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Power Generation Services – Controls & Digitalization / Descrição Técnica / Outubro 2016

RG3 S

Sistema de excitação e regulação digital de tensão para máquinas síncronas dotadas


de excitatriz
Siemens - Power Generation Services Controls & Digitalization

Conteúdo:

1. Introdução 3

2. Configuração básica 4

3. Funcionamento 5

3.1 Regulador Automático de Tensão (AVR) ou Canal Automático 5

3.2 Regulador da Corrente de Excitação (ECR) ou Canal Manual 5

3.3 Outros modos de operação 5

3.4 Seguidor de comando ou follow-up bidirecional 5

3.5 Limitadores 6

3.6 Sobremodulação e limitador rápido da corrente de excitação 7

3.7 Estabilizador do sistema de potência (PSS) 7

3.8 Comando e controle 8

3.9 Circuito de potência 8

3.10 Desexcitação 8

4. Componentes principais 9

4.1 Arranjo mecânico 10

4.2 Comunicação com o DCS 11

4.3 Operação e indicação local (opcional) 11

5. Software 12

6. Aplicação 13

7. Especificações técnicas 14

8. Abreviaturas 15

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1. Introdução

O RG3 é um sistema de excitação para geradores síncronos


dotados de excitatriz brushless (sem escovas, com diodos
rotativos) ou excitatriz de corrente contínua. Dependendo da
corrente de campo, ele poderá ser conectado diretamente às
escovas do gerador (excitação estática). Graças à sua elevada
flexibilidade e ao desenho modular, este sistema de excitação é
adequado para uso em usinas industriais e também em hidro e
termoelétricas de concessionárias de energia.

Suas características também o tornam especialmente indicado


para os casos de modernização de plantas existentes.

Características principais do sistema de excitação RG3:

■ Elevada confiabilidade
■ Elevada disponibilidade
■ Fácil adaptação do projeto às necessidades da planta
■ Baixíssima manutenção
■ Alta velocidade de resposta
■ Reguladores de alto desempenho
■ Construção robusta
■ Oferece todas as facilidades da técnica digital
■ Grande flexibilidade
■ Desenho compacto com poucos componentes
■ Dimensões reduzidas

Fig. 1: Exemplo de um sistema de excitação RG3 S.

O regulador de tensão possui um poderoso microprocessador para executar todas as funções do regulador
de tensão, seus limitadores, o comando, o controle e a supervisão do sistema de excitação.
O alto grau de disponibilidade deste sistema de excitação é alcançado pelo o uso de componentes industriais
de fabricação seriada e comprovadamente eficientes.

Seu projeto completamente modular torna a operação e a manutenção extremamente simplificadas.

A seguir é feita uma descrição sucinta da configuração básica do sistema de excitação, de seus componentes
fundamentais e da sua forma de funcionamento.

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2. Configuração básica

O sistema de excitação RG3 é um sistema de excitação especialmente desenvolvido para geradores sem
escovas (brushless). Dependendo da corrente de campo do gerador, ele poderá ser usado também como
excitação estática, alimentando o campo diretamente através das escovas. Seu projeto modular e
extremamente flexível permite que seja usado em todos os tipos de plantas de geração, sendo especialmente
indicado na modernização de usinas existentes.

Estão disponíveis as seguintes versões do RG3:


■ RG3 – DUR: destinado especialmente a geradores de pequeno porte, com correntes de excitação de
até 30 A.
■ RG3 – S: adequado a toda faixa de potência. Esta versão também oferece total flexibilidade na lógica
de controle e regulação, bem como na comunicação com o sistema de controle.

A parte de potência compõe-se de uma ou duas unidades “chopper” transistorizadas, que alimentam o campo
da excitatriz ou do gerador principal (através de escovas, neste caso).

É possível também realizar uma alimentação redundante da parte de potência, por exemplo, através dos
serviços auxiliares da usina.

A energia necessária para a excitação pode ser obtida pelo sistema RG3 das seguintes formas:

■ A partir de um gerador auxiliar (excitatriz piloto) de ímã permanente (PMG);


■ A partir de enrolamento auxiliar no estator do gerador principal;
■ A partir dos serviços auxiliares em C.A. ou C.C. (baterias) da planta;
■ A partir de um transformador de excitação, o qual poderá ser conectado aos terminais do gerador ou
ser alimentado pelos serviços auxiliares da usina.

