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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

Como
manipular
instrumentos
e materiais
de
laboratório
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Sumário
Como manipular um microscópio óptico ...................................................................................... 4
Como manusear o microscópio................................................................................................. 6
Lâminas e lamínulas para microscopia.......................................................................................... 8
Como manipular ........................................................................................................................ 9
Como manipular uma estufa ....................................................................................................... 10
Qual a importância de uma estufa de esterilização e secagem? ............................................ 10
Como é feito o manuseio da estufa para esterilização? ......................................................... 11
Como manipular o bico de busen ............................................................................................... 12
Para entender melhor, aprenda como usar o Bico de Bunsen: .............................................. 12
Manuseio de um autoclave ......................................................................................................... 16
O que autoclavar ..................................................................................................................... 16
O que NÃO autoclavar............................................................................................................. 17
Como autoclavar ..................................................................................................................... 17
Procedimento .......................................................................................................................... 18
Validação ................................................................................................................................. 18
Manuseio de uma capela ............................................................................................................ 19
Normas de segurança para o uso da capela de exaustão de gases ........................................ 19
O que é e para que serve o Chuveiro e Lava-Olhos? .............................................................. 22
Tipos de Chuveiro e Lava-Olhos .......................................................................................... 22
Como o Chuveiro e Lava-Olhos é regulamentado? ................................................................. 23
Isso mesmo: Nos Riscos Químicos! .............................................................................. 23
Qual a diferença do EPI e EPC? ............................................................................................... 24
Como usar o condutivimetro ...................................................................................................... 26
Entenda a importância do condutivímetro no laboratório e conheça seus três principais tipos
................................................................................................................................................. 26
Como usar um condutivímetro? ............................................................................................. 27
Tipos de condutivímetro ......................................................................................................... 27
Portátil ................................................................................................................................. 27
Tipo bancada ....................................................................................................................... 27
Condutivímetro de bolso..................................................................................................... 28
Como usar o parafilm .................................................................................................................. 29
Parafilm ................................................................................................................................... 29
Como usar o papel indicador de ph ............................................................................................ 30
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Como usar a Tira Universal para medir o pH? ........................................................................ 30


As cores como indicadores de pH ........................................................................................... 31
AFINAL, COMO SE MEDIR O PH? ............................................................................................. 31
MEDIÇÃO ATRAVÉS DA TIRA UNIVERSAL DE PH ..................................................................... 31
Como usar a chapa aquecedora .................................................................................................. 33
Como usar o destilador de água ................................................................................................. 34
Conheça as funções e como funciona o processo de um destilador de água ............... 34
Destilador de água: como funciona e para que serve............................................................. 35
A água destilada serve para consumo humano? .................................................................... 35
Tipos de destilação .................................................................................................................. 35
Destilação simples ............................................................................................................... 35
Destilação fracionada .......................................................................................................... 36
Como usar a micropipeta ............................................................................................................ 37
Micropipetas: funcionamento, estrutura e sistema de medição................................................ 38
Estrutura e composição das micropipetas .............................................................................. 39
MICROPIPETA MONOCANAL ................................................................................................... 39
MICROPIPETA MULTICANAL.................................................................................................... 40
MICROPIPETA ELETRÔNICA ..................................................................................................... 40
CONHEÇA A ESTRUTURA E COMPONENTES DAS MICROPIPETAS MONOCANAL E
MULTICANAL. .......................................................................................................................... 41
MICROPIPETAS COM SISTEMA DE DESLOCAMENTO DE AR .................................................... 42
CONFIGURANDO VOLUMES .................................................................................................... 43
TRANSFERINDO VOLUMES ...................................................................................................... 44
PRÉ-ENXAGUE DAS PONTEIRAS............................................................................................... 45
POSICIONAMENTO CORRETO.................................................................................................. 45
BOAS PRÁTICAS EM PIPETAGEM ............................................................................................. 46
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Como manipular um microscópio óptico


Utilizados nos mais diversos ramos da ciência, o Microscópio Óptico permitem
a observação de objetos minúsculos, ampliando sua imagem em até 1000
vezes. Com funcionamento simples, a ampliação é feita por meio de um
conjunto de lentes – de vidro ou de cristal – e uma fonte de luz. Para formar a
imagem aumentada da amostra, o microscópio ótico conta com uma lente
objetiva e uma ocular, colocadas nas extremidades diametralmente opostas de
um tubo – o canhão – composto, por sua vez, de duas partes que podem ser
estendidas ou encurtadas. O movimento de extensão e encurtamento do tubo é
responsável pela aproximação ou afastamento do conjunto objetiva-ocular.

A luz, que incide sobre um condensador, atravessa o objeto e é encaminhada


para o canhão de lentes convergentes, formado pela objetiva e a
ocular. Quando o feixe luminoso atinge a lente objetiva, forma-se uma imagem
intermediária e aumentada do objeto. A lente ocular, por fim, funciona como
uma lupa que amplia e produz a imagem final do espécime observado.

O microscópio ótico tem capacidade de resolução da imagem formada vai


depender da qualidade das lentes e do comprimento de onda do feixe de luz.
Nos microscópios ópticos, este comprimento varia de 400 a 700 nanômetros, o
que possibilita a observação de espécimes maiores que uma bactéria.
Pigmentos coloridos – como corantes e fixadores – que se ligam a estruturas
específicas dos materiais, facilitando a identificação e observação. Para
melhorar a visualização, foram desenvolvidas algumas técnicas que aumentam
o contraste das imagens. A principal consiste na aplicação de
Outra técnica importante para tornar a imagem mais clara e precisa é a da
secção. Quanto mais espesso for o espécime, menos luz o atravessa e,
consequentemente, mais escura ficará a imagem. Por este motivo, o espécime
deve ser cortado em secções finas de até 0,5mm.

