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Professor, Pesquisador, Palestrante e Mentor em Neurociência e

Psicologia aplicada ao Marketing, Inovação, Liderança e Educação.

Professor e Pesquisador nas áreas de Neurociência e Psicologia


aplicada. Mestre em Administração com ênfase em Neuromarketing -
Florida Christian University (Orlando/EUA - 2016). Especialista em
Neurociência e Psicologia aplicada - Universidade Presbiteriana
Mackenzie - São Paulo. Bacharel em Administração de Empresas pela
Universidade Paranaense (UNIPAR). Graduação tecnológica em
Marketing - UNINTER. MBA em Gestão Comercial pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV). Graduando em licenciatura em Filosofia
(UNINTER).

Professor convidado da Pós-Graduação em Neuropsicologia, na


Universidade Municipal de São Caetano do Sul. Aluno especial do
Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Psicologia Médica -
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pesquisador do
Laboratório Interdisciplinar de Neurociências Clínicas - Escola Paulista
de Medicina (EPM - UNIFESP).
Por que uma Pós-Graduação em
Neuropsicologia?

Diga seu nome, profissão, motivo da escolha do curso, o que espera


encontrar e como pensa em utilizar todo esse conhecimento.
Conteúdo Programático
1 - Introdução à Neurociência

1.1 - Mitos e Curiosidades sobre o Cérebro Humano;


1.2 – Histórico das Neurociências;
1.3 – Visão atual das Neurociências;

2 – Neuroanatomia 1

2.1 – Sistema Nervoso


2.1.2 – Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico;
2.2 – Medula;
2.3 – Tronco Encefálico;
2.4 – Cerebelo;

3 – Neuroanatomia 2

3.1 – Córtex Pré-Frontal;


3.2 – Sistema Límbico;
3.3 – Corpo Caloso;
Conteúdo Programático
4 – Neuroanatomia 3

4.1 - Córtex Temporal Associativo;


4.2 - Córtex Parietal Associativo;
4.3 - Córtex Pré-Motor / motor primário e Gânglios da Base;

5 - As Tecnologias e Os Novos Campos da Neurociência

5.1 - Eletroencefalograma;
5.2 - Ressonância Magnética Funcional;
5.3 - Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua e
Estimulação Magnética Transcraniana;
5.4 - Neurociência Afetiva e Social, Neuromarketing e Neuroeconomia;

E o Critério de Avaliação?

Prova? Trabalho? Dinâmicas?


Critério de Avaliação

2 Trabalhos
( Valor: 5,0 / cada) – Ao final de cada dia.

Serão:

- 4 Questões para responder;


- Grupos de 3 pessoas;
- 30 minutos para responder;

OBS: Caso o aluno não alcance a média mínima, ele poderá


fazer um trabalho em casa (valor 1,5) para recuperar sua nota.
O tema para pesquisa do trabalho será enviado por e-mail ao aluno e deve
ser entregue em até 7 dias por e-mail.

- Mínimo 5 folhas. Máximo 7 folhas (excluindo capa e referências);


- Mínimo 3 referências diferentes;
Referências para aprofundar
na Neurociência:

Livro referência
mundial no campo da
Neurociência.

Eric Kandel (1929)


Psiquiatra e Neurocientista austríaco. Ganhador do
Nobel de Fisiologia ou Medicina (2000) – com um
trabalho envolvendo a transmissão de sinais entre
células nervosas no cérebro humano.
Referências para aprofundar
na Neurociência:

Roberto Lent (1948)

Neurocientista Brasileiro – Autor dos Livros:


“Cem Bilhões de Neurônios?” e “Neurociência
da Mente e do Comportamento”, entre outros.
Referências para aprofundar
na Neurociência:

Miguel Nicolelis (1961)


Médico e Neurocientista Brasileiro –
Autor dos Livros: “Muito Além do Nosso
Eu” e “Made in Macaíba”, entre outros.
Referências para aprofundar
na Neurociência:

Suzana Herculano-Houzel
Neurocientista.
Referências para aprofundar
na Neurociência:

Sidarta Ribeiro
Neurocientista professor titular e diretor do Instituto do
Cérebro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Pronto para
o conhecimento?
Vamos começar!

Mitos e Curiosidades sobre


o Cérebro Humano;
O Cérebro Humano – Mitos, Fatos e Curiosidades
O Cérebro Humano – Mitos, Fatos e Curiosidades

- Pesa em média 1,3 - 1,5 kg;

- 86 bilhões de neurônios;

- Representa apenas 2% do peso total do corpo;

- Consome 20% da energia do corpo;

- Necessita de 60 watts para operar (média 3


refeições diárias);

- Média de 1 mil à 10 mil sinapses por


neurônio;

- Mulher: 19,3 Bilhões de neurônios no Neocórtex


Homem: 22,8 Bilhões de neurônios no
Neocórtex;

- Possui 120 mil anos de idade (este


tamanho e configurações atuais) VELHO X
NOVO;
Fonte: http://www.brainfacts.org/
O Cérebro Humano – Mitos, Fatos e Curiosidades

- Usamos 10% do nosso cérebro;

- Temos um estilo de aprendizagem “auditivo”,


“visual” ou “cinestésico”;

- “Ambientes Enriquecidos” aumentam a


capacidade do cérebro de aprender;

- Pessoas tem uma personalidade do hemisfério


esquerdo ou hemisfério direito mais
desenvolvida;

- Música Clássica (Mozart) aumenta a capacidade


do cérebro de aprender;

- https://medium.com/swlh/neuromyths-the-10-top-misconceptions-about-your-brain-
51675a4f4c4f- Alguns neuromitos
Histórico da Neurociência

Grécia Antiga:

Hipócrates (469 – 379 a.C.)


- Órgão das sensações;
- Sede da inteligência;

Platão (428/427 – 348/347 a.C)


- Cérebro é o lugar dos processos mentais;
- Acreditava em ideias inatas;
Histórico da Neurociência

Grécia Antiga:

Aristóteles (384 – 322 a.C)


- Cérebro – “radiador”;
- Negava a existência de ideias inatas;
- Psique – entidade independente do corpo
responsável pelo pensamento, percepção e
emoção; (visão adotada pelo Cristianismo; a
tradução feita de “psique” foi “mente”)
Histórico da Neurociência

Império Romano:

Cláudio Galelo (130 – 200 d.C.)


- Concordava com a visão de Hipócrates;
- Cérebro macio (sensações) – Cerebelo firme
(controle muscular);

No século XVII...
René Descartes (1596 – 1650)
- Distinguiu corpo e mente (dualismo);
- Cérebro (controle motor, do corpo) – Mente
(controle racional – funções mentais
superiores);
Fonte: Livro: “Principles of neural Science” – Eric R. Kandel
Histórico da Neurociência

Baruch Spinoza
- Desenvolveu uma visão unificada da mente e
do corpo;

No final do século XVIII, início século XIX...


Luigi Galvani (médico e físico italiano)
- Descobriu que os músculos e células nervosas
produzem eletricidade;
- Encéfalo – gera eletricidade;
Fonte: Livro: “Principles of neural Science” – Eric R. Kandel
Histórico da Neurociência

Pierre Flourens
- Método de ablação (amputação, danificação)
experimental;
- Concluiu que todas regiões do encéfalo
participam de cada operação mental (estudo,
mais tarde, denominado “visão holística”);
No mesmo período...(por volta de 1800)
Franz Joseph Gall (médico e neuroanatomista)
- Encéfalo é o órgão da mente e todas as
funções mentais emanam dele;
- Determinação da personalidade e do caráter
com base na forma detalhada do crânio
(Frenologia) – seus estudos influenciaram Flourens;
Fonte: Livro: “Principles of neural Science” – Eric R. Kandel
Histórico da Neurociência

Fonte: Livro “Neurociência da Mente e do Comportamento” – Lent, R. (2013)


Histórico da Neurociência

Em 1861, começou acontecer algo


interessante...

Pierre Paul Broca (neurologista francês)

- Descreveu que um paciente não podia falar,


mas compreendia a linguagem perfeitamente;
exames post-mortem verificou lesão no lobo
frontal esquerdo (área de Brodmann 44);

- Fundou a Neuropsicologia;

Fonte: Livro: “Principles of neural Science” – Eric R. Kandel


Histórico da Neurociência

Karl Wernicke (1876)

- Aos 26 anos, ele publicou um artigo clássico: “O


complexo de sintomas da afasia: um estudo
psicológico em um base anatômica.’’

- Identificou uma região que, ao ser lesionada,


teria uma falha na compreensão, e não da fala
propriamente dita – uma deficiência funcional
de recepção, em oposição à deficiência de
expressão (Broca).

Fonte: Livro: “Principles of neural Science” – Eric R. Kandel


Histórico da Neurociência

Karl Wernicke (1876)

- A lesão está na parte posterior do córtex, onde o


lobo temporal encontra os lobos parietal e
occipital. (área de Brodmann 22)

Wernicke identificou que diferentes elementos


de um único comportamento são provavelmente
processados em diversas regiões do encéfalo.

Portanto, ele foi o primeiro a desenvolver a ideia


do Processamento Distribuído, um princípio
agora central das neurociências.
Fonte: Livro: “Principles of neural Science” – Eric R. Kandel
Histórico da Neurociência – Exemplos gerais da disfunção cerebral

Fonte: Livro: “Principles of neural Science” – Eric R. Kandel


Comunicação entre a área de Wernicke com
a área de Broca acontece por uma via
bidirecional, parte da qual é constituída
pelo Fascículo Arqueado.

Fonte: Livro: “Principles of neural Science” – Eric R. Kandel


Neurociência – Visão Atual

- Molecular: comunicação neuronal;

- Celular: tipos de neurônios e suas funções;

- De Sistemas: circuitos de processamento;

- Comportamentais: como os sistemas


trabalham para produzir comportamentos;

- Cognitiva: mecanismos neurais responsáveis


pelas atividades mentais superiores (ex:
consciência);
Neurociência - Significado

Mas...O que é
Neurociência?
É o estudo da compreensão do
funcionamento do sistema nervoso.

Fonte: Livro: “Cem Bilhões de Neurônios ” – Lent, R.


Neurociência – Sistema Nervoso

O Sistema Nervoso possui partes localizadas


dentro do crânio e da coluna vertebral, e outras
partes distribuídas por todo organismo.

As duas divisões do Sistema Nervoso, são:

- Sistema Nervoso Central

- Sistema Nervoso Periférico

Fonte: Livro: “Cem Bilhões de Neurônios ” – Lent, R.


Neurociência – Sistema Nervoso

O Sistema Nervoso Central é constituído


por uma imensa maioria dos neurônios, e
localiza-se no interior da caixa craniana (o
encéfalo) e da coluna vertebral (a medula
espinhal).

O Sistema Nervoso Periférico possui uma


menor proporção de neurônios, porém
apresenta uma extensa rede de fibras
nervosas distribuídas por quase todos os
órgãos e tecidos do organismo.

Fonte: Livro: “Cem Bilhões de Neurônios ” – Lent, R.


Sistema Nervoso Central

Encéfalo – Localizado no interior da caixa


craniana. Constituído por três partes:
cérebro, cerebelo e tronco encefálico.

Possui forma irregular, cheio de saliências e


dobraduras, permitindo o reconhecimento
de diversas subdivisões.

Possui funções mais complexas que as da


medula espinhal, ou seja, essas funções
possibilitam toda a capacidade cognitiva e
afetiva dos seres humanos e outras funções
correlacionadas dos quais os animais não
humanos são capazes.
Fonte: Livro: “Cem Bilhões de Neurônios ” – Lent, R.
Sistema Nervoso Central

Medula – Formato aproximadamente


cilíndrico ou tubular, possuindo no centro
um canal estreito contendo líquido.

Fonte: Livro: “Cem Bilhões de Neurônios ” – Lent, R.


