mensuráveis,
pode ser direcionada para objetivos perversos, absolutamente contrário
a este nosso elogia ao estudo. Pode mesmo ser diferente, discordante
e radicalmente contrário aos efeitos do “ trabalho de si, em si e por si”.
A transfiguração catártica, no sentido gramsciano, depende da
orientação política que se dá ao estudo e a pesquisa. Porque a
orientação é tudo, orientação tem poder. Orientação do nosso ponto de
vista é política.
pelo término arbitrário de uma for maçã o, pois ela apenas termina co m a
morte, e dar diploma a u m difundo é absurdo. Dar diploma significa
contradizer à natureza da for mação do ser hu mano, da for mação
hu mana, da e xistência e vida humana. Significa admitir que a formação
te m u m fi m antes da morte, o que é u m absudo.
sugere m que deve mos estudar porque o estudo faz bem à alma, a
saúde espiritual, fortalece a “tranquilidade da alma”, faz nós nos
sentirmos hu manos, mais con scientes de nossas hu manidades, por
desenvolver a capacidade d e viver melhor o mundo, o cosmo s e a
existência.
Uma vez hege mônica a for mação mer cantil perde até o estatuto
de formação, para se propor, sem p udor, apenas como qualificação
profissional. E proíbe ter minante mente que se critique a for ma
mercantil de suas políticas, como as políticas de estágio
supervisionado e curricular, entre outras. Ainda mais se tais críticas
fore m vee mentes e radicais, como te m que ser.
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Hoje n ós ch a m a m os essa op er a çã o de fi del i z a çã o de cl i en t e. Pa ra t ant o, se ofer ec e
des c on t os, ofer t a s e br in des. Com o um a espéci e de i sca pa r a fi sga r cl i en t es.
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Já expl i ca m os p or que n ã o pod em os c on si der a r a for m a çã o m er ca n ti l com o um a a ut ên t i ca
for m a çã o e por que é m a i s c oer en t e t ra t a -l a com o qua l i fi ca çã o pr ofi s si on a l .
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Bour di eu (2008) n o a r ti go “O s ex cl uí dos d o i nt er i or ”, escl a r ece qu e, pa r a a l ém da
“r epr oduçã o” é a di st in çã o ou di fer en ci a çã o que a ssum e um l ugar deci si vo n a esc ol a
c on t em por ân ea .
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Consequê ncia 3 :
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E u sou pr ofes s or da Un i ver si da de Fed er a l de Al a goa s. T r a ba lh o n o Cur so de
Li c en ci a t ur a em Peda gogi a , n o Cen tr o de E duc a çã o. L eci on o a di sci pl i n a Soci ol ogi a da
E duca çã o. E st a sem a na qui s in ova r . Or gani z ei um a Con fer ên ci a sobr e os c on t eúd os qu e
for a m tr a ba lh a dos a t é a qui . O obj et i vo er a r ecor da r os con t eúdos de um a for m a din â mi ca ,
e ver i fi ca r a ca pa ci da de de os a l un os deba t er em c om i go, m e quest i on a r em . Veri fi ca r o que
el es fi xa r a m. En tã o, n o m ei o d o de ba t e, um est u da nt e que já dá a ul a a fi rm ou “ eu od ei o l er
l i vr o!” . El e já est á n o segun do sem est r e do Curso de Li cen ci a t ur a s em Peda gogi a , e j á dá
a ul a com o c on tr a t a do de um Muni cí pi o. Or a, diz er que nã o gost a de l er é di z er que nã o
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(2017). E nada indica que esse assassinato intelectual vai parar; essa
sangria intelectual vai estancar; esse aborto de seres humanos vivos,
e m salas de aula, mundialmente, vai ter fim. E no Brasil ainda há leis
que querem calar o professor, como a Lei da Mordaça, a Lei que quer
impedir o professor falar e fazer política e m sala de aula. O que fazer
co m a tese de Paulo Freire, o maior educador do Brasil e da América
Latina: “educar é um ato político! ”.
est uda . E i sso foi di t o por um est udan t e que est á n um a un i ver si da de públ i ca , de um Cur so
de Li c en ci a t ura . E st á ma tr i cul a do n um cur so de for m a çã o de pr ofes s or es. Ma s n ã o é só el e
que pen sa a ssi m . An o pa ssa do fi z um Sem iná ri o n o Mun i cí pi o de Ca juei r o, e uma
pr ofess or a c on cur sa da , pr ofess or a a nt i ga n esse m uni cí pi o, i n com oda da c om a s que st õe s
que eu l eva n t a va sobr e a qua l i da de n o en sin o bra si l ei r o, de r epen t e, sem n in guém esper a r,
se m a ni fest ou: “m a s eu n ã o quer o ser a ca dêm i ca , por que est uda m ui t o, eu sou pr ofes s or a
de m un i cí pi o, nã o de un i ver si da de!” . E por in crí vel qu e pa r eça t oda s e t od os a pl a udir a m
c om for ça e sa t i s fa çã o. T i nh a m ai s ou m en os 8 0 pr ofess or es n o Sem i n ár i o . “É pr a rir ou
pr a ch or ar !” .
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Referências
L&PM, 2013.
. Aprendendo a viver . Porto Alegre, RS: L&PM, 2012.
. Sobre os enganos do mundo . São Pa ulo: Editora W MF, Martins
Fontes, 2011.
. A constância do sáb io . São Paulo: Ed itora Escala, 2007.
TOMASELLO, Michael – Origens cultur ais da a qu isição do
conhecimento humano. São Paulo: Ma rtins Fontes, 2003.