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Manual de Desenvolvimento Pessoal
Manual de Desenvolvimento Pessoal
Pedagogia – IV Ano
2014
Manual
Desenvolvimento pessoal e profissional
Mestre: Henri Valot
Parte I
Conceitos gerais do desenvolvimento pessoal e profissional
A individuação
1
Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda
a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor.
Goethe
Este curso anual exigira uma participação activa da classe. As aulas, cada semana,
serão dividas em duas partes:
Autoconhecimento
Devemos procurar ter um profundo conhecimento de nós próprios, das nossas
atitudes e do nosso estilo comunicacional pois a relação que estabelecemos
connosco próprios é fundamental para crescermos e, também, para a qualidade da
relação que se consegue estabelecer com os outros indivíduos ao nosso redor.
Planeamento pessoal
Devemos estabelecer metas pessoais ao longo da vida pois as mesmas ajudar-nos-ão 4
a concentrarmo-nos no que é essencial e a melhorar a nossa gestão pessoal. Saber
investir tempo no que é útil para o crescimento interior e bem-estar.
Comunicação interpessoal
Promover uma comunicação clara e objectiva com os nossos interlocutores, para o
sucesso do processo e para uma maior e mais eficaz partilha de informações e
experiências. Apostar no nosso lado “social” e procurar estar com pessoas que nos
dêem a devida atenção, nos façam sentir especiais e nos impulsionem para o que é
positivo, nos motivem e nos chamem a atenção de uma forma construtiva
Empreendedorismo
Desenvolver o nosso lado empreendedor, procurando e criando novas soluções que
gerem mais riqueza, o que promoverá o conhecimento e a capacidade de decisão.
Motivação
Assegurar a nossa motivação intrínseca pois a mesma representa a força interior que
nos move e nos permite explorar e alcançar mais.
Auto formação
Ter presente que o saber não ocupa lugar e que há sempre coisas novas para
aprender. A formação é uma ferramenta importante para o desenvolvimento e
consolidação de competências e a auto-aprendizagem e a pesquisa de informações
Ter consciência
Ter controlo
Saber avaliar
Actuar com visão
Promover a criatividade
Apostar na inovação
Ter ambição
Ter iniciativa
Assumir responsabilidades
Ser flexível
Ser independente
Promover o optimismo
Análise situacional: qual a situação actual nas principais esferas da vida e qual
o grau de satisfação com a mesma;
Avaliação de Valores e de Propósito de vida, bem como estabelecimento de
Missão e Visão pessoais;
Matriz SWOT: Pontos Fortes e Fracos, Oportunidades e Ameaças;
Definição de Objectivos e Metas de Curto, Médio e Longo prazos;
Elaboração de Plano de Acção, instrumento de acompanhamento e controle
das acções planejadas;
Monitoramento de execução e revisão periódica.
Outras são chamadas teorias emergentes, porque procedem de várias mini teorias
acumuladas que se podem tornar nas teorias sistemáticas e abrangentes do futuro.
Por exemplo, a teoria sociocultural (Vygotsksy, 1896-1934) enfatiza uma nova
apreciação do contexto social, procurando explicar o crescimento do conhecimento e
das qualificações individuais em função da orientação, do suporte e da estrutura que
a sociedade nos oferece.
Abraham Maslow (1908-1970) foi outro dos teóricos que contribuíram para a
perspectiva humanista. Desenvolveu a teoria da motivação centrada no conceito
da auto-realização. Este conceito transmite segundo o autor “o desenvolvimento
máximo dos potenciais de cada ser humano. Cada pessoa atinge a sua auto-
realização na medida em que procura actualizar os seus potenciais.”
10
3. Liderança e relação
Liderança
Relação
Vieira (1993) entende o supervisor como aquele que orienta e exerce a tarefa de
supervisão sobre alguém, sendo que para isso ele terá que estabelecer um bom
clima afectivo-relacional, que sem ser castrante ou intimidante terá de ser exigente e
em simultâneo estimulante.
Para que este bom clima e ambiente saudável possam existir é condição que a
relação existente seja boa, uma relação intrapessoal e interpessoal entre todos os
intervenientes, numa dimensão de entreajuda, colaboração, abertura e negociação.
Fonseca (2006), citando Tavares (1993), refere-se a esta relação intrapessoal como
uma relação que tem lugar numa dimensão humana e pessoal, onde a mobilização e
integração de conhecimentos ocorre de forma consciente, subconsciente ou
inconsciente, onde a realidade social em constante mudança, o
acabamento/inacabamento e o maior ou menor grau de previsibilidade das situações,
são fontes de análise e reflexão para a sua reconstrução, para a sua constante
adaptação e readaptação, para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.