Sistema Nervoso Central
CLASSIFICAÇÃO HIERÁRQUICA DAS GRANDES
ESTRUTURAS NEUROANATÔMICAS

Mas antes de aprofundarmos no SNC e SNP, vamos entender


o desenvolvimento do Sistema Nervoso.

Fonte: Livro: “Cem Bilhões de Neurônios ” – Lent, R.


REFLEXÃO

A ‘‘PERFEIÇÃO’’ DO
DESENVOLVIMENTO

EMBRIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
DO SISTEMA NERVOSO

Vídeo explicativo: https://www.youtube.com/watch?v=Ta9y0NFbEas


Formação do SN - Gestação

- Nos 35 primeiros dias (gestação) - o cérebro começa


a se desenvolver;
- Entre 42 a 49 dias (gestação) - o cérebro começa à
dividir-se em partes – o sistema nervoso começa a
se formar;
- 63 a 84 dias - cerca de 250.000 neurônios são
produzidos por minuto. A glândula pituitária começa
a produzir hormônios;
- 120 a 140 dias - os terminais nervosos que
conectam o ouvido ao cérebro são desenvolvidos;
- 170 a 180 dias - A retina é formada e começa a
transmitir informações ao cérebro;
- 185 a 196 dias - As primeiras circunvoluções e sulcos
no cérebro começam a se formar;
- 231 a 256 dias - O cérebro está agora pronto para
ouvir e sentir;
- Fonte: www.asociacioneducar.com
ANTES DE TUDO, UM BREVE CONTO DE
UMA TRIBO INDÍGENA E UMA CIDADE
NA ITÁLIA

TRIBO INDÍGENA

VOCÊ CONVERSANDO COM UM AMIGO


SOBRE O “ZEN” E O “ROM’’.

Então, você mudou-se para uma CIDADE NA ITÁLIA

VOCÊ FALA PARA O “TEDI” NÃO ‘’METER’’


SEU NOME NA CONFUSÃO COM ELE.
Será que entendemos?
Hora da atividade

Em duplas ou trios, identifique as


regiões que estão enumeradas
Sistema
Ventricular

- São cavidades no encéfalo onde o


Líquor (Líquido Céfalorraquidiano)
circula e é produzido.

O Sistema Ventricular é formado por 4


ventrículos:

- Ventrículos Laterais (Direito e


Esquerdo) - Telencéfalo;
- Terceiro Ventrículo - Diencéfalo;
- Quarto Ventrículo –
Metencéfalo/mielencéfalo;
Forame de
Monro

Forame de
Sylvius

Canal Central da
Medula Espinhal
Divisão da parte central do sistema nervoso; corte mediano e esquemático. As partes marcadas com * formam o tronco encefálico
AS MENINGES
As 3 camadas que cobrem o cérebro humano
AS MENINGES
Figura ilustrativa das 3 camadas espessas conhecidas como meninges que
cobrem o cérebro e da localização do espaço subaracnóide
Aracnóide: função de efeito de “amortecimento” do
Dura-Máter: é a camada mais externa e sistema nervoso central. Possui essa nomenclatura devido
espessa das meninges (é a mais próxima do a aparência similar a uma teia de aranha. Uma camada
crânio). fina e transparente.

Pia-Máter: é a camada que mais se aproxima da superfície do


cérebro e da medula-espinhal (feixes nervosos). É bem delicada
(Grego: Pia – macia / Máter – mãe).
Planos de Secção

Plano Horizontal (axial) Plano de Coronal (frontal) Plano Sagital


Planos de Secção

Técnica

Cintilografia de
Perfusão Cerebral
Exemplo de Corte Coronal (frontal)
Atividade Rápida

Quais são os tipos de cortes nas imagens?


B)
A)

Corte Sagital Corte Coronal


100 Bilhões de neurônios?

Fonte: https://www.youtube.com/watch?time_continue=230&v=6g5vWIoOIN0
Fonte: http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/02/23/n%C3%BAmeros-em-revis%C3%A3o/ - LENT, R. et al. How many neurons do you have? Some dogmas of quantitative
neuroscience under revision. European Journal of Neuroscience. v 35. n. 1. jan. 2012.
E usamos 10% do cérebro?

Essa informação – incorreta, pois usamos todo o


cérebro o tempo todo – decorre de outra,
apresentada em 1979 pelo neurobiólogo canadense
David Hubel, que recebeu o Nobel de Medicina ou
Fisiologia em 1981. Hubel afirmava haver no cérebro
100 bilhões de neurônios e 1 trilhão de células da
Glia. Repetida em outras publicações, a informação
se disseminou.

Como os neurônios são as unidades processadoras


de informação – e representariam só um décimo das
células cerebrais -, concluiu-se que os outros 90% do
cérebro não seriam usados quando se caminha,
planeja uma viagem ou dorme.
Medula Espinhal

- Substância Branca (camada externa – Axônios) e Substância Cinzenta (camada


interna – corpos celulares, “H” medular, composta por fibras mielínicas que
sobem e descem da medula);

- Da medula emergem os 31 pares de nervos espinhais;

- A Medula Espinhal não vai até o final da Coluna Vertebral (começa no Forame
Magno – base do crânio – e ela termina em torno de L1 e L2)
Medula Espinhal
Medula Espinhal
Medula Espinhal
Como ocorre a formação e transmissão do
impulso nervoso e arco reflexo
TRONCO ENCEFÁLICO
- Área Neurológica Vital –

Então...muuuita atenção!
TRONCO ENCEFÁLICO
(Tronco Cerebral)

Visão medial do encéfalo, mostrando estruturas do


sistema nervoso central. 1 Cérebro: (a)telencéfalo e
(b)diencéfalo; 2 – Cerebelo; 3 – Tronco Encefálico:
(a)mesencéfalo; (b) ponte; (c) bulbo; 4 – IV
Ventrículo; 5 – Medula Espinhal

(Reproduzido de Fuentes, D; Malloy-Diniz, L. F; Camargo, C. H. P; Cosenza, R. M. & Col. (2008).


Neuropsicologia: teoria e prática. Editora Artmed, RS, pag. 26).
TRONCO ENCEFÁLICO
(Tronco Cerebral)

Funções Principais:

- Respostas motoras padronizadas simples: FOME, REPRODUÇÃO


SEXUAL, SEDE, REAÇÕES DE ALERTA;

- Controle de variáveis fisiológicas vitais, tais como a respiração, os


batimentos cardíacos e o equilíbrio;

- Determinar o nível da atividade cerebral, regulando a atenção e o


ciclo sono-vigília;

- Receber nervos aferentes ou sensitivos de todos os sentidos do corpo


e enviar nervos eferentes ou motores para controlar os movimentos.
TRONCO ENCEFÁLICO
(Tronco Cerebral)

- É constituído por corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e


fibras nervosas, que por sua vez, se agrupam em feixes;

- Estes núcleos recebem ou emitem fibras nervosas que entram na


constituição dos nervos cranianos;

- Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão no tronco


encefálico;
TRONCO ENCEFÁLICO
(vista inferior)

- Possuem sua numeração em


algarismos romanos. De acordo
com suas características
funcionais, os nervos cranianos
podem ser sensitivos (aferentes),
motores (eferentes), ou mistos
(sensitivos ou motores).

- O próximo quadro é bacana!


S

S/M

S/M

S/M

S/M

Figura e quadro demonstrativos da especialização funcional de cada um dos 12 pares de nervos cranianos (Reproduzido de Kolb, B; & Whishaw, I. Q. (2002). Neurociência do Comportamento, 1° Ed. Editora Manole, SP; pag. 51)
TRONCO ENCEFÁLICO
(visualizado por trás)
TRONCO ENCEFÁLICO
Imagem ilustrativa destacando em
vermelho a localização do conjunto de
núcleos e fibras nervosas que
constituem a formação reticular.

Formação Reticular - uma parte


essencial envolvida em ações do ciclo
do sono, do despertar e do processo de
filtragem de estímulos sensoriais, isto é,
fazendo a distinção dos estímulos
relevantes dos estímulos irrelevantes.

(Reproduzido de Kolb, B; & Whishaw, I. Q. (2002). Neurociência do Comportamento, 1° Ed. Editora Manole, SP)
TRONCO ENCEFÁLICO

Bulbo

- Pode ser chamado de Medula Oblonga, Medula Oblongata


ou Bolbo/Bulbo Raquidiano;

- Possui relação com funções vitais como os batimentos do


coração, pressão arterial, a respiração;

- Também possui relação com alguns tipos de reflexos, como


a mastigação, movimentos peristálticos, fala e o vômito;

- Sua função esta envolvida com a retransmissão de sinais


entre o cérebro e a medula espinhal e controle das funções
autônomas;

- Apresenta cerca de 3 cm de comprimento, 2 cm de largura


na sua porção mais larga e 1,3 cm de espessura.
Decussação das Pirâmides – local onde ocorre o cruzamento de informações nervosas, de modo que cada hemisfério cerebral passa a exercer
um controle motor no seu respectivo lado oposto do corpo.
OLIVA – As olivas estão relacionadas com a motricidade
PIRÂMIDE – A pirâmide é composta por um feixe compacto de
involuntária ou automatizada. Possui este nome pela sua
fibras descendentes que ligam as áreas motoras do cérebro aos
eminência oval, recebendo, portanto, uma comparação
neurônios motores da medula
semelhante a uma pequena azeitona, uma vez que a árvore que
produz este fruto é a oliveira.
Fascículo GRÁCIL e CUNEIFORME – Estes fascículos são compostos por feixes de fibras ascendentes provenientes da medula,
e estão envolvidos com modalidades de tato e propriocepção consciente (ter consciência do posicionamento corpo, por
exemplo). Estes fascículos também se relacionam com o tato epicrítico (tato refinado discriminativo que processa as
sensações que nos cercam) e estereognosia, que é a capacidade de perceber a forma dos objetos através do tato.
TRONCO ENCEFÁLICO

PONTE

PONTE

- Interposta entre o Bulbo e o Mesencéfalo; situa-se


ventralmente ao cerebelo e repousa sobre o osso occipital;

- Lesões nos núcleos dos nervos cranianos que fazem


conexão na Ponte envolvem alteração da motricidade da
musculatura mastigadora, tontura e perda de sensibilidade
motora do tronco e membros;

-
PONTE

Locus Coeruleus – É a principal


fonte de inervação noradrenérgica
no SNC, que possui importante
papel no controle emocional e no
ciclo sono-vigília;

Formação Reticular– É importante


lembrar que a formação reticular é
uma área que se “espalha” com
fibras e células que se cruzam em
diferentes direções e que forma a
parte central do tronco encefálico.
É também considerada uma região
evolucionária antiga.
-

Corte transversal da Ponte (Reproduzido de Guyton, A. C. (1993). Neurociência Básica, 2° ed., Guanabara Koogan, RJ – Pag. 27)
TRONCO ENCEFÁLICO

MESENCÉFALO
TRONCO ENCEFÁLICO

MESENCÉFALO

- Interpõe-se entre a ponte e o


cérebro e é atravessado pelo
aqueduto cerebral, que
comunica o III Ventrículo ao IV
Ventrículo;

- É formado por uma porção


ventral, os pedúnculos
cerebrais e por uma porção
dorsal, o teto;

- Suas principais estruturas são:


TRONCO ENCEFÁLICO

MESENCÉFALO

- Suas principais estruturas são:

- Pedúnculos Cerebrais, Substância


Cinzenta Periaquedutal, Colículos
Superiores, Colículos Inferiores,
Núcleo Rubro e Substância Negra
TRONCO ENCEFÁLICO

MESENCÉFALO

- Pedúnculos Cerebrais

São duas massas brancas, formadas


por axônios mielínicos,
provenientes do giro pré-central,
com trajeto descendente pela coroa
radiada e ramo posterior da cápsula
interna, formando os pedúnculos
cerebrais.
Mesencéfalo
- Substância Cinzenta Periaquedutal –
sua parte dorsal integra
comportamentos defensivos e a
parte ventral, mecanismos de
controle da dor;

- Colículos Superiores – receptáculos


de estímulos visuais;

- Colículos Inferiores – receptáculos


de estímulos auditivos;

- Núcleo Rubro – participa do


controle da motricidade somática;

- O que é Motricidade Somática?


