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ARTIGO 5° DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 

DE 1988.

Art. 5° Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

I. ARTIGO 5°, INCISO XI.

XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela


podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de
flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,
por determinação judicial;

DOUTRINADORES:

O primeiro deles, critério cronológico/temporal, considera como sendo


dia o período compreendido das seis horas da manhã às dezoito horas, critério
adotado pelo professor JOSÉ AFONSO DA SILVA.

Existe ainda o critério físico/astronômico que irá considerar como


conceito de “dia” o período compreendido entre a aurora e o crepúsculo.

Por fim, existe um terceiro e último critério, denominado de misto que


conjuga os anteriores e é adotado pelo professor ALEXANDRE DE MORAES,
determinando que se em uma determinada região o sol só nasce após as seis
horas, esse será o início do dia, no entanto se o nascer do sol se der as cinco
horas e trinta minutos, deve-se aguardar até as seis horas para que o dia tenha
início.

Sobre este inciso ainda temos questionamentos importantes como a


possibilidade de ser dada continuidade ao cumprimento de um mandado judicial
que fora iniciado no período diurno e que só terá seu fim durante a noite, que o
conceito de casa compreende também consultórios, escritórios, quartos de hotel,
estabelecimentos comerciais e outros aposentos e, que o Supremo Tribunal
Federal já decidiu que o mandado judicial relacionado a escritórios de advocacia
deve ser pormenorizado.

ANALISE PESSOAL:

A casa é o seu lar, nela ninguém pode entrar sem a sua permissão,
a não ser com ordem Judicial e assim mesmo pelo dia. 
Como, por exemplo, você sair, ou estiver dentro de casa e, um incêndio ou
coisas parecidas estiver ocorrendo no interior da sua residência estiver
ocorrendo, aí qualquer pessoa pode entrar sem ordem Judicial para salvar
vida. 
Oficial de Justiça não pode entrar em casa, a não ser com o consentimento do
proprietário, ele chama na porta e você o convida ou não para entrar, mesmo
porque ele tem convocação da Justiça, que só poderá ser entregue antes das
18h00, ou seja: das 8h00 ás 18h00 horas.

II. ARTIGO 5°, INCISO LVI.

LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por


meios ilícitos;

A Constituição Federal emprega no artigo 5º, inciso LVI, a vedação


das “provas obtidas por meios ilícitos”, ou seja, material probatório coletado
mediante transgressão do direito vigente não pode ser utilizado para instruir
qualquer demanda. A proibição aplica-se também no âmbito processual penal.

Pois bem, a Lei Maior não confere nomenclatura às provas obtidas


mediante infração do direito vigente na República Federativa do Brasil e assim
sendo, o presente trabalho adota a denominação que entende acertada, qual
seja prova proibida, pois essa terminologia é capaz de abranger as
modalidades, qual seja a ilícita e ilegítima.
Logo, a prova proibida, conceito genérico, é toda aquela que é
defesa, impedida mediante uma sanção, impedida que se faça pelo direito. A
que deve ser conservada à distância pelo ordenamento jurídico.

Por ser proibida, ofende, molesta opõe-se ao direito.

Ocorre que as normas de direito podem ser de natureza material ou


processual e, em consequência, a ofensa possível de ser produzida pode
atingi-las em conjunto ou separadamente.

Andrey Borges de Mendonça (2008, p. 170) segue o entendimento


da doutrina supra nos seguintes termos:

A doutrina e a jurisprudência pátrias sempre fizeram distinção entre


provas vedadas ou proibidas, provas ilícitas e provas ilegítimas. A prova
vedada ou proibida seria aquela que violasse o ordenamento jurídico. Seria o
gênero,composto pelas outras duas espécies: provas ilícitas [...] e as provas
ilegítimas.

Por fim, acerca da ilicitude das provas processuais penais, fica


evidenciado a definição genérica de prova proibida e seu desdobramento que
abrange nessa esfera as ilícitas e ilegítimas, conforme evidenciado.

No mesmo sentido da doutrina acima apresentada, acrescenta


Guilherme de Souza Nucci (2009, p. 353):

A partir da reforma trazida pela Lei 11.690/2008, passou-se a prever,


explicitamente, no Código de Processo Penal, serem ilícitas as provas obtidas
em violação a normas constitucionais ou legais, além de se fixar o
entendimento de que também não merecem aceitação as provas derivadas das
ilícitas, como regra.

