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“PASSO A PASSO”

ORIENTAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DAS CONFERÊNCIAS


MUNICIPAIS DOS DIREITOS DO IDOSO

Ceará, abril/2011

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Governo Estadual
Governador Cid Gomes

Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social


Secretário Evandro de Sá Barreto Leitão

Coordenadoria das Políticas Públicas para os Idosos e as Pessoas com Deficiência


Coordenadora Isabel Cristina Pontes de Lima

Conselho Estadual dos Direitos do Idoso - CEDI/CE


Presidente Lucila Bomfim Lopes Pinto
Vice-Presidente Verônica Maciel Medeiros Brito
Secretária Executiva Maria Tereza de Araújo Serra

Comissão Organizadora da III Conferência dos Direitos do Idoso

Coordenação Geral
Lucila Bomfim Lopes Pinto (Presidente)
Verônica Maciel Medeiros Brito (Vice-Presidente)
Maria Tereza de Araújo Serra (Secretária Executiva)
Coordenação Executiva
Ana Lúcia Barbosa Gondim (CMDI Fortaleza)
Antônia Alves dos Santos (CEDI-CE)
Elísio de Araújo Loiola (FOCEPI)
Enoe Araripe Autran (CEDI-CE)
Francisco Gilberto Rodrigues da Silva (STDS)
Francisco Paulo Pimenta Silveira (STDS)
Ingrid Rochelle Rêgo Nogueira (CEDI-CE)
Isabel Cristina de Pontes Lima (Coordenadoria)
Meire Celi Freitas de Aguiar (CEDI-CE)
Neuma da Costa Goes (CEDI-CE)
Níobe Palmeira Fitipaldi (CEDI-CE)
Túlia Fernanda Meira Garcia (CEDI-CE)

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Apoio Técnico – Administrativo da Secretaria Executiva do CEDI-CE e do CEAS-CE
Andrea Leitão Mavignier
Ângela Patrícia Christian
Ariadne Aragão Quixadá felício
Carla Costa Calvet
Davidson Gualberto Sales Borges
Maria Emília Mota Aguiar
Maria Socorro Pinto Carvalho
Mirian Natália Soares Vasconcelos
Rafaelle Ribeiro da Silva

Equipe de Elaboraçâo

DO “PASSO – A- PASSO”
Maria Tereza de Araújo Serra
Lucila Bomfim Lopes Pinto

DOS TEXTOS BASE


Ana Lúcia Barbosa Gondim
Francisco Paulo Pimenta Silveira
Isabel Cristina de Pontes Lima
Lucila Bomfim Lopes Pinto
Maria Tereza de Araújo Serra
Túlia Fernanda Meira Garcia

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

I. CONFERÊNCIA MUNICIPAL DOS DIREITOS DO IDOSO..........................07


TEMA GERAL
OBJETIVOS
EIXOS TEMÁTICOS
TEXTOS BASE

II. ETAPAS.............. ..................................................................................................61


1ª ETAPA – PREPARAÇÃO
2ª ETAPA – MOBILIZAÇÃO
3ª ETAPA – REALIZAÇÃO DA CONFERÊNCIA
4ª ETAPA – RELATÓRIO FINAL

ANEXOS.....................................................................................................................65
1. Portaria Conjunta. Convoca a Conferência Municipal
2. Resolução/CMDI. Constitui a Comissão Organizadora da Conferência Municipal
3. Projeto da Conferência Municipal
4. Regimento da Conferência
5. Programação da Conferência Municipal
6. Orientações dos Trabalhos em Grupo
7. Ficha de Credenciamento dos Participantes na Conferência Municipal
8. Controle de Frequência
9. Ficha de Avaliação
10. Declaração de Participação
11. Formulário do Relatório Final
12. Ficha de Inscrição na III Conferência Estadual dos Direitos do idoso

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APRESENTAÇÃO

O CEDI-CE entende que as Conferências são um momento ímpar para a consolidação e atualização
da Política Nacional do Idoso em seus diversos âmbitos, nas quais se confere os esforços
empreendidos para a conquista do envelhecimento ativo e saudável em nosso país.

Nesse sentido, lembra as contribuições das I e II Conferências dos Direitos do Idoso: a primeira
ocorrida em 2006 com o tema: “Construindo a Rede Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa
– RENADI no âmbito do Estado” e a segunda, em 2009 com o tema “ Avaliação da Rede Nacional
de Proteção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa: Avanços e Desafios”.

Animados com os resultados já obtidos e com a perspectiva de avançar na garantia da longevidade


com qualidade, a III Conferência Nacional dos Direitos do Idoso, está convocada para o período de
23 a 25 de novembro em Brasília/DF, com o tema “O Compromisso de Todos por um
Envelhecimento Digno no Brasil”, onde “todos”- usuários(as), gestores de políticas públicas e
conselheiros – são chamados a assumir um compromisso efetivo em prol da conquista de um
envelhecimento digno para a população brasileira. Também já estão programadas as etapas
Estadual e Municipal:
• III Conferência Estadual dos Direitos do Idoso já está convocada para 17 a 19 de agosto, em
Fortaleza-Ce; e a
• Conferências Municipais estão sendo convocadas para o período de 01 de maio a 30 de
junho.

Com o propósito de contribuir para o alcance de melhores resultados na Etapa Municipal da III
Conferência Estadual dos Direitos do Idoso, o CEDI-CE oferece aos Conselhos Municipais este
texto “Passo a Passo das Conferências Municipais dos Direitos do Idoso” construído de maneira
a atender as dificuldades mais frequentes verificadas na realização das Conferências anteriores.

O objetivo deste documento é estimular uma relativa unidade no processo de realização das
Conferências Municipais, culminando na Etapa Estadual onde delegados, convidados e
observadores estarão reunidos para definir as diretrizes e prioridades da Política Nacional do Idoso.
Contudo, vale ressaltar que não há nenhuma intenção do CEDI-CE em interferir na autonomia dos

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Conselhos Municipais na organização das respectivas Conferências, ou de desrespeitar as
diversidade locais.

O texto está organizado em três partes. Na primeira – CONFERÊNCIA MUNICIPAL DOS


DIREITOS DO IDOSO, se apresenta o TEMA GERAL, os OBJETIVOS e os EIXOS
TEMÁTICOS a serem considerados nas discussões. Na segunda – ETAPAS se oferece orientações
para a realização de todas elas. Finalmente, na terceira - ANEXOS, se oferece os textos base e
sugestões de modelos dos documentos a serem utilizados na sua realização e relatoria.

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I. CONFERÊNCIA MUNICIPAL DOS DIREITOS DO IDOSO

TEMA GERAL
“O Compromisso de Todos por um Envelhecimento Digno no âmbito do Municipal”

OBJETIVOS

GERAL
Debater temas relevantes focado no envelhecimento, assim como os avanços e desafios da Política
Estadual do Idoso, na perspectiva de sua efetivação.

ESPECÍFICOS
• Sensibilizar a sociedade para a realidade do envelhecimento da população brasileira.
• Mobilizar a população brasileira, especialmente a idosa, para a conquista dos direitos ao
envelhecimento com dignidade.
• Fortalecer o compromisso dos diversos setores da sociedade e do poder público com o
atendimento, a defesa e a garantia dos direitos da pessoa idosa,determinando prioridades
de atuação para os órgãos governamentais, nas três esferas de governo.
• Avaliar a implementação e a efetivação da Política Estadual do Idoso, nas esferas dos
governos municipais e estadual.

EIXOS TEMÁTICOS
EIXO I. Envelhecimento e Políticas de Estado: pactuar caminhos intersetoriais
EIXO II. Pessoa Idosa: protagonista da conquista e efetivação dos seus direitos
EIXO III. Fortalecimento e integração dos Conselhos: existir, participar, estar ao alcance,
comprometer-se com a defesa dos direitos dos idosos
EIXO IV. Diretrizes Orçamentárias, Plano Integrado e Orçamento Público da União,
Estados, Distrito Federal e Municípios: conhecer para exigir, exigir para incluir, fiscalizar.

Obs.: Segundo o CNDI, os Municípios e o Estado poderão definir outros sub-eixos,


buscando a efetivação dos direitos dos brasileiros da cidade, do campo e das comunidades

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tradicionais de como envelhecer com: Justiça, Saúde, Previdência Social, Assistência
Social, Educação, Cultura, Esporte, Lazer, Habilitação, Transporte, Acessibilidade e ainda,
para implementar ações efetivas de enfrentamento à violência contra a pessoa idosa e de
promoção de uma cultura de paz.

TEXTOS BASE

CONFERÊNCIA MAGNA

“O COMPROMISSO DE TODOS POR UM ENVELHECIMENTO DIGNO NO ESTADO DO


CEARÁ”

Isabel Cristina de Pontes Lima 1

RESUMO

Como garantir o envelhecimento digno em uma sociedade cujos valores simbólicos de identidade
constroem uma trama para mecanismos de defesa na busca da jovialidade e negação do
envelhecimento? Este questionamento concorre para inusitados desafios concernentes ao olhar que
Estado e Sociedade direcionam à pessoa idosa no Ceará. Defendemos o pressuposto de que é a
partir desses olhares, que se constroem e (re)constroem as tramas que permeiam as relações
intergeracionais e acabam por determinar nuances para a intervenção governamental na gestão de
políticas públicas direcionadas a esse segmento populacional. Esta discussão se delineia com o
objetivo de apresentar aspectos significativos da realidade presente no Ceará e, a partir desse
contexto, ressaltar a decisão política assumida pelo governo do Estado para o enfrentamento desta
problemática. Trata-se de um artigo de revisão, metodologicamente formulado em temáticas
interdependentes e complementares, cujos achados convergem para sugerir que apesar de todas as
restrições sociais, econômicas e culturais vigentes, promover e assegurar o envelhecimento digno é,
antes de tudo, um dever do Estado cujo cumprimento se revela possível a partir da articulação das
políticas públicas voltadas à satisfação das necessidades dessa população, pela via da garantia de
seus direitos.

Palavras-chave: Envelhecimento, Dignidade, Ceará Acessível.

1
Isabel Cristina de Pontes Lima - Assistente Social, (UECE) Mestre em Planejamento e Gestão de Politicas
Públicas (UECE), Assessora Técnica do Gabinete da Primeira Dama do Estado do Ceará – Programa Ceará
Acessível.

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1 O Envelhecimento Sob Múltiplos Enfoques

Uma abordagem sobre envelhecimento e tudo o mais que envolve vida, tempo e morte, inclui
necessariamente a compreensão dos valores, estigmas e sistemas sociais, políticos e econômicos
que delineiam a história de diferentes sociedades humanas fomentadas em suas representações
simbólicas e culturais.

A característica humana de ser, estar e agir no mundo adquire contornos diferenciados dependendo
das condições concretas em que a vida se insere. A maneira como as pessoas agem para adequar a
natureza aos seus interesses de sobrevivência influi de modo decisivo na construção das
representações mentais que balizam e explicam a realidade.

Na antiguidade, os seres perfeitos tornavam-se modelos ou paradigmas inteligíveis, imitados pela


arte e cultura de seu tempo, “Os gregos,valorizavam muito o jovem de corpo belo, educado pela
ginástica e pela dança para tornar-se um guerreiro” (Platão, in Chauí, 1995). Em tais circunstâncias,
as arenas de lutas onde se digladiavam os “Spartacus”, eram sólidas construções monumentais em
arquitetura delineada para o teatro competitivo, onde a força e a habilidade no manuseio das armas
era a virtude que merecia o aplauso da política. Fundava-se nas sociedades grega e romana, as
origens dos conflitos imperativos de valores que ao longo do tempo foram sendo disseminados,
concorrendo para a segregação de pessoas idosas.

Mais tarde, acreditava-se que para se chegar à velhice era necessário uma série de atributos
relacionados à sorte, à graça divina ou a outros fatores sobrenaturais. Com o passar do tempo, as
crenças forjadas em poderes místicos não se sustentaram e a ciência veio manifestar-se como a
explicação mais confiável dos fatores inexoráveis e naturais da vida, e o homem moderno passou a
contar com um universo de informações sobre os determinantes de como envelhecer melhor.

Ultrapassados os constrangimentos enfrentados pelas lutas universais com vistas à garantia dos
direitos humanos, novas formulações científicas, filosóficas, éticas e legais passaram a compor a
agenda pública em matéria de relevância.

Pautando-se no pressuposto de que “as pessoas vão se constituindo como sujeitos nas sucessivas
interações e nos diversos espaços discursivos”, Bakhting (1997) sugere que a imagem pública de
cada pessoa se constroi a partir dos “olhos dos outros”. Nessa perspectiva, há sempre o inacabado
em cada ser. A partir do “excedente de visão”, ou seja, do olhar dos outros, cada pessoa é, em si
mesma, incompleta e cada um só existe nas relações com os outros. Como as relações são infinitas,
não se tem nunca um sujeito absoluto. Cada pessoa é sempre resultado de um passado e uma
expectativa do que pode vir a ser no futuro.

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“No mundo moderno, associamos a velhice e, logo, os velhos e as velhas à ausência de
sinais positivos ou à sua perda, como a saúde, a capacidade de produzir, o vigor sexual, a
beleza e a força física e mental. E mais que isso, fazemos a ligação entre as imagens da
velhice e da morte” (Barros, 2006, p.46)

Mesmo com as recentes campanhas públicas voltadas a disseminação de uma nova imagem da
velhice, persiste o peso negativo que culturalmente foi associado a condição do envelhecimento nas
sociedades ocidentais, portanto, essa etapa da vida, assim como os demais momentos do seu curso
são leituras culturais sobre a natureza humana.

A partir da compreensão dos direitos humanos e da concepção de cidadania fundamentada no


reconhecimento das diferenças e no acesso de todos à participação política e social, o mundo
transforma suas premissas e, nessa trajetória, a segregação das pessoas idosas passa a ser negada e
coibida. Nesse novo tempo, se delineiam os caminhos para a acessibilidade de pessoas idosas em
todos os espaços por onde a vida transita. Para tanto, é urgente superar a perspectiva linear das
políticas públicas e sugerir um olhar multifocal que viabilize pensar inclusões, convivências de
ideais, e novas reflexões para que se promova, de fato, a garantia dos direitos das pessoas idosas.
Sem a compreensão dos impactos provocados pelo desenvolvimento demográfico na vida das
sociedades, todas as concepções teóricas e legais perdem significado.

A classificação de envelhecimento, particularmente adotada pela Organização Mundial da Saúde,


norteia a legislação brasileira na utilização do critério etário para definir se uma pessoa é idosa ou
não. Entretanto, ao processo de envelhecimento concorrem, além dos aspectos biológicos e
fisiológicos, outras variáveis, tais como a hereditariedade, o estado emocional e as condições
sócioeconômicas e culturais. A rigor, é a partir da conjugação dessas variáveis que o envelhecimento
transparece de modo singular, em cada indivíduo (Telles e Groisman, 2010, p.1).

Diante da realidade do envelhecimento populacional, o crescimento demográfico analisado a partir


da linha do tempo de vida assume destaque na agenda política internacional porque o aumento da
expectativa de vida, associado à tendência da queda nas taxas de fertilidade passam a produzir
aumento significativo no quantitativo de pessoas com 60 anos ou mais. No Brasil, o envelhecimento
demográfico vem se efetivando de modo acelerado:

Um indicador que mostra o processo de envelhecimento da população brasileira é o


índice de envelhecimento (divisão do numero de idosos pelo de crianças) Em 1980,
existiam cerca de 16 idosos para cada 100 criança. Em 2000, essa relação era de quase
30 idosos para cada criança (IBGE,2000). Para 2040, estima-se que a população idosa
(65 anos ou mais) alcançará um patamar de 18% superior ao de crianças (0 a 14 anos) e

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em 2050, esta relação poderá ser de 172,7 idosos para cada 100 crianças (TELLES E
GROISMAN, 2010, p.2).

Esses indicadores revelam a transformação do perfil etário da população brasileira, evidenciando


também o crescimento do número de idosos com idade superior a 80 anos. Essa realidade concorre
para aumentar a contingência de doenças, complicações e fragilidades que implicam em limitações
funcionais para essas pessoas individualmente e para o planejamento dos gastos públicos em geral.
É necessário então, adequar o orçamento, com vistas à execução de políticas públicas direcionadas
às demandas advindas desse contingente, especialmente àquelas provenientes das áreas da saúde,
previdência e assistência social. Alem desses indicadores, estudos efetivados pela Comissão
Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) em relação ao peso relativo da população
idosa em cada país da referida região identificam três situações:

Uma primeira, onde os países atingiram percentuais mais elevados, caracterizando um


processo de envelhecimento mais avançado, como: Uruguai, com 17,3%; Cuba, 15,4%;
Argentina, 13,8% e Chile, 11,5%. A segunda mostra um grupo intermediário, com
percentuais variando entre 6% e 8%, e uma terceira onde o processo de envelhecimento se
encontra bem menos acentuado, como nos casos da Nicarágua e Haiti; com percentuais de
4,8% e 5,8% respectivamente2.

A longevidade da população brasileira se insere no “ranking” do grupo intermediário, entretanto,


sua importância em termos absolutos se afirma pelo fato de representar mais de 1/3 da população
deste grupo etário na região, seguido pelo México, Argentina e Colômbia, que também assumem
relevância neste cenário. O fenômeno do envelhecimento, analisado com base nas projeções da
Organização das Nações Unidas (ONU) para 2025, coloca o Brasil na 6ª posição entre os países
com a maior população idosa do mundo.

Todos os estudos mais recentes confirmam que no Brasil, o processo de envelhecimento


populacional mostra-se acelerado e essa realidade deve ser compreendida também sob diferentes
enfoques. A distribuição da população idosa, por classe de rendimento médio domiciliar percapta,
em 2006, identifica que 12,4% viviam com rendimento de até ½ salário mínimo, o que converge
para situação de pobreza. No subgrupo de 65 anos ou mais, essa proporção cai para 10,9%, o que
sugere a eficácia das políticas públicas destinadas a esse segmento como é o caso da Política de
Assistência Social, por meio do Programa de Benefício de Prestação Continuada e da Previdência
Social, cujo peso revela-se significativo para o orçamento das famílias, especialmente nas áreas
rurais. No Nordeste, estas proporções se revelaram bem mais elevadas, 23,5% para o caso das
pessoas de 60 anos ou mais de idade e 20,8% entre os de 65 anos ou mais, o que concorre para
refletir o padrão de vida da região3.
2Brasil. IBGE, Síntese dos Indicadores Sociais uma Análise da Condição de Vida da População Brasileira, 2007

3 Ib Id., 2007.

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Tal realidade se expressa no Estado do Ceará onde a população com mais de 60 anos é de 881.000
idosos. Esse contingente tem crescido a uma taxa geométrica de 3,23% no período de 1996 a 2007.
Entre eles, 63,3% são chefes de família; 37,3% trabalham e 62,7% são inativos; 71% residem em
áreas urbanas e 29% em zona rural. Excluindo a região metropolitana, constata-se que há uma
concentração de 65% dessas pessoas residindo no interior do Estado4.

“Nas camadas pobres o idoso tanto pode ser um empecilho para a família como pode ser a
única fonte de renda (em forma de aposentadoria ou pensão). Há famílias, principalmente
nos municípios mais pobres, em que os idosos mantêm as despesas familiares e são
valorizados como um dos poucos consumidores locais com renda fixa.” (Goldman, 2006,
p.57)

Longevidade e envelhecimento são conceitos correlacionados, na medida em que comportam


aspectos relativos à qualidade da duração do tempo de vida. Evidentemente, a longevidade contribui
para o envelhecimento e este é inegavelmente influenciado pela redução da fecundidade que altera a
base da pirâmide etária.

Outro aspecto da longevidade está associado ao gênero. Essa característica foi demonstrada por
Pearl, cujos estudos sugerem que as mulheres têm uma nítida vantagem biológica sobre os homens.
Outro fator observado é que na juventude todos os indivíduos abaixo do peso médio, têm uma
mortalidade maior. Por outro lado, todo o excesso de peso significa maior mortalidade em
indivíduos acima de 40 anos de idade.5

A longevidade está também relacionada positivamente com o status social e econômico favorável e
com o trabalho intelectual (profissões, etc) em oposição ao trabalho manual, embora a questão da
influência relativa de fatores genéticos, determinando simultaneamente ocupações de baixo nível e
uma constituição medíocre, por um lado, e as desvantagens ambientais de ocupações manuais, por
outro lado, não tenham sido minuciosamente explorados.

A análise dos aspectos econômicos, biológicos, culturais, psicológicos e sociais, relativos ao


fenômeno do envelhecimento, se perde nas diferentes formulações teóricas se a condição da
qualidade de vida das pessoas passa ao acaso, sem uma formulação de políticas públicas centradas
principalmente para o contingente de idosos empobrecidos.

