Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nº2/2012
Catalogação Recomendada:
Hotelaria a bordo dos navios: Manual de Segurança ocupacional / Sindicato de Mestrança e Marinhagem
das Câmaras da Marinha Mercante – SMMCMM - Lisboa: ACT, 2015.- 61 p.; 24cm
Autor de projeto:
SMMCMM – Sindicato da Mestrança e Marinhagem da Câmaras da Marinha Mercante
Editor:
ACT - Autoridade para as Condições do Trabalho
Lisboa, agosto de 2015
Esta publicação, com o trabalho que descreve, foi financiada pela Autoridade
para as condições do Trabalho (ACT).
O seu conteúdo, incluindo quaisquer opiniões e/ou conclusões expressas, é da
responsabilidade dos seus autores e não reflete necessáriamente a política e a
posição da ACT.
É por isso essencial que exista, para este tipo de potenciais trabalhadores
marítimos, um suporte que ajude a descobrir ou consolidar, consoante os
casos, matérias essenciais, para que possam desenvolver as tarefas quoti-
dianas que lhes são exigidas com segurança e minimizando os riscos po-
tenciais da sua atividade profissional.
Outubro de 2013
A Direção do SMCMM
2. Responsabilidades do Armador
1. Saberes
2.2 Competências dos Tripulantes / Trabalha-
Θ Noções elementares de Higiene e Segurança no Trabalho.
dores
2. Saberes-fazer
Nos aspetos relacionados com a temática da Higiene e Segurança no
Trabalho a Bordo dos Navios, o exercício pelos tripulantes/trabalha- Θ Analisar, interpretar e sistematizar informações relativas a Higiene
dores, das suas funções e atividades, pressupõe a existência de um e Segurança no Trabalho no contexto da sua atividade profissional;
conjunto de capacidades nos domínios do “saber”, do “saber-fazer” e Θ Criar um ambiente favorável à cooperação e ao desenvolvimento
do “saber- ser”, das quais se destacam: da responsabilidade em Higiene e Segurança no Trabalho;
Θ Verificar o estado de higiene e segurança dos equipamentos e
Θ A valorização do tripulante/trabalhador no âmbito da sua parti- utensílios;
cipação nas práticas de prevenção, incutindo a consciencialização e Θ Tomar conhecimento dos principais riscos inerentes aos profissio-
assim potenciando o desenvolvimento de uma cultura de segurança; nais da Hotelaria, bem como os métodos de redução e controlo;
Θ Conhecer as funcionalidades dos EPC’s (equipamentos de Proteção
Θ O conhecimento dos processos de trabalho associados às suas ati- Coletiva) instalados a bordo e o seu funcionamento no âmbito das
vidades, por forma a identificar e hierarquizar os riscos profissionais, suas tarefas nos sistema geral de segurança do navio;
tendo como objetivo a adoção de medidas de prevenção, que promo- Θ Saber selecionar os EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual)
vam uma cultura da superação do risco; adequados em função do risco no local de trabalho e da atividade a
2.3 A importância da formação Atualmente é reconhecido e compreendido que na maior parte dos
casos os custos indiretos dos acidentes de trabalho são bem mais im-
É fundamental construir uma proteção eficaz aos que exercem ativi- portantes que os custos diretos, tendo presente os designados fato-
dades laborais, devendo a aplicação da regulamentação sobre a ma- res de perda, nomeadamente:
téria ser entendida como o melhor meio de beneficiar simultanea-
mente as empresas e os tripulantes/trabalhadores na salvaguarda Θ Perda de horas de trabalho pelo acidentado;
dos aspetos relacionados com as condições ambientais e de seguran- Θ Perda de horas de trabalho pelas testemunhas e responsáveis;
ça de cada posto de trabalho. Θ Perda de horas de trabalho pelas pessoas encarregadas dos inqué-
ritos;
Nos dias de hoje, as medidas relativas à Saúde, Higiene e Segurança Θ Interrupções e atrasos da prestação do trabalho;
no Trabalho estão cada vez mais generalizadas na sua implementa- Θ Danos materiais;
ção, sendo que o despertar de consciências tem desempenhado um Θ Custos inerentes às peritagens e ações legais necessárias;
papel fundamental. Θ Diminuição do rendimento durante a substituição;
Θ A retoma de trabalho pelo acidentado;
Θ Inexperiência/ignorância;
Θ Desrespeito de regras;
Θ Desatenção/distração;
Θ Fadiga;
Θ Stress.
