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Plano Diário de Aula

Ano Lectivo: 2020/2021; Data: 24/FEVEREIRO; Nível: 2º Ciclo; Classe: 12ª; Turmas: EM12AT; Sala: 01/E01
ESCOLA: INSTITUTO TÉCNICO LUCRÉCIO DOS SANTOS
Nome do Professor: LUÍS MARIA
Disciplina: TECNOLOGIA ELECTROMECANICA
Unidade Temática #: ELECTRONICA DE POTENCIA
Tema: CONFIGURAÇÕES DO TRANSISTOR – EMISSOR COMUM
Tipo de Aula: CONTINUAÇÃO DA AULA ANTERIOR (TRANSISTOR BIPOLAR)
Tempo Lectivo:
Duração: 150 Minutos

OBJECTIVOS

GERAIS ESPECÍFICOS

1. Estudo da Recta de Carga do No final da aula o aluno será capaz de:


transístor bipolar (BJT).
 Identificar o ponto de saturaçã o e o ponto de corte para um dado circuito com polarizaçã o da base;
 Calcular o ponto Q para um dado circuito com polarizaçã o da base.

TEMP FASE DIDÁTICA CONTEÚDO DE ENSINO Estrutura metodológica e Meios de Ensino


O
organizativa da aula/
actividades do professor e dos
1
alunos

Motivação

Asseguramento do nível de Elaboração conjunta, chuva de


 Resumo da aula anterior
10 Min ideias e perguntas
partida  Por que a reta de carga é tão utilizada?
direcionadas

Por que existe uma corrente no coletor se não existe

5 Min Pergunta motivacional corrente na base? Trabalho independente -------------------------

5 Min Orientação aos objectivos Explicar o que irão aprender no decorrer da aula. Exposição do professor ------------------------
RECTA DE CARGA
 Ponto de operaçã o Elaboração conjunta,
25 Min Tratamento didático da matéria ------------------------
 Ponto de saturaçã o Expositivo e Explicativo

 Ponto de corte
Aplicação e sistematização da Exercícios de aplicação referente a pontos de operação Elaboração conjunta e trabalho
35 Min
------------------------
matéria do transístor e recta de carga. independente

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REGIÕES DE OPERAÇÃO

A curva da Figura 9a tem regiões diferentes onde as ações de um transístor


mudam.

REGIÃO ATIVA

Primeira, existe a região do meio, onde VEC está entre 1 V e 40 V. Essa


região é chamada de região ativa. Graficamente, a região ativa é a parte
horizontal da curva. Em outras palavras, a corrente no coletor é constante nesta
região.

Ela representa a operação normal do transístor. Nessa região, o díodo


emissor está diretamente polarizado e o díodo coletor está reversamente
polarizado.

Além disso, o coletor está capturando quase todos os elétrons que o emissor
está injetando na base.

É por isso que a variação na tensão do coletor não afeta a corrente do


coletor.

REGIÃO DE RUPTURA

O transístor nunca deve operar nessa região porque ele será danificado. Ao
contrário do díodo Zener, que foi otimizado para funcionar na região de ruptura,
um transístor não foi projetado para operar na região de ruptura.

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REGIÃO DE CORTE

A Figura 10 tem uma curva inesperada, a primeira curva debaixo. Observe


que a corrente da base é zero, mas ainda existe uma corrente do coletor. Num
traçador de curvas, essa corrente é normalmente tão baixa que não podemos notá-
la.

Fez-se uma representação exagerada na curva inferior com um valor muito


maior.
Essa curva inferior é chamada de região de corte do transístor, e a baixa corrente
do coletor é chamada de corrente de corte do coletor.

Por que existe uma corrente no coletor se não existe corrente na base?

R:Porque o díodo coletor tem uma corrente reversa de portadores minoritários e


uma corrente de fuga da superfície. Em um circuito bem projetado, a corrente de
corte do coletor é baixa o suficiente para ser desprezada.

Por exemplo, o 2N3904 tem uma corrente de corte do coletor de 50 nA. Se a


corrente real do coletor for de 1 mA, desprezando a corrente de corte do coletor
de 50 nA o erro de cálculo produzido será menos de 5%.

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RETA DE CARGA

Para que um transístor funcione como um amplificador ou como uma


chave, ele precisa ter suas condições CC ajustadas adequadamente no circuito.
Isto é denominado polarização do transístor. Existem vários métodos de
polarização, cada um deles com vantagens e desvantagens.

POLARIZAÇÃO DA BASE

O circuito na Figura 11 é um exemplo de polarização da base, o que


significa ajustar um valor fixo da corrente na base.

Por exemplo:

Se R B=1 MΩ a corrente na base é 14,3 μA (segunda aproximação).


