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RG3 S
Conteúdo:
1. Introdução 3
2. Configuração básica 4
3. Funcionamento 5
3.5 Limitadores 6
3.10 Desexcitação 8
4. Componentes principais 9
5. Software 12
6. Aplicação 13
7. Especificações técnicas 14
8. Abreviaturas 15
1. Introdução
■ Elevada confiabilidade
■ Elevada disponibilidade
■ Fácil adaptação do projeto às necessidades da planta
■ Baixíssima manutenção
■ Alta velocidade de resposta
■ Reguladores de alto desempenho
■ Construção robusta
■ Oferece todas as facilidades da técnica digital
■ Grande flexibilidade
■ Desenho compacto com poucos componentes
■ Dimensões reduzidas
O regulador de tensão possui um poderoso microprocessador para executar todas as funções do regulador
de tensão, seus limitadores, o comando, o controle e a supervisão do sistema de excitação.
O alto grau de disponibilidade deste sistema de excitação é alcançado pelo o uso de componentes industriais
de fabricação seriada e comprovadamente eficientes.
A seguir é feita uma descrição sucinta da configuração básica do sistema de excitação, de seus componentes
fundamentais e da sua forma de funcionamento.
2. Configuração básica
O sistema de excitação RG3 é um sistema de excitação especialmente desenvolvido para geradores sem
escovas (brushless). Dependendo da corrente de campo do gerador, ele poderá ser usado também como
excitação estática, alimentando o campo diretamente através das escovas. Seu projeto modular e
extremamente flexível permite que seja usado em todos os tipos de plantas de geração, sendo especialmente
indicado na modernização de usinas existentes.
A parte de potência compõe-se de uma ou duas unidades “chopper” transistorizadas, que alimentam o campo
da excitatriz ou do gerador principal (através de escovas, neste caso).
É possível também realizar uma alimentação redundante da parte de potência, por exemplo, através dos
serviços auxiliares da usina.
A energia necessária para a excitação pode ser obtida pelo sistema RG3 das seguintes formas:
É possível também realizar uma alimentação redundante da parte de potência através, por exemplo, dos
serviços auxiliares em C.C. (baterias) ou do sistema ininterrupto de energia (no break ou UPS). A
possibilidade de alimentação redundante da parte de potência, a partir de duas ou mais das fontes citadas
anteriormente, eleva consideravelmente a disponibilidade do equipamento.
O projeto modular, a flexibilidade do software de regulação e controle, bem como as dimensões reduzidas do
equipamento tornam o RG3 especialmente adequado não só a novas plantas como também à modernização
de sistemas de excitação existentes.
3. Funcionamento
Neste modo de operação, o valor real da tensão do gerador é comparado no regulador de tensão com um
valor de referência de tensão (setpoint) ajustável. O sinal resultante é comparado com as saídas dos
limitadores e aplicado à entrada do regulador de tensão, de característica PI (proporcional-integral).
Tal regulador, cujo ganho e resposta de tempo podem ser ajustados, produz um sinal de saída que é
empregado como valor de referência de corrente para o regulador subordinado de corrente.
O grau de modulação dos pulsos de comando modulados por largura de pulso, e que controlam os
transistores de potência (IGBT), variam conforme o sinal de saída do regulador de corrente.
A estrutura do AVR corresponde ao modelo AC7B de acordo com IEEE Std 421.5-2005.
Este modo de operação é usado especialmente durante o comissionamento e testes do gerador e de seu
sistema de proteção. Adicionalmente, é também um modo de operação de emergência, quando da ocorrência
de falha no AVR.
Dos três modos de operação descritos (itens 3.1, 3.2 e 3.3), o regulador automático de tensão é o que estará
geralmente em operação, mesmo durante os processos de partida e parada do grupo turbina-gerador. O
regulador automático de tensão engloba a aquisição de valores de medição, ajuste dos valores de referência
(setpoints) e demais circuitos de controle e supervisão, executando as seguintes funções:
3.5 Limitadores
Esta sobrecarga térmica pode ser causada por elevada potência reativa associada a elevada potência ativa.
