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Fundação de Ação Social

Diretoria de Proteção Social Básica


Coordenação do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos

Documento Orientador e Padrões de Qualidade do


Serviço de Convivência
e Fortalecimento de Vínculos
para Pessoas Idosas

Curitiba
2016

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FICHA TÉCNICA

2016 - PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA


FUNDAÇÃO DE AÇÃO SOCIAL

Gustavo Fruet
PREFEITO

Marcia Oleskovicz Fruet


PRESIDENTE DA FAS

Jucimeri Isolda Silveira


SUPERINTENDENTE DE PLANEJAMENTO

Simone Camargo Nadolny


SUPERINTENDENTE EXECUTIVA

Ana Luiza Suplicy Gonçalves


DIRETORA DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA

ELABORAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO e INFORMAÇÕES


Fundação de Ação Social (FAS)

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GRUPO DE ELABORAÇÃO

DIRETORIA DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA

Ana Luiza Suplicy Gonçalves (Diretora de Proteção Social Básica)


Maria Vanderléia Garcia Santos (Coordenadora de Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos)
Vânia Laura Bara Araujo Furiatti (Gerente de Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para
Pessoas Idosas)
Lucimara Santos Orlandi (Assistente Social – Coordenação de Apoio a Execução de Projetos e Serviços)

REGIONAL BAIRRO NOVO


Débora Aparecida Mathes (Assistente Social – CRAS Sambaqui)

REGIONAL BOQUEIRÃO
Bruna Carolina Trovão Dias (Gerente de Proteção Social Básica Regional Boqueirão)

REGIONAL CAJURU
Eliane Mara de Luca (Educador Social – CRAS Cajuru)

REGIONAL PORTÃO
Silmara Regina Lenz (Educador Social – CRAS Parolin)
Paulo Vinicius Lusechen (Educador Social – CRAS Guaira)

CENTRO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DIVINA MISERICÓRIA (Representante Não Governamental do Conselho


Municipal de Assistência Social - CMAS)
Anete Giordani – Assistente Social
Emily Luci Buch – Assistente Social

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ÍNDICE

APRESENTAÇÃO........................................................................................................................................5

O QUE É ....................................................................................................................................................6

PARA QUEM?............................................................................................................................................7

PARA QUANTOS?......................................................................................................................................8

ONDE? ......................................................................................................................................................8

COM O QUE? ............................................................................................................................................8

QUANDO?.............................................................................................................................................. 11

COMO? .................................................................................................................................................. 12

MODELO - QUADRO SÍNTESE DOS PERCURSOS .................................................................................... 16

PARA QUE? ............................................................................................................................................ 18

Materiais de referência consultados e recomendados......................................................................... 21

ANEXO I – FORMULÁRIO INDICADORES DE PADRÕES DE QUALIDADE......................................................

PARA EXECUÇÃO DO SCFVI ................................................................................................................... 22

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APRESENTAÇÃO

A elaboração do Documento Orientador e dos Padrões de Qualidade do Serviço de Convivência e


Fortalecimento de Vínculos para Pessoas Idosas – SCFVI é uma ação que compõe o planejamento estratégico
da Diretoria de Proteção Social Básica – DPSB, com o objetivo de qualificar a atuação e das equipes dos CRAS e
subsidiar o monitoramento do serviço.

As primeiras discussões sobre a elaboração deste Documento iniciaram em outubro de 2014. Em


2015, já com uma versão preliminar, foi constituída a Comissão Técnica com objetivo de construir um
documento com características e peculiaridades do SCFVI desenvolvido no Município de Curitiba.

Esta Comissão, coordenada pela equipe técnica responsável pelo SCFVI na Diretoria de Proteção
Social Báscia- DPSB, contou com a participação de Gerentes de Proteção Social Básica, Coordenadores de CRAS,
Técnicos de Nível Superior e Educadores Sociais e representante de Entidade não governamental do Conselho
Municipal de Assistência Social – CMAS, com conhecimento teórico e prático sobre o Serviço.

Após a finalização do Documento Orientador, o mesmo foi enviado aos Núcleos Regionais e à
Superintendência de Planejamento da FAS, para análise.

É importante destacar que foi uma construção coletiva com intensas discussões e reflexões sobre
o Serviço e a sua prática cotidiana, com muito aprendizado para todos os envolvidos, contribuindo para
fortalecer a cultura do diálogo e da mediação.

Com base nas normativas nacionais, alguns aspectos foram aprimorados adaptando-os à
realidade de Curitiba, tais como a periodicidade, possibilidade de atendimento continuado no SCFVI com base
na necessidade e interesse dos usuários e condições do ofertante e planejamento da equipe para oferta deste
Serviço.

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DOCUMENTO ORIENTADOR - PADRÕES DE QUALIDADE

SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS


PARA PESSOAS IDOSAS - SCFVI

O QUE É

O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - SCFV consiste em um serviço complementar


ao trabalho social com famílias – PAIF. É realizado em grupos, organizado a partir de percursos¹ conforme as
especificidades dos ciclos de vida, de modo a garantir aquisições progressivas aos seus usuários e prevenir
ocorrência de situações de risco social.

"Enquanto o PAIF caracteriza-se por ser um serviço que tem por foco o acompanhamento das famílias
que estão em atendimento nos CRAS, o SCFV, por sua vez é voltado para o atendimento dos membros
destas famílias, que estejam vivenciando situações de vulnerabilidade ou de situação de violações de
direitos, os quais precisam ter os vínculos familiares fortalecidos ou reconstruídos". (MDS, 2015,
Perguntas Frequentes – SCFV).

