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SARTRE E O EXISTENCIALISMO
Ilda Helena Marques (COFIL-
FUNREI
Daniel Kuhnen

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Trabalho exist encial


Naor Alves

Bruno Monografia clarice


Bruno Marinelli

SUJEIT O E HIST ÓRIA: A FILOSOFIA DE SART RE ENT RE A LIBERDADE E O DET ERMINISMO


Marcelo Vinicius
Ilda Helena Marques (COFIL-FUNREI)
Orientador: Alberto Tibaji (DELAC-FUNREI)

Resumo: No livro o que é o existencialismo, João da Penha diz, de maneira explícita,


que a repercussão da doutrina existencialista sem a presença de Sartre, teria sido menor
do que realmente foi. A pessoa de Sartre foi presença decisiva no existencialismo, sendo
um grande responsável pela difusão desta doutrina fora do continente europeu. Nosso
trabalho gira em torno das conseqüências da idéia de que a existência precede a essên-
cia. Dentre outras, podemos citar o fato do homem tornar-se responsável por aquilo que
ele é e pelos valores que ele mesmo cria.

Palavras-chave: Existencialismo. Sartre.

Abstract: In the book that is the existentialism, João da Penha says, in an explicit way,
that the repercussion of the existentialist doctrine without the presence of Sartre, he would
have been minor than it was really. The person of Sartre was decisive presence in the
existentialism being out a great responsible person for the diffusion of this doctrine of the
European continent. Our work rotates around the consequences of the idea that the exis-
tence precedes the essence. Other Dentre, can mention the man's fact he/she to become
responsible for that that he is and for the values that him same it creates.

Key-words: Existentialism. Sartre.

1. O “em-si”

egundo Sartre, não há deter- O “em-si” é o mundo, o mundo das


minismo em relação à reali- coisas materiais. O “em-si” é o ser.
dade humana, isto é, so- Ele é idêntico a si mesmo. O “em-si”
mente a liberdade é determinante. O se esgota em ser o que ele é, e isso
homem, numa escolha livre e situada, de um modo tão radical que conse-
faz a si mesmo. Não há, portanto, gue escapar à própria temporalidade
uma natureza humana. É a célebre (Bornheim, 1971, p. 34).
afirmação de O Existencialismo é um
humanismo: “a existência precede a Em relação à atividade, esta perten-
essência”. ce, exclusivamente, à consciência e é
somente em relação a tal atividade
Sartre demonstra, primeiramente, que o objeto poderá ser nomeado
que a consciência é sempre consci- passivo. Desta forma, o “em-si” é um
ência de algo, de algo que não é ser excluído da atividade e da passi-
consciência dos objetos inseridos no vidade, pois estas formas humanas
mundo, mas nenhum desses objetos são eletivas ao comportamento hu-
é a minha consciência. mano.

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Segundo Gerd A Bornheim, o “em-si” prio, o segundo “não pode coincidir


