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CHINA E AS

GUERRAS DO ÓPIO
JANEIRO DE 2022

O ÓPIO

O ópio é uma substância leitosa


obtida a partir da resina dos
frutos da planta conhecida
como "Papoula do Oriente".

A Papoula do Oriente é
considerada a mãe da heroína.
O ópio é uma das drogas mais
consumidas em todo o
mundo.

Por anos, o ópio causou conflitos


em todo o mundo.

A CHINA E O ÓPIO
POR ANNA CHANDRA FELÍCIO TEIXEIRA, CAMILA EVANGELISTA
MOREIRA, JÉSSICA DA SILVA CLAUDINO, JOÃO GABRIEL PAINS DE
SOUZA, VINÍCIUS CELSO DE ARAÚJO FERREIRA, VIVIAN MATOSO
MARQUES DA SILVA.

O Império mais poderoso do mundo estava no


cenário de maior processo acelerado de
desenvolvimento tecnológico do mundo - o
império britânico -, e do outro lado, a grande
potência oriental, - a China-, estava em ruínas sob
a dinastia de Ming.
Alguns anos antes dos conflitos entre os impérios,
o reino britânico passara por um conflito
marcante contra a França Napoleônica, que
trouxe muitas mortes e culminou em uma
repaginação do sistema internacional. Os ingleses
alavancaram em poder durante a Segunda
Revolução Industrial, deixando o império em uma
posição de privilégio.
Em contraste, a China estava sob tutela da
dinastia Ming. Os anos não eram dos melhores, os
processos de Revolução não estavam sendo
acompanhados.
CHINA E AS GUERRAS DO ÓPIO

ECONOMIA CHINESA DURANTE A DINASTIA MING, A


ÍNDIA E O ÓPIO
POR ANNA CHANDRA FELÍCIO TEIXEIRA, CAMILA EVANGELISTA MOREIRA, JÉSSICA DA SILVA CLAUDINO, JOÃO GABRIEL
PAINS DE SOUZA, VINÍCIUS CELSO DE ARAÚJO FERREIRA, VIVIAN MATOSO MARQUES DA SILVA.

Do ponto de vista econômico, a China era drogas, provocando dependência química,


autossuficiente. Os ocidentais cobiçavam a auferindo grandes lucros e aumentando o
seda, o chá, as porcelanas e o artesanato de volume do comércio em geral.
luxo. Em relação aos comércios internacionais, a
Contavam ainda com a índia, uma quase China por sua vez não condizia muito bem
vizinha dos territórios chineses, que apesar de com o comércio livre. Restringia ao máximo
não representar ameaça ao poder britânico, suas relações comerciais com outros países e
tinha um elevado contingente populacional, tendo certa hostilidade com os interesses
e principalmente, tinham uma planta, o britânicos, já que no ponto de vista chinês,
ponto chave do conflito chinês com os essa relação de interesse por parte dos
imperialistas. ingleses vinha com o propósito de controlar o
O ópio era produzido na Índia, e também em mercado interno da China.
partes do Império otomano no início do Então, no século XIX, os comerciantes
século XIXI. Os comerciantes britânicos o ingleses seguidos pelos franceses, americanos
traficavam ilegalmente para a China e muitas e outros, descobriram produto cujo consumo
vezes forçavam os cidadãos a consumir as podia ser incentivado pelos chineses.

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CHINA E AS GUERRAS DO ÓPIO

POR ANNA CHANDRA FELÍCIO TEIXEIRA, CAMILA EVANGELISTA MOREIRA, JÉSSICA DA SILVA CLAUDINO, JOÃO GABRIEL
PAINS DE SOUZA, VINÍCIUS CELSO DE ARAÚJO FERREIRA, VIVIAN MATOSO MARQUES DA SILVA.

CONSEQUÊNCIAS DA
COMERCIALIZAÇÃO
DO ÓPIO:

Além de ser usado como


remédio, o Ópio podia se
tornar um vício, que crescia
afetando a saúde do povo
chinês. O TRATADO DE NANQUIM
Devido aos problemas de
saúde causados pelo Ópio, O conflito foi encerrado com a assinatura do
os governantes passaram a Tratado de Nanquim, o primeiro dos chamados
"Tratados Desiguais", pelo qual a China aceitou
proibir o seu comércio legal suprimir o sistema da companhia governamental
e a combater o seu chinesa. Com esse tratado, abriam-se cinco portos
contrabando com penas ao comércio de Ópio britânico, e também teriam
de pagar uma pesada indenização de guerra,
severas. além de entregar a ilha de Hong Kong, a qual
ficou sob o domínio inglês por 155 anos.

Alegando prejuízos a Mesmo com o tratado, as ambições imperialistas


propriedade privada, o governo dos ingleses pareciam não estar satisfeitas. O
comércio de ópio não progredia tão rapidamente
inglês iniciou represálias que como desejado, uma vez que os mandarins locais
resultaram na primeira guerra se atrasavam na resolução dos assuntos que iam
do Ópio, que ocorreu no surgindo.

período de 1839 a 1842. Assim, a situação fugia dos planos ocidentais, o


Nesse conflito, o uso de que se desdobra em um segundo conflito.
canhoneiras a vapor e armas
de fogo - as mais modernas -,
derrotaram as tropas chinesas
que não possuíam armamento
pesado.

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CHINA E AS GUERRAS DO ÓPIO

A SEGUNDA GUERRA DO ÓPIO


POR ANNA CHANDRA FELÍCIO TEIXEIRA, CAMILA EVANGELISTA MOREIRA, JÉSSICA DA SILVA CLAUDINO, JOÃO GABRIEL
PAINS DE SOUZA, VINÍCIUS CELSO DE ARAÚJO FERREIRA, VIVIAN MATOSO MARQUES DA SILVA.

A Segunda Guerra do O imperador se recusou a A Ilha de Hong Kong


Ópio se passa entre os ratificar o acordo, e então a permaneceu sob poder dos
anos de 1856 a 1860, e capital, Pequim, foi britânicos até ser devolvida
dessa vez os franceses ocupada pelas tropas à China em julho de 1997.
ocidentais. Somente após a O estatuto de Macau, que
aliaram-se aos britânicos,
Convenção de Pequim em determinava a Ilha de
promovendo grandes
1860, o Tratado de Tianjin Macau colônia do Império
ataques militares aos foi aceito. A China criou Português, a cerca de 60km
chineses, que mais uma um Ministério dos da colônia britânica, foi
vez saem derrotados. Negócios Estrangeiros, prorrogado, e Macau foi
Em 1858, as potências permitiu que se devolvida apenas em
imperialistas ocidentais instalassem legações dezembro de 1999.
exigiram que a China ocidentais na capital.
aceitasse o Tratado de Em síntese, a Guerra do
Tianjin que exigia a Em 1900, o número de Ópio foi um conflito
portos abertos ao comércio completamente desigual,
instalação de onze novos
com o ocidente, chamados que possuiu mais relevância
portos chineses para o
de "portos de tratado", econômica do que
comércio de ópio com o
chegava a mais de propriamente bélica. Foi
Ocidente, e seria cinquenta, sendo a maior uma verdadeira guerra
garantida a liberdade de parte das potências comercial, que representou
movimento aos europeias, assim como os uma demonstração de força
traficantes europeus e Estados Unidos, que do liberalismo inglês e da
missionários cristãos. tinham concessões e expansão do ideal do
privilégios comerciais. comércio interior, o qual é
vantajoso para a nação
imperialista. Representou
também um marco de
fragilidade e crise na China.

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