A condição de vida da pessoa idosa apresenta diferenças significativas a depender de sua auto-
estima, afetividade familiar, sociabilidade e conquistas legais, o que difere no sentimento individual

4 Brasil, IBGE, PNAD/2005.

5 PEARL, J. op cit TRIPICCHIO Adalberto (in)


www.redepsi.com.br. capturado em 06/05/2010.

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e também no coletivo, dependendo da história de vida de cada um e da realidade histórica da
sociedade em que a pessoa idosa vive.

Novos são os desafios colocados para as políticas púbicas em geral. No caso específico da saúde
pública, o quadro sugere a necessidade de investimentos na qualidade do atendimento para as
gerações presentes em ações preventivas, estudos e pesquisas imunológicas, em paralelo ao
planejamento estratégico, com visão de longo prazo onde a qualificação de profissionais em
gerontologia/geriatria seja estimulada concomitante aos investimentos na farmacologia, fisioterapia,
dentre outros ramos do conhecimento científico.

O olhar focado no futuro não pode descuidar do presente, porque é agora que se constroem as
condições objetivas para o envelhecimento digno e isso implica soluções integradas em políticas
transversais, onde a saúde se articule à educação, à infraestrutura, ao esporte, ao trabalho, à
seguridade social, lazer, dentre outras, para que de fato, vistos como seres inteiros, a população
envelheça com dignidade.

No plano do Direito, o intuito de preservar a dignidade do envelhecimento está referendado no


Estatuto do Idoso (Lei N°10.741/03). Tal diploma assegura em seu Artigo 2° que devem ser
garantidas todas as oportunidades e facilidades de saúde física e mental, seu aperfeiçoamento moral,
intelectual espiritual e social em condições de liberdade e dignidade. Para além da garantia dos
direitos, o Estatuto do Idoso revela uma forte preocupação com a mudança dos velhos paradigmas.
A partir de sua disseminação, novos comportamentos vão sendo assimilados e a visão
preconceituosa e estigmatizante direcionada à pessoa idosa, fomentada por uma sociedade que ainda
se deixa persuadir pela fantasia da eterna juventude, vai gradativamente cedendo lugar a uma nova
compreensão sobre a evolução natural da vida e de seus determinantes.

Reescrever a história parece uma tarefa urgente e necessária. As gerações presentes devem ser
convocadas a pensar novos esquemas simbólicos do imaginário sobre as diferentes fases da vida.
Nesse caminhar, a própria existência como um todo deve ser repensada. As representações
negativas, cultivadas no passado e ainda exploradas no presente, não favorecem a conquista da
dignidade e, por isso mesmo, os aspectos culturais são emblemáticos da necessidade de uma nova
ordem social.

Diante de tamanhos desafios, ultrapassar o campo do discurso para a vida prática, impõe a
concepção de políticas públicas de caráter emancipatório, como também exige superar a distância
entre estado e sociedade. Sujeito, coletividades e suas instâncias representativas no embate
democrático precisam estar aliançadas, com poder e autonomia preservados para enunciar demandas
e balizar a disponibilidade de ofertas de serviços essenciais à garantia dos direitos da população.

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Esse entendimento deve justificar e orientar o debate contemporâneo no campo das políticas
públicas para a garantia dos direitos das pessoas idosas. Tal compreensão deve efetivar-se em
práticas cotidianas, capazes de corresponder á complexidade dos processos relacionados ao
envelhecimento, porque suas peculiaridades concorrem para exigências múltiplas de caráter
transversal. Nesse aspecto,o exercício do controle social é determinante.

Após a Constituição Federal de 1988 as práticas e mecanismos de participação e controle social, no


campo da gestão de políticas públicas de garantias de direitos das pessoas idosas, tornaram-se temas
recorrentes dos enunciados valorativos da dignidade e da igualdade e por sua via, da democracia. A
institucionalização do discurso legal, no entanto, ainda não alcançou o êxito postulado porque o
Brasil ainda não superou os extremos das desigualdades, do mesmo modo que a noção de
transversalidade e controle social ainda se mostram vagas, sustentadas em proposições gerais ou
inespecíficas, o que não garante nem autoriza a efetividade de suas práticas.

A equidade, entendida como o provimento dos serviços para o atendimento das necessidades da
pessoa idosa exige participação ampliada, o que não se dá por acaso, mas de modo qualificado para
a intervenção nas diferentes instâncias responsáveis pela formulação execução e avaliação de
políticas públicas. Nessa lógica, os Conselhos se configuram como espaços por excelência. A
universalidade dos direitos de acesso à serviços e benefícios essenciais requer a renovação
permanente de iniciativas que visem assegurá-los, tal como idealizados constitucionalmente. Do
mesmo modo que a legislação complementar de garantia dos direitos da pessoa idosa, não se efetiva
sem que os atores sociais, integrantes deste grupo etário, vocalizem suas demandas provocando
respostas positivas do estado em particular, e da sociedade em geral.

No caso específico do Estado do Ceará, o mapeamento dos Conselhos nos 184 municípios revela
lacunas que precisam ser superadas. A inexistência, o despreparo dos conselheiros, a falta de
condições objetivas para o seu funcionamento ou sua irregularidade comprometem o alcance da
justiça social e da equidade.

Quando, por outra via, se pensa nas responsabilidades governamentais com a garantia dos direitos
da pessoa idosa, um primeiro impasse se coloca para essencial superação: a dignidade da pessoa
humana não se garante pela via de ações desintegradas. É urgente superar o distanciamento entre
instâncias governamentais e promover a intersetorialidade entre políticas públicas, concebidas como
estratégia essencial para garantir a universalização dos direitos em relação objetiva com o
equacionamento do gasto público para a concretude na cobertura do atendimento às necessidades da
pessoa idosa em respeito a sua dignidade.

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A realidade contemporânea autoriza o repensar de estratégias diferenciadas com vistas ao
enfrentamento da dinâmica da realidade, tal como esta se apresenta. Assim compreendendo, essa
Conferência anuncia uma discussão inovadora, onde os conceitos de envelhecimento e de dignidade
são colocados para além dos fundamentos teóricos que norteiam a compreensão humana de seus
postulados. Convoca, portanto, a sociedade cearense como um todo a compartilhar saberes,
vivências e responsabilidades com o hoje e com o futuro

3 Dignidade da pessoa humana

Para os objetivos deste artigo, convém discutir o conceito de “dignidade da pessoa humana”, o que
implica, inicialmente, sua compreensão no percurso das noções filosóficas valorativas seguindo-se
para o campo do direito. A partir de então retoma-se a questão inicial, que abre o debate em torno
do tema desta Conferência, levando-se em conta a dignidade da pessoa idosa.

Interessa, portanto, que a conceituação de pessoa humana seja a mais abrangente possível, porque
esse conteúdo não se esfacela em pedaços balizados pela noção etária, racial ou de gênero. Essa
compreensão é assim concebida de modo intencional, para deixar bem evidente a sua contraposição
cultural e simbólica ao conceito de igualdade, contido na legislação presente.

O conceito de dignidade da pessoa humana tem sua evolução histórica assinalada em momentos
simbólicos de diferentes sociedades, a exemplo das marcas deixadas pelo Cristianismo, depois em
seus valores (re)significados pelo Iluminismo Humanista, mais tarde reformulados na obra de
Emmanuel Kant, conteúdo repensado após os horrores da Segunda Grande Guerra Mundial, para,
enfim, ser balizado pela mais recente fase, inscrita no plano do Direito Internacional.

O Cristianismo fez emergir uma concepção de ser humano totalmente estranha à compreensão
difundida na Antiguidade. A partir de então, todos os seres da espécie humana são filhos de Deus e
compartilham da mesma dignidade. Essa compreensão foi tomada como objeto de estudo de muitos
pensadores cristãos da Idade Média e hoje se evidencia na doutrina social da Igreja (Avila,1993).

Uma visão laica do mundo medieval emergiu com o Iluminismo em seus postulados humanistas,
que viam o homem como o centro e a medida de todas as coisas. A partir de então, foram definidos
os direitos individuais do homem e defendidos perante o Estado. Consagraram-se, por essa via,
importantes instrumentos balizadores do poder como as constituições, as declarações de direitos
pautadas pela igualdade e a definição da lei como expressão da vontade geral.

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Do ponto de vista filosófico, a dignidade humana concebida por Kant (1724-1804), assume
conteúdo valorativo maior em sua perspectiva de “ser o homem um fim em si mesmo, dotado de
dignidade ontológica, devendo o Estado orientar-se para atendê-lo em seus interesses individuais e
condições materiais indispensáveis ao exercício da sua liberdade”. Entretanto, por seu conteúdo
filosófico valorativo, a dignidade humana assim concebida, não foi incorporada ao ordenamento
jurídico inaugurado a partir da Revolução Francesa.

Somente depois dos horrores da Segunda Grande Guerra mundial e das repercussões derivadas dos
regimes nazistas e fascistas é que o Direito Internacional assumiu a concepção de dignidade humana
como valor e princípio fundamental. Nessa lógica, os valores de dignidade e igualdade
fundamentam o expresso no artigo 22, da Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada
em 10 de dezembro de 1948 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, nela estando consagrado
que:

Todo homem, como membro da sociedade tem direito à seguridade social e à realização,
pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e
recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais, culturais, indispensáveis à sua
dignidade e ao livre desenvolvimento de sua personalidade.

Com o fim da Guerra Fria ( no início dos anos de 1990 pelos acordos do desarmamento nuclear
consolidado pelo Pacto de Varsóvia em1991) os temas sociais assumem relevância na agenda
internacional favorecendo a concepção de que “as pessoas devem ser objeto último e o centro de
qualquer estratégia” (Rubarth, 1999, p.17). A partir de então, a dimensão humana passou a compor
diferentes estudos postulados pelos mais diversos organismos internacionais, cujo conteúdo
reivindicava a reformulação de políticas públicas tendo seus ajustes econômicos orientados, no
sentido de levarem em conta a defesa da dimensão humana em contraponto a outros interesses do
capital.

Aqui é oportuno lembrar que a dignidade tutelada tem duas vertentes fundamentais muito objetivas:
primeiro, a intolerância pública à degradação do ser humano, o que remete à esfera moral de seu
conceito, e segundo, o direito de todo ser humano a uma existência material mínima, o que
corresponde às esferas política e econômica, contidas no conceito de dignidade.

Do ponto de vista jurídico, a dignidade da pessoa humana é referendada em seu caráter de valor, de
princípio ou de direito fundamental. “O conteúdo jurídico da dignidade se relaciona aos chamados
direitos fundamentais ou humanos. Isto é, terá respeitada sua dignidade o indivíduo cujos direitos
fundamentais forem observados e realizados, ainda que a dignidade não se esgote neles”. (Barcelos,
2002, p.110).

16
A doutrina jurídica brasileira consagra a dignidade da pessoa humana como ordenamento e
fundamento último dos direitos políticos econômicos e sociais. No atual contexto histórico nacional,
a dignidade da pessoa humana assume, em paralelo com a igualdade, papel central na ordem
jurídica, representando o censo valorativo internacional, cujo conteúdo é fonte de aprimoramento
contínuo, derivado das lutas sociais e conquistas legais em todo o mundo, balizando medidas de
proteção social com vistas à preservação da dignidade da pessoa humana.

Os postulados que orientam e justificam a compreensão da dignidade da pessoa humana no atual


contexto histórico brasileiro, estão referendados na perspectiva de que o “ser humano não pode ser
desinserido das condições de vida que usufrui, e, na mesma época, anseia-se pela sua constante
melhoria e, em caso de desníveis e disfunções pela sua transformação” (Miranda, 2000, p.192).

Assim considerando, a Constituição Federal de 1988, consagra, em seu artigo 1°, inciso III, como
um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, a dignidade da pessoa humana. Em outros
dispositivos complementares, compromete-se com a redução das desigualdades (artigo 3°, inciso
III) e com a repulsa à discriminação (artigo 3°, inciso IV), além de vincular o Estado brasileiro com
a busca pela justiça social e com o bem-estar social da população em geral (artigos 170 e 193). Tais
determinantes assumem forte viés promocional, direcionado essencialmente pela busca da
igualdade material, o que se delineia mais expressivamente no campo dos direitos
socioassistenciais, por meio de prestações positivas do Estado, que visam o equilíbrio das condições
socioeconômicas dos indivíduos.

“Na verdade, o princípio da dignidade da pessoa humana é o fundamento último da


igualdade, razão pela qual o Estado deve se incubir da garantir a todos os mínimos vitais.
Tal princípio impõe que se estabeleça um parâmetro irrenunciável para a sobrevivência de
uma pessoa e das possibilidades do sistema articulado pelo Estado para esse propósito”
(Melo,2007,p.113)

Nessa lógica, a satisfação das necessidades básicas em termos de igualdade assumida pelo Estado
em seus compromissos constitucionais de garantia de direitos do cidadão promove, no campo das
políticas públicas de saúde e educação, a universalidade do atendimento. No caso da assistência
social, esse direito é balizado por um recorte, vez que é conferido “a quem dela necessitar”, isso
porque, a dignidade da pessoa humana impõe ao Estado, piso mínimo de sobrevivência a ser
assegurado, na medida das necessidades das pessoas e das possibilidades do sistema articulado pelo
Estado para esse fim.

A equidade, por seu turno, é termo jurídico que sugere o princípio fundamental do Direito ao evocar
a realização da dignidade e da justiça. Um Pais desigual e excludente não promove equidade entre
seus cidadãos em geral, muito menos a dignidade da pessoa idosa em particular. Essa compreensão

17
é de grande pertinência à perspectiva da transversalidade entre políticas públicas e ao exercício do
controle social.

Há que se ter presente ainda, que os preceitos legais se transformam em letras mortas quando a
sociedade permanece alienada de suas conquistas emancipatórias. Não basta que o Estado esteja
imbuído da vontade política de concretizar garantia de direitos de dignidade humana e adote
medidas concretas de proteção social para reduzir e corrigir desigualdades. Para além do
compromisso e responsabilidade do Estado, a sociedade precisa se lançar na dinâmica da vida ativa,
no exercício do controle social, pelas instâncias representativas dos interesses coletivos, a exemplo
dos Conselhos de Direitos dentre outros, e na participação direta nas arenas de lutas, onde a
democracia concorre para a afirmação da dignidade da pessoa humana, alargando assim, os espaços
para a sonhada igualdade entre os homens.

4 Ceará Acessível: em que sentido?

Pensar o envelhecimento digno, a partir da lógica estrutural e burocrática em que se delineiam as


políticas públicas no Brasil é um desafio considerável pela própria cultura gerencial de estilo,
segmentado em um racionalismo que divide responsabilidades e desconsidera que o sujeito de suas
ações se insere numa realidade complexa e é nela que sua vida requer o desencadear de acessos que
lhe permitam transitar numa dinâmica de realizações essenciais ao seu empoderamento e
representação cidadã.

A noção de envelhecimento digno, em seu conteúdo plural, convergiu para o delineamento do


Programa Ceará Acessível, cuja representação simbólica pode ser compreendida no seguinte
modelo:

Figura I

18
Assim concebido e idealizado, o Programa articula políticas públicas em suas instâncias
operacionais e representativas no que concerne ao controle social, a exemplo dos conselhos estadual
e municipais de direitos da pessoa idosa dentre outras, a exemplo de fóruns, associações e
movimentos sociais.

Vale destacar que no decorrer do biênio 2009-2010, um planejamento estratégico para a gestão
dessas políticas foi efetivado, tendo por fundamento os dados da realidade local, subsidiados por
estudos e pesquisas norteadores da decisão política concretizada no Programa Ceará Acessivel, cuja
organicidade articula ações transversais em diferentes Secretarias Estaduais, cujos desempenhos
financeiros apresentam-se no quadro II que se segue:

Quadro I
RESUMO FINANCEIRO GERAL – POR PROGRAMA/ Pessoa Idosa/ 076
Valor 2007 Valor 2008 Valor 2009 Valor 2010 Valor Total
(A) (B) (C) (D) (A+B+C+D)
DPG 0,00 0,00 0,00 31.754,00 31.754,00
SECUL 0,00 0,00 50.000,00 50.000,00 100.000,00
T
SSPDS 0,00 161.550,00 179.467,77 574.147,84 915.165,61
FEAS 2.944.004,82 3.002.804,70 2.804.197,23 5.912.627,05 14.663.633,80
SEDU 0,00 0,00 188.454,00 606.720,00 795.174,00
C
SECIT 0,00 0,00 0,00 43.477,56 43.477,56
ECE
SESPO 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 120.000,00
RTE
FUND 0,00 0,00 50.000,00 50.000,00 100.000,00
EJ
TOTAL 2.974.004,82 3.194.354,70 3.302.119,00 7.298.726,45 16.769.204,97
GERA
L
Fonte: Governo do Estado do Ceará/ SEPLAG, 2010.

A leitura dos dados contidos neste quadro revelam que a Política Estadual em Defesa dos Direitos
da Pessoa Idosa, nos últimos quatros anos, apresenta significativo crescimento. Em 2007, apenas
duas secretarias estaduais destinavam em seus orçamentos recursos específicos para a execução de
projetos e/ou benefícios nas áreas de Assistência Social e Esporte Já em 2010, observa-se uma
evolução pelo comprometimento de oito setoriais envolvidas com as ações do Programa Ceará
Acessível, destinadas à esse segmento.

19
Como resultante das articulações efetivadas pelo Ceará Acessível, a participação das diversas
secretarias estaduais foi efetivando-se e hoje é mais significativa, apresentando um crescimento
financeiro ao longo dos quatro anos, conforme dados do quadro II, a seguir.

Quadro II
Evolução Qualitativa de Recursos Públicos

Pessoa IdPppppppppppppppppppppposaPolíticas de Garantia dos Direitos


P145%e
Ano 2007 Ano 2010 Total

2007 - 2010 2.974.004,82 R$ 16.769.204,99 R$ 67.117.601,33

Fonte: Governo do Estado do Ceará, Programa Ceará Acessível, 2010.

O Ceará Acessível, no entanto, não se limita a esse quadro de referências. Outras ações e
investimentos foram desenvolvidos paralelamente por essas secretarias estaduais e seus resultados
estão apresentados ao longo deste artigo. Sobretudo, importa destacar que se começa a desdobrar
políticas conjuntas em sinergias impulsionadoras da rota de acessibilidade que gradativamente
alargam-se para todo o Estado.

Contemporaneamente cresce a compreensão de que o desenvolvimento de uma sociedade deve ser


avaliado pela determinação de incorporar, valorizar e estimular a mais ampla participação política,
econômica, produtiva, cultural e social dos seus cidadãos e prioritariamente daqueles que
ultrapassam a fase dos 60 anos e têm perspectivas amplas de chegarem aos 90 ou 100 anos de idade.

20
No Ceará, onde a população idosa vem crescendo, tal como se observa no País e em quase todo o
mundo, a preocupação com a garantia dos direitos dessa população está evidenciada ,na lógica
gerencial assumida, na articulação intersetorial e na perspectiva da transversalidade das políticas
públicas, com vistas à garantia dos direitos desses cidadãos, como se passa a destacar.

4.1 Assistência Social

Uma visão social inovadora sobre a condição de vida de pessoas idosas foi inaugurada no Brasil
pela Constituição Federal de 1988 e pela Lei Orgânica da Assistência Social de 1993, pautada na
dimensão ética de incluir os segmentos vulneráveis numa visão de Proteção Social que supõe
conhecer os riscos a que estão sujeitos e as possibilidades de enfrentá-los.

A Assistência Social, efetivada como garantia de direitos de pessoas idosas no Ceará, considera três
vertentes de proteção social: os idosos e suas circunstâncias e dentre eles, seu núcleo de apoio
primeiro, isto é, sua família; a proteção social exige a capacidade de maior aproximação possível ao
cotidiano de vida das pessoas idosas, pois é nele que os riscos e vulnerabilidades se constituem; e
por último, o direito ao abrigamento para aqueles que tiveram seus laços familiares rompidos, em
situação efetiva de Proteção Social de Alta Complexidade, pelas próprias condições que
determinam irrevogavelmente tal abrigamento.

. Proteção Social Básica


Programa de Atendimento à Pessoa Idosa Resultados (2007 – 2010)
Terceira Idade Cidadã Financiamento de Projetos e Serviços Municipais
voltados às famílias de Pessoas Idosas, através de
concurso por Edital Público.
Edital 2010/1: 47 Projetos e Selecionados
Edital 2010/2: 05 Projetos Selecionados
Beneficiados: 5.395 idosos
VALOR TOTAL: R$ 1.000.000,00

A Proteção Social Básica direcionada às Pessoas Idosas previne agravos que possam vir a provocar
o rompimento dos vínculos familiares e sociais dos usuários. Visa a garantia de direitos, o
desenvolvimento de mecanismos para a inclusão social, a aquisição de oportunidades e a
participação e o desenvolvimento da autonomia das pessoas idosas a partir de suas necessidades e
potencialidades, prevenindo situações de risco e o isolamento.