Núcleo Rubro (participa do controle da motricidade somática)
- Motricidade Somática – as atividades motoras somáticas permitem ao organismo relacionar-se com o ambiente: -
Locomover-se; - Manter-se em posição, apesar da gravidade tentar aproximá-lo do chão; - Manipular objetos; - Realizar
comunicação (linguagem e expressão facial); - Produção de energia;
Substância Negra

- Onde a maioria dos seus neurônios utilizam a dopamina como neurotransmissor; possui conexão importante com o corpo
estriado. A degeneração dos neurônios pigmentados nesta região é a principal causa da doença de Parkinson. Na maioria
dos pacientes com Parkinson, a causa da morte destes neurônios produtores de dopamina é desconhecida.
Imagem ilustrativa das duas principais estruturas do mesencéfalo, o TETO e o TEGMENTO, enfatizando as estruturas do TETO: o colículo superior
e o colículo inferior. (reproduzido de Kolb, B; & Whishaw, I. Q. (2002). Neurociência do Comportamento, 1° ed. Editora Manole, SP, pág. 53.)
FORMAÇÃO RETICULAR
CERNE DO TRONCO ENCEFÁLICO
FORMAÇÃO RETICULAR

- Localizada entre o diencéfalo e a


medula espinhal;

- Ocupa uma posição central;

- Possui uma rede de dendritos e


axônios justapostos;

- Sistema de aferências e eferências:


- Córtex cerebral;
- Cerebelo;
- Tronco Encefálico;
- Medula Espinhal;
FORMAÇÃO RETICULAR
Sistemas Neuro-Hormonais

- Tem importante papel na ativação do córtex


cerebral;

Controle da atividade cerebral pela transmissão


de sinais nervosos específicos e também pela
liberação de neuro-hormônios excitatórios ou
inibitórios para dentro da substância do cérebro:

- Principais Núcleos:

(a) Núcleos da Rafe: Serotonina;


(b) Locus Ceruleus: Noradrenalina;
(c) Substância Cinzenta Periaquedutal: Regulação
da Dor;
(d) Área Tegmentar Ventral: Dopamina;
(e) Núcleo Gigantocelular: Acetilcolina;
CEREBELO
GENERALIDADES

- A palavra cerebelo, cerebellum em latim,


significa pequeno cérebro;

- Representa 10% do volume total do cérebro,


porém contém mais que a metade de todos
os neurônios do sistema Sistema Nervoso
Central (69 Bilhões);

- Estrutura de significativa relevância


funcional, pois é fundamental no controle
de movimentos complexos, finos e
coordenados;
CEREBELO
GENERALIDADES

- O cerebelo é a estrutura mais


proeminente do rombencéfalo, e
ocupa cerca de um quarto do
volume craniano do homem, sendo
nos seres-humanos uma das
maiores estruturas do cérebro;

- Em termos filogenéticos, o
tamanho do cerebelo aumenta
proporcionalmente a destreza e a
velocidade física de uma espécie;
CEREBELO
GENERALIDADES

- Realiza ajustes corretivos nas


atividades motoras, dando um certo
ritmo e frequência correta ao
movimento – um exemplo simples,
mas interessante – o simples ato de
subir uma escada rolante exige uma
coordenação temporal e espacial, dada
pelo cerebelo – aprende com a
correção dos erros;

- Capaz de projetar o próximo


movimento;
CEREBELO
GENERALIDADES

- Sua ação é visível, por exemplo,


em nossas mãos. Se não
tivéssemos o cerebelo não
conseguiríamos escrever, pois
não saberíamos dosar a força
necessária na mão e acabaríamos
furando o papel onde iríamos
escrever;

- Ou no ato de colocar suco no


copo. Não conseguiríamos
controlar a força para segurar a
garrafa na proporção certa e
acertar o copo ou colocar o
objeto dentro de uma caixa;
- Os pedúnculos cerebelares são
compostos por feixes de fibras nervosas
que interconectam o cerebelo com o
tronco encefálico e com o tálamo.

- Há núcleos profundos cerebelares:


núcleo denteado, fastígio, interposto
(composto pelo núcleo emboliforme e
globoso).

- Estes núcleos recebem a maioria das


fibras eferentes cerebelares
provenientes do córtex cerebelar
através de projeções das células de
Purkinje e colaterais das fibras
musgosas e trepadeiras.
CEREBELO

- Localizado abaixo do lobo occipital do córtex


cerebral e posicionado posteriormente ao tronco
encefálico.

- É separado do lobo occipital por um


prolongamento da Dura-máter, formando uma
espécie de tenda, em razão disso, essa separação
possui o nome de Tenda do Cerebelo (ou Tentório)

Encéfalo dividido ao meio no plano sagital (modificado de Lent, R. (2005).


Cem Bilhões de Neurônios, Atheneu, SP, RJ, BH, pag. 9)
CEREBELO

Secção macroscópica do cerebelo (reproduzido de Kolb, B; E. Whishaw, I. O. (2002).


Neurociência do Comportamento, 1° ed. Editora Manole, SP; pág. 53)
- 1. O Arquicerebelo ( lobo flóculo-nodular). Trata-
se da parte mais antiga do cerebelo, a qual
compreende apenas os flóculos e o nódulo de
vérmis. Mantém estreitas relações com o sistema
vestibular.

2. O Paleocerebelo compreende o lobo anterior


localizado adiante do sulco primário, sendo formado
pela língula, pelo lóbulo central e pelo culmen do
vérmis; duas zonas paravermianas adjacentes, pela
pirâmide e úvula da porção inferior do vérmis, pelo
paraflóculo e pelas amídalas do cerebelo.

3. O Neocerebelo, conhecido como lobo posterior,


compreende todas as partes do vérmis e dos
hemisférios que se localizam entre os sulcos
primário e póstero-lateral. O seu desenvolvimento
prende-se estreitamente ao desenvolvimento do
córtex cerebral e à postura ereta. Os movimentos
delicados e precisos são iniciados pelo córtex motor
do cérebro, sendo modificados sob a ação do
neocerebelo.
- Subdivisão em 3 Lobos: Lobo
Anterior, Lobo Posterior e Lobo
Floculonodular;

- Há uma zona lateral que trabalha em


conjunto ao córtex motor para o
planejamento do próximo
movimento;
Vamos pegar um recorte do cerebelo para entender melhor suas camadas do córtex cerebelar www.teoriadamedicina.com.br - https://www.youtube.com/watch?v=hY1vQ32QoSA
www.teoriadamedicina.com.br - https://www.youtube.com/watch?v=hY1vQ32QoSA
www.teoriadamedicina.com.br - https://www.youtube.com/watch?v=hY1vQ32QoSA
A camada molecular é formada por pequenos
neurônios disseminados (células estraladas e
células em cesto); pelas ramificações
dendriticas de vários tipos de células,
principalmente das células de Purkinje; e por
grande número de axônios delicados, em sua
maioria procedentes das pequenas células
granulosas da camada granulosa.
No meio destas células existem alguns
neurônios grandes isolados, as células tipo II
de Golgi. Os axônios não mielinizados das
células granulosas que demandam a camada
molecular da respectiva circunvolução, ou
folha, do cerebelo.

Por outro lado os dendritos das células de


Purkinje e das células em cesto ocupam
posição exclusivamente perpendicular ao
eixo longitudinal de cada folha.
CÉLULA DE PURKINJE

As células de Purkinje são os únicos neurônios


do cerebelo capazes de transmitir impulsos
eferentes formados no córtex cerebelar. Os seus
axônios tem origem na base de cada célula,
atravessando a camada granulosa e a substância
branca, em seu trajeto em direção aos núcleos
profundos do cerebelo. Recebem informações
completas das diversas partes do sistema
nervoso central.
CÉLULA DE PURKINJE

Algumas informações são transmitidas


diretamente; outras são indiretas, passando por
estações intermediarias; alguns impulsos são
estimulantes, enquanto outros são inibidores. As
informações são transmitidas pelas fibras de
diferentes tipos de neurônios, com nomes
especiais, tais como fibras trepadeiras, fibras
musgosas, fibras em cestos e fibras paralelas.
Sinais de Disfunção do Cerebelo

1. Ataxia: afeta os membros, sobretudo as extremidades dos


membros, acompanhando-se de desvio da marcha e do
corpo para o lado correspondente à lesão.

2. Dismetria: consiste na incapacidade para avaliar


corretamente a distancia, de modo que o movimento cessa
precocemente, ou então, ultrapassa o alvo (hipermetria).

3. Assinergia: perda da coordenação na inervação dos


grupos musculares necessária para a realização de
movimentos exatos, sendo incapazes para execução de
padrões motores complicados (decomposição dos
movimentos).

4. Desdiadococinesia ( adiadococinesia): o paciente é


incapaz de realizar os movimentos que exigem alternância
rápida entre agonista e antagonista.
Sinais de Disfunção do Cerebelo

5. Tremor de intenção: trata-se do tremor de ação, o qual aparece


quando o paciente aponta um objeto. Este tremor aumenta à medida
que o dedo ou pododáctilo se aproxima do objeto. Costuma ser devido à
lesão do núcleo denteado ou do pedúnculo cerebelar superior.

6. Fenômeno do rechaço: é devido à incapacidade do paciente para se


adaptar prontamente às alterações da tensão muscular. Por exemplo:
quando o braço do paciente faz pressão contra a mão.

7. Fala escandida: o assinergismo dos músculos que participam da fala


resulta em fala mal articulada, lenta e hesitante, a acentuação imprópria
de algumas silabas,
Ver vídeo – próximo slide
DIENCÉFALO
DIENCÉFALO

- O diencéfalo e o telencéfalo formam o


cérebro que corresponde ao
prosencéfalo;

- No cérebro humano adulto, as


estruturas diencefálicas só podem ser
vistas na face inferior do encéfalo ou
através de cortes específicos, uma vez
que as estruturas telencefálicas
ocupam praticamente toda a
totalidade da superfície cerebral;

- Por este motivo, o diencéfalo,


também é chamado de cérebro
intermediário (between-brain);
TÁLAMO

- É formado por duas massas volumosas de tecido


nervoso ou substância cinzenta, de forma ovóide,
e está localizado na porção látero-dorsal do
diencéfalo, acima do sulco hipotalâmico,
facilmente visível em corte sagital;

- É uma estrutura essencial para o fenômeno da


sensibilidade, uma vez que quase todas as
aferências sensitivas, com exceção das vias
olfativas, passam pelos núcleos talâmicos antes
de serem encaminhados para as suas respectivas
áreas sensoriais primarias localizadas no córtex
cerebral;

Anatomia macroscópica do tálamo. Este diagrama mostra os tálamos dos hemisférios esquerdo e
direito. O tálamo tem o formato de um ovo (Reproduzido de Gazzaniga, M. S;Ivry, R. B; Mangun,
G. R. (2006). Neurociência cognitiva: a biologia da mente, 2ed. Editora Artmed PA pág 103).
TÁLAMO

- Sua atuação é considerada como


uma “secretaria executiva” para o
córtex cerebral, direcionando a
atenção para a informação
importante através da regulação do
fluxo de informações para o córtex.

- Palavra tálamo vem do grego,


sendo que Thálamos significa “leito
conjugal”, “recinto interno”.

- Está organizado em núcleos de


neurônios.

