Você está na página 1de 4

A Família Com Um Propósito

A Família Com Um Propósito

Há entre os jovens aqueles que serão chamados “pais de família” (ou homens
dedicados ao lar) e também aqueles chamados para serem exclusivamente “homens
dedicados ao ministério”, que não terão famílias. Ninguém deveria aceitar este caminhar
com Deus apenas como uma ocasião para encontrar alguém que, sem entusiasmo, deseja
caminhar com o Senhor, pensando que esta será uma oportunidade para se casar. Ninguém
deveria se casar atualmente a menos que este casamento contribua para o ministério do
final dos tempos. Aproxima-se rapidamente a hora na qual pastores e ministérios rejeitarão
casamentos que são apenas casamentos. O tempo é muito curto. O relacionamento deverá
cumprir a vontade de Deus no tempo do fim, ou o casal será aconselhado a esquecê-lo. As
regras que seguiremos serão um pouco diferentes daquelas que outras pessoas observam.
Um ponto de contenda com algumas pessoas é a questão do divórcio. Nós
compreendemos o que as Escrituras dizem sobre o divórcio, contudo, precisamos encarar o
fato que através da Bíblia são apresentados diferentes padrões de casamento em diferentes
épocas. Na época do Novo Testamento a poligamia era proibida, enquanto na época do
Antigo Testamento a poligamia era permitida. Deus pode mudar completamente o quadro.
Em minha opinião, se há verdadeiro arrependimento quando um casamento é
desfeito, podemos crer por um novo dia para os envolvidos, e não iremos negá-lo a eles. O
verdadeiro fundamento sobre o qual as pessoas deveriam ou não se casar não é algum
padrão legalístico da velha ordem, mas sim o guiar do Espírito. Nós precisamos responder
questões tais como: “Esta pessoa está realmente na vontade de Deus para esta outra? Este
casamento está na perfeita vontade de Deus?” Precisamos descobrir se o casamento está
verdadeiramente na vontade de Deus e se contribuirá para o Reino. Está se repetindo um
tempo que houve na Igreja Primitiva quando aqueles que eram casados eram aconselhados
a ser como se não o fossem, para que pudessem se entregar completamente à vontade de
Deus (1 Coríntios 7:29).
Perseguições estão sobre nós. Por causa disso, os casamentos não devem ser
baseados exclusivamente num amor romântico, embora Deus o conceda. Casamentos não
devem ser baseados somente na atração física entre as pessoas, mas sobre o fato de que
Deus uniu duas pessoas. O relacionamento delas precisa ser definitivamente guiado pelo
Senhor. Quando é assim, aquele casal tem dez vezes mais problemas que qualquer outro,
porque o casamento deles tem significado, é importante.
Existe uma necessidade de classes de aconselhamento para adolescentes. Há
poucos livros que eu poderia recomendar como referência para essas classes,
principalmente na área de educação sexual. Teremos que escrever nossos próprios livros.
Não podemos tratar de sexo apenas como um fenômeno físico ou emocional ou como uma
função biológica. Neste dia o Senhor está tentando trazer à luz algo mais. As pessoas nunca
descobriram o processo pelo qual o físico torna-se uma libertação para o relacionamento
espiritual. Elas não sabem como, apesar das Escrituras darem algumas instruções a
respeito. Isso não tem nada a ver com a abordagem erótica, mas os casais podem entrar
em uma unidade espiritual a que Deus os destinou.
Um dos maiores problemas hoje é o fato do próprio casamento estar sofrendo um
verdadeiro ataque de Satanás. Por que Satanás atacaria os casamentos hoje? Por que mais
e mais pessoas estão vivendo juntas sem estarem casadas? Deus tem um novo plano para
o casamento, que as pessoas nunca alcançaram, e Satanás está tentando impedi-las de o
alcançarem.
Muitos estão desiludidos. O divórcio tem aumentado. Miséria e infelicidade são
vistas no casamento através dos séculos, porque o casamento como o conhecemos hoje
está acabando. Mas o casamento do Reino está começando, e haverá famílias e lares

