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AVALIAÇÃO FUNCIONAL RESPIRATORIA

Reconhecer a importância da Anamnese


Obter capacidade para coletar a história da doença atual, pregressa, familiar e social.
Adquirir capacidade para realizar o Exame físico
• Inspeção estática;
• Inspeção dinâmica;
• Palpação;
• Ausculta pulmonar;
• Sons pulmonares (normais e anormais).
PASSOS DA AVALIAÇÃO
Anamnese: Conjunto de informações detalhadas como:
• IDENTIFICAÇÃO: Nome, sexo, data de nascimento, raça/cor, procedência e profissão.
• QUEIXA PRINCIPAL: Manifestação imediata do paciente;
• CONDIÇÕES SOCIOECONOMICAS: Condições do domicílio, presença de animais, local
onde dorme, grau de escolaridade, renda familiar e a rotina do paciente;
• HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HDA): Resume os problemas atuais do paciente,
incluindo informações clínicas relevantes (falar livremente):
• HISTÓRIA DA DOENÇA PREGRESSA (HDP): Resume uma lista completa de doença e
cirurgia a que o paciente foi submetido.
• HISTÓRIA FAMILIAR (HF): Inclui uma lista de qualquer doença grave por familiares
próximos do paciente;
• HISTÓRIA SOCIAL (HS): Relata a ocupação atual e passada do paciente. Também deve
conter hábitos de vida, como tabagismo e alcoolismo.
Exame físico: E uma avaliação objetiva do paciente que segue uma sequência lógica, a fim de
evitar que qualquer dado passe despercebido. O exame físico pode ser dividido em inspeção
estática e dinâmica, palpação e ausculta pulmonar.
➔ INSPEÇÃO ESTÁTICA
• E a fase de observação da aparência geral do paciente;
• Informações como o nível de consciência, sinais vitais, alterações osteoarticulares, da pele
dos músculos, e a presença de sintomas característicos, fornecem bons indícios quanto a
presença e a gravidade das doenças respiratórias.

A) NIVEL DE CONSIÊNCIA: A escala de coma de Glasgow é utilizada para avaliar o nível de


consciência dos pacientes que não recebem sedativos.
B) SINAIS VITAIS:
Frequência cardíaca (FC):
• 60 – 80 BPM (normal ou fisiologico);
• > 100 BPM (taquicardia);
• < 50 BPM (bradicardia).

Frequência respiratória (FR):


• 12 – 20 RPM (normal ou fisiológica);
• > 20 RPM (taquipneia);
• < 10 RPM (bradpneia).]

Temperatura T°:
• 36,5 °C (normal);
• > 40 °C (hipertermia);
• < 35 °C (hipotermia).

Saturação de oxigênio SpO2: 90%.

C) ALTERAÇÕES OSTEOARTICULARES: O ângulo de charpy é formado pelas últimas


costelas e é usado para definir a morfologia do tórax que também está relacionado com o
biotipo do paciente.

• NORMOLINEO: Ângulo igual a 90º;

• LONGILÍNEO: Ângulo menor que


90°;

• BREVELINEO: Ângulo maior que


90º.

OBSERVAÇÃO: Longilíneo e um ângulo menor, porem ele está mais distante do tórax,
parecendo assim ser um ângulo menor. E o brevelineo e o inverso do longilíneo.
TIPOS DE TORAX:
• PECTUS CARINATUM: Famoso peito de pombo, e quando tem uma proeminência anterior
anormal do esterno;
• PECTUS EXCAVATUM: Tórax em funil, e quando ocorre uma depressão no esterno;
• TÓRAX CIFOESCOLIOTICO: Anormalidade na curvatura da coluna torácica;
• TÓRAX EM ‘’BARRIL’’ OU ‘’TONEL’’: Característico de pacientes com DPOC;
• TÓRAX EM ‘’SINO’’: Parte inferior do tórax normalmente alargada.

D) PELE:
• CIANOSE CENTRAL: A cianose é a coloração azulada da pele decorrente de oxigenação
insuficiente do sangue. A cianose surge quando circula pela pele sangue sem oxigênio
(desoxigenado), que é mais azulado e menos vermelho.
• CIANOSE PERIFERICA: A cianose periférica é aquela em que apenas a pele apresenta
uma coloração azulada, permanecendo rosadas a língua e a mucosa oral. A causa mais
frequente de cianose periférica é a exposição ao frio, que provoca uma constrição da
circulação nos tecidos periféricos do nosso corpo (mãos e pés).

E) MUSCULOS:
• Observar o estado trófico do paciente;
• Observar as assimetrias no trofismo muscular, contração da musculatura durante a
respiração;
• As assimetrias musculares indicam alterações posturais de deformidades da coluna
vertebral que pode interferir na capacidade respiratória do individuo.

F) SINTOMAS:
• DISPNÉIA (‘’falta de ar’’, ‘’folego curto’ ’respiração difícil’, ‘cansaço’ ou incapacidade de
encher os pulmões.
• TOSSE (é classificada em aguda < 3 semas, subaguda 3 – 8 semanas e crônica > 8
semanas).
REATIVA: É aquela provocada por infecção. Pode ser viral. Em geral, e persistente;
DE CORPO ESTRANHO: É caracterizado por uma tosse mais intensa;
ALERGICA: Provocada, em geral, por ambientes empoeirados ou com mofo. Pode produzir
secreção e desencadear crises de asma.
SECA: Não produz secreção e é normalmente provocada por irritação na garganta ou na
traqueia. Também pode ser provocada por vírus ou alergia.
• EFICAZ;
• INEFICAZ;
• PRODUTIVA;
• IMPRODUTIVA.