4. Psicossociais
Θ Organização do trabalho;
Θ Turnos; São de longe a causa mais comum de acidentes no sector hoteleiro a
Θ Tipo de Trabalho; bordo dos navios, especialmente nas cozinhas.
Θ Stress.
As quedas, escorregadelas e tropeções são maioritariamente causa-
das por pavimentos escorregadios devido ao derrame de águas, ali-
mentos ou óleos alimentares.
Medidas de prevenção
Θ Avaliar os riscos potenciais em cada situação específica e imple- Utilização segura das fritadeiras
mentar um plano com o objetivo de reduzir/eliminar o respetivo risco
e divulgar a informação adequada junto dos tripulantes/trabalhado- Θ Utilizar dispositivos de imersão automática dos alimentos;
res; Θ Deixar o óleo e a gordura arrefecerem antes de os escoar;
Θ Preferir equipamentos homologados; Θ Certificar que os recipientes são suficientemente grandes e resis-
Θ Verificar termostatos; tem a temperaturas elevadas;
Θ Corrigir níveis em frio; Θ Utilizar equipamento de proteção individual adequado.
Θ Utilizar utensílios adequados;
Θ Evitar derrames e transbordos;
Θ Utilizar um tabuleiro ou um carrinho para servir líquidos quentes,
Θ Manutenção da instalação elétrica em bom estado; A maioria das lesões músculo-esqueléticas de origem profissional são
Θ Não utilizar material elétrico com aparente defeito; perturbações cumulativas resultantes da exposição repetida a esfor-
Θ Não utilizar ligações múltiplas com sobrecarga; ços mais ou menos intensos ao longo de um período de tempo pro-
Θ Não tocar em componentes elétricos com mãos húmidas, nem ver- longado.
ter líquidos junto a estes;
Θ Não efetuar a sua limpeza/manutenção sem os desligar; No entanto, podem também assumir a forma de traumatismos agu-
Θ Locais húmidos colocar tomadas estanques; dos, como fraturas causadas por acidentes.
Θ Sinalizar/remover equipamentos avariados.
Estas perturbações afetam principalmente a região dorso lombar, a
zona cervical, os ombros e os membros superiores, mas podem afetar
também os membros inferiores situação mais frequente quando se
3.7 Ergonomia e movimentação manual de trata de trabalho marítimo.
pesos e lesões músculo-esqueléticas
Os tripulantes/trabalhadores do sector da hotelaria e restauração
Muitas atividades do sector da hotelaria a bordo dos navios exigem a podem incorrer num maior risco de desenvolver lesões músculo-es-
movimentação manual de pesos. queléticas devido ao facto do seu trabalho os obrigar, frequentemen-
te, a permanecer de pé durante longos períodos e a trabalhar com
A movimentação continuada de pesos, as posturas muitas vezes in- posturas incorretas. Uma parte considerável do seu trabalho é fisica-
corretas, os pesos excessivos, podem originar lesões. mente exigente e stressante, para além de trabalharem muitas horas
seguidas.
As lesões podem resultar de um único incidente grave, mas, na maior
Medidas de prevenção
Se tiver de levantar a voz para se fazer ouvir por alguém que esteja As substâncias perigosas podem provocar lesões ou doenças, se os
próximo de si, é possível que haja um problema de excesso de ruído tripulantes/trabalhadores estiverem em contacto com elas ou se não
no seu local de trabalho. as utilizarem devidamente.
A exposição repetida durante períodos longos pode afetar a audição. Os riscos mais comuns são o contacto com a pele ou com os olhos, a
inspiração ou a ingestão.
Medidas de prevenção
Muitos produtos químicos de limpeza são perigosos por serem corro-
Θ Avaliar os riscos potenciais em cada situação específica e imple- sivos e poderem provocar queimaduras da pele e dos olhos.
mentar um plano com o objetivo de reduzir/eliminar o respetivo risco
e divulgar a informação adequada junto dos tripulantes/trabalhado- Sem controlo adequado e devido ao uso continuado, alguns podem
res; causar dermatites (pele seca, ulcerada, com escamas) ou outras irri-
Θ Minimizar os ruídos perigosos no local de trabalho; tações da pele, asma e problemas respiratórios.
