Você está na página 1de 64

Atomística

Maharishi Kanad (Índia 600 a.C.)


• Tudo pode ser dividido;
• Com o tempo a divisão cria um parmanu, que são as menores
unidades;
• Parnamu é indivisível, portanto nada é divisível para sempre;
• Parnamu é eterno e indestrutível;
• É a base para toda a existência material;
• Parnamu possui identidade única e propriedade específica;
• É invisível a olho nú;
• Existem diferentes tipos, podendo ser combinados de
diferentes formas;
• Pode ter dois estados – movimento, ou repouso absoluto.
Tales de Mileto (Grécia 450 a.C.)

• Atritando um a resina vegetal (âmbar)


contra a lã de um tecido de couro
observou que a resina atraía os pêlos da
lã, em virtude da eletrização por atrito.
• Esse experimento evidenciou a presença
de cargas na matéria.
• Do grego, âmbar = elektron.
Leucipo e Demócrito
(Grécia 400 a.C.)

Há um limite de divisibilidade
e denominaram de átomo (A
= sem e TOMO = divisão) essa
menor partícula constituinte
dos vários materiais
formadores do universo.
Aristóteles (Grécia 300 a.C.)
Propôs a existência de
uma espécie de
elemento celeste
primordial, o “éter”, e a
cada um dos quatro
elementos terrestres
atribuiu um par de
“qualidades” opostas ou
contrárias (úmido versus
seco; quente versus
frio).
Alquimia (100 d.C. a 1700 d.C.)
Partia de princípios místicos, filosóficos e metafísicos. Possuía como meta transformar metais menos
nobres em ouro, (transmutação) desenvolver uma substância que fosse capaz de curar todos os males e
prolongar o tempo de vida do
homem (elixir da longa vida) , ambos
poderiam ser alcançados se os alquimistas
obtivessem a “pedra filosofal”.
Jhon Dalton (Inglaterra,1808)

Cada átomo é uma partícula


extremamente pequena, maciça,
indivisível e eletricamente neutra.
John Dalton
• 1. Os elementos são compostos de partículas extremamente pequenas
chamadas átomos.
• 2. Todos os átomos do mesmo elemento são idênticos, têm o mesmo
tamanho, massa e propriedades químicas Os átomos de um elemento são
diferentes dos átomos de todos os outros elementos.
• 3. Os compostos são formados por átomos de mais de um elemento. Em
qualquer composto, a razão do número de átomos entre dois dos
elementos presentes é sempre um número inteiro ou uma fração simples.
• 4. Uma reação química envolve apenas a separação, combinação ou
rearranjo dos átomos; Nunca envolve a criação ou destruição deles.
Modelo atômico de Dalton
Dalton - Outras contribuições

Simbologia proposta por Dalton


Joseph John Thomson (Inglaterra, 1897)
Tubo de raios catódicos (Heinrich Geissler, 1854)
Ampola de Crookes (William Crookes, 1875)
Modelo Atômico de Thomson
•O átomo é uma esfera, mas não maciça.
•O átomo apresenta elétrons, que possuem cargas negativas,
logo, deve apresentar partículas positivas para que a carga final
seja nula;
•Os elétrons não estão fixos no átomo, podendo ser transferidos
para outro átomo em determinadas condições;
•O átomo pode ser considerado como um fluido contínuo de
cargas positivas onde estão distribuídos os elétrons, que
possuem carga negativa;
•Os elétrons estão uniformemente distribuídos na esfera.
Modelo atômico de Thomson
• eletrização por atrito, entendendo-se que o atrito separava cargas elétricas (parte das
positivas em um corpo e igual parte das negativas em outro, como no caso do bastão
atritado com tecido);

• corrente elétrica, vista como um fluxo de elétrons;

• formação de íons negativos ou positivos, conforme tivessem, respectivamente,


excesso ou falta de elétrons;

• descargas elétricas em gases, quando os elétrons são arrancados de seus átomos


(como na ampola de Crookes).
Radioatividade (França, 1896-1898)

Antoine Henri Becquerel Marie Curie (Polônio e Rádio) Pierre Curie (Polônio e Rádio)
(Urânio)
Ernest Rutherford (Inglaterra, 1910)

Radiações α seriam formadas por partículas positivas


(pois são atraídas pelo pólo negativo) e mais pesadas
(pois desviam menos); as partículas β seriam
partículas negativas e mais leves, e as radiações γ
não teriam massa (o que só foi explicado mais tarde).
Experimento de Rutherford
Modelo atômico de Rutherford
Modelo atômico de Rutherford
a) O átomo possui um núcleo

Uma região central do átomo que apresenta:


•partículas positivas (os prótons);
•baixo volume;
•maior massa;
•maior densidade do átomo.