Para o mesmo autor a relação interpessoal por sua vez adquire todo o seu sentido,
numa perspectiva de reciprocidade, assimetria e dialéctica. Esta relação, a nível da
formação caracteriza-se pela acção pessoal, com um determinado objectivo e realiza-
se nos dois sentidos formador/formando. 12
4. Marketing Pessoal1
Muito se tem falado sobre Marketing Pessoal, sobre como fazer sua imagem e
atitudes trabalharem a seu favor no ambiente profissional. Porém, a utilização desse
1
Fonte: Marketing Pessoal: como trabalhá-lo para o seu autodesenvolvimento | Portal Carreira &
Sucesso - Angelica Kernchen
Para entender melhor esse conceito, devemos estabelecer como Marketing Pessoal o
conjunto de acções que visam promover as competências pessoais e profissionais de
uma pessoa a um grupo ou organização. “Como estratégia sustentável, o Marketing
Pessoal é aquele em que buscamos alternativas para expressar nossas melhores
habilidades autênticas”, ilustra Rafael Zampieri, administrador de empresas e
pesquisador de Estratégias de Comunicação.
Diferente do que se possa pensar, todos podem desenvolver seu Marketing Pessoal, 13
independente se na vida profissional ou na pessoal. Segundo Eliane, que tem uma
visão mais humanista do assunto, “as pessoas só se preocupam com as questões
externas e se esquecem da questão interna, que é o aperfeiçoamento de suas
vivências e competências. Muita coisa do Marketing Pessoal é genética ou de
convívio, de família. Eu não preciso dizer a uma pessoa como ela deve se comportar
numa mesa, que ela deve ser educada, respeitosa, benevolente. Se as pessoas
tivessem uma preocupação maior em cuidar dos seus valores, suas crenças e seus
princípios, elas sempre acertariam e seriam acolhidas pelas pessoas a sua volta. Se
tiver atitudes sólidas, uma vida decente, ela vai evidenciar esses valores aplicando-os
para desenvolver seu Marketing Pessoal”. Zampieri adiciona: “Ele é directamente
proporcional ao nível de autoconhecimento. Isso porque uma expressão verbal e
corporal é reflexo do grau de consciência que temos sobre a mente e os
sentimentos. Expressar o que não existe internamente é o mesmo que fantasiar a
realidade, independente da área profissional”.
É importante, porém, não fazer conexão entre Marketing Pessoal e manipulação. “Na
manipulação, a pessoa tenta exibir qualidades que não possui e gasta uma enorme
energia ao criar uma realidade paralela, com o intuito de enganar os demais (seus
alvos) ”, alerta Zampieri. 14
Todas as dicas devem ser praticadas sem imposição, sem ser agressivo. Deve partir
de você naturalmente, por meio de treino e dedicação, e, segundo Eliane, a
transparência é a chave do sucesso: “compare com um produto. Você compra um
produto esperando algum benefício dele; se ele não fizer nada por você, a tendência
é deixar comprá-lo. A mesma coisa acontece no Marketing Pessoal: a pessoa deve
entregar o que vende. E o importante é que não só você deve fazer seu Marketing
Pessoal. Trabalhe de tal maneira que outras pessoas comecem a falar positivamente
de você. Crie um círculo de relacionamento com pessoas que gostam de você,
confiam em você, acreditam em sua palavra. Não basta só te conhecer. Elas tem que
gostar. E para isso, você tem que se utilizar de seus valores básicos, como a
decência e honestidade. Na verdade, a palavra certa para desenvolver Marketing
Pessoal com sucesso é RECTIDÃO”, ela finaliza.
Qual é a diferença que faz a diferença entre os que têm êxito e os que não
têm, entre terapeuta com sucesso e os outros?
O que é que faz um bom comunicador?
Desde o começo esteve presente uma distinção que os autores consideravam básica
em relação à ciência oficial: importante não é propriamente a teoria ou a verdade,
mas são os resultados práticos. E assim nasceu uma das mais importantes, senão a
mais importante, ciência e arte da prática de eficiência e desenvolvimento pessoal no
dia-a-dia, aplicada a todos os ramos da vida por gestores, terapeutas, formadores,
trabalhadores na área social, professores, médicos e enfermeiros, e a todos aqueles
que, individual ou profissionalmente, estão empenhados em tornar as suas vidas
mais atractivas, eficazes e significativas para si e para os outros. 15
Claro que muita gente já sabe isso. Já se fala de pensamento positivo há muitos
anos e, no decorrer do tempo, manifesta-se de nova forma. Mas o que não ficou
muito claro é a questão, como é que isso se faz? Como se adquire e se mantém, com
vistas a resultados a longo prazo, o pensamento positivo?
2
José Figueira, Introdução à PNL, 2000 - http://www.pnl-portugal.com/
Abordagens
As partes
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Departamento de Ciências Humanas e Sociais
Pedagogia – IV Ano - 2014
Desenvolvimento pessoal e profissional
Mestre: Henri Valot
A questão do pensamento positivo e do sucesso complicam-se mais porque não
temos a ver simplesmente com uma pessoa única. Eu não sou simplesmente “eu”.
Eu sou um aglomerado de personalidades, “partes”, que é como são denominadas
nesta metodologia.
Quantas vezes não tomamos a decisão de fazer ou não fazer isto ou aquilo e o
“outro” em nós, age precisamente como uma personalidade autónoma? E quanto
mais a queremos subjugar, mais ela age de forma independente e poderosa.
