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AMENIZAÇÃO DA

TOXICIDADE DE METAIS
PESADOS DO SOLO
PELA MATÉRIA
ORGÂNICA

MARIO MIYAZAWA
Instituto Agronômico do Paraná-IAPAR
2004
INTRODUÇÃO

• Metais Pesados- todos elementos


tóxicos para biota.
• Elementos- Cd, Cr, Co, Cu, Hg, Pb,
Zn, Se, As, Ge, Ga, U.
• Fontes- indústrias, minerações,
despejos, fertilizantes, calcário,
fungicidas, poeiras, vulcões, etc.
• Resíduos orgânicos- estercos, lodo
de esgoto, lixo urbano e industrial.
Intervalo de Teores de
Metais
Met. Solo Planta Lodo, PR
--------------- mg/kg -------------------
Cd 0-3 0-2 0 - 4 1.
Co 5 - 70 0-2 1 - 30
Cr 5 - 200 0 - 50 10 - 200 3.
Cu 2 - 400 2 - 20 20 - 500 10.
Mn 50 - 5.000 20 - 300 -----
Ni 5 - 100 0 - 20 1 - 100 2.
Pb 2 - 100 0 - 50 1 - 300 20.
Zn 10 - 200 5 - 100 70 - 3.000 16.
Controle da Contaminação do
Solo
• Descontaminação do solo
– impossível
• Monitoramento de insumos
– teores de metais
– qualidade
– quantidade
• Quantidade extraídas pela plantas
– produção agrícola x teores
Monitoramento de metais do
Solo
• teores de metais totais
– digestão - ICP, EAA
• teores de metais disponíveis
– DTPA, mehlich, HCl 0,1N
• teores de metais dos tecidos
vegetais
– parte aérea
– raízes
Amenização da toxicidade de
metais do solo
• Calagem- pH ↑ → M(OH)n hidrólise
• Precipitação- PO43-; CO32-; S2-

• Matéria orgânica
– imobilização- ácido húmico
– complexos orgânicos-
• ácidos fúlvicos
• ácidos orgânicos solúveis
OBJETIVOS

• Avaliar efeito de Metais Pesados


para as plantas.
• Avaliar o efeito da matéria orgânica
do solo na absorção de metais pela
plantas.
• Avaliar efeito das características
químicas de solos na fitotoxicidade
de metais.
Absorção de Cu e Zn pelo feijoeiro
Zn, arenoso, Jaguap