É possível também realizar uma alimentação redundante da parte de potência através, por exemplo, dos
serviços auxiliares em C.C. (baterias) ou do sistema ininterrupto de energia (no break ou UPS). A
possibilidade de alimentação redundante da parte de potência, a partir de duas ou mais das fontes citadas
anteriormente, eleva consideravelmente a disponibilidade do equipamento.

O projeto modular, a flexibilidade do software de regulação e controle, bem como as dimensões reduzidas do
equipamento tornam o RG3 especialmente adequado não só a novas plantas como também à modernização
de sistemas de excitação existentes.

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3. Funcionamento

3.1 Regulador Automático de Tensão (AVR) ou Canal Automático

Neste modo de operação, o valor real da tensão do gerador é comparado no regulador de tensão com um
valor de referência de tensão (setpoint) ajustável. O sinal resultante é comparado com as saídas dos
limitadores e aplicado à entrada do regulador de tensão, de característica PI (proporcional-integral).
Tal regulador, cujo ganho e resposta de tempo podem ser ajustados, produz um sinal de saída que é
empregado como valor de referência de corrente para o regulador subordinado de corrente.
O grau de modulação dos pulsos de comando modulados por largura de pulso, e que controlam os
transistores de potência (IGBT), variam conforme o sinal de saída do regulador de corrente.

A estrutura do AVR corresponde ao modelo AC7B de acordo com IEEE Std 421.5-2005.

3.2 Regulador da Corrente de Excitação (ECR) ou Canal Manual

Um sinal de referência devidamente alisado é aplicado ao regulador de característica P no regulador da


corrente de excitação, sendo, então, comparado ao valor real da corrente de excitação.
O sinal de saída controla os transistores (IGBT) do estágio de potência associado, por meio de modulação
por largura de pulsos.

Este modo de operação é usado especialmente durante o comissionamento e testes do gerador e de seu
sistema de proteção. Adicionalmente, é também um modo de operação de emergência, quando da ocorrência
de falha no AVR.

3.3 Outros modos de operação

Regulação automática do fator de potência (cos φ) ou da potência reativa (MVAr) do gerador ou do


ponto de conexão com a rede
Na regulação automática do fator de potência o valor real é comparado com o valor de referência (setpoint)
do cos φ ajustado pelo operador. Em havendo alguma diferença entre estas grandezas, serão aplicados
automaticamente pulsos para reajuste do valor de referência de tensão, até que a diferença seja eliminada.
Se o gerador passar a operar em ilha ou houver rejeição de plena carga, haverá desligamento automático do
regulador do fator de potência e o regulador automático de tensão assume novamente o controle.
O regulador automático da potência reativa funciona de forma análoga.
Opcionalmente, está também disponível a regulação do fator de potência ou da potência reativa do ponto de
acoplamento com a rede.

Dos três modos de operação descritos (itens 3.1, 3.2 e 3.3), o regulador automático de tensão é o que estará
geralmente em operação, mesmo durante os processos de partida e parada do grupo turbina-gerador. O
regulador automático de tensão engloba a aquisição de valores de medição, ajuste dos valores de referência
(setpoints) e demais circuitos de controle e supervisão, executando as seguintes funções:

■ Regulação da tensão do gerador;


■ Limitação e controle da corrente de excitação (regulador subordinado da corrente de excitação) e
limitador rápido da corrente de excitação (limitador da corrente de teto ou field-forcing limiter);
■ Limitação da operação subexcitada (limitador de subexcitação);
■ Limitação da operação sobreexcitada, de ação temporizada (limitador de sobreexcitação);
■ Limitação da corrente estatórica;
■ Limitação da relação tensão/frequência (V/Hz).

3.4 Seguidor de comando ou follow-up bidirecional

O valor de referência da corrente de excitação é continuamente atualizado durante a operação do regulador


automático de tensão (canal automático), assegurando assim, em caso de falhas, uma transferência
absolutamente suave para o regulador da corrente de excitação (canal manual). Uma comutação automática
para o regulador de corrente ocorre, por exemplo, quando atuarem as supervisões internas da corrente de
campo ou surgirem falhas associadas à aquisição de valores reais.