Θ Utilizar equipamento de proteção auricular adequado quando
apropriado. Outra das causas da dermatite é o contacto com alguns alimentos,
especialmente por tripulantes/trabalhadores que possam sofrer de
alergias especificas, (ex: sumos de frutos e legumes, proteínas do pei-
3.9 Substâncias perigosas / Produtos Quí- xe, marisco, carne e farinha).
Medidas de prevenção
Medidas de prevenção
3.14 Riscos psicossociais Por forma a melhor entender o conceito e a necessidade de utilização
dos EPI’s é importante entender o conceito de Proteção Coletiva.
Os fatores de risco psicossociais estão associados à organização e às
exigências do trabalho. 1. Proteção Coletiva
Solicitações contraditórias, falta de controlo sobre o trabalho e falta As medidas de proteção coletiva são medidas que protegem simulta-
de apoio por parte dos colegas ou supervisores constituem outros neamente a tripulação, os passageiros, os visitantes, etc. consoante
fatores de risco. a situação do navio.
Medidas de prevenção
Considera-se EPI todo o equipamento e qualquer complemento ou Existem assim luvas para diferentes tipos de agressões, nomeada-
acessório destinado a ser utilizado pelo tripulante/trabalhador para mente os devidos a riscos mecânicos, elétricos, térmicos, químicos e
se proteger dos riscos profissionais. de origem biológica.
Atenção : Roupa de trabalho e fardas de utilização regular não são As agressões às mãos podem ser lentas (provocando dermatoses)
EPI’s. ou rápidas (provocando cortes, arranhões, picadelas, queimaduras,
etc.). A proteção individual das mãos é preferencialmente realizada
por luvas escolhidas em função dos riscos a que os tripulantes/tra-
Uma luva é definida como um EPI que protege a mão ou parte dela
contra riscos, de corte por impacto, eletricidade estática, químicos,
bacteriológicos, por frio, por calor e fogo, podendo em alguns casos
cobrir também parte do antebraço e o braço.
Proteção auditiva
Θ Esforços repetitivos;
Θ Produtos tóxicos;
Θ Poeiras;
Θ Ruído;
Θ Horário laboral.
Atenção
Amarelo Perigo Precaução
Verificação
Extintor
Comportamentos
Azul Obrigação Ações Específicas Este sinal permite identificar a localização
Utilização EPI´s dos extintores.
Indicação e
localização de
Verde Emergência
equipamento de
emergência
Este sinal pode conter associado as seguintes inscrições: Alerta para a probabilidade de ocorrência
de acidentes, por queda, devido à existên-
1. Irritantes cia de desníveis. Esta sinalização deve es-
Substâncias e preparações não corrosivas que, em contacto direto, tar presente em locais que devido ao seu
prolongado ou repetido com a pele ou com as mucosas podem pro- funcionamento não podem comportar
vocar uma reação inflamatória; guarda-corpos ou outro tipo de barreiras.
Sempre que exista contacto com orga- Este sinal deve ser utilizado sempre que
nismos vivos, nomeadamente animais, seja obrigatório a utilização de calçado
ou detritos de organismos vivos deve ser de proteção, tendo em consideração as
colocado este sinal. São exemplos destes condicionantes do local. Esta sinalização
locais: Industrias alimentares, etc. deve estar colocada nos acessos aos locais
onde a proteção é exigida. Este sinal deve
Perigos Vários estar colocado, entre outros, nos seguin-
tes locais:
Quando não existe sinalização mais ade-
quada ao perigo existente deve ser utiliza- Θ Locais escorregadios;
do este tipo de sinal. Deve estar associado Θ Locais onde exista probabilidade de
a uma placa identificativa e descritiva do queda de materiais e objetos; Locais onde
perigo, para tornar mais fácil a perceção se realizem operações de transporte e ar-
do perigo em causa. mazenagem;
Θ Industria alimentar.
Características dos sinais de obrigação Sempre que as tarefas a levar a efeito num
determinado local obriguem a utilização
Os sinais de obrigação devem possuir as seguintes características: de equipamentos de proteção individual
das mãos (luvas) é necessário proceder à
Θ Forma circular; colocação deste sinal.