- Desempenha um papel importante


na cognição (obtenção de
conhecimentos) e na consciência.
Anatomia macroscópica do tálamo. Este diagrama mostra os tálamos dos hemisférios esquerdo e
direito. O tálamo tem o formato de um ovo (Reproduzido de Gazzaniga, M. S;Ivry, R. B; Mangun,
G. R. (2006). Neurociência cognitiva: a biologia da mente, 2ed. Editora Artmed PA pág 103).
TÁLAMO

O núcleo anterior faz comutação


(alteração/bloqueio) de sinais em relação
ao sistema límbico, para os corpos
mamilares, giro cingulado e hipotálamo.

O núcleo dorsomedial tem conexões com


o córtex pré-frontal e o hipotálamo, e
está envolvido na transmissão de
sentimentos objetivos e emocionais, e
sua relação com o estado subjetivo do
individuo (p. ex. seu estado
de controle emocional e personalidade).

Os núcleos ventrais anteriores e laterais


influenciam e regulam as vias
descendentes motoras do córtex e
cerebelo.
TÁLAMO

Os núcleos ventrais posteriores são a


estação de sinapses das vias sensitivas
periféricas em direção ao córtex sensorial
(no giro pós-central).

O núcleo geniculado lateral recebe os


axónios do nervo óptico e os transmitem
para o córtex visual (no lobo occipital).

O núcleo geniculado medial tem idêntica


função na via auditiva.

Os núcleos intralaminares têm ligações com


a formação reticular e permitem ao córtex
influenciar o estado de vigília.
Imagem representativa dos núcleos do
tálamo em conexão com o córtex cerebral.

Tálamo: divisões e projeções para o córtex cerebral.


A. Visão esquemática dos principais núcleos do
tálamo. B. Face dorsolateral do hemisfério cerebral
mostrando as áreas de projeção dos núcleos
talâmicos. C. Face medial do hemisfério cerebral,
mostrando as áreas de projeção dos núcleos
talâmicos. As cores das regiões corticais
correspondem às cores dos núcleos talâmicos dos
quais recebem projeções

(Reproduzido de Cosenza, R. M. (2005). Fundamentos da Neuroanatomia, 3a ed.


Editora Guanabara Koogan, RJ; pag. 96).
EPITÁLAMO

- A palavra epitálamo já abriga em sua etimologia a


relevância de sua localização: sobre o tálamo;

- O epitálamo é considerado um dos relógios biológicos


responsáveis pelo ritmo da vida. Assim, algumas funções
do organismo são sincronizadas com as estações do ano,
como por exemplo o comportamento reprodutor de
várias espécies e a hibernação de outras.
EPITÁLAMO

- É constituído por formações endócrinas e não


endócrinas:

A formação endócrina mais importante é a:

Glândula Pineal

- As formações não endócrinas pertencem ao


sistema límbico e estão relacionadas com a
regulação do comportamento emocional.
Glândula Pineal
- A glândula pineal ou simplesmente pineal é uma
pequena glândula endócrina localizada perto do
centro do cérebro, entre os dois hemisférios,
acima do arqueduto de Sylvius e abaixo do
bordelete do corpo caloso, na parte anterior e
superior dos colículos superiores e na parte
posterior do terceiro ventrículo.
Glândula Pineal

- Apesar das funções desta glândula serem muito


discutidas, parece não haver dúvidas quanto ao
importante papel que ela exerce na regulação dos
chamados ciclos circadianos, que são os ciclos vitais
(principalmente o sono) e no controle das atividades
sexuais e de reprodução.
Glândula Pineal

- Produção de melatonina - A melatonina é um


hormônio derivado do aminoácido triptofano, que
tem outras funções no sistema nervoso central. A
produção de melatonina pela pineal é estimulada
pela escuridão e inibida pela luz.
Glândula Pineal e Melatonina

A retina detecta a luz, sinalizando a


informação para o núcleo supraquiasmático.
Fibras neuronais que se projetam deste para
os núcleos paraventriculares, que
transmitem os sinais circadianos para a
medula espinhal e, via sistema simpático,
para os gânglios cervicais posteriores, e
destes para a glândula pineal.

Glândula pineal e o sistema temporizador circanual (Reproduzido


de Lent, R. (2005). Cem Bilhões de Neurônios, Atheneu, SP, RJ, BH, Pág. 526).
SUBTÁLAMO

- Compreende a zona de transição entre o


diencéfalo e o tegmento do mesencéfalo. Sua
visualização é melhor em cortes frontais do
cérebro.

- Verifica-se que ele se localiza abaixo do


tálamo, sendo limitado lateralmente pela
cápsula interna e medialmente pelo
hipotálamo. Estando situado na transição com
o mesencéfalo, algumas estruturas
mesencefálicas estendem-se até o subtálamo,
como o núcleo rubro, a substância negra e a
formação reticular, constituindo esta chamada
de zona incerta do subtálamo.
SUBTÁLAMO

- O subtálamo apresenta formações de


substância branca e cinzenta, sendo a
mais importante o núcleo
subtalâmico.

- Lesões no núcleo subtalâmico


provocam uma síndrome conhecida
como hemibalismo, caracterizada por
movimentos anormais das
extremidades.

VER VÍDEO – próximo slide – simulação de um paciente com


Hemibalismo
SUBTÁLAMO

- Divisões:

Núcleo subtalâmico: conexão com globo pálido


(núcleo da base)

Zona incerta: intersecção com estruturas


mesencefálicas: substância negra, núcleo rubro e
formação reticular.

- Sua visualização macroscópica é difícil, pois não há


relação com as paredes do III ventrículo, necessitando
preparações especiais.

- É parte da via degenerada no Mal de Parkinson


NÚCLEOS DA BASE
“São os atores principais na formação da “dança neural” dos
movimentos que contribuem para um espetáculo de uma
vida bem vivida.’’
NÚCLEOS DA BASE

São constituídos por várias estruturas subcorticais


Interconectadas que formam um grande circuito que
conecta o córtex e o tálamo;

Fatias coronais do cérebro humano mostrando os núcleos da base. Rostral: Corpo Estriado, Globo Pálido (GPe e GPi), Caudal: Núcleo Subtalâmico (STN) e Substância Negra (SN)
NÚCLEOS DA BASE
- Além de possuir uma importante participação na
modulação dos movimentos voluntários, os núcleos da Os principais constituintes dos
base ou gânglios basais* também apresentam uma Núcleos da Base são:
influência significativa no afeto, no comportamento e
na cognição; Corpo Estriado (núcleo caudado +
putâmen), Globo Pálido, Núcleo
*essa nomenclatura é errada, uma vez que,
fundamentalmente, gânglios são estruturas
Subtalâmico e Substância Negra.
encontradas fora de cavidades ósseas.
NÚCLEOS DA BASE

- São constituídos por um conjunto de


núcleos no cérebro com diferentes estruturas Os principais constituintes dos
e atividades que atuam como uma unidade Núcleos da Base são:
funcional. Emitem e recebem projeções entre
si e com o córtex cerebral, tálamo e tronco Corpo Estriado (núcleo caudado +
encefálico, e são responsáveis por diversas putâmen), Globo Pálido, Núcleo
funções como: Subtalâmico e Substância Negra.

Coordenação motora, comportamentos de


rotina, emoções e cognição.
Os principais constituintes dos Núcleos da Base são:
Secção coronal evidenciando a localização das estruturas que compõe os
núcleos da base (Reproduzido de Kandel, E. R; Schwartz, J. H; & Jessell, T. M.
Corpo Estriado (núcleo caudado + putâmen), Globo Pálido, Núcleo (2003). Princípios da Neurociência, 4a Ed. Editora Manole, SP, pág.855).
Subtalâmico e Substância Negra.
CORPO ESTRIADO = Núcleo Caudado +
Núcleo Lentiforme (Putâmen + Globo
Pálido)

Funções:

- Participa da regulação do comportamento


emocional;

- Influenciam a atividade motora somática


(função importante no planejamento
motor);

- Influenciam áreas ligadas especificamente


às funções psíquicas.
Corpo Estriado em verde.
CORPO ESTRIADO = Núcleo Caudado +
Núcleo Lentiforme (Putâmen + Globo
Pálido)

O corpo estriado é um dos núcleos da base. É a


estação de entrada principal do sistema dos
núcleos basais fazendo ligação com o córtex
cerebral.

Nos primatas (incluindo os humanos), o


estriado é dividido por um intervalo de
substância branca chamada cápsula interna, em
dois setores chamados: o núcleo caudado e o
putâmen.

Possui grande número de receptores Corpo Estriado em verde.

colinérgicos, gabaérgicos e dopaminérgicos.


CORPO ESTRIADO = Núcleo Caudado + Núcleo Lentiforme (Putâmen + Globo
Pálido)

Existem evidências que apontam para a presença de alterações na atividade


do corpo estriado em síndromes psiquiátricas como a síndrome de Tourette (A
síndrome de Tourette é uma doença neuropsiquiátrica caracterizada pela ocorrência crónica de variados tiques (ações involuntárias e
repetitivas) motores (piscar os olhos, torcer o nariz, abrir a boca etc.) e/ou vocais (grunhidos, guinchos etc.). , o transtorno
obsessivo-compulsivo, o transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade, a esquizofrenia, a depressão e os quadros de demência.

Ver vídeo sobre a Síndrome de Tourette – próximo slide


Globo Pálido

- O Globo Pálido é uma estrutura localizada na


parte mais interior do estriado. Apesar de
parecer uma região homogênea, pode ser
dividida em duas estruturas funcionais distintas:
um segmento interno e outro externo,
conhecidos por GPi e GPe respetivamente.
Ambas as regiões são constituídas por neurônios
GABAérgicos que estão ativos de forma tônica e
são responsáveis pela inibição dos movimentos.
Globo Pálido

- No entanto, os dois segmentos apresentam


funções diferentes uma vez que participam
em diferentes circuitos neuronais. O GPe é
responsável pela via indireta, uma vez que
exerce a sua ação emitindo projeções para o
núcleo subtalâmico (STN). Por outro lado o
GPi recebe ligações não só do estriado, mas
também do STN, participando na via direta
e indireta, e por fim projetando neurônios
inibitórios para o tálamo.
Via Direta (excitatória)

- É composta pela parte interna do Globo Pálido,


onde que encontram-se neurônios ativados em
estado de “repouso” (ação tônica), inibindo
constantemente os núcleos talâmicos. Com a
ordem do córtex (excitação) no Estriado, este
último, inibe os neurônios do Globo Pálido, assim,
liberando o tálamo a excitar o córtex motor e,
consequentemente, desencadeando o movimento.
Via Indireta (inibitória)

- Tem como objetivo diminuir o movimento. Origina-


se na parte externa do Globo Pálido e do núcleo
subtalâmico. Quando o Estriado é excitado, irá
inibir a ação do GPe, este ultimo que possui função
de inibir as ações dos núcleos subtalâmicos, mas
como estão liberados da inibição do GPe, irão
excitar (Glutamato) o GPi, que irá inibir as
excitações dos núcleos talâmicos que,
consequentemente, não irão acionar (excitar) o
córtex motor.
HIPOTÁLAMO
O Termostato Humano

- Possui função essencial na regulação de determinados processos metabólicos e outras


atividades autônomas.

- O hipotálamo possui outra ação importante: funciona como autêntico “termostato”,


regulando o aumento ou a perda de calor pelo corpo.

- Conhecido como "liberador de hormônios“, pois tem parte essencial no controle da


secreção de hormônios da glândula pituitária (glândula mestra / hipófise;pois secreta
hormônios que controlam o funcionamento de outras glândulas).
Machado, Neuroanatomia Funcional, 2ª edição, 2004.
HIPOTÁLAMO
O Termostato Humano

- Controla o apetite e o balanço de água no corpo,


além de ser o principal centro da expressão
emocional e do comportamento sexual.

HIPOTÁLAMO E
A GLÂNDULA PITUITÁRIA (HIPÓFISE)
(SUA GRANDE COMPANHEIRA)

SABE AQUELA AMIZADE PARCEIRA?


EX: PARCEIRO/AMIGA VAMOS FAZER
ISSO JUNTOS! ESTOU TE DANDO APOIO!