Habituámo-nos na nossa cultura, desde muito pequenos, a tentar esconder e
subjugar as “partes” que não nos agradam ou que socialmente são menos aceitáveis,
os nossos “demónios”. Cada “parte” possui determinadas recordações, convicções e
valores próprios, programas especiais. Há um conjunto de “outros” dentro de nós.
Lutar com estes “outros”, que afinal de contas somos nós mesmos, significa
“perder”.
Estes “outros” têm uma hierarquia de intenções positivas. Não só é possível dialogar
com estas “partes” a caminho de uma maior congruência pessoal, como é possível
através destas “partes”, empregando modernas técnicas da PNL, atingirem-se
estados essenciais de Ser que permitem transformações individuais com grandes
implicações na vida profissional e privada.
Modelagem
18
Ao modelar pessoas excepcionais, os criadores e os continuadores da PNL foram
confrontados com princípios básicos, convicções, que formam, nestas pessoas
excepcionais, as bases da excelência. Estes princípios básicos são nomeados
“Pressupostos Básicos da PNL”. Formam o fundamento do edifício.
Em 1903, casou-se com Emma Rauschenbach, a segunda herdeira mais rica de toda
Suíça. Tiveram 5 filhos que foram criados de modo frio e formal. Por vários anos
dedicou-se a sua clínica particular e a leccionar uma cadeira de psicologia médica na
Universidade de Zurique. Carl Jung é conhecido como um dos maiores pensadores da
actualidade. Na nona década de sua vida, Jung continuou trabalhando e escrevendo
3
Ver também: http://www.psicologiasandplay.com.br/psicologia-analitica/
4
http://dabliovips.wordpress.com/2010/07/06/teste-de-personalidade/
5
JUNG, 2009, Tipos psicológicos, § 853. Petrópolis: Vozes, 2009
Jung não aceita que as causas dos conflitos psíquicos sempre envolveriam algum
trauma de natureza sexual, e Freud não admitia o interesse de Jung pelos
fenómenos espirituais como fontes válidas de estudo em si.
Para Jung, a libido é mais que uma energia sexual e segundo sua teoria, são 3
princípios que se referem a distribuição dessa energia:
EGO 23
Inconsciente Pessoal
Inconsciente Colectivo
Aproxima-se de Freud por ser consciente, mas se distancia por não ter parcela
inconsciente. O Ego é o centro da consciência e a parte da psique preocupada com a
percepção, o raciocínio, sensações e lembranças. Grande parte da nossa percepção
consciente e da reacção ao ambiente é determinada pelas atitudes opostas de:
Funções psicológicas
Tipos psicológicos
Inconsciente Pessoal
24
É um reservatório de material que já foi consciente, mas que foi esquecido porque
era insignificante ou perturbador. Semelhante ao pré-consciente de Freud, é
acessível à consciência, e há muitas permutas entre o inconsciente pessoal e o ego.
Fazem parte deste inconsciente os Complexos, que podem ser conscientes ou
inconscientes. Um complexo é um centro ou padrão de emoções, lembranças,
percepções e desejos, que é organizado em torno de um tema comum.
Inconsciente Colectivo
25
Desenvolvimento da Personalidade
Jung propôs que a personalidade é determinada pelo que esperamos ser e pelo que
fomos. Ele critica Freud pois enfatiza a importância do futuro. As etapas do
desenvolvimento segundo sua teoria são:
O Self e a Individuação
Jung ressaltou que o processo de individuação não entra em conflito com a norma
colectiva do meio no qual o indivíduo se encontra, uma vez que esse processo, no
seu entendimento, tem como condição para ocorrer que o ser humano tenha
26
conseguido adaptar-se e inserir-se com sucesso dentro de seu ambiente, tornando-
se um membro activo de sua comunidade. O psicólogo suíço afirmou que poucos
indivíduos alcançavam a meta da individuação de forma mais ampla.
Conceitos
Tipo e dicotomia
6
Introdução ao MBTI por Paulo Goelzer Ph.D.: http://www.youtube.com/watch?v=d8HkozICMYA
Extroversão Introversão
Sensorial iNtuição
Razão ('T'hinking) Sentimento ('F'eeling)
Julgamento Percepção ('P'erceiving)
Além disto, o MBTI não mede as aptidões: apenas mostra que uma preferência se
sobressai a outra. Uma pessoa que informa alta pontuação para extroversão em
relação à introversão não pode ser correctamente descrita como mais extrovertida:
ela simplesmente tem uma preferência evidente.
Atitudes (E-I) 29
Myers e Briggs perceberam que as pessoas podem ter uma preferência pela função
de julgamento (J) ou pela função de percepção (P). A isto chamaram o embaixador
para o mundo externo. Grosseiramente, um Julgador tentará controlar o mundo,
enquanto um Perceptivo tentará se adaptar a ele (são aventureiros).
