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Atividade – Iluminismo

Nome: Anna Chandra Felício Teixeira


Turma: Eletrotécnica 2A

O Iluminismo e seus pensadores (cientistas, escritores e filósofos) pautaram-se


pelo primado da razão, isto é, defendiam o uso da razão em oposição à tradição
e ao pensamento religioso. A razão é considerada o instrumento fundamental
para o ser humano lidar com a natureza e a sociedade.
Ela pode ser descrita basicamente como a faculdade de raciocinar, ou seja, o
uso da racionalidade humana, do pensamento lógico, sem dogmas,
sentimentalismos ou influências com base no senso comum.

A característica fundamental da Enciclopédia era ser laica, ou seja, fazia


oposição às explicações oferecidas pela religião sobre a natureza e a sociedade,
sublinhando que o conhecimento era um processo humano e não um legado
divino. Ela desafiava os dogmas católicos ao classificar a religião como um entre
outros ramos da filosofia.

Durante a maior parte do século XVIII, os Estados europeus eram governados


utilizando do absolutismo, que era um tipo de poder em que o monarca
controlava toda a economia e sua soberania se justificava na crença de que seu
poder vinha de Deus.
A Revolução Francesa, ocorrida no século XVIII inspirou-se nos ideais
iluministas, que defendiam que a autoridade deveria basear-se na razão. Os
iluministas defendiam ideais como liberdade e constitucionalismo, eram fortes
defensores da separação entre Igreja e Estado e, além disso, eram opositores
da monarquia absolutista e defensores do método científico. As revoluções
burguesas do século XVIII – americana e francesa – tiraram dos ideais
iluministas a sua base ideológica.