Na microscopia de luz, existem, ainda, diversos tipos de microscópios,


desenvolvidos para diferentes necessidades de visualização, são eles:
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microscópio ultravioleta, microscópio de fluorescência, microscópio de


contraste de fase e microscópio de polarização.

O microscópio é um equipamento muito utilizado em diversos laboratórios e


inúmeros tipos de pesquisas. Apesar de existirem variações de marcas e
tamanhos, geralmente possuem os mesmos componentes e sua manipulação
é muito parecida.

Os principais componentes são a base, a lente ocular, a lente objetiva e a


platina. É necessário aprender a identificar as suas várias partes e entender as
suas funções para operá-lo adequadamente. Quando você conhece os
procedimentos básicos de operação e sua estrutura, manuseando
corretamente, poderá maximizar todos os recursos do microscópio, além de
prolongar sua vida útil.

Figura 1 Componentes de um microscópio

Provavelmente pessoas diferentes utilizarão o mesmo equipamento, muitas


vezes para análises distintas. Assim, é importante que ele sempre fique em seu
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ajuste inicial. Assim o próximo usuário inicia seu trabalho no ajuste padrão,
facilitando a rotina.

Como manusear o microscópio


1. Selecionar a objetiva de menor aumento e baixar a platina completamente.
Se o microscópio foi utilizado corretamente anteriormente, deve estar nesta
posição.

2. Colocar a lâmina com o objeto a ser visualizado sobre a platina e travar com
a pinça.

3. Começar a visualização com a objetiva de menor aumento.

4. Realização do enfoque.

a. Aproximar o máximo possível a lente do objeto a ser visualizado através do


ajuste macrométrico. Esse deve ser feito sem olhar diretamente pela ocular,
para evitar possíveis danos ao objeto ou a própria lente.

b. Olhando através da ocular, comece a aproximar a amostra da objetiva até


que consiga ter uma visualização nítida, com o ajuste micrométrico realizar o
enfoque fino.

5. Mude para objetiva seguinte. A imagem deve estar quase focada, se


necessário gire o micrométrico para melhorar o enfoque fino. Se ao trocar de
objetiva o objeto sumir completamente, é preferível voltar a objetiva anterior e
refazer os passos do item 3. A objetiva de 40X enfoca muito próximo da
amostra e com isso pode vir a causar acidentes: como contaminar a lente com
a amostra em análise se negligenciado as precauções anteriores ou manchar a
lente com o óleo de imersão se a objetiva de 100X já foi utilizada.

6. Utilizar a objetiva com óleo de imersão:

A. Baixe totalmente a platina.


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B. Suba totalmente o condensador para visualizar o círculo de luz que indica a


zona que irá visualizar e onde irá colocar o óleo de imersão.

C. Gire o revolver até a objetiva de imersão deixando entre a objetiva de 40X e


100X.

D. Coloque uma gota de óleo de imersão sobre o círculo de luz.

E. Termine de girar o revolver, suavemente, até a objetiva de imersão (100X).

F. Olhando diretamente na objetiva, suba a platina lentamente até que a gota


de óleo toque a lente. Neste momento é possível notar a gota cobrindo a lente.

G. Com auxilio do ajuste micrométrico, enfocar a amostra cuidadosamente. A


distância de trabalho entre a objetiva e a lâmina é mínimo, menor que a
distância da objetiva de 40X, por isso o risco de acidente é muito grande.

H. Uma vez colocado o óleo de imersão sobre a amostra, não pode retornar a
objetiva de 40X, pois a lente pode vir a ficar manchada. Por tanto, se deseja
focar outra área é necessário baixar a platina e repetir o processo desde o
passo 3.

I. Uma vez finalizada a visualização da amostra deve-se baixar a platina e


colocar o revolver com na posição da menor objetiva. Neste momento já pode
retirar a lâmina da platina. Nunca retire a lâmina com a objetiva de imersão em
posição de observação.

J. Limpar a objetiva com cuidado e fazendo uso de um papel especial para


limpeza óptica.
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Lâminas e lamínulas para microscopia

Figura 2 Lâminas

Figura 3 Lamínulas

As lâminas são fabricadas em um vidro especial translúcido, especialmente


desenvolvido para microscopia, e servem de suporte para observar a amostra
ou material no microscópio. Já as lamínulas são utilizadas para sobrepor o
material da lâmina durante a leitura no microscópio, permitindo melhor
visualização e também para proteção da amostra e da lente.
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Como manipular
Como são geralmente de vidro devemos ter muito cuidado, para que não
quebrem e cortem os dedos. Por isso recomenda-se uso de luvas ao manipulá-
las.
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Como manipular uma estufa

Comumente usada na jardinagem, a estufa é um local que acumula e mantém


calor em seu interior, fazendo com que as plantas sejam abrigadas em um
ambiente termicamente controlado e livre de contaminações e variações
climáticas externas. Levado para o laboratório, o funcionamento da estufa
ganhou outros horizontes, eliminando e contendo manifestações
microbiológicas que poderiam contaminar o que está sendo estudado.

As estufas de esterilização e secagem permitem uma correta manipulação das


ferramentas e materiais a serem utilizados — como aparelhos cirúrgicos,
odontológicos e uma grande gama de objetos laboratoriais e hospitalares. A
principal técnica utilizada é a de calor seco.

Qual a importância de uma estufa de esterilização e


secagem?
A produção de calor em uma estufa para laboratório precisa ser uniforme e
rigidamente controlada para, assim, não queimar ou danificar o produto que
está sendo esterilizado, sendo danosa apenas para os microrganismos
presentes no objeto.
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Uma estufa de esterilização e secagem para laboratórios retém o calor por


meio de camadas termo isolantes. As grandes estufas presentes em
laboratórios e indústrias precisam ter rigoroso sincronismo para abrir e fechar
nos momentos adequados, evitando ao máximo a entrada do ar externo.