21
O Estado do Ceará, em seus 184 municípios exige um planejamento de ações onde a participação de
redes socioassistenciais seja uma realidade como estratégia capaz de permitir o acesso aos idosos
residentes nos distritos mais longínquos.

A territorialização dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) se constitui


oportunidade, por excelência, para a inclusão das pessoas idosas nos mais diferentes serviços e
benefícios socioassistenciais.

As ações de Proteção Social Básica previnem o confinamento de idosos; identificam situações de


dependência; colaboram com redes inclusivas no território; previnem o abrigamento institucional e
promovem sua inclusão social; sensibilizam grupos comunitários sobre direitos e necessidades de
inclusão das pessoas idosas, disseminando novas ideias com vistas à desconstruir mitos e
preconceitos; desenvolve estratégias para estimular e potencializar recursos das pessoas idosas e
suas famílias; estimulam a participação cidadã; contribuem para resgatar e/ou preservar a
integridade e a melhoria da qualidade de vida dos idosos viabilizando a construção de espaços
inclusivos.

Os 52 Projetos Municipais, aprovados pelo projeto Terceira Idade Cidadã, estão referendados por
ações de Proteção Social Básica e concorreram para o fortalecimento da Política de Assistência
Social no âmbito municipal. Como complementaridade são concomitantemente desenvolvidas as
seguintes ações:

Programa de Atendimento
Resultados (2007 – 2010)
à Pessoa Idosa
Terceira Idade Cidadã – • IV Jornada Gerontológica - Valor: R$ 39.920,00
Ações Complementares • Curso de Memória e Socialização - Valor: R$ 34.570,00
• Apoio ao Conselho Estadual dos Direitos dos Idosos - CEDI/CE e
Conselhos Municipais - Valor: R$ 14.346,00
• Grupos de Convivência - Valor: R$ 60.250,00
• Capacitação – Multiplicadores Sociais de Atenção à Pessoa Idosa. 3
Módulos com 120h/a. - Valor: R$ 45.000,00
• Disseminação da Política do Idoso e Monitoramento de Projetos
Municipais - Valor: R$ 105.814,00
TOTAL GERAL: R$ 300.000,00

22
. Proteção Social Especial
Programa de Atendimento à Pessoa
Resultados (2007 – 2010)
Idosa
- Abrigo de Idosos • Abrigo para 105 Idosos (Construção, Reforma e Aquisição
de Equipamentos) - Valor: R$ 2.861.902,00
- Idoso Sujeito Pleno • Manutenção do Abrigo para 105 Idosos. - Valor:
1.700.000,00

Como já se fez referência, a ampliação da expectativa de vida e a redução da mortalidade


convergem para uma maior longevidade da população. Simultâneos, esses indicadores desafiam o
Sistema de Garantia de Direitos da Pessoa Idosa, impondo a necessidade de ações intersetoriais para
a efetivação desses direitos. O Estatuto do Idoso ao estabelecer garantias fundamentais a essa
população, destaca a obrigação da família, da sociedade, da comunidade e do Poder Público em
assegurar à pessoa idosa, com absoluta prioridade a efetivação do direito à vida, à saúde, à
educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao
respeito, à não-discriminação e a convivência familiar e comunitária.

Entretanto, a violência contra a Pessoa Idosa é uma realidade multidimensional e quando se


manifesta é relatada com muito sofrimento pela ruptura das expectativas de afetividade entre
familiares. A violência intrafamiliar compreende tanto maus tratos físicos, quanto psicológicos,
além da negligência e, em sua face mais perversa, o abandono.

A ênfase da Política de Assistência Social na Proteção Especial prioriza a reestruturação dos


serviços de abrigamento aos Idosos que por uma série de fatores não contam mais com a proteção e
o cuidado de suas famílias. Os serviços de Proteção Especial têm estreita interface com o sistema de
garantias de direitos exigindo muitas vezes, uma gestão mais complexa e compartilhada com o
Poder Judiciário, Ministério Público e outros órgãos e ações do Executivo.

Um abrigo constitui-se, portanto, num serviço de Proteção Social Especial de alta complexidade.
Garante proteção integral – moradia, alimentação, higienização e trabalho protegido para idosos
sem referências familiares e/ou em situação de ameaça necessitando do afastamento de seu núcleo
familiar de violência. (violência institucional)

Para cumprir os determinantes legais destinados a Pessoas Idosas que vivenciam tais situações de
risco e vulnerabilidade, a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) mantém o
Abrigo de Idosos, situado na Avenida Olavo Bilac, 1280 – Álvaro Weyne – Fortaleza, numa área
física de 8.539,59 m², cujas instalações passam por construção e reforma física, além de
(re)estruturação gerencial em seus aspectos técnicos para o aprimoramento da qualidade dos

23
serviços disponibilizados aos seus abrigados. A obra que se processa, encontra-se em estágio
avançado com perspectiva de conclusão em maio de 2011.

4.2 Cidades

Programa de Atendimento à Pessoa


Resultados (2007 – 2010)
Idosa
Projeto Costa Oeste Residencial Dom Helder Câmara - Das 864 unidades construídas, 78
destinadas para pessoas idosas
Residencial Alves de Lima
Das 310 unidades construídas, 27 unidades para a pessoa idosa -
Residencial Oscar Araripe - Das 110 unidades construídas, 13
destinadas a pessoas idosas

Residencial Leonel Brizola - 68 unidades construídas, das quais, 07


destinadas a pessoas idosas.

A Secretaria das Cidades, em seu Programa Habitacional, tem reservado unidades adaptadas para
pessoas idosas, além de desenvolver trabalho social junto à população beneficiada pelos projetos
habitacionais sob sua responsabilidade. Tais iniciativas correspondem à garantia de direitos de
pessoas idosas a habitação digna, postulados pela legislação vigente.

4.3 Ciência, Tecnologia e Educação Superior

Programa de Atendimento à Pessoa Idosa Resultados (2007 – 2010)


Inclusão Digital da Pessoa Idosa Valor: R$ 43.477,56

No processo de modernização tecnológica, os papeis sociais tradicionais foram, aos poucos, sendo
modificados. A inclusão digital de pessoas idosas se insere na agenda do Programa Ceará Acessível
como mais uma conquista porque garante o manejo de equipamentos tecnológicos indispensáveis à
vida cotidiana com liberdade e autonomia.

O acesso à comunicação pela via da Internet é um direito contemporâneo que perpassa todas as
gerações. A vinculação de pessoas de todo o mundo em redes de relacionamentos virtuais é uma
realidade e se inscreve numa nova forma de ser, agir e estar no mundo.

24
Além do utilitarismo puro e simples que a inclusão digital de pessoas idosas possa almejar, está
implícito em sua prática o acesso desses cidadãos ao conhecimento em sentido amplo pelas
possibilidades que se abrem frente ao manejo da tecnologia da informática .É com esse
entendimento que o Ceará Acessível transita pela via da Ciência e da Tecnologia, formando
coalizões cada vez mais articuladas para efetivar direitos de pessoas idosas.

4.4 Cultura

Programa de Atendimento à Pessoa Idosa Resultados (2007 – 2010)


Memórias Centenárias do Ceará Livro em fase de editoração - Valor: R$ 50.000,00

O livro “Memórias Centenárias do Ceará”, em sua versão 2010, utiliza-se da metodologia de


entrevistas para a composição de histórias de vida e é protagonizado por quatro idosos de relevante
participação no meio cultural cearense: José Claúdio de Oliveira; Orlys Gurgel; Sinésio Cabral e
Valdemar Caracas.

José Cláudio de Oliveira, escritor, entrevistado por Nirez, aos 83 anos de idade, indagado sobre seus
planos para o futuro afirmou: “Eu estou no futuro [...] tenho um livro novo na cabeça, mas a
máquina de escrever não existe mais [...] hoje é tudo no computador, a máquina de escrever caiu
mesmo”.

Orlys Gurgel, com 82 anos, conta como enfrentou os preconceitos da sociedade cearense,
relembrando fatos de sua juventude, há mais de 60 anos. Foi a primeira mulher radialista. Em sua
entrevista revela: “Eu queria um palco, queria aparecer. Ai me identifiquei com o Rádio. Na minha
época era muito difícil, porque o tabu era esse: moça de família não trabalha em Rádio, mas eu
provei que trabalha, tive dignidade, e ainda hoje tenho.

Sinésio Cabral é a terceira personalidade em destaque. Poeta, 95 anos, entrevistado por Sânzio,
conta sua história de vida e entre suas lembranças, um versinho de sua autoria ilustra breve
passagem neste artigo:

“Não anda fora dos trilhos


nem mesmo, por tentação
quem tem mãe dos seus filhos bem dentro do coração”

25
Por último, Valdemar Caracas, aos 103 anos de idade, poeta e líder dos ferroviários, em sua lucidez,
faz questão de deixar no livro o registro de sua última vontade: “[...] neste espaço de chão foi
sepultado o líder ferroviário Valdemar Cabral Caracas” e acrescenta: “[...] eu quero é ir junto com
os caboclos que me ajudaram a viver e me respeitaram”.

4.5 Educação

Programa de Atendimento à Pessoa Idosa Resultados (2007 – 2010)


Cursos de Alfabetização para a Pessoa Idosa 13.574 idosos em 151 municípios

Apoio às Ações dos Docentes e Discentes

Projeto Eterno Aprendiz (Alfabetização de Idosos Laboratório de Informática com 20 turmas no interior
com Inclusão Digital) e 10 na capital

Encontro para Formação de Professores (PAPI) Realizado

Seminário Estadual para Troca de Experiências com Realizado


Carga Horária de 18h/dia
Valor: R$ 616.720,00

A implementação do Programa Brasil Alfabetizado no Ceará conta com a adesão de 156


municípios, os quais firmaram convênio com o Ministério da Educação. Os demais, (38
municípios), que não aderiram ao Programa Federal tiveram Planos de Trabalho elaborados pela
Secretaria de Educação do Estado e sua execução efetivou-se mediante parceria com o Movimento
dos Trabalhadores Rurais e Sem Terra – MST, Central Única dos Trabalhadores – CUT e Ministério
da Pesca e Agricultura – MPA. Tal iniciativa resultou na alfabetização de 44.170 (Quarenta e Quatro
Mil Cento e Setenta) idosos.

A implantação do Programa de Atendimento à Pessoa Idosa – PAPI, representou significativa


conquista por oportunizar o resgate do tempo e de oportunidades de educação formal para idosos
em situação de analfabetismo.

O PAPI foi criado com o objetivo de promover a alfabetização de pessoas com idade igual ou
superior a 60 anos, com apoio de recurso digital, tendo promovido a inclusão de 450 (Quatrocentos
e Cinquenta) idosos no mundo das novas tecnologias. Para tanto, investiu na formação de

26
educadores com programa pedagógico voltado para o alcance dos resultados almejados, como
também na qualificação tecnológica desses profissionais para o manejo dos computadores utilizados
como ferramentas para a alfabetização de idosos e inclusão digital.

4.6 Esporte

Programa de Atendimento à Pessoa Idosa Resultados (2007 – 2010)


Metas:

Jogos da Felizidade - 1.000 idosos participando de ginástica em Vilas


Olímpicas e 585 idosos inseridos nos Jogos da
Felizidade
Valor: R$ 120.000,00

Projetos para Pessoas Idosas R$ 100.000,00

Total Geral: R$ 220.000,00

O esporte e o lazer como impulsionadores para a atividade física lúdica colaboram para a melhoria
da qualidade de vida de pessoas idosas. Os Jogos da Felizidade movimentam de forma prática o
envelhecimento ativo em seus determinantes sociais e legais, de saúde pública. É exercício de
inclusão social e acessibilidade pela preservação da viabilidade física e emocional de pessoas
idosas.
O Projeto Felizidade nessa gestão assistiu a 1.162 (hum mil cento e sessenta e dois) idosos
participantes de atividades físicas, recreativas, socioesportivas e culturais.
Pela via da prática esportiva, o Ceará Acessível vislumbra a cultura do envelhecimento saudável,
onde os obstáculos podem ser transponíveis pela via do direito à vida saudável e ativa.
A dimensão transversal do Ceará Acessível propicia a busca pela autonomia coletiva de pessoas
idosas. Seus direitos estão formalizados. Usufruir de vida ativa é prerrogativa de cada ser humano e
nessa compreensão, a articulação entre políticas públicas precisa se mover em espiral, num convite
permanente para que pessoas idosas participem ativamente da dinâmica local de sua própria casa,
de seu bairro e de sua cidade.

27
4.7 Saúde

A agenda do Governo do Estado do Ceará, voltada para a implementação de políticas públicas na


área da saúde, converge para a descentralização e universalização do atendimento conforme
dinamizado pelo Sistema Único da Saúde (SUS), cujas ações se voltam para atenção ás demandas
da população cearense em geral.

De modo específico o Programa Ceará Acessível inseriu no MAPP e em sua Matriz GPR, ações
complementares voltadas á garantia dos direitos de pessoas idosas a partir do ano de 2009, com
destaque para os projetos/atividades conforme quadro a seguir:

Programa de Atendimento à Pessoa Idosa Resultados (2009 – 2010)


.Programa Saúde da Família-PSF Incremento de 99.030 idosos cadastrados e atendidos
pelo PSF
.Seminários sobre temas de interesse das pessoas . Seminários desenvolvidos nas Regiões do Aracati,
idosas ( Demência, osteoporose, maus tratos, Brejo Santo, Camocim, Canindé, Crato, Crateús,
prevenção de quedas) Fortaleza, Iço, Iguatú, Juazeiro, Maracanaú, Quixadá,
Russas, Tauá e Tianguá, com a participação de 440
profissionais para otimizar o atendimento á pessoa
idosa.
Seminário sobre envelhecimento e saúde da pessoa . Realizado em Fortaleza com a participação de 350
idosa profissionais das equipes do PSF.
. 50 pessoas capacitadas.
. Capacitação para Cuidadores de Idosos em ;
domicílios e em unidades de saúde. Total Geral R$176.009,87

Esses indicadores, associados ao desempenho das ações globais, efetivadas no âmbito da política da
saúde no Ceará, conferem o reconhecimento do direito do cidadão e a responsabilização do estado
com a garantia de respostas às demandas da pessoa idosa. Nesse sentido, destaca-se que as ações do
SUS são monitoradas por indicadores diversos, onde os dados epidemiológicos registram conquistas
na redução do quantitativo de óbitos materno-infantil, dado que repercute nos indicadores de
longevidade no Estado

As informações do SAI/SUS, relativas ao número de consultas médicas e serviços ambulatoriais são


anualmente crescentes (2.359.497 em 2010). Do mesmo modo, os exames clínicos especializados
relacionados aos diagnósticos em laboratórios clínicos (anatomia patológica, citopatologia,
radiologia, ultrasonografia, tomografia, ressonância magnética, medicina nuclear, endoscopia,
radiologia intervencionista, dentre outras).

28
4.8 Segurança Pública e Defesa Social
Programa de Atendimento à Pessoa Idosa Resultados (2007 – 2010)

Construção de Quadra Coberta Quadra coberta construída


Valor: R$ 341.017,77

Projeto Saúde, Bombeiros e Sociedade 300 núcleos em funcionamento em Fortaleza e RMF


e 14 municípios atendem a 60 mil idosos
Valor: R$ 521.723,02

Alambrado de Proteção e Segurança para a Quadra Valor: R$ 52.424,82


Coberta da Terceira Idade do Corpo de Bombeiros

O rompimento com o modelo histórico do sistema policial no Ceará vem se efetivando, em especial
com a criação do Ronda do Quarteirão e pelo trabalho do Corpo de Bombeiros, através do Projeto
Saúde, Bombeiros e Sociedade que se realiza em praças e demais espaços públicos, reunindo
pessoas idosas para a prática de exercícios físicos.

Trata-se de experiência exitosa disseminada pelos bairros de Fortaleza e cidades do interior do


Estado. Sua prática redefine e amplia o conceito de segurança pública, que converge para a
afirmativa da capacidade de policiais e bombeiros assumirem a missão de proteger a sociedade de
todas as formas de violência, garantindo-lhes acesso ao lazer e à prática de esportes, contribuindo
significativamente para a sociabilidade, autoestima e consequente melhoria da qualidade de vida de
seus participantes.

4.9 Turismo
Programa de Atendimento à Pessoa Idosa Resultados (2007 – 2010)
Clube da Melhor Idade Concessão de diárias e passagens
(Nacional e Internacional)

A qualidade de vida para pessoas idosas é uma premissa que se estende também às possibilidades de
fazer turismo. Nessa perspectiva, algumas garantias legais estão estabelecidas a exemplo do Passe
Livre, que lhes assegura gratuidade nos transportes coletivos urbanos (ônibus, metrô) a partir dos 65
anos de idade. Nos coletivos municipais, 10% dos assentos são reservados aos idosos e tais assentos
apresentam placas indicativas.

29
Para viagens entre Estados (transporte interestadual) os idosos com renda inferior a 2 (dois) salários
mínimos têm direito à gratuidade na passagem, com limite de 2 (duas) vagas por veículo. Caso as
vagas tenham sido preenchidas, o idoso tem direito à redução de 50% no valor da compra da
passagem.

Coerente com a garantia de tais direitos, a Secretaria do Turismo vem desenvolvendo o Projeto
Clube da Melhor Idade, disponibilizando a concessão de passagens aéreas e diárias em hotéis para
que pessoas idosas do Clube possam participar de eventos (reuniões, Congresso Luso/Brasileiro em
Lisboa, Congresso Regional em São Luís – MA; Reunião Nacional em Brasília) oportunidade em
que divulgam os pontos turísticos e o artesanato do Estado do Ceará.

Vale ressaltar ainda, o apoio à Ouvidoria do Estado para criação e manutenção da Ouvidoria do
Idoso. E, em apoio às ações da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS),
promoveu-se o incentivo e articulações para a realização do projeto Fortalecimento Institucional em
suas etapas de capacitação de Conselheiros Municipais dos Direitos do idoso com o apoio da STDS
e do Portal Inclusivo em articulação com a Secretaria do Planejamento e Gestão e a Empresa de
Tecnologia da Informação do Estado do Ceará (ETICE), o que está consolidado num mecanismo
destinado a comunicação virtual das políticas públicas direcionadas a idosos no Ceará.

Sem o intuito de relatar atividades cotidianas efetivadas até então, deixa-se, aqui, uma breve síntese
do que foi possível empreender, até agora, no sentido da articulação de políticas públicas para a
garantia dos direitos de idosos no Ceará.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Afinal, diante do exposto, como garantir o envelhecimento digno em uma sociedade cujos valores
simbólicos de identidade constroem uma trama para mecanismos de defesa na busca da jovialidade?

Nos limites deste artigo seria precipitado apontar caminhos como verdades últimas, entretanto,
algumas pistas podem balizar o consenso em torno dos rumos que se deve perseguir para a busca de
respostas positivas às dificuldades presentes.

Como já foi identificado por Silva (2008), uma época histórica se caracteriza principalmente por um
sistema de ideias, sistema de técnicas e institucionalidade. 6 Essa mudança, postulada no campo das
políticas públicas destinadas às pessoas idosas, exige o direcionamento do olhar multifocal para
6
SILVA , José de Souza. A mudança de época e o contexto global cambiante. Implicações para a mudança
institucional em organizações de desenvolvimento. (mimeo), 2008

30
suas mais diferentes condições de existência digna. Tais condições mudam quando se transformam,
de forma qualitativa e simultânea, as relações institucionais em sua dinâmica de respostas às
demandas da população.

Já não se discute se o envelhecimento da população é projeção consistente. A realidade confirma


esse fato. O que está em discussão é como garantir o envelhecimento com dignidade, mas também
não se pode pensar o futuro desconsiderando o hoje.

A realidade contemporânea é excludente, injusta e perversa em condições objetivas de vida para


expressiva maioria das pessoas idosas, seja pelas limitações econômicas, sociais ou culturais que
vivenciam.

A experiência na gestão de políticas públicas, voltadas à garantia dos direitos de pessoas idosas,
autoriza a compreensão de que operadas isoladamente se mostram reducionistas e questionáveis no
alcance de seus objetivos. Do mesmo modo, é compreensível que o controle social por parte dos
Conselhos, efetivado no campo da participação ativa no planejamento, monitoramento e avaliação
dessas políticas, ainda deixa muito a desejar. Assim sendo, o envelhecimento digno das gerações
presentes está seriamente comprometido, o que não desanima vislumbrar um futuro diferente, onde
todas as barreiras atitudinais excludentes tenham sido superadas pelo esforço coletivo para a
transformação da realidade

Articular saberes, esforços e vontades parece ser um caminho possível à gradativa mudança cultural
que, hoje fomentada pela perspectiva consumista do descartável, valoriza o que é novo em
detrimento do que é velho. Nessa lógica, coisas e pessoas são colocadas sob a mesma ótica. Seres
coisificados perdem sua identidade e, quando muito, são transformados em mero elementos de
cálculos estatísticos, ao passo que suas projeções adquirem visibilidade.

