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FARMACÊUTICA
AULA 3– ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DOS
FÁRMACOS
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ESCOLHA DO ALVO DO FÁRMACO
• Definir se o alvo é um enzima, ou ácido nucleico ou um
receptor e depois desenhar uma molécula para o
receptor ou o inibidor para a proteína.
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DESCOBERTA DOS SÍTIOS ALVOS DAS DROGAS
• No passado, a descoberta dos sítios alvos era feita depois de saber qual é
que era o fármaco eficaz. Hoje em dia isto não acontece;
Ex1: Enzimas descobertas recentemente como as caspases, tornaram-se alvo.
Caspases são responsáveis pela hidrólise de proteínas (envolvidas na
reparação e regulação do ciclo celular) celulares e têm um a papel
importante na inflamação e na morte das células. Agentes que promovem
a atividade destas enzimas podem ser importantes no tratamento do
cancro, doenças autoimunes e infecções virais. Agentes que as inibem são
importantes nas doenças degenerativas e após enfartes.
Ex2: Escolher o alvo especifico para a espécie: Ex: parede celular nas bactérias
(penicilina); flagelo no protozoário que causa a doença do sono; enzimas
são estruturalmente diferentes no homem e nos micróbios.
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IDENTIFICAR OS BIOENSAIOS
• Escolher o melhor teste: deve ser simples, rápido e permite tirar
conclusões, dado que elevado número de compostos vão ser analisados.
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TESTES IN VIVO
• Há que induzir a doença no animal de modo produzir sintomas observáveis.
Esse animal é depois tratado com o fármaco em estudo com o objectivo de
aliviar os sintomas;
• Nos animais transgénicos usados nestes testes parte dos seus genes são
substituídos por genes humanos. São normalmente ratos. Estes ganham a
capacidade de sintetizar o receptor ou o enzima ou alternativamente pode
tornar-se susceptível a uma doença particular (ex: cancro do mama). Os
fármacos são então testados.
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DESVANTAGENS DOS TESTES IN VIVO
1. É lento e causa sofrimento do animal;
2. Problemas de farmacocinética
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VALIDADE DOS TESTES
• Por vezes é clara e inequívoca;
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USO DO RMN
• Pequenas moléculas têm um tempo de relaxamento longo enquanto
as grandes moléculas como as proteínas têm um tempo de
relaxamento pequeno;
• Procedimento envolve primeiro fazer o RMN do fármaco, depois a
proteína é adicionada e faz o espectro novamente de tal modo que
os sinais da proteína não é detectado. Se o fármaco não se ligar à
proteína então o seu RMN é detectado. Se o fármaco se ligar à
proteína não é possível detecta-lo.
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VANTAGENS NO USO DE RMN
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DESCOBERTA DO COMPOSTO CONDUTOR
É o composto que tem a atividade farmacológica desejada. Existem várias
formas de o descobrir:
1. Por pesquisa na natureza
2. Medicina tradicional
3. Por pesquisa nas bases de dados de compostos sintetizados
4. Farmacos existentes
5. Utilizando como modelo um ligando natural ou modulador
6. Síntese combinatorial
7. Design de substâncias pelo computador
8. Por acaso
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POR PESQUISA NA NATUREZA
• Normalmente os produtos naturais têm uma estrutura complexa e
muitas vezes completamente nova. É difícil de sintetizar sendo
necessário a sua extracção a partir da fonte natural - o processo é lento
e caro. É vantajoso a síntese de análogos mais simples.
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COMPOSTOS CONDUTORES
EXTRAÍDOS DAS PLANTAS
◻ Temos vários: morfina, cocaína, digitálicos, quinina, tubocurarina, nicotina,
muscarina, etc. Alguns são usados como fármacos (morfina e quinina) enquanto
outros são usados como base para a síntese de outros fármacos (anestésicos
locais). Recentemente temos o taxol (anti-cancerigeno) extraído árvore de teixo e
a artemisinina (anti-malária) a partir da uma planta chinesa.
Tax
ol
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COMPOSTOS SINTETIZADOS
POR BACTÉRIAS E FUNGOS
❑ São normalmente utilizados como antibióticos.
❑ Excepção para
❑ Asperlicina isolado do Aspergillus alliaceus
que é antagonista da hormona péptida
chamada a colecistoquinina que está
envolvida no controle do apetite. Esta
hormona actua como neurotransmissor no
cérebro e parece estar envolvida nos ataques
de pânico.
❑ Levostatina faz baixar o colesterol
❑ Ciclosporina é usado como supressor da
resposta imunitária a quando dos
transplantes.
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COMPOSTOS DO MUNDO MARÍTIMO
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COMPOSTOS DE ORIGEM ANIMAL
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• Isolamento e purificação do composto
– A partir da natureza ou da síntese;
• Determinação da estrutura
– O uso dos diferentes tipos de RMN, o infravermelho, a
espectrometria de massa e cristalografia por raio-X permite
chegar até à estrutura inequívoca do composto
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RELAÇÃO ESTRUTURA-ATIVIDADE
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• Farmacoforo: são os grupos funcionais que são importantes para a sua
atividade biológica.
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TESTES DE TOXICIDADE
– Ex: antifungico UK47 265 que apesar de ser muito promissor revelou
ser toxico para o fígado e potencialmente teratogénico. Mais tarde
descobre-se a fluconazole.
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TESTES CLÍNICOS
• são feitos por médicos durante anos em voluntários e doentes. Envolve 4
fases:
– I Fase: feito em voluntarios saudáveis. Serve para verificar a
potencia, farmacocinética e os efeitos secundários.
– II Fase: testada num pequeno número de doentes para saber se o
farmaco tem efeito e que dose deve ser usada.
– III Fase: testada num maior número de pacientes. É feito em paralelo
um ensaio em branco com um placebo. Nem os medicos nem os
pacientes sabem a quem foi administrado o placebo ou o farmaco.
– IV Fase: O medicamento é colocado no mercado, mas a sua
monitorização continua. Ex: Acido tienilico usado como diuretico,
devido a causar problemas no fígado.; fenilbutazone agente
anti-inflamatorio causa morte de origem desconhecida.
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⚫ 4 – Etapa de testes pré-clínicos e clínicos: testes realizados com
as preparações das substâncias para determinar o efeito
farmacológico, a eficácia, a segurança, os efeitos colaterais e
reações adversas, determinar a dosagem, aprovação dos órgãos
competentes e monitoramento do fármaco a longo prazo.
Testes pré-clínicos
Anos 3,5
Estudos em laboratório e em
População testada
animais
Quantidade de
5.000 compostos avaliados
substâncias
Triagem Clínica (2)
Total
Anos 1 2 3 2,5
: 12
Popula- 20 a 80 100 a 300 1000 a 3000
ção voluntários pacientes pacientes
Revisão
testada sadios voluntários voluntários
do
Verificar
processo Testes adicionais
Avaliar a eficácia e
Determinar eficácia e monitorar pós-comercia-liz
Objetivo segurança verificar reações ação,
Aprova- requeri-dos pelo
e dosagem efeitos adversas
ção FDA
colaterais devido a uso
prolongado
Quanti-d
ade de
5 1 aprov.
substân-c
ias
PATENTE
S
• Permite à industria que fabricou e descobriu o
medicamento a sua comercialização exclusiva durante
uma serie de anos (cerca de 20 anos). 6-10 anos da
patente são perdidos nos testes do farmaco, testes
clínicos e burocracia envolvida na sua provação. Cobrem
o produto, uso medico, a sua síntese.
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