b) O átomo possui eletrosferas

Regiões do átomo que apresentam:


•imensos espaços vazios entre si;
•partículas de natureza negativa (os elétrons).
Max Planck, (Alemanha, 1900)
Sugere que as ondas eletromagnéticas
propagam-se na forma de feixes descontínuos,
em pequenas porções ou pacotes de energia,
os quais denominou de “quantum”.
Niels Bohr (Inglaterra, 1913)
Propôs um aperfeiçoamento do modelo de
Rutherford, baseado nos conhecimentos e conceitos
da teoria Quântica e com sustentação experimental
em eletroscopia.
Modelo atômico de Rutherford- Bohr
1) Os elétrons descrevem trajetórias circulares e
definidas, ao redor do núcleo chamadas níveis
ou camadas.

2) Cada nível possui um valor definido de energia

3) quando um elétron passa a um nível superior


absorve energia e retornando ao nível original
emite energia na forma de um quantum ou fóton.
Níveis de energia (Camadas)
Arnold Sommerfeld (Inglaterra, 1916)
Propôs que os níveis de
energia(camadas)
estariam subdivididos em
regiões menores
denominadas subníveis
de energia.
Os subníveis foram
chamados de: (s, p, d, f )
a partir dos nomes
técnicos da espectografia
–Sharp, Principal, Difuse
e Fundamental.
Sommerfeld concluiu que os elétrons de um mesmo
nível, ocupam órbitas de trajetórias diferentes (circulares
ou elípticas).
Subíveis de energia (s,p,d,f)
Subíveis de energia (s,p,d,f)
Werner Heisenberg (Alemanha,1927)
Demonstrou,
matematicamente, que é
impossível determinar,
ao mesmo tempo a
posição, a velocidade e a
trajetória
dos elétrons (Princípio da Incerteza), sendo
importante caracterizá-los pela sua energia,
já que não é possível estabelecer órbitas
definidas.
Erwin Schrödinger (Àustria,1927)
Valendo-se do comportamento ondulatório do elétron,
estabeleceu complexas equações matemáticas que
permitiam determinar a energia e as regiões de
probabilidade de encontrar os elétrons (orbitais e não
órbitas definidas).
Modelo de orbitais
O estudo detalhado da energia emitida pelos elétrons, quando excitados (espectros
) levou vários cientistas da época (1925 – 1929) a observar que os elétrons ocupam
níveis e subníveis de energia, sendo os níveis identificados por K, L, M, N, O, P, Q, …
e os subníveis subníveis por s, p, d, f,… os quais tem sua origem na espectroscopia:
Modelo de orbitais (s)
Modelo de orbitais (p)
Modelo de orbitais (d)
Modelo de orbitais (f)
Modelo de orbitais
James Chadwick (Inglaterra, 1932)
Provou que, no núcleo
não existiam somente
cargas elétricas
positivas, mas
também, partículas
com carga neutra que
de certa forma isolam
os prótons, evitando
repulsões, e por isso
foram denominados
de nêutrons.
Resumindo...
As Partículas Fundamentais da Matéria: Prótons, Elétrons e Nêutrons.