Θ Pictograma branco sobre fundo azul, (a cor azul deve cobrir pelo
menos 50% da superfície da placa). Entendem-se tarefas que obriguem a utili-
zação de equipamento de proteção individual das mãos, todas aque-
Proteção Obrigatória do Corpo las que possam causar lesões nestes membros e as proteções coleti-
vas existentes não permitem um grau de segurança adequado. São
Esta sinalização impõe a utilização de ves- exemplos destas tarefas todas aquelas em que existe manipulação
tuário de proteção do corpo e deve ser uti- de objetos cortantes, bicudos, quentes e rugosos, agentes químicos,
lizada sempre que seja necessário utilizar agentes biológicos ou quando em contacto com a corrente elétrica.
vestuário de proteção, por existir a possi-
bilidade de ocorrerem agressões mecâni-
cas, químicas, térmicas, radioativas, etc.
SEGURANÇA NA
SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DA MAQUINA
UTILIZAÇÃO DO DE CORTAR/FATIAR
SEGURANÇA NA SEGURANÇA NA MICRO ONDAS
UTILIZAÇÃO DE FACAS UTILIZAÇÃO DA
MAQUINA DE Θ Só os produtos fornecidos
CORTAR/FATIAR congelados é que podem ser colo-
Θ Não olhar de perto para o forno
cados nas câmaras congeladoras
quando estiver ligado
Θ Selecionar a faca adequada à Θ Desligar a máquina da corrente Θ Embalar os alimentos de forma
Θ Este forno não poder ser utiliza-
tarefa a executar elétrica para limpezas adequada para não ficarem quei-
do por pessoas com pacemakers
Θ Manter as lâminas afiadas e as Θ Colocar as proteções antes de mados pelo frio
Θ Não podem ser colocados neste
pegas em boas condições utilizar a máquina Θ Organizar as câmaras conge-
forno alimentos em embalagens
Θ Utilizar sempre tábuas de corte Θ O indicador de espessura deve ladoras para assegurar a rotação
metálicas ou embalados em papel
Θ Limpar a faca imediatamente ser colocado no zero apos a uti- adequada dos alimentos
de alumínio
após a sua utilização lização para prevenir ferimentos Θ Nunca voltar a congelar os
Θ Guardar as facas de forma acidentais nos dedos e mãos alimentos
apropriada Θ Usar luvas ao utilizar a máquina Θ Nunca colocar os alimentos no
Θ Nunca tentar agarrar uma faca por questões de higiene chão
em queda Θ Verificar a temperatura das
câmaras regularmente
1. Toda a obrigação do armador de fornecer equipamento de proteção 1. A autoridade competente deveria abrir um inquérito sobre as causas
ou outros dispositivos de prevenção de acidentes deveria, em geral, ser e as circunstâncias de todos os acidentes de trabalho e de todas as
acompanhada de lesões e doenças profissionais que envolvam a perda de vidas huma-
disposições segundo as quais os marítimos ficam obrigados a utilizar e nas ou graves danos corporais, bem como sobre todos os outros casos
a cumprir as medidas pertinentes em matéria de prevenção de aciden- especificados pela legislação nacional.
tes e de proteção da saúde. 2. Deveria considerar-se a inclusão dos seguintes pontos como objeto
2. Deveriam também ser tidos em consideração os artigos 7 e 11 da de inquérito:
Convenção (n.º 119) relativa à Proteção das Máquinas, 1963, e as dis- a) O ambiente de trabalho, por exemplo as superfícies de trabalho, a
posições correspondentes da Recomendação (n.º 118) relativa à Prote- disposição das máquinas, os meios de acesso, a iluminação e os méto-
ção das Máquinas, 1963, nos termos dos quais, por um lado, incumbe dos de trabalho;
ao empregador providenciar para que as máquinas estejam munidas b) A incidência, por grupo etário, dos acidentes de trabalho, lesões e
de dispositivos de proteção adequados e para que nenhuma máquina doenças profissionais;
seja utilizada sem estes dispositivos, e incumbe, por outro lado, ao tra- c) Os problemas fisiológicos ou psicológicos especiais decorrentes da
balhador não utilizar uma máquina se os dispositivos de proteção de permanência a bordo;
que esta dispõe não estiverem colocados no seu lugar e não danificar d) Os problemas resultantes do stress físico a bordo dos navios, em
os referidos dispositivos. especial quando consequência do aumento do volume de trabalho;
e) Os problemas e efeitos resultantes da evolução técnica e a sua in-
Princípio orientador B4.3.5 – Notificação dos acidentes de trabalho e fluência na composição da tripulação; e
compilação de estatísticas f) Problemas resultantes de falha humana.