Os 16 tipos 30
O Relatório
33
C.G. Jung
7
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nise_da_Silveira
Todo ser tende a realizar o que existe nele em germe, a crescer, a completar-
se. Assim é para a semente do vegetal e para o embrião do animal. Assim é para o
homem, quanto ao corpo e quanto à psique. Mas no homem, embora o
desenvolvimento de suas potencialidades seja pulsionado por forças instintivas
inconscientes, adquire carácter peculiar: o homem é capaz de tomar consciência
desse desenvolvimento e de influenciá-lo. Precisamente no confronto do inconsciente
pelo consciente, no conflito como na colaboração entre ambos é que os diversos
componentes da personalidade amadurecem e unem-se numa síntese, na realização
de um indivíduo específico e inteiro. Essa confrontação "é o velho jogo do martelo e
da bigorna: entre os dois, o homem, como o ferro, é forjado num todo indestrutível,
num indivíduo. Isso, em termos toscos, é o que eu entendo por processo de
individuação" (Jung).
Se, numa certa medida, a persona representa um sistema útil de defesa, poderá
suceder que seja tão excessivamente valorizada a ponto do ego consciente
identificar-se com ela. O indivíduo funde-se então aos seus cargos e títulos, ficando
reduzido a uma impermeável casca de revestimento. Por dentro não passas de
lamentável farrapo, que facilmente será estraçalhado se soprarem lufadas fortes
vindas do inconsciente.
Quanto mais a persona aderir á pele do actor, tanto mais dolorosa será a
operação psicológica para despi-la.
Quando é retirada a máscara que o actor usa nas suas relações com o mundo,
aparece uma face desconhecida.
Quanto mais a sombra for reprimida mais se torna espessa e negra. Exemplo
impressionante deste fenómeno da dinâmica psíquica encontra-se no conto de R.
Stevenson, Dr. Jekyll e Mr. Hyde, que o cinema divulgou num filme intitulado 0
Médico e o Monstro. Dr, Jekyll era um médico admirado pela sua capacidade, afável
com os amigos e cheio de bondade para seus doentes. Mr, Hyde, um ser
moralmente insensível, sempre pronto a cometer crimes. Os dois eram a mesma
pessoa.
É muito curioso que o conto de Stevenson tenha tido origem num sonho do
autor e logo haja sido escrito, quase sem pausas, em três dias. Trata-se de um
extraordinário documento psicológico. Jekyll descreve-se: "meu maior defeito era
uma certa disposição natural para o prazer, disposição que fez a felicidade de muitos
outros, mas que eu achava difícil de conciliar com o meu imperioso desejo de andar
de cabeça erguida. Usava então diante do público de uma aparência mais grave que
o comum". - Ele se surpreendia de ver que, sob a forma de Hyde, não lhe
contentavam os prazeres que Jekyll não se permitia. Hyde, como personagem
autónomo, livre de seguir seus impulsos, ia muito além, revelava-se intrinsecamente
mau, capaz de todas as vilezas.
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Departamento de Ciências Humanas e Sociais
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A sombra é uma espessa massa de componentes diversas, aglomerando desde
pequenas fraquezas, aspectos imaturos ou inferiores, complexos reprimidos, até
forças verdadeiramente maléficas, negrumes assustadores. Mas também na sombra
poderão ser discernidos traços positivos: qualidades valiosas que não se
desenvolveram devido a condições externas desfavoráveis ou porque o indivíduo não
dispôs de energia suficiente para levá-las adiante, quando isso exigisse ultrapassar
convenções vulgares.
Depois de travar conhecimento com a própria sombra, uma tarefa muito mais 37
difícil se apresenta. É a confrontação da anima.
Todos sabem que no corpo de cada homem existe uma minoria de gens
femininos que foram sobrepujados pela maioria de gens masculinos. À feminidade
inconsciente no homem, Jung denomina anima. "A anima é, presumivelmente, a
representação psíquica da minoria de gens femininos presentes no corpo do homem"
(Jung). Esta feminilidade inconsciente no homem, indiferenciada, inferior, manifesta-
se, na vida ordinária, por despropositadas mudanças de humor e caprichos.
O primeiro receptáculo da anima é a mãe, e isso faz que aos olhos do filho ela
pareça dotada de algo mágico. Depois a anima será transferida para a estreia de
cinema, a cantora de rádio e, sobretudo para a mulher com quem o homem se
relacione amorosamente, provocando os complicados enredamentos do amor e as
decepções causadas pela impossibilidade do objecto real corresponder plenamente à
imagem oriunda do inconsciente. Aliás essa transferência nem sempre se processa
de modo satisfatório, A retirada da imagem da anima de seu primeiro receptáculo
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constitui uma etapa muito importante na evolução psíquica do homem. Se não se
realiza, a anima é transposta, sob a forma da imagem da mãe, para a namorada, a
esposa ou a amante. O homem esperará que a mulher amada assuma o papel
protector de mãe, o que o leva a modos de comportamento e a exigências pueris
gravemente perturbadoras das relações entre os dois.
Do mesmo modo que no corpo de todo homem existe uma minoria de gens
femininos, no corpo de cada mulher acha-se presente uma minoria de gens
masculinos. Jung denomina animus à masculinidade existente no psiquismo da
mulher. Esta masculinidade é inconsciente e manifesta-se, de ordinário, como
intelectualidade mal diferenciada e simplista, Dai vermos frequentemente mulheres
sustentarem afirmações a priori, opiniões convencionais, que não resistem ao exame
lógico mas que nem por isso deixam de ser teimosamente defendidas com
argumentos acirrados. 0 animus opõe-se à própria essência da natureza feminina
que busca, antes de tudo, relacionamento afectivo. Sua hipertrofia resultará em
humor querelante, em quebra de laços de amor.
