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Aula do dia 19/10/2020

UA7 e UA8 – Tipos/Espécies de Democracia

 Democracia clássica: democracia na Grécia antiga.


o Origem da palavra: “demo” (povo) + “kratia”/
“cracia” (governo/poder)  GOVERNO DO
POVO.
o Ideia/ideal de democracia surge entre os
filósofos gregos, com o escopo de designar uma
orientação/ordem política em Atenas.
o Em Atenas, a política se exercia pela
democracia direta (era aquela em que TODOS
os cidadãos participavam das decisões, sem
discriminação)  onde? Praça pública  ágora.
 Quem não era? Mulheres, crianças,
escravos, estrangeiros, idosos...
 Quem era: homens, livres, filhos de gregos,
nascidos em território grego, preparação.
o Conforme os filósofos gregos, existiam
somente três tipos de governo:
 Monarquia: governo de uma só pessoa;
 Aristocracia: governo de um grupo de
pessoas;
 Democracia: governo de todos os
cidadãos.
o Formas governo (mon./rep.) + sistemas de gov.
(pres./parl.)  Classificação moderna.
o E hoje, não temos mais a democracia direta,
exclusivamente. A nossa democracia é
considerada, em grande parte, indireta.
o Indireta: representativa  são escolhidos
representantes e estes tomam as decisões
políticas.
o A democracia representativa, para funcionar,
precisa cumprir com 2 requisitos primordiais: a)
precisa-se de um sistema eleitoral confiável; b)
representantes confiáveis.
o Neste modelo se busca a liberdade individual,
ao mesmo tempo em que se preza pela
igualdade de condições ($, cultural, política)...
o Requisito primordial: todos os cidadãos devem
ter CONDIÇÕES de participarem da vida política.
o Hoje, no Brasil, cidadão é quem tenha NAC.
BRASILEIRA + GOZO DIR. POLÍTICOS (cap.
eleitoral ativa (escolher/votar); cap. eleitoral
passiva (escolhido/elegibilidade).  Cidadão
em sentido estrito.
 Cidadãos em sentido amplo: só a
nacionalidade brasileira (direitos políticos
suspensos).
o No BRASIL, temos tanto a democracia direta
quanto a indireta, ao mesmo tempo:
DEMOCRACIA SEMIDIRETA OU
SEMIPARTICIPATIVA.
 Representantes exercem o poder no
Estado (escolha, gestão, leis...)
 Povo diretamente exerce o poder no
Estado (instrumentos de exercício da
democracia direta: plebiscito, referendo e
iniciativa popular.
 Arts. 1º, par. único; 14; 61 e § 2º, CF/88.
 Plebis + scitœ
 Próx. Aula: democracia
deliberativa/participativa

Aula do dia 26/10/2020

 Democracia deliberativa/participativa: Jürgen


Habermas (filósofo alemão): propõe um modelo
político em que o Estado se oponha ao ideal do
liberalismo clássico, ou seja, o Estado, se
corresponder à vontade legítima do povo, será
legítimo para tomar as decisões políticas e
efetivamente agir.
o Participação: democracia deliberativa +
ativismo da população: participação do povo se
dá através dos órgãos ou funções tipicamente
do Estado ou de outros meios de participação
dos cidadãos: ONGs; movimento sociais;
sindicatos; associações... Agir e aumentar a
legitimidade do povo no sistema democrático.
Isso permite que o povo participe diretamente
da discussão de questões que sejam do seu
interesse.  DESCENTRALIZAÇÃO DA TOMADA
DE DECISÕES por parte do ESTADO  Incentiva
a participação popular.

Federalismo

 Embora muitas pessoas atribuam a James Madison,


Alexander Hamilton e John Jay o surgimento do
federalismo nos EUA, não se deu exclusivamente
pelo trabalho destes; existem historiadores e
professores que notaram um registro similar mais
antigo.
 Século XVII, quando do início da história dos EUA
(revoltas, os peregrinos ingleses imigrando para a
América...)  XVIII efetivamente, se inicia o modelo
dos EUA.
 O modelo adotado pelos EUA não se estruturou
sobre bases históricas (não havia outros países
paradigmáticos quanto ao modelo que eles
acabaram de adotar).
 História dos EUA: 13 colônias. Estavam sob o mando
da Inglaterra. Tinham liberdade
econômica/comercial entre si e, de certa forma, uma
liberdade com outros países. Inglaterra, com medo
de independência das colônias, isolou-as dos outros
países, dificultando os negócios e as relações
internas. Tal proibição fortificou a ideia da
independência em relação à Inglaterra.
 As 13 Colônias, portanto, adotaram um modelo
CONFEDERADO (os entes que compõem a
confederação não perdem a sua autonomia/
soberania enquanto compuserem a confederação).
Se a confederação acabar, cada país continua sendo
o que sempre foi (antes da confederação). Embora
exista um governo central, os membros da
confederação mantêm suas autonomias legislativa,
política, judicial...
 A Federação surge como uma proposta de união
mais efetiva entre os Estados  Pais do federalismo
propuseram uma união forte e incindível (pacto
federativo)  Estados-membros abrissem mão de
um pedaço de suas autonomias  Seriam cedidos a
um ente centralizador: União.
 União: faz gestão e presta auxílio aos Estados-
membros da federação.
 O que os federalistas queriam era o poder pela
união. Queriam construir uma forma de Estado que
fosse forte o suficiente para acabar de vez com a
confederação e trazer paz, união e prosperidade aos
Estados-membros.
 Tipos/modelos de federação:
o Modelo de Federação DUAL (dualista): É o
modelo dos EUA. Existe uma certa separação
entre os Estados-membros e a União (entre
centralizador). Os Estados-membros têm mais
autonomia. Ex.: autonomia legislativa, política,
judiciária... Por isso, nos EUA, cada Estado tem a
sua lei penal, civil, poder judiciário, regras de
trânsito próprias, formas de eleição...
o Modelo de Federação por COOPERAÇÃO
(cooperativista): É o modelo do Brasil. Os
Estados-membros não estão tão
distantes/separados da União, inclusive
guardam certa relação de dependência quanto
à União. Os Estados-membros não têm tanta
autonomia quanto no modelo anterior. Ex.: art.
22, I, CF/88. Repasses tributários.
Partidos Políticos