O pensamento político de Rousseau funda-se na ideia do contrato social que


institui a vontade geral. Para Rousseau, quanto menos se relacionam a vontade
geral e as vontades particulares (que, segundo ele, são equivalentes à lei e aos
costumes, respectivamente) mais deverá aumentar o uso da força repressora.
Essa instituição da vontade geral na construção rousseauniana do contrato
social apresenta-se como ponto de partida para a democracia tornar-se uma
realidade. A oposição vontade geral/vontades particulares demonstra
simplesmente toda a dificuldade encontrada por Rousseau em fundamentar
filosoficamente sua concepção política democrática. Essa dificuldade cria
diversas possibilidades de interpretação da obra de Rousseau, mas uma coisa
é clara: sua intenção era dar fundamentação a uma concepção radical de
democracia. Entretanto, as noções utilizadas e a forma extremamente abstrata
de tratar do tema levou-o a algumas ambiguidades e tornou a intencionalidade
uma realização discutível e as inúmeras interpretações de seu pensamento,
algumas antagônicas, demonstram isso.
Consideramos que Rousseau expressa, fundamentalmente, uma preocupação
com a democracia fundamentada na proteção das pessoas e dos bens (e, nesse
sentido, se aproxima de Locke e seu liberalismo). Cabe ao povo instituir um
contrato que preserve as pessoas e os bens. Este contrato expressa a vontade
geral – o conceito fundamental utilizado por Rousseau – que às vezes se
contrapõe às vontades particulares e às vezes é seu complemento ou
fundamento. Essa “vontade geral” uma vez instituída pode ser considerada as
leis que regem a sociedade e cabe ao governo apenas executá-las. O governo,
nesse caso, apenas representa a vontade particular. Aí encontramos a defesa
da democracia como instrumento de defesa da vontade geral.
Esta “defesa” do “instrumento de defesa” tem como objetivo assegurar o contrato
social, apresentado como expressão da vontade geral que busca regularizar a
vida social com respeito aos bens e às pessoas. O compromisso democrático se
mantém graças ao contrato social e, devido a isto, se mantém as liberdades
individuais e a propriedade.
As vontades particulares, ao contrário do que se pode supor, não são negadas
pela vontade geral, mas estão, em parte, incluídas nela. A democracia instaura
a unidade entre vontade geral e vontades particulares, embora esta unidade
nunca seja total, e expressa o contrato social – a convenção das convenções –
e limitando o poder do Estado, pois a vontade geral é objeto do poder legislativo
que, na teoria de Rousseau, é uma atribuição do povo. Assim, embora próximo
ao liberalismo, a concepção política de Rousseau se diferencia do liberalismo
em alguns aspectos e assim inaugura uma nova concepção, a democrática, que
é um irmão gêmeo do liberalismo, mas mais generoso e ambíguo.
Já Montesquieu, em sua teoria constitucional, definiu três principais formas de
governo: republicano, monárquico e despótico.
Governos republicanos poderiam variar de acordo com a extensão dos direitos
de seus cidadãos, sendo dois os tipos mais característicos, as repúblicas
democráticas, nas quais cidadania é mais ampla, e as repúblicas aristocráticas,
nas quais a cidadania é restringida em algum medida. Em diferentes épocas,
regiões e estruturas sociais, as repúblicas variam entre estes dois polos. Os
regimes monárquicos por outro lado são, como o nome estabelece, regidas por
um monarca. Se existe um conjunto de leis que restringe a autoridade do
governante, o regime é considerado uma monarquia. Se não existe um conjunto
de leis restringindo a autoridade do governante, o regime é considerado
despótico.
Por trás de cada sistema político existe um princípio que direciona o
comportamento dos indivíduos que vivem sob aquele regime. Estes princípios
podem nos auxiliar a entender sob qual regime uma sociedade vive. Para os
regimes despóticos, o princípio é o medo do governante, na ausência deste um
regime despótico não perdurará, pois sem medo os indivíduos se levantarão
contra o governante. No caso das monarquias o amor pela honra é o princípio
que dirige o comportamento da sociedade. E no caso das repúblicas
democráticas este princípio é o amor à virtude. Uma sociedade na qual não
exista amor à virtude nunca será capaz de estabelecer uma república
democrática, da mesma forma que um regime monárquico não persistirá se não
houver amor à honra.
Montesquieu rejeitou a ideia de liberdade como autogoverno coletivo. Rejeitou
também a ideia de que liberdade significaria ausência de restrições. Para o autor,
estas duas posições são hostis à liberdade política. Ainda, a liberdade seria
possível, embora não garantida, apenas em sistemas monárquicos e repúblicas,
nunca em sistemas despóticos.
O modelo de liberdade política apresentada por Montesquieu, dependeria de
dois elementos:
1. A separação dos poderes
Mesmo em uma república, se não há separação de poderes, a liberdade não
pode ser garantida, pois a separação de poderes em diferentes esferas
independentes permite que um poder restrinja tentativas de outros poderes de
infringir a liberdade dos indivíduos.
2. Um conjunto apropriado de leis civis e criminais para garantir a segurança
pessoal
Liberdade de pensamento, expressão e associação, além da eliminação da
escravidão, seriam os elementos fundamentais deste conjunto. Montesquieu
incluía ainda, o direito a um julgamento justo, a presunção da inocência e a
proporcionalidade na severidade das penas.
Defendeu ainda que o clima tem influência na formação do espírito de um povo,
sua forma de agir e pensar acerca da sociedade e suas instituições. Este espírito
tornaria algumas sociedades mais propensas a um modelo de governo do que a
outros. Autores modernos como Phillip Parker e Louis Althusser chamaram
atenção para a influência do clima na economia e hábitos de um povo, o que
influencia em grande medida a estrutura de uma sociedade e suas instituições.

O século XVIII começou a nortear a ciência que a conhecemos hoje. Nessa época o
Iluminismo se encontrava no auge e se fundamentava na supremacia da razão,
levantando questionamentos sobre a real influência de Deus e sua existência. A partir
dessa época, se deu uma divisão da ciência, próximas as disciplinas que temos hoje: a
física, a matemática, as ciências naturais. Nesse período temos a influência de grandes
nomes da ciência como o de Newton, que recebeu uma campanha muito grande na
Grã-Bretanha para sua popularização. Os iluministas utilizaram sua imagem para
difundir a nova razão, e com a intenção de disseminar o conhecimento, surgem então,
as enciclopédias, dicionários, livros populares, por esse meio a informação seria rápida
e concisa, havendo também uma reforma na educação, o surgimento de conferências
populares, todas com um apelo sensorial e bem grandioso, sem muito aprofundamento
matemático, todo esse esforço era para que o conhecimento fosse rapidamente
popularizado.
Outro homem que teve importância para popularizar a imagem de Newton foi o
francês Voltaire, exilado em Londres conheceu os trabalhos de Newton, simpatizante
de suas ideias, escreve "Lettres philosophiques", que exaltava a superioridade de
Newton em relação a Descartes, também publica também "Élemens de la philosophie
de Neuton" primeiro livro de divulgação científica que foi traduzido em diversas línguas,
o que mais uma vez ajudava na popularização de Newton. Com a intenção de difundir
os pensamentos Newtonianos vários equívocos de sua obra foram ignorados. Um outro
livro que ficou muito famoso na Europa foi "Newton per le dame" escrito por Francesco
Algarotti.