42
Este questionário abaixo foi utilizado no início das aulas, em Março de 2014. E
inspirado do questionário original de Marcel Proust 8, que contém 31 perguntas.
8
http://raphinadas.blogspot.com/2014/01/questionario-de-marcel-proust-30-dias.html
E http://www.youtube.com/watch?v=oXY0nfw6GOw
1. Seja um insistidor
“Não é que eu seja tão esperto. É que eu tento resolver os problemas por
mais tempo”
2. Tenha foco
“Qualquer homem que consegue dirigir com segurança enquanto beija uma
linda garota simplesmente não está dando a atenção que o beijo merece”
3. Crie valor
“Não lute para ser uma pessoa de sucesso. Lute para ser uma pessoa de
valor”
4. Seja curioso(a)
“Eu não tenho nenhum talento especial. Apenas sou apaixonadamente
curioso”
5. Cometa erros
“A pessoa que nunca cometeu um erro é aquela que nunca tentou algo novo”
6. Fuja da insanidade 44
“Definição de insanidade: fazer a mesma coisa diversas vezes esperando
resultados diferentes”
7. Espere resistência
“Grandes espíritos sempre encontraram uma grande resistência das mentes
medíocres”
8. Evolua rápido
“Você precisa aprender as regras do jogo. Então, você precisa jogar melhor do
que todo mundo”
9
http://www.saiadolugar.com.br/dia-a-dia-do-empreendedor/8-licoes-de-albert-eistein-sobre-
desenvolvimento-pessoal/
Estou honrado por estar aqui com vocês em sua formatura por uma das melhores
universidades do mundo. Eu mesmo não concluí a faculdade. Para ser franco, jamais
havia estado tão perto de uma formatura, até hoje. Pretendo-lhes contar três
histórias sobre a minha vida, agora. Só isso. Nada demais. Apenas três histórias.
Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era jovem e não era casada; 45
estava fazendo o doutorado, e decidiu que me ofereceria para adopção. Ela estava
determinada a encontrar pais adoptivos que tivessem educação superior, e por isso,
quando nasci, as coisas estavam armadas para que eu fosse adoptado por um
advogado e sua mulher. Mas eles terminaram por decidir que preferiam uma menina.
Assim, meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam um telefonema
em plena madrugada: "temos um menino inesperado aqui; vocês o querem?" Os
dois responderam "claro que sim". Minha mãe biológica descobriu mais tarde que
minha mãe adoptiva não tinha diploma universitário e que meu pai nem mesmo
tinha diploma de segundo grau. Por isso, se recusou a assinar o documento final de
adopção durante alguns meses, e só mudou de idéia quando eles prometeram que
eu faria um curso superior.
Assim, 17 anos mais tarde, foi o que fiz. Mas ingenuamente escolhi uma faculdade
quase tão cara quanto Stanford, e por isso todas as economias dos meus pais, que
não eram ricos, foram gastas para pagar meus estudos. Passados seis meses, eu não
via valor em nada do que aprendia. Não sabia o que queria fazer da minha vida e
não entendia como uma faculdade poder-me-ia ajudar quanto a isso. E lá estava eu,
gastando as economias de uma vida inteira. Por isso decidi desistir, confiando em
que as coisas se ajeitariam. Admito que fiquei assustado, mas em retrospecto foi
uma de minhas melhores decisões. Bastou largar o curso para que eu parasse de
assistir às aulas chatas e só assistisse às que me interessavam.
Na época, o Reed College talvez tivesse o melhor curso de caligrafia do país. Todos
os cartazes e etiquetas do campus eram escritos em letra belíssima. Porque eu não
tinha de assistir às aulas normais, decidi aprender caligrafia. Aprendi sobre tipos com
e sem serifa, sobre as variações no espaço entre diferentes combinações de letras,
sobre as características que definem a qualidade de uma tipografia. Era belo,
histórico e sutilmente artístico de uma maneira inacessível à ciência. Fiquei
fascinado.
Mas não havia nem esperança de aplicar aquilo em minha vida. No entanto, dez anos
mais tarde, quando estávamos projectando o primeiro Macintosh, me lembrei de
tudo aquilo. E o projecto do Mac incluía esse aprendizado. Foi o primeiro computador
com uma bela tipografia. Sem aquele curso, o Mac não teria múltiplas fontes. E,
porque o Windows era só uma cópia do Mac, talvez nenhum computador viesse a
oferecê-las, sem aquele curso. É claro que conectar os pontos era impossível, na
minha era de faculdade. Mas em retrospecto, dez anos mais tarde, tudo ficava bem
claro. 46
Tive sorte. Descobri o que amava bem cedo na vida. Woz e eu criamos a Apple na
garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhávamos muito, e em dez
anos a empresa tinha crescido de duas pessoas e uma garagem a quatro mil pessoas
e US$ 2 bilhões. Havíamos lançado nossa melhor criação - o Macintosh - um ano
antes, e eu mal completara 30 anos.