Muito mais que aparato legal de garantia de direitos, fala-se aqui de mudança nos modos de ser,
pensar e agir de uma sociedade inteira, não somente de pessoas idosas. Para que esse ideal adquira
concretude toda a coletividade precisa estar consciente dos limites e possibilidades presentes.

No que diz respeito ás responsabilidades do Estado do Ceará, está em curso uma articulação
permanente entre as políticas públicas, voltadas à garantia dos direitos das pessoas idosas. Embora
recente, o Programa Ceará Acessível já extrapola seu estágio de concepção filosófica e
organizacional e, aos poucos, adquire visibilidade pela pertinência da vontade política de
transformar o quadro da realidade local.

31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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32
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www.docelimao.com.br capturado em 06/05/2010

EIXO I
ENVELHECIMENTO E POLÍTICAS DE ESTADO: PACTUAR CAMINHOS
INTERSETORIAIS

A proposta é pensar a pessoa idosa como cidadão de direitos que precisam ser respeitados e
conquistados pela sociedade brasileira. Para alcançá-los, será preciso construir caminhos e contar
com a participação e a responsabilidade dos diversos setores que tratam das políticas de idoso.

A Conferência funcionará como uma oportunidade para que os idosos conheçam e dialoguem com
os representantes do Governo, do Judiciário e do Legislativo para que os gestores das diferentes
políticas públicas conversem, debatam e definam com os idosos e seus representantes as mudanças
e ajustes necessários.

Há ações que dizem respeito a mais de uma política. Por exemplo, nas Políticas de Promoção dos
Direitos da Pessoa Idosa participam; Saúde e Assistência Social ; Saúde e Educação; Educação e
Assistência Social; Educação e Políticas de Trânsito; Habitação e Políticas da Cidade; Previdência
Social e Trabalho; Cultura, Lazer e Turismo; Justiça e Direitos Humanos. Da mesma forma, nas
Políticas de Proteção dos Direitos e nas Políticas de Cuidados, tendo em vista que o envelhecimento
afeta de forma diferente homens e mulheres (feminização da velhice). Portanto, será necessário
pensar ações integradas entre o poder público e a sociedade civil organizada para fortalecer as
políticas de atendimento ao idoso no Município e de promoção do envelhecimento ativo, pois isso
interessa a homens e mulheres de todas as idades, etnias, orientação sexual, com e sem deficiência,
com e sem sofrimento mental, trabalhadores e aposentados, das cidades, das zonas ribeirinhas, da
floresta e do campo e outros.

33
EIXO II
PESSOA IDOSA: PROTAGONISTA DA CONQUISTA E EFETIVAÇÃO DOS SEUS
DIREITOS

Ser protagonista de uma novela, de um filme ou de um livro significa ser o personagem. Ser
protagonista de direitos basicamente significa ser o ator principal: aquele que se envolve e participa
das discussões nos seus grupos e associações, nos Conselhos e em todos os espaços, porque deseja;
influir nos processos e nas decisões do governo sobre os assuntos do seu interesse.

Muitos direitos das pessoas idosas não têm sido respeitados na sociedade brasileira. Quem pode
ajudar a mudar essa dura realidade? A maioria das pessoas ainda não envelheceu e não sabe o que
significa ser idoso no Brasil de hoje e grande parte nem quer saber. O idoso sabe. Ele precisa ser
ouvido. Porém, nossa sociedade não está mais acostumada a ouvir a pessoa mais velha e muitas
vezes, nem se interessa em ouvi-la. Às vezes, a pessoa mais velha acha que não vale mais apenas
lutar por seus direitos ou nem acredita mais que eles “ sairão do papel” . Certamente, será
necessário um longo processo de educação e sensibilização que começa nas lares, nas escolas, no
trabalho, nas agências da previdência social, nas agências bancárias, nos postos de saúde e
hospitais, nos transportes públicos e em toda a cidade, em todas os Estados do nosso país até que os
direitos da pessoa idosa sejam reconhecidos e respeitados. Porém, o primeiro passo fundamental é
que o próprio idoso conheça bem os seus direitos, sinta-se dono deles, defenda-os e se beneficie
deles. A sociedade e as políticas públicas só respeitarão esses direitos se o próprio idoso estiver
atento, organizado e em condições de manifestar sua vontade e de reagir diante das injustiças.

Neste eixo, serão debatidas estratégias para estimular a participação dos idosos, para aumentar seus
conhecimentos e de toda a sociedade acerca desses direitos e para consolidar a ideia de que o idoso
é um cidadão pleno de direitos que não pode e não deve ser excluído das discussões e nem das
responsabilidades.

TEXTO BASE

Pessoa idosa: protagonista da conquista e efetivação dos seus direitos


Por Tulia Fernanda Meira Garcia

O envelhecimento populacional, ainda que se apresente como fenômeno mundial, tem transformado
de maneira muito rápida o perfil demográfico da população brasileira colocando o Brasil em grande

34
evidência nas discussões, estudos e pesquisas sobre a velhice e o envelhecer. Nas próximas décadas
vivenciaremos um crescimento significativo da população em idade adulta avançada o que leva a
velhice, o envelhecimento e a pessoa idosa a alcançarem o status de uma das principais questões a
serem enfrentadas nesse milênio.

Ainda que a maior concentração de idosos esteja presente na população dos países do Continente
Europeu, a Organização das Nações Unidas (ONU) põe em relevo que a transformação do perfil
etário é mais notável e mais rápida nos países em desenvolvimento, nos quais se prevê que a
população idosa quadruplicará nos próximos 50 anos.

A observação do cenário demográfico da América Latina (CEPAL, 2003), por exemplo, revela que a
proporção do grupo etário de 60 anos ou mais passará a responder de 8% para 15% do total
populacional. Se considerarmos que os países dessa região apresentam diferenças históricas, sociais
e econômicas em várias instâncias, podemos atentar para a importante heterogeneidade em relação
ao processo de envelhecimento de sua população e sobre a situação brasileira nesse contexto.

A transformação demográfica que em países desenvolvidos ocorreu ao longo do século XX,


apresenta peculiaridades no País por acontecer de forma acelerada, sucedendo de uma geração para
outra, menciona Garcia (2001). Sem dúvida é um triunfo demográfico! Mas será que estamos nos
preparando para essa nova realidade? Esta é a inquire que nos leva a compreender o interesse cada
vez maior de se buscar caminhos para intervenções resolutivas junto a essa população.

Atentemos para o fato de que, no Brasil, em 1950, a população idosa correspondia a 4,4% dos
brasileiros; em 1991, ela subiu para 7,4%; e, no ano de 2050, o Brasil terá 64 milhões de idosos, o
que representará 29,7% da população total, mais que o triplo do registrado em 2010, conforme
aponta o recente relatório “Envelhecendo em um Brasil mais Velho”, do Banco Mundial (2011).

Se no ano de 2008, para cada grupo de 100 crianças de 0 a 14 anos existiam 24,7 idosos de 65 anos
ou mais, em 2050, o quadro mudará, e para cada 100 crianças de 0 a 14 anos existirão 172, 7 idosos,
alerta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no documento Projeção da População do
Brasil por sexo e idade: 1980-2050 - Revisão 2008, que subsidia Ministérios e Secretarias Estaduais
e Municipais para a formulação, implementação e posterior avaliação de seus respectivos
programas de desenvolvimento e, em particular, das ações contidas em suas políticas sociais (IBGE,
2009).

35
Os indicadores censitários, dados demográficos, números e percentis revelam que o País caminha
velozmente rumo a um perfil demográfico cada vez mais envelhecido e alçando o Brasil entre
países líderes das discussões mundiais e tomada de decisões à respeito da velhice.

Precisamos agir rápido. O País já apresenta cabelos brancos! E esse perfil etário da população
brasileira exige que a sociedade assuma o compromisso de oferecer aos idosos novas oportunidades
e variados mecanismos de garantia para o estabelecimento de um modelo de envelhecimento mais
digno.

O fato de o Brasil ter embarcado em um processo de desenvolvimento que o está levando a atingir
índices sociais e demográficos de primeiro mundo, embora com sistemas e instituições herdadas de
outro contexto, demonstra ser imperioso que ampliemos as oportunidades de protagonismo das
pessoas idosas pois o aumento na expectativa de vida e da população de gerontos, transforma a
realidade social de maneira irreversível.

O processo de envelhecimento da população demanda um olhar atento às peculiaridades desse


segmento populacional por parte do poder público, da família e da sociedade, na proposição de
diferentes estratégias, ações e serviços que atendam às necessidades de atenção, proteção e defesa
dos direitos da população idosa, como aponta Mariano (2009).

Na direção de refletir sobre a longevidade e acerca do envelhecimento populacional, a Assembléia


Mundial sobre o Envelhecimento, inquestionavelmente, se mostra como um dos mais importantes
ajuntamentos de esforço concentrado por um envelhecimento mais digno. Promovida pela ONU, em
duas edições acontecidas em Viena (1982) e em Madri (2002), com periodicidade de 20 anos, a
Assembléia Mundial do Envelhecimento agrega Estados, nações, organismos especializados,
organizações intergovernamentais e organizações conexas, sensibilizados pela questão do
envelhecimento populacional.

Os pontos suscitados, os caminhos encontrados, além dos compromissos e das recomendações,


sobre o enfrentamento da velhice, construídas por todos os que se fizeram presentes às plenárias,
registradas em um documento final, compõem um relatório de forte impacto para as tomadas de
decisões relacionadas com a longevidade.

As metas, objetivos e compromissos referendados no documento da ONU, referente à segunda


edição do evento, resultaram tanto em um plano de ação, compromisso de todos os Estados

36
participantes, quanto em um documento que congrega em si a mais expoente discussão sobre o
envelhecer. Por sua escrita criteriosa e profunda reflexão sobre a temática, esse documento
consolida-se como referência imprescindível para todo aquele que se aventura pela teia complexa
da análise do envelhecimento.

Outra ação mundial de forte apelo e importante impacto aconteceu alguns anos antes da reunião de
Madri, se deu em 1999 com a celebração do Ano Internacional do Idoso, cujo intento foi a
consolidação do ideal de transformação da “Sociedade para Todas as Idades”.

As referidas ações estabeleciam quatro frentes ou linhas de investida: o desenvolvimento individual


durante toda a vida; o estímulo às relações intergeracionais; a relação entre o envelhecimento da
população e o desenvolvimento; e a análise de situação das pessoas longevas. Atentem para o fato
de que elas construíram a teia de proposições e iniciativas de fortalecimento do protagonismo e
empoderamento das pessoas idosas, termos esses que serão melhor analisados no corpo deste texto.

Como resultado dessas duas grandes iniciativas de coletivizar o enfrentamento da transformação do


perfil etário e demográfico, a velhice e o envelhecimento projetaram-se mundialmente como pauta
indispensável das decisões políticas, trazendo o idoso para um lugar de destaque, merecedor de
atenção e, na qualidade de ser humano, possuidor de direitos inerentes. É bem verdade que até hoje
reverberam seus ideais em todos os espaços de discussão sobre a pessoa idosa!

Uma das estratégias mais relevantes, resultado desse processo, é o reconhecimento da importância
da participação ativa do idoso que começa, então, a deixar o papel de invisibilidade social para
visibilidade e protagonismo no processo de planejamento, elaboração, monitoramento e
acompanhamento das políticas públicas que atuam na área do envelhecimento.

No Brasil, Rozendo, Justo e Correa (2003), ao tomar o campo jurídico como objeto de análise da
participação do idoso, asseveram que o brasileiro gris assumiu personalidade própria a partir da
promulgação de diversas leis específicas que regulam direitos, políticas e serviços, dentre elas a
Política Nacional do Idoso (PNI), promulgada em 1994, e o Estatuto do idoso, em 2003. Além, é
claro, do marco jurídico do Estado democrático e participativo e dos direitos civis e políticos da
comunidade, a Constituição Federal de 1988, conhecida como ‘Constituição Cidadã’, que celebraria
os direitos universais do homem.

37
É de importância inconteste os chamados “canais participativos” que se consolidam na
contemporaneidade e, talvez, representem as principais garantias de participação popular e de
exercício da cidadania na esfera política do país, estabelecidas na Constituição de 1988, como
apontam Gohn (2004) e Andrade (2007), apud Mariano (2009) entre os quais citamos os fóruns de
debates e conferências, voltados para o planejamento de políticas setoriais (saúde, educação,
assistência social, meio ambiente etc.) e, principalmente, os conselhos de políticas e de garantia de
direitos (como os Conselhos de Assistência Social, Conselhos de Saúde, os Conselhos do Idoso).

As pessoas envolvidas com as questões gerontológicas esperam, ansiosamente, a consolidação de


uma nova ordem social, na qual onde o idoso assuma, de fato, locus privilegiado numa dinâmica
social que, embora imposta pela mudança no perfil demográfico, leve a velhice a ser entendida
como uma grande conquista! Sim, é assim que devemos considerá-la, pois a sociedade brasileira
está envelhecendo, e isso é um fato irreversível que vai interferir em todas as dimensões da vida
humana, por isso precisamos garantir qualidade de vida, autonomia.

Nessa direção, podemos elencar fatores de grande impacto para essa transformação como:
• desenvolvimento de pesquisas nas áreas de Gerontologia;
• leis, portarias, resoluções e matérias regulamentadas sobre direito e política;
• envolvimento de entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU), de inúmeras
organizações governamentais e, especialmente, da sociedade civil organizada;
• exposição da longevidade nos meios de comunicação;
• protagonismo do idoso, com a ampliação da participação das pessoas idosas nas políticas
públicas;
• fortalecimento dos conselhos de políticas e de fóruns permanentes de políticas para o idoso,
espaços privilegiados de controle e participação social.

Podemos considerar os fatores citados como os contribuem, com maior ascendência, para
consolidar o novo paradigma do envelhecimento, isto é, o modelo de envelhecimento que tem como
meta a velhice ativa e participante e que demanda uma sociedade que assegure espaços de
participação social para esse grupo etário.

No Brasil contemporâneo percebemos maior investimento e envolvimento no sentido de que


condições básicas de vida do idoso sejam respeitadas. Mas lanço uma pergunta? Será que
estaríamos satisfeitos com a garantia das condições básicas de vida, ou será que almejamos mais?
Mais cidadania, mais dignidade, mais participação social... mais vida aos anos vividos!

38
Cada um de nós, nos espaços diversos do cotidiano, percebe que a sociedade brasileira ainda não
compreendeu que o fenômeno do envelhecimento é um grande desafio para o país e, em particular,
para a política social. Essa situação demonstra a necessidade de fomentar o debate e a reflexão
acerca das implicações deste fenômeno, dentre as principais, o protagonismo e o empoderamento7,
sendo o protagonismo um dos eixos da III Conferência Nacional de Direitos da Pessoa Idosa que
norteia, por conseguinte, as discussões nas esferas municipal, regional e estadual, de maneira que
cientes desse processo, possamos ajudar a torná-lo cada vez mais presente entre os idosos do nosso
Ceará. Por isso estamos juntos aqui, nesse diálogo franco!

Palavras comumente utilizadas, protagonista e protagonismo, do ponto de vista etimológico


derivam de protagnistés, que significa o ator principal, ou aquele que ocupa o lugar principal em
um acontecimento. A palavra é formada pela junção dos termos proto, que significa primeiro ou
principal, mais agon, que significa luta.

Se no campo da literatura e da dramaturgia elas são empregadas para se referir a personagens de


uma história, responsáveis pelo desenrolar de um enredo (Justo et al., 2010), sua utilização nas
ciências humanas, segundo Gohn (2005) se refere aos atores que configuram as ações de um
movimento social.

Em consonância com o conceito que entende o protagonismo a partir do viés relacional, na medida
em que só pode ser compreendido em relação aos diferentes sujeitos envolvidos num
acontecimento, para nós interessa o protagonista em ação, isto é, aquele capaz de transformar a
condição socioexistencial que acontece nos espaços de participação social e processos de controle
de políticas.

É como expõe Minayo (2001) sobre o protagonismo no campo das ciências sociais ao afirmar que
estes termos têm sido utilizados como variantes do termo “sujeito” para designar grupos ou
conjuntos de atores sociais que desencadeiam ações e se colocam ativamente na construção da
história.

E o que pensar sobre o protagonismo da pessoa idosa nos espaços de participação política e na
própria dinâmica da comunidade ao qual ele integra?
7
Empowering ou empoderamento surge com os movimentos de direitos civis nos Estados Unidos nos anos de 1970
e pode ser entendido como processo pelo qual as pessoas, as organizações, as comunidades tomam controle de
seus próprios assuntos, de sua própria vida, tomam consciência da sua habilidade e competência para produzir,
criar e gerir seus destinos.

39
O entendimento de protagonismo, defendemos, deve estar vinculado à idéia de gerenciamento da
vida, ou seja, de autonomia individual no sentido de atuações próprias que propiciem a realização
de projetos. Essa também é a idéia de Mariano (2009) ao investigar de que forma a participação
ativa do idoso, que começa a deixar o papel de invisibilidade social para assumir posição de
visibilidade, protagonismo e empoderamento no processo de planejamento, elaboração,
monitoramento e acompanhamento das políticas públicas que atuam na área do envelhecimento,
impactará nos conselhos de direitos e políticas de idosos como espaços legítimos de controle e
participação social.

A própria expressão “atores sociais”, amplamente aplicada no lugar do “sujeito”, faz referência
clara ao entendimento de que a sociedade se caracteriza como um cenário de acontecimentos
parecidos com o das interpretações das artes cênicas. Por isso, o emprego do termo protagonista
dada sua vinculação à literatura e dramaturgia não ocorrem por acaso, especialmente quando ao
idoso, por muito tempo foi concedido somente o gueto social. O idoso deve sim sentir-se agente de
transformação e para tanto urge que tome assento qualificado nos conselhos, fóruns, conferências e
demais espaços de participação democrática.

Rozendo, Justo e Correa (2010) ao realizarem levantamentos sobre o assunto, realizados em


algumas das principais bases de dados do Brasil e do mundo – Portal

EIXO III
FORTALECIMENTO E INTEGRAÇÃO DOS CONSELHOS: EXISTIR, PARTICIPAR,
ESTAR AO ALCANCE, COMPROMETER-SE COM A DEFESA DOS DIREITOS DOS
IDOSOS.

Uma grande lacuna observada na Política Estadual do Idoso é que devemos reconhecer a falta de
articulação entre os Conselhos Municipais , Estadual e Nacional. Será necessário criar estratégias de
interlocução permanente, para a troca de experiências exitosas, para a luta por objetivos comuns.
Também será preciso:
− Aumentar o número de Conselhos Municipais, nos Municípios que ainda não possuem
Conselhos Municipais dos Direitos do Idoso.

40
− fortalecer o diálogo entre os Conselhos Municipais e Estadual; Estadual e Nacional, criando
espaços para Seminários, Fóruns, Audiências Públicas, Teleconferências para estimular a
participação de mais grupos e Entidades nos Conselhos;
− fortalecer a integração entre os Conselhos dos Direitos do Idoso e os demais Conselhos.

Cabe aos Conselhos de Idosos mobilizar a sociedade para se preparar para a realidade do
envelhecimento brasileiro, dentro de trinta anos, de cada quatro pessoas uma será idosa no Brasil.
Nossa cidade, nosso Estado, nosso País está preparado para este envelhecimento?

TEXTO BASE

Fortalecimento e integração dos Conselhos: existir, participar, estar ao alcance, comprometer-


se com a defesa dos direitos dos idosos.

Ana Lucia Barbosa Gondim8

Lucila Bomfim Lopes Pinto9

Ao abordar o tema fortalecimento e a integração dos conselhos: existir, participar, estar ao alcance,
comprometer-se com a defesa dos direitos dos idosos, se faz necessário tecer alguns comentários
sobre a introdução do mecanismo da participação no seio da sociedade brasileira, o seu significado
e suas principais missões.

Anterior ao advento da Constituição Federal de 1988, qualquer mobilização, organização e


tentativa de participação popular eram duramente reprimidas pelo sistema vigente, consideradas
fortes e perigosas ameaças a ordem pública e ao desenvolvimento do país, uma vez que
participação, até então, não significava nada além do envolvimento das comunidades na realização
das atividades de interesse do sistema vigente, já que as relações de produção, dominação e
estrutura de classes eram intocadas.

8
Assistente Social e Advogada, atual presidente da Associação Cearense Pró-Idosos- ACEPI , integrante do Fórum
Cearense de Políticas para o Idoso – FOCEPI e conselheira do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de
Fortaleza – CMDPI Fortaleza
9
Terapeuta Ocupacional, Professora da UNIFOR, Presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Idoso – CEDI – CE,
integrante do Fórum Cearense de Políticas para o Idoso – FOCEPI, Membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e
Gerontologia – SBGG-Seção-CE.

