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Curitiba
2016
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FICHA TÉCNICA
Gustavo Fruet
PREFEITO
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GRUPO DE ELABORAÇÃO
REGIONAL BOQUEIRÃO
Bruna Carolina Trovão Dias (Gerente de Proteção Social Básica Regional Boqueirão)
REGIONAL CAJURU
Eliane Mara de Luca (Educador Social – CRAS Cajuru)
REGIONAL PORTÃO
Silmara Regina Lenz (Educador Social – CRAS Parolin)
Paulo Vinicius Lusechen (Educador Social – CRAS Guaira)
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ÍNDICE
APRESENTAÇÃO........................................................................................................................................5
O QUE É ....................................................................................................................................................6
PARA QUEM?............................................................................................................................................7
PARA QUANTOS?......................................................................................................................................8
ONDE? ......................................................................................................................................................8
QUANDO?.............................................................................................................................................. 11
COMO? .................................................................................................................................................. 12
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APRESENTAÇÃO
Esta Comissão, coordenada pela equipe técnica responsável pelo SCFVI na Diretoria de Proteção
Social Báscia- DPSB, contou com a participação de Gerentes de Proteção Social Básica, Coordenadores de CRAS,
Técnicos de Nível Superior e Educadores Sociais e representante de Entidade não governamental do Conselho
Municipal de Assistência Social – CMAS, com conhecimento teórico e prático sobre o Serviço.
Após a finalização do Documento Orientador, o mesmo foi enviado aos Núcleos Regionais e à
Superintendência de Planejamento da FAS, para análise.
É importante destacar que foi uma construção coletiva com intensas discussões e reflexões sobre
o Serviço e a sua prática cotidiana, com muito aprendizado para todos os envolvidos, contribuindo para
fortalecer a cultura do diálogo e da mediação.
Com base nas normativas nacionais, alguns aspectos foram aprimorados adaptando-os à
realidade de Curitiba, tais como a periodicidade, possibilidade de atendimento continuado no SCFVI com base
na necessidade e interesse dos usuários e condições do ofertante e planejamento da equipe para oferta deste
Serviço.
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DOCUMENTO ORIENTADOR - PADRÕES DE QUALIDADE
O QUE É
"Enquanto o PAIF caracteriza-se por ser um serviço que tem por foco o acompanhamento das famílias
que estão em atendimento nos CRAS, o SCFV, por sua vez é voltado para o atendimento dos membros
destas famílias, que estejam vivenciando situações de vulnerabilidade ou de situação de violações de
direitos, os quais precisam ter os vínculos familiares fortalecidos ou reconstruídos". (MDS, 2015,
Perguntas Frequentes – SCFV).
Este Serviço tem foco na segurança de convívio, considerando a importância da dimensão relacional
ao longo dos ciclos de vida. A segurança de convívio supõe a não aceitação de situações de reclusão, de
situações de perda das relações, pois é nas relações que o indivíduo desenvolve suas potencialidades. Prevê
intervenção social planejada, propondo assegurar espaços de convívio e o desenvolvimento de relações de
afetividade e sociabilidade, com a finalidade de valorização da cultura de famílias e comunidade local, pelo
resgate e valorização de suas histórias, promoção de vivências lúdicas, desenvolvimento do sentimento de
pertença e de identidade, visando promover a socialização e o desenvolvimento de habilidades sociais, o
incentivo da participação e convivência familiar e comunitária, a apropriação dos espaços públicos e o
protagonismo no território prevenindo, assim, a vivência ou reincidência de situações de risco.
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Pessoas Idosas – SCFVI tem como foco
contribuir para o processo de envelhecimento ativo e saudável, de autonomia, assegurando espaços de
socialização e orientações acerca dos direitos sociais, promovendo a convivência e o fortalecimento de vínculos
familiar e comunitário, prevenindo assim, a vivência ou reincidência de situações de riscos.
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¹ Percurso: Ação ou efeito de percorrer. O caminho que se deve fazer. Fonte: http://www.dicio.com.br/percurso/ em 12/02/16.
“... O SCFV é realizado em grupos e as atividades são organizadas considerando um período de tempo para sua execução. Isso
significa que, a partir dos eixos orientadores do serviço (...), o planejamento das atividades a serem executadas junto aos grupos deve
prever início, meio e fim para o seu o seu desenvolvimento, conforme objetivos e estratégias de ação preestabelecidas... Podemos dizer,
então, que o percurso diz respeito aos objetivos a serem alcançados por um grupo, por meio de algumas atividades, no decorrer de um
período determinado.” (Fonte: Perguntas Frequentes - Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) Brasília, 29 de janeiro
de 2016)
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PARA QUEM?