Foi então que terminei despedido. Como alguém pode ser despedido da empresa que
criou? Bem, à medida que a empresa crescia contratamos alguém supostamente
muito talentoso para dirigir a Apple comigo, e por um ano as coisas foram bem. Mas
nossas visões sobre o futuro começaram a divergir, e terminamos rompendo - mas o
conselho ficou com ele. Por isso, aos 30 anos, eu estava desempregado. E de modo
muito público. O foco de minha vida adulta havia desaparecido, e a dor foi
devastadora.
Por alguns meses, eu não sabia o que fazer. Sentia que havia desapontado a
geração anterior de empresários, derrubado o bastão que havia recebido. Desculpei-
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Desenvolvimento pessoal e profissional
Mestre: Henri Valot
me diante de pessoas como David Packard e Rob Noyce. Meu fracasso foi muito
divulgado, e pensei em sair do Vale do Silício. Mas logo percebi que eu amava o que
fazia. O que acontecera na Apple não mudou esse amor. Apesar da rejeição, o amor
permanecia, e por isso decidi recomeçar.
Não percebi, na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que poderia ter
acontecido. O peso do sucesso foi substituído pela leveza do recomeço. Isso me
libertou para um dos mais criativos períodos de minha vida.
Nos cinco anos seguintes, criei duas empresas, a NeXT e a Pixar, e me apaixonei por
uma pessoa maravilhosa, que veio a ser minha mulher. A Pixar criou o primeiro filme
animado por computador, Toy Story, e é hoje o estúdio de animação mais bem-
sucedido do mundo. E, estranhamente, a Apple comprou a NeXT, eu voltei à
empresa e a tecnologia desenvolvida na NeXT é o cerne do actual renascimento da
Apple. E eu e Laurene temos uma família maravilhosa.
Estou certo de que nada disso teria acontecido sem a demissão. O sabor do remédio
era amargo, mas creio que o paciente precisava dele. Quando a vida jogar pedras,
não se deixem abalar. Estou certo de que meu amor pelo que fazia é que me
manteve activo. É preciso encontrar aquilo que vocês amam - e isso se aplica ao
trabalho tanto quanto à vida afectiva. Seu trabalho terá parte importante em sua
vida, e a única maneira de sentir satisfação completa é amar o que vocês fazem.
Caso ainda não tenham encontrado, continuem procurando. Não se acomodem. 47
Como é comum nos assuntos do coração, quando encontrarem, vocês saberão. Tudo
vai melhorar, com o tempo. Continuem procurando. Não se acomodem.
Quando eu tinha 17 anos, li uma citação que dizia algo como "se você viver cada dia
como se fosse o último, um dia terá razão". Isso me impressionou, e nos 33 anos
transcorridos sempre me olho no espelho pela manhã e pergunto, se hoje fosse o
último dia de minha vida, eu desejaria mesmo estar fazendo o que faço? E se a
resposta for "não" por muitos dias consecutivos, é preciso mudar alguma coisa.
Lembrar de que em breve estarei morto é a melhor ferramenta que encontrei para
me ajudar a fazer as grandes escolhas da vida. Porque quase tudo - expectativas
externas, orgulho, medo do fracasso - desaparece diante da morte, que só deixa
aquilo que é importante. Lembrar de que você vai morrer é a melhor maneira que
conheço de evitar armadilha de temer por aquilo que temos a perder. Não há motivo
para não fazer o que dita o coração.
Cerca de um ano atrás, um exame revelou que eu tinha câncer. Uma ressonância às
7h30min mostrou claramente um tumor no meu pâncreas - e eu nem sabia o que era
um pâncreas. Os médicos me disseram que era uma forma de câncer quase
certamente incurável, e que minha expectativa de vida era de três a seis meses. O
Significa tentar dizer aos seus filhos em alguns meses tudo que você imaginava que
teria anos para lhes ensinar. Significa garantir que tudo esteja organizado para que
sua família sofra o mínimo possível. Significa se despedir.
Eu passei o dia todo vivendo com aquele diagnóstico. Na mesma noite, uma biópsia
permitiu a retirada de algumas células do tumor. Eu estava anestesiado, mas minha
mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células ao
microscópio começaram a chorar, porque se tratava de uma forma muito rara de
câncer pancreático, tratável por cirurgia. Fiz a cirurgia, e agora estou bem.
Nunca havia chegado tão perto da morte, e espero que mais algumas décadas
passem sem que a situação se repita. Tendo vivido a situação, posso lhes dizer o que
direi com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito útil
mas puramente intelectual.
Ninguém quer morrer. Mesmo as pessoas que desejam ir para o céu prefeririam não
morrer para fazê-lo. Mas a morte é o destino comum a todos. Ninguém conseguiu
escapar a ela. E é certo que seja assim, porque a morte talvez seja a maior invenção
da vida. É o agente de mudanças da vida. Remove o velho e abre caminho para o
novo. Hoje, vocês são o novo, mas com o tempo envelhecerão e serão removidos. 48
Não quero ser dramático, mas é uma verdade.