também está além da negação e da consigo” (Moraiva, 1985, p. 38).
afirmação, pois ambas são produtos
da consciência. A afirmação é afir- Sartre, ao estudar o sujeito, ou seja,
mação de alguma coisa, permane- o “para-si”, o faz de maneira excepci-
cendo, então, além da coisa. Assim, onal. O homem é o grande tema de
o mesmo vale para a negação. Afir- suas obras.
mação e negação têm como pressu-
posto a relação com a consciência, Torna-se importante frisar que o
no entanto, o ser não conhece ne- “para-si” tem como seu fundamento o
nhum sentido que diga respeito à nada. O homem é quem introduz o
palavra “relação”. Desse modo, Bor- não ser no mundo, é o homem que
nheim (1971) cita Sartre: modifica as coisas, contrariamente,
ao pensamento kantiano, para o qual
O ser não é relação a si , ele é ele a origem do nada se dá através da
mesmo. É uma imanência que não se negatividade, mas de acordo com a
pode realizar, uma afirmação que não posição heideggeriana de que é o
se afirma, uma atividade que não pode
agir, porque é empastado de si mesmo nada que fundamenta a negação.
(p. 34).
A função da negação varia segundo a
natureza do objeto considerado (...)
Percebe-se dessa forma, o sentido torna-se impossível, em qualquer caso,
do que se designa como “ser-em-si”. afastar estas negações para um nada
fora do mundo porque elas estão dis-
Como já foi falado, anteriormente, o persas no ser e por ele são sustenta-
“em-si é idêntico a si próprio. Pas- das, sendo ainda condições da reali-
dade (...) o nada se não for sustentado
sando o princípio de identidade a pelo ser, extingue-se enquanto nada e
possuir um caráter ‘regional’, expres- voltamos a cair no ser. O nada não se-
são usada por Bornheim. Desse pode anular senão na base do ser, se
modo, esse caráter ‘regional’ é apli- do nada pode seguir o ser, tal não
cado ao “em-si”. acontece nem antes nem depois do
ser, nem, de modo geral, fora do ser,
mas, no próprio seio do ser no seu
Sartre ressalta que o homem ao co- centro, como um verme (Moraiva,
nhecer, nada acrescentará ao “em- 1985, 39).
si”, pois o ato de conhecer não é cri-
ador e desta forma não esquecerá o Torna-se necessário perceber que, a
“em-si”. princípio, o pressuposto de toda per-
gunta é o ser, ou seja, a afirmação.
2. O “para-si” No entanto, o que ocorre é o contrá-
rio, ao enunciarmos uma pergunta
O ser “em-si” se contrapõe ao ser ficamos cercados pelo nada, pois, se
“para-si”, pois o primeiro é o “ser do pergunto se o céu está repleto de
fenômeno” enquanto o segundo é o estrelas, e constato que não, o que
“ser da consciência”. Desse modo, eu constato é um nada de estrelas.
ambos são diferentes. Daí a afirma- Outro exemplo, a pergunta implicada
ção: “O ‘em-si’ é incriado e atempo- pela existência da verdade, ou seja,
ral, o para–si autocria-se continua- se digo que tais objetos são possui-
mente no tempo. Enquanto que o dores de certos atributos, defino-os
primeiro é sempre idêntico a si pró- como não possuidores de outras ca-

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racterísticas, é o que Sartre denomi- precede a essência.


na “o não-ser da limitação”.
Com efeito, se a existência precede a
Desta forma, como já foi afirmado essência, nada poderá jamais ser ex-
plicado por referência a uma natureza
antes. É o homem o centro da filoso- humana dada e definitiva, ou seja, não
fia sartriana, pois a existência prece- existe determinismo, o homem é livre,
de a essência. o homem é liberdade (Sartre, 1987, p.
9).

4. A Existência precede a Essên- Deste modo, Sartre afirma que o


cia existencialismo é um humanismo, e
certos críticos acusam Sartre de ser
Assim, na visão sartreana, o fato da incoerente. A defesa surge rapida-
existência preceder a essência, ocor- mente e de forma simples, ao de-
re única e exclusivamente, somente monstrar o sentido da palavra que
se ele é livre, ao contrário dos outros usou: “Humanismo, porque recorda-
seres que são predeterminados. So- mos ao homem que não existe outro
mente o homem existe, as outras legislador a não ser ele próprio” (Sar-
coisas não, elas apenas são. tre, 1987, p. 21).
Encontramo-nos perante uma nova Enfim, o fato de Sartre afirmar que a
forma de ver o mundo, na qual ocorre existência precede a essência signifi-
uma valorização do indivíduo que faz ca que, num primeiro instante, o ho-
a si mesmo: “O homem nada mais é mem existe, se descobre, aparece no
do que aquilo que ele faz a si mesmo: mundo; e somente depois ele se de-
é esse o primeiro princípio do exis- fine.
tencialismo” (Sartre, 1987, p. 6).
Contudo, contrariamente ao existen-
Sendo assim, o próprio homem deci- cialismo, a doutrina essencialista
de o seu caminho. E se o homem consegue pensar o ente sem ser
decidir ser herói ou covarde, ele é o pensado como existente, isto é, a
único responsável por esse ato prati- doutrina essencialista é uma forma
cado: de pensar que submete o ente à es-
sência.
o existencialismo afirma é que o co-
varde se faz covarde que o herói se
faz herói; existe sempre, para o covar- 5. Temporalidade
de, uma possibilidade de não mais ser
covarde, e, para o herói, de deixar de o Segundo Sartre, as dimensões do
ser (Sartre, 1987, p. 14).
tempo, passado, presente e futuro
devem ser compreendidas a partir de
Assim, em relação ao fato da doutrina
existencialista ser acusada de pessi- uma “síntese original”. Bornheim
(1971) cita Sartre: “passado, presente
mista, Sartre defende-se dizendo ser
e futuro são momentos estruturados
ela a mais otimista, pois nela está
de uma síntese original” (p.64).
inserido o destino do homem.
O passado inexiste, a não ser quando
Na concepção sartreana não existe
existe ligação com o presente. O
uma natureza humana, o homem é
passado é vivido no presente. Daí a
responsável por si, pois a existência