Machado, Neuroanatomia Funcional, 2ª edição, 2004.


HIPOTÁLAMO E A GLÂNDULA PITUITÁRIA (HIPÓFISE)
(SUA GRANDE PARCEIRA)

- São estruturas intimamente relacionadas morfológica e


funcionalmente que controlam todo o funcionamento do
organismo direta ou indiretamente atuando sobre diversas
glândulas como as adrenais, gônadas e a tireoide.

- O HIPOTÁLAMO controla quase toda secreção hipofisária, que


recebe informações oriundas da periferia (que vão desde a dor até
pensamentos depressivos).

- Dependendo das necessidades momentâneas, será inibida ou


estimulada a secreção dos hormônios hipofisários, por meio de
sinais hormonais ou neurais. O hipotálamo também produz dois
hormônios: a ocitocina e o hormônio antidiurético (ADH´-
Vasopressina – responsável por aumentar a pressão sanguínea ao
induzir uma vasoconstrição.
Machado, Neuroanatomia Funcional, 2ª edição, 2004.
UM GRANDE EXEMPLO DE RELAÇÃO:

EIXO HPA
(HIPOTÁLAMO –PITUITÁRIA – ADRENAL)

Resumindo – Fator Estresse

- (1) O Hipotálamo ordena a liberação do CRF


(o fator de liberação de corticotrofina);

- (2) Esse fator irá acionar a hipófise;

- (3) A Hipófise (Glândula Pituitária) irá


estimular a produção da corticotrofina (ACTH);

- (4) ACTH irá cair na circulação sanguínea e


chegar na medula adrenal, lá será produzido o
cortisol, adrenalina.

*** O Cortisol é considerado um glicocorticóide (hormônios esteroides) essencial para a vida, pois
ele regula ou mantém uma variedade de funções metabólicas, cardiovasculares, imunológicas e
homeostáticas.***
HIPOTÁLAMO

- O Hipotálamo é constituído por núcleos, às vezes


de difícil individualização.

- O Fórnix, uma das estruturas que “cortam” o


hipotálamo, divide-o em zonas: zona medial
(“pobre” em mielina) e zona lateral (rica em
mielina);

- A zona medial pode ainda ser divida em 3


grupos por dois planos frontais: hipotálamo
anterior/supra-óptico, médio/tuberal e
posterior/mamilar;

Machado, Neuroanatomia Funcional, 2ª edição, 2004.


HIPOTÁLAMO E PRÉ-FRONTAL
- Entre inúmeras conexões que o hipotálamo
realiza com outras regiões, uma das conexões
importantes é a conexão com a área pré-
frontal.

As fibras prefrontal-hipotalâmicas originam-se na área pré-


frontal, principalmente das regiões orbital e medial e
terminam no hipotálamo posterior, com algumas fibras a
terminarem no núcleo tuberal e anterior.

Estas conexões permitem ao hipotálamo estar envolvido em


processos de escolha de opções/estratégias, atenção e
controle do comportamento emocional.

Machado, Neuroanatomia Funcional, 2ª edição, 2004.


SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)

- SOMÁTICO

- AUTÔNOMO
(VISCERAL)

Machado, Neuroanatomia Funcional, 2ª edição, 2004.


NA SUA CIDADE, VOCÊ TEM O CENTRO E OS BAIRROS.
COMO FAÇO PARA CHEGAR NELES?

VIAS CENTRO – BAIRROS


VIAS BAIRROS - CENTRO

Machado, Neuroanatomia Funcional, 2ª edição, 2004.


O CÉREBRO HUMANO FUNCIONA
DA MESMA MANEIRA.

Machado, Neuroanatomia Funcional, 2ª edição, 2004.


DIVISÃO FUNCIONAL DO SISTEMA
NERVOSO PERIFÉRICO

Machado, Neuroanatomia Funcional, 2ª edição, 2004.


SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
SOMÁTICO

O sistema nervoso somático possui, como função


essencial, a conexão entre o organismo e seu ambiente
externo. Isso acontece através de vias (aferentes) que
levam informações do meio, captadas pelo receptores
periféricos, até o sistema nervoso central.

Assim, deste último (SNC), as informações são levadas


aos músculos (vias eferentes), que irão determinar as
repostas de integração com o contexto do ambiente.

Radanovic, Márcia, Neurofisiologia Básica para profissionais da área da


saúde, 2016.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
AUTÔNOMO (VISCERAL)

Uma rápida cena:

Imaginem um indivíduo que está fazendo curso pré-


vestibular durante 5 anos. Durante esses 5 anos, ele
tentou 3 vezes passar em medicina. Hoje, ele está indo
realizar o vestibular em uma das instituições mais
concorridas do Brasil….

Radanovic, Márcia, Neurofisiologia Básica para profissionais da área da


saúde, 2016.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
AUTÔNOMO (VISCERAL)

Funções:

- É responsável pela manutenção e funcionamento


equilibrado das funções viscerais;

- Função realizada através de uma via aferente (origem


que se encontra nas vísceras) e de uma via eferente
(possui sua origem no SNC e finaliza nas estruturas
viscerais: músculos liso, glâdulas e músculo cardíaco).

- Funções divididas em duas partes:


- Sistema Simpático e Sistema Parassimpático

Radanovic, Márcia, Neurofisiologia Básica para profissionais da área da


saúde, 2016.
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO

- Origem nos segmentos toracolombares


da medula espinhal.

SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO

- Parte da origem nos segmentos sacrais


da medula espinhal e parte no tronco
encefálico. Isto é, origem craniosacral.

Radanovic, Márcia, Neurofisiologia Básica para profissionais da área da


saúde, 2016.
DETALHES IMPORTANTES SOBRE O
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SOMÁTICO

- O que diferencia o Sistema nervoso


autônomo (SNA) do somático é que ele
possui uma conexão entre o SNC e o AUTÔNOMO
órgão efetor realizada por dois
neurônios.

- Um dos neurônios possui o corpo


celular no tronco encefálico ou na
própria medula e o outro neurônio
(corpo celular) localiza-se no Sistema
nervoso periférico (SNP)

Radanovic, Márcia, Neurofisiologia Básica para profissionais da área da


saúde, 2016.
DETALHES IMPORTANTES SOBRE O
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SOMÁTICO

- Esses corpos neuronais localizados fora


do SNC formam-se em gânglios:
AUTÔNOMO
- - Os neurônios que saem destes
gânglios chamam-se pós-ganglionares;

- - Os neurônios que iniciam-se dentro


do SNC são chamados de pré-
ganglionares;

Radanovic, Márcia, Neurofisiologia Básica para profissionais da área da


saúde, 2016.
RESUMINDO SUAS CARACTERISTICAS DOS
GÂNGLIOS E A FIBRAS DO SIMPÁTICO E
PARASSIMPÁTICO:
SOMÁTICO

Localização dos gânglios:

SNSp: estão próximos à coluna vertebral e distante das


vísceras.
AUTÔNOMO
SNPs: Próximos ou dentro das vísceras (exceção: gânglios
cranianos)

Localização dos fibras (axônios):

SNSp: Pré-ganglionar: curta / Pós-ganglionar: longa


(ação mais difusa nos órgãos-alvo e atuação sistêmica);

SNPs: Pré-ganglionar: longa / Pós-ganglionar: curta


(ação mais direcionada nos órgãos-alvo);

Radanovic, Márcia, Neurofisiologia Básica para profissionais da área da saúde, 2016.


Radanovic, Márcia, Neurofisiologia Básica para profissionais da área da saúde, 2016.
Radanovic, Márcia, Neurofisiologia Básica para profissionais da área da saúde, 2016.
TIPOS DE COMUNICAÇÃO
CELULAR NO SISTEMA
NERVOSO

- Comunicação Endócrina: circulação


sanguínea com neurônios;

- Comunicação Paracrina: ‘’Para’’ vem


de paralelas, isto é, as secreções
efetuadas pelas células irão atuar na
célula próxima dela (paralela à ela) –
célula vizinha – células da Glia

- Comunicação Efáptica (elétrica) – não


é reconhecida como uma sinapse.
Possui comunicação bidirecional (vai
e vem).
TIPOS DE COMUNICAÇÃO
CELULAR NO SISTEMA
NERVOSO

- Comunicação Elétrica e Química


NEURÔNIO (motor)
DENDRITOS
“Entrada” – recebe estímulos
do meio ambiente, de células
epiteliais sensoriais ou de
outros neurônios.
AXÔNIO
“Saída” – prolongamento único – conduz impulsos que transmitem
informações do neurônio para outras células (nervosas,
glandulares, musculares)
BAINHA DE MIELINA
- Complexo lipoproteico interrompido em intervalos
regulares (Nódulos de Ranvier);
- Camada isolante – permite que a transmissão do
potencial de ação ocorra mais rapidamente.
TERMINAÇÃO DO AXÔNIO
Telodendros e Botão terminal

Superfície do botão terminal + espinha dendritica adjacente


+ espaço entre eles = Fenda Sináptica
Classificação dos Neurônios
Classificação dos Neurônios

MULTIPOLAR
Multipolar – é aquele que apresenta um corpo celular ou
axônio e vários dendritos. Corresponde a maioria dos
neurônios dos seres humanos. Os neurônios motores e
interneurônios são multipolares.
Classificação dos Neurônios

BIPOLAR
Bipolar – possui 1 corpo celular, 1 axônio, 1 dendrito. É
encontrado na mucosa olfatória, nos gânglios vestíbulo-
coclear, no ouvido e no globo ocular (retina), responsável pela
visão e audição. São predominantemente sensitivos.
Classificação dos Neurônios

PSEUDOUNIPOLAR
Pseudounipolar – 1 corpo celular e 1 axônio que se bifurca ou
se divide, ele conduz a maioria dos impulsos sensitivos (mais
relacionados com a sensibilidade da pele), menos visão e
audição.
Classificação dos Neurônios
Células Neurais

O neurônio é constituído por um corpo somático,


ou soma, de onde derivam inúmeros dendritos,
formando uma árvore dendrital, e/ou um único
axônio, que pode apresentar algumas ramificações.

Sua taxonomia foi inicialmente estudada por


Ramón y Cajal, que descreve em detalhes vários
tipos de neurônios encontrados em sistemas
nervosos. Sua extensão pode variar desde algumas
centenas de mícrons até alguns metros.
Células Neurais

As conexões entre os neurônios se dão por


meios de sinapses, que podem ser excitatórias
ou inibitórias, dependendo do mecanismo e
neurotransmissores envolvidos nessa sinapse.

O funcionamento do mecanismo sináptico é


pouco conhecido, porém, vem sendo
estudado exaustivamente em vários ramos da
ciência (medicina, biofísica, biologia, etc.).
Células Neurais

Os dendritos se conectam aos axônios de outras


células, servindo como receptores de sinal,
enquanto o axônio tem a função de transmitir um
pulso, dada a condição de disparo, conhecida como
“potencial de ação”.

Na transmissão do impulso elétrico, a sinapse


efetua a troca de ions entre o citoplasma do axônio
do neurônio transmissor e o dendrito do neurônio
receptor.
Modelo de conexão – neurônio motor, sensitivo e associativo
Será que entendemos?
Hora da atividade

Em duplas ou trios, identifique as


regiões que estão enumeradas
Sinapse
É o processo pelo qual o impulso nervoso passa de um neurônio
para outra célula, esta pode ser um neurônio ou um órgão efetor.
O órgão efetor pode ser um músculo ou uma glândula, e os
músculos podem ser liso cardíaco ou esquelético.
Classificação
Sinapse interneuronal – é uma sinapse entre 2
neurônios.

Sinapse neuroefetuadora – é uma sinapse entre o


neurônio e um órgão efetor. Ela pode ser subdividida
em: somática e visceral.
Somática – é quando a sinapse é entre um neurônio e o
músculo esquelético.
Visceral – é quando a sinapse é entre um músculo liso,
cardíaco ou glândulas.
Componentes de uma Sinapse
Membrana pré-sináptica – corresponde a membrana
citoplasmática da terminação axônica.