1
A Família Com Um Propósito

maravilhosos. Alguns virão à luz aqui e ali, enquanto Deus cria modelos e padrões bonitos
da família do Reino.
A estrutura do lar e da família como conhecemos não está apenas sob ataque, mas
correndo perigo de se tornar obsoleta. Temos passado por várias fases na estrutura do lar.
Talvez até a cem anos atrás o homem dominasse. Em algumas partes do mundo isto ainda
é verdade, mas na América o matriarcado começou a surgir há um século e ganhou força
através dos anos. A maior porcentagem de propriedades nos Estados Unidos, hoje, é
possuída ou controlada por mulheres.
Os homens se tornaram tão completamente castrados de modo que se não fosse
pelo fator econômico de sustentar uma família, as mulheres adotariam as táticas da aranha
viúva negra – tão logo a reprodução se completasse, elas destruiriam os machos porque
eles pareceriam ser quase um objeto desnecessário na família. Mesmo os tribunais têm
apoiado esta situação – a mãe toma a criança e recebe algumas vezes quantias
exorbitantes para seu próprio sustento e o das crianças. Na opinião dos tribunais desse
país, o homem não é necessário para o bem-estar das crianças, exceto no apoio financeiro.
Como resultado dessas tendências, existe um grande argumento, especialmente
nas faculdades, contra o casamento. Milhares de jovens estão vivendo juntos, sem o
benefício do casamento, com esse tipo de atitude: “Por que deveríamos nos envolver num
casamento que sempre traz amargura e infelicidade? Se desejarmos nos separar, nós o
faremos.” Eles têm tais atitudes porque percebem que o casamento, como temos conhecido
no passado, se tornou algo nocivo à verdadeira paz e felicidade.
Uma das razões principais destas tendências que vemos no casamento é que temos
deixado uma era de individualismo e entrado numa era de coletivismo. Quer isso seja numa
expressão de Satanás no comunismo ou socialismo, quer seja numa expressão mais
democrática nas cooperativas, uniões, etc., o mundo tem entrado na era do coletivismo.
Uma das expressões mais radicais disso é o casamento em grupo que está sendo licenciado
em vários países no mundo. São casamentos nos quais vários homens e mulheres fazem
parte de um mesmo casamento. Cada mulher é uma esposa para todos os homens, e cada
homem é um esposo para todas as mulheres do grupo. Isto é ridículo, mas é um protesto
contra o que tem acontecido ao casamento e à família.
Agora Deus está trazendo uma restauração à unidade da família e à submissão ao
esposo. Contudo ainda há uma parte faltando. Ainda estamos retendo uma idéia de família
como se ela fosse uma unidade com um fim em si mesma. O resultado é que mesmo nos
lares cristãos temos passado pelo domínio do homem e pelo domínio da mulher, e temos
visto muito o domínio dos filhos.
Quanto mais aconselho as pessoas, mais eu me conscientizo que elas estão
aterrorizadas com seus próprios filhos. É como se elas tivessem criado algum monstro do
qual tivessem medo. Ao invés de disciplinarem seus filhos, os pais tentam comprá-los.
Existe um medo verdadeiro nos pais no que diz respeito a seus filhos. Eles têm sido
doutrinados a praticamente adorarem seus filhos, colocá-los num pedestal e dar a eles
todos os benefícios do mundo. Como resultado, temos crianças muito neuróticas, que não
estão aptas para lidar com o que receberam. Ainda que saibam como seguir seu próprio
caminho, elas não sabem o que fazer com o poder que receberam.
Precisamos orar para Deus nos dar respostas que ajudem as famílias a se tornarem
o tipo de famílias que cumprirão todo o propósito de Deus no Reino. É possível ter as
respostas agora. A fonte do problema é que as famílias fazem o que querem, são uma
entidade fechada. A atitude tem sido: “Senhor, abençoe a mim, a minha esposa, a meu
filho João e a sua esposa, a nós quatro e a ninguém mais. Amém.” É uma idéia de
exclusividade deixada por uma era de privacidade que acabou. A era de privacidade viu
homens ganharem riquezas, levantarem muros e construírem pequenos castelos dentro dos
muros. Eles e suas famílias podiam se retrair do resto do mundo, até finalmente
descobrirem que estavam aprisionados.
A família foi criada para ser uma unidade com um propósito. De certo modo, uma
família pode ser comparada a um tijolo – inútil sozinho. Até ser cimentado num muro, o
tijolo não tem valor. Um tijolo solto pode ser uma arma perigosa – você pode tropeçar nele
ou alguém pode atirá-lo em você. Mas quando aquele tijolo é parte de uma parede sólida,
ele se torna algo de real valor.