O nascimento da química moderna ocorreu, de maneira gradual, no século XVIII.


Antes dessa época não existiam trabalhos que se assemelhavam ao que é feito
atualmente pela química (é errôneo afirmar que a alquimia seria uma pré-
química, pois esta não tinha como objetivo estudar as propriedades dos materiais
e elementos, no entanto ela foi bastante útil para o desenvolvimento de aparatos
e técnicas laboratoriais utilizadas até hoje).
Não houve um tempo cronológico na Alquimia, sabe-se que ela teve
grande contribuição de diversos povos, e foi difundida na Europa a partir do
contato com os povos árabes no período medieval. Os principais objetivos da
alquimia envolviam compreender os segredos da matéria, encontrar a cura de
todos os males, aprimorar o espírito, responder questões a cerca da eternidade
e obter a Pedra Filosofal.
Ainda no século XVIII, predominava a teoria do flogisto para explicar os
processos de combustão e calcinação, pela teoria o flogisto seria uma substância
imperceptível aos olhos, impossível de ser isolada, não podendo ser criada ou
destruída, e quando liberado da substância, o flogisto soltava fogo. Essa teoria
explicava grande parte dos processos químicos, mas não todos, logo novas
explicações começaram a surgir, algumas das teorias mais elaboradas estavam
relacionadas com o ar, que na época não era visto como uma mistura de gases,
de maneira gradual começaram a surgir novas teorias da composição do ar (por
exemplo: Joseph Black nomeou o ar fixo e Priestly nomeou o ar desflogisticado),
mas foi Antoine Lavoisier que conseguiu explicações mais concretas, além de
nomear o “ar vital” como “princípio oxigênio” e comprovar a formação de produtos
na combustão de gás inflamável (derrubando a teoria do flogisto) também fez
todo um processo de unificação da nomenclatura de compostos utilizados na
alquimia (muitos desses nomes mantidos até hoje) e junto com outros filósofos
naturais criou uma revista científica específica da química, surgindo desta o que
conhecemos hoje como “revisão por pares”, dessa forma Lavoisier, ao impor sua
nomenclatura, promoveu seu nome ao rol de cientistas da época.

A proeminência dos ideais iluministas, surgidos durante o século XVIII, concebeu


um conjunto de transformações que não se limitou ao universo letrado e burguês.
As diretrizes desse novo movimento também estabeleceram interessantes
transformações no interior de algumas monarquias absolutistas europeias. Era
o início de um movimento conhecido como despotismo esclarecido.

Sem abandonar as benesses do regime monárquico, os reis desses países


enxergavam a necessidade do domínio de alguns saberes considerados úteis na
tomada de decisões político-administrativas. O monarca deveria dominar os
princípios iluministas ou, no mínimo, estar assessorado por ministros que
conhecessem as mais importantes obras do pensamento filosófico e econômico
iluminista. Dessa forma, a razão ganhava espaço no cenário político europeu.
Apesar dessas modificações, o despotismo esclarecido vetava a ideia de se
restringir a autoridade monárquica. Os princípios democratizantes e liberais do
iluminismo eram postos para fora dos palácios reais. A principal meta desse
movimento de reforma política era a melhoria do funcionamento da máquina
burocrática. Dessa forma, o poder do Estado e o desenvolvimento da economia
nacional alcançariam resultados mais expressivos e eficientes
Um exemplo se deu na Prússia, um reino que fazia parte do Sacro-Império
Romano-Germânico e que utilizou do apoio à Reforma Protestante para anexar
terras da Igreja católica. Frederico Guilherme Hoherzollern de
Brandemburgo transformou a Prússia no principal dos Estados alemães
unificando os nobres, junkers, e fortalecendo a estrutura estatal através da
cobrança de tributos unificados em todo o território, estimulando o comércio e
criando um exército regular. Os esforços de seus sucessores Frederico I (1688-
1713), Frederico Guilherme I (1713-1740) e Frederico II (1740-1786) levaram a
Prússia a se tornar um dos principais Estados europeus, e a criar a estrutura
para a unificação alemã no século XIX. O rei Frederico II (1740 – 1786) foi
fortemente influenciado pelos ensinamentos de Voltaire. Durante seu reinado, os
castigos físicos foram banidos e as leis sofreram reformas. A educação básica
tornou-se obrigatória e todos os cultos religiosos foram permitidos. Em
contrapartida, as tradições feudais e a irrevogabilidade do poder monárquico
foram preservadas. Além disso, contrariando os princípios liberais do iluminismo,
adotou medidas econômicas de natureza protecionista.

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