Mesmo que o transístor seja substituído e a temperatura varie, a corrente na base
permanecerá fixa em aproximadamente 14, 3 μA sobre todas as condições de
operação.
Se βcc = 100 na Figura 6-20a, a corrente no coletor será aproximadamente
1,43 mA e a tensão coletor-emissor será:

V EC =V CC −I C × RC
V EC =15− (1.43 mA ) × (3 KΩ )=10.7 V

Portanto, o ponto Q ou quiescente na Figura é


I C =1.43 mA
V EC =10.7 V

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SOLUÇÃO GRÁFICA

Podemos encontrar também o ponto Q usando uma solução gráfica baseada na


reta de carga, do transístor, um gráfico de IC versus VEC.

Na Figura a tensão coletor-emissor é dada por:

V EC =V CC −I C × RC

Resolvendo para IC, obtemos:


V CC−V EC
I C= (1)
RC

Se traçarmos o gráfico desta equação (IC versus VEC), obteremos uma reta. Essa
reta é chamada de reta de carga por que ela representa o efeito da carga sobre IC
e VEC.
Por exemplo, substituindo os valores na Equação 1 obtemos:

15V −V EC
I C=
3 KΩ

Essa é uma equação linear; isto é, seu gráfico é uma reta. (Observação: uma
equação linear é aquela que pode ser reduzida numa forma padronizada de y =
mx + b).
Se traçarmos o gráfico da equação na parte de cima da curva do coletor,
obteremos a Figura 12

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Os pontos finais da reta de carga são facílimos de serem encontrados.

V EC =0

15 V
I C= =5 mA
3 KΩ

Com os valores IC = 5 mA e VEC = 0, traçamos o ponto superior da reta de carga


na Figura 12.
I C =0

15 V −V EC
0=
3 KΩ
V EC =15 V

Com as coordenadas IC = 0 e VEC = 15 V traçamos o ponto inferior da reta de


carga.

RESUMO VISUAL DE TODOS OS PONTOS DE OPERAÇÃO

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POR QUE A RETA DE CARGA É TÃO UTILIZADA?

Porque ela contém todos os pontos possíveis de operação do circuito. Dito


de forma diferente, quando a resistência da base varia de zero ao infinito, ela faz
com que IB varie, que faz IC e VEC variarem sobre suas faixas por completo. Se
você traçar os valores de IC e VEC para todos os possíveis valores de IB, obterá a
reta de carga. Logo, a reta de carga é um resumo visual de todos os pontos de
operações possíveis do transístor.

O ponto de saturação é o ponto na Figura onde a reta de carga intercepta a


região de saturação das curvas do coletor. Pelo fato de a tensão VEC na
saturação ser muito baixa, o ponto de saturação quase encosta no ponto superior
da reta de carga. Daqui em diante, consideraremos o ponto de saturação o ponto
superior da reta de carga, tendo sempre em mente que existe um ligeiro erro.

O ponto de saturação informa qual é a máxima corrente do coletor possível


para este circuito. Por exemplo, o transístor na Figura 6-21a vai para saturação
quando a corrente no coletor é aproximadamente 5 mA. Com essa corrente, VEC
diminui para zero aproximadamente.

V CC
I C(Sat) =
RC

O ponto de corte é o ponto onde a reta de carga intercepta a região de corte


das curvas do coletor. Como a corrente do coletor no corte é muito pequena, o
ponto de corte quase encosta no ponto inferior da reta de carga. De agora em
diante, consideraremos o ponto de corte o ponto inferior da reta de carga.

O ponto de corte informa qual é a tensão coletor-emissor máxima possível


para o circuito. Na Figura, a tensão coletor-emissor máxima possível é de
aproximadamente 15 V, o valor da fonte de alimentação do coletor.

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Existe um processo simples de encontrar a tensão de corte. Visualize o
transístor na Figura como uma chave aberta entre o coletor e o emissor. Como
não há corrente no resistor do coletor por causa dessa
condição de aberto, toda a tensão de 15 V da alimentação do coletor aparecerá no
terminal do coletor. Logo, a tensão entre o coletor e o terra será igual a 15 V:

VEC(corte) = Vcc

EXERCÍCIOS
1. Quais são os valores da corrente de saturação e da tensão de corte na
Figura abaixo. Desenhe as retas de carga.

2. Calcule a corrente de saturação e a tensão de corte na Figura anterior se o


resistor do coletor for de 2 kΩ e VEC de 12 V
3. Quais são os valores da corrente de saturação e da tensão de corte na
Figura?

4. Suponha que a resistência da base na Figura aumente para 1 MΩ.


O que acontece com a tensão coletor-emissor se βcc for de 100?

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