Para funcionar adequadamente, portanto, é importante que a estufa de


esterilização tenha sido feita com materiais de primeira linha e alta qualidade,
com cuidado até mesmo nas pinturas e acabamentos. O aço inox é o material
mais comum, com polimento tipo espelho e sistema de vedação com silicone e
trinco de pressão. Há ainda um contador eletrônico para acompanhar a
temperatura e seu tempo, que pode ser programado digitalmente. Alguns
modelos possuem um motor de circulação forçada de ar, que o mantém
sempre renovado e circulante.

Como é feito o manuseio da estufa para esterilização?


A adequada esterilização e secagem de um material garante a manipulação
segura do mesmo em produtos químicos, alimentícios, farmacêuticos, clínicos,
científicos e hospitalares. Além dos microrganismos retirados, o processo
remove qualquer outro agente químico que ainda esteja presente nos
instrumentos e que poderiam prejudicar sua utilização.
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Como manipular o bico de busen

Figura 4 Fonte de calor utilizada em laboratório

Para quem não me conhecia: Olá! Muito prazer, eu sou o Bico de Bunsen.A
imagem acima ilustra a fonte de calor utilizada para o aquecimento de
substâncias no laboratório, o então conhecido Bico de Bunsen. As diferentes
chamas obtidas com ele têm explicação na quantidade de calor: Quanto mais
quente a chama, mais azulada ela fica. Mas o que faz com que a chama
obtenha diferentes colorações? A quantidade de energia, sendo que
intensidade do fogo se traduz como “a taxa de energia ou calor liberado por
unidade de tempo e por unidade de comprimento”, ou seja, quanto menor a
área da chama, maior a quantidade de energia.

Para entender melhor, aprenda como usar o Bico de


Bunsen:
1. Primeiramente feche a entrada de ar (uma válvula que fica na parte inferior
do aparelho);

2. Acenda um fósforo e o aproxime da parte superior, que é o ponto mais alto


da câmara de mistura;

3. Agora sim a válvula de gás pode ser aberta;

4. Regule a chama através dessa válvula;

5. Com a regulagem do aparelho você obtém diferentes tipos de chama. Por


exemplo, com a válvula totalmente fechada surge uma chama grande e
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amarela que desprende fuligem. Esta não é uma chama considerada boa, pois
não possui uma temperatura suficiente para o aquecimento de substâncias.

6. Para se conseguir uma chama mais quente, abra vagarosamente a entrada


de ar até obter uma chama azul.

Que tal explorar essas chamas numa aula sobre a intensidade do fogo? Regule
então o bico de Bunsen até que este produza as colorações abaixo:

• O estado 1 demonstra uma chama menos aquecida, de cor amarelo-


avermelhada, que possui uma maior área;

• O estado 2 adquire uma menor área e coloração vermelha;

• O estado 3 já começa a apresentar a coloração roxa tendendo para a azul,


esta indica a aproximação para uma chama mais aquecida.

• O estado 4 identifica uma chama com maior energia, ou seja, mais quente.
Observe que ela é a chama que possui menor área, por isso mantêm uma
energia maior.
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Como manipular a
balança de precisão
A balança de precisão é um dispositivo de elevada sensibilidade, utilizado para
medir a massa de sólidos e líquidos não voláteis com alto grau de precisão.
Este é um item indispensável em laboratórios de modo geral, uma vez que
muitos procedimentos necessitam de amostras em quantidades exatas.
O mercado possui duas opções de balança de precisão: a balança analítica e a
semianaltica, sendo que a diferença básica entre elas é o grau de precisão dos
resultados. O modelo analítico tem precisão de 0,1 micrograma à 0,1
miligrama, enquanto a balança semianalítica tem precisão até 0,001 gramas.
Por conta de sua alta sensibilidade, a balança de precisão deve ser sempre
utilizada em um ambiente totalmente fechado e neutro. Isso porque variações
de temperatura, umidade, correntes de ar, exposição direta à luz e vibração
podem alterar significativamente os resultados de leitura.

Para que a balança de precisão obtenha os resultados corretos, é fundamental


que ela esteja devidamente calibrada. A calibração deve ser realizada sempre
antes da primeira pesagem do dia, ou sempre que houver variações de
temperatura no ambiente em que a balança se encontra.
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Para a calibração, o prato da bandeja deve estar vazio e limpo e, caso o visor
não esteja apresentando o valor zero, deve-se tarar a balança para zerá-la. Em
seguida, basta utilizar pesos padrão para realizar a calibração.
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Manuseio de um autoclave

A autoclave é um equipamento utilizado em serviços de saúde para realizar a


desinfecção e esterilização através de um método físico, utilizando uma
combinação de vapor, pressão e tempo. Com alta temperatura e pressão é
possível eliminar micro-organismos e esporos.

Ela é utilizada para descontaminar certos materiais biológicos e esterilizar


meios, instrumentos e materiais de laboratório. Segundo a legislação brasileira,
resíduos provenientes de serviços de saúde e que possam conter bactérias,
vírus e outros materiais biológicos devem ser inativados antes da disposição
final.

O que autoclavar
Meios líquidos, líquidos não inflamáveis, soluções aquosas e resíduos
biológicos líquidos.

Materiais compatíveis:

 Frascos de cultura de células;

 Instrumentos cirúrgicos;

 Vidraria de laboratório;
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 Ponteiras;

 Meios de cultura;

 Polipropileno;

 Aço inoxidável;

 Luvas.

Líquidos devem preencher até 2/3 da capacidade total do recipiente e a tampa


deve permanecer frouxa, nunca totalmente fechada.