PÚBLICO
É destinado para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Assim sendo, serão inseridas no
SCFVI pessoas em situação de vulnerabilidade social², com Cadastro Único/NIS, vinculados ou encaminhados
pelo CRAS de referência, em especial beneficiários de programas de transferência de renda (PBF e BPC), com
prioridade para as situações previstas na Resolução 01/2013, do Conselho Nacional da Assistência Social, ou
seja:
Excepcionalmente podem ser incluídas, em caráter protetivo, pessoas que ainda não completaram a
idade definida, mas já enfrentam situações de fragilidade de vínculos, de autonomia ou de falta de acesso a
direitos. É importante, neste caso, que a equipe do PAIF, em articulação com o SCFVI, analise a situação
vivenciada pelo usuário e avalie se a inserção no serviço para pessoas idosas é a melhor forma de garantir as
aquisições das quais necessita, ou se é conveniente incluí-lo em outros grupos do CRAS ou serviços de outras
políticas públicas que melhor atendam as suas necessidades.
O acesso ao Serviço deve ocorrer por encaminhamento do CRAS, por demanda identificada pelo PAIF,
por procura espontânea do usuário, por busca ativa, encaminhamentos da rede socioassistencial ou das demais
políticas públicas e de órgãos do Sistema de Garantia de direitos. Em todas estas situações a equipe do CRAS
avaliará a situação do usuário/família, considerando a necessidade e o interesse de participação no Serviço e
condições como: recursos humanos, materiais e físicos, para atendimento.
___________________________
² “... a delimitação do público a que se destina a Proteção Social Básica caracteriza dois grupos que estariam em situação de
vulnerabilidade social: aqueles que estão em condições precárias ou privados de renda e sem acesso aos serviços públicos (dimensão
material da vulnerabilidade) e aqueles cujas características sociais e culturais (diferenças) são desvalorizadas ou discriminadas
negativamente (dimensão relacional da vulnerabilidade)” (Concepção de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, 2013).
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PARA QUANTOS?
“Os grupos devem ter, no máximo, 30 participantes sob a responsabilidade de um educador social. É
importante ressaltar que o tamanho do grupo poderá variar conforme o perfil dos participantes, ou seja,
deve-se levar em conta a complexidade das vulnerabilidades vivenciadas pelos indivíduos que compõem
o grupo e, ainda, as estratégias de intervenção que serão adotadas.”(Perguntas Frequentes – SCFV MDS
– Março/2015).
ONDE?
RECURSOS FÍSICOS
O SCFVI pode ser desenvolvido pelas equipes do CRAS ou das entidades sociassistenciais.
As bases físicas para execução do SCFVI podem ser nos CRAS, unidades próprias, espaços cedidos pela
rede local (serviço este vinculado ao CRAS de referência no território) e entidades socioassistenciais. Estes
espaços devem ser compatíveis com a quantidade de usuários que participarão das atividades ofertadas no
local e conter:
• Salas de atividades coletivas e comunitárias;
• Sala de atendimento individualizado ao usuário e à família;
COM O QUE?
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RECURSOS MATERIAIS
• Materiais de consumo: devem ser de qualidade e em quantidade suficientes para o apoio no
desenvolvimento das atividades previstas no SCFVI;
• Materiais permanentes: devem ser em quantidade e qualidade suficientes para a execução do
serviço, compatíveis com a faixa etária dos participantes;
• Lanches para os participantes do serviço: devem ser em quantidade e qualidade suficientes para
atender a todos, de acordo com as normativas da Vigilância Sanitária.
RECURSOS HUMANOS
A Equipe de Referência deve ser composta por:
• Técnico de Referência;
• Orientador/Educador Social;
• Facilitador de Oficinas (contratação opcional).
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• Manter registro para inserção das informações do Sistema de Informações do Serviço de
Convivência e Fortalecimento de Vínculo – SISC;
• Registrar as ações desenvolvidas com as pessoas idosas e suas famílias;
• Divulgar o SCFVI no território;
• Articular ações que potencializem as boas experiências no território de abrangência do CRAS;
• Avaliar, junto às famílias, os resultados e impactos do SCFVI.
Orientador/Educador Social: profissional com formação mínima de nível médio, com atuação
constante junto aos grupos, responsável pela execução do SCFVI e pela criação de um ambiente de convivência
participativo e democrático. Compete a ele:
• Desenvolver atividades socioeducativas, de convivência e de socialização visando à atenção, defesa
e garantia de direitos e proteção dos usuários do SCFVI em situações de vulnerabilidade e/ou risco
social e pessoal;
• Acompanhar as atividades desenvolvidas pelos facilitadores de oficinas;
• Atuar como referência para as pessoas idosas e para os demais profissionais que desenvolvem
atividades com os grupos sob sua responsabilidade;
• Mediar os processos grupais do serviço, sob orientação técnica;
• Participar de atividades de planejamento, sistematização e avaliação do Serviço, juntamente com
os demais profissionais envolvidos no Serviço;
• Participar de atividades de capacitação da equipe de trabalho responsável pela execução do
Serviço;
• Organizar e facilitar situações estruturadas de aprendizagem e de convívio social, explorando e
desenvolvendo temas transversais e conteúdos previstos no percurso;
• Desenvolver oficinas culturais, artísticas, e recreativas, adequadas à faixa etária, em caso de
habilidade para tal;
• Registrar a frequência dos participantes, e as ações desenvolvidas e demais informações
pertinentes sobre a execução do SCFVI, para encaminhamento mensal ao Técnico de Referência do
CRAS;
• Informar ao Técnico de Referência a identificação de situações que podem afetar a participação do
usuário no Serviço sinalizando uma necessidade de acompanhamento técnico (mudanças bruscas
de atitudes, sinais de violência ou negligência, ausências não justificadas, etc.);
• Identificar o perfil do usuário e acompanhar a sua evolução nas atividades desenvolvidas;
• Manter o registro das informações sobre a execução do Serviço.