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afirmação. sujeito não poderá ser atingindo, pois


o “para-si” é dotado de negatividade,
O passado é marca do ‘em-si’. En- desse modo, em nenhum futuro al-
quanto o homem é consciente de si
cançará a sua completude, voltando,
mesmo, no presente, ele vive segundo
o modo do “para-si”, contudo, o seu assim, para um futuro possível. O
passado tem todas as características “para-si”, constituído de não-ser,
do ‘em-si’ (Sartre, 1987, p. 10). deve viver em uma constante busca
de completude.
Dessa forma, eu vivo o passado, in-
serido em mim e sem cogitação de
transformá-lo, pois ele “foi” e por isso
6. Liberdade
“está-ali”, dotado de características
A existência antecede e ordena a
não modificáveis e de não variação.
essência e toda a vontade em se
Mas eu não “sou” o passado, da
delimita. A liberdade faz-se contradi-
mesma forma que eu o “era”.
tória, pois a ela instaura-se como
O presente, para Sartre, é o absoluto fundamento de todas as essências.
“para-si”. O presente é a absoluta Portanto, para Sartre, o único funda-
“presença” do sujeito defronte o “em- mento do ser é a liberdade.
si”. Tal presença, de acordo com a
O homem escolhe o que projeta ser,
natureza do “para-si”, constitui com
usando de sua liberdade. E os seus
separação e distinção, isto é, como
valores serão criados através da es-
negação. Sartre, citado por Moraiva:
colha por ele feita, escolha da qual
O presente é precisamente esta nega- não há como fugir, pois mesmo a
ção do ser, esta evasão para fora do recusa em não escolher já é uma
ser enquanto o ser está lá, tal como escolha. Assim, ao escolher, nota-se
aquilo que se evade (Moraiva, 1985, p. com evidência a sua liberdade. “A
47).
escolha é possível, em certo sentido,
E em relação ao futuro, Sartre o ana- porém o que não é possível é não
lisa de forma semelhante ao passa- escolher” (Sartre, 1987, p. 17)
do. O futuro incorpora para o “para-si”
Na doutrina existencialista, a liberda-
traços do “em-si”, isto é, um ser imó-
de é conceituada de uma forma to-
vel imodificável e terminado. O futuro
talmente diferente da concepção
também, não está completamente
clássica, ou seja, na concepção clás-
“separado” do sujeito. Moraiva cita
sica de liberdade é compreendida
Sartre.
com livre arbítrio. Todavia, na visão
O futuro é o ser determinado que o sartreana, o conceito de liberdade é
para-si deve ser para lá do ser. Existe diferente do simplesmente poder op-
um futuro porque o para-si deve ser o tar ou não por se fazer algo, ou seja,
seu, em vez de o ser pura e simples- é agir com liberdade, incorporada à
mente (...). O futuro revela-se ao para-
si como aquilo que o para-si ainda não
responsabilidade.
e (...). Assim, o futuro sou eu próprio, A liberdade, no existencilismo, possui
do ponto de vista em que me espero
como presença perante um ser para a capacidade do sujeito encaminhar o
além do ser (Moraiva, 1985, p. 479. que será de sua vida, responsabili-
zando-o por seus atos. No entanto,
Entretanto, o objetivo desejado pelo torna-se necessário ressaltar que

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essa liberdade é condicionada, pois é esconde atrás de desculpas de suas