Este Serviço tem foco na segurança de convívio, considerando a importância da dimensão relacional
ao longo dos ciclos de vida. A segurança de convívio supõe a não aceitação de situações de reclusão, de
situações de perda das relações, pois é nas relações que o indivíduo desenvolve suas potencialidades. Prevê
intervenção social planejada, propondo assegurar espaços de convívio e o desenvolvimento de relações de
afetividade e sociabilidade, com a finalidade de valorização da cultura de famílias e comunidade local, pelo
resgate e valorização de suas histórias, promoção de vivências lúdicas, desenvolvimento do sentimento de
pertença e de identidade, visando promover a socialização e o desenvolvimento de habilidades sociais, o
incentivo da participação e convivência familiar e comunitária, a apropriação dos espaços públicos e o
protagonismo no território prevenindo, assim, a vivência ou reincidência de situações de risco.
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Pessoas Idosas – SCFVI tem como foco
contribuir para o processo de envelhecimento ativo e saudável, de autonomia, assegurando espaços de
socialização e orientações acerca dos direitos sociais, promovendo a convivência e o fortalecimento de vínculos
familiar e comunitário, prevenindo assim, a vivência ou reincidência de situações de riscos.

____________________________

¹ Percurso: Ação ou efeito de percorrer. O caminho que se deve fazer. Fonte: http://www.dicio.com.br/percurso/ em 12/02/16.
“... O SCFV é realizado em grupos e as atividades são organizadas considerando um período de tempo para sua execução. Isso
significa que, a partir dos eixos orientadores do serviço (...), o planejamento das atividades a serem executadas junto aos grupos deve
prever início, meio e fim para o seu o seu desenvolvimento, conforme objetivos e estratégias de ação preestabelecidas... Podemos dizer,
então, que o percurso diz respeito aos objetivos a serem alcançados por um grupo, por meio de algumas atividades, no decorrer de um
período determinado.” (Fonte: Perguntas Frequentes - Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) Brasília, 29 de janeiro
de 2016)

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PARA QUEM?

PÚBLICO

É destinado para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Assim sendo, serão inseridas no
SCFVI pessoas em situação de vulnerabilidade social², com Cadastro Único/NIS, vinculados ou encaminhados
pelo CRAS de referência, em especial beneficiários de programas de transferência de renda (PBF e BPC), com
prioridade para as situações previstas na Resolução 01/2013, do Conselho Nacional da Assistência Social, ou
seja:

• Em situação de isolamento por ausência de acesso a serviços e oportunidades de convívio familiar


e comunitário e cujas necessidades, interesses e disponibilidade indiquem a inclusão no Serviço;
• Com vivência de violência e/ou negligência;
• Em situação de acolhimento;
• Em situação de abuso e/ou exploração sexual;
• Em situação de rua;
• Vulnerabilidade que diz respeito às pessoas com deficiência.

Excepcionalmente podem ser incluídas, em caráter protetivo, pessoas que ainda não completaram a
idade definida, mas já enfrentam situações de fragilidade de vínculos, de autonomia ou de falta de acesso a
direitos. É importante, neste caso, que a equipe do PAIF, em articulação com o SCFVI, analise a situação
vivenciada pelo usuário e avalie se a inserção no serviço para pessoas idosas é a melhor forma de garantir as
aquisições das quais necessita, ou se é conveniente incluí-lo em outros grupos do CRAS ou serviços de outras
políticas públicas que melhor atendam as suas necessidades.
O acesso ao Serviço deve ocorrer por encaminhamento do CRAS, por demanda identificada pelo PAIF,
por procura espontânea do usuário, por busca ativa, encaminhamentos da rede socioassistencial ou das demais
políticas públicas e de órgãos do Sistema de Garantia de direitos. Em todas estas situações a equipe do CRAS
avaliará a situação do usuário/família, considerando a necessidade e o interesse de participação no Serviço e
condições como: recursos humanos, materiais e físicos, para atendimento.

___________________________
² “... a delimitação do público a que se destina a Proteção Social Básica caracteriza dois grupos que estariam em situação de

vulnerabilidade social: aqueles que estão em condições precárias ou privados de renda e sem acesso aos serviços públicos (dimensão
material da vulnerabilidade) e aqueles cujas características sociais e culturais (diferenças) são desvalorizadas ou discriminadas
negativamente (dimensão relacional da vulnerabilidade)” (Concepção de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, 2013).

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PARA QUANTOS?

Número de pessoas idosas participantes nos Grupos do SCFVI:


• No mínimo 10 participantes e, no máximo, 30 com flexibilidade conforme as condições de espaço
físico, recursos humanos e demanda de usuários.
• Quando a demanda de usuários for maior do que 30 pessoas idosas, o ideal é constituir dois
grupos. Deverá ser considerada, entre outros aspectos, a demanda dos usuários, a disponibilidade
de equipe técnica e de espaço físico para a oferta do Serviço. ( Orientações Técnicas SCFVI – Versão
Preliminar – MDS, 2012).

“Os grupos devem ter, no máximo, 30 participantes sob a responsabilidade de um educador social. É
importante ressaltar que o tamanho do grupo poderá variar conforme o perfil dos participantes, ou seja,
deve-se levar em conta a complexidade das vulnerabilidades vivenciadas pelos indivíduos que compõem
o grupo e, ainda, as estratégias de intervenção que serão adotadas.”(Perguntas Frequentes – SCFV MDS
– Março/2015).

ONDE?