2
A Família Com Um Propósito

Nossas famílias estão mudando e funcionando para fazer algo. Temos que ter um
propósito no modo em que vivemos. Toda família deveria ter um propósito. Uma igreja
deveria ter um propósito. Quando todos na família não estão funcionando por um objetivo
que exige esforços de todos para cumpri-lo, eles estão perdendo muito. As famílias tiveram
o seu melhor na América, quando todos tinham que trabalhar duro para sobreviver e
realizar tarefas como uma unidade.
Qual é o problema nas famílias? Está em fazer o Júnior comer boa comida e
guardá-lo de destruir seus olhos assistindo televisão demais. Ele é preguiçoso e bom para
nada. Ele não aprende a trabalhar. Crianças não sabem ter responsabilidade,
consequentemente crescem indisciplinadas. Elas têm sido tão mimadas e por tanto tempo,
que não sabem como assumir o desafio e a disciplina de caminhar como um discípulo de
Jesus Cristo. A Bíblia diz: “Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade”
(Lamentações 3: 27).
No passado as crianças aprendiam a trabalhar e compartilhar o fardo bem cedo na
vida. Todos na família aprendiam a confiar em Deus e se saíam bem, sem fazerem nenhum
mal. É isso que Deus fará novamente hoje. Esse pode ser o dia da sociedade opulenta, mas
Deus está nos ensinando a disciplina para nos tornarmos discípulos do Senhor Jesus Cristo.
Estamos aprendendo a negar a nós mesmos e muitos estão deixando tudo para seguir o
Senhor. Nossos filhos estarão em melhor situação se começarmos a colocá-los
imediatamente na obra do Senhor e deixá-los suportar o fardo na mocidade. Crianças
podem aprender a trabalhar juntas, tomando conta das tarefas domésticas para auxiliar
seus pais, de modo que eles possam cumprir seu ministério na casa do Senhor.
Se você puder ensinar seus filhos a apoiá-lo e ajudá-lo, essa será uma das maiores
chaves para toda a família. Treine uma criança no caminho que ela deve seguir, e ela terá
fé e confiança em suas orações (Provérbios 22:6). Aprenda a colocar sua família
funcionando, fazendo a vontade de Deus. Então sua família estará posicionada para fazer a
obra do Reino, será orientada para o Reino e não terá os problemas que teria se estivesse
trabalhando por outra coisa. Se você tem uma família sem um propósito, você terá uma
família com problemas; se tem uma família cumprindo o propósito divino, terá uma família
abençoada pelo Senhor.
Se nós queremos que o ministério do Corpo e o espírito de família floresçam,
precisamos nos posicionar para produzi-los. Eu gostaria de tentar um sistema que Deus me
mostrou, o qual poderia reverter a tendência à era da segregação. É um conceito
revolucionário, completamente contrário ao programa do sistema moderno; contudo o
sistema moderno não está produzindo homens de Deus ou o caminhar espiritual que
desejamos.
Se tivermos facilidade suficiente para acomodarmos toda a congregação em grupos
de 20 a 24 pessoas, poderemos ter grupos incluindo crianças, jovens, casais e idosos, não
tendo mais de 6 pessoas de cada faixa etária num grupo. Pessoas de várias idades e vários
níveis espirituais poderiam aprender como trazer a Palavra de maneira simples e eficaz,
ministrando em todos os níveis. Eu proporia que não fosse permitido que os pais ficassem
no mesmo grupo de seus filhos. Alguns pais e filhos são hostis entre si, eles não
aprenderiam muito num mesmo grupo. A hostilidade pode ser vencida colocando-os em
grupos diferentes; então quando chegarem em casa, o pai e a mãe terão aprendido a se
relacionarem com grupos de várias idades e estarão aptos a se comunicarem melhor com os
filhos. Eles terão sido ensinados a respeito do ministério do Corpo, do estilo da família na
igreja e quando chegarem em casa poderão colocar isso em prática.
Há uma quebra geral nos altares da família, nas orações da família e na leitura da
Palavra porque os membros da família não sabem como se relacionarem. O papai pode
saber ensinar num grupo de adultos, mas pode não saber transmitir uma verdade espiritual
para uma criança de 3 anos.
Este sistema de ensino serviria para propiciar o espírito de família para aqueles que
não têm famílias e vivem sozinhos: os órfãos, os que são divorciados ou viúvos ou tiveram
seus lares destruídos por outra razão. O mundo está seguindo outro rumo, mas nós
queremos ver a restauração da vida da família num viver eficaz pelo Senhor. Isso também
criaria o espírito de hospitalidade nos lares. As pessoas estariam dispostas a receber outras
pessoas em seus lares porque teriam desenvolvido o espírito de família.