ANALISE PESSOAL:
Provas obtidas ilicitamente não poderão ser utilizadas, contra a
pessoa no Processo Penal, prejudicando a pessoa que está sendo acusada por
cometer algum crime.

III. ARTIGO 5°, INCISO LXVIII.

LXVIII – conceder-se-á “habeas-corpus” sempre que alguém


sofrer ou se achar ameaçado de ss2ofrer violência ou coação em sua
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

Existem três tipos de habeas corpus:

O habeas corpus preventivo ou salvo-conduto.

O denominado repressivo ou liberatório e o habeas corpus de ofício


aquele impetrado por juízes ou tribunais conforme estabelece o parágrafo 2º do
artigo 654 do CPP. O primeiro ocorre quando alguém, ameaçado de ser
privado de sua liberdade, interpõe-no para que tal direito não lhe seja
removido, isto é, antes de acontecer a privação de liberdade; o segundo,
quando já ocorreu a "prisão" e neste ato se pede a liberdade por estar
causando ofensa ao direito constitucionalmente garantido.

Habeas corpus significa "que tenhas o teu corpo", e é uma


expressão originária do latim. Habeas corpus é uma medida jurídica para
proteger indivíduos que estão tendo sua liberdade infringida, é
um direito do cidadão, e está na Constituição brasileira.

Habeas corpus é também chamado de “remédio judicial ou


constitucional”, pois ele tem o poder de cessar a violência e coação que
indivíduos possam estar sofrendo.

Existem dois tipos de habeas corpus: o habeas corpus preventivo


também conhecido como salvo-conduto, e o habeas corpus liberatório.
O habeas corpus condena atos administrativos praticados por
quaisquer agentes, independentes se são autoridades ou não, atos judiciários,
e atos praticados por cidadãos.

Muitas vezes, o habeas corpus é um instrumento para advogados


criminais solicitarem a liberdade provisória de seu cliente, que é quando a
pessoa solicita para responder um processo em liberdade, uma vez que o
habeas corpus é concedido em casos onde a liberdade está sendo proibida.
A jurisprudência nesse sentido é minoritária. Paulo R. S. Passos (Op. cit.,
p. 37.), citando obra de E.J. Carvalho Pacheco em que este transcreveu acórdão do
Tribunal de Justiça do Paraná que assim decidiu: “Habeas corpus contra violência
de particular – Admissibilidade – não se pode nem se deve permitir a prisão em
cárcere privado ou sem liberdade de ir e vir, de alguém, em qualquer hospital por
não possuir recursos financeiros para pagar dívidas ou despesas, provenientes de
tratamento ou internamento. Cabe ao remédio jurídico amparar, corrigindo, coações
ilegais desta natureza, como medida imediata, independentemente de,
posteriormente, apurar-se a responsabilidade do coator particular na forma do art.
148 do Código Penal. O que não é concebível é deixar-se ao sabor da ação
somente policial, com a instalação de inquérito, de solução demorada, a liberdade
de locomoção de qualquer cidadão, ferida ou violada...”.

Habeas Corpus requerendo trancamento de Ação Penal

Habeas Corpus - TRANCAMENTO da Ação
Penal EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR
PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL..., seja julgado procedente
do Habeas Corpus, determinando-se. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL em
1ª instância, como medida... de justiça. Nesses termos, pede deferimento.
Recife, 21 de março de 2014. Thales Jordan de Abreu Quirino, OAB/PE, n.
11.125 Habeas Corpus - TRANCAMENTO da Ação Penal...

ANALISE PESSOAL:
Qualquer presidiário que se sentir ameaçado, ou quando na prisão
há abuso de poder ou vem de abuso de autoridade deverá receber “habeas
corpus”, ou seja, uma ordem escrita para que ela seja solto ou continue em
liberdade.

IV. ARTIGO 5°, INCISO LXIX.

LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger


direito líquido e certo, não amparado por “habeas-corpus” ou “habeas-
data”, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público;

O Mandado de Segurança é uma ação derivada que serve para


resguardar Direito líquido e certo, não amparado por Habeas
Corpus ou Habeas Data, que seja negado, ou mesmo ameaçado, por
autoridade pública ou no exercício de atribuições do poder público.