• Prótons: são partículas positivas,


com massa considerável
representadas por: p+
• Elétrons: são partículas negativas,
com massa desprezível,
representadas por: e-
• Nêutrons: são partículas neutras,
ou seja, não apresentam carga
positiva ou negativa, porém com
massa considerável e são
representadas por: n
Evolução
CRONOLOGIA
• 450 a.C. – Leucipo: A matéria pode se dividir em partículas cada vez menores.
• 400 a.C. – Demócrito: Denominação átomo para a menor partícula de matéria. Considerado o pai do
atomismo grego.
• 60 a.C. – Lucrécio: Autor do poema De Rerum Natura, através do qual foi consolidado o atomismo de
Demócrito.
• 1661 – Boyle: Autor do livro Sceptical chemist, no qual defendeu o atomismo e deu o primeiro conceito de
elemento com base experimental.
• 1808 – Dalton: Primeiro modelo atômico com base experimental. O átomo é uma partícula maciça e
indivisível. O modelo vingou até 1897.
• 1834 – Faraday: Estudo quantitativo de eletrólise, através do qual surgiu a idéia da eletricidade associada
aos átomos.
• 1859: Primeiras experiências de descargas elétricas em gases a pressão reduzida (ao redor de 10 mmHg).
Descoberta dos “raios” posteriormente chamados catódicos.
• 1879 – Crookes: Primeiras experiências de descarga elétrica a alto vácuo.
• 1886 – Goldstein: Descargas elétricas em gases a pressão reduzida com cátodo perfurado. Descoberta dos raios
canais ou positivos.
• 1891 – Stoney: Deu o nome de elétron para a unidade de carga elétrica negativa.
• 1895 – Röentgen: Descoberta dos raios X.
• 1896 – Becquerel: Descoberta da radioatividade.
• 1897 – Thomson: Descargas elétricas em alto vácuo (tubos de Crookes) levaram à descoberta do elétron. O
átomo seria uma partícula maciça, mas não indivisível. Seria formado por uma geléia com carga positiva, na
qual estariam incrustados os elétrons (modelo do pudim de passas). Determinação da relação carga/massa
(e/m) do elétron.
• 1898 – Casal Curie: Descoberta do polônio e do rádio.
• 1900 – Max Planck: Teoria dos quanta.
• 1905 – Einstein: Teoria da relatividade. Relação entre massa e energia (e = mc2). Esclarecimento do efeito
fotoelétrico. Denominação fóton para o quantum de energia radiante.
• 1909 – Millikan: Determinação da carga do elétron.
• 1874 – Stoney: Admitiu que a eletricidade estava associada aos átomos em quantidades discretas. Primeira
idéia de quantização da carga elétrica.
• 1911 – Rutherford: O átomo não é maciço nem indivisível. O átomo seria formado por um núcleo muito
pequeno, com carga positiva, onde estaria concentrada praticamente toda a sua massa. Ao redor do
núcleo ficariam os elétrons, neutralizando sua carga. Este é o modelo do átomo nucleado, um modelo que
foi comparado ao sistema planetário, onde o Sol seria o núcleo e os planetas seriam os elétrons.
• 1913 – Bohr: Modelo atômico fundamentado na teoria dos quanta e sustentado experimentalmente com
base na espectroscopia. Distribuição eletrônica em níveis de energia. Quando um elétron do átomo
recebe energia, ele salta para outro nível de maior energia, portanto mais distante do núcleo. Quando o
elétron volta para o seu nível de energia primitivo (mais próximo do núcleo), ele cede a energia
anteriormente recebida sob forma de uma onda eletromagnética (luz).
• 1916 – Sommerfeld: Modelo das órbitas elípticas para o elétron. Introdução dos subníveis de energia.
• 1920 – Rutherford: Caracterização do próton como sendo o núcleo do átomo de hidrogênio e a unidade
de carga positiva. Previsão de existência do nêutron.
• 1924 – De Broglie: Modelo da partícula-onda para o elétron.
• 1926 – Heisenberg: Princípio da incerteza.
• 1927 – Schrödinger: Equação de função de onda para o elétron.
• 1932 – Chadwick: Descoberta do nêutron.
Diagrama de distribuição eletrônica
É usado para determinar a configuração
eletrônica de um átomo, molécula ou íon. Nele,
um átomo é "construído" pela adição progressiva
de elétrons que preenchem os orbitais atômicos
disponíveis dos níveis de energia mais baixos
antes de ocuparem níveis mais altos. Por
exemplo, a camada 1s é preenchida antes que a
subcamada 2s esteja ocupada. Desta forma, os
elétrons de um átomo ou íon formam a
configuração eletrônica mais estável possível
Diagrama de distribuição eletrônica

Modo simplificado: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6...


Identificação dos átomos – Número atômico (Z)
Número atômico (Z ) é o número de
prótons existentes no núcleo de um
átomo. Em um átomo normal, cuja
carga elétrica é zero, o número de
prótons é igual ao número de
elétrons. Quando se diz que o átomo
de carbono (C) tem número atômico
6, isso quer dizer que, no núcleo
desse átomo, existem 6 prótons e,
consequentemente, existem 6
elétrons na eletrosfera.
Identificação dos átomos – número de massa (A)
Número de massa (A) é a soma do número de prótons (Z) e de nêutrons (N) existentes em um átomo.

É o número de massa que nos informa se um átomo


tem massa maior do que outro átomo. Isso é
A=Z+N
lógico, pois apenas os prótons e nêutrons tem massa
significativa, uma vez que a massa dos elétrons
é desprezível, se comparada à dessas duas partículas.

Vejamos o exemplo: o átomo de sódio tem 11 prótons,


12 nêutrons e 11 elétrons.
Temos, então, para o elemento químico sódio:

• número atômico: Z =11 (número de prótons = número


de elétrons = 11);
• número de nêutrons: N = 12;
• número de massa: A = Z + N = 11 + 12 = 23.
Elemento químico
É o conjunto de átomos com o mesmo número atômico (Z). Veja que o número
atômico é muito importante, pois identifica o elemento químico. Assim, quando
falamos no elemento químico sódio, estamos falando dos átomos com número
atômico 11.