O tempo de que vocês dispõem é limitado, e por isso não deveriam desperdiçá-lo
vivendo a vida de outra pessoa. Não se deixem aprisionar por dogmas - isso significa
viver sob os ditames do pensamento alheio. Não permitam que o ruído das outras
vozes supere o sussurro de sua voz interior. E, acima de tudo, tenham a coragem de
seguir seu coração e suas intuições, porque eles de alguma maneira já sabem o que
vocês realmente desejam se tornar. Tudo mais é secundário.
Quando eu era jovem, havia uma publicação maravilhosa chamada The Whole Earth
Catalog, uma das bíblias de minha geração. Foi criada por um sujeito chamado
Stewart Brand, não longe daqui, em Menlo Park, e ele deu vida ao livro com um
toque de poesia. Era o final dos anos 60, antes dos computadores pessoais e da
editoração electrónica, e por isso a produção era toda feita com máquinas de
escrever, Polaroids e tesouras. Era como um Google em papel, 35 anos antes do
Google - um projecto idealista e repleto de ferramentas e idéias magníficas.
Stewart e sua equipe publicaram diversas edições do The Whole Earth Catalog, e
quando a ideia havia esgotado suas possibilidades, lançaram uma edição final.
Estávamos na metade dos anos 70, e eu tinha a idade de vocês. Na quarta capa da
edição final, havia uma foto de uma estrada rural em uma manhã, o tipo de estrada
em que alguém gostaria de pegar carona. Abaixo da foto, estava escrito
"Permaneçam famintos. Permaneçam tolos". Era a mensagem de despedida deles.
UNIVERSIDADE DE LUEJI A’NKONDE – ULAN
Departamento de Ciências Humanas e Sociais
Pedagogia – IV Ano - 2014
Desenvolvimento pessoal e profissional
Mestre: Henri Valot
Permaneçam famintos. Permaneçam tolos. Foi o que eu sempre desejei para mim
mesmo. E é o que desejo a vocês em sua formatura e em seu novo começo.
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http://tecnologia.terra.com.br/internet/leia-o-discurso-de-jobs-aos-formandos-de-
stanford,bc38d882519ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html
Steve Jobs era visto pelo mundo geral como um homem de espectáculo, o
carismático magnata que apresentava os produtos da Apple.
Mas quem o seguia um pouco mais perto via consistentemente um homem que se
destacava por uma visão inabalável, uma capacidade de liderança imbatível, um
acérrimo crente no poder individual de todo e qualquer ser humano.
Steve Jobs está presente em todos os aspectos da nossa vida moderna. Foi ele que
defendeu a ideia de que um computador não seria apenas algo para ser usado na
empresa, mas que deveria haver um em cada casa. Foi ele que deu o maior passo
para a massificação dos leitores de MP3 e smartphones.
Até o tipo especial de fonte limpa e legível que a maioria dos sistemas operativos
modernos usa pode ser atribuída ao seu trabalho inicial na Apple.
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“O teu tempo é limitado, por isso não o desperdices a viver a vida de outra pessoa.
Não te deixes prender pelo dogma – que é viver pelos resultados daquilo que os
outros pensam. Não deixes o barulho das opiniões dos outros afogar a tua própria
voz interior. E o mais importante, tem a coragem de seguir o teu próprio coração e
intuição. De alguma forma, eles já sabem aquilo em que realmente te queres tornar.
Tudo o resto é secundário.” – Steve Jobs
Mentores, professores, pais e amigos, todos eles são importantes para nos oferecer
opinião e direcção, mas nós só poderemos ser felizes quando controlamos o nosso
próprio destino.
Mas é essencial saber filtrar, saber que o que essas pessoas fizeram foi num tempo
diferente, com oportunidades e desafios diferentes, e segundo os seus próprios
valores e capacidades.
É loucura, e caminho certo para a infelicidade, guiar a nossa vida pelas opiniões dos
outros e da sociedade em geral.
Não deixes que o barulho dos outros afogue a tua voz interior. Liga-te novamente a
ela, através de meditação, de um fim-de-semana em paz e sossego a pensar na tua
vida e no que queres alcançar.
Depois, toma acção nessa direcção. Vive a vida que tu escolheste, com os seus altos
e baixos, não a que escolheram para ti.
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Minimiza a distracção
Quando trabalhávamos, rendia muito mais, pois não havia tanta distracção.
Desligar o telemóvel para jantar com a família. Ir sentar num banco do parque a
apreciar a natureza, em vez de ficar em casa a ver televisão. Desligar a Internet
enquanto se está a tentar escrever.
Já te sentiste mal por te parecer que o dia está a passar muito rápido, por sentir que
o teu dia rende muito pouco? É sinal de que tens demasiadas pequenas distracções,
que no seu conjunto, te estão a consumir tempo e atenção e a impedir de aproveitar
o presente.
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Desacelera.
O que farias se soubesse que tinhas mais seis meses de vida? Se não é exactamente
o mesmo que estás a fazer hoje, porque é que é assim?
A batalha de Steve contra o cancro fez com que fosse esta a realidade da vida dele.
