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Destinados à produção de energia, os recursos energéticos que tem sido

explorados no nosso país são, na generalidade, tal como os minerais, não


renováveis, como é o caso do carvão e do urânio. No entanto, também
são explorados recursos renováveis, como a geotermia.

A sua exploração estava


Carvão associada às minas de S. Pedro
da Cova, Santa Susana e Pejão
Não renováveis
A sua exploração iniciou-se
Urânio nas minas da Urgeiriça
Recursos Energéticos
explorados em Portugal
Renováveis Geotermia Açores
I – O carvão

O carvão, que teve um papel preponderante na revolução


industrial, e foi o primeiro combustível fóssil a ser utilizado
pelas centrais termoelétricas, continua, apesar de não ter o
peso do passado em virtude da exploração de outras fontes de
energia, a ser matéria-prima para a indústria.

Em Portugal...
O carvão é um recurso escasso e apesar de no passado ter
tido viabilidade económica, com o encerramento das minas
de S. Pedro da Cova, Santa Susana e Pejão, a sua exploração é
pouco relevante.
I – O carvão

O carvão utilizado em Portugal, que se destina na sua maioria


à produção de energia elétrica, é na totalidade importado de
países como a Colômbia, África do Sul e EUA, tendo a sua
importação aumentado devido a:

Ter terminado a sua extração no território nacional;

Aumento do seu consumo devido à entrada em funcionamento


de novas centrais termoelétricas – Sines (1989) e Pego (1993);

Aumento do seu consumo derivado de maus anos hidrológicos,


que se reflete numa baixa na produção hidroelétrica além do seu
preço competitivo face ao gás natural.
I – O carvão

As previsões para os próximos anos apontam para uma diminuição


das importações até 2015, em virtude da diminuição do seu consumo
para a produção de energia elétrica resultante de fatores como:

A elevada poluição atmosférica que provoca


(elevado impacto nas emissões de dióxido de carbono);

Aumento do peso do gás natural e das fontes de energia


alternativa, sobretudo, a hidrológica e a biomassa.

Contudo, os últimos anos mostraram uma tendência inversa, assistindo-se


ao aumento do seu consumo, sendo em 2012 considerado como o principal
motor da produção de energia elétrica.
II – O petróleo

O petróleo é uma fonte de energia primária não renovável


com um elevado consumo a nível nacional e mundial.
Estima-se que ao ritmo de exploração atual, o seu
esgotamento será dará daqui a 30 ou 40 anos.

É um recurso com impactos muito negativos para o ambiente,


já que é muito poluente, em todas as fases, nomeadamente:

Durante a extração, devido à possibilidade


de derrame no local da prospeção;

Durante o transporte;
II – O petróleo

É um recurso com impactos muito negativos para o ambiente,


já que é muito poluente, em todas as fases, nomeadamente:

Durante a refinação, o perigo de contaminação resultante dos


resíduos das refinarias (processo de separação dos hidrocarbonetos
em diferentes frações, para que possam ser utilizados como fonte
energética);

Durante a combustão, devido à emissão para a atmosfera de gases


com efeito de estufa.
II – O petróleo
É a partir da década de 1960, após a Segunda Guerra
Mundial, que o petróleo se torna na fonte energética mais
procurada, devido à expansão dos transportes e indústria.
PORTUGAL também registou um aumento do consumo
de petróleo a partir da década de 1960, devido:

Ao crescimento da sua economia;

Ao facto de ser usado como combustível (nas centrais térmicas


e nos transportes) e como matéria-prima de várias indústrias
(químicas, plásticos, vernizes, borrachas, entre outras).

Recentemente, temos assistido a um ligeiro decréscimo no seu consumo,


devido à maior utilização do gás natural e outras fontes energéticas renováveis.
II – O petróleo

Total de petróleo importado por dia (em barris)


Portugal, 2001 - 2009
II – O petróleo

Da análise do gráfico, conclui-se que:


As importações de petróleo diminuíram em 1980, devido ao
segundo Choque Petrolífero;

Entre 1979 e 1993, as importações desceram e Portugal diversificou


as origens das suas importações virando-se para África (Nigéria, Líbia
ou Angola, entre outros) e para a OCDE (Noruega ou Reino Unido,
entre outros);

A partir de 1994, as importações aumentaram devido ao aumento


do consumo de combustíveis. Nesta fase, o petróleo vem sobretudo
da Arábia Saudita, Iraque ou Emiratos Árabes Unidos;

A partir de 1998, a importação de petróleo faz-se sobretudo da Nigéria.


III – O gás natural

O gás natural tem sido utilizado como combustível para reduzir a


dependência do petróleo sendo por isso considerado como
energia alternativa, uma vez que é a energia primária não
renovável:

Mais ecológica Mais segura

Com maior durabilidade, pois


Económica
existem reservas para 100 anos.
III – O gás natural

Habitações

O gás natural é
cada vez mais
utilizado para:
Produção
Indústria de energia
elétrica
III – O gás natural

Em Portugal...

A introdução do gás natural no nosso país em 1997 visou a disponibilização


de uma energia competitiva, cómoda e ecológica, dado que permite:

A diversificação das fontes energéticas;

A redução da dependência em relação ao petróleo;

O aumento da competitividade da indústria;

A preservação ambiental;

O desenvolvimento regional com o objetivo de diminuir


as disparidades, quer económicas, quer sociais.
III – O gás natural

Evolução das vendas de gás natural em Portugal


(1997 – 2011)
III – O gás natural
O gás natural consumido em Portugal é oriundo do norte de África, da
Argélia. Este é transportado pelo gasoduto que liga o Magreb à Europa.

Com a construção do
terminal marítimo em
Sines (2003), Portugal já
tem capacidade para
receber gás natural de
outros países. Assim, em
2011, apenas 37% provém
da Argélia. O restante vem
sobretudo da Nigéria e de
outras proveniências.
IV – O urânio

O urânio é um recurso mineral radioativo utilizado


na produção de energia em centrais nucleares.

Portugal extrai urânio desde 1907 nas minas da Urgeiriça.

Todo o urânio extraído em Portugal foi para exportação,


dado que nunca tivemos centrais nucleares.
IV – O urânio
Em Portugal...
Portugal optou sempre por não construir centrais nucleares devido ao facto de
a instalação deste tipo de estruturas acarretar enormes riscos do ponto de vista:

Económico, pois não é uma energia barata, no que toca ao custo médio de
produção por kWh que é superior a outras formas de produção energética;

Segurança, pelo perigo de acidentes, resultantes de falhas técnicas ou


humanas (como sucedeu em Chernobyl ou Fukushima) e por poder vir
a ser usado para fins bélicos.

Ambiental, pela poluição radioativa, através da formação de resíduos


nucleares perigosos e emissão casual de radiações.
Por outro lado, existe a poluição térmica, resultante das altas temperaturas
da água utilizada nos sistemas de arrefecimento das centrais que depois é
lançada aos cursos de água.
IV – O urânio
Em Portugal...
Contudo, os altos preços do petróleo e os compromissos assumidos no
Protocolo de Quioto têm reacendido a discussão sobre a opção da energia
nuclear em Portugal para a produção de energia elétrica.
Os argumentos favoráveis centram-se na ideia de que tal opção permitiria:

Reduzir o défice comercial;


Aumentar a competitividade;
Inverter a posição de Portugal, de importador de energia para
exportador de energia;
Cumprir o Protocolo de Quioto, dado que é uma forma de
produção de energia que não emite dióxido de carbono para a
atmosfera, não contribuindo para as alterações climáticas.

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