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3.5 Limitadores

Na operação de um gerador síncrono, é necessário observar


as combinações possíveis de potência ativa e reativa, Potência
ativa
conforme definido em seu diagrama de capabilidade.
O
Máxima potência
A figura 2 mostra um diagrama de capabilidade típico de um N P da turbina
gerador síncrono, onde se observam os seguintes limites:

■ Trecho L-M-O: limite da faixa subexcitada, ou


seja, limite de estabilidade;
■ Trecho O-P: limite definido pela elevação M
Subexcitado Sobreexcitado
da temperatura do enrolamento estatórico;
■ Trecho P-Q: limite definido pela elevação L Q

da temperatura do enrolamento rotórico. Potência reativa

Fig. 2: Diagrama de capabilidade típico.


O limitador de subexcitação (figura 3) corrige a potência
Potência
reativa elevando a tensão do gerador de tal forma que, no ativa
caso de uma excursão ultrapassando o trecho L-M-O do O
diagrama, o ponto de operação do gerador é trazido de volta
para aquele trecho, evitando desligamento da máquina pela
proteção de subexcitação (ANSI 40). Este limitador pode ser
N Máxima potência da turbina
representado pelo modelo UEL2 da IEEE 421.5-2005.

O limitador de sobreexcitação assegura que, na faixa de


sobreexcitação, o ponto de operação se mantenha sempre
dentro da seção do diagrama limitada pelo trecho P-Q. Como
resposta a quedas de tensão causadas pela elevação da
demanda de potência reativa, chaveio de disjuntores ou faltas
na rede, o regulador de tensão eleva o nível da excitação no M
sentido de manter constante a tensão terminal. O limitador de
sobreexcitação atua, então, como uma medida de proteção Potência reativa
contra sobrecarga térmica do enrolamento rotórico.
L

Fig. 3: Limitador de subexcitação.


O limitador de sobreexcitação permite, por um período limitado
de tempo, valores de corrente de excitação entre a máxima
corrente de excitação continuamente admissível no rotor e a Tempo [s]

corrente de teto do sistema de excitação, de forma que o


40
gerador possa sustentar o sistema de potência como resposta
a quedas de tensão de curta duração (figura 4).
30
O limitador rápido da corrente de excitação (field forcing Limitação de
limiter), em contrapartida, tem a tarefa de limitar a corrente de sobreexcitação

excitação no valor máximo (corrente de teto), o mais rápido 20


possível.

O limitador da corrente estatórica assegura a limitação 10


Limitação subordinada
temporizada para os pontos de operação da máquina definidos da corrente de excitação

pelo trecho N-O-P do diagrama de capabilidade. A função


principal do limitador de corrente estatórica é evitar 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4
Corrente de
excitação IF
sobreaquecimento do enrolamento estatórico. [p.u.]

Fig. 4: Limitador de sobreexcitação e


limitador rápido da corrente de campo.

Esta sobrecarga térmica pode ser causada por elevada potência reativa associada a elevada potência ativa.
O limitador da corrente estatórica permite, então, valores altos de corrente de excitação por períodos
limitados de tempo, de forma que o gerador possa sustentar temporariamente o sistema.

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3.6 Sobremodulação e limitador rápido da corrente de excitação

Quando comandado para a sua máxima saída, a unidade chopper fornece uma tensão bem maior do que
aquela necessária, aplicando no campo da excitatriz a sua corrente de teto. Esta sobretensão temporária no
enrolamento de campo encurta consideravelmente o tempo requerido para a recuperação da tensão terminal
do gerador, quando da ocorrência de desvios em relação ao setpoint, na medida em que acelera a subida da
corrente de campo.

A tensão de saída da unidade chopper associada ao canal manual é limitada pelo máximo valor do ajustador
de referência (setpoint) deste canal.

A tensão de saída do chopper do canal automático é influenciada pelo limite de integração do regulador PI.
Esta variável corresponde ao valor de referência para a corrente de campo requerida.

Corrente de excitação IE
Tensão de excitação UE
1 Comando do chopper transistorizado para fornecer uma alta tensão de saída,
a fim de se obter uma resposta rápida da excitação

UE = Tensão de saída do chopper (corresponde à tensão de excitação)


IE = Corrente de saída do chopper (corresponde à corrente de excitação)
IEmax IEO = Corrente de excitação a vazio
IEN = Corrente de excitação nominal
IEmax = Corrente de teto
2
IE 1 = Corrente de saída sem o limitador de corrente de teto
IEN 2 = Corrente de saída sem a sobretensão temporária

IEO UE

Tempo [s]

Fig. 5: Sobremodulação e ação do limitador da máxima corrente de excitação (limitador da corrente de teto).