 Para que as pessoas (cidadãos) possam exercer o


princípio democrático, é necessário que exista uma
organização mínima de ideias, planos, metas,
ideologias...
 Para exercer a soberania popular, é necessário que
haja uma evolução dentro do Estado, no sentido de
permitir às novas ideias um espaço no governo.
 A fim de que o povo participe do governo, são
criados os PARTIDOS POLÍTICOS (agremiações
políticas). Num partido existe a reunião de pessoas
que tenha interesses, ideias, metas, projetos e
ideologias comuns.
o Bipartidarismo: situação/oposição;
o Pluripartidarismo: situação/demais partidos 
não estão no poder, mas que se coordenam
para alcançarem ou geriram o poder
(coligações).
 Ex.: pessoas preocupadas com a situação da saúde
pública se reúnem e criam o Partido da Saúde
(Parsa). Obs.: existem regras para criação dos
partidos políticos.
 A cada ideologia nova dentro do Estado, deveria
existir um partido político correspondente.
 Os sistemas de Partidos Políticos (Sahid Maluf):
o Democrático;
 A sistemática partidária democrática é a
mais utilizada no mundo; assemelha ao
próprio conceito da democracia em si.
Admite-se a existência de vários partidos
políticos, além de várias ideologias
políticas, que abarcam todos os grupos
sociais e políticos no Estado.
o Marxista;
 A sistemática partidária marxista,
desenvolvida por Vladimir Lênin e Josef
Stálin, dispõe aos partidos políticos um
caráter precário e transitório. Para eles,
existe a necessidade de partidos políticos
enquanto a sociedade ainda “não evoluiu
para um estágio superior na doutrina
comunista”.
o Fascista;
 Já a sistemática partidária fascista traz a
acepção de um Estado unipartidário. No
fascismo existe o entrelaçamento entre o
partido fascista e o próprio Estado, numa
simbiose política e social.

LEITURA COMPLEMENTAR:

Os Partidos Políticos
Superado os formalismos de organização institucional do Estado, a democracia
se estende em todos os aspectos da vida política moderna. Enraizada nas Constituições
dos países, este ideário principiológico de atuação prática dá ao povo a titularidade do
poder político, pautado na soberania popular. Isso se dá porque a evolução das
sociedades políticas humanas foi uma digressão histórica contra a tirania e a
arbitrariedade dos governantes.
Neste passo, um mecanismo utilizado para a participação do povo no trato
público, bem como para os procedimentos de escolha dos representantes populares, é
a criação de partidos políticos. Assim, para Sahid Maluf 1:
Efetivamente, os partidos políticos são peças necessárias, senão mesmo as
vigas mestras do travejamento político e jurídico do Estado democrático. Aliás, é
generalizado o conceito simplista de democracia representativa como Estado de
Partidos, ilustrando-se a ideia de que se não pode conceber esse sistema de governo
sem a pluralidade de partidos políticos, isto é, sem a técnica do pluripartidarismo.
(MALUF, 2013, p. 343).

Verifica-se, cristalinamente, que os partidos são os meios pelos quais o


processo eletivo e representativo da soberania popular se concretiza. Com o pleito
eleitoral, a partir de agremiações políticas, os seguimentos da sociedade se coadunam
politicamente, cada qual com sua respectiva ideologia, para concorrerem aos cargos
políticos do Estado.
Nos países modernos, a existência de vários partidos enseja à efetivação da
democracia. Isso significa dizer que o pluripartidarismo é um sistema que não exclui ou
impede a formação de agremiação para fins políticos, aceitando, via de regra, toda
ideologia política. Desse modo, o alcance da representatividade popular é muito
maior, efetivando a democracia.

MULTIMÍDIA
Vamos navegar pelo vídeo abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=VFcSF9pC5t8

1 MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. 31ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

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