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Acordo Ortográfico
Acordo Ortográfico
Ex: linguiça
bilíngue
sequência
frequente
Ex: enjoo
voo
veem
zoo
magoo
4ª Não se acentua palavras paroxítonas (as que a sílaba mais forte é a penúltima) com ditongos
abertos: ei, oi.
Ex: assembleia
ideia
heroico
5ª Não é usado mais o acento diferencial (aquele feito para identificar verbos, substantivos e
preposições).
6ª Toda vez que uma palavra seguida por prefixo começar com H, separa-se com hífen.
Ex: pré-história
anti-higiênico
super-herói
7ª Se as palavras terminarem e começarem com letras iguais, separa-se com hífen. Se as letras forem
diferentes, junta-se.
Ex: anti-inflamatório
micro-ondas
neoliberalismo
superinteressante
8ª Quando a palavra começar com R ou S e o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá ser
dobrada.
Ex: minissaia
contrarregra
9ª Os prefixos “ex, pós, pré, pró, vice, sem, além, aquém e recém” sempre serão acompanhados do
hífen.
Ex: ex-aluno
pós-graduação
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
sem-terra
vice-presidente
além-túmulo
aquém-mar
Ex: coordenador
reescrever
preestabelecer
11ª Todas as palavras formadas com o advérbio “Não” ficam separadas sem o hífen.
12ª Não se usa o hífen nas palavras compostas com elemento de conexão.
A nova regra para a trema é geral. Todas as palavras deixaram de ser escritas com ela. Palavras como
linguiça ou tranquilo não possuem mais a antiga grafia e passam a ser escritas sem a trema. Cuidado para
possíveis confusões na hora de escrever seus textos ou de marcar alternativas que contenham a ortografia
incorreta.
As vogais abertas causam muita confusão nos alunos. A palavra “ideia”, por exemplo, leva ou não acento
agudo na letra “e”? De acordo com o novo acordo, não mais. O professor Ivan explica que as paroxítonas
terminadas nas letras a/e/o não são mais acentuadas. “A reforma acabou com uma exceção a regra”, ele diz,
já que outras paroxítonas, como cama, parede e aluno, nunca foram acentuadas. São exemplos de quem
perdeu o acento: ideia, heroico e espermatozoide.
Para não errar com o hífen, Perina indica uma estratégia usada em física, que é a da atração e repulsão de
cargas positivas e negativas: cargas opostas (positivo e negativo) se atraem da mesma maneira como duas
palavras que terminam com letras diferentes se juntam, por exemplo, "autoajuda" e "semiextensivo".
Porém, se o prefixo (primeira palavra) termina com um letra e o sufixo (segunda palavra) começa com a
mesma letra, elas se repelem, como em "micro-ondas" e "eletro-ótica". O mesmo serve para as palavras que
começam com a letra "h", como em "anti-hibérico" ou "sub-humano". O professor explica, porém, que essa
estratégia é um simplificação das regras, mas que na maioria das vezes pode ajudar os alunos a evitarem o
erro.
Outro elemento que merece atenção é a variação linguística. Ela não muda, já que o novo acordo é apenas
ortográfico. Porém pode causar algumas confusões para quem não estiver atento. Ivan recomenda cuidado.
"Podem pedir a comparação com textos antigos, para que o aluno observe as diferenças."
Se você ainda tem dúvidas sobre as mudanças e deseja aprofundar seus conhecimentos no novo acordo
ortográfico confira todas as explicações das regras e mudanças no especial "Aprenda de vez o Novo
Acordo Ortográfico".
O Alfabeto – Seguindo as indicações do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, nosso alfabeto
passa a ser formado por 26 letras, com a inclusão de “k”, “w” e “y”, que formalmente não pertenciam a ele.
Assim, elas são oficializadas em nomes próprios, símbolos, siglas e palavras estrangeiras (watt, km).
O Trema – Com exceção de nomes próprios e derivados, o trema (o sinal de dois pontinhos sobre a letra ü)
não será mais usado em nossa língua. Naturalmente, as palavras que precisavam de trema agora serão
escritas sem ele, como por exemplo: frequência, eloquência, consequência.
Acentuação – Os ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas, como por
exemplo: ideia, colmeia, boia, heroico, paranoico.
Exceções: o acento continua nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossilábicas: anéis, dói, papéis,
herói.
Bem como o acento no ditongo aberto ‘éu’ continua: céu, véu, chapéu.
Os hiatos “oo” e “ee” não são mais acentuados: voo, coo, moo, perdoo, veem, creem, leem.
Foi descartado o acento diferencial para palavras homógrafas (de grafia igual): pelo (substantivo), pera
(substantivo), para (verbo), pela (substantivo e verbo).
Exceção: o acento diferencial é mantido para o verbo “poder”, na 3ª pessoa do Pretérito Perfeito do
Indicativo: “pôde” e no verbo “pôr” para diferenciar este da preposição “por”.