Trata-se de um remédio constitucional, de natureza mandamental,


rito sumário e especial.

A Lei Federal brasileira nº 12.016, de 07 de Agosto de 2009, no seu


art. 1.º determina que "Conceder-se-á mandado de segurança para proteger
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data,
sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou
jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de
autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que
exerça".

TJ-MA -MANDADO DE SEGURANÇA MS 110972008 MA (TJ-MA)

Ementa: E M E N T A MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO
JUDICIAL. BLOQUEIO DE VALORES. LEVANTAMENTO. CONVERSÃO EM
DILIGÊNCIA. I - Embora de responsabilidade da impetrante a juntada dos
documentos comprobatórios de seu alegado direito líquido e certo, é de se
determinar sua apresentação pela autoridade coatora em caso de recusa
injustificada, a teor do disposto no art. 6º , parágrafo único , da Lei no 1.533 ,
de 31/12/1951.
Encontrado em: SAO LUIS MANDADO DE SEGURANÇA MS
110972008 MA (TJ-MA) MILSON DE SOUZA COUTINHO

TJ-ES –_ MANDADO DE SEGURANÇA MS 100080004920 ES


100080004920 (TJ-ES)

Ementa:  MANDADO DE SEGURANÇA. FORNECIMENTO DE
CADEIRA DE RODAS MOTORIZADA. AUSENTE COMPROVAÇAO DE USO
INDISPENSÁVEL PARA SUA SAÚDE OU PARA A VIDA. RESERVA DO
POSSÍVEL. O direito à saúde preconizado no art. 196 da Carta Magna situa-se
dentro da chamada 'reserva do possível', ou seja, dentro das disponibilidades
orçamentárias da Administração Pública. O acolhimento de tal pleito viria
sobrecarregar, de forma excessiva, os recursos públicos de forma a prejudicar
a própria sociedade. atento ao princípio da universalidade do atendimento e
buscando assegurar tratamento igualitário a todas as pessoas.

Encontrado em: A SEGURANÇA. SEGUNDO GRUPO CÂMARAS


CÍVEIS REUNIDAS 30/03/2009 - 30/3/2009 Mandado de Segurança MS
100080004920 ES 100080004920 (TJ-ES) CARLOS ROBERTO MIGNONE.

ANALISE PESSOAL:

O requisito básico do mandado de segurança é o direito liquido e


certo, ou seja, quando uma ação não necessita de muitas provas, restando
demonstrado o direito da pessoa.

V. ARTIGO 5°, INCISO LXXIII


LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesiva ao patrimônio público ou de entidade
de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente
e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada
má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

Notadamente, o que é comum a vários objetos ou temas de natureza


científica pode dizer que a ação popular possui definições e/ou conceituações
divergentes, a depender do alicerce teórico adotado ou da corrente doutrinária
seguida pelo pesquisador.

Assim, é possível se entender, por exemplo, que a ação popular


nada mais é do que um direito político, de modo que o seu exercício somente
será desenvolvido pelo eleitor propriamente dito.

Por outro lado, pode-se admitir que a ação popular é, na verdade,


um instrumento voltado à intensificação da participação popular na proteção
dos bens especificados no inciso LXXIII, da Constituição Federal de 1988, ou
seja, o patrimônio público, a moralidade administrativa e o meio ambiente, em
todas as suas formas, na qual se inclui a sua esfera cultural. Nesse último
caso, a definição da ação popular não poderá ser comportada na ideia de
cidadão-eleitor, por ser ela nitidamente limitada.

De certo, essas modalidades de definição/conceituação acabam


sofrendo influências da própria compreensão que se dá à natureza jurídica e à
legitimidade ativa desta ação.

Ficam abaixo evidenciadas as duas formas de definição apontadas.