ESCARRO: Secreções eliminadas pela boca, cuja composição do material proveniente do trato
respiratório inferior, boca e nasofaringe. Devem ser avaliados a quantidade (colher de sopa ou
copo), e o aspecto do escarro.

ASPECTO DO ESCARRO
SEROSO CLARO E COM POUCO MATERAL DA VIA AREA INFERIOR
MUCOIDE TRANSLÚCIDO OU ESBRANQUIÇADO
MUCOPURULEMTO OPACO E AMARELADO
PURULENTO ESPESSO E ESVERDEADO

HEMOPTISE: É o escarro com sangue proveniente das vias aéreas inferiores (VAI), não
importando o volume, podendo ser considerado estrias de sangue a hemorragia maciças. É
importante descartar sangramento nasal (epistaxi), da boca ou laringe, ou do trato digestivo
(hematêmese).
DOR TORÁCICA: A pleura parietal, traqueia, os brônquios de grosso calibre e outras estruturas
que compõe o tórax são capazes de levar a dor torácica quando estimuladas.

G) HIPOCRATISMO DIGITAL OU BAQUETEAMENTO DIGITAL: O conhecimento atual é de


que estas doenças causam vasodilatação na circulação distal que leva a hipertrofia do
tecido do leito lingual (da unha), e consequentemente leva ao formato típico.
➔ INSPEÇÃO DINÂMICA
A) FREQUENCIA RESPIRATORIA (FR): Deve ser aferida em repouso e em posição
confortável.

PADRÕES DINÂMICOS
PADRÕES RESPIRATORIOS ABDOMINAIS PREDOMINIO DE ELEVAÇÃO DO
OU DIAFRAGMATICO ABDOMEN EM RELAÇÃO AO TÓRAX

PADRÃO RESPIRATORIO MISTO NÃO HÁ PREDOMINIO DE ELEVAÇÃO

PADRÃO RESPIRATORIO PARADOXAL OU OCORRE ASSINCRONIA ENTRE OS 2


INVERTIDO COMPARTILHAMETO (CARACTERISCO NA
INSUFICIÊNCIA RESPIRATORIA).

B) TIRAGEM: O aumento do trabalho respiratório faz os músculos acessórios da respiração


se tornam mais ativos. A contração forçada dos músculos diafragmática é intercostal
externos e a participação dos músculos acessórios, escalenos e esternocleidomastóideos
causam uma grande queda na pressão intratorácica, provocando retrações intermitentes
da pele.

C) PALPAÇÃO: É realizada com a palma das mãos ou com a ponta dos dedos. Permite
avaliar a forma, temperatura, mobilidade, sensibilidade, expansão, vibração e
características da pele.

1- EXPANSIBILIDADE
• Lobo superior;
• Lobo médio;
• Lobo inferior.
2- PERCUSSÃO TORÁCICA: São percussões capazes de transmitir vibrações que se
transmitem aos órgãos e tecidos subjacentes, capazes de produzir um som. A técnica
correta é apoiar o 3º dedo da mão esquerda a parede torácica, a partir da falange distal
e paralelamente as costas.

SOM CAUSA
SOM PULMONAR CLARO TÓRAX NORMAL
SOM RESSONANTE HIPERINSUFLAÇÃO PULMONAR
(HIPERSONORIDADE) (DPOC)
SOM TIMPÂNICO PNEUMOTÓRAX
SOM SUBMACIÇO PNEUMINIA
SOM MACIÇO DERRAME PLEURAL

D) AUSCULTA PULMONAR: É um termo usado para descrever a detecção de ruídos normais


e anormais gerados dentro das vias respiratórias e dos tecidos pulmonares.

E) SONS NORMAIS:
• MURMÚRIO BRÔNQUICO: É a ausculta da região anterior do pescoço. Representa a
passagem de ar pela faringe, laringe e traqueia;
• MURMURIO VESICULAR: É o fluxo de ar que se descola as vias aéreas mais inferiores;
• MURMURIO BRONCOVESICULAR: Audível nas regiões mais apicais do pulmão.

SONS ANORMAIS:
• RONCO / RUDE: Presença de secreção em grande e médio calibre, som presente nas
inspirações e expiração;
• SIBILO: Secreção nos bronquíolos, som nos bronquíolos presente na inspiração e
expiração;
• CREPTAÇÕES GROSSAS: Estreitamento dos brônquios proximais durante a expiração
por um aumento anormal da complacência pulmonar;
• CREPTAÇÕES FINAS: Estreitamento dos brônquios distais, produzido devido a abertura
súbita dessas vias aéreas no final da fase inspiratória;
• ATRITO PEURAL: Causado pelo atrito dos 2 folhetos pleurais inflamados.

OBS: A avaliação termina com a avaliação de exames como por exemplo: RX, TC,
HEMOGRAMA....

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