41
Nas décadas de 50 e 60, a participação era entendida como uma complementação do Estado pela
sociedade, num contexto em que a sociedade legitimava a omissão do Poder Público, prestando
serviços e realizando ações que o Estado tinha a obrigação de fazer e não o fazia. No caso
específico, da assistência ao idoso, esta era assumida tradicionalmente pela iniciativa privada,
filantrópica e religiosa.

Apenas no final da década de 60 e nos meados da de 70 é que a participação popular se fortalece,


aprofundando críticas e radicalizando práticas políticas em oposição ao sistema por meio dos
movimentos sociais, que foram instrumentos fundamentais para a redemocratização da sociedade e
Estado brasileiros. Sobretudo nos anos 70 e 80 foi decisiva a atuação de diferentes grupos sociais,
não apenas se opondo frontalmente ao regime ditatorial, mas lutando pela concretização de seus
interesses e direitos.

No final da década de 70, surgem também os movimentos dos trabalhadores, predominantemente na


região do ABC paulista, emergindo daí as lideranças dos operários, sendo deflagrados nesse
contexto os fortes confrontos entre a didatura e a mobilização popular contra a mesma.

Nessa época, emergiam em todo o Brasil os conselhos comunitários, criados pelos governos, para
incorporar a sociedade civil no controle de seu destino, e os conselhos populares, criados pelos
próprios movimentos sociais, para pressionar os governos no intuito da obtenção dos direitos das
classes exploradas e oprimidas, atingindo o auge do movimento popular.

Em meados da década de 80, o movimento pelas eleições diretas para presidente, denominado
DIRETAS JÁ, mesmo tendo sido derrotado, contribuiu significativamente para a consolidação da
participação popular e, garantiu ao povo o direito de votar para presidente, sendo Tancredo Neves o
último presidente eleito indiretamente.

Com o advento da Constituição Federal- CF de 1988, iniciou-se um novo processo na vida do


cidadão brasileiro: a possibilidade da criação de instrumentos de fortalecimento da participação do
mesmo em praticamente todas as áreas anteriormente controladas pelo Estado estando os conselhos
inseridos como instrumentos fundamentais dessa participação.

42
Os conselhos como espaços de participação democrática foram reincorporados ao cotidiano da
sociedade brasileira com a promulgação da Constituição Federal de 1988, a qual, no parágrafo
único do art. 1º, afirma: “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. Com isso, a CF/88 introduz a democracia
participativa na vida brasileira, como uma interação entre o Poder Público e a sociedade, dando ao
cidadão o direito de intervir diretamente na vida política.

No parágrafo único do art. 194 do mesmo diploma legal, está dito ser competência do Poder
Público organizar a seguridade social, com base no caráter democrático e descentralizado da
administração, mediante gestão quadripartite10, com participação dos trabalhadores, dos
empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.

A criação do sistema único de saúde- SUS também prevê que as ações e serviços públicos de
saúde estarão integrados a uma rede regionalizada e hierarquizada organizada, por meio da
participação da comunidade11.

As ações governamentais na área da assistência social passam a ser organizadas com base na
participação popular, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no
controle das ações em todos os níveis12.

A introdução da descentralização e da participação popular pela Constituição Cidadã favoreceu a


construção de um novo contexto social impondo à gestão pública a outorga à sociedade para intervir
nas políticas públicas, interagindo, dessa feita, com o Estado, na definição de prioridades,
implementação e elaboração de planos, fiscalizando e avaliando as políticas, programas e ações
públicas municipais, estaduais ou federal, descentralizando, desta feita, o poder de decisão e
destinação de recursos na prestação de serviços públicos. Desta forma, há o compartilhamento de
responsabilidades entre o Estado e a sociedade, atingindo-se maior eficácia e efetividade.

Nesse novo contexto democrático, a assistência social adquiriu status de política pública, sendo
reconhecida como direito do cidadão e dever do Estado, introduzindo, com isso, uma nova cultura

10
Integrada por quatro partes, representado por quatro segmentos.
114
Art. 198 da CF. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:.. III - participação da comunidade.
125
Art. 204 da CF. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento
da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes:.. II
- participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das
ações em todos os níveis.

43
no exercício da política pública de assistência, na qual os conselhos ganham expressão e a missão
para exercer o controle social.

Com isso, a década de 90 assistiu a uma verdadeira explosão de criação de Conselhos no país,
culminando com a obrigatoriedade da implementação dos Conselhos de Saúde, Conselhos Tutelares
e de Direitos da Criança e do Adolescente, Conselhos de Acompanhamento e Controle Social do
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério
(FUNDEF), o Conselho de Assistência Social e Conselhos Escolares

No Brasil, os Conselhos seguem basicamente três linhas: Conselhos gestores de programas


governamentais; Conselhos de políticas setoriais e Conselhos temáticos13, possuindo características
diferenciadas quanto a natureza, papel, funções, atribuições, composição, estrutura e regimento e,
independentemente do foco das ações de cada um deles, todos representam reais possibilidades da
participação da sociedade no interior do próprio Estado, por meio do exercício do controle social,
missão essa que por si só justifica a sua criação e existência.

O Estatuto do Idoso- Lei 10.741 de 01 de outubro de 2003 14 recepcionou alguns artigos da Lei
8.842 de janeiro de 1994, a qual dispõe acerca da Política Nacional do Idoso- PNI e cria o Conselho
Nacional do idoso, e, em seu art.52, afirma a existência de fiscalização das entidades
governamentais e não governamentais de atendimento ao idoso a ser realizada pelos Conselhos do
Idoso, pelo Ministério Público, pela Vigilância Sanitária, bem como pelos demais órgãos previstos
em lei.

Já o art. 53 modifica a redação do art. 7º da PNI, e este passa a vigorar com a seguinte redação: “
Art. 7º compete aos Conselhos de que trata o art. 6º desta Lei a supervisão, o acompanhamento, a
fiscalização e avaliação da política nacional do idoso, no âmbito das respectivas instâncias político-
administrativas”.

Esses conselhos, entendidos como espaços de participação democrática, expressão de militância


ética-política, são principalmente canais permanentes de debate, comunicação e informação,
possibilitando o exercício da soberania popular no controle das ações do Estado em defesa dos

13
Os Conselhos de Idoso integram a linha de conselhos temáticos, cujo tema é o interesse e o direito do idoso.
14 7
Lei 10.741 de 01 de outubro de 2003 que dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências

44
interesses coletivos. Visam, sobretudo, subsidiar tomada de decisão política promovendo a
participação efetiva da comunidade nos assuntos de caráter público.

O controle social da gestão pública nas diversas áreas (educação, saúde, segurança, assistência
social etc.) tem perspectivas de se consolidar como espaço de co- gestão entre Estado e sociedade,
para o exercício de práticas inovadoras favoráveis a cidadania ativa.

“ O governante é um comissário do povo e a fiscalização pelo povo sobre as ações do governo é a


forma segura para evitar a usurpação e o predomínio do interesse privado sobre o interesse
público.”(ROUSSEAU, 1997)15

A 2ª Conferência Nacional de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, em seu texto base, ressalta que o
maior benefício da participação democrática é: “a possibilidade da sociedade influenciar as decisões
políticas e legislação que afetam diretamente os cidadãos”, e Sales (2005) corrobora com esse
entendimento quando afirma que “participar é ter poder de definir os fins e os meios de uma prática
social, poder que pode ser exercido diretamente ou através de mandatos, delegações ou
representações”16. É nesse contexto que o papel dos conselhos é fortalecido, sendo evidente a
importância a ser dada na formação e nos compromissos dos seus conselheiros.

Como dito anteriormente, os Conselhos são instrumentos privilegiados de controle democrático em


uma gestão descentralizada e participativa devido a: seu caráter permanente; sua composição
paritária; sua natureza deliberativa, constituindo-se em espaço efetivo para o exercício das relações
democráticas entre governo e sociedade civil, local singular para o debate de interesses em conflito,
fazendo parte de uma cadeia de mecanismos de gestão participativa devendo, para isso, articular-se
com os Fóruns, Assembléias, Comissões, Conferências, órgãos gestores, fundos especiais, entidades
privadas, Ministério Público, etc., os quais são os espaços e mecanismos legais do processo
participativo.

É importante que se fale rapidamente das características dos Conselhos para uma melhor
compreensão desse mecanismo de participação, a começar pela definição de conselho como um
órgao colegiado, sendo, pois, composto por vários agentes públicos, o que faz com que suas
decisões sejam da maioria, isto é, sejam coletivas.
15
ROUSSEAU, Jean Jacques. Os Pensadores. V.I, São Paulo: Nova Cultura, 1997.
16
SALES, Ivandro Costa. Os Conselhos e a Gestão Democrática: armadilhas e possibilidades. Cadernos de Educação
Popular, Rio de Janeiro, v.32,p.40-52,2005.

45
É paritário, porque se refere a par, significa dizer que sua composição é feita pelo mesmo número
de representantes de órgãos governamentais(OG’s) e não governamentais (ONG’s), ou seja,
representantes da sociedade. Cada órgão possui um titular e um suplente.

É representativo, porque tem representantes de associações, grupos de idosos, pastorais,


aposentados, asilos, ou seja, é composto por entidades que, direta ou indiretamente, estão ligadas à
questão do idoso.

É deliberativo, por poder decidir e/ou definir normas e ações referentes à política de apoio à pessoa
idosa.

É fiscalizador, porque fiscaliza a execução dos programas e projetos dirigidos ao idoso.

É articulado, porque favorece o diálogo entre a prefeitura/ estado e a sociedade.

É implementador, por favorecer a comunicação transparente das informações para permitir o


controle por parte da sociedade.

A natureza dos mecanismos com os quais os conselhos deverão se articular precisa ser bem
entendida por todos, a fim de que sejam identificados e mobilizados pela sociedade.

Os Fóruns constituem-se objetos de controle social, considerando-se que são criados como
instrumento de participação democrática, diferenciam-se dos conselhos porque são instituintes, não
são criados juridicamente, ou seja, são criados livremente, por iniciativa popular e abertos à
participação, ao passo que os conselhos são instituídos, isto é, são estabelecidos por iniciativa do
poder público por meio de uma lei. Os fóruns exercem o papel de debate, controle e de
proposições

As assembléias são as reuniões ou grupo de pessoas que fazem parte de uma mesma entidade ou
órgão, detentoras ou não de mandatos, e são convocadas com o intuito de legislar ou deliberar sobre
assuntos de interesse público ou privado.

As comissões são formadas por pessoas encarregadas de funções especiais, de tratar de um


determinado assunto, de estudar e aprofundar sobre esses assuntos para depois dar a sua opinião
sobre os mesmos, por meio ou não de parecer.

46
As conferências são grandes reuniões compostas por representantes do Estado e da sociedade, com
objetivos de analisar e avaliar as ações e políticas na sua área de atuação, fazendo recomendações
para as próximas gestões.

Os órgãos gestores são aqueles ligados ao governo, cuja missão é elaborar a política ou os planos
a serem executados com a participação de entidades governamentais e não governamentais,
obedecendo às recomendações das Conferências.

Os fundos especiais17 são criados para aprovar proposta e execução orçamentária de determinada
política.

As entidades privadas são aquelas criadas pela inciativa particular, não sendo órgãos do poder
público, porém criam parceria com o Estado para atendimentos à população, e, portanto, cabe aos
conselhos, o registro, a fiscalização e acompanhamento ao funcionamentos dessas entidades.

O Ministério Público é constituído pelos Promotores e Procuradores de Justiça, tornando-se o


principal órgão defensor dos direitos individuais e sociais. Grande parceiro dos conselhos no
controle democrático da política e no respeito aos direitos dos cidadãos, o Ministério Público é
conhecido popularmente como o defensor da sociedade.

Os conselhos e fóruns são espaços públicos de participação popular. Aqueles não anulam estes,
havendo, em verdade, uma articulação entre ambos. A efetividade dos conselhos e fóruns depende
da organização e pressão dos movimentos sociais de defesa dos direitos. O exercício do controle
social não depende apenas da criação de instâncias institucionais, mas da capacidade dos
movimentos, organizações, conselhos, fóruns, comissões, grupos e outras formas de articulação nas
quais a sociedade civil possa debater, encaminhar, mobilizar, pressionar e exercer a participação
numa perspectiva de construção de direitos.

A formação e o compromisso dos conselheiros e integrantes dos fóruns são de suma importância
para o fortalecimento desses espaços, considerando que são esses agentes que darão vida, força e
personalidade aos órgãos que representam, fazendo-os combativos e capazes de lutar pelos
interesses e direitos do segmento idoso, sendo, pois, necessário que as pessoas sejam afinadas e
comprometidas com o exercício da função de conselheiro.

17
LEI Nº 12.213, DE 20 DE JANEIRO DE 2010 Institui o Fundo Nacional do Idoso

47
Cabe, agora, discorrer sobre as atribuições dos conselheiros e os desafios que estes podem vir a
enfrentar.

ATRIBUIÇÕES DO CONSELHEIRO:

• Participar das reuniões do Conselho e deliberar;

• relatar matérias que lhe forem atribuídas;

• fazer parte de grupos de trabalho;

• representar o Conselho; escolher, entre os conselheiros, o presidente e o vice-presidente;


estar disponível para assumir a Presidência ou a Vice-Presidência do Conselho, caso eleito;
encaminhar ao conselho demandas dos idosos;participar de atividades decididas pelo
Plenário ou pela presidência do conselho;

• colaborar no aprofundamento das discussões e auxiliar nas decisões do grupo;

• divulgar as decisões/discussões do Conselho nas entidades que representa; trazer


contribuições de suas entidades para fortalecer a conquista dos direitos do idoso; manter-se
atualizado nos assuntos de interesse do idoso, tais como estatíticas, políticas públicas,
orçamento, financiamento, demandas da sociedade; conhecer as leis que regem os benefícios
e programas de idosos; buscar o conhecimento constante da rede pública e privada que
presta serviços ao idoso; informar-se acerca dos custos dos programas e serviços, dados
referentes aos idosos que necessitam desses serviços para argumentar questões de orçamento
e financiamento;

• atualizar-se sobre a problemática do idoso, com o fim de contribuir com a construção de um


processo de envelhecimento digno.

ALGUNS DESAFIOS PARA O CONSELHEIRO:

• Conseguir se libertar de práticas autoritárias e impositivas daqueles que detém ou


representam o poder; assumir-se como sujeito político, ao invés de limitar-se a “simples

48
fazer parte" de alguma situação pontual; enfrentar os entraves da máquina administrativa
burocratizada do Estado;

• trabalhar sua organização para criar canais de participação, comunicação e informação;

• dar visibilidade às demandas e necessidades do segmento que representa;

• conseguir o reconhecimento social e a legitimidade política como interlocutores para a


formulação das políticas públicas locais;

• investir em ações em que os Conselhos possam divulgar o que fazem para conquistar maior
visibilidade social e política;

• incluir no debate público novos valores coletivos, como noções de autonomia, transparência,
parceria, direitos, solidariedade, pluralidade, etc;

• encaminhar as deliberações das conferências para os órgãos que devem executá-las e


fiscalizar a sua implementação e batalhar para ter poder de gerir os recursos financeiros.

Por todo o exposto, necessário é que se tome consciência da importância da participação da


sociedade em geral na defesa dos direitos do idoso, por intermédio da fiscalização do Estado e da
ação conjunta com este, a fim de salvaguardar os objetivos primordiais previstos pela Constituição
Federal de 1988 e pelas políticas públicas voltadas aos interesses da pessoa idosa. Fundamental é
que as instituições sociais não se ausentem de suas obrigações na busca de uma vida digna às
pessoas maiores de 60 anos, pois, afinal, o Estado não é formado somente pelas esferas do poder
público, mas também pela população em geral.

REFERÊNCIAS

BRASIL Constituição da República Federativa do Brasil, atualizada em 2010, 1988;

___________. Lei Federal nº 10.741, de 01 de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso);

____________Lei Nº 12.213, DE 20 DE JANEIRO DE 2010 Institui o Fundo Nacional do Idoso;

49
ROUSSEAU, Jean Jacques. Os Pensadores. V.I, São Paulo: Nova Cultura, 1997.

SALES, Ivandro Costa. Os Conselhos e a Gestão Democrática: armadilhas e possibilidades.


Cadernos de Educação Popular, Rio de Janeiro, v.32,p.40-52,2005.

EIXO IV
DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS, PLANO INTEGRADO E ORÇAMENTO PÚBLICO
DA UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICIPAIS: CONHECER PARA
EXIGIR; EXIGIR PARA INCLUIR; FISCALIZAR.

O brasileiro não costuma conhecer nem se interessar pelo funcionamento do governo e do Estado. É
como se ele só participasse a cada dois anos quando acontecem as eleições, quando participa.
Depois, as coisas se acomodam não reivindicamos nem cobramos ações daqueles que elegemos e
muitas vezes nem nos lembramos em quem votamos na última eleição. Esse distanciamento da
coisa pública nos prejudica muito.

Como não sabemos, não aproveitamos as oportunidades, perdemos os prazos para influir no
orçamento, não conhecemos nem estamos familiarizados com o funcionamento das Câmara
Municipais e da Assembléia Legislativa do Estado para solicitamos emendas e projetos que
contemplem ações do nosso interesse. Geralmente, não conhecemos os critérios para a definição do
orçamento das políticas, a forma como o dinheiro público é utilizado não faz parte das conversas de
casa nem dos grupos e associações de idosos.

No âmbito nacional, a distância aumenta mais: é difícil o acesso aos senadores e deputados federais
que elegemos para defender nossos direitos. É necessário romper com essa passividade e
estabelecer projetos, planos, parcerias e ações integradas para prestação de serviços de atendimento,
defesa e garantia dos direitos do idoso.

Portanto, neste eixo pretende-se criar um ambiente favorável ao envelhecimento digno da sociedade
brasileira para a geração atual de idosos e para as futuras gerações, por meio de mecanismos de:
− Gestão Intergovernamental que consiste na articulação das ações entre a União, o Estado e
Municípios;

50
− Gestão Intragovernamental que consiste na articulação entre as instituições que compõem
cada esfera de governo para atender os direitos e necessidades fundamentais do idoso, em
suas áreas de atuação;
− Gestão partilhada que consiste na articulação entre o Conselho Nacional do Idoso com os
Conselhos Estaduais , Municipais e Entidades de Defesa de Direitos de Idosos;
− Fiscalização das ações em cada esfera de governo.

Na Etapa Nacional, será consolidado um Pacto Político que agregue a diversidade Regional das
Politicas Públicas e o compromisso de toda a sociedade e do governo, no atendimento, defesa e
garantia dos direitos do idoso.

EIXO 04 - : Diretrizes Orçamentárias, Plano Integrado e Orçamento Público da União,


Estados, Distrito Federal e Municípios: conhecer para exigir, exigir para incluir, fiscalizar.

Francisco Paulo Pimenta


Maria Tereza de Araújo Serra

No dia a dia as pessoas precisam de dinheiro para pagar suas compras. Esse dinheiro é recebido de
várias formas: de salários, serviços prestados, aluguéis, juros de poupança ou aplicações financeiras,
empréstimos, venda de bens. Com essas entradas de dinheiro, são realizadas as compras e os
pagamentos, tais como: compras de bens, como alimentos, e de serviços, como consultas médicas e
escola, e os pagamentos de impostos, luz, telefone ou mesmo um empréstimo a um amigo. Em
alguns casos, as despesas são financiadas com empréstimos. Para uma compra imediata sem dispor
de dinheiro, usa-se um cartão de crédito, um financiamento bancário, o limite do cheque especial ou
empréstimo com amigos ou familiares. Dessa forma, faz-se um gasto com dinheiro de terceiros,
para no futuro, pagar a dívida contraída.

Podemos, então, dizer que, ao receber dinheiro dessas diversas fontes e gastá-lo nesses diferentes
usos, as pessoas estão executando seu orçamento individual.

Na linguagem do Orçamento Público, a receita pública designa ingresso de recursos no conjunto


de órgãos da administração pública, incumbidos da arrecadação e fiscalização de tributos (erário),
desdobrando-se em “correntes” e “ de capital”. Por sua vez, a despesa pública representa a
aplicação desses recursos, com a finalidade de atender às necessidades da coletividade.

O Orçamento Público é, pois, o documento no qual são registradas as despesas autorizadas pelo
Poder Legislativo para aquele período, a partir de estimativas das receitas a ingressar num ano. As
receitas compreendem, entre outras rubricas, os impostos, as taxas e as contribuições. Elas são
utilizadas para fazer frente as despesas relativas à salários de funcionários, à construção de escolas,
de hospital, de estradas, etc.

O Orçamento deve ser a expressão financeira do planejamento das ações governamentais, e é por
intermédio do mesmo que se alocam os recursos para executar as ações planejadas. Se, por
exemplo, o governo está construindo uma estrada e, em um ano, há necessidade de um alto

51
montante de recursos para essa obra, ele poderá estruturar seu orçamento prevendo um empréstimo,
a ser pago no futuro.