Outros exemplos:
• o número atômico 17 identifica os átomos de cloro;
• o número atômico 26 identifica os átomos de ferro; etc.
A notação geral de um átomo é:
Íons
Um átomo, em seu estado fundamental
, é eletricamente neutro. Pode porém,
ganhar ou perder elétrons da
eletrosfera, sem sofrer alterações em
seu núcleo, resultando daí partículas
denominadas íons.
Quando um átomo ganha elétrons,
ele se torna um íon negativo,
também chamado ânion.

Quando um átomo perde elétrons,


ele se torna um íon positivo,
também chamado cátion.
Distribuição eletrônica em íons
Os íons diferem dos respectivos átomos neutros apenas no número de elétrons.
Assim, para fazer a distribuição eletrônica de íons, devemos inicialmente fazer a
distribuição eletrônica como se fosse um átomo neutro. Em seguida, retiramos
elétrons se for um cátion ou acrescentamos se for um ânion.
Distribuição eletrônica em íons
Tomamos como exemplo, o átomo de ferro ( Fe; número atômico = 26)
tem a seguinte distribuição eletrônica:

1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6


Quando o átomo de ferro perde 2 elétrons e se transforma no íon Fe2+,
este terá a seguinte distribuição eletrônica:

1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6

Reação: Fe → Fe2+ + 2e-


Números quânticos
Números quânticos

•Número quântico principal (n)


•Número quântico secundário (l)
•Número quântico magnético (m ou ml)
•Número quântico spin (S ou ms)
Número quântico principal
O número quântico principal (n) define o nível de energia ou a camada que os
elétrons possuem, definindo também a distância do orbital em relação ao
núcleo e o tamanho do orbital ocupado pelo elétron. Tal conceito se
assemelha ao conceito de camada, adotado por Niels Böhr.
Número quântico secundário
O número quântico secundário (ℓ) é característico por definir o subnível de
energia de um elétron. Os valores para ℓ partem do zero ao infinito, mas
atualmente têm-se conhecidos poucos subníveis (s, p, d, f)
Número quântico magnético
O número quântico magnético (m) é característico da quantidade de orbitais,
para cada subnível. O valor matemático de m é dado por m = ± l. Decompondo
este raciocínio, teremos: - l ... 0 ... +l. Os orbitais s, p, d, f estão representados
abaixo.
Número quântico spin
O número quântico Spin (S ou ms) caracteriza momento angular do
elétron.
Distribuição eletrônica

Tipo de Valores de Quantidade Valores para o número Representação gráfica dos orbitais
subnível l de orbitais quântico magnético
s 0 1 0
p 1 3 -1, 0, +1,
d 2 5 -2, -1, 0 +1, +2
f 3 7 -3,-2,-1,0 +1, +2, +3
Princípio da exclusão de Pauli
Estabelece que dois elétrons em um átomo não podem ter todos os quatro números
quânticos iguais. Com efeito, isso limita a dois o número de elétrons em um dado orbital,
também requer que os spins destes dois elétrons estejam em direções opostas
Regra de Hund
Os elétrons são distribuídos isoladamente e com o mesmo spin. Os elétrons são
emparelhados com spins contrários. Durante o preenchimento das orbitais de um mesmo
nível energético, deve-se colocar em primeiro lugar em todas elas um só elétron, todos com
o mesmo spin, antes de se proceder à lotação completa dessas orbitais. Os próximos
elétrons a serem colocados deverão apresentar spins antiparalelos em relação aos já
presentes.
Números quânticos
1) Realize a distribuição eletrônica, dê os números quânticos do elétron mais
energético:

a) Si g) N
b) B h) Ar
c) Cℓ i) Fe
d) Aℓ j) Ni
e) O k) S
f) Ag l) Cr
Semelhança atômica:
Isótopos, isóbaros e isótonos
Isótopos: são átomos com mesmo número de prótons (Z ) e diferente número de
massa (A). Conclui-se, facilmente, que os isótopos são átomos do mesmo
elemento químico que possuem diferentes números de nêutrons, resultando daí
números de massa diferentes. Exemplos:
Semelhança atômica:
isótopos, isóbaros e isótonos
Isóbaros: são átomos de diferentes números de prótons (elementos diferentes),
mas que possuem o mesmo número de massa (A). Conclui-se que os isóbaros são
átomos de elementos químicos diferentes, mas que possuem a mesma massa,
porque um maior número de prótons é compensado por um menor número de
nêutrons e vice-versa. Exemplos:
Semelhança atômica:
isótopos, isóbaros e isótonos
Isótonos: são átomos de diferentes números de prótons (elementos
diferentes), diferentes números de massa, porém com mesmo
número de nêutrons (N ).

N=A-Z

Você também pode gostar