1050

esterco 1%
sem esterco
Zn, mg/kg

525

0
0,0 0,1 0,2 0,5 1,0 2,0 0,0 0,1 0,2 0,5 1,0 2,0
Zn, mmol/kg

Cu, arenoso, Jaguap

40

sem esterco esterco 1%


Cu, mg/kg

20

0
0,0 0,1 0,2 0,5 1,0 2,0 0,0 0,1 0,2 0,5 1,0 2,0

Cu, mmol/kg
Absorção de Cu e Zn pelo feijoeiro
Cu-argila, Curitiba

20
sem esterco esterco 1%
Cu, mg/kg

Cu 10-4 mol/kg solo


10

0
0 0,2 0,5 1 2 5 0 0,2 0,5 1 2 5

Cu, mmol/kg

Zn-argila, Curiti

250
Zn, mg/kg

sem esterco esterco 1%

125

0
0 0,1 0,2 0,5 1 2 0 0,1 0,2 0,5 1 2

Zn, mmol/kg
Pb no tecido do feijoeiro
Pb, LRd
15

10
Pb, mg/kg

5 0% est
1% est

0
0,0 1,0 2,0
Pb, mmol/kg
Pb no tecido do feijoeiro

Pb, LEd
800
0% est
1% est
Pb, mg/kg

400

0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0

Pb, m m o l/k g
Cr no tecido do feijoeiro
Cr, LRd
40
Cr, mg/kg

20
0% est
1% est

0
0,0 1,0 2,0

Cr, mmol/kg
Cd no tecido do feijoeiro
0% est
15
Cd, LEd
1% est

10
Cd, mg/kg

0
0,00 0,10 0,20
Cd, mol/kg
Ni na aérea e raiz do feijoeiro
Níquel
240

aérea
Ni, mg/kg

160 raiz

80

0
0 1 2
Ni, mmol/kg
Pb na aérea e raiz do feijoeiro

Chumbo
1800
aérea
Pb, mg/kg

1200 raiz

600

0
0 5 10
Pb, mmol/kg
Cd na aérea e raiz do feijoeiro

150
Cádmio
Cd, mg/kg

100

aérea
50
raiz

0
0 0 ,5 1
Cd, m m o l/kg
MS e teor de Cu do cafeeiro
LEd LRd

21 12

aérea aérea

Cu, mg/kg
Cu, mg/kg

14 8

7 4

0 0

800 120
Cu, mg/kg

Cu, mg/kg
600 raiz
raiz 80
400
40
200

0 0

12 aérea raiz 14 aérea raíz


m. seca, g/vaso

m.seca, g/vaso
8
7
4

0 0
0.0 0.5 1.0 2.0 5.0 0.0 0.5 1.0 2.0 5.0
Cu, mmol/kg solo Cu, mmol/kg solo
MS e teor de Zn do cafeeiro
LEd LRd
500 200

Zn, mg/kg
aérea aérea
Zn, mg/kg

250 100

0 0

3200 3000
raiz
Zn, mg/kg

raiz

Zn, mg/kg
2000
1600
1000

0 0

12 aérea raiz 14 aérea raiz


m.seca, g/vaso

m.seca, g/vaso
8
7
4

0 0
0.0 0.5 1.0 2.0 5.0 0.0 0.5 1.0 2.0 5.0
Zn, mmol/kg solo Zn, mmol/kg solo
MS e teor de Cd do cafeeiro
LEd LRd
60 36
aérea

Cd, mg/kg
aérea
Cd, mg/kg

40 24

20 12

0 0

1500 1600

raíz raíz

Cd, mg/kg
Cd, mg/kg

750 800

0 0

12 aérea raiz 10 aérea raiz

m.seca, g/vaso
m.seca, g/vaso

6 5

0 0
0.0 0,1 0.2 0.5 1.0 0.0 0.1 0.2 0.5 1.0

Cd, mmol/kg solo Cd, mmol/kg solo


MS e teor de Pb do cafeeiro
LEd LRd
1000 400
Pb, mg/kg

Pb, mg/kg
aérea aérea
500 200

0
0
20000
2800
Pb, mg/kg

Pb, mg/kg
raiz raiz
10000 1400

0 0

12 aérea raiz 18 aérea raiz


m.seca, g/vaso

m.seca, g/vaso
6 9

0 0
0 1 2 5 10 0 1 2 5 10
Pb, mmol/kg solo Pb, mmol/kg solo
MO do solo na adsorção de Cu2+
Andrade et al. (1998)

16
Cu, 10-4 mol g-1 solo

15

14

13

12
y = 5,5066x0,3315
11 R2 = 0,8179
10

9
6 11 16 21 26
Carbono, g dm-3
Manejo de Solo na Adsorção de Cu

9 11 13 15 17
Cu 10-4 mol/kg solo
0

10
Profundidade, cm

20

30

Plantio direto
40
Plantio convencional
Oxidação do C do Solo na
Adsorção de Cu
18
[Cu] ads.10 mol/kg solo
LEd
LRd
15 Ca

12

9
-4

0
0 2 4 6 8

H 2 O 2 mL/ 2g
MO do solo na adsorção de Zn
7
Zn 10 -4 mol/g solo

5
2
y = -0,0005x + 0,1492x + 3,4294
2
R = 0,7794

4
6 11 16 21 26

C g/dm 3
Cobertura do solo no Mn

dias após chuva


49 55 64
Cobertu. g/m2 ------- Mn mg/kg -------

Controle xxx 31,2 36,7 73,2


Nabo forro. 500 14,4 6,9 16,6
Aveia pre. 640 9,2 2,4 5,1
Palha café 1300 7,6 2,4 5,2
Raio solar no Mn do solo
140
0-2,5cm
2,5-5cm
105 5-10cm
10-15cm
Mn mg/kg

70

35

0
0 3 7 14 21 days

Days
Conclusões
• Adição do material orgânico no solo
reduz a fitotoxidade de metais pesados,
• Matéria orgânica do solo reduz
disponibilidade de metais,
• Destruição da matéria orgânica do solo
aumenta a disponibilidade dos metais,
• Manutenção da matéria orgânica
permite convivência com os metais do
solo.
AGRADECIMENTO

Muito Obrigado pela


Presença de Todos e ao
Coordenador do CEASA e
ABPEF !!!

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