RECURSOS FÍSICOS
O SCFVI pode ser desenvolvido pelas equipes do CRAS ou das entidades sociassistenciais.
As bases físicas para execução do SCFVI podem ser nos CRAS, unidades próprias, espaços cedidos pela
rede local (serviço este vinculado ao CRAS de referência no território) e entidades socioassistenciais. Estes
espaços devem ser compatíveis com a quantidade de usuários que participarão das atividades ofertadas no
local e conter:
• Salas de atividades coletivas e comunitárias;
• Sala de atendimento individualizado ao usuário e à família;

Devem ter adequadas instalações sanitárias, de iluminação, ventilação, conservação, salubridade,


limpeza e acessibilidade em todos os seus ambientes.
Obs: O uso de outros espaços e equipamentos em diferentes locais da comunidade deve preceder de
planejamento, que pressupõe negociação e articulação intersetorial e com a rede local.

COM O QUE?

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RECURSOS MATERIAIS
• Materiais de consumo: devem ser de qualidade e em quantidade suficientes para o apoio no
desenvolvimento das atividades previstas no SCFVI;
• Materiais permanentes: devem ser em quantidade e qualidade suficientes para a execução do
serviço, compatíveis com a faixa etária dos participantes;
• Lanches para os participantes do serviço: devem ser em quantidade e qualidade suficientes para
atender a todos, de acordo com as normativas da Vigilância Sanitária.

RECURSOS HUMANOS
A Equipe de Referência deve ser composta por:
• Técnico de Referência;
• Orientador/Educador Social;
• Facilitador de Oficinas (contratação opcional).

Com as seguintes atribuições:


Técnico de Referência: profissional com formação de nível superior, de acordo com a Resolução nº
17/2011- CNAS, que integra a equipe do CRAS para ser referência no SCFVI. Compete a ele:
• Responsabilizar-se tecnicamente pela oferta do SCFVI, conforme diretrizes nacionais para este
Serviço;
• Participar da definição dos critérios de inserção das pessoas idosas no SCFVI, e encaminhar os
usuários ao Serviço, quando necessário;
• Atuar no Planejamento, no monitoramento e avaliação do SCFVI junto com o Orientador/Educador
Social, assessorando-o tecnicamente nos temas relativos aos eixos orientadores, nas orientações
técnicas, bem como no desligamento de usuários do Serviço;
• Assessorar as unidades executoras do SCFVI no território;
• Conhecer as situações de vulnerabilidade e risco social e as potencialidades das famílias do
território de abrangência do CRAS;
• Acompanhar as famílias dos usuários que frequentam o serviço e apresentem situações de
vulnerabilidade que requerem a proteção da assistência social;
• Desenvolver atividades com as famílias dos usuários do Serviço, quando necessário;
• Realizar o referenciamento ou contrarreferenciamento para serviços, programas e projetos
socioassistenciais e de serviços de outras políticas públicas;
• Recolher e analisar mensalmente os registros de freqüência dos usuários do serviço e demais
informações prestadas;
• Manter registro do planejamento do SCFVI no CRAS;

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• Manter registro para inserção das informações do Sistema de Informações do Serviço de
Convivência e Fortalecimento de Vínculo – SISC;
• Registrar as ações desenvolvidas com as pessoas idosas e suas famílias;
• Divulgar o SCFVI no território;
• Articular ações que potencializem as boas experiências no território de abrangência do CRAS;
• Avaliar, junto às famílias, os resultados e impactos do SCFVI.

Orientador/Educador Social: profissional com formação mínima de nível médio, com atuação
constante junto aos grupos, responsável pela execução do SCFVI e pela criação de um ambiente de convivência
participativo e democrático. Compete a ele:
• Desenvolver atividades socioeducativas, de convivência e de socialização visando à atenção, defesa
e garantia de direitos e proteção dos usuários do SCFVI em situações de vulnerabilidade e/ou risco
social e pessoal;
• Acompanhar as atividades desenvolvidas pelos facilitadores de oficinas;
• Atuar como referência para as pessoas idosas e para os demais profissionais que desenvolvem
atividades com os grupos sob sua responsabilidade;
• Mediar os processos grupais do serviço, sob orientação técnica;
• Participar de atividades de planejamento, sistematização e avaliação do Serviço, juntamente com
os demais profissionais envolvidos no Serviço;
• Participar de atividades de capacitação da equipe de trabalho responsável pela execução do
Serviço;
• Organizar e facilitar situações estruturadas de aprendizagem e de convívio social, explorando e
desenvolvendo temas transversais e conteúdos previstos no percurso;
• Desenvolver oficinas culturais, artísticas, e recreativas, adequadas à faixa etária, em caso de
habilidade para tal;
• Registrar a frequência dos participantes, e as ações desenvolvidas e demais informações
pertinentes sobre a execução do SCFVI, para encaminhamento mensal ao Técnico de Referência do
CRAS;
• Informar ao Técnico de Referência a identificação de situações que podem afetar a participação do
usuário no Serviço sinalizando uma necessidade de acompanhamento técnico (mudanças bruscas
de atitudes, sinais de violência ou negligência, ausências não justificadas, etc.);
• Identificar o perfil do usuário e acompanhar a sua evolução nas atividades desenvolvidas;
• Manter o registro das informações sobre a execução do Serviço.

Facilitador de Oficinas: função exercida por profissional com formação mínima de nível médio, responsável
pela realização de oficinas culturais, artísticas e recreativas.

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Compete a ele:
• Desenvolver, organizar e coordenar atividades culturais, artísticas e recreativas adequadas à faixa
etária, objetivando promover e qualificar o convívio social e comunitário;
• Participar de atividades de capacitação da equipe de trabalho responsável pela execução do
Serviço;
• Participar de atividades de planejamento, sistematização e avaliação do Serviço, juntamente com a
equipe de trabalho, sempre que possível ou necessário.