O que NÃO autoclavar


Materiais inflamáveis, reativos, corrosivos, tóxicos ou radioativos. Hipoclorito
também nunca deve ser autoclavado, nem líquidos em recipientes selados.

Materiais incompatíveis:

 Ácidos, bases e solventes orgânicos;

 Cloreto e sulfato;

 Água do mar;

 Água sanitária, hipoclorito e cloro;

 Aço que não seja inoxidável;

 Poliestireno (isopor);

 Polietileno;

 Poliuretano.

Como autoclavar
Utilize jaleco, óculos de proteção, sapatos fechados e luvas resistentes ao calor
para remover os materiais, especialmente vidraria quente.

Prepare o material a ser autoclavado. Muitos materiais – principalmente novos


– devem ser embalados em papel craft (cor marrom) antes do procedimento,
como por exemplo, placas de Petri, caixas de pipetas, tubos, elermeyer, becker
etc.
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Não encha a autoclave até o máximo. Deixe espaço para a circulação do


vapor. Utilize apenas sacos próprios para autoclavagem.

Sempre confira o nível de água, pois se estiver abaixo da resistência a


autoclave pode ser danificada.

Procedimento
1. Coloque os materiais na autoclave;

2. Feche e sele a tampa;

3. Ligue-a no máximo e quando começar a sair vapor, feche a válvula;

4. Espere a temperatura atingir 121°C;

5. Um vez nessa temperatura, mude para o médio e deixe 15 minutos;

6. Após o período, desligue a autoclave e abra a válvula para o vapor sair;

7. Só abra a tampa depois que o manômetro estiver no zero;

8. Retire o material com luvas resistentes ao calor.

Esse é um procedimento básico e dependendo do seu objetivo ele pode variar.

Validação
Existe uma fita adesiva indicadora sensível ao calor que muda de cor ou
mostra linhas diagonais (escrito estéril ou autoclavado) quando exposta a
temperatura de 121°C.

Ela é colocada no exterior de algum material embalado que será autoclavado.


Se a fita não mudar de cor significa que a temperatura 121°C não foi atingida e
os materiais não podem ser considerados estéreis ou descontaminados.
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Manuseio de uma capela


Normas de segurança para o uso da capela de exaustão
de gases
A capela de exaustão é um EPC, equipamento de proteção coletiva,
considerado como essencial em todo e qualquer laboratório que exerça
atividades envolvendo manipulação de produtos químicos, tóxicos, vapores
agressivos, líquidos ou partículas em concentração e quantidades perigosas ou
potencialmente prejudiciais para a saúde.

A utilização segura das capelas de exaustão exige atenção às normas


internacionais.
Assim, além de sua notável e imprescindível importância, a primeira norma de
segurança é a obrigatoriedade de toda e qualquer manipulação passível de
ocasionar reação perigosa ser realizada dentro de uma capela de exaustão de
gases, especificamente.

Vale destacar também que a capela de exaustão de gases é considerada como


um equipamento de proteção imprescindível, todavia, caso o operador não
esteja completamente familiarizado e apto com suas técnicas de uso, a sua
proteção, assim como das demais pessoas, não estará completa.

No Brasil, infelizmente ainda não dispomos de normas específicas quanto a


utilização e a segurança das capelas de exaustão de gases, todavia, as
atividades aqui realizadas baseiam-se em normas internacionais, tal como a
EN 14175.
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Abaixo, listamos algumas normas de segurança para o uso e bom


funcionamento da capela de exaustão de gases:

 Todas as operações que podem gerar problemas com contaminantes de ar


considerados perigosos devem ser sempre realizados dentro da capela de
exaustão;
 É necessário manter distância, tanto do aparador ou do apoio das substâncias
químicas, em relação à capela de exaustão: mínimo de 15c cm
 Jamais use a capela de exaustão de gases como modo de descarte de
substâncias químicas, voláteis, sólidas etc.;
 Nunca armazene vidrarias ou substâncias químicas na capela de exaustão;
 Quando em funcionamento, e sempre que possível, mantenha o vidro da frente
da capela de exaustão de gases fechado;
 Abertura máxima do vidro frontal da capela de exaustão de gases quando em
atividade: 18 polegadas;
 Sempre que possível, manter todas as portas do laboratório fechadas;
 Jamais remova painéis ou mesmo o vidro da capela de exaustão de gases,
uma vez que estes influenciam decisivamente o sistema de exaustão;
 Dentro da capela de exaustão de gases não é permitido nenhuma tomada
elétrica.
 A avaliação técnica especializada da capela de exaustão deve ser feita
semestralmente.
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Como usar um chuveiro lava


olhosChuveiro e Lava-Olhos de
Emergência
São equipamentos de proteção coletiva imprescindíveis a todos os laboratórios.
São destinados a eliminar ou minimizar os danos causados por acidentes nos
olhos e/ou face e em qualquer parte do corpo.

O lava-olhos é formado por dois pequenos chuveiros de média pressão,


acoplados a uma bacia de aço inox, cujo ângulo permita o direcionamento
correto do jato de água na face e olhos Este equipamento poderá estar
acoplado ao chuveiro de emergência ou ser do tipo frasco de lavagem ocular.

O chuveiro de emergência deverá ter aproximadamente 30 cm de diâmetro,


seu acionamento deverá ser através de alavancas acionadas pelas mãos,
cotovelos ou joelhos. Sua instalação deverá ser em local de fácil acesso para
toda a equipe técnica.

A manutenção destes equipamentos deverá ser constante, obedecendo uma


periodicidade de limpeza semanal Devem ser instalados em locais estratégicos
para permitir fácil e rápido acesso de qualquer ponto do laboratório.