Assim, como foi dito, o Orçamento Público contém a autorização para despesas em determinadas
ações, a partir de uma estimativa de receitas. Ele é, portanto, um instrumento legal em que são
previstas as receitas fixadas e as despesas de um determinado ente político (União, Estados, Distrito
Federal e Municípios), para um período de um ano( exercício financeiro).

O Orçamento, para ser posto em prática, necessita ser autorizado por: Poder Legislativo (Câmara
Municipal), quando se trata de orçamento municipal; Assembléia Legislativa, quando se trata de
orçamento estadual; Câmara dos Deputados, quando se tratar de orçamento da união. O Chefe do
Poder Executivo (Prefeito, Governador e Presidente), apresenta o Projeto de Lei do Orçamento e
este deve autorizar e/ou fazer emendas ou mesmo rejeitar as propostas apresentadas.

Com a autorização do orçamento, o governo pode realizar as despesas necessárias para atender às
necessidades da sociedade, que podem ser gastos correntes ou de capital.

Para melhor compreensão do que sejam as despesas correntes, define-se elas como sendo despesas
com a execução e a manutenção da ação governamental, como pagamento de salários, água, luz,
telefone, das repartições públicas, etc. Também, os juros de financiamentos contraídos no passado.
As Despesas Correntes não contribuem diretamente para aumentar a capacidade produtiva da
economia.

Já por Despesas de Capital, entendemos por aquelas com a formação de um bem de capital ou com
a adição de valor a um bem já existente, como por exemplo: construção de escola, estradas, pontes,
compra de computadores para repartições públicas, compra de imóveis etc. São classificadas em
Investimentos, Inversões Financeiras e Transferências de Capital. São, igualmente, Despesas de
Capital, a amortização de financiamentos contraídos no passado.

Existem três instrumentos do Orçamento que devem ser construídos com prazos de elaboração e
encaminhados ao Legislativo pelo Executivo, posteriormente devolvido pelo Legislativo ao
Executivo para a sanção e publicação. Também apresentam períodos de vigência diferentes no
tempo que são:

PPA - Plano Plurianual ( 04 Anos )


LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias ( Anual )
LOA – Lei Orçamentária Anual ( Anual)

Então vejamos, Plano Plurianual- PPA estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas da


administração pública; LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias foi uma inovação introduzida pela
Constituição Federal de 1988 e dispõem sobre as metas e prioridades para a administração pública,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro seguinte, orientam a elaboração da LOA
( Lei Orçamentária Anual), efetuam as alterações na legislação tributária e estabelecem as formas de
financiamento do orçamento; LOA – Lei Orçamentária Anual – Esta lei apresenta a estimativa da
receita e a discriminação da despesa autorizada, de forma a evidenciar a política econômico-
financeira e o programa de trabalho do governo.

Vamos conhecer os prazos de cada Instrumento:

PRAZO DE PRAZOS DE PRAZOS DE


INSTRUME ENCAMINHAMENTO AO DEVOLUÇÃO AO VIGÊNCIA.
NTOS LEGISLATIVO EXECUTIVO PARA
SANÇÃO E

52
PUBLICAÇÃO
PPA 31 de agosto do primeiro ano 15 de dezembro do quatro anos, a contar do
de mandato primeiro ano de 2.º ano de cada
mandato administração, até o 1 º
ano da seguinte
LDO 15 de abril de cada ano 30 de junho de cada ano seguinte ao em que
ano é apresentado ao
Legislativo
LOA 31 de agosto de cada ano 15 de dezembro de ano seguinte ao em que
cada é apresentado ao
Legislativo

Isso no caso da União. No caso dos Estados e Municípios, essas datas são, comumente, fixadas nas
Constituições Estaduais e Leis Orgânicas Municipais. Em geral, a LDO segue o prazo federal, e o
PPA e a LOA são apresentadas em setembro, sempre para vigência no ano seguinte.

MARCOS LEGAIS DO PPA:

- Artigo 165 da Constituição Federal de 1988.

– Artigo 203 da Constituição Estadual : Prevê a instituição do PPA do Estado, como iniciativa
de Lei do Poder Executivo.

No caso do Estado do Ceará:

O PLANO PLURIANUAL será anualmente revisado e será encaminhado à Assembleia Legislativa


até o dia 30 de setembro de cada ano que precede o início do exercício fiscal.

LDO – LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

Define as metas e prioridades da administração pública estadual para cada ano. As setoriais não
participam da sua elaboração (Metas e riscos fiscais)(Ex. Crescimento do PIB, aumento da receita,
impacto nas bolsas de valores e na economia global)
A LDO orienta na elaboração da LOA.
Interface entre o Plano e o Orçamento.

Legislação básica da LDO:

– Constituição Federal, Título VI, capítulo V, seção II, artigos 165 a 169.
– Lei complementar n. 101, LRF, artigos 4º, 9º e 14.

TRÂMITE LEGAL DA LDO :

PODER EXECUTIVO ELABORA O PROJETO DE LEI


(SEPLAG/SEFAZ/CGE)

PODER LEGISLATIVO
(discute,altera e aprova o projeto de lei

53
EXECUTIVO : sanciona e publica a lei, podendo propor veto
ao texto aprovado pelo legislativo

LEGISLATIVO : Aprova ou não os vetos propostos pelo


Excutivo

O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias deverá ser encaminhado pelo Executivo à Assembleia
até 02/maio do ano que precederá à vigência do orçamento anual subsequente.

A LDO, instituída pela Constituição Federal de 1988, é o instrumento norteador da elaboração da


LOA na medida em que estabelece para cada exercício :
– Prioridades e metas da administração Pública Estadual;
– estrutura e organização dos orçamentos;
– diretrizes para elaboração e execução dos orçamentos do estado e suas alterações;
– disposições relativas à divida Pública Estadual;
– disposições relativas as despesas do Estado com pessoal e encargos sociais;
– as disposições sobre alterações na legislação tributária do Estado.

LOA – LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

Orçamento Público é o processo de previsão de receitas e fixação de despesas que darão respaldo à
execução das politicas públicas. É um processo contínuo, dinâmico e flexível, que traduz em termos
financeiros, para determinado período ( um ano), os planos e programas de trabalho do governo. O
tipo de orçamento utilizado atualmente no Brasil é o ORÇAMENTO – PROGRAMA, essa
modalidade está ligada aos programas de governo, às realizações que tanto os governantes almejam.
Desta maneira, o orçamento -programa é uma peça com ligação estreita ao planejamento (PPA). Ele
indica as ações, programas, projetos e atividades governamentais, bem como seus montantes
monetários, as fontes de recursos e metas de gestão dos mesmos.
Orçamento – Programa é a única modalidade de orçamento que vincula o Planejamento (PPA) à
execução ou ao orçamento (LOA), por intermédio das Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Os principais ditames legais que regulamentam a prática orçamentária no setor público são:

1 – A Lei 4.320/64;
2 – a Constituição Federal de 1988 ( artigos 165 à 169);
3 - a Lei complementar 101/200( Lei de Responsabilidade Fiscal);
4 – o manual Técnico de Contabilidade Aplicada ao Setor Público ( STN);
5 – o Decreto Federal 93.872/86;
6 – o Decreto – Lei 200/67;
7 – LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social)

54
A obrigatoriedade de o setor público elaborar e gerir suas contas através de um planejamento
(orçamento) público está descrita na Constituição Federal de 1988, artigo 174 : “ COMO AGENTE
NORMATIVO E REGULADOR DA ATIVIDADE ECONÔMICA, O ESTADO EXERCERÁ NA
FORMA DA LEI AS FUNÇÕES DE FISCALIZAÇÃO, INCENTIVO E PLANEJAMENTO,
SENDO ESTE DETERMINANTE PARA O SETOR PÚBLICO E INDICATIVODO PARA O
SETOR PRIVADO”

Assim, a Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a


política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de
unidade, universalidade e anualidade.

RECEITA PÚBLICA

É representada pelo conjunto de todos os recursos financeiros arrecadados de qualquer fonte,


notadamente de tributos, para fazer face às despesas orçamentárias e as despesas adicionais do
orçamento.

CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR CATEGORIA ECONÔMICA

Receitas Correntes Receita de Capital


– Tributárias - Operação de Crédito
– Contribuições - Alienação de Bens
– Patrimonial - Amortização de Empréstimos
– Agropecuária - Transferências de Capital
– Industrial - Outras Receitas de Capital
– Serviços
– Transferências Correntes
– Outras Receitas Correntes

DESPESAS PÚBLICAS

Constituem Despesas Públicas os gastos fixados em Lei Orçamentária ou em leis especiais e


destinados à execução dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais. Destina-se também ao
cumprimento dos compromissos da dívida pública(Despesas Orçamentárias) e ainda à restituição ou
pagamento de importância recebida a título de cauções, depósitos, consignações, etc (despesas
extra- orçamentárias ).

CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA PÚBLICA POR CATEGORIA (Port. Interministerial n.


163/2001)

Despesas Correntes Despesas de Capital


– Pessoal e Encargos - Investimentos
– Juros e Encargos da Dívida - Inversões Financeiras
– Outras despesas Correntes - Amortização da Dívida

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DA DESPESA

55
Objetiva delimitar a despesa, definindo-a por sua função e subfuncão, ou seja , pelo maior nível de
agregação das áreas que competem ao setor público.
Essa classificação de aplicação é comum na união, estados e municípios, e permite a consolidação
nacional dos gastos públicos. Ela é composta por 28 funções (Port. Interministerial n. 42/1999)

Abaixo, um exemplo de Classificação Institucional Funcional e Programática de uma unidade


administrativa do Estado do Ceará.

ÓRGÃO 47000 STDS

UNIDADE ORÇAMENTÁRIA 4720002 FEAS

FUNÇÃO 08 ASSISTÊNCIA SOCIAL

SUBFUNÇÃO 241 ASSISTÊNCIA AO IDOSO

PROGRAMA 076 PROGRAMA DE ATEN. A PESSOA IDOSA

PROJETO/ATIVIDADE 20836 PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL À


PESSOAS IDOSAS

MACROREGIÃO 01 FORTALEZA

NATUREZA DESPESA 339030 AQUISIÇÃO DE MATERIAL DE CONSUMO

FONTE DE RECURSOS 10 FECOP

PRINCIPAIS RECEITAS PARA DESENVOLVER O ATENDIMENTO DA POLÍTICA DO


IDOSO :

– Recursos do Tesouro Federal;


– recursos do Tesouro Estadual;
– doações

COMO MELHOR FISCALIZAMOS

– Port. Interministerial n. 163/2001


Port. Interministerial n. 42/1999

Com relação ao Fundo de Assistência Social, este é instância de financiamento. Trata-se de um


Fundo Especial com recursos financeiros para ações específicas (ações finalísticas). Estruturada
como unidade orçamentária. Sua existência, movimentação e condições de repasse de recursos e
inclusão encontram-se na Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS. Informa, ainda, que o Fundo
não tem personalidade jurídica própria e nem autonomia administrativa e financeira. Deve ser
gerenciado pelo Setor da Administração direta ou indireta que seja responsável pela execução da
Política de Assistência Social ou seja, vinculado ao Órgão gestor da Política. Cabe aos conselhos
saber se em seus estados o Fundo é unidade orçamentária; se no orçamento constam recursos das
fontes previstas e se contemplam os serviços, programas, projetos e benefícios. E como desafio é
necessário que seja normatizado um percentual de participação nas três esferas de governo para a
implementação da Política;

56
A edição da Lei Complementar N º 101, de 04 de maio de 2000, mais conhecida como Lei de
Responsabilidade Fiscal, foi criada para exercer uma mínima disciplina e tornar transparente a
utilização dos recursos públicos nas três esferas de governo.

Nossa Constituição inaugurou um novo tempo no cenário da participação popular. Muitos caminhos
foram abertos. A sociedade está aprendendo a participar e a se interessar pelo que é coletivo, como
podemos ver, por exemplo, nas inciativas de controle social.

Mas o que é o Controle Social ?

O controle social pode ser entendido como a participação do cidadão na gestão pública, na
fiscalização, no monitoramento e controle das ações da administração pública. Trata-se de
importante mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania.

O controle social exercido pelos Conselhos:

Os Conselhos representam a possibilidade de participação popular nas políticas públicas e podem


ser classificados conforme as funções que exercem. Assim, os conselhos podem desempenhar,
conforme o caso, funções de fiscalização, de mobilização, de deliberação ou de consultoria.

A função fiscalizadora dos Conselhos pressupõe o acompanhamento e o controle dos atos


praticados pelos governantes.

A função mobilizadora refere-se ao estímulo à participação popular na gestão pública e às


contribuições para a formulação e disseminação de estratégias de informação para a sociedade sobre
as políticas públicas.

A função deliberativa, por sua vez, refere-se à prerrogativa dos Conselhos de decidir sobre as
estratégias utilizadas nas políticas públicas de sua competência, enquanto a função consultiva
relaciona-se à emissão de opiniões e sugestões sobre assuntos que lhes são correlatos.

A legislação brasileira prevê a existência de inúmeros Conselhos de Políticas Públicas e de Direitos,


alguns com abrangência nacional e outros cuja atuação é restrita a Estados e Municípios.

A instituição de Conselhos e o fornecimento das condições necessárias para seu funcionamento é


condição obrigatória para que os Estados e Municípios possam receber dinheiro do governo federal
para o desenvolvimento de uma série de ações.

No caso dos municípios, os conselhos foram criados para auxiliar as prefeituras na tarefa de utilizar
bem o dinheiro público.

Agora que você já saber sobre tudo isso, vamos refletir como devemos acompanhar a execução das
políticas públicas e a verificação do cumprimento da legislação no seu município: o Conselho
participa da elaboração do Orçamento Municipal? Antes de ser encaminhado para a Câmara
Municipal, o Conselho aprova por meio de Resolução o Orçamento da Secretaria Municipal de
Assistência Social? Participa da discussão/aprovação na Câmara Municipal? Controla a execução
das ações referente à política de atendimento ao idoso? Como? Acompanha a aplicação dos recursos
federais para os Grupos de Convivências? Como?

Referência

– Caderno 4 – Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEWF – 4ª ed – Brasília/DF – 2009

57
II. ETAPAS

1ª ETAPA: PREPARAÇÃO

1º. Portaria Conjunta do Prefeito Municipal e do Presidente do CMDI. Convoca a Conferência


Municipal e institui a Comissão Organizadora.(anexo I).

2º. Resolução do CMDI compõe a Comissão Organizadora da Conferência Municipal (anexo II)

3º. Principais tarefas da Comissão Organizadora:


• Elaborar o Projeto da Conferência (anexo III);
• Elaborar o Regimento da Conferência Municipal (anexo IV);
• Elaborar a Programação (anexo V);
• Elaborar Roteiro dos Trabalhos em Grupo (anexo VI);
• Programar eventos preparatórios de mobilização e divulgação da Conferência Municipal;
• Preparação e organização do material da Conferência: Convites, Fichas de
Credenciamento (anexo VII), Controle de Frequência (anexo VIII), Ficha de Avaliação
(anexo IX), Declaração de participação (anexo X), Pasta, Crachá, Caneta, Blocos para
Anotações, Textos de Apoio, Cópia das Deliberações da Conferência e 2006 e 2009, etc;
• Definir os Palestrantes e Facilitadores dos Grupos de Trabalhos;
• Consolidar o Relatório Final conforme o roteiro proposto (anexo XI).

2ª ETAPA: MOBILIZAÇÃO

A mobilização deverá assegurar a participação social na Conferência Municipal mais, de forma


paritária dentre os delegados:
a) 40% representantes governamentais;
b) 60% sociedade civil dos segmentos: usuários/as idosos/as, entidades de atendimento à
pessoa idosa; entidades dos representantes dos trabalhadores da política de atendimento à
Pessoa Idosa desses, no mínimo 20% (cinquenta por cento), deverão ter (preferencialmente)
idade igual ou superior a 60 (sessenta anos).

58
c) Aproveitar os espaços existentes no Município para divulgar os Eventos preparatórios e a
Conferência Municipal;
d) Promover debates específicos envolvendo organizações locais como parceiras na realização
dos eventos e da Conferência Municipal;
e) Mobilização dos Idosos/as: Identificar as possibilidades e as formas de organização dos
idosos/as com vista a sua inserção nos espaços do Controle Social.
f) Promover debates nos espaços existentes nos Serviços, Programas e Territórios dos CRAS e
CREAS.

3ª ETAPA: REALIZAÇÃO DA CONFERÊNCIA:

DOS PROCEDIMENTOS:
I – É fundamental a realização da Conferência de acordo com o horário programado, em local
adequado para os trabalhos de grupo e plenária.
II – Credenciamento – identificação e frequência dos participantes, com a entrega da pasta
contendo todo o material e escolha do grupo de trabalho, identificado no crachá a ser utilizado nas
votações, impressos em cores diferentes para distinguir as modalidades dos delegados e demais
participantes.
III – Organização da Solenidade de Abertura:
 Composição – a mesa de abertura deverá ser composta pelo Presidente do CMDI, Prefeito
Municipal, Gestor da Política de Atendimento à Pessoa Idosa, um representante dos
usuários/as Idosos/as e demais autoridades definidas pelo CMDI, no caso: o Coordenador
do Fórum Municipal de Atendimento à Pessoa Idosa, um representante da Câmara
Municipal, do Governo Estadual e CEDI-CE, dentre outros.
 Falas da Mesa – a ordem deve ser definida anteriormente, onde o Presidente do CMDI ,
deverá ser o último a falar por ser o anfitrião da Conferência e após seu pronunciamento
decralará a abertura deste Evento.
IV - deve constar na programação:
1. Apresentação de um diagnóstico do que foi realizado a partir da Conferência anterior,
com avaliação dos encaminhamentos dados em relação as diretrizes indicadas. Esta
apresentação deve possibilitar a identificação dos Avanços e Desafios para o
fortalecimento da RENADI no Município.
2. Leitura e Aprovação do Regimento da Conferência Municipal.
3. Realização da Conferência Magna e/ou Painéis – para subsidiar o debate nos grupos de
trabalho.

59
4. Trabalhos de Grupos:para aprofundamento do temário da Conferência e/ou dos Eixos.
Cada grupo deverá contar com 01(um) Coordenador e 01(um) Relator.
5. Elaboração das proposições que visem implementar a Política de Atendimento à Pessoa
Idosa, para serem apresentadas e votadas na Plenária Final, tendo com referência as
apresentações e discussões dos eixos temáticos.
6. Para discussão dos 04 (quatro) eixos poderão ser utilizados os modelos de instrumentais
elaborados pelo CNDI, com o objetivo de propiciar a discussão dos 04(quatro) eixos de
modo que no final, cada grupo eleja suas prioridades dentre os diferentes eixos, fazendo
as proposições para no seu âmbito de atuação e para as outras esferas de governos. Para
ser mais efetiva, cada Conferência Municipal deve definir os principais desafios e
propostas, com base nas respostas às seguintes perguntas:

Questão Local:
Na minha cidade, como a Política Municipal precisa acontecer para que a
população possa envelhecer com dignidade?
Toda vez que o Grupo de trabalho, na discussão tenha proposto uma ação que trate
dessa pergunta, a resposta deve ser inserida no Relatório Final e encaminhada à
Relatório Final da Conferência. Após aprovação na plenária, a Comissão
Organizadora deve elaborar o Relatório Final da Conferência e encaminhar estas
deliberações de cunho local ao Prefeito da cidade para conhecimento, providências e
divulgação.

Questão Estadual:
Como o governo estadual pode participar da construção dessa política?
No Relatório da Conferência Municipal que será encaminhado para o Conselho
Estadual ,serão destacadas todas as ações que tratem de respostas a essa pergunta.
Após aprovação na plenária, A Comissão Organizadora deve elaborar o Relatório
Final de Conferência e encaminhar estas deliberações de cunho estadual e
encaminhar ao Governador do Estado para conhecimento, providências e divulgação.

Questão Nacional:
Como o governo federal pode participar da construção dessa política?
Os Municípios, Regiões e Estados podem ter propostas para o nível nacional . Todas
as propostas que responderem a uma questão nacional, caso aprovadas na respectiva

60
plenária final da III Conferência Estadual dos Direitos do Idoso, deverão ser
encaminhadas para a 3ª Conferência Nacional dos Direitos do Idoso.

7. Plenária Final:
• Constituída pelos delegados devidamente credenciados, com competência de discutir,
modificar, aprovar ou rejeitar as propostas consolidadas nos grupos, além das
Moções encaminhadas pelos participantes.
• Espaço para eleição dos delegados à Conferência Estadual.