Membrana pós-sináptica – corresponde a membrana


citoplasmática da outra célula.

Fenda sináptica – corresponde a um espaço existente


entre as duas membranas.

No citoplasma da terminação axônica, existem


vesículas sinápticas que apresentam no seu interior
substancias químicas chamadas neurotransmissores, na
membrana pós-sináptica existem receptores que são
específicos para cada tipo de neurotransmissor, onde
que na fenda sináptica existe uma grande concentração
de cálcio.
- Ocupam cerca da metade do volume do tecido do Sistema
Nervoso Central;

- Possuem um tamanho menor;

- Fornecem microambiente adequado para o funcionamento


neural – suporte as funções neurais;
CÉLULA EPENDIMÁRIA

- Revestem os ventrículos e o canal central da


medula espinhal;

- Secreta o líquido cefalorraquidiano (LCR);

- Pequena e ovóide / alguns locais são ciliadas


facilitando o movimento do LCR;
MICROGLIA

- Derivadas de células da medula óssea


trazidas pelo sangue;

- Participa da inflamação e reparação do


Sistema Nervoso – secreção de substâncias
sinalizadoras e fatores de crescimento que
auxiliam na reparação;

- Fagocitose (ingestão ou destruição de


bactéria ou parte de um tecido celular) de
fragmentos de tecido morto ou degenerado
(neurônios e neuroglias) ;
Célula de Schwann

- Enrola-se repetidamente ao redor do


axônio – uma célula produz mielina de um
axônio por vez;

- O prolongamento do neurolemócito (célula


de schwann forma a bainha de mielina nos
axônios do SNP)

- *Obs: os neurônios sensoriais e motores -


altamente mielinizados;
OLIGODENDRÓCITOS
(oligodendroglia)

- Formação da bainha de mielina nos


axônios do encéfalo e medula;

- Uma célula pode produzir mielina de


diversos axônios;

- Seus prolongamentos envolvem os axônios;


ASTRÓCITO

- Sustentação estrutural no SNC;

- Receptores hormonais e de
neurotransmissores – controlam composição
iônica do meio extracelular (absorvem
excessos e sintetizam substâncias químicas);

- Auxílio no reparo de lesão, cicatrização /


dilatação dos vasos sanguíneos;

- Produção da barreira hematoencefálica –


proteção entre vasos sanguíneos e
neurônios;

- Transporte de nutrientes entre vasos


sanguíneos e neurônios;
O que acontece quando existe a degeneração
da bainha de mielina?

Esclerose Múltipla – degeneração da bainha de


mielina (tem sua função neural comprometida).
Seu mecanismo de degeneração ainda é
desconhecido. Seus sintomas: perda dos
movimentos e/ou sensibilidade. Não há cura;
- Confissões -

Agostinho de Hipona
(“Santo Agostinho”)
354 – 430
Um dos mais importantes teólogos e
filósofos nos primeiros séculos do cristianismo
VER VÍDEO (MULHER N A I LHA) - PRÓXIMO SLIDE
AS EMOÇÕES ESTÃO ENVOLVIDAS APENAS EM
DECISÕES QUE SALVAM SUA VIDA?

Vídeo “Corta ou não corta? – próximo slide


ANTES DE TUDO....VEREMOS

CORPO CALOSO

- Função de comunicação inter-


hemisférica – porção anterior – recursos
atencionais e informações cognitivas.
Porção posterior – sensoriais básicas;

- Se existir a desconexão completa, irá


acontecer o bloqueio de transferência
sensorial, perceptual, motora e outras
formas de informações interrompidas);
ANTES DE TUDO....VEREMOS

CORPO CALOSO

- Avaliação de diferenças hemisféricas assim


como os mecanismos pelos quais os hemisférios
interagem – ex: Hemisfério Esquerdo -
linguagem; Hemisfério Direito – habilidades
visuo-espaciais.

- É a maior estrutura de substância branca no


cérebro, consistindo de 200-250 milhões de
projeções axônicas contralaterais. Muito da
comunicação inter-hemisférica do cérebro, entre
o 3º e 4º ventrículos, é conduzida através do
corpo caloso.

- Exemplo: Gazzaniga – paciente W.J. (próximo slide)


CORPO CALOSO

Michael S. Gazzaniga, professor de psicologia na


Universidade da Califórnia. Ele é um dos principais
pesquisadores em neurociência cognitiva, o estudo
das bases neurais da mente.

O paciente W.J., paraquedista da Segunda Guerra


Mundial (1939 – 1945), foi atingido na cabeça por
uma coronhada de rifle, após isso, ele começou ter
convulsões. Passou por cirurgia de separação dos
hemisférios para conter as convulsões.
CORPO CALOSO

Após cirurgia, Gazzaniga apresentava estímulos


como letras e rajadas de luz nos campos visuais
esquerdo e direito. Os estímulos transmitidos para o
campo visual direito foram processados ​pelo
hemisfério esquerdo do cérebro, que contém o
centro de linguagem, então ele (W.J.) foi capaz de
pressionar um botão para indicar que viu o estímulo
e poderia relatar verbalmente o que tinha visto.

No entanto, quando os estímulos foram exibidos no


campo visual esquerdo e, portanto, no hemisfério
direito, ele pressionava o botão, mas não podia
relatar verbalmente ter visto nada. Quando eles
modificaram o experimento para que ele apontasse
para o estímulo que foi apresentado ao seu campo
visual esquerdo e não precisasse identificá-lo
verbalmente, ele foi capaz de realizar essa tarefa
com precisão.
Agora é a hora

SISTEMA LÍMBICO

LOCALIZAÇÃO:

Face medial dos hemisférios cerebrais.

ESTRUTURAS MAIS ACEITAS:

- Giro do Cíngulo;
- Giro Parahipocampal;
- Hipocampo;
- Área do Septo;
- Amígdala;
- Parte do Hipotálamo;
- Núcleos anteriores do Tálamo;
O Sistema Límbico é compreendido por todas as
estruturas cerebrais que estejam relacionadas,
principalmente, com comportamentos emocionais
e sexuais, aprendizagem, memória, motivação,
mas, também, com algumas respostas
homeostáticas.
SISTEMA
De maneira resumida, a sua principal função será a
LÍMBICO integração de informações sensitivo-sensoriais
com o estado psíquico interno, onde é atribuído
um conteúdo afetivo a esses estímulos. A
informação é registrada e relacionada com as
memórias pré-existentes, o que leva à produção de
uma resposta emocional adequada, consciente
e/ou vegetativa.
Essas formações podem dividir-se em

SISTEMA componentes corticais e componentes


subcorticais, estando associadas a esta
região cerebral um conjunto de
LÍMBICO estruturas que contribuem para a
execução das funções deste sistema.
Agora é a hora

SISTEMA LÍMBICO

A palavra limbique em francês, é


originária do termo limbus em latim
que significa aro, margem, borda, anel,
contorno.

O lobo límbico originalmente proposto por Paul Broca (Modificado de Lent,


R. (2005). Cem bilhões de neurônios. Editora Atheneu, SP, pág. 659).
LOBO LÍMBICO

LIMBIQUE = LIMBUS = ARO

PAUL BROCA
Giro do cíngulo; Giro para-hipocampal; Hipocampo
(1824 – 1880)
Em seguida, foi proposto que o Lobo Límbico estaria envolvido na percepção de
odores, e ele recebeu então a denominação Rinencéfalo, que significa cérebro olfatório.
Circuito de Papez (1937)

- Existência de uma circuitaria neural envolvendo os


componentes estruturais do lobo límbico descrito por
Broca – foi o primeiro a sugerir que a função do lobo
límbico estaria relacionada com as emoções, e não
com a olfação;

- Revolução conceitual - mudança da ideia da


existência de centros neurais isolados responsáveis
pela coordenação emocional, para o conceito de um
mecanismo integrado, formado por um agrupamento
de regiões corticais associadas e interconectadas,
envolvidas com o gerenciamento de vários aspectos
das emoções (Lent, 2005); James Papez
(1883 – 1958)
Circuito de Papez (1937)

- Dois aspectos da emoção foram enfatizados: o


aspecto da expressão emocional, cujas evidências
apontaram o hipotálamo como a sua principal base
neural; e o aspecto da experiência emocional ou
consciência emocional, cujas evidências apontaram o
córtex cerebral como a sua base neural essencial.

- O circuito proposto por Papez foi fruto de


muita especulação, pois a maioria das
conexões propostas por ele, na época,
ainda não havia sido identificada
James Papez
(1883 – 1958)
Circuito de Papez (1937)

- Experiência emocional e sua


expressão: giro do cíngulo,
hipocampo, corpos
mamilares do hipotálamo,
núcleo anterior do tálamo
dorsal e fórnix.
Circuito de Papez (1937)

- Experiência emocional e sua


expressão: giro do cíngulo,
hipocampo, corpos
mamilares do hipotálamo,
núcleo anterior do tálamo
dorsal e fórnix.

- Figura ilustrativa da teoria do Circuito de Papez (Modificado de LeDoux,


J. (2001). Cérebro emocional. Editora Objetiva, RJ, pág. 81).
Sistema Límbico - Paul MacLean (1949)

- Destacou a importância do Hipotálamo para a


expressão emocional e do córtex cerebral para a
experiência emocional;
- Em 1952, MacLean substituiu o termo lobo
límbico pelo termo sistema límbico;

- O hipocampo seria o núcleo do cérebro visceral,


acreditava-se que ele recebia e integrava
informações sensoriais do ambiente externo e do
ambiente interno, constituindo a base da
experiência emocional;

- Ele também retomou e ampliou a teoria de


Papez, acrescentando as estruturas pertencentes
ao circuito de Papez, regiões como as amígdalas,
PAUL MACLEAN o córtex associativo e o córtex pré-frontal
(1913 - 2007) (LeDoux, 2001).
Sistema Límbico - Paul MacLean (1949)

*** Importante observação em ralação ao circuito ***

Algumas estruturas ainda incluídas nesse sistema, pela sua


origem conceitual a partir do circuito de Papez, exercem
influência significativa em outras funções e podem estar pouco
relacionadas com as emoções. Um grande exemplo é o
Hipocampo, que sabemos, atualmente, estar amplamente
relacionado com a memória, enquanto sua função para as
emoções ainda não está plenamente esclarecida.

PAUL MACLEAN
(1913 - 2007)
Sistema Límbico - Paul MacLean (1949)

- Sistema límbico de MacLean. O hipocampo


representado na forma de um cavalo marinho, e
no seu interior triângulos pretos representando
as células piramidais vistas como um teclado
emocional
(Reproduzido de Gazzaniga, M. S; Ivry, R. B; Mangun, G. R. (2006). Neurociência
cognitiva: a biologia da mente, 2ed. Editora Artmed, PA, pág. 563).

- Para MacLean, os grandes neurônios piramidais


dispostos lado a lado do hipocampo, foram
poeticamente descritos como o teclado
emocional, que quando ativados por elementos
do mundo sensorial, produziam as melodias
correspondentes às emoções experienciadas;
Sistema Límbico
NEUROTRANSMISSORES NO SISTEMA LÍMBICO

- Sistema Noradrenérgico:
70% das vias noradrenérgicas (noradrenalina)
estão concentradas em neurônios que partem
do Bulbo e Locus Ceruleos (localizado na porção
rostral da Ponte), que se projeta para o
Hipotálamo, amígdala, núcleos talâmicos e
córtex cerebral. Estas vias estão relacionadas
com a manutenção do alerta, atenção, vigilância
e responsividade a novos estímulos.