3.7 Estabilizador do sistema de potência (PSS)

O RG3 possui como padrão um estabilizador do sistema de potência do tipo PSS2B (Dual Input PSS),
conforme IEEE 421.5. Esta funcionalidade detecta oscilações na frequência e na potência ativa na faixa
natural de frequências do gerador e da rede, exercendo uma influência amortecedora através do regulador de
tensão e da excitação.

O amortecimento das oscilações é alcançado através do cálculo da integral da potência acelerante a partir
das oscilações da potência ativa e da frequência, que são os dois sinais de entrada do PSS. Também está
implementado o modelo PSS3B (H-Infinito).

O PSS é recomendado para redes onde a estabilidade permanente é prejudicada pela presença de longas
linhas de transmissão e a capacidade natural do gerador para amortecer oscilações é insuficiente.

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3.8 Comando e controle

Todas as condições operacionais do sistema de excitação são supervisionadas e devidamente sinalizadas.

A rotina de monitoração interna disponibiliza os seguintes sinais na forma de contatos livres de potencial:

n Falha grave do sistema (TRIP);


n Falha no canal automático com comutação para o canal manual;
n Alarme agrupado, gerado por diversos sinais de falha interna que causam bloqueio de uma nova
partida.

Adicionalmente, os seguintes sinais de estado operacional estão também disponíveis para indicação externa:

n Excitação está ligada;


n Excitação está desligada;
n Canal Automático está selecionado;
n Canal Manual está selecionado;
n Regulador de Cos φ (ou de MVAr) está selecionado;
n Limitadores estão atuando.

Opcionalmente, sinais de alarme adicionais podem ser disponibilizados conforme necessidades específicas
do projeto.

3.9 Circuito de potência

A parte de potência do RG3-S utiliza conversores DC/DC (chopper) com transistores IGBT da linha
SINAMICS S120. A tensão de excitação resulta da modulação por largura de pulsos (modulação PWM) da
tensão de um circuito intermediário de corrente contínua (link DC). A tensão de excitação resultante varia
conforme a relação pulso/pausa da unidade de controle do chopper. A corrente de excitação é medida no
estágio de saída do chopper e aplicada como valor real ao regulador subordinado da corrente de excitação.

3.10 Desexcitação

É necessária a desexcitação do gerador síncrono em processos de parada programada ou quando atua


alguma proteção do gerador ou transformador da unidade. Com isso, é feito o bloqueio do chopper
transistorizado. A energia magnética acumulada no enrolamento de campo é forçada a retornar ao link DC
através de diodos de livre circulação (free wheeling) no estágio transistorizado. O processo de descarga de
campo transcorre, então, de forma muito rápida. Em seguida, é feita a abertura do contator de campo, que
isola a parte de potência (chopper) das fontes alimentadoras.

Valor médio positivo Valor médio nulo Valor médio negativo


da tensão de saída da tensão de saída da tensão de saída
Controle do chopper
+ + + + + + + + +
+ UDC

P
Entrada
L1
L2
L3
0

Retificador Alisamento Ajustador (chopper)

- UDC
Saída _ _ _ _ _ _ _ _ _

Fig. 6: Circuito de potência transistorizado. Fig. 7: Princípio da modulação por largura de pulsos.

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4. Componentes principais

A figura 8 mostra os componentes principais do sistema de excitação RG3 e também as formas possíveis
de alimentação de sua parte de potência. Os componentes básicos do sistema de excitação são os
seguintes:

O chopper transistorizado (1) para o canal principal e, no caso de se ter redundância, o segundo
chopper transistorizado (2) para o segundo canal.

O regulador automático de tensão (3), para o controle da tensão nos terminais do gerador e o regulador
da corrente de excitação (4), para o canal manual.

A energia E requerida para a alimentação do sistema de excitação pode vir das baterias da planta ou
também dos serviços auxiliares em corrente alternada. Na maioria dos casos, porém, ela é suprida por um
gerador piloto de ímã permanente (PMG) (circuito 1) ou por um transformador de excitação (circuitos
2 a 4). É possível também a combinação de diversos alimentadores, para se obter uma alimentação
redundante. O sistema RG3 é adequado para todos os tipos de configuração de geradores síncronos:

n com excitatriz sem escovas ou brushless (circuitos 1 e 2);


n com excitatriz de corrente contínua (circuito 3);
n com excitação estática, ou seja, sem excitatriz (circuito 4).