8. Processo de Eleição dos delegados para a Conferência Estadual:


• Reunião dos candidatos por segmento para a escolha dos seus representantes.
• Apresentação dos candidatos.
• Eleição dos delegados e do observador, respeitando a paridade e a quantidade
estabelecida pelo CEDI-CE, com os respectivos suplentes.
• Credenciamento dos delegados e do observador titulares e suplentes com o
preenchimento da Ficha de Inscrição da Conferência Estadual dos Direitos do
Idoso(anexo).
• Assinatura da Ata de Eleição dos delegados e observador titulares e suplentes.

4ª ETAPA – RELATÓRIO FINAL

O Relatório Final da Conferência Municipal dos Direitos do Idoso será organizado a partir das
discussões e encaminhamentos da Conferência e dos resultados alcançados em cada um dos eixos.

61
ANEXOS

1. Portaria Conjunta. Convoca a Conferência Municipal


2. Resolução/CMDI. Constitui a Comissão Organizadora da Conferência Municipal
3. Projeto da Conferência Municipal
4. Regimento da Conferência
5. Programação da Conferência Municipal
6. Orientações para os Trabalhos em Grupo
7. Ficha de Credenciamento
8. Controle de Frequência
9. Ficha de Avaliação
10. Declaração de Participação
11. Formulário do Relatório Final
12. Ficha de Inscrição na III Conferência estadual dos Direitos do Idoso
13. Textos Base

62
ANEXO 1

(papel timbrado da prefeitura)


PORTARIA CONJUNTA N0 /2011, de (dia) de (mês) de 2011

Dispõe sobre a convocação da ___


Conferência Municipal dos Direitos do Idoso
e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE9 (nome do município) no uso de suas atribuições legais,


cumprindo inciso ___ do Art.___, da Lei N 0 ________, de (dia/mês/ano), em conjunto com o
Presidente do Conselho Municipal dos Direitos Idoso de__________,

RESOLVEM:

Art. 1º - Convocar a ____ CONFERÊNCIA MUNICIPAL DOS DIREITOS DO IDOSO, com o fim
de avaliar a situação atual da Política Nacional do Idoso, nos âmbitos municipal, estadual e
nacional, e propor novas diretrizes para o seu aperfeiçoamento:
1º - A ____ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso, realizar-se -á em __________,
Ceará, no período de ___ a ____ de (mês)de 2011;
2º - A ___ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso terá como Tema Geral: “O
Compromisso de Todos por um Envelhecimento Digno no Brasil” no âmbito Municipal.

Art. 2º – Instituir a Comissão Organizadora, coordenada pela Presidente e Vice-Presidente e com


composição paritária dos representantes do Governo e da Sociedade Civil, a ser definida em
Resolução do Conselho Municipal dos Direitos do Idoso, para a organização da ____ Conferência
Municipal dos Direitos do Idoso.
Parágrafo Único. Apoiarão a organização da Conferência, do órgão municipal ao qual o CMDI é
vinculado, Gabinete do Prefeito, Secretárias Municipais e Sociedade Civil organizada.

Art. 3º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

________________/CE, ____ de_______________ de 2011

Prefeito Municipal de
Presidente do Conselho Municipal dos Direitos do Idoso

63
ANEXO 2
(papel timbrado do Conselho Municipal)

RESOLUÇÃO N0 /2011, de ______ de_____________ de 2011.

Compõe a Comissão Organizadora da


_____ Conferência Municipal dos
Direitos do Idoso

O Plenário do Conselho Municipal dos Direitos do Idoso de (nome do município), no uso de suas
competências e nas atribuições conferidas pela Lei N 0 _________, de (dia/mês/ano), em Reunião
Ordinária do dia ____ de _________ de 2011,

Considerando que o Prefeito Municipal de (nome do município) e o Conselho Municipal dos


Direitos do Idoso - CMDI, convocaram, conjuntamente, por meio da Portaria Nº , de
(dia/mês)/2011, a ___ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso, a realizar-se em (nome do
município), Ceará, no período de (dia/mês)/2011, tendo como Tema Geral “O Compromisso de
Todos por um Envelhecimento Digno no Brasil, conforme o art. ___ da citada Portaria.

RESOLVE:

Art. 1º - Compor a Comissão Organizadora da ___ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso,
com o Presidente (nome completo), Vice-Presidente (nome completo), Secretária Executiva (nome
completo), Conselheiros(as): _____________ e _______________________ do CMDI de (nome
do município)-CE.
Art. 2º - A Comissão será presidida pelo Presidente e pelo Vice- Presidente do CMDI de (nome do
município)/CE, e terá como competência:
a) Propor e encaminhar para aprovação do Colegiado: Projeto e Regimento da ___ Conferência
Municipal dos Direitos do Idoso;
b) Manter o CMDI de __________-CE informado sobre o andamento das providências
operacionais, programáticas e de sistematização da ___ Conferência Municipal dos Direitos
do Idoso;
c) Preparar e realizar Encontros Preparatórios a Conferência Municipal onde julgar necessário
e oportuno;

64
d) Coordenar e relatar a realização dos Encontros Preparatórios;
e) Organizar e coordenar a ____ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso;
f) Promover a integração com as Secretarias Municipais, que tenham interface com o evento,
para resolver eventuais pendências e tratar assuntos referentes à ___ Conferência Municipal
dos Direitos do Idoso;
g) Dar suporte técnico - operacional durante o evento;
h) Relatar a realização da ___ Conferência Municipal.

Art. 3º - Para operacionalização da _____ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso, a Comissão
Organizadora contará com o apoio dos seguintes Órgãos:
I - Secretaria Executiva do CMDI;
II - Unidades da SMAS;
III - Secretarias Municipais executoras das políticas públicas para idosos;
IV – Entidades/organizações da sociede civil afestas a questão do idoso.

Art. 4º - A Comissão Organizadora poderá contar, ainda, com colaboradores eventuais para auxiliar
na operacionalização da ____ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso.
Parágrafo Único. Consideram-se colaboradores eventuais as instituições e organizações
governamentais ou de sociedade civil, da administração Pública ou de iniciativa privada,
prestadoras de serviços ao idoso, bem como consultores e convidados.

Art. 5º - Esta Resolução entre em vigor a partir da data de sua publicação.

_______________/ CE, de _____________ de2011.

______________________________________________________________
Presidente do Conselho Municipal dos Direitos do Idoso - CMDI

65
ANEXO 3

(logomarca do CMDI)

PROJETO DA ___ CONFERÊNCIA MUNICIPAL DOS DIREITOS DO IDOSO


DO MUNICÍPIO (nome do município)

TEMA: “O COMPROMISSO DE TODOS POR UM ENVELHECIMENTO


DIGNO NO ÂMBITO MUNICIPAL”

(nome do município)/CE, (mês) de 2011

66
SUMÁRIO

01 - JUSTIFICATIVA

02 - Objetivos:
2.1. Geral
2.2. Específicos

03 - METAS

04 - METODOLOGIA

05 - RECURSOS FINANCEIROS

06 - ANEXOS

67
1. JUSTIFICATIVA

A realização da ___ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso convocada de forma conjunta
pelo Conselho Municipal dos Direitos do Idoso - CMDI-CE e o Prefeito Municipal de (nome do
município), segue princípios constitucionais, assim como estabelecido na Política Nacional do
Idoso - PNI, acrescido de novas exigências legais e técnicas que hoje busca articular e integrar as
diferentes políticas que tratam do envelhecimento e dos direitos das pessoas idosas.

As Conferências são instâncias máximas de deliberação e têm a atribuição de avaliar a situação


dessa Política Pública e propor diretrizes para o seu aperfeiçoamento. Com a realização das
Conferências dos Direitos do Idoso – 2011, pretende-se que a dimensão da participação e controle
social seja tratada, examinada e refletida pelos mais diversos ângulos e atores, ao que inclui
aspectos políticos, técnicos e éticos desse processo.

CONSIDERANDO:

1. A competência do Conselho Municipal dos Direitos do Idoso de convocar a realização da


___ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso;
2. as Conferências como instância de deliberação e de avaliação da Política Nacional do
Idoso;
3. as Conferências como espaço de capacitação no campo da Política de Atendimento à Pessoa
Idosa;
4. a necessidade de realizar um profundo debate sobre os caminhos do controle social nessa
Política;
5. a relevância de se instaurar um debate mais qualificado por todos os atores que participam
desta construção e defender os direitos presentes no Estatuto do Idoso;
6. a importância de consolidação do Controle Social, por meio do fortalecimento das instâncias
que compõem a Rede Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa - RENADI ;
7. a realização da ___ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso.

Torna-se imprescindível a realização da Conferência Municipal.

68
02. OBJETIVOS

Geral
Debater temas relevantes para o campo do envelhecimento, assim como os avanços e
desafios da Política Nacional do Idoso, na perspectiva de sua efetivação.
Específicos
• Sensibilizar a sociedade brasileira para o contexto de envelhecimento da população;
• mobilizar a população brasileira, especialmente a idosa, para a conquista do direito ao
envelhecimento com dignidade;
• fortalecer o compromisso dos diversos setores da sociedade e do governo com o
atendimento , a defesa e a garantia dos direitos da pessoa idosa, indicando prioridades de
atuação para os Órgãos governamentais, nas três esferas de governo;
• avaliar a implementação e a efetivação da Política Nacional do Idoso, nas esferas de
governo federal, estaduais e municipais.
• eleger os Delegados para a ___ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso.

03. METAS
3.1 - Realizar 01 (uma) Capacitação envolvendo Conselheiros/as, Técnicos/as das Secretarias
Setoriais, Lideranças Comunitárias sendo 02 pessoas por Instituição.
3.2 – analisar e sistematizar as propostas da Conferência Municipal para subsidiar as deliberações
da III Conferência Estadual dos Direitos do Idoso;
3.3 – elaborar propostas para o Município, Estado e União, produzindo um Relatório para ser
encaminhado à Comissão Organizadora da III Conferência Estadual dos Direitos do Idoso até
o dia 20 de julho, sobre pena do Município não participar da etapa estadual.
3.4 - realizar a ____ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso, no (nome do lugar onde a
conferência vai se realizar) de (nome do município) - CE, com a participação de 120
participantes, no período de (data)/2011;
3.5 - Eleger __ Delegados Municipais para participarem da III Conferência Estadual dos Direitos do
Idoso, a ser realizada em Fortaleza nos dias 17,18 e 19 de agosto de 2011, de acordo com
parâmetros definidos pelo CEDI-CE considerando a seguinte proporção:
• 60% (sessenta por cento) de representantes da sociedade civil, dentre os quais no
mínimo 20% (vinte por cento), deverão ter idade igual ou superior a 60 (sessenta)
anos;
• 40% (quarenta por cento) de membros do poder público;

69
3.6 Elaborar o Relatório da ___ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso e remetê-lo ao
CEDI-CE no prazo determinado.

4. METODOLOGIA

4.1 - ETAPA PREPARATÓRIA:


4.1.1 - Composição das Comissões de Organização da Conferência dos Direitos do Idoso:
a) Coordenação Geral: Composta pela Presidência e Vice Presidência, Secretaria Executiva do
CMDI-CE, Secretarias Setoriais, Entidades da Rede Prestadora de Serviços de Atendimento à
Pessoa Idosa no Município, tendo como atribuições planejar, coordenar a organização e a
execução da Conferência dos Direitos do Idoso – 2011 (Elaboração e negociação do Projeto e
Regimento da Conferência - 2011)
b) Coordenação Executiva: composta por Conselheiros/as das Comissões Internas do CMDI,
Secretaria Executiva do CEDI-CE e Técnicos da Secretaria Municipal de Assistência Social
para organizar e implementar as ações planejadas para realização da Conferência:
• Grupo de Sistematização dos Subsídios Técnicos: Capacitação da Equipe Técnica,
Sistematização do Relatório da Conferência Municipal, Composição da Pasta, Ficha de
Inscrição, Frequência, Avaliação e Declaração.
• Grupo de Relatoria: Elaboração do Relatório da ___ Conferência Municipal dos Direitos do
Idoso.
• Apoio Logístico: Mobilização, Imprensa, Informática, Infraestrutura, Cerimonialista,
recepção e Credenciamento.
4.1.2 - Elegibilidade de critérios para nortear a Organização.
4.1.3 - Discussão, análise e aprovação da Versão do Projeto da ___ Conferência Municipal dos
Direitos do Idoso;
4.1.4.- Montagem da Oficina de Capacitação para os Conselheiros/Técnicos que serão
Conferencistas na Conferência Municipal, podendo ser convidado/a técnicos/as dos
Municípios vizinhos para ser Conferencista e ajudar na realização da referida Conferência;
4.1.5 - Elaboração do Projeto e do Regimento da ___ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso;
4.1.6 - Elaboração da Programação Básica para nortear a realização das Pré Conferências nas
localidades, Distritos e da Conferência Municipal.

4.2 - Fase de Operacionalização:


4.2.1 Realização das Oficinas de Capacitação dos Conselheiros e Técnicos que
participarão das Conferência Municipal dos Direitos do Idoso;
4.2.2 Realização da ___ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso;

70
4.2.3 Elaboração do Relatório da ____ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso
de________________.

5 - RECURSOS FINANCEIROS
5.1 - As despesas com a Organização Geral e a Realização da ___ Conferência Municipal dos
Direitos do Idoso, serão distribuídas da seguintes forma:
a) A Secretaria Municipal de Assistência Social arcará com as despesas relativas as
Capacitações, inclusive com o pagamento de diárias/ajuda de custos aos Conselheiros/as
representantes da sociedade civil; Consultoria e na realização da ___ Conferência Municipal
dos Direitos do Idoso no que se refere: alimentação dos participantes, material de
expediente, xerox, infraestrutura para a realização do evento, material gráfico e de
divulgação;
b) As despesas com o deslocamento e hospedagens dos Delegados e Observadores Municipais
até Fortaleza para participar da III Conferência Estadual dos Direitos do Idoso, serão de
responsabilidade dos Gestores Municipais;
c) As despesas referentes aos Delegados representantes da sociedade civil eleitos na ___
Conferência Municipal dos Direitos do Idoso para a III Conferência Estadual, do Município
até Fortaleza é de responsabilidade do Gestor Municipal;
d) As despesas referentes aos Delegados governamentais dos Municípios eleitos na III
Conferência Estadual dos Direitos do Idoso para a III Conferência Nacional dos Direitos do
Idoso serão de responsabilidade do Gestor Municipal;
e) As despesas com o deslocamento dos Delegados da Sociedade Civil de Fortaleza para
participar da III Conferência Nacional dos Direitos do Idoso será de responsabilidade do
Gestor Estadual.

6 - ANEXOS
1. Portaria Conjunta. Convoca a Conferência Municipal
2. Resolução/CMDI. Constitui a Comissão Organizadora da Conferência Municipal
3. Projeto da Conferência Municipal
4. Regimento da Conferência
5. Programação da Conferência Municipal
6. Roteiro dos Trabalhos em Grupo
7. Ficha de Credenciamento
8. Controle de Frequência
9. Ficha de Avaliação
10. Declaração de Participação
11. Formulário do Relatório Final

71
ANEXOS 04

REGIMENTO DA ___ CONFERÊNCIA MUNICIPAL DOS DIREITOS DO IDOSO

CAPITULO I
DO TEMÁRIO
Art. 1° A ___ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso tem como tema “ O Compromisso de
Todos por um Envelhecimento Digno no Brasil”.

CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS
Art. 2º São objetivos desta Conferência:
1. Debater temas relevantes para o campo do envelhecimento, assim como os avanços e
desafios da Política Municipal do Idoso, na perspectiva de sua efetivação.
2. Sensibilizar a sociedade brasileira para o contexto de envelhecimento da população;
3. Mobilizar a população do Município, especialmente a idosa para a conquista do direito ao
envelhecimento com dignidade;
4. Fortalecer o compromisso dos diversos setores da sociedade e do governo com o
atendimento, a defesa e a garantia dos direitos da pessoa idosa, indicando prioridades de
atuação para os Órgãos governamentais, nas três esferas de governo; e
5. Avaliar a implementação e a efetivação da Política Nacional do Idoso, nas esferas de
governo federal, estadual e do Município;
6. Eleger __ delegados para a III Conferência Estadual dos Direitos do Idoso.

CAPÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO
Art. 3º A ___Conferência Municipal dos Direitos do Idoso, convocada pelo Prefeito Municipal
de_______________ e pelo Presidente do Conselho Municipal dos Direitos do Idoso será realizada
nos dias______de___________de 2011, Auditório da Secretaria Municipal de Assistência Social,
sito a Rua:_______________________________________, Nº_______,
bairro:____________________.

Art. 4º A organização e o desenvolvimento da ____ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso


de_______________, será realizada por uma Comissão Organizadora composta por representantes

72
da Secretaria Municipal de Assistência Social, representantes das Secretarias Setoriais e Conselho
Municipal dos Direitos do Idoso – CMDI.
Art. 5º A Comissão Organizadora da____ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso tem as
seguintes atribuições:
a) Promover a realizada da _______ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso
de_________________, atendendo aos aspectos técnicos, políticos e administrativos;
b) Orientar o processo de organização da Conferência, com base no tema central e nos eixos
temáticos, bem como elaborar os documentos técnicos que subsidiarão os debates nos
grupos de trabalhos;
c) Aprovar critérios e modalidades de participação dos representantes do Município na
Conferência, bem como, o local de sua realização;
d) Elaborar e aprovar a Programação da Conferência Municipal e a sua divulgação;
e) Coordenar e organizar os grupos de trabalhos, definindo os Coordenadores , facilitadores e
convidados de cada grupo;]
f) Dar suporte técnico à Conferência Municipal;
g) Propor o programa de debate/avaliação de acordo com os eixos temáticos;
h) Oferecer subsídios à elaboração do Regimento Interno da Conferência Municipal;
i) Promover a divulgação da Conferência Municipal;
j) Orientar os trabalhos de secretaria da Conferência Municipal;
k) Coordenar as atividades de apoio logístico e administrativo para a realização da Conferência
Municipal;
l) Coordenar a inscrição e credenciamento dos participantes;
m) Elaborar o Relatório da _____ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso para ser
encaminhado ao Conselho Estadual dos Direitos do Idoso até o dia 20 de julho de 2011.

CAPÍTULO IV
DOS PARTICIPANTES
Art. 6º – O Credenciamento dos representantes do Municípios, observadores e convidados será
feito na Secretaria Executiva do Conselho Municipal dos Direitos do Idoso a partir das____ horas,
do dia______, encerrando com o término da leitura e aprovação deste Regimento.

Art. 7º – São participantes da ____ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso 120 Delegados/as
devidamente inscritos e credenciados assim distribuídos:
a) Conselheiros titulares e suplentes do Conselho Municipal dos Direitos do Idoso – CMDI.
b) Representantes da Sociedade Civil:

73
• Idosos/as;
• representantes das Entidades de Atendimento à Pessoa Idosa;
• representantes de Entidades de Assessoramento;
• representantes de Entidade de Proteção e Defesa de Direitos.
c) Representantes do Poder Público:
• Técnicos dos Centros de Referência de Assistência Social – CRAS e Centros de Referência
Especializados de Assistência Social – CREAS;
• conselhos setoriais;
• instituições de ensino que atuem com a Política do Envelhecimento.

§1º Assegurada as vagas dos Conselheiros Titulares e suplentes do CMDI e as vagas restantes
deverão ser preenchidas:
• 60% Sociedade Civil, destas:
• 20% para idoso/a;
• 20% para representantes das Entidades de Atendimento à Pessoa Idosa;
• 10% para representantes de Entidades de Assessoramento;
• 10% para representantes de Entidade de Proteção e Defesa de Direitos.
• 40% Poder Público, destas:
• 20% para os Técnicos dos Centros de Referência de Assistência Social – CRAS e
Centro de Referência Especializados de Assistência Social – CREAS; Centro de
Atenção e Prevenção a Violência contra a Pessoa Idosa – CIAPREVI; Estratégia
Saúde da Família – ESF; Núcleo de Apoio a Saúde da Família -NASF;
Promotorias do Idoso.
• 10% para conselhos setoriais;
• 10% para as instituições de ensino que atuem com a Política do Envelhecimento.

Art. 8º - Todos os delegados participantes da_____ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso de
____________________________ terão direito a voz e voto, podendo manifestar-se verbalmente
ou por escrito durante o período de debates, através de comentários ou perguntas pertinentes ao
tema.
§1º – Deverão ser escolhidos suplentes dos delegados Municipais titulares eleitos, correspondendo a
50%(cinquenta por cento), do número de vagas de delegados do segmento do setor público e do
segmento da sociedade civil.

74
§2º – Somente poderão se candidatar à representação de delegado estadual na III Conferência
Estadual dos Direitos do Idoso, os delegados presentes na plenária da etapa municipal, não sendo
admitido eleger pessoas ausentes.

Parágrafo único: Para eleição dos Delegados deve-se considerar como requisitos:
I. Atuação e experiência na área da Política de Atendimento à Pessoa Idosa;
II. prioridade ser Idoso/a;
III. compromisso na assiduidade e participação durante a realização do evento;
IV. atuar como elemento multiplicador na socialização dos resultados, após a realização da
Conferência.

