Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cada elemento imaginá rio que colocamos na posiçã o original é como se fosse o nosso
representante
As partes estã o colocadas sob um espesso véu de ignorância – diz-nos que as partes estã o
submetidas a uma limitaçã o à informaçã o a que têm acesso que faz com que elas
desconheçam as características da pessoa que representam. Também nã o conhecem as
características específicas da sociedade em geral. O véu de ignorâ ncia garante a
imparcialidade.
As partes vã o ter de escolher uma lista de alternativas: aqui podemos colocar tudo o que
quisermos. Rawls, coloca sobretudo como alternativa a a) Os dois princípios da justiça em
ordem lexical, o b) Princípio de utilidade, c)…, d)….
O que é o princípio de utilidade? É um princípio que vamos buscar a histó ria da filosofia
politica, principalmente do séc. XIX, que significa maximizar o bem-estar. A sua origem
histó rica é da Escola Utilitarista, e.g., Jeremy Bentham, John Stuart Mill … até aos nossos dias
… Peter Singer.
Caracterizaçã o do Princípio de Utilidade:
Não há restrições absolutas (como por ex. direitos ou princípios gerais) para a
maximizaçã o do bem-estar.
As partes devem ser guiadas por uma determinada regra que as vai ajudar a decidir. Rawls vai
buscar esta regra à teoria – a regra maximin (deve-se maximizar o mínimo que se pode obter) –
é uma regra para decisã o em condiçõ es de incerteza. É racional utilizar a regra maximin na posiçã o
original, pois esta é uma condiçã o de incerteza devido ao véu de ignorâ ncia.
Condiçõ es que acompanham a regra maximin:
Exemplo 1:
Sociedade 1: classe a) 1000 classe b) 350 classe c) 300 → É a opçã o que escolheríamos
intuitivamente
Sociedade 2: classe a) 500 classe b) 400 classe c) 351 → É a melhor opçã o segundo a regra
maximin porque é onde a classe c) está melhor
Sociedade 3: classe a) 100 classe b) 80 classe c) 50
*Lista de alternativas: a) os dois princípios da justiça em ordem lexical b) princípio da utilidade
O princípio da utilidade nã o estabelece mínimos nenhuns. Comparativamente, os dois princípios da
justiça garante mínimos muitos elevados de bens sociais primários. → A escolha feita na
posiçã o original é, entã o, os dois princípios da justiça em ordem lexical como o melhor guia para a
organizaçã o da sociedade.
Os princípios escolhidos na posiçã o original em comparaçã o com outros princípios sã o chamados
“princípios da justiça como equidade”.
Argumento do respeito próprio: Uma sociedade organizada de acordo com a justiça também e
psicologicamente melhor e mais está vel do que uma sociedade utilitarista. Finalmente, uma
sociedade da justiça é também mais geradora do respeito pró prio do que uma sociedade utilitarista.
Numa sociedade utilitarista, as minorias que fossem prejudicadas tenderiam a sentir-se
inferiorizadas porque a maioria as vê como inferiores.
O que fazer quando saímos da posiçã o original?
Uma sociedade justa se as suas instituiçõ es, desde a constituiçã o aos enquadramentos
legais, socioeconó micos e fiscais, efetivamente realizem os princípios da justiça.