limitada pela sociedade e suas re- paixões, que inventa um determinis-
gras, às quais devemos nos “sub- mo, esse homem é um sujeito dotado
meter”. E é devido a “essa” “submis- de má-fé. Ele se encontra represen-
são”, que em determinados momen- tando um eterno teatro.
tos vida, o homem entra em conflito
com o meio socia, em que vive, isto 8. Deus
é, ao vivermos em sociedade depa-
ramo-nos com fatos sociais com os Ao colocar o homem como responsá-
quais devemos conviver, para viver- vel por sua existência, Sartre afirma
mos em comunidade. ser um existencialista ateu. Desse
modo, conclui que não há uma natu-
Sartre entende que o homem ao de- reza humana e que não há um Deus
sejar a liberdade, a faz para si e para para originá-la.
toda a humanidade, tomando tal fato
de caráter universal, isto é, quando o Com isso, o homem torna-se respon-
homem escolhe faz de maneira uni- sável pela sua existência, mas não
versal. Nesse ponto pode-se fazer somente em relação à sua individua-
um paralelo com o imperativo categó- lidade, este homem torna-se respon-
rico de Kant, onde o ato do indivíduo sável também pelos outros homens.
deve ter uma correspondência ética “Portanto, a nossa responsabilidade é
universal. muito maior do que poderíamos su-
por, pois ela engaja a humanidade
Sem dúvida, a liberdade enquanto de- inteira” (Sartre, 1987, p. 7). E ao ser-
finição do homem, não depende de
outrem, mas, logo que existe um en- mos responsáveis por nossa existên-
gajamento, sou forçado a querer, si- cia e pela existência dos outros ho-
multaneamente, a minha liberdade e a mens, deparamo-nos com a palavra
dos outros, não posso ter objetivo a angústia”.
minha liberdade a não ser que meu
objetivo seja também a liberdade dos
outros (Sartre, 1987, p. 199). A não existência de Deus na doutrina
existencialista, é, a princípio, o con-
7. Má-fé ceito de que tudo é permitido, desse
modo o homem encontra-se só, pois
A má-fé da mentira, no sentido em não pode procurar em Deus e nem
que a má-fé não trata de um com- no mundo nada para se segurar, ten-
portamento que o sujeito adota contra do respaldo somente em si próprio e
outro sujeito, mas sim, contra ele em sua existência.
próprio. O existencialismo ateu, que eu repre-
sento, é mais coerente. Afirma que, se
O indivíduo mente para si próprio, Deus existe, há pelo menos um ser no
tentando, desta forma, ludibriar as qual a existência precede a essência,
responsabilidades que lhe são per- um ser existe antes de poder ser defi-
nido por qualquer conceito: este ser é
tencentes. “A má-fé é evidentemente o homem (Sartre, 1987, p. 6).
uma mentira, pois dissimula a total
liberdade do engajamento” (Sartre, Por conseguinte, encontramo-nos
1989, p. 19). solitários, condenados à liberdade. E
o fato da existência de Deus faz com
Ao considerar que um homem se

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que não tenhamos um paradigma, e, de Deus (Sartre, 1987, p. 22).


consequentemente, não existem va-
lores que devemos seguir, valores Conclusão
que legalizem nosso modo de ser
como correto ou não. O presente trabalho propôs-se pen-
sar a doutrina existencialista sartrea-
O ateísmo existencialista não é com- na. Destacou-se a afirmação de que
preendido e aceito por outras doutri- a existência precede a essência e
nas. Todavia, o que Sartre pretende é que tal fato se dá somente com o
que o homem enxergue que, inde- homem, consequentemente somente
pendente de Deus existir ou não, este ele é livre e que é a liberdade um dos
não é o ponto fundamental, é neces- conceitos mais importantes para Sar-
sário que o homem compreenda que tre.
nada poderá livrá-lo dele próprio,
nem mesmo a concretude de Deus. O ser “em-si” e o ser “para-si” foram
Daí Sartre afirma: abordados segundo a visão sartrea-
na, sendo que, genericamente, po-
O existencialismo não é tanto um der-se-ia conceituá-los como: o “em-
ateísmo no sentido em que se esforça-
ria por demonstrar que Deus não
si”, “ser do fenômeno” e o “para-si”,
existe. Ele declara, mais exatamente: “ser da consciência”.
mesmo que Deus existisse, nada mu-
daria, eis nosso ponto de vista. Não A doutrina existencialista que Sartre
que acreditamos que Deus exista, mas incorpora é a do ateísmo, na qual o
pensamos que o problema não é de
sua existência, é preciso que o homem
homem é o responsável por sua
se reencontre e se convença de que existência. E se o homem foge dessa
nada pode salvá-lo dele próprio, nem responsabilidade, ou seja, se ele foge
mesmo uma prova válida da existência de si próprio, age de “má-fé”.

Referências Bibliográficas
BORNHEIM, Gerd. A . Sartre. São Paulo, 1971.

MENDONÇA, Cristina Diniz. O Ser e o Nada: uma “descoberta” filosófica dos “tempos
modernos”. São Paulo : Transformação. V. 17, p. 105-112.

MORAIVA, João da. O que é existencialismo. 11 ed. São Paulo : Brasiliense, 1982.

SARTRE. Jean Paul. O existencialismo é um humanismo. A imaginação: Questão de


método. Seleção de textos de José Américo Motta Pessanha. Tradução de Rita Cor-
reira Guedes, Luiz Roberto Salinas Forte, Bento Prado Júnior. 3. Ed. São Paulo :
Nova Cultural, 1987.

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