A letra ‘u’ não é mais acentuada nas formas verbais rizotônicas (quando os acentos tônicos são na raiz do
verbo) quando for precedida de “g” ou “q” e seguida de “e” ou “i”. Exemplos: apazigue, averigue, enxague,
oblique.
Os fonemas “i” e “u” tônicos não são mais acentuados em palavras paroxítonas quando forem precedidos
de ditongo. Exemplos: boiuna, baiuca, feiura.
O Hífen – O hífen foi abolido em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) que terminam em vogal
+ palavras iniciadas por “r” ou “s”; quando for este o caso, essas letras devem ser duplicadas.
Atenção: em prefixos terminados em “r”, o hífen permanece se a palavra seguinte for iniciada pela mesma
letra: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-realista, etc.
O hífen foi abolido em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras
iniciadas por outra vogal.
1. esta nova regra permite a uniformização de algumas exceções que já existiam em nosso idioma: antiaéreo,
antiamericano, socioeconômico, etc.
2. mas esta regra não é aplicada quando a palavra seguinte começar por “h”: anti-herói, anti-higiênico, etc.
Continua a utilização do hífen quando a palavra é formada por um prefixo (ou falso prefixo) terminado em
vogal + palavra iniciada pela mesma vogal.
Exceção: o prefixo “co”. Mesmo que a palavra seguinte comece com a vogal “o”, não utiliza-se hífen.
O hífen foi abolido em palavras compostas que, pelo uso, perderam a noção de composição.
Atenção: o hífen continua a ser utilizado em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e
que constituem unidade sintagmática e semântica, mantendo seu acento próprio, bem como naquelas que
designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, médico-cirurgião, conta-gotas, tenente-coronel, beija-
flor, erva-doce, bem-te-vi etc.
Atenção: O uso do hífen continua em palavras formadas pelos prefixos “ex”, “vice” e “soto” (posição
inferior): ex-marido, vice-presidente, soto-ministro.
Em palavras formadas pelos prefixos ‘circum’ e ‘pan’ seguidos de palavras iniciadas com vogal, “m” ou
“n”: pan-americano, circum-navegação.
Em palavras formadas pelos prefixos “pré”, “pró” e “pós” seguidos de palavras que tem significado próprio:
pré-natal, pró-socialismo, pós-graduação.
Em palavras formadas pelas palavras “além”, “aquém”, “recém”, “sem”: além-mar, aquém-mar, recém-
casados, sem-teto, etc.
Atenção: O hífen foi abolido em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais,
adverbiais, prepositivas ou conjuncionais): fim de semana, café com leite, pão de mel, cartão de visita, etc.
Exceto em algumas expressões, como por exemplo: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-
perfeito, pé-de-meia, etc.
→ Acentuação
→ Hífen
Se a acentuação é o conteúdo que recebeu mais modificações, o hífen é a mudança do acordo que rende mais
polêmicas, visto que palavras que não tinham hífen passaram a ter, outras perderam o sinal, além de palavras
que perderam o hífen e ainda repetem as letras.
Agora ficou mais fácil ficar por dentro das alterações que integram o Novo Acordo Ortográfico. Essas
regras, como a gente viu no início do texto, já estão sendo cobradas por aqui. Fiquem atentos!
A forma verbal de terceira pessoa do singular do verbo "parar" recebia um acento agudo na sílaba tônica.
Escrevíamos, portanto, "pára": "Manifestação pára avenida Paulista", "Ele nunca pára para pensar" etc.
Segundo o sistema antigo, entendia-se ser necessário distinguir a forma verbal da preposição homônima. Agora, em
consonância com as novas normas ortográficas, esse acento deixa de ser empregado e o contexto se encarregará de
desfazer as possíveis ambiguidades.
Consequência da supressão desse acento diferencial é a nova grafia de certos substantivos compostos, como "para-
brisa", "para-raios", "para-choque" etc. Note-se que a forma "para" que integra esses compostos não é um prefixo,
mas a flexão do verbo "parar". Não há, portanto, motivo para cogitar a eliminação do hífen dessas palavras, como já
é regra em termos como "paradidático", "paraestatal" etc., nos quais "para-" é um prefixo.
Ocorre, é verdade, segundo o Novo Acordo Ortográfico, não só a eliminação do acento diferencial mas também a
aglutinação dos termos "pára-quedas", "pára-quedista" e "pára-quedismo", que agora se escrevem "paraquedas",
"paraquedista" e "paraquedismo".
A junção dos elementos constitutivos de uma palavra ocorre quando os falantes do idioma perdem a sua percepção (
deixam de entendê-los como partes separadas). Um exemplo conhecido pode ajudar a entender esse processo: a
palavra "embora" é resultado da aglutinação da expressão "em boa hora" (daí dizermos que alguém "foi embora").
