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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 2220582-81.2015.8.26.0000 e código 1E0479A.
foi protocolado em 17/10/2015 às 01:49, é cópia do original assinado digitalmente por EDEVALDO DE OLIVEIRA.
EDEVALDO DE OLIVEIRA, advogado inscrito na
Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Distrito Federal, sob nº o nº 35.330, e
Seção São Paulo, sob o nº 328.910 – S, com escritório na Rua São Vicente de
Paula, 255, Centro, Atibaia/SP, CEP 12940-550, endereço eletrônico:
contato@oliveiraeadvogados.adv.br, vem, com axiomático respeito perante
Vossa Excelência, impetrar ordem de
HABEAS CORPUS
com pedido de LIMINAR
com fulcro no artigo 1º, inciso III, e artigo 5º, incisos XXXIV, “a”, XXXV, LIV, LV,
LVII, LXV, LXVI, LXVIII, todos da Lex Fundamentalis Nacionalis, e com
fundamento nos artigos 647 e 648, inciso I, do Diploma Adjetivo Penal, em
favor de OSVALDO BORGES DOS SANTOS NETO, motorista, casado, portador da
cédula de identidade sob o nº 46.346.924/SP, residente e domiciliado à Rua
Gercey Zanetti, 370, Parque da Represa, Paulínia/SP, atualmente recolhido no
Centro de Detenção Provisória de Piracicaba, visando colocar fim a
constrangimento ilegal que lhe impôs o Eminente JUIZ DE DIREITO DA VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE CORDEIRÓPOLIS/SP – processo nº 0002065-
93.2015.8.26.0146, consubstanciada nas quaestiones facti e iuris a seguir
escandidas.
Fonte: http://www.conjur.com.br/2015-abr-28/judiciario-vive-inversao-ordem-natural-marco-
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para prender, prende-se para apurar, diz Marco Aurélio. Consultor Jurídico, 28.04.2015.
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fls. 2
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No interior do imóvel houve o encontro de placas
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com numerações diferentes, vários pedaços de chassi de caminhões e uma
série de objetos utilizados em veículos pesados.
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no art. 180, caput, por duas vezes, no art. 311, caput, por duas vezes, no art.
297, caput, e no art. 307, tudo do Diploma Repressivo, tudo em concurso
material.
DO DIREITO
Textual:
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Egrégio Superior Tribunal de Justiça: pacífico o entendimento no
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Superior Tribunal de Justiça de que nem sempre as circunstâncias da
primariedade, bons antecedentes e residência fixa são motivos a obstar
a decretação da excepcional medida, se presentes os pressupostos
para tanto. O clamor público, no caso, comprova-se pela repulsa
profunda gerada no meio social? (RHC 2660-8 relator Anselmo
Santiago DJU de 06.03.95, pág. 4.386). ?Estando o decreto de prisão
preventiva devidamente fundamentado, com precisa indicação da
necessidade de custódia como garantia da ordem pública, é descabida
a sua revogação sob o argumento de ser o réu primário e sem registro
de maus antecedentes. A garantia da ordem pública situa-se,
precipuamente, na salvaguarda do meio social, violentado pela
gravidade do crime e pela periculosidade de seus agentes (RHC 4473-0
relator Vicente Leal DJU 29.05.95, pág. 15.560). A periculosidade do
réu evidenciada pelas circunstâncias em que o crime foi cometido, se
presta para motivar a necessidade de segregação provisória como
garantia da ordem pública (RHC 583/SP relator Costa Leite julgado aos
27.08.90). Mais, o homem é um ser social e como tal necessita
conviver com seus semelhantes, para o que se faz mister o
estabelecimento e a obediência a certas regras, que traçam os limites
da liberdade individual e fixam os valores coletivos a serem por todos
respeitados. Algumas dessas normas, de natureza proibitiva, são tidas
como de importância vital para a sociedade, a ponto do desestímulo a
sua prática (aspecto preventivo) e da proteção contra sua reiteração
(óptica repressiva) serem alcançados com a previsão de pena restritiva
da liberdade ao desobediente. Não se desconhece que a prisão não