Numa descarga de campo, a energia armazenada no enrolamento de campo da excitatriz retorna para o link
DC. A desexcitação é realizada adicionalmente pela resistência de descarga de campo, integrada no
equipamento.

E
AUMENTA DIMINUI

AVR
(Canal Automático) S
3 1

ECR
(Canal Manual)
G 4 2
3~
AUMENTA DIMINUI

Trafo Trafo Trafo


de de de
excitação excitação excitação

E E E
G
3~

G G G S
3~ 3~ 3~

S Circuito 4

PMG G S
=

E S
Circuito 3

Circuito 1
Circuito 2

Fig. 8: Componentes principais do sistema de excitação RG3 e formas possíveis de alimentação da parte de potência.

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4.1 Arranjo mecânico

O sistema de excitação RG3 é geralmente fornecido em um cubículo metálico padronizado, especialmente


desenvolvido para alojar componentes de regulação e eletrônica de potência. O projeto modular e o rápido
acesso a todos os componentes facilitam todas as operações de ajuste e otimização. Em uma execução
típica, com redundância no regulador de tensão, o cubículo tem as seguintes dimensões: 1000 x 800 x 2200
mm (L x P x A). Naturalmente, as dimensões do equipamento podem variar de caso para caso, no sentido
de se adaptar às condições de um projeto específico, especialmente nos casos de modernização.

SIMOTION D435-2
Módulo de regulação e controle.
Realiza também a comunicação
com o DCS.

SINAMICS S120 – Módulo BLM


Retificador e circuito intermediário
de corrente contínua (link DC).

SINAMICS S120 – Módulo SLM


Unidade de potência
transistorizada (chopper).

Resistência de descarga de
campo.

Reator de alisamento.

Módulo NTG3000 para aquisição


dos valores reais de tensão e
corrente do gerador.

Bornes de interligação.

Fig. 9: Exemplo para um painel de excitação RG3-S na execução duplo AVR, mostrando os componentes principais.

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4.2 Comunicação com o DCS

Na execução padrão, a troca de dados com o sistema de excitação é feita através do protocolo PROFIBUS
DP a uma taxa de transmissão de 12 Mbit/s. No caso de sistemas com redundância, a comunicação
também é redundante, isto é, o sistema possui 2 portas de comunicação independentes.

Através desta interface são transmitidos principalmente comandos de controle e sinais de retroaviso para a
operação e monitoração do sistema de excitação, bem como sinais de alarme e grandezas analógicas do
gerador e sistema de excitação.

Opcionalmente, a interface com o comando e controle da planta poderá ser feita com fiação convencional
(hardwired), através de contatos livres de potencial.

4.3 Operação e indicação local (opcional)

Para a operação local do sistema de excitação, visualização de estados operacionais e indicação de


grandezas do gerador e excitação, bem como de falhas e alarmes, pode ser opcionalmente instalada na
porta do cubículo de controle uma IHM do tipo touch screen da linha SIMATIC.

As funções e características principais desta IHM são:

■ Indicação de estados operacionais de ambos os canais


■ Indicação de grandezas analógicas
■ Acesso protegido por senha
■ Operação local do sistema de excitação
■ Indicação de mensagens de alarme com função de ajuda para pesquisa de defeitos
■ Exibição de curvas de tendência

Fig. 10: Uma das telas da interface homem-máquina para operação local.

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.
5. Software

Ferramentas amigáveis de software (SCOUT ou Web Server) são utilizadas para facilitar as atividades de
comissionamento e manutenção do sistema de excitação. As partes de potência e regulação do
equipamento são completamente parametrizadas com esta ferramenta. Para tanto, conecta-se o regulador
de tensão a um PC, através da porta ETHERNET.

Os valores atuais dos parâmetros podem então ser visualizados diretamente na lista de parâmetros. A
modificação de um valor é feita simplesmente selecionando-se o parâmetro desejado e entrando-se com o
novo valor. Estão disponíveis não só a lista completa de parâmetros, mas também diversas listas pré-
definidas para grupos específicos de parâmetros, p.ex., entradas e saídas, reguladores, etc. É possível
também criar listas de parâmetros do usuário, entrando-se com o número do parâmetro.

A parametrização atual pode ser salva em qualquer mídia de armazenamento de dados. Isto propicia uma
forma simples de registrar o estado atual do regulador de tensão.