"Este profissional é de contratação opcional (não obrigatória) sendo que suas funções poderão ser
acumuladas pelo Orientador/Educador Social, desde que garantida à oferta com qualidade do Serviço.
Para esta função pode-se buscar profissional de outra política pública, de instituição conveniada,
estagiários, voluntários ou ainda um dos usuários do SCFVI, desde que seja uma atividade compatível
com suas habilidades e com a proposta do SCFVI. Os profissionais que atuam neste Serviço devem
participar anualmente de capacitação com temas relacionados ao SCFVI." (Serviço de Convivência e
Fortalecimentos de Vínculos para Pessoas Idosas – Orientações Técnicas – Versão Preliminar, MDS)

Na equipe de referência das entidades sociais, além da obrigatoriedade do Orientador/ Educador


Social, recomenda-se:
• Profissional de nível superior de acordo com a Resolução 17/2011 - CNAS, preferencialmente assistente social,
psicólogo, pedagogo, Terapeuta Ocupacional ou musicoterapeuta, que integre a equipe para o
desenvolvimento das atividades do SCFVI;
• A contratação de profissional de nível superior do SUAS, embora não seja obrigatória para a execução, qualifica
o Serviço.

Compete a este profissional:


• Atuar como responsável técnico pelo planejamento, monitoramento e avaliação do trabalho
realizado pelo Orientador/Educador Social e Facilitadores de Oficinas junto aos grupos;
• Comunicar e encaminhar as situações identificadas junto aos usuários que demandem de
intervenção da equipe do CRAS de referência junto às famílias;
• Controlar, atestar e encaminhar ao Técnico de Referência do CRAS as informações e frequências
mensais do público atendido;
• Organizar e participar de atividades de capacitação para a equipe sob sua responsabilidade.

QUANDO?

PERIODICIDADE

No mínimo 4 horas semanais.

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Excepcionalmente poderá ser executado quinzenalmente, cabendo a equipe técnica realizar a
avaliação, conforme especificidades do grupo, necessidade dos usuários, condições/recursos para execução do
serviço.
• O SCFVI tem caráter continuado e ininterrupto, não prevendo férias ou recessos em sua execução.
• As atividades deverão ser realizadas em dias úteis, podendo ser também em feriados ou finais de
semana, em horários programados, de acordo com a demanda existente no município, com
acompanhamento da equipe do SCFVI.

COMO?

O SCFVI é realizado em grupos, organizado a partir de percursos, com atividades planejadas


considerando um determinado período de tempo. Isso significa que as atividades a serem executadas junto aos
grupos devem prever início, meio e fim para o seu desenvolvimento, conforme objetivos e estratégias de ação
preestabelecidas.
Os percursos do SCFVI são planejados para compor um ciclo, com duração de um ano podendo ser
realizados projetos com duração diferentes e um conjunto de atividades articuladas, de acordo com as
temáticas pertinentes com as vivências dos usuários e com eles debatidas, bem como em consonância com os
eixos orientadores do Serviço. Assim, as atividades organizadas a partir de percursos podem ser desenvolvidas
também ao longo de um semestre, um trimestre, ou durante período definido pela equipe de profissionais do
SCFVI.
Na fase de planejamento das atividades, devem ser identificadas as demandas de cada grupo em
específico, e quais atividades serão desenvolvidas para que determinados objetivos sejam alcançados. Também
deve ser estipulado um cronograma para a execução das atividades do grupo, com prazo de finalização. O final
do percurso pode estar associado ou não ao fim do grupo, a depender da situação. Ressalta-se que o grupo
tem autonomia para continuar se reunindo e que os encontros, independente dos percursos propostos, por si
só, fortalecem a convivência e previnem situações de risco.
Após a conclusão de cada ciclo dos percursos, caberá à equipe do SCFVI avaliar se há necessidade de
manutenção dos grupos no Serviço. Constatada a necessidade, a equipe deverá propor novo ciclo, elaborando
novos percursos e temáticas a partir das demandas identificadas no território ou apresentadas pelos usuários.
Paralelamente à participação dos usuários nos percursos, a pessoa idosa poderá participar de variadas
atividades do SCFVI, quando disponível pelo ofertante do Serviço.
As oficinas, os eventos, os passeios, palestras e confraternizações eventuais, por si só não constituem
o SCFVI, mas são estratégias para promover a convivência. A escolha das oficinas a serem ofertadas como
atividades do SCFVI não são aleatórias, devem dialogar com os objetivos do SCFV e com as vivências e
interesses dos usuários.

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DESLIGAMENTO DO SCFV

A saída da pessoa idosa no SCFV poderá ocorrer durante o andamento do grupo, em razão de
mudança de endereço, inserção em outros serviços ou atividades, desistência espontânea entre outros. Essa
situação deverá ser acompanhada pela equipe técnica para compreender os motivos que levaram à desistência
da participação e, assim, avaliar a decisão da pessoa idosa e suas demandas, que poderão ensejar a inserção
em outro serviço, além de possibilitar obter retorno sobre o trabalho realizado.
É possível que a saída da pessoa idosa gere uma demanda de acompanhamento pela equipe do PAIF
ou PAEFI, caso o motivo de sua saída esteja relacionado ao agravamento da situação de vulnerabilidade ou
risco. Assim, as equipes de ambos os Serviços devem prever fluxos de comunicação e encaminhamento deste
tipo de situação. Há necessidade de observar para que esse desligamento não gere isolamento ou exclusão
social

PERCURSOS INTERGERACIONAIS
Tem-se um percurso intergeracional no Serviço quando se planeja um grupo constituído por usuários
de ciclos de vida diferentes para estarem juntos durante um período. Para a organização de um percurso
intergeracional, é necessário ouvir as expectativas de todos os participantes, considerando suas diferentes
habilidades, necessidades e linguagens. É importante saber administrar diversas motivações, aptidões e
possíveis conflitos, já que se trata de um grupo heterogêneo. Um recurso interessante é construir um projeto
em comum, para ser executado de forma colaborativa.
É importante ressaltar que esta opção deve ser adotada em situações excepcionais, quando houver
poucos usuários para a formação de grupo com usuários de faixa etária aproximada. Porém, sempre deve ser
dada preferência para a organização de grupos com faixas etárias similares.