É importante destacar que devemos procurar obter as melhores condições


possíveis no laboratório, no que diz respeito às instalações, iluminação,
ventilação, uso de capelas, uso de cabines de segurança biológica, dentre
outros.
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O que é e para que serve o Chuveiro e Lava-Olhos?


O Chuveiro e Lava-Olhos não é um Equipamento de Proteção Individual (EPI)
e sim, um Equipamento de Proteção Coletiva. O motivo disso, é claro, se dá
porque apenas uma unidade deste equipamento é capaz de atender uma
equipe inteira de funcionários.

O principal objetivo deste EPC é a higienização imediata dos olhos, face, mãos
e qualquer outra parte do corpo do trabalhador que tenha sido contaminada,
seja por substâncias químicas ou até mesmo poeira, resíduos, entre outros.

Por este motivo, sua instalação torna-se fundamental não só na área dos
Serviços da Saúde… Como também em algumas indústrias de construção e/ou
reparação naval, laboratórios ou em qualquer outra área em que haja o contato
com agentes químicos.

Tipos de Chuveiro e Lava-Olhos

Hoje em dia você encontra mais de um tipo de Chuveiro e Lava-Olhos no


mercado.

Você pode encontrar apenas o lava-olhos, que são dois chuveiros pequenos de
média pressão, voltados para cima e com o acionamento manual, que
acompanha uma bacia acoplada para evitar que a água caia diretamente no
chão;

Poderá encontrar também o lava-olhos portátil, que é um pequeno frasco, leve


e higiênico para a higienização ocular e uma prestação de socorro imediata
nesta área;

Também poderá encontrar o Chuveiro e Lava-Olhos acoplados um no outro,


que é o principal e mais completo item que mencionamos neste artigo, pois
vem com o lava-olhos, o chuveiro e a bacia para evitar desperdício de água;

E ainda, poderá encontrar a Ducha Oftalmológica, que é composta por um


quadro de fixação em parede com cinco duchas oftálmicas com capacidade de
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500 ml cada. Este modelo é recomendado para locais com muita poeira e
insetos.

Como o Chuveiro e Lava-Olhos é regulamentado?


Podemos ver o Chuveiro e Lava-Olhos definido pela Norma Regulamentadora
de número 32 (NR 32), que versa sobre a Segurança e Saúde no Trabalho em
Serviços de Saúde.

Esta NR tem como principal objetivo estabelecer as diretrizes básicas para a


implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos
trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem
atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

Dessa forma, na NR 32 as medidas de segurança para essa área ocupacional


estão divididas por grupos de Risco. São eles:

 32.2 Dos Riscos Biológicos


 32.3 Dos Riscos Químicos
 32.4 Das Radiações Ionizantes
 32.5 Dos Resíduos
 32.6 Das Condições de Conforto por Ocasião das Refeições
 32.7 Das Lavanderias
 32.8 Da Limpeza e Conservação
 32.9 Da Manutenção de Máquinas e Equipamentos

Se você entendeu direitinho este artigo até agora, então já deve imaginar em
qual grupo de risco o Chuveiro Lava-Olhos se enquadra.

Isso mesmo: Nos Riscos Químicos!

Logo após todas as definições, no item 32.3.7 vemos as Medidas de Proteção


para a segurança dos profissionais que atuam naquele local.

Entre essas medidas, está o item 32.3.7.1.3 que regulamenta que o local que
apresente tais Riscos Químicos deva dispor de, no mínimo:
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1. sinalização gráfica de fácil visualização para identificação do ambiente,


respeitando o disposto na NR-26;
2. equipamentos que garantam a concentração dos produtos químicos no
ar abaixo dos limites de tolerância estabelecidos nas NR- 09 e NR-15 e
observando-se os níveis de ação previstos na NR-09;
3. equipamentos que garantam a exaustão dos produtos químicos de
forma a não potencializar a exposição de qualquer trabalhador,
envolvido ou não, no processo de trabalho, não devendo ser utilizado o
equipamento tipo coifa;
4. Chuveiro e lava-olhos, os quais deverão ser acionados e higienizados
semanalmente;
5. equipamentos de proteção individual, adequados aos riscos, à
disposição dos trabalhadores;
6. sistema adequado de descarte.

Como você viu, o Chuveiro e Lava-Olhos é um item obrigatório para a


segurança do trabalhador. Por isso, deve ser localizado em local de fácil
acesso, sem obstáculos no caminho e prontos para um atendimento imediato.

Não esqueça também da higienização do equipamento, que deve ser feita


semanalmente.

Qual a diferença do EPI e EPC?


Os Equipamentos de Proteção Coletiva servem para proteger o ambiente de
trabalho. Por isso, como o próprio nome já diz, são de uso coletivo.

São medidas de segurança adotadas para diminuir ou eliminar os riscos


ambientais identificados através do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA).

A definição dos EPCs é feita antes da definição dos EPIs. O motivo é simples:
o EPI é a última medida de controle de risco a ser tomada. Ou seja, quando
todas as outras medidas já tiverem sido implementadas, o uso do EPI torna-se
fundamental.
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Sendo assim, o Equipamento de Proteção Individual, como o próprio nome já


diz, é uma proteção individual para cada colaborador. Seu uso é
regulamentado pela NR 6, e o fornecimento também é obrigatório por parte do
empregador.
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Como usar o condutivimetro


Entenda a importância do condutivímetro no
laboratório e conheça seus três principais tipos

Alguns tipos de trabalho realizados em laboratório necessitam que sejam


avaliados fatores como concentração e condutividade elétrica de amostras,
para controle de qualidade em soluções como água, alimentos, etanol e outras
substâncias. Nesses casos, o uso de um condutivímetro é indicado para
conferir a medição exata dessas substâncias.