deva ser a regra, mas a exceção. O ser humano nasceu livre e a
liberdade é um dos mais preciosos de seus bens. Por isso, a perda
desse relevante direito, sempre que possível, é reservada para após o
processo acusatório (com as garantias que lhe são próprias, como a
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mesmo ante a necessidade de evitar o erro judiciário, mormente na
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aplicação da norma que impõe a pena privativa da liberdade, há
situações que autorizam a antecipação da prisão (ora de natureza
processual), como meio necessário à proteção da sociedade contra
novas lesões (prisões preventiva e temporária), ou porque a evidência
da autoria de crime grave (gravidade concreta, não abstrata) é tão forte
que a liberdade resta incompreensível, verdadeiro afronto à lei
material, desacreditando-a, estimulando o descumprimento da diretriz
emanada de seu preceito primário e, até mesmo, caracterizando
desobediência ao seu preceito secundário. É o que sucede na hipótese
da prisão em flagrante, que tem amparo constitucional, assim como a
presunção de inocência. Havendo a prisão em flagrante por crime
grave, a captura enseja a custódia e esta haverá de ser substituída pela
liberdade provisória se esse fato não caracterizar afronta manifesta à
norma estabelecida pela sociedade para assegurar sua própria
sobrevivência. A presunção de inocência evita a prisão desmotivada,
decorrente de mera desconfiança, mas não deve obstar a custódia
lastreada em fundada suspeita, sob pena de ser prejudicial à
sociedade. Aliás, há nos dias atuais uma preocupação constante com o
tempo do processo, havendo necessidade da tutela jurisdicional ser
eficazmente prestada, o que não se obtém com a prisão tardia. Por isso
já se decidiu que a excessiva demora na aplicação da lei penal importa
em negação ao princípio da duração razoável do processo, inserido na
Constituição Federal com a Emenda nº 45/04? (Habeas corpus nº
976.847-3/9). Em outras palavras, no âmbito do direito penal a
duração razoável do processo, que serve primordialmente ao direito
individual, também ampara a sociedade para garantir a efetiva
realização da Justiça. Aliás, não é nova a preocupação com a tardia
prestação jurisdicional: a justiça atrasada não é justiça, senão injustiça,
qualificada e manifesta. Porque a dilação ilegal nas mãos do julgador
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O paciente não tem mácula criminal anterior ao
processo que se discute, podendo afirmar que não está a se falar de um
criminoso contumaz, ao contrário, vê-se, sem lente de aumento, que o culto
representante do Ministério Público, em razão de uma apuração preliminar
onde se coloca todos no mesmo “balaio”, acaba açodadamente asseverando
na porfia acusatória, crimes que o paciente teria cometido.
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foi protocolado em 17/10/2015 às 01:49, é cópia do original assinado digitalmente por EDEVALDO DE OLIVEIRA.
imperioso explicitar que ao visualizar o Relatório da i. Autoridade Policial vê-se
uma “pitada” de exagero, principalmente quando é asseverado a existência de
vários crimes praticados pelo paciente, sendo que o zeloso Promotor de Justiça,
açodadamente, percorre pela mesma trilha, olvidando-se que na instrução
criminal comprovar-se-á o exagero desenhado nas acusações até o presente
momento, porquanto no processo penal é de fundamental rigor que tudo seja
devidamente comprovado de forma concreta, e jamais por hipóteses e ilações.
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CARVALHO, Amilton Bueno de, Eles, os Juízes Criminais, Vistos por Nós, os Juízes Criminais, ed. Lumen Juris,
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elemento ensejador de sua necessidade demonstrado à fartura, devidamente
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comprovado.
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GOMES FILHO, Antonio Magalhães. Presunção de inocência e prisão cautelar. São Paulo: Saraiva, 1991, p.
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