ATIVIDADES INTERGERACIONAIS
São momentos pontuais, planejados para promover a integração entre os usuários dos diversos ciclos
de vida que participam do Serviço. Por ser um momento para articular variadas ações coletivas, recomenda-se
que as atividades intergeracionais ocorram com certa regularidade, dependendo de como o serviço está
organizado.

TRAÇADO METODOLÓGICO

Para alcançar sua finalidade, o SCFVI deverá ser organizado em grupos conforme perfil para este
Serviço, com carga horária definida, planejamento e execução baseada nos seguintes eixos e temas:

EIXOS ESTRUTURANTES
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Com o objetivo de nortear a proposta metodologica do SCFVI, é proposto que este seja desenvolvido
com base em três eixos estruturantes:
1. Convivência Social e Intergeracionalidade;
2. Envelhecimento Ativo e Saudável;
3. Autonomia e Protagonismo.

1. Convivência Social e Intergeracionalidade

Este eixo agrega elementos ao longo do Serviço que visam o desenvolvimento de sociabilidades, que
estimulem vivências coletivas, o estar em grupo, a relação com o outro, oportunizam a convivência
intergeracional, de modo a fortalecer os vínculos familiares e comunitários e prevenir riscos sociais como a
segregação e o isolamento. Tem importância central para o Serviço, pois serve de base para todas as atividades
a serem desenvolvidas. É voltado ao fortalecimento de vínculos relacionais e de pertencimento. Neste eixo são
abordados aspectos relativos às contradições e aos conflitos presentes na dimensão relacional de convivência
familiar e comunitária, e como estes interferem nos vínculos que os cercam. Faz referência a processos de
integração e autonomia, com foco especial no fortalecimento da capacidade protetiva da família, em suas
relações, na convivência comunitária e nos vínculos sociais.

2. Envelhecimento Ativo e Saudável

Este eixo traduz a concepção do direito ao envelhecimento com dignidade, ativo e saudável. Tem como
objetivo a realização de atividades que abordem o processo de envelhecimento, as perdas e os ganhos
advindos com a idade.

3. Autonomia e Protagonismo

Este eixo objetiva fortalecer o processo de autonomia e independência da pessoa idosa e seu protagonismo
social. Prevê a realização de atividades que potencializem sua capacidade pessoal de produção, de escolha e
decisão, valorizando experiências de independência, fortalecendo a autoestima, a identidade, o sentimento de
liberdade, a sensação de domínio e controle da própria vida, bem como a capacidade de resiliência diante das
adversidades próprias deste ciclo de vida. Neste eixo deve ser abordado o protagonismo e a participação social
das pessoas idosas, com ênfase na participação de sua geração para a construção da sociedade atual e nas
possibilidades presentes e futuras de contribuição social da pessoa idosa.

TEMAS TRANSVERSAIS

Além dos Eixos Estruturantes propostos, sugerem-se alguns Temas Transversais a serem trabalhados com os
grupos em atividades planejadas, de acordo com os objetivos do Serviço:

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1. Envelhecimento e Direitos Humanos e Socioassistenciais;
2. Envelhecimento Ativo e Saudável;
3. Memória, Arte e Cultura;
4. Pessoa Idosa, Família e Gênero;
5. Envelhecimento e Participação Social;
6. Envelhecimento e Temas da Atualidade.

PERCURSOS

No SCFVI os percursos foram organizados para compor um ciclo com duração de um ano. Estão baseados nos
Eixos Estruturantes, que orientam o desenvolvimento dos Temas Transversais. Sugestões de percursos:

1. Percurso I - objetivo: constituir o grupo.


2. Percurso II - objetivo: reflexão sobre ser pessoa idosa, envelhecimento e relação familiar.
3. Percurso III - objetivo: refletir sobre a comunidade e a contribuição social da pessoa idosa.
4. Percurso IV - objetivo: exercitar capacidades criativas, participação social e construção de
projetos pessoais e coletivos.
5. Percurso V - objetivo: encerrar o ciclo e criar possibilidades de outros encontros entre os
participantes.

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MODELO - QUADRO SÍNTESE DOS PERCURSOS
As orientações detalhadas constam no desenvolvimento dos percursos no Caderno de Orientações
Técnicas sobre o SCFV para Idosos, Versão Preliminar, MDS/SNAS, 2012.

PERCURSOS
INICIO DESENVOLVIMENTO FIM
PERCURSO I PERCURSO II PERCURSO III PERCURSO IV PERCURSO V
O GRUPO CRIOU O GRUPO OLHOU O O GRUPO REINVENTOU SUA
O GRUPO SE VIU! E O GRUPO VOOU...
VIDA MUNDO! CASA
Refletir sobre SER Refletir sobre a Exercitar capacidades
Iniciar o ciclo no idoso, comunidade e a criativas, participação social Encerrar o ciclo no
OBJETIVOS
Grupo envelhecimento e contribuição social do e construção de projetos grupo¹
relação familiar idoso pessoais e coletivos.
Faço parte do
O idoso e as instâncias de Como continuarei
Como é ser idoso envelhecimento
ENCONTRO I Acolhida participação e controle com o grupo?
hoje? Parte I populacional? O que
social. Parte I
isso quer dizer?
Respeito e valorização da Como continuarei
Definindo regras Como é ser idoso O lugar onde moro.
ENCONTRO II pessoa: prevenção à com o grupo?
e acordos hoje? Parte II Parte I
violência. Parte I Parte II