Um condutivímetro é um equipamento que faz uma compensação automática


de temperatura em uma solução, apontando resultados mais precisos do que
os obtidos por outros equipamentos que realizam medição de condutividade
elétrica. No caso de um laboratório, percentuais de sais, resistividade, acidez,
cinzas e outros efluentes são detectados de maneira eficaz com o uso da
ferramenta.
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Como usar um condutivímetro?


O aparelho é constituído por eletrodos polarizados que são colocados na
solução a ser avaliada em laboratório. Esses eletrodos precisam ser calibrados
antes do uso e devem estar limpos para que a medição apresente o resultado
correto. Se sua superfície estiver apresentando deteriorações ou algum
vestígio que prejudique a amostragem, é sinal de que os eletrodos precisam
ser trocados.

Após a calibragem, os eletrodos são postos na solução, e a célula emite o


resultado na tela do equipamento. Não se deve usar nenhum material abrasivo
ou corrosivo para aperfeiçoar a medição feita pelos eletrodos. Somente uma
limpeza à base de água e detergente neutro é necessária.

Tipos de condutivímetro
Como seu uso pode ser feito em laboratório ou em campo, existem modelos
adequados para cada situação. No geral, existem três formatos de
condutivímetro, e cada um apresenta compensação de temperatura (0° a 100°).

Portátil

É o modelo mais comum e o mais recomendado para realizar medições de


qualidade em água, seja em estações de tratamento ou em poços. Em outros
casos, um condutivímetro portátil também é usado para fazer medições em
materiais com soluções químicas de menor potencial — como cosméticos,
fórmulas químicas simples e até alimentos.

Tipo bancada

Também pode ser usado em controle de qualidade de água, mas o


equipamento é direcionado a medições de grande porte. Muitas empresas
eletrônicas ou indústrias responsáveis por manusear altos índices de
formulações químicas usam o condutivímetro de bancada.
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Condutivímetro de bolso

É o mais simples e, como o nome já indica, pode ser levado para qualquer
lugar, especialmente para atividades em campo. Áreas com circuitos
impressos, estações de tratamento de água, baterias ou locais que fazem uso
de água destilada são alguns dos locais em que o condutivímetro de bolsoé
usado. Também é muito utilizado em oficinas mecânicas para conferir o
controle de água em baterias de carro.
Como a ferramenta tem enfoque em apresentar resultados com o máximo de
precisão, é altamente indicado que o cuidado com o condutivímetro seja
seguido em todos os parâmetros. Evitar o contato com sólidos não tão
dissolvidos, substâncias corrosivas ou que potencializem o efeito elétrico do
equipamento e também do material avaliado. O uso adequado de recursos de
limpeza para os eletrodos são medidas essenciais.
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Como usar o parafilm


Parafilm
O Parafilm é uma película flexível, semi-transparente, inodoro, incolor, com
ação aderente, resistente à água e próprio para a vedação de frascos,
vidraçarias, placas de Petri, tubos de ensaio, tubos de cultura, provetas,
erlenmeyers, béquer, balões, etc.
Tem como função substituir ceras, parafinas e plásticos. O Produto em questão
também muito utilizado para a proteção de plantas submetidas a experimentos
genéticos contra a ação de efeitos ambientais, tais como: chuva, vento e
poeira.
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Como usar o papel indicador de ph


Como usar a Tira Universal para medir o pH?

A Tira Universal de pH é a forma mais simples, rápida e amplamente usada em


diversos setores para medir o pH de soluções.

Esse tipo de medição é a mais frequente em laboratórios, porém é aplicada


ainda no campo da agronomia, medicina, biologia, química, nutrição,
tratamento de água, entre outros. As tiras de pH não necessitam de nenhum
calibração, manutenção e são muito práticas para aplicar em qualquer rotina.

As tiras de pH consistem num filtro de papel impregnado com um indicador ou


uma mistura de indicadores, que aponta a escala de pH – do ácido ao básico –
através de uma variedade de cores. Ou seja, existe uma cor diferente para
cada número na escala do pH e através dessa diferenciação é possível
classificar a solução em análise.
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As cores como indicadores de pH


O intervalo da escala de pH vai de 0 a 14, quanto mais próximo ao 0 mais
ácido e quanto mais próximo ao 14 mais alcalino . O vermelho é a cor dos
ácidos, assim soluções menos ácidas compreendem do laranja ao amarelo,
enquanto soluções neutras são verdes. Já as soluções básicas são azuis e
roxos. As tiras indicadoras geralmente são acompanhadas com uma cartela de
cores apresentando os tons correspondentes para os valores de pH.

AFINAL, COMO SE MEDIR O PH?


O pH significa “potencial de hidrogênio”, quando uma substância é ácida, ela
libera mais hidrogênio para o meio, por outro lado, substâncias alcalinas
removem hidrogênio a partir de um organismo.

A definição de pH baseia-se na quantidade de íons de hidrogênio disponíveis


numa solução. Assim, os íons vão determinar se uma solução é ácida, alcalina
ou neutra. Quando você estiver usando uma tira de pH está testando o quanto
de hidrogênio está presente na solução, sendo que os compostos químicos
mudam de cor de acordo com essa concentração.

MEDIÇÃO ATRAVÉS DA TIRA UNIVERSAL DE


PH
1. Remover a Tira Universal de pH da caixa.

2. Imergir o papel indicador de pH dentro da solução durante cerca de 3-5


segundos.

3. Retirar a tira da solução, removendo o excesso de líquido.

4. Compare a cor da tira com as cores da tabela presente na caixa, elas vão
indicar se a solução é alcalina, ácida ou básica.