1. Todos os acidentes de trabalho e doenças profissionais deveriam ser Princípio orientador B4.3.7 - Programas nacionais de proteção e de
notificados para ser objeto de inquéritos e para que estatísticas de- prevenção
talhadas sejam efetuadas, analisadas e publicadas, tendo em conta a
proteção dos dados pessoais dos marítimos em causa. Os relatórios 1. Para dispor de uma base fiável para a adoção de medidas com vista a
não deveriam limitar-se aos casos de acidentes e de doenças mortais, promover a proteção da segurança e da saúde no trabalho e a preven-
nem aos acidentes que envolvam o navio. ção dos acidentes de trabalho, lesões e doenças profissionais resultan-
2. As estatísticas mencionadas no parágrafo 1 do presente Princípio tes dos riscos inerentes ao trabalho marítimo, deveriam ser efetuados
orientador deveriam incidir sobre o número, a natureza, as causas e as estudos sobre as tendências gerais e sobre os riscos revelados pelas
consequências dos acidentes, das lesões e das doenças profissionais e estatísticas.
especificar, se for o caso, em que serviço do navio ocorreu o acidente, 2. A aplicação dos programas de proteção e de prevenção para a pro-
o tipo de acidente e se este ocorreu no mar ou num porto. moção da segurança e da saúde no trabalho deveria ser organizada de
3. Todos os Membros deveriam ter em devida consideração todo o sis- forma a que a autoridade competente, os armadores e os marítimos
tema ou modelo internacional de registo de acidentes de marítimos ou os seus representantes e os outros organismos interessados possam
eventualmente estabelecido pela Organização Internacional do Traba- desempenhar um papel ativo, inclusive através da organização de ses-
lho. sões de informação e da adoção de diretivas sobre os níveis máximos
No âmbito desta convenção existe um conjunto diversificado de cer- O curso de Segurança Básica tem como objetivo proporcionar a aqui-
tificação reconhecida internacionalmente e que é exigível/recomen- sição das capacidades e das competências inerentes à respetiva certi-
dável aos tripulantes de hotelaria a bordo dos navios. ficação e compreende os seguintes 4 módulos independentes:
- Técnicas de Sobrevivência Pessoal;
O acesso a esta certificação é precedido de formação apropriada, - Prevenção e Combate a Incêndios;
ministrada por entidades reconhecidas pelas respectivas administra- - Técnicas Elementares de Primeiros Socorros;
ções marítimas dos mais variados países. - Segurança Pessoal e Responsabilidades Sociais.
Naturalmente que a formação referida baseia-se essencialmente nas Certificado de familiarização em navios ro-ro de passageiros
questões de segurança operacional e ocupacional, tendo como obje- Artigo 55º (DL 280/2001)
tivo dotar os marítimos das competências e qualificações necessárias
para assegurarem a segurança a bordo, a sua, a dos outros tripulan- 1 — O certificado de familiarização em navios ro-ro de passageiros é
tes, a dos passageiros e do navio no seu todo. conferido ao marítimo que obtenha aprovação num curso apropria-
do.
Certificado de segurança básica 2 — Para admissão ao curso referido no número anterior, o candidato
Artigo 54º (DL 280/2001) deve comprovar um dos seguintes requisitos:
a) Possui um dos certificados de competência;
1 — O certificado de segurança básica é conferido ao marítimo que b) Possui o certificado de segurança básica ou obteve, nos últimos
obtenha aprovação no exame respetivo. cinco anos, as qualificações exigidas para a sua atribuição.
2 — Para admissão ao exame referido no número anterior, o candida- 3 — O curso referido no nº 1 deve incluir as matérias indicadas no
to deve comprovar a condição de marítimo. parágrafo 2 da secção A-V/2 do Código STCW.
Legislação
Webgrafia