O RG3 possui uma memória de TRACE. A funcionalidade TRACE é uma ferramenta muito importante no
comissionamento e na execução de atividades de manutenção, como no diagnóstico e busca de falhas. Até
8 grandezas analógicas (canais de medição) podem ser registrados através da função TRACE, como num
osciloscópio de memória. Alternativamente, cada canal de medição poderá ser usado para registrar 16
sinais digitais. De forma simples, pode-se definir um evento de trigger para iniciar os registros, bem como
estabelecer um evento de pré-trigger para o registro de eventos antes e depois do evento de trigger
principal. Pode-se configurar também o nível dos registros. O tempo de amostragem entre dois pontos de
medição sucessivos é de 250 µs.

Fig. 11: A função TRACE. Fig. 12: A ferramenta SCOUT possui muitos recursos.

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6. Aplicação

Fig. 13: Faixa de potência do sistema de excitação sem escovas.

Exemplo de uma versão para a faixa inferior de


potência.

■ Duplo canal automático


■ Reguladores de tensão da linha
DIGUREG
■ Exemplo de aplicação para uma planta
nova

Fig. 14: Sistema de excitação RG3-DUR, (com o regulador DIGUREG), na execução duplo canal automático.

Exemplo de uma versão para a faixa superior de


potência.

■ Duplo canal automático


■ Fontes de alimentação redundantes para
a parte de potência, em AC e DC
■ Exemplo de aplicação para um caso de
modernização

Fig. 15: Sistema de excitação RG3-S na execução duplo canal automático.

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7. Especificações técnicas

Alimentação auxiliar proveniente das baterias da planta: Para alimentação dos circuitos de comando e
eletrônica do regulador.
Consumo contínuo < 0,2 kW

Precisão do regulador < 0,5 % em toda a faixa de potência

Conexão a transformadores de medição: Transformadores de potencial (TPs):


Conexão em três fases
Consumo: < 5 VA por fase (sem considerar
as perdas adicionais na cablagem)
Tensão secundária dos TPs: 100 a 120 V

Transformadores de corrente (TCs):


Conexão em uma, duas ou três fases
Consumo: < 5 VA por fase (sem considerar
as perdas adicionais na cablagem)
Corrente secundária dos TCs: 1 ou 5 A

Os transformadores de potencial e corrente não


fazem parte do escopo de fornecimento do
painel de excitação.

Padrões internacionais: O sistema de excitação RG3-S é projetado


conforme normas aplicáveis do IEC, EN, DIN,
VDE e os padrões IEEE 421.

Modelo do regulador de tensão, conforme IEEE 421.5- AC7B


2005

Modelo do PSS, conforme IEEE 421.5-2005 PSS2B


PSS3B

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8. Abreviaturas

AVR Automatic Voltage Regulator - Regulador automático de tensão


DCS Sistema digital de supervisão, comando e controle do gerador
DIN Deutsche Industrie Normen – Instituto de padronização da indústria alemã
ECR Excitation Current Regulator - Regulador da corrente de excitação
EN Normas europeias
IE Corrente de saída do chopper. Corresponde à corrente de excitação da excitatriz.

International Electrotechnical Commission – Organismo internacional de


IEC
padronização
IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers
IEN Corrente nominal do sistema de excitação
IEO Corrente de excitação a vazio
IGBT Insulated-Gate Bipolar Transistor – Transistor bipolar de base isolada
IEMAX Corrente de teto do sistema de excitação
Permanent Magnet Generator – Excitatriz auxiliar (gerador piloto) de ímã
PMG
permanente
PROFIBUS DP Process Field Bus Distributed Periphery – Padrão de rede de comunicação
PSS Estabilizador do sistema de potência, para o amortecimento de oscilações
Sistema de excitação para máquinas brushless, com o regulador de tensão
RG3-DUR
DIGUREG
Sistema de excitação para máquinas brushless, empregando o controlador digital
RG3-S
SIMOTION como regulador de tensão
SIMATIC Linha de produtos de automação da Siemens
SIMOTION Linha de controladores e reguladores digitais de alto desempenho da Siemens
SINAMICS S120 Linha de conversores AC/AC (inversores) da Siemens
UE Tensão de saída do chopper. Corresponde à tensão de campo da excitatriz.
Verband Deutscher Elektrotechniker – Associação alemã de padronização na área
VDE
de engenharia elétrica

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Edição: Outubro 2016

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