DOUTRINADORES:

Nesse sentido, Hely Lopes Meirelles (Mandado de segurança, ação


popular, ação civil pública, mandado de injunção, habeas. São Paulo:
Malheiros Editores, 1992, p. 85), um importante doutrinador brasileiro, afirma
que a ação popular é instituto de natureza constitucional, utilizado pelo
cidadão, visando ao reconhecimento judicial da invalidade de atos ou contratos
administrativos, desde que ilegais e lesivos ao patrimônio federal, estadual ou
municipal, incluindo-se as autarquias, entidades paraestatais e pessoas
jurídicas que recebam subvenções públicas.

Tal lição é respaldada pela jurisprudência do Superior Tribunal de


Justiça (STJ – REsp. 28.833-6, rel. Min. César Asfor Rocha – RSTJ 54/203):
"(…). Para que possam ser respondidas tais colocações há necessidade de se
refletir um pouco sobre os requisitos que constituem os pressupostos da
demanda, sem os quais não se viabiliza a ação popular, que são, na lição de
Hely Lopes Meirelles (in "Mandado de Segurança, ação popular, ação civil
pública, mandado de injunção, Habeas Data", Malheiros Editores, 14ª edição,
atualizada por Arnoldo Wald, 1992, São Paulo, ps. 88/89), os seguintes.

"A) condição de eleitor, isto é, que o autor seja cidadão brasileiro, no


gozo dos seus direitos cívicos e políticos;

"B) ilegalidade ou ilegitimidade, "vale dizer, que o ato seja contrário


ao direito por infringir as normas específicas que regem sua prática ou se
desviar dos princípios gerais que norteiam a Administração Pública" (fls. 88); e,

"C) lesividade, isto é, há necessidade de que o ato ou a omissão


administrativa desfalquem o erário ou prejudiquem a Administração, ou que
ofendam bens ou valores artísticos, cívicos, culturais, ambientais ou históricos
da comunidade (fls. 88).

“Aliás”, a jurisprudência é firme nessa mesma convicção de que a


ação popular só se viabiliza com a presença simultânea da ilegalidade e da
lesividade do ato impugnado, conforme fixado nos RREE 92.326 (Rel. Min.
Rafael Mayer, RDA 143/122), 65.486 (Rel. Min. Amaral Santos, RTJ 54/95) e
no voto do Min. Nelson Hungria, quando justifica que "não basta a lesividade
do ato impugnado, referida ao patrimônio da entidade de direito público ou de
economia mista, senão também a sua nulidade ou anulabilidade" (RDA,
54/325), todos referidos por Péricles Prade (in "Ação Popular", Saraiva, 1986,
p. 28).
"De todos esses ensinamentos, doutrinários e jurisprudenciais,
conclui-se que a ação popular só pode ser julgada procedente se o ato por ela
atacado contiver os vícios da ilegalidade e da lesividade".

ANALISE PESSOAL:

Qualquer pessoa tem o direito de entrar com uma ação popular para
pedir a anulação de um ato prejudicial ao patrimônio público ou de entidade de
que o Estado participe que vá contra a honestidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, sendo que, a não ser que seja
comprovada a má-fé, não precisará pagar nada por isso.
Bibliografia

CONSTITUIÇÃO FEDERAL - ART 5° - YouTube

www.dji.com.br/constituicao_federal/cf005.htm

www.senado.gov.br/legislacao/const/con1988/con1988.../art_5_.shtm

www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

alerjln1.alerj.rj.gov.br/constfed.../54a5143aa246be25032565610056c22

04/2014
- Frase do dia ao Ricardo,

O homem depende de seu pensamento

É realmente verdade que gratidão gera gratidão e lamúria gera lamúria. Isto
acontece porque o coração agradecido comunica-se com Deus, e o queixoso
relaciona-se com Satanás. Assim, quem vive agradecendo, torna-se feliz; quem
vive se lamuriando, caminha para a infelicidade.

A frase “Alegrem-se que virão coisas alegres”, expressa uma grande verdade.

Meishu-Sama em 3 de setembro de 1949

Extraído do Livro: Alicerce do Paraíso v. 4


ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA
E EDUCAÇÃO DE RIO CLARO/SP

ARTIGO 5º DA CONTITUIÇÃO FEDERAL

Engenharia de Produção – 7ºPeríodo A – Noturno

Ciências Sociais Jurídicas

Professor: Ricardo

Fernando Henrique Rezende RA: 8500317

ABRIL 2014

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