3
A Família Com Um Propósito

Se grupos de 20 ou 24 pessoas forem muito grandes, poderemos diminuir o


número para 15 ou 18. Nós acharemos o número certo. O Senhor nos dará até mesmo o
número. Os professores também poderão ser de várias idades, desde que sejam capazes de
ensinar. O propósito do ensino deveria ser estender-se para o restante do grupo e ver todos
participando. Mesmo os sermões não deveriam ser estritamente para adultos, deveriam ser
para as famílias. Deveria haver algo amigável e familiar em toda a abordagem, combinado
com uma certa dignidade e reverência. É assim que os sermões deveriam ser, é assim que
estudos e grupos devem ser; precisam se relacionar com todos.
Os jovens com seu zelo e entusiasmo equilibrando com a sabedoria dos adultos. É
bonito ver um pai sábio respondendo ao zelo de seu filho e ver o filho respondendo à
sabedoria do pai. Sem este equilíbrio a família é uma unidade perdida em resmungos e
empurrões, sem ninguém se relacionando realmente.
Se temos o espírito de família, a pressão sobre uma criança na fase colegial que
falha na sua dedicação e motivação, pode vir de alguém além de seus pais, os quais
frequentemente estão egoisticamente relacionados ao problema. O pai cujo filho não
conhece ao Senhor ou não está avançando como deveria, considera isso como um insulto
ou como uma crítica pessoal. Para seu modo de pensar, seu filho pode ser somente uma
extensão dele mesmo. Os pais deveriam criar seus filhos como se fossem filhos do vizinho,
a quem estão somente hospedando. Os pais geralmente são envolvidos muito
subjetivamente com seus próprios filhos. As crianças sempre reagem melhor à pressão feita
pelos de sua mesma idade ou por outros adultos que não sejam o papai ou a mamãe, que
exigem demasiadamente. Jovens sempre são imunes a seus pais, mas geralmente reagem
quando alguém na igreja conversa com eles sobre “desenvolverem-se bem”. Algumas vezes
uma pessoa mais jovem pode literalmente exigir que eles sejam um exemplo, ou alguém
mais velho pode exigir que eles sigam o exemplo de outra pessoa.

Pedido de Mensagens:
Rua das Melancias, nº 58/203
Vila Clóris – Planalto
Belo Horizonte (MG)
CEP: 31.775-390
www.reinonet.com.br
grafica@reinonet.com.br

Você também pode gostar