O limitador da corrente estatórica permite, então, valores altos de corrente de excitação por períodos
limitados de tempo, de forma que o gerador possa sustentar temporariamente o sistema.
Quando comandado para a sua máxima saída, a unidade chopper fornece uma tensão bem maior do que
aquela necessária, aplicando no campo da excitatriz a sua corrente de teto. Esta sobretensão temporária no
enrolamento de campo encurta consideravelmente o tempo requerido para a recuperação da tensão terminal
do gerador, quando da ocorrência de desvios em relação ao setpoint, na medida em que acelera a subida da
corrente de campo.
A tensão de saída da unidade chopper associada ao canal manual é limitada pelo máximo valor do ajustador
de referência (setpoint) deste canal.
A tensão de saída do chopper do canal automático é influenciada pelo limite de integração do regulador PI.
Esta variável corresponde ao valor de referência para a corrente de campo requerida.
Corrente de excitação IE
Tensão de excitação UE
1 Comando do chopper transistorizado para fornecer uma alta tensão de saída,
a fim de se obter uma resposta rápida da excitação
IEO UE
Tempo [s]
Fig. 5: Sobremodulação e ação do limitador da máxima corrente de excitação (limitador da corrente de teto).
O RG3 possui como padrão um estabilizador do sistema de potência do tipo PSS2B (Dual Input PSS),
conforme IEEE 421.5. Esta funcionalidade detecta oscilações na frequência e na potência ativa na faixa
natural de frequências do gerador e da rede, exercendo uma influência amortecedora através do regulador de
tensão e da excitação.
O amortecimento das oscilações é alcançado através do cálculo da integral da potência acelerante a partir
das oscilações da potência ativa e da frequência, que são os dois sinais de entrada do PSS. Também está
implementado o modelo PSS3B (H-Infinito).
O PSS é recomendado para redes onde a estabilidade permanente é prejudicada pela presença de longas
linhas de transmissão e a capacidade natural do gerador para amortecer oscilações é insuficiente.
A rotina de monitoração interna disponibiliza os seguintes sinais na forma de contatos livres de potencial:
Adicionalmente, os seguintes sinais de estado operacional estão também disponíveis para indicação externa:
Opcionalmente, sinais de alarme adicionais podem ser disponibilizados conforme necessidades específicas
do projeto.
A parte de potência do RG3-S utiliza conversores DC/DC (chopper) com transistores IGBT da linha
SINAMICS S120. A tensão de excitação resulta da modulação por largura de pulsos (modulação PWM) da
tensão de um circuito intermediário de corrente contínua (link DC). A tensão de excitação resultante varia
conforme a relação pulso/pausa da unidade de controle do chopper. A corrente de excitação é medida no
estágio de saída do chopper e aplicada como valor real ao regulador subordinado da corrente de excitação.
3.10 Desexcitação
P
Entrada
L1
L2
L3
0
- UDC
Saída _ _ _ _ _ _ _ _ _
Fig. 6: Circuito de potência transistorizado. Fig. 7: Princípio da modulação por largura de pulsos.
4. Componentes principais
A figura 8 mostra os componentes principais do sistema de excitação RG3 e também as formas possíveis
de alimentação de sua parte de potência. Os componentes básicos do sistema de excitação são os
seguintes:
O chopper transistorizado (1) para o canal principal e, no caso de se ter redundância, o segundo
chopper transistorizado (2) para o segundo canal.
O regulador automático de tensão (3), para o controle da tensão nos terminais do gerador e o regulador
da corrente de excitação (4), para o canal manual.
A energia E requerida para a alimentação do sistema de excitação pode vir das baterias da planta ou
também dos serviços auxiliares em corrente alternada. Na maioria dos casos, porém, ela é suprida por um
gerador piloto de ímã permanente (PMG) (circuito 1) ou por um transformador de excitação (circuitos
2 a 4). É possível também a combinação de diversos alimentadores, para se obter uma alimentação
redundante. O sistema RG3 é adequado para todos os tipos de configuração de geradores síncronos:
Numa descarga de campo, a energia armazenada no enrolamento de campo da excitatriz retorna para o link
DC. A desexcitação é realizada adicionalmente pela resistência de descarga de campo, integrada no
equipamento.