Art. 09º – Os observadores e os Delegados Municipais eleitos para participar da III Conferência
Estadual dos Direitos do Idoso, representando o poder público, deverão ter suas despesas de
hospedagem e alimentação custeadas por seus Órgãos de representação.

Art. 10 - Os delegados Municipais eleitos para participar como delegados da III Conferência
Estadual, representando o setor da sociedade civil, terão suas despesas de alimentação e
hospedagem custeadas pelo Município. Durante a realização da Conferência Estadual as despesas
com alimentação serão de competência do Governo Estadual.

Art. 11 – A Comissão Organizadora será responsável pela articulação com os Órgãos públicos,
Associações de Municípios e outros parceiros pelo transporte para o deslocamento dos delegados e
observador municipais à III Conferência Estadual dos Direitos do Idoso.

CAPÍTULO V
DA REALIZAÇÃO DA ______CONFERÊNCIA MUNICIPAL
Art. 12 – O tema da Conferência será abordado sob forma de Palestra e debates para motivar os
trabalhos em grupo. A palestra deverá ser de pequena duração para não comprometer o andamento
dos trabalhos e será conduzida por um facilitador com conhecimento da temática e com facilidade
de expressão. A palestra terá coordenador, preferencialmente idoso, definido pela Comissão
Organizadora.

Art. 13 – Este momento da Conferência deve reservar no máximo uma hora entre a apresentação ou
mesa de debate e a participação da platéia.

75
Art. 14 – Os eixos deverão ser abordados sob forma de painel e aberto para debate com a plenária.

Art. 15 - Findo este momento, os participantes(delegados, observadores e convidados), serão então


encaminhados para os trabalhos de grupo, conforme definido no ato do credenciamento
§1º - Serão organizados 04(quatro) grupos de trabalho que deverão tratar de cada um dos eixos
temáticos, a saber:
I. Envelhecimento e Políticas de Estado: pactuar caminhos intersetoriais;
II. Pessoa Idosa: protagonista da conquista e efetivação do seus direitos;
III. Fortalecimento e integração dos Conselhos: existir, participar, estar ao alcance,
comprometer-se com a defesa dos direitos do idosos;
IV. Diretrizes Orçamentárias, Planos Integrado e Orçamento Público da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios: conhecer para exigir, exigir para incluir, fiscalizar.
§2º – Cada grupo de trabalho utilizará os instrumentais da avaliação e da deliberação de prioridades,
relativos aos seu eixo, conforme padronização enviada pela Comissão Organizadora da III
Conferência Estadual dos Direitos do Idoso.
§3º – Cada grupo de trabalho contará com dois facilitadores indicados pela Comissão Organizadora
e um Coordenador (preferencialmente idoso) e um redator. Ao final dos trabalhos, os participantes
deverão definir prioridades de acordo com os Eixos a serem trabalhados.
§4º – Os facilitadores terão como atribuições orientar as discussões e esclarecer pontos não
compreendidos pelos participantes;
§5º – O Coordenador terá como atribuição coordenar os debates assegurando o uso da palavra a
todos os que desejarem;
§6º – O Relator terá como atribuições registrar as conclusões do grupo em um instrumento próprio
fornecido pela Comissão Organizadora e que será apresentado em plenária no final dos trabalhos,
bem como entregar as conclusões finais do seu grupo à relatoria do evento.

Art. 16 – Haverá uma relatoria responsável pela sistematização do Relatório Final da ____
Conferência Municipal do Direitos do Idoso, a ser encaminhado à Comissão de Relatoria da III
Conferência Estadual dos Direitos do Idoso até o dia 20 de julho de 2011, pelos
Correios(registrado)

Art. 17 – A Comissão Organizadora se responsabilizará pela escolha dos membros que participarão
da mesa de abertura, bem como pelos que irão compor as mesas de palestras e a condução da
plenária final.

76
CAPÍTULO VI
DA PLENÁRIA
Art. 18 – A plenária da ____ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso será constituída pelos
participantes credenciados.

Art. 19 – A plenária terá a competência de discutir, aprovar ou rejeitar em parte ou na totalidade o


Regimento; as conclusões e propostas dos grupos de trabalhos; bem como realizar a eleição dos
delegados para a III Conferência Estadual dos Direitos do Idoso e votar os encaminhamentos finais.
§1º – A manifestação e ou intervenção dos membros da Plenária ocorrerá mediante prévia inscrição
na mesa coordenadora.
§2º – As decisões da Plenária serão todas por maioria simples.
§3º – Cada delegado terá direito a 01(um) voto.
§4º – As votações na plenária serão com a utilização do crachá de identificação.

Art. 20 – Na apreciação das avaliações (bloco I) e prioridades (Bloco II), dos eixos dos trabalhos de
grupo, a mesa colocará em discussão e votação, sucessivamente, as conclusões e propostas
apresentadas pelos grupos de trabalho, sendo possível nesta apresentação, a solicitação de
destaques.

Art. 21 – Os destaques terão a intervenção de até quatro participantes, sendo dois para a defesa e
dois para encaminhamento em contrário.
§1º – Cada delegado terá até dois minutos para sua manifestação;
§2º – Os pontos que nenhum delegado solicitar destaque no momento da votação serão
considerados aprovados por unanimidade pela plenária final.

Art. 22 – Durante a____ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso , poderão ser apresentadas
moções, que deverão conter no mínimo 10% de assinaturas dos delegados presentes, as quais
deverão ser anexadas aos trabalhos conclusivos dos grupos.
PARÁGRAFO ÚNICO: Somente farão parte do documento final, as moções aprovadas em
plenária.
CAPÍTULO VII
DA ELEIÇÃO DA DELEGAÇÃO DO MUNICÍPIO PARA A III CONFERÊNCIA
ESTADUAL DOS DIREITOS DO IDOSO
Art. 23 – A eleição da Delegação do Município a III Conferência Estadual dos Direitos do Idoso
obedecerá as orientações do CEDI-CE.

77
CAPÍTULO VIII
DOS RECURSOS DA ____ CONFERÊNCIA MUNICIPAL
Art. 24 – As despesas com a organização geral e a realização da _____ Conferência Municipal dos
Direitos do Idoso, correrão por conta das instituições que compõem a Comissão Organizadora
da____ Conferência Municipal por ela efetuadas.

CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 25 – Serão conferidos certificados aos membros que participam da ____ Conferência
Municipal dos Direitos do Idosa de________________________

Art. 26 – A prestação de contas deverá ser feita na plenária seguinte à Conferência.

Art. 27 – Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Organizadora e, caso não haja
consenso, serão levados à plenária para apreciação e decisão.

(nome do município)/CE, de_____de___________________de 2011


Aprovado na Reunião Ordinária do CMDI por meio da Resolução Nº ____/2011, de____de_______de 2011

78
ANEXO 05

PROGRAMAÇÃO DA ___ CONFERÊNCIA MUNICIPAL DOS DIREITOS DO IDOSO DE _______

Data: dia/mês/2011
Horário:
Local:

CREDENCIAMENTO

ABERTURA
CONFERÊNCIA MAGNA (30 min.)
“ O Compromisso de Todos por um Envelhecimento Digno no Município
de____________.”
Conferencista:________________________________________________
Debate

PAINÉIS:
EIXO 01 – Envelhecimento e Políticas de Estado: Pactuar Caminhos Intersetoriais (20 min.).
Painelista:
Coordenador/a da Mesa: Conselheiro/a do CMDI:_______________________________
EIXO 02 – Pessoa Idosa: Protagonista da Conquista e Efetivação dos seus Direitos (20 min.)
Painelista:
Coordenador/a da Mesa: Conselheiro/a do CMDI:______________________________
Debate
EIXO 03 – Fortalecimento e Integração dos Conselhos: Existir, Participar, Estar ao Alcance,
Comprometer-se com a Defesa dos Direitos dos Idosos (20 min.).
Painelista:
Coordenador/a da Mesa: Conselheiro/a do CMDI:______________________________
Debate
EIXO 04 – Diretrizes Orçamentária, Plano Integrado e Orçamento Público da União,
Estados, Distrito Federal e Municípios: Conhecer para Exigir, Exigir para Incluir; Fiscalizar
(20 min.).
Painelista:
Coordenador/a da Mesa: Conselheiro/a do CMDI:______________________________
Debate

79
ORIENTAÇÃO PARA OS TRABALHOS DE GRUPOS
TRABALHOS DE GRUPOS

PLENÁRIA DE APROVAÇÃO DAS PROPOSTAS DOS GRUPOS


Coordenação – CMDI: ________________________________
Representante OG:________________________________________________
Representante ONG:____________________________________________________

ELEIÇÃO DOS DELEGADOS PARA III CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS DIREITOS DO


IDOSO
Coordenação da Mesa:
Presidente : ____________________________________________
Secretária: ____________________________________________
Relatora:_______________________________________________

ENCERRAMENTO

80
ANEXO 06

ORIENTAÇÃO PARA OS TRABALHOS DE GRUPO

COMPETE:

O Facilitador - Apresentar os instrumentais, a metodologia do trabalho e Coordenar a escolha do


Coordenador e do relator do grupo.

O Coordenador – A responsabilidade de conduzir o trabalho garantindo a ampla participação e


andamento das discussões que possibilitem a construção das propostas para efetivação da Política
Municipal do Idoso.

O Relator – Registrar e apresentar na plenária as deliberações do grupo.

Com base nas apresentações e discussões realizadas neste evento desenvolva o seguinte roteiro:

1. Facilitador apresentará a metodologia e os instrumentais e em seguida coordenará a


escolha do Coordenador/a e do/a Relator/a do Grupo.
2. O trabalho de grupo será realizado em duas etapas:
a) Cada grupo de trabalho utilizará os instrumentais da avaliação e da
deliberação da prioridades, relativos ao seu eixo, conforme padronização enviada
pela Comissão da Relatória da III Conferência Estadual dos Direitos do Idoso.
b) Os produtos de cada grupo serão apresentados na Plenária Final, para
deliberação.

Comissão Organizadora.

81
ANEXO 07

(papel timbrado do CMDI)

FICHA DE CREDENCIAMENTO DOS PARTICIPANTES DA _____ CONFERÊNCIA


MUNICIPAL DOS DIREITOS DO IDOSO

Nome:
Idade:
Tem alguma deficiência ? ( ) SIM ( ) NÃO
Endereço:
Município:
Telefones de Contatos: ( ) Celular: ( )
entidade/Instituição:
E-mail:
Participa como: ( ) Delegado da sociedade civil ( ) Delgado do Poder Público
( ) Convidado ( ) Observador
GRUPO DE TRABALHO (marque com um X):
( ) EIXO I – Envelhecimento e Políticas de Estado: pactuar caminhos intersetoriais.
( ) EIXO II – Pessoa Idosa: protagonista da conquista e efetivação dos seus direitos.
( ) EIXO III- Fortalecimento e integração dos conselhos: existir, participar,estar ao
alcance,comprometer-se com a defesa dos direitos dos idosos.
( ) EIXO IV – Diretrizes orçamentárias,plano integrado e orçamento público da união, estados,
distrito federal e municípios: conhecer para exigir; exigir para incluir; fiscalizar.

___________________________/CE, ______ de_________________________de 2011

_____________________________________________________________________
participante

82
ANEXO 08

(papel timbrado do CMDI)

CONTROLE DE FREQUÊNCIA DOS PARTICIPANTES NA ___ CONFERÊNCIA


MUNICIPAL

Nº ORD NOME DO PARTICIPANTE ENTIDADE/ORGANIZAÇÃO 1º DIA 2º DIA

83
ANEXO 09

(papel timbrado do CMDI)

FICHA DE AVALIAÇÃO

Sua opinião é muito importante ! Por isso, solicitamos o preenchimento deste instrumento para que possamos
melhorar cada vez mais.

item/avaliação muito boa boa regular ruim não sei


acessibilidade
acesso ao local
apresentação e disponibilidade
auditório
condução da plenária
divulgação
local da exposição
local de realização
organização
qualidade das discussões nos grupos
qualidade das exposições
qualidade dos temas
receptividade e acolhida
respeito à fala das pessoas idosas
salas dos cursos/oficinas
secretaria:
tempo para as discussões

CRÍTICAS E SUGESTÕES:
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
___________________________________________________________
SUGESTÃO DE TEMA PARA A PRÓXIMA CONFERÊNCIA:
_______________________________________________________________________________________
__________________________________________________________
obrigado!
Comissão Organizadora

84
ANEXO 10

(papel timbrado do CMDI)

DECLARAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO NA CONFERÊNCIA

DECLARO para os devidos fins que _______________________________________________ participou


como* ____________________________________________________ da ____ Conferência Municipal do
idoso, tendo como Tema central “ , nos disas _______ de ___________ de 2011.

_______, __ de ___ de 2011.

________________________________________________
Presidente do CMDI

* podendo ser: conferencista; painelista; convidado; representante (delegado ou observador) do poder


público; representante da sociedade civil (delegado ou observador); relator e/ou apoio administrativo.

85
ANEXO 11

RELATÓRIO FINAL DA ____ CONFERÊNCIA MUNICIPAL DOS DIREITOS DO IDOSO

I – DADOS DA ETAPA MUNICIPAL

1.Portaria, local e data de realização da Conferência:


Instrumento Legal de Convocação ( Portaria, Resolução, outros):
Período de realização: Local:
Município: UF:
Nº de Participantes: total: homens: Mulheres: Idosos:
Nº de Delegados: total: homens: Mulheres: Idosos:

2. Organizações que participaram da etapa Municipal (relação nominal):


Poder Público: Sociedade Civil:

3. Coordenação da ____ Conferência Municipal dos Direitos do Idoso:


a) Nome completo:
b) Organização:
c) E-mail:
d) Telefones (com DDD):

4. Responsável pelo Preenchimento deste Relatório:


a) Nome completo:
b) Organização:
c) E-mail:
d) Telefones (com DDD):

86
II - DESENVOLVIMENTO DA ____ CONFERÊNCIA MUNICIPAL DOS DIREITOS DO IDOSO

1. BREVE DESCRIÇÃO (Dinâmica da Conferência)

2. TEXTO BASE UTILIZADO:


Sugere-se que seja elaborado um Texto Base (orientação), para ser disponibilizado pela Conferência e
distribuído individualmente no momento do Credenciamento dos participantes, servindo como subsídio aos
Debates no ambiente de cada sala dos eixos temáticos.

Aconteceu? ( ) SIM ( ) Não

87
3. RELAÇÃO DAS DIRETRIZES PRIORIZADAS:

DIRETRIZES PRIORITÁRIAS NO ÂMBITO MUNICIPAL


(O Regimento Interno da ____ Conferência Municipal dos Direitos dos Idoso irá dispor sobre a escolha de Diretrizes
que serão reportadas ao Prefeito Municipal)
Eixo temático 1:
Envelhecimento e Políticas de Estado: Pactuar Caminhos Intersetoriais.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Eixo temático 2:
Pessoa Idoso: Protagonista da Conquista e Efetivação dos seus Direitos.
1
2
3
4
5
Eixo temático 3:
Fortalecimento e Integração dos Conselhos: Existir, Participar, Estar ao Alcance, Comprometer-se
com a Defesa dos Direitos dos Idosos
1
2
3
4
5
Eixo Temático 4:
Diretrizes Orçamentárias, Plano Integrado e Orçamento Público da União, Estados Distrito Federal e
Municípios: Conhecer para Exigir; Exigir para Incluir, Fiscalizar.
1
2
3
4
5

88
PROPOSTAS DE DIRETRIZES PRIORITÁRIAS PARA O ÂMBITO ESTADUAL
(O Regimento Interno da Conferência Estadual irá dispor sobre a escolha de Diretrizes que serão levadas para III
Conferência Estadual dos Direitos do Idoso)
Eixo temático 1:
Envelhecimento e Políticas de Estado: Pactuar Caminhos Intersetoriais.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Eixo temático 2:
Pessoa Idoso: Protagonista da Conquista e Efetivação dos seus Direitos.
1
2
3
4
5
Eixo temático 3:
Fortalecimento e Integração dos Conselhos: Existir, Participar, Estar ao Alcance, Comprometer-se
com a Defesa dos Direitos dos Idosos
1
2
3
4
5
Eixo Temático 4:
Diretrizes Orçamentárias, Plano Integrado e Orçamento Público da União, Estados Distrito Federal
e Municípios: Conhecer para Exigir; Exigir para Incluir, Fiscalizar
1
2
3
4
5

89
PROPOSTAS DE DIRETRIZES PRIORITÁRIAS PARA O ÂMBITO NACIONAL.
(O Regimento Interno da Conferência Estadual irá dispor sobre a escolha de Diretrizes que serão levadas para III
Conferência Estadual dos Direitos do Idoso)
Eixo temático 1:
Envelhecimento e Políticas de Estado: Pactuar Caminhos Intersetoriais.
1
2
3
4
5
Eixo temático 2:
Pessoa Idoso: Protagonista da Conquista e Efetivação dos seus Direitos.
1
2
3
Eixo temático 3:
Fortalecimento e Integração dos Conselhos: Existir, Participar, Estar ao Alcance, Comprometer-se
com a Defesa dos Direitos dos Idosos
1
2
3
Eixo Temático 4:
Diretrizes Orçamentárias, Plano Integrado e Orçamento Público da União, Estados Distrito Federal e
Municípios: Conhecer para Exigir; Exigir para Incluir, Fiscalizar.
1
2
3
INDICAÇÃO DE DUAS EXPERIÊNCIAS POSITIVAS NA ATENÇÃO À PESSOA IDOSA QUE
ACONTECEM NO SEU MUNICÍPIO.
1
2

4. Moções

90
5. Avaliação

6. Formulário dos dados dos Delegados à III Conferência Estadual dos Direitos do Idoso

I – QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DOS PARTICIPANTES DOS MUNICÍPIOS NA III


CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS DIREITOS DO IDOSO
nº de representantes TOTAL TOTAL
Porte dos Municípios
delegado observador delegado observador/convidado GERAL
Pequeno I – 90 Municípios 02 01 180 90 270
Pequeno II – 61
02 01 122 61 183
Municípios
Médio – 25 Municípios 04 01 100 25 125
Grande – 07 Municípios 06 01 42 07 49
Metrópole – 01 Município 30 05 30 05 35
TOTAL 474 188 662

II – QUADRO DO NÚMERO DE PARTICIPANTES DA III CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS


DIREITOS DO IDOSO
Conferência Participantes nº de deleg. nº de observ. nº de conv. Total Geral
Dos Municípios 474 188 -- 662
ESTADUAL
Do CEDI-CE 40 -- 98 138
TOTAL 514 188 98 800

91
REPRESENTANTES/DELEGADOS DA SOCIEDADE CIVIL

Delegados TITULARES
Nº Ord NOME IDADE CONTATO (E-mail e Telefone)
01
02
03
Delegados SUPLENTES
Nº Ord NOME IDADE CONTATO (E-mail e Telefone)
01
02
03

REPRESENTANTES/DELEGADOS DO PODER PÚBLICO

TITULARES
Nº Ord NOME IDADE CONTATO (E-mail e Telefone)
1
2
3
SUPLENTES
Nº Ord NOME IDADE CONTATO (E-mail e Telefone)
1
2
3

OBSERVADOR

TITULAR
Nº Ord NOME IDADE CONTATO (E-mail e Telefone)
1
SUPLENTE
Nº Ord NOME IDADE CONTATO (E-mail e Telefone)
1

92
ANEXO 12
(papel timpbrado)

FICHA DE INSCRIÇÃO DOS PARTICIPANTES PARA III CONFERÊNCIA


ESTADUAL DOS DIREITOS DO IDOSO

I - Dados Pessoais do(a) Participante:


• Nome Legível: _______________________________________________________________________
• Endereço Residencial: _______________________________________________ Nº_______
• Bairro: ________________________ Cidade: __________________ CEP: _______________
• Nº do RG: ______________________________ Data de Expedição: ____________________
• Nº CPF: ___________________________ Data de Nascimento: ____________________
• Nº do Título: _______________________ Zona Eleitoral: _________ Seção: ____________
• Telefone Residencial: _______________________ Celular: __________________________
• E-mail: ___________________________________________________________________

• Data de nasc.: ___/___/_____ Estado Civil: _________________ Sexo: __________


• Escolaridade: ______________________________ Formação: _______________________
• Área de Atuação: ____________________________________________________________
• Tempo (em meses/ anos) que atua na Área de Atendimento ao Idoso: ________________

OG Sociedade civil
assinale Delegado Observador Delegado Observador

II - Dados da Organização que o Participante representa:


• Órgão/Entidade: ________________________________________________
• Endereço: _______________________________________________________ nº __________
• Bairro: ___________________ Cidade: ______________________ CEP: _______________
• Telefone: _____________________ Fax: __________________________

• Nome do Dirigente do Órgão / Entidade:_______________________________________________________
• e-mail:______________________________________________________________________

_________, ___/______/____ ________________________________________


Assinatura do(a) Participante

93

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