Conhecendo as Respeito e valorização da Como continuarei


Envelheço com O lugar onde moro.
ENCONTRO III expectativas do pessoa: prevenção à com o grupo?
quem? Parte I Parte II
grupo violência. Parte II Parte III
Explorando as A contribuição dos
Envelheço com O que aprendi no
ENCONTRO IV expectativas do idosos na construção da A luta por outros direitos.
quem? Parte II grupo.
grupo comunidade.
Os direitos e
Planejando as
deveres do Participação do idoso na O que levarei
ENCONTRO V atividades. Parte O trabalho do idoso.
cidadão idoso. comunidade. Parte I comigo?
I
Parte I
Os direitos e
Planejando as
deveres do Participação do idoso na O que o Serviço tem
ENCONTRO VI atividades Parte Vida e memória.
cidadão idoso. comunidade. Parte II a dizer para o idoso?
II
Parte II
Planejando as Memória e diversidade
Uma vida ativa e A contribuição do idoso na ENCERRAMENTO
ENCONTRO VII atividades Parte cultural: expressão dos
saudável. Parte I família. Parte I. Percurso V.
III povos.
Idoso é cultura:
valorização da memória
ENCONTRO ENCERRAMENTO Uma vida ativa e A contribuição do idoso na
e de expressões
VIII Percurso I saudável. Parte II família. Parte II.
artísticas e culturais dos
idosos.
As possibilidades da Olhando para o futuro: o
ENCERRAMENTO
ENCONTRO IX geração atual de idosos. que gostaria de criar/ser.
Percurso II
Parte I Parte I

As possibilidades da Olhando para o futuro: o


ENCONTRO X geração atual de idosos. que gostaria de criar/ser.
Parte II Parte II

ENCERRAMENTO ENCERRAMENTO Percurso


ENCONTRO XI
Percurso III IV

Fonte: Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para pessoas Idosas – orientações Técnicas – Versão Preliminar – MDS 2012

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¹ Após a conclusão de cada ciclo (composto por percursos),caberá a equipe do SCFVI avaliar se há necessidade de manutenção dos grupos.

Sendo necessário, a equipe deverá propor novo ciclo, elaborando novos percursos e temáticas a partir das demandas identificadas no
território ou apresentadas pelos usuários.

Desta maneira, o SCFVI compreende:

1. Encontros regulares, semanais de 4 horas de duração. Estes encontros são constituídos por atividades
reflexivas e vivenciais, as quais são essenciais à execução do SCFVI. As atividades a serem desenvolvidas estão
propostas no ciclo organizado em percursos, devendo ser planejadas e avaliadas de forma continua, sempre
que possível com a participação da pessoa idosa.

1.1. Atividades de convívio: que consistem em momentos livres, culturais, artísticos e de lazer que visam à
interação social das pessoas idosas e destas com a comunidade e o desenvolvimento de práticas de vida
saudável.

1.2. Oficinas que aprofundem os temas transversais, preferencialmente de maneira prática, a serem realizadas
nos encontros regulares.

OBS: É importante para o desenvolvimento do Serviço, que as ações sejam planejadas, avaliadas de forma
contínua e processual e que sejam desenvolvidos instrumentos de registro que permitam sistematização das
atividades.

As atividades desenvolvidas nos grupos de convivência devem ser desafiadoras, com o objetivo de
orientar, estimular e promover o desenvolvimento de habilidades, aquisições e potencialidades de forma
progressiva. Deve-se romper com ações pontuais, não planejadas e sem definição de objetivos claros, para que
o serviço se consolide com atividades continuadas e ininterruptas, em consonância com as diretrizes nacionais.

Os usuários encaminhados ao SCFVI apresentam vulnerabilidades relacionadas à fragilização dos


vínculos. A sua participação nos grupos de convivência tem o objetivo de impedir que a vulnerabilidade possa
vir a se tornar uma situação de risco. Para alcançá-lo, é preciso mais que uma tarde ou uma manhã de palestras
ou de confecção de artesanato. Nesse sentido, bailes, festas, atividades físicas, confecção e exposição de
artesanato, passeios e palestras não caracterizam, por si só, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de
Vínculos. Todavia, essas atividades podem ser desenvolvidas como meio para promover a convivência, a partir
de uma perspectiva mais ampla do trabalho social com os participantes. Sendo assim, o SCFVI deve
desenvolver:

1. Atividades que promovam:

• Sentimento de pertença e de identidade. Ex: Atividades de acolhida que possibilitem o “falar de


si” e conhecer os outros, identificar potencialidades e limitações pessoais.

17
• Participação cidadã. Ex: Conhecimento de direitos e deveres, conhecimento das lideranças da
comunidade, de espaços de participação e discussões referentes a temas da atualidade.
• Socialização e convívio. Ex: Participação em eventos sociais, culturais, visitas, comemorações e
ações solidárias.
• Valorização da cultura da família e comunidade. Ex: Atividades de contação de história das
famílias, da comunidade, de costumes regionais, visitas na comunidade.

2. Encontros que contemplem:

• Escuta;
• Valorização/reconhecimento;
• Exercício de escolhas;
• Tomada de decisão própria e do grupo;
• Experiências de diálogo na resolução de conflitos e divergências;
• Reconhecimento de limites e possibilidades das situações vividas;
• Experiência de escolher e decidir coletivamente;
• Experiência de aprender e ensinar coletivamente;
• Experiência de reconhecer e nominar suas emoções nas situações vividas;
• Experiências de reconhecer e respeitar diferenças;
• Exercício do potencial de resiliência de cada um.

PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO

• Garantia de, no mínimo, 10% da carga horária mensal para reuniões periódicas da equipe para
avaliação e planejamento dos serviços.
• Garantia de, no mínimo, 10% da carga horária semanal para planejamento e organização das
atividades dos educadores/orientadores.

PARA QUE?

1. Objetivos

• Contribuir para um processo de envelhecimento ativo, saudável e autônomo;


• Assegurar espaço de encontro para os idosos e encontros intergeracionais de modo a promover a
sua convivência e fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários;
• Detectar necessidades e motivações e desenvolver potencialidades e capacidades para novos
projetos de vida;

18
• Propiciar vivências que valorizam as experiências e que estimulem e potencializem a condição de
escolher e decidir, contribuindo para o desenvolvimento da autonomia e protagonismo social dos
usuários;
• Promover ações que possibilitem o desenvolvimento da resiliência, como importante fator de
proteção frente ao processo de envelhecimento;
• Prevenir situações de risco como o isolamento, a institucionalização, o confinamento, o abandono,
entre outras.

2. Aquisições dos usuários

Aos idosos participantes do SCFVI, deve-se assegurar:

Segurança de Acolhida
• Ter acolhidas suas demandas, interesses, necessidades e potencialidades;
• Receber orientações e encaminhamentos com o objetivo de aumentar o acesso a benefícios
socioassistenciais e programas de transferência de renda, bem como aos demais direitos sociais,
civis e políticos;
• Ter acesso à ambiência acolhedora.

Segurança de Convívio Familiar e Comunitário


• Vivenciar experiências que contribuam para o fortalecimento de vínculos familiares e
comunitários;
• Vivenciar experiências que possibilitem meios e oportunidades de conhecer o território e (re)
significá-lo, de acordo com seus recursos e potencialidades;
• Oportunizar acesso a serviços, conforme demandas e necessidades;
• Ter ampliada a capacidade protetiva da família e a superação de suas dificuldades de convívio.

Segurança de Desenvolvimento da Autonomia


• Vivenciar experiências pautadas pelo respeito a si próprio e aos outros, fundamentadas em
princípios éticos de justiça e cidadania;
• Vivenciar experiências que possibilitem o desenvolvimento de potencialidades e ampliação do
universo informacional e cultural;
• Vivenciar experiências potencializadoras da participação social, tais como espaços de livre
expressão de opiniões, de reivindicação e avaliação das ações ofertadas, bem como de espaços de
estímulo para a participação em fóruns, conselhos, movimentos sociais, organizações
comunitárias, Audiências Públicas e outros espaços de organização social;
• Vivenciar experiências que contribuam para a construção de projetos individuais e coletivos,
desenvolvimento da autoestima, autonomia e sustentabilidade;

19
• Vivenciar experiências de fortalecimento e extensão da cidadania;
• Vivenciar experiências para relacionar-se e conviver em grupo, administrar conflitos por meio do
diálogo, compartilhando outros modos de pensar, agir, atuar;
• Vivenciar experiências que possibilitem lidar de forma construtiva com potencialidades e limites;
• Vivenciar experiências de desenvolvimento de projetos sociais e culturais no território;
• Ter acesso a informações sobre direitos sociais, civis e políticos e condições sobre o seu usufruto;
• Ter ampliado o acesso a atividades de lazer, esporte e manifestações artísticas e culturais do
território e da cidade;
• Oportunizar acesso a benefícios socioassistenciais e programas de transferência de renda;
• Poder avaliar as atenções recebidas, expressar opiniões e reivindicações;
• Ter oportunidades de escolha e tomada de decisão;
• Apresentar níveis de satisfação em relação ao Serviço.

3. Impacto esperado

• Prevenção da ocorrência e reincidência de situações de risco social;


• Aumento de acessos a serviços socioassistenciais e setoriais;
• Ampliação do acesso aos direitos socioassistenciais;
• Melhoria nas relações familiares e comunitária;
• Redução da ocorrência de situações de vulnerabilidade social no território.

20
Materiais de referência consultados e recomendados

- Conselho Nacional da Assistência Social. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais – Resolução CNAS
nº 109 de 11/11/2009. Brasília: CNAS/2009.

- Conselho Nacional da Assistência Social. Reordenamento do Serviço de Convivência e Fortalecimento de


Vínculos – SCFV – Resolução CNAS nº 01 de XX/XX/2013. Brasília: CNAS/2013.

Resolução CNAS nº 014/2014, que dispõe sobre a inscrição das entidades ou organizações de Assistência Social,
bem como dos serviços, programas e benefícios socioassistenciais nos Conselhos de Assistência Social.

Resolução do CMAS nº 33/2011, que define os critérios para a inscrição das entidades e organizações de
Assistência Social, bem como dos serviços, programas e projetos e benefícios socioassistenciais no Conselho Municipal de
Assistência Social de Curitiba e dá outras providências.

Resolução TCE – PR nº 28/2011, que dispõe sobre a formalização, a execução, a fiscalização e a prestação de
contas das transferências de recursos financeiros e demais repasses no âmbito estadual e municipal, institui o Sistema
Integrado de Transferências - SIT e dá outras providências.

Decreto do Município de Curitiba nº 1.100/2014, que altera o Regulamento de Contratos, Convênios, Acordos e
outros ajustes, para órgãos e entidades da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Município de
Curitiba, aprovado pelo Decreto Municipal n.º 1.644, de 17 de dezembro de 2009.

Decreto Governo Federal nº 5.296/2004, dispõe sobre normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

Caderno de Orientações Técnicas sobre o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Pessoas
Idosas – Versão Preliminar MDS/SNAS, 2012.