5. Não deixar a tira secar antes de comparar com a tabela de cores.

6. Anotar o resultado de acordo com a cor que mais se aproxima da cor da tira.
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As tiras de pH são muito práticas, com um custo bem reduzido e utilizadas para
verificações pontuais e rápidas, quando apenas o conhecimento aproximado é
necessário, mas não vão oferecer um valor preciso para o nível de pH. Para
uma medição exata é usado o equipamento pHmetro.
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Como usar a chapa aquecedora

A Chapa Aquecedora é um produto básico e muito utilizado em laboratórios


científicos. Promove o aquecimento dos mais diferentes tipos de frascos, copos
e vidraria para laboratório. São compostas pelo gabinete, que é o corpo do
aparelho, e a plataforma que é onde o aquecimento ocorre.
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Como usar o destilador de água


Conheça as funções e como funciona o processo de um destilador de água

A água é um elemento essencial para a vida e que pode ser encontrado em


abundância na natureza. Porém, este líquido geralmente está em contato com
diversos elementos como microrganismos, dejetos e todo tipo de matéria sólida
ou orgânica. Para que esta água seja consumida pelos humanos e utilizada em
processos industriais e laboratoriais, portanto, é necessário que ela seja
purificada.

Há diversas escalas de pureza, sendo que cada nível é indicado para um tipo
de consumo. O processo de destilação da água é o processo de purificação
mais completo e sofisticado que existe atualmente, uma vez que garante a
pureza absoluta do conteúdo. É aplicado em situações que exigem que não
haja nenhum tipo de elemento na água.

No âmbito caseiro, é muito comum que as pessoas fervam a água antes de


utilizá-la, justamente com esse intuito de eliminar impurezas. Quando a água
presente em uma chaleira entra em ebulição, o vapor começa a sair pelo bico
da chaleira. Se o fogo não for desligado, a água vai evaporar por completo e
restará na chaleira apenas os resíduos sólidos que estavam no líquido.
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Neste contexto, imagine que você pudesse capturar esse vapor e submetê-lo
ao resfriamento. Ele retornaria ao estado líquido, porém sem as eventuais
impurezas, que ficaram na chaleira. O processo de destilação da água é muito
parecido com esta situação e, para que isso seja possível, é utilizado um
destilador.

Destilador de água: como funciona e para que serve


Em um destilador de água tipo Pilsen, a água é levada a uma caldeira
responsável por aquecer o líquido até a ebulição. Em seguida, o vapor
decorrente deste processo é condensado e convertido em líquido totalmente
purificado, sem a presença de microrganismos e com alto grau de pureza.
Essa água é utilizada como solvente e reagente em laboratórios e indústrias,
além de servir na esterilização de autoclaves. Apesar de purificada, a água
destilada não perde totalmente os sais minerais, pois o processo não é capaz
de realizar a separação completa.

A água destilada serve para consumo humano?


A água destilada não faz mal algum ao ser humano, mas seu consumo não
substitui a água mineral. O destilador de água não tem a finalidade de preparar
a água para o consumo humano, pois a destilação pode retirar inúmeros sais
minerais que são fundamentais para o funcionamento do organismo humano.

Tipos de destilação
Existem dois tipos de processo de destilação de água, conheça a seguir as
diferenças entre destilação simples e destilação fracionada:

Destilação simples

A destilação simples é aquela que ocorre da forma como descrita acima,


acontecendo em duas fases: ebulição e condensação. Primeiro a água é
aquecida e transformada em vapor que, em seguida, é resfriado até voltar ao
estado líquido. Produz uma água livre de resíduos sólidos e quimicamente
pura.
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Destilação fracionada

A destilação fracionada é aplicada quando a água a ser purificada está


misturada com outro líquido. Neste caso, é preciso conhecer o ponto de
ebulição dos dois líquidos, de modo a induzir uma temperatura em que
somente a água evapore e siga para o processo de liquefação.
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Como usar a micropipeta


omentário

As pipetas são instrumentos de laboratório frequentemente utilizados em


diversas áreas da ciência para medir e transferir um determinado volume de
líquido. Existem vários tipos de pipetas, cada uma com um propósito e um nível
de precisão e exatidão próprios.

As micropipetas são um tipo de pipetas ajustáveis que medem volumes entre


0,1 µL até 5000 µL. Estas pipetas requerem pontas descartáveis que entram
em contato com o fluido.
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Micropipetas: funcionamento, estrutura e sistema de


medição

As micropipetas são equipamentos indispensáveis em qualquer tipo de


laboratório, desde laboratórios de universidades para pesquisa, até análises
clínicas para diagnóstico. Sua principal funcionalidade é realizar a medição de
líquidos com precisão.

Esse equipamento tem a capacidade de medir volumes muito pequenos


chegando até a 0,1µL, ou seja, um décimo de milésimo de mililitro, ou um
décimo milionésimo de um litro.

Micropipetas podem aspirar o líquido de um recipiente e transferi-lo para outro,


realizando a operação de medição. Dependendo das micropipetas, os técnicos
podem controlar com precisão uma quantidade de aspiração e descarga de
líquido, atendendo assim ao requisito de resultados precisos.

Embora as micropipetas sejam muitos usadas em laboratórios e pareçam


simples, há sempre novos usuários ou mesmo aqueles que não possuem uma
técnica tão apurada. São inúmeros os fatores que podem interferir e
influenciam na exatidão e precisão da pipetagem. Entre eles podemos citar
desde a técnica incorreta do operador, má calibração da pipeta até fatores
ambientais e viscosidade do líquido.
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Por isso é muito importante entender todos os processos, composição e


também boas práticas para uma pipetagem correta. Confira com a gente todas
as etapas que vão ajudar em uma pipetagem precisa.

Estrutura e composição das micropipetas


A preparação de uma solução depende da medição precisa de volumes para
obter as concentrações exatas necessárias. Portanto, a escolha da micropipeta
usada pode determinar não apenas a precisão, mas também a
reprodutibilidade dos experimentos.

