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10/09/2021

Prof. Paulo Freitas

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Responsabilidade
Civil
- Ação
- Dano
- Nexo Causal

Código Civil
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito
(arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.

Art. 944. A indenização mede-se pela


extensão do dano.

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“Dano consiste no prejuízo sofrido pelo


agente. Pode ser individual ou
coletivo, moral ou material, ou melhor,
econômico e não econômico”.
Sílvio de Salvo Venosa

“O dano é um dos pressupostos da


responsabilidade civil, visto que não
poderá haver ação de indenização
sem a existência de um prejuízo”.
Maria Helena Diniz

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“Embora possa haver responsabilidade sem


culpa, não se pode falar em
responsabilidade civil ou em dever de
indenizar se não houve dano. Ação de
indenização sem dano é pretensão sem
objeto, ainda que haja violação de um
dever jurídico e que tenha existido culpa e
até mesmo dolo por parte do infrator”.
Carlos Roberto Gonçalves

“Poderíamos então afirmar que, seja qual for


a espécie de responsabilidade sob exame
(contratual ou extracontratual, objetiva ou
subjetiva), o dano é requisito indispensável
para a sua configuração, qual seja, sua
pedra de toque”.
Pablo Stolze & Rodolfo Pamplona

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Só haverá
responsabilidade civil
se houver dano a
reparar.
RSTJ, 63:251

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Requisitos
1. Diminuição ou destruição de um bem
jurídico, patrimonial ou moral,
pertencente a uma pessoa;

2. Efetividade ou certeza do dano;

3. Subsistência do dano;

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Diminuição ou destruição de um
bem jurídico

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Vida Lesões Capacidade Outros

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Efetividade ou
certeza do dano
O dano deve ser real e efetivo.
A certeza do dano refere-se à sua
existência e não à sua atualidade
ou a seu montante.

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Subsistência do dano

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Requisitos Básicos

Diminuição causaliDaDe

efetiviDaDe legitimiDaDe

subsistência excluDentes

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Causalidade
O dano deverá estar encadeado com a
causa produzida pelo lesante. O dano
poderá ser direto ou indireto em relação
ao fato gerador.

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Legitimidade
Somente o titular do direito atingido
poderá pleitear a reparação dos
prejuízos causados.

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Ausência de causas excludentes


de Responsabilidade
Danos causados por caso fortuito,
força maior, ou culpa exclusiva da
vítima.

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ESPÉCIES
DE
DANO

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PATRIMONIAIS (materiais)

Esse tipo de dano corresponde ao desfalque


sofrido no patrimônio da vítima, podendo
sempre ser avaliado por critérios pecuniários.

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Danos positivos (danos emergentes): serão verificados


por meio de avaliação feita no patrimônio da vítima
antes da lesão e depois desta.

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Danos negativos (lucro cessantes): o dano


causado ao patrimônio do sujeito poderá
acarretar consequências futuras, por exemplo,
um impedimento à percepção de ganhos, de
lucros.

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OBSERVAÇÕES

Lucros hipotéticos ou remotos não são


indenizáveis até como forma de se aplicar a
teoria do dano direto e imediato (prevista no
art. 403, CC).

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Três observações são importantes no que se refere


aos danos materiais:
Primeira: o art. 402, ao mencionar o lucro
cessante, exige que o juiz o fixe com
razoabilidade. Assim, evita-se que o lucro cessante
seja uma fonte de enriquecimento sem causa.

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Segunda: o art. 948 apresenta, no título referente à


responsabilidade civil, hipóteses de dano
emergente e de lucro cessante:

Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste,


sem excluir outras reparações:
I – no pagamento das despesas com o tratamento da
vítima, seu funeral e o luto da família (dano emergente);
II – na prestação de alimentos às pessoas a quem o
morto os devia, levando em conta a duração provável
da vida da vítima (lucro cessante).

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Terceira: os alimentos indenizatórios, para


maioria da doutrina, têm natureza de lucros
cessantes.

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ESPÉCIE DE DANO

EXISTENCIAIS (morais ou imateriais)

É o dano injusto oriundo de uma


violação a direitos da
personalidade.

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OBSERVAÇÕES

Ocorre que nem toda violação a direito da


personalidade acarreta dano moral, sendo
necessário, assim, que no caso concreto fique
demonstrado que o dano foi injustificado.

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Por exemplo, a utilização da imagem sem autorização


do titular – se houve fins jornalísticos, em um contexto
de veracidade da informação e interesse público,
pode não gerar qualquer dano moral.

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DANO MORAL
Parte da doutrina entende que somente se
configuraria o dano moral quando a lesão à
personalidade viesse a interferir de alguma forma
no psicológico do indivíduo, causando-lhe aflições,
angústias e desequilíbrio em seu bem-estar. Meros
aborrecimentos da sociedade moderna não
ensejariam dano moral.

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O dano moral seria consequência da


responsabilidade civil extracontratual (aquiliana),
ou seja, o inadimplemento via de regra não
acarretaria dano moral.

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EXCEÇÕES
Excepcionalmente, entretanto, a doutrina e o
STJ aceitam que o inadimplemento venha a
ensejar dano moral, desde que comprovado
que aquele inadimplemento tenha causado
desiquilíbrio no bem-estar do credor.

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DANO PRESUMIDO

O STJ há muito entende que hoje, na maioria


dos casos, o dano moral ocorreria in re ipsa, o
que significa que o dano seria presumido,
sem necessidade, portanto, de
descumprimento, por parte da vítima, do
ônus da prova.

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DANO PRESUMIDO?

SÚMULAS DO STJ
385. Da anotação irregular em cadastro de
proteção ao crédito, não cabe indenização
por dano moral quando preexistente legítima
inscrição, ressalvado o direito ao
cancelamento.

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DANO PRESUMIDO

SÚMULAS DO STJ
388. A simples devolução indevida de
cheque caracteriza dano moral,
independentemente de prova do prejuízo
sofrido pela vítima.

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DANO PRESUMIDO

SÚMULAS DO STJ
403. Independe de prova do prejuízo a
indenização pela publicação não
autorizada da imagem de pessoa com fins
econômicos ou comerciais.

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PRÓXIMA AULA

Do Dano Moral

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