Feita a aglutinação, a tendência é que os elementos constitutivos da palavra se tornem cada vez menos perceptíveis.
O caso de "paraquedas" nada tem a ver com o fato de tratar-se a palavra de um substantivo - não é, afinal, a classe
gramatical que define isso. Muito mais provável é que os seus derivados, "paraquedismo" (antes "pára-quedismo") e
"paraquedista" (antes "pára-quedista") tenham sido os responsáveis pela sua aglutinação. Como o usuário da língua
não reconhece termos como "quedismo" ou "quedista", sua tendência é aglutinar os termos "paraquedismo" e
"paraquedista". "Paraquedas", o termo do qual se originam, acaba aglutinado também por analogia.
O vocábulo para- tanto pode ser prefixo quanto elemento de composição, também chamado de falso
prefixo.
"Proximidade", "ao lado de", "ao longo de", como: parágrafo, paraninfo, paratireoide, parêntese,
paracentral.
Sendo elemento de composição (ou falso prefixo), significa "aquilo que protege contra, que apara". O
Acordo Ortográfico vigente eliminou o acento desse elemento, e algumas palavras também perderam o
hífen. Eis as palavras formadas com para-:
Alfabeto O alfabeto agora é As letras "k", "w" e "y" Kiwi, yanomâmi, byron, watt
formado não estavam em
oficialmente por 26 nosso alfabeto
letras,
incluindo "k", "w" e
"y"
Trema O trema foi extinto Pela regra antiga, escrevia-se Aguentar, frequência, linguiça, tranquilo, delinquir,
na cinqüenta, lingüiça, pingüim eloquente, consequência. Exceções: müller
língua portuguesa.
Ele
permanece só em
casos de
nomes próprios
estrangeiros
e seus derivados
Acento agudo Palavras com com Palavras como alcalóide, Europeia, Pompeia, paranoia. Continuam com acento:
1 ditongos bóia e Coréia herói, lençóis, chapéu, pastéis, ilhéu, céu (pois são
abertos "éi" e "ói" recebiam acento oxítonas)
não são
mais acentuadas,
se a
penúltima sílaba
for a mais
forte (paroxítonas)
Acento agudo Ainda em palavras Palavras como boiúna, feiúra e Bocaiuva, feiura, boiuna
2 paroxítonas, não se bocaiúva recebiam acento
acentua
mais os "i" e o
"u"tônicos,
se eles vierem
depois
de um ditongo
Acento agudo O acento caiu do Expressões como "tu redargúis" Tu arguis, ele argui, vós arguistes
3 "u" tônico e "ele argúi" recebiam acento
em expressões
como "tu
redarguis", "eles
arguem" e
outras do presente
dos
verbos arguir e
redarguir
Acento agudo Não se usa mais Usava-se acento em "eu Eu enxaguo, eu averiguo, tu obliques, que ele
4 acento em enxagúo", "tu enxagúas", "ele averigue
verbos terminados apazigúe",
em "guar", "ele obliqúe"
"quar" e "quir",
quando
forem flexionados
e
tiverem "u" tônico
Acento Caiu o acento nas Palavras como vôo, enjôo, Enjoo, voo, perdoo, abençoo, creem, deem, leem,
circunflexo 1 palavras dêem, crêem e lêem recebiam releem, reveem
terminadas em circunflexo
"ôo(s)" e "êem"
- essas últimas
conjunções da
terceira pessoa
(eles/elas) do
plural do presente
do
indicativo ou do
subjuntivo
Acento Era usado para Expressões como "eu jogo "Eu jogo polo", "meu cão tem pelos cinza", "comi a
diferencial identificar pólo" eram acentuadas minha pera", "protesto para a avenida". Exceções: pôr
palavras que têm a e pôde
mesma
pronúncia
(homófonas, como
"pára" e "para")
Hífen 1 Não se usa mais em Palavras como Contrassenha, antirracista, antissemita. Exceções:
prefixo anti-religioso, anti-semita, super-resistente, hiper-requintado (quando o prefixo
terminando com contra-regra e o sufixo terminam em "r"
vogal e com recebiam hífen
o sufixo
começando com "s"
ou "r". Nessa
situação, a
consoante é
duplicada
Hífen 2 Não se usa mais Palavras como auto-estrada, Autoestrada, autoensino, infraestrutura, extraescolar
hífen extra-escolar, infra-estrutura
em prefixo e sufixo recebiam hífen
terminando e
começando
com vogais
diferentes
Hífen 5 Locuções de vários Água-de-colônia, Cão de guarda, fim de semana, água de colônia, arco
tipos arco-da-velha, da velha, cor de rosa
não usam mais cor-de-rosa,
hífen pé-de-meia
(substantivas,
adjetivas,
pronominais,
verbais,
adverbiais,
prepositivas)