E
AUMENTA DIMINUI
AVR
(Canal Automático) S
3 1
ECR
(Canal Manual)
G 4 2
3~
AUMENTA DIMINUI
E E E
G
3~
G G G S
3~ 3~ 3~
S Circuito 4
PMG G S
=
E S
Circuito 3
Circuito 1
Circuito 2
Fig. 8: Componentes principais do sistema de excitação RG3 e formas possíveis de alimentação da parte de potência.
SIMOTION D435-2
Módulo de regulação e controle.
Realiza também a comunicação
com o DCS.
Resistência de descarga de
campo.
Reator de alisamento.
Bornes de interligação.
Fig. 9: Exemplo para um painel de excitação RG3-S na execução duplo AVR, mostrando os componentes principais.
Na execução padrão, a troca de dados com o sistema de excitação é feita através do protocolo PROFIBUS
DP a uma taxa de transmissão de 12 Mbit/s. No caso de sistemas com redundância, a comunicação
também é redundante, isto é, o sistema possui 2 portas de comunicação independentes.
Através desta interface são transmitidos principalmente comandos de controle e sinais de retroaviso para a
operação e monitoração do sistema de excitação, bem como sinais de alarme e grandezas analógicas do
gerador e sistema de excitação.
Opcionalmente, a interface com o comando e controle da planta poderá ser feita com fiação convencional
(hardwired), através de contatos livres de potencial.
Fig. 10: Uma das telas da interface homem-máquina para operação local.
.
5. Software
Ferramentas amigáveis de software (SCOUT ou Web Server) são utilizadas para facilitar as atividades de
comissionamento e manutenção do sistema de excitação. As partes de potência e regulação do
equipamento são completamente parametrizadas com esta ferramenta. Para tanto, conecta-se o regulador
de tensão a um PC, através da porta ETHERNET.
Os valores atuais dos parâmetros podem então ser visualizados diretamente na lista de parâmetros. A
modificação de um valor é feita simplesmente selecionando-se o parâmetro desejado e entrando-se com o
novo valor. Estão disponíveis não só a lista completa de parâmetros, mas também diversas listas pré-
definidas para grupos específicos de parâmetros, p.ex., entradas e saídas, reguladores, etc. É possível
também criar listas de parâmetros do usuário, entrando-se com o número do parâmetro.
A parametrização atual pode ser salva em qualquer mídia de armazenamento de dados. Isto propicia uma
forma simples de registrar o estado atual do regulador de tensão.
O RG3 possui uma memória de TRACE. A funcionalidade TRACE é uma ferramenta muito importante no
comissionamento e na execução de atividades de manutenção, como no diagnóstico e busca de falhas. Até
8 grandezas analógicas (canais de medição) podem ser registrados através da função TRACE, como num
osciloscópio de memória. Alternativamente, cada canal de medição poderá ser usado para registrar 16
sinais digitais. De forma simples, pode-se definir um evento de trigger para iniciar os registros, bem como
estabelecer um evento de pré-trigger para o registro de eventos antes e depois do evento de trigger
principal. Pode-se configurar também o nível dos registros. O tempo de amostragem entre dois pontos de
medição sucessivos é de 250 µs.
Fig. 11: A função TRACE. Fig. 12: A ferramenta SCOUT possui muitos recursos.
6. Aplicação
Fig. 14: Sistema de excitação RG3-DUR, (com o regulador DIGUREG), na execução duplo canal automático.
7. Especificações técnicas
Alimentação auxiliar proveniente das baterias da planta: Para alimentação dos circuitos de comando e
eletrônica do regulador.
Consumo contínuo < 0,2 kW
8. Abreviaturas
Siemens Ltda.
PS CD
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