Perguntas Frequentes - Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (versão de 23 Março de 2015),


MDS.

Perguntas Frequentes - Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (versão de 29 janeiro de 2016),


MDS

ABNT – NBR 9050/2004, que dispõe sobre edificações, mobiliários e espaços e equipamentos.

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ANEXO I – FORMULÁRIO PADRÕES DE QUALIDADE

PARA EXECUÇÃO DO SCFVI

22
PADRÕES DE QUALIDADE PARA SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E
FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS - SCFV

SCFV Idoso

CLASSIFICAÇÃO DOS QUANTO AOS


INDICADORES INDICADORES

Complementar
Recomendado
Obrigatório
Indicadores / Critérios

Não atende
Atende

Parcial
Aspectos jurídico/legais

A documentação apresentada está de acordo com a Resolução nº


90/2016 do CMAS (critérios de inscrição no CMAS)

Infraestrutura e espaços

São observados aspectos de acessibilidade

A entidade possui espaço para recepção

A entidade possui salas de atividades coletivas compatível com o


número de grupos atendidos
As salas de atividades coletivas são de tamanho compatível com o
número de pessoas idosas atendidas (mínimo 1 m² por pessoa)

A entidade possui sala para atendimento individualizado

A entidade possui espaços para atividades ao ar livre

Possui mobiliário nas salas de atendimento coletivo compatível com o


serviço oferecido (mesas, cadeiras, armários)
Possui materiais de apoio em quantidade e qualidade suficientes para
o desenvolvimento de atividades lúdicas (nova redação)
Oferece lanches para os participantes, em quantidade e qualidade
suficiente para atender a todos, de acordo com as normativas da
vigilância sanitária

Recursos Humanos

Possui orientador/educador social em número compatível com o


número de de pessoas idosas atendidas (no mínimo 01 profissional
para cada 30 participantes no máximo)
Possui profissional de nível superior (profissional do SUAS) para
atender a especificidade do serviço

Possui facilitador em número compatível com as oficinas ofertadas

Os profissionais participam de capacitações no mínimo anualmente


PADRÕES DE QUALIDADE PARA SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E
FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS - SCFV

SCFV Idoso

CLASSIFICAÇÃO DOS QUANTO AOS


INDICADORES INDICADORES

Complementar
Recomendado
Obrigatório
Indicadores / Critérios

Não atende
Atende

Parcial
Público

Os participantes do SCFV são referenciados ao CRAS/CREAS

50% dos participantes do SCFV integram o público prioritário da


assistência social (Resolução nº 01/2013 do CNAS)

Execução

O planejamento é realizado sob supervisão do técnico de referência do


CRAS
Repassa bimestralmente o relatório das atividades desenvolvidas para
o CRAS de referência
A instituição aciona o CRAS ou CREAS de referência, quando seus
profissionais (orientador /educador social e facilitador) identificam
alguma situação (vulnerabilidade ou risco) que nessite
acompanhamento diferenciado ao usuário e família

A entidade conhece e se articula com a rede socioassistencial

Os grupos são atendidos de forma continuada e ininterrupta

Há registro de participação

Os grupos são formados entre 10 e 30 participantes

As atividades desenvolvidas contemplam acolhida

As atividades desenvolvidas contemplam atividades complementares


como: lazer, arte, cultura, entre outras
As atividades desenvolvidas contemplam roda de conversas e
momentos de reflexão

As atividades desenvolvidas contemplam atividades externas

São desenvolvidos temas que contribuem para prevenção de riscos


pessoais e/ou sociais, levando-se em consideração as características
do território
O cronograma de atividades mensais fica em local público de fácil
acesso

Promove ações intergeracionais

As ações planejadas foram executadas


PADRÕES DE QUALIDADE PARA SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E
FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS - SCFV

SCFV Idoso

CLASSIFICAÇÃO DOS QUANTO AOS


INDICADORES INDICADORES

Complementar
Recomendado
Obrigatório
Indicadores / Critérios

Não atende
Atende

Parcial
Planejamento e avaliação

A entidade apresentou Planejamento de Atividades compatível com a


Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (MDS, 2009) e
Orientações Técnicas para SCFV para a faixa etária atendida (MDS)

Há previsão de carga horária semanal para planejamento das


atividades a serem executadas (no mínimo 10% da carga horária
mensal para reuniões periódicas da equipe para avaliação e
planejamento dos serviços, e no mínimo 10% da carga horária
semanal para planejamento e organização das atividades dos
educadores/orientadores)
Há espaço de participação do público atendido no planejamento das
atividades

Periodicidade

4 horas semanais, em caráter continuado e ininterrupto, não prevendo


férias ou recesso em sua execução.
Obs: excepcionalmente poderá ser executado quinzenalmente,
cabendo a equipe técnica realizar a avaliação, conforme
especificidades do grupo, necessidade dos usuários,
condições/recursos para execução do serviço

Legenda:

Obrigatório: item que caracteriza o serviço como tal, sendo portanto indispensável.

Recomendado: como o próprio nome define, este item tem que ser cumprido. O fato de não ser atendido não invalida o serviço ofertado, mas o
item recomendado não cumprido obrigatoriamente deve compor o plano de adequações do serviço, a ser elaborado de forma conjunta com a
organização da sociedade civil que presta o serviço.

Complementar: os itens classificados como complementares qualificam o serviço prestado, mas não invalidam o serviço nem geram plano de
adequações quando não atendidos.

Quando o pedido de inscrição da Entidade no CMAS for autorizativo, os itens que constam como obrigatórios nos padrões de qualidade
deverão estar previstos no plano de ação.

impresso em: 06/05/2020

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