FONTE: “Neurofisiologia Básica para profissionais da área da saúde / Márcia Radanovic, Eliane Mayumi Kato-Narita. – São Paulo : Editora Atheneu, 2016.
Sistema Límbico
NEUROTRANSMISSORES NO SISTEMA LÍMBICO

- Sistema Serotoninérgico:
Tem sua origem em neurônios da formação
reticular do mesencéfalo (núcleos da rafe), que
se dirigem principalmente para a amígdala,
núcleo septal e prosencéfalo basal, estando
envolvido na regulação do ciclo vigília-sono,
comportamento afetivo e sexual, humor (sua
insuficiência leva a sintomas depressivos),
ingestão alimentar e manutenção da
temperatura corporal.

FONTE: “Neurofisiologia Básica para profissionais da área da saúde / Márcia Radanovic, Eliane Mayumi Kato-Narita. – São Paulo : Editora Atheneu, 2016.
Sistema Límbico
NEUROTRANSMISSORES NO SISTEMA LÍMBICO

- Sistema Dopaminérgico:
A maior parte de neurônios dopaminérgicos do
SNC localiza-se no mesencéfalo (substância
negra e tegmento ventral), cujos neurônios
projetam-se para o córtex cerebral e núcleos da
base, sendo importantes na iniciação de
respostas comportamentais, motivação,
atenção e ativação do sistema de
prazer/recompensa (cujas estruturas principais
são a área tegmentar ventral e o núcleo
accumbens).

FONTE: “Neurofisiologia Básica para profissionais da área da saúde / Márcia Radanovic, Eliane Mayumi Kato-Narita. – São Paulo : Editora Atheneu, 2016.
Sistema Límbico

DEFININDO
Conjunto de estruturas com importante participação na
regulação das emoções, nos processos motivacionais, na
memória, na aprendizagem, na regulação do sistema nervoso
autônomo e na interação neuroendócrina.
EMOÇÃO

- Do ponto de vista biológico, a emoção pode ser definida como


um conjunto de reações químicas e neurais subjacentes à
organização de certas respostas comportamentais básicas e
necessárias à sobrevivência dos animais.

- Para os humanos, a emoção tem uma dimensão subjetiva que


a transforma em uma experiência única, diferenciando-se da
dimensão comportamental/observável demonstrada para os
outros animais.

- De modo geral, as emoções humanas podem ser classificadas


em três tipos:

Neurociência da Mente e do Comportamento / Roberto Lent, coordenador. – [reimpr.]. – Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2013.
EMOÇÃO

(1) Emoções Primarias – são consideradas inatas ou não


aprendidas, ou seja, são emoções comuns em todos os
indivíduos da nossa espécie, independentemente de fatores
socioculturais.

Charles Darwin (1809 – 1882), foi um dos primeiros em relatar


essas emoções (‘’A Expressão das emoções no homem e nos
animais’’). Mais recentemente, o cientista Paul Ekman, da
Universidade da Califórnia (EUA), realizou importantes estudos
(tribo isolada da Nova Guiné) demonstrando essas emoções.

Apesar das discussões entre os estudiosos da emoção, pelo


menos 6 emoções são consideradas primárias: tristeza, nojo,
alegria, surpresa, medo e raiva.

Neurociência da Mente e do Comportamento / Roberto Lent, coordenador. – [reimpr.]. – Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2013.
EMOÇÃO

(2) Emoções Secundárias – são consideradas mais


complexas e dependem de fatores culturais. Por
exemplo, vergonha e culpa são exemplos de emoções
que variam amplamente de acordo com a cultura, com
a experiência prévia e com a época em que o indivíduo
está inserido.

(3) Emoções de Fundo (terceiro tipo de emoção) –


Proposta mais recentemente pelo neurologista
português (atualmente nos EUA), António Damásio. Os
estímulos que induzem essas emoções são
normalmente internos, gerados por processos físicos
ou mentais contínuos que nos levam a um estado de
tensão ou relaxamento, fadiga ou energia, bem-estar
ou mal-estar.
Neurociência da Mente e do Comportamento / Roberto Lent, coordenador. – [reimpr.]. – Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2013.
TEORIAS SOBRE AS EMOÇÕES

TEORIA DE JAMES E LANGE (1884)

Uma das teorias mais interessantes e polêmicas.

Elaborada pelo psicólogo William James (1842 – 1910),


junto com o psicólogo dinamarquês Carl Lange (1834 –
1900).

Basicamente, as emoções são experimentadas a partir


da percepção das alterações fisiológicas em nosso
organismo.

Sugere que as alterações corporais produzidas pelas


emoções (sudorese, contração muscular, taquicardia e
outras) é o que levariam a sentir uma determinada
emoção, o que é contra-intuitivo.
William James
Carl Lange
Neurociência da Mente e do Comportamento / Roberto Lent, coordenador. – [reimpr.]. – Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2013.
TEORIAS SOBRE AS EMOÇÕES
TEORIA DE JAMES - LANGE (1884)

As vias cerebrais, segundo William James. Um estímulo de perigo, por exemplo, seria percebido pelas regiões sensoriais do cérebro (1), que produziriam
uma resposta corporal, como, por exemplo, taquicardia ou contração muscular (2). Essa resposta seria percebida pelo encéfalo (3) e só então haveria a
sensação consciente da emoção (4). Segundo essa teoria, a sensação emocional seria decorrente das respostas corporais.
TEORIAS SOBRE AS EMOÇÕES
TEORIA DE CANNON – BARD (1927)
Para Cannon, podemos vivenciar as emoções
mesmo que nenhuma mudança fisiológica seja
produzida.

Segundo ele (Cannon), muitas respostas


fisiológicas são comuns as várias emoções e seria
difícil que essas respostas pudessem gerar
diferentes emoções.

Por exemplo, podemos observar sudorese,


taquicardia e inibição da digestão para várias
emoções distintas, tais como medo, raiva e até
mesmo emoções positivas, tal como alegria.

Philip Bard Eles acreditavam que a informação emocional é


processada pelo encéfalo e ao mesmo tempo
seriam geradas a ativação corporal e a experiência
Walter Cannon
consciente da emoção.
Neurociência da Mente e do Comportamento / Roberto Lent, coordenador. – [reimpr.]. – Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
TEORIAS SOBRE AS EMOÇÕES
TEORIA DE CANNON – BARD (1927)

As vias da emoção, segundo CANNON – BARD. Esses autores acreditavam que os estímulos emocionais seriam percebidos pelo cérebro (tálamo) com
ativação do hipotálamo (2a) e do córtex cerebral (2b e 3b) para gerar a sensação emocional, ocorrendo em paralelo a ativação corporal (3ª). Nesse caso,
as respostas corporais não seriam necessárias para a sensação da emoção. (Adaptado de LeDoux J. [1998]. “O cérebro emocional: os misteriosos alicerces
da vida emocional.’’
HIPOCAMPO

Inicialmente era uma área proposta por Papez que tinha papel
na regulação do comportamento emocional.

É uma estrutura localizada nos lobos temporais do cérebro


humano, considerada a principal sede da memória e importante
componente do sistema límbico. Além disso é relacionado com a
navegação espacial.

Segundo inúmeras pesquisas, é uma região muito importante


para converter a memória de curto prazo em memória de longo
prazo. O hipocampo atua em interação com a amígdala e está
mais envolvida no registro e decifração dos padrões perceptuais
do que nas reações emocionais.
.
HIPOCAMPO

Fortes emoções / estresse / memória

O hipocampo, por intermédio das suas conexões com a


amígdala (facilitando ou dificultando), pode ter a
consolidação das memórias explícitas formadas em uma
situação de alerta emocional.

ENTRETANTO, em situações de intenso estresse e impacto


emocional, a concentração de cortisol liberada pela supra-
renal é muito grande, e, ao se ligar aos receptores existentes
no hipocampo, acaba por diminuir a atividade deste,
enfraquecendo a capacidade do sistema do lobo temporal
de formar memórias explícitas (faz parte da memória permanente e
é aquela que pode ser declarada, como fatos, nomes, acontecimentos e pode
ser episódica (eventos com data) ou semântica (significado de palavras).
AMÍGDALA

‘‘Hoje, pensamos em funções como produtos de


sistemas, e não de áreas. A amígdala, por exemplo,
contribui para a detecção de ameaças porque faz parte
de um sistema de detecção de ameaças. E apenas
porque a amígdala contribui para a detecção de
ameaças, isso não significa que a detecção dessas
ameaças seja a única função para a qual ela contribui.

Os neurônios da amígdala, por exemplo, também são


componentes de sistemas que processam o significado
de estímulos relacionados a comer, beber, sexo e drogas
que causam dependência.’’
AMÍGDALA

Localiza-se no polo do lobo temporal;

Nome amígdala = amêndoa (grego);

É uma estrutura complexa, composta


por vários núcleos distintos;

Os núcleos possuem diferentes papéis


na regulação emocional;

Em geral, os núcleos são divididos em


três grupos: os núcleos basolaterais, os
núcleos corticomediais e o núcleo
central.
AMÍGDALA

As aferências da amígdala têm diversas


origens, incluindo o neocórtex, o giro
parahipocampal e o córtex cingulado.

Todas as informações dos sistemas


sensoriais são enviadas para a amígdala
através do complexo basolateral, exceto
a olfatória, que é enviada para os núcleos
corticomediais.

A amígdala se conecta ao hipotálamo


através de dois grandes feixes, que são a
estria terminal e a via amigdalofugal
ventral.
Neurociência da Mente e do Comportamento / Roberto Lent, coordenador. – [reimpr.]. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
AMÍGDALA e o Medo Condicionado

LeDoux (1996) – “As duas rotas da amígdala”

- Em seus estudos, ele demonstrou que a via cortical de projeção para a


amígdala pode não ser necessária para a formação do condicionamento.

- O córtex é essencial só para reconhecer, discriminar e/ou categorizar


estímulos complexos.

- Os estímulos simples, a projeção do tálamo para a amígdala seria


suficiente para formar novos condicionamentos.

Joseph E. LeDoux

Portanto, levou LeDoux propor a existência de duas vias de


ativação da amígdala: Via rápida – projeção direta do tálamo.
Via lenta – projeção do tálamo para o córtex e deste para a
amígdala.
AMÍGDALA e o Medo Condicionado

LeDoux (1996) – “As duas rotas da amígdala”

Via rápida (via subcortical) – Vantagem evolutiva, pois propicia a


ativação da amígdala em detectar estímulos ameaçadores do ambiente
rapidamente. - É um sistema defensivo rápido.

Sem uma análise mais completa e mais demorada que seria realizada
pelo córtex.

Joseph E. LeDoux

VÍDEO – MEDO CONDICIONADO (EXPERIMENTO DO RATO) – PRÓXIMO SLIDE.


AMÍGDALA e o Comportamento Social

- A amígdala possui papel essencial em avaliar o ambiente e verificar


a existência de perigos potenciais;

- Em humanos, lesão bilateral da amígdala pode causar mudanças


comportamentais;

- Déficit primário desses pacientes podem dar a incapacidade de


interpretar sinais de perigo em outras pessoas;

- Falha na identificação de expressões de medo em outras pessoas;

- Incapacidade de identificar o excesso de confiança em indivíduos


desconhecidos;
EMOÇÕES E O CÓRTEX PRÉ-FRONTAL
EMOÇÕES E O CÓRTEX PRÉ-FRONTAL

- Região do cérebro importante para controle


inibitório, tomada de decisões, planejamento de
ações, funções executivas, previsão das
consequências de atividades (ações) no futuro

- É composta por diversas sub-regiões que


apresentam diferenças anatômicas e funcionais.

- Existe uma grande controvérsia entre


pesquisadores sobre quantas e quais são as
divisões exatas do córtex pré-frontal.
EMOÇÕES E O CÓRTEX PRÉ-FRONTAL

Em relação as regiões pré-frontais mais


relacionadas com a emoção, existe grande
concordância com duas regiões:

- Região Orbitofrontal
- Região Ventromedial

Uma outra região importante, mas mais


relacionada com funções cognitivas, como atenção
e memória, é a região dorsolateral. Ela não possui
conexões diretas com a amígdala.