Mas não te iludas. Qualquer um de nós pode morrer amanhã. O mundo é um lugar
imprevisível.
Não deixes os teus sonhos para amanhã. Começa imediatamente a dar os passos
possíveis na direcção do teu sonho.
Tudo o que alcançaste até hoje, já é teu. Conseguiste uma vez e conseguirás sempre
– o “perder tudo” é uma ilusão que a sociedade, que as Mídias perpetuam para criar
uma cultura de medo e mediocridade.
Não te contentes com promessas de um amanhã melhor. Não tens nada a perder, e
o tempo é limitado – avança, persegue o sonho sem medo nem arrependimento.
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A psicologia humanista
A Gestalt foi agregada ao humanismo pela sua visão holística do homem, sendo
importante campo da Psicologia, na forma de Gestalt-terapia. Mas foi Carl Rogers, 54
um psicanalista americano, um dos maiores exponenciais da obra humanista. Ele,
depois de anos a praticar a psicanálise, notou que seu estilo de terapia se
diferenciara muito da terapia psicanalítica. Ele utilizava outros métodos, como a fala
presa, com poucas intervenções, e o aspecto do sentimento, tanto do paciente,
como do terapeuta. Deu-se conta de que o paciente era detentor de seu tratamento,
portanto não era passivo, como passa a ideia de paciente, denominando então este
como cliente. Era a terapia centrada no cliente (ou na pessoa). Seus métodos foram
usados nos mais vastos campos do conhecimento humano, como nas aulas
centradas nos alunos, etc. Apresentou 3 conceitos, que seriam agregados
posteriormente para toda a Psicologia. Estes eram a congruência (ser o que se
sente, sem mentir para si e para os outros), a empatia (capacidade de sentir o que
o outro quer dizer, e de entender seu sentimento), e a aceitação incondicional
(aceitar o outro como este é, em seus defeitos, angústias, etc.). Erik Erikson,
também psicanalista, trouxe seu estudo sobre as 8 fases psicossociais, em
detrimento às quatro fases psicossexuais de Freud, onde todas as fases eram
interdependentes, e não necessariamente determinam as fases posteriores; para ele
o homem sempre irá se desenvolver, não parando na primeira infância. Viktor Frankl,
com sua logoterapia, veio a acrescentar os aspectos da existência humana, e do
sentido da vida, onde um homem, quando sente um este vazio de sentido na vida,
busca auxílio pois não se sente confortável em viver sem sentido ou ideais. Diz
também que eventos muito fortes podem adiantar a busca pelo sentido da vida. Tais
Maslow trouxe, para a psicologia que havia fundado, estes autores, agregando, ainda
seus estudos sobre a pirâmide de necessidades humanas. Para ele, as necessidades
fisiológicas precisam ser saciadas para que se precise saciar as necessidades de
segurança. Estas, se saciadas, abrem campo para as necessidades sociais, que se
saciadas, abrem espaço para as necessidades de auto-estima. Se uma destas
necessidades não está saciada, há a incongruência. Quando todas estiverem de
acordo, abre-se espaço para a auto-realização, que é um aspecto de felicidade do
indivíduo.
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É neste último patamar da pirâmide que Maslow considera que a pessoa tem que ser
coerente com aquilo que é na realidade "... temos de ser tudo o que somos capazes
de ser, desenvolver os nossos potenciais".
Os quatro primeiros níveis destas necessidades podem ser satisfeitos por aspectos
extrínsecos (externos) ao ser humano e não apenas por sua vontade, enquanto que
o quinto nível, a necessidade de auto-realização, é uma necessidade intrínseca que
nunca é saciada, isto é, quanto mais se sacia mais a necessidade aumenta.
Psicologia Transpessoal
Maslow estava insatisfeito com sua própria teoria, dizendo que faltava-lhe o facto de
o homem ser um ser espiritualizado e transcendental em seu tempo. Para ele, era
importante a espiritualidade e as características da consciência alterada, teoria de 56
Stanislav Grof. Criou então, com ajuda de outros psicólogos, uma teoria que era
abrangente nesse aspecto. Incorporou ideias de Carl G. Jung, que era um estudioso
dos aspectos transcendentais da consciência, na Psicologia transpessoal. Esta fala de
vários níveis de indecência, que vão do mais obscuro, (a sombra), até o mais alto
grau de consciência, o transpessoal. Por ter seu foro na consciência e seus aspectos,
foi também chamada de psicologia da consciência. Seu estudo é recente e traz
características que necessitam de um aprofundamento maior.
Quantas vezes você tentou implementar uma ideia, que era uma solução de um
problema, e simplesmente não conseguiu ser implementada por que as resistências e
oposições impostas a ela foram enormes?
Esta dinâmica de grupo é baseada no livro “A técnica dos seis chapéus” de Edward
DE BONO e tem como objectivo eliminar as confusões na hora de pensar, por meio
de um método que explora diferentes pontos de vista de uma mesma situação.
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Sergio Naguel - http://blogs.98fmcuritiba.com.br/drtrabalho/2012/06/29/metodo-dos-6-chapeus-de-de-
bono/