Existem diversos modelos de micropipetas. Elas podem ser divididas em


micropipetas mecânicas monocanal, multicanal e micropipetas eletrônicas.

MICROPIPETA MONOCANAL

Apenas uma saída para dispensação de líquidos.


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MICROPIPETA MULTICANAL

Diversas saídas para dispensação de líquidos, geralmente com 8 ou 12 canais,


para manuseio em microplaca.

MICROPIPETA ELETRÔNICA

Dispensação automatizada que permite realizar diversas programações.


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CONHEÇA A ESTRUTURA E COMPONENTES


DAS MICROPIPETAS MONOCANAL E
MULTICANAL.
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MICROPIPETAS COM SISTEMA DE


DESLOCAMENTO DE AR
A maioria das micropipetas trabalham a partir de um mesmo princípio. O pistão
que se move para cima ou para baixo, fazendo assim com que o líquido seja
aspirado ou dispensado. Entretanto, dois sistemas podem ser usados: o de
deslocamento de ar ou de deslocamento positivo.

Nas micropipetas com deslocamento de ar, a pipetagem é muito precisa e o


líquido não entra em contato com o pistão. Quando o botão é pressionado, o
pistão dentro do equipamento se move para baixo, deixando o ar sair. A
medida que o pistão se move para cima, cria-se um vácuo no espaço deixado
vago. Assim, o ar deslocado pelo pistão é equivalente ao volume de líquido
aspirado. Grande parte dos laboratórios usam as micropipetas com sistema de
deslocamento de ar.
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Já as micropipetas por deslocamento positivo são usadas apenas para


amostras mais exigentes, como líquidos muito viscosos ou de alta densidade. A
força de aspiração permanece constante, não sendo afetada pelas
propriedades físicas da amostra. Neste sistema, o líquido entra em contato
direto com pistão. O custo desse tipo de pipetagem também costuma ser mais
elevado.

CONFIGURANDO VOLUMES
A unidade de medida utilizada pelas micropipetas é o microlitro (µL). Assim,
elas podem medir volumes muito pequenos, desde 0,2µL até 10.000µL.

O volume do líquido a ser aspirado é configurado utilizando um volúmetro. Para


configurar é preciso girar o botão de pressão até alcançar o volume desejado.
Os dígitos são visualizados no display.
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TRANSFERINDO VOLUMES
Para transferir volumes o operador deve pressionar o êmbolo que move o
pistão em duas posições diferentes.

Primeiro o êmbolo é pressionado até o primeiro estágio, o pistão interno


desloca um volume de ar igual ao volume mostrado no indicador de volume.
Em seguida, deve-se soltar o botão de pressão suavemente (posição superior)
para aspirar ao volume de configuração do líquido.

Para dispensar a amostra é preciso pressionar o botão de pressão suavemente


até o primeiro estágio e, em seguida, pressionar o botão até o segundo estágio,
dispensando assim qualquer resíduo de líquido da ponteira.
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PRÉ-ENXAGUE DAS PONTEIRAS


Alguns líquidos, por exemplo soluções contendo proteínas e solventes
orgânicos, podem deixar uma camada dentro da parede da ponteira. O pré-
enxague minimiza qualquer erro que possa estar relacionado a este processo.

O pré-enxague consiste em aspirar o primeiro volume do líquido e então


descartá-lo. Em seguida, os volumes subsequentes da pipetagem terão níveis
de exatidão e precisão dentro de suas especificações.

Outro fator muito útil é usar ainda as ponteiras de baixa retenção. Elas são
especialmente tratadas e eliminam a retenção de amostras pelo contato com a
superfície interna da ponteira.

POSICIONAMENTO CORRETO
Para a aspiração e dispensação, o posicionamento e velocidade influenciam
muito na precisão e exatidão.
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Mover o êmbolo muito rápido ou muito devagar afetará negativamente o


volume aspirado. A velocidade inconsistente diminuirá a precisão das alíquotas
pipetadas.

Durante a aspiração, a pipeta deve ser mantida na posição vertical e a ponteira


imersa até a profundidade adequada. O usuário deve evitar tocar nas paredes
laterais ou no fundo do recipiente da amostra. (a)

Quando a amostra é dispensada, a ponta deve tocar a parede do recipiente


com um certo ângulo, arrastando-a levemente ao longo da parede. (b)

BOAS PRÁTICAS EM PIPETAGEM


Como já falamos anteriormente, diversos fatores influenciam uma pipetam
precisa. Por isso, as micropipetas devem estar sempre calibradas e mantidas
adequadamente para garantir a confiabilidade dos resultados.
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Porém, um dos pontos mais importantes é a técnica correta e consistente do


usuário. É necessário trabalhar sempre com as melhores práticas em
pipetagem para não afetar a precisão e exatidão dos testes.

Confira o vídeo que preparamos para você com dicas para as melhores
práticas em pipetagem e utilização da sua micropipeta.

Vácuo é criado por movimento vertical de um pistão de metal ou cerâmica


dentro de uma câmara estanque. Isto origina uma pressão negativa no interior
da ponta, levando à aspiração de um determinado volume de liquido. O líquido
é depois dispersado quando o pistão é pressionado de novo.

Estas pipetas têm uma grande precisão e exatidão. No entanto, uma vez que
depende de movimentação de uma massa de ar, estas estão sujeitas a erros
face a variações do ambiente, particularmente a temperatura e a técnica do
operador. Assim, estes aparelhos devem ser cuidadosamente mantidos e
calibrados e os operadores devem ter o treino apropriado para as utilizarem. As
micropipetas devem ser calibradas, pelo menos, a cada seis meses, se
utilizadas regularmente.

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