Na imagem podemos ver as duas regiões pré-frontais (orbitofrontal e ventromedial) relacionadas com o
processamento emocional. No lobo temporal está indicada a localização da amígdala.
Neurociência da Mente e do Comportamento / Roberto Lent, coordenador. – [reimpr.]. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
EMOÇÕES E O CÓRTEX PRÉ-FRONTAL

Caso ‘’Phineas Gage” (1848)

- Com 25 anos, trabalhador ferroviário,


exposto a uma explosão mal programada
que causou um acidente com
consequências desastrosas.
- Uma barra de ferro de 1m de
comprimento por 3cm de diâmetro e
pesando 6kg atravessou seu crânio,
provocando uma lesão na porção frontal
do cérebro e perda do olho esquerdo
(imagem ao lado).
- Após aproximadamente 2 meses, Gage teve seu restabelecimento físico considerado completo.

- Podia ouvir, sentir, ver (visão do olho direito perfeita), não apresentava qualquer déficit motor aparente nem
tinha problemas na fala. ENTRETANTO...
Neurociência da Mente e do Comportamento / Roberto Lent, coordenador. – [reimpr.]. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
EMOÇÕES E O CÓRTEX PRÉ-FRONTAL

Caso ‘’Phineas Gage” (1848)

- Segundo relato de colegas, “Gage não


era mais Gage.’’
- Teve profunda alteração de personalidade
(antes do acidente sua descrição de
personalidade era como uma pessoa eficiente,
capaz, responsável e persistente;;
- Ofendia as pessoas e sem senso de
responsabilidade;

Após uma sofisticada simulação em computador, os pesquisadores António e Hanna Damásio


conseguiram reconstruir o cérebro de Gage tridimensionalmente, indicando a região pré-frontal
ventromedial como lesionada. Atualmente, vários pesquisadores têm mostrado a importância dessa
região para o processamento emocional e a tomada de decisões.
Neurociência da Mente e do Comportamento / Roberto Lent, coordenador. – [reimpr.]. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
CÓRTEX INSULAR

- Possui papel importante/central na atenção


direcionada para os estados corporais internos e as
consequentes sensações subjetivas dos estados
emocionais.

- Tem sido considerada o “córtex sensorial emocional’’

- Codifica sensações específicas e definidas do corpo,


incluindo dor, temperatura, coceira, sensações
musculares e viscerais, atividade vasomotora, fome e
sede, e inclusive contato físico agradável.

Neurociência da Mente e do Comportamento / Roberto Lent, coordenador. – [reimpr.]. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
CÓRTEX CINGULADO ANTERIOR

- Forte envolvimento durante tarefas cognitivas,


durante estimulação dolorosa e durante tarefas de teor
emocional.

- Pesquisas demonstram fortemente que as


representações da dor física (decorrente de lesão
corporal) e da dor social (decorrente da perda dos
laços sociais) são sobrepostas no córtex cingulado
anterior. – compartilham os mesmos mecanismos
cerebrais.

- Qual motivo e como isso acontece?

Neurociência da Mente e do Comportamento / Roberto Lent, coordenador. – [reimpr.]. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
CÓRTEX CINGULADO ANTERIOR

Motivo
- É um sistema responsável pela detecção de pistas
que ponham em risco a sobrevivência, como o caso
de um dano físico ou da separação social, e pelo
recrutamento da atenção e de recursos de
enfrentamento para minimizar o perigo.

Corte medial do hemisfério cerebral esquerdo com o


córtex cingulado anterior em destaque.
Como acontece?
- A parte ventral do ACC está conectada à amígdala, ao núcleo accumbens, ao hipotálamo, ao
hipocampo e à ínsula anterior, e está envolvida na avaliação da saliência da emoção e da informação
motivacional. O ACC parece estar especialmente envolvido quando o esforço é necessário para realizar
uma tarefa, como no aprendizado inicial e na resolução de problemas.

Neurociência da Mente e do Comportamento / Roberto Lent, coordenador. – [reimpr.]. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
PRINCIPAIS ESTRUTURAS CEREBRAIS ENVOLVIDAS NA EMOÇÃO EM HUMANOS

Mostradas em corte sagital (à esquerda) e em


Neurociência da Mente e do Comportamento / Roberto Lent, coordenador. – [reimpr.]. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
corte coronal (no centro e à direita).
CÓRTEX
CEREBRAL
GIROS E SULCOS
CAMADAS DO CORTÉX CEREBRAL

Existem três tipos de neurônios no córtex cerebral:

- Piramidais
- Estrelados
- Fusiformes
Estes distribuem-se em camadas ou lâminas
ortogonais (perpendiculares à superfície cortical)

O Neocórtex é constituído por seis camadas.

A camada 1, a mais externa, contém poucos neurônios e é


formada principalmente por axônios e dendritos, além das
células gliais que existem em todas as camadas, mas em
número menor que o de neurônios.
Grande parte do córtex cerebral é composta em seis camadas. A
camada 1 é mais externa, situada próxima à pia-máter enquanto a
camada 6 limita-se com a substância branca. Dois tipos diferentes de
neurônios estão representados (modificado de Kelly, 1991)
CAMADAS DO CORTÉX CEREBRAL

A camada 2 é formada, em grande parte, por pequenos


neurônios estrelados e piramidais;

Neurônios piramidais de tamanho pequeno ou médio


formam a camada 3, onde os axônios são encarregados
pelas conexões córtico-corticais.

Já axônios considerados curtos formam as “fibras em U” que


se dispõem logo abaixo do córtex e conectam áreas corticais
adjacentes.

Outras fibras mais longas formam os fascículos de associação


cortical, como o fascículo uncinado que conecta os córtices
frontal e temporal, o fascículo arqueado que conecta as áreas
relacionadas com a compreensão e com a expressão verbal e
os fascículos occipitofrontais superior e inferior, o longitudinal Grande parte do córtex cerebral é composta em seis camadas. A camada 1 é mais
superior e o do cíngulo. externa, situada próxima à pia-máter enquanto a camada 6 limita-se com a
substância branca. Dois tipos diferentes de neurônios estão representados
(modificado de Kelly, 1991)
CAMADAS DO CORTÉX CEREBRAL
CAMADAS DO CORTÉX CEREBRAL

Na camada 4, principal sítio de convergência dos impulsos


sensoriais provenientes dos núcleos específicos talâmicos,
predominam pequenos neurônios estrelados aqui
denominados células granulares e que dão o nome à
camada. É especificamente desenvolvida nos córtices
sensoriais primários visual, auditivo e somestésico.

Uma grande quantidade de neurônios piramidais grandes


cujos axônios saem do córtex com destino aos gânglios da
base, tronco cerebral e medula espinhal, compõem a
camada 5.

A camada 6 também possui neurônios piramidais grandes


cujos axônios destinam-se ao tálamo e é a única camada
que contém neurônios fusiformes (Nauta e Feirtag, 1986). Grande parte do córtex cerebral é composta em seis camadas. A camada 1 é mais
externa, situada próxima à pia-máter enquanto a camada 6 limita-se com a
substância branca. Dois tipos diferentes de neurônios estão representados
(modificado de Kelly, 1991)
CÓRTEX CEREBRAL
RESUMINDO
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
ÁREAS DE PROJEÇÃO (PRIMÁRIAS)
SENSITIVA
CLASSIFICAÇÃO ANATÔMICA
MOTORA
SULCOS, GIROS E LOBOS
ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO FILOGENÉTICA SECUNDÁRIAS (UNIMODAIS) SENSITIVAS E MOTORAS
ARQUICÓRTEX (HIPOCAMPO)
PALEOCÓRTEX (UNCUS E PARTE DO GIRO- TERCIÁRIAS (POLIMODAIS)
PARAHIPOCAMPAL)
NEOCÓRTEX (TODO O RESTO) PRINCIPAIS FUNÇÕES DO CÓRTEX
PROJEÇÃO SENSORIAL E COGNIÇÃO
CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL PROCESSOS MENTAIS COMPLEXOS (PENSAMENTO,
RACIOCÍNIO)
(CITOARQUITETURA)
ISOCÓRTEX (SEIS CAMADAS ) = NEOCÓRTEX PLANEJAMENTO E INICIAÇÃO DE MOVIMENTOS
ALOCÓRTEX (NUNCA TEM SEIS CAMADAS) = PALEO E VOLUNTÁRIOS
ARQUICÓRTEX MEMÓRIA E APRENDIZAGEM
COMPREENSÃO E EXPRESSÃO DA LINGUAGEM
EXPERIÊNCIAS EMOCIONAIS E MOTIVACIONAIS
As áreas da neurociência

- Neurociência Molecular: tem como objetivo o estudo das


interações das diversas moléculas de importância funcional
no sistema nervoso

- Neurociência Celular: pode ser chamada de Neurocitologia


ou Neurobiologia. Aborda as células que formam o sistema
nervoso.

- Neurociência Sistêmica: leva em consideração populações


de células nervosas situadas em diversas regiões do sistema
nervoso, que constituem sistemas funcionais como o
auditivo, o visual, o motor, etc. Quando aborda aspectos
funcionais é chamada de Neurofisiologia e quando
apresenta uma abordagem morfológica é chamada de
Neuro-histologia ou Neuroanatomia.
As áreas da neurociência

- Neurociência Comportamental: direcionada em


estudar comportamentos emocionais, sexuais,
fenômenos psicológicos, como o sono, isto é,
buscar entender as estruturas neurais que
produzem comportamentos.

- Neurociência Cognitiva: pode ser chamada de


Neuropsicologia. Busca entender as capacidades
mentais mais complexas, geralmente típicas do
homem, como a autoconsciência,
E QUEM É aESSE memória,
CARAa E
linguagem, etc.
O QUE ELE DISSE?
As áreas da neurociência

Com os avanços das tecnologias neurocientíficas, outras áreas


do conhecimento estão utilizando os estudos e pesquisas da
neurociência para promover, melhorar ou entender o
comportamento humano, as emoções e a tomada de decisão.

Neste sentido, a educação, o marketing, o direito, a estética,


entre outras áreas, seja da medicina, do business ou da
economia, estão tornando-se cada vez mais interdisciplinares.

Alguns exemplos de novas áreas:

- Neuromarketing;
- Neuroeconomia;
- Neuroestética;
- Neurociência e Educação...
As áreas da neurociência
NEUROECONOMIA – Basicamente é uma área de conhecimento interdisciplinar que envolve princípios
da neurociência, economia e psicologia. Em termos práticos, a neuroeconomia busca compreender a
análise das funções cerebrais por trás da tomada de decisão.

https://www.weforum.org/agenda/2016/10/everything-you-need-to-know-about-neuroeconomics/
As áreas da neurociência

NEUROMARKETING
É um novo campo do marketing que estuda e busca entender o comportamento do consumidor
através das tecnologias ou pesquisas neurocientíficas. Um grande foco em entender os desejos,
impulsos, as emoções, memórias e as motivações das pessoas para determinado comportamento.

OS PRINCIPAIS OBJETIVOS:

- Entender como o cérebro do consumidor reage aos estímulos que


recebe;
- Como funciona os processos do consumidor na tomada de
decisão de compra;
- Como promover um maior envolvimento multi-sensorial do
consumidor e criar um ambiente de profundo engajamento entre
a marca e o seu consumidor;
- Analisar as reações (memória, atenção, engajamento emocional)
e adequar o material e a abordagem de comunicação e mídia para
conquistar um maior impacto e conversão.
MEDO
“Todos temos medo. A natureza colocou, em nós, dois mecanismos para
sobrevivermos: medo e dor. O medo lhe ajuda a não achar que é invulnerável. Em
todo processo de mudança, é preciso ficar acautelado, e o medo auxilia nisso. Quem
não tem medo se sente satisfeito, tranquilo e distraído.”

- Mario Sergio Cortella -

Fonte: Livro “Qual é tua obra?” – pág. 44 -

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