Facilitador de Oficinas: função exercida por profissional com formação mínima de nível médio, responsável
pela realização de oficinas culturais, artísticas e recreativas.
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Compete a ele:
• Desenvolver, organizar e coordenar atividades culturais, artísticas e recreativas adequadas à faixa
etária, objetivando promover e qualificar o convívio social e comunitário;
• Participar de atividades de capacitação da equipe de trabalho responsável pela execução do
Serviço;
• Participar de atividades de planejamento, sistematização e avaliação do Serviço, juntamente com a
equipe de trabalho, sempre que possível ou necessário.
"Este profissional é de contratação opcional (não obrigatória) sendo que suas funções poderão ser
acumuladas pelo Orientador/Educador Social, desde que garantida à oferta com qualidade do Serviço.
Para esta função pode-se buscar profissional de outra política pública, de instituição conveniada,
estagiários, voluntários ou ainda um dos usuários do SCFVI, desde que seja uma atividade compatível
com suas habilidades e com a proposta do SCFVI. Os profissionais que atuam neste Serviço devem
participar anualmente de capacitação com temas relacionados ao SCFVI." (Serviço de Convivência e
Fortalecimentos de Vínculos para Pessoas Idosas – Orientações Técnicas – Versão Preliminar, MDS)
QUANDO?
PERIODICIDADE
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Excepcionalmente poderá ser executado quinzenalmente, cabendo a equipe técnica realizar a
avaliação, conforme especificidades do grupo, necessidade dos usuários, condições/recursos para execução do
serviço.
• O SCFVI tem caráter continuado e ininterrupto, não prevendo férias ou recessos em sua execução.
• As atividades deverão ser realizadas em dias úteis, podendo ser também em feriados ou finais de
semana, em horários programados, de acordo com a demanda existente no município, com
acompanhamento da equipe do SCFVI.
COMO?
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DESLIGAMENTO DO SCFV
A saída da pessoa idosa no SCFV poderá ocorrer durante o andamento do grupo, em razão de
mudança de endereço, inserção em outros serviços ou atividades, desistência espontânea entre outros. Essa
situação deverá ser acompanhada pela equipe técnica para compreender os motivos que levaram à desistência
da participação e, assim, avaliar a decisão da pessoa idosa e suas demandas, que poderão ensejar a inserção
em outro serviço, além de possibilitar obter retorno sobre o trabalho realizado.
É possível que a saída da pessoa idosa gere uma demanda de acompanhamento pela equipe do PAIF
ou PAEFI, caso o motivo de sua saída esteja relacionado ao agravamento da situação de vulnerabilidade ou
risco. Assim, as equipes de ambos os Serviços devem prever fluxos de comunicação e encaminhamento deste
tipo de situação. Há necessidade de observar para que esse desligamento não gere isolamento ou exclusão
social
PERCURSOS INTERGERACIONAIS
Tem-se um percurso intergeracional no Serviço quando se planeja um grupo constituído por usuários
de ciclos de vida diferentes para estarem juntos durante um período. Para a organização de um percurso
intergeracional, é necessário ouvir as expectativas de todos os participantes, considerando suas diferentes
habilidades, necessidades e linguagens. É importante saber administrar diversas motivações, aptidões e
possíveis conflitos, já que se trata de um grupo heterogêneo. Um recurso interessante é construir um projeto
em comum, para ser executado de forma colaborativa.
É importante ressaltar que esta opção deve ser adotada em situações excepcionais, quando houver
poucos usuários para a formação de grupo com usuários de faixa etária aproximada. Porém, sempre deve ser
dada preferência para a organização de grupos com faixas etárias similares.
ATIVIDADES INTERGERACIONAIS
São momentos pontuais, planejados para promover a integração entre os usuários dos diversos ciclos
de vida que participam do Serviço. Por ser um momento para articular variadas ações coletivas, recomenda-se
que as atividades intergeracionais ocorram com certa regularidade, dependendo de como o serviço está
organizado.
TRAÇADO METODOLÓGICO
Para alcançar sua finalidade, o SCFVI deverá ser organizado em grupos conforme perfil para este
Serviço, com carga horária definida, planejamento e execução baseada nos seguintes eixos e temas:
EIXOS ESTRUTURANTES
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Com o objetivo de nortear a proposta metodologica do SCFVI, é proposto que este seja desenvolvido
com base em três eixos estruturantes:
1. Convivência Social e Intergeracionalidade;
2. Envelhecimento Ativo e Saudável;
3. Autonomia e Protagonismo.
Este eixo agrega elementos ao longo do Serviço que visam o desenvolvimento de sociabilidades, que
estimulem vivências coletivas, o estar em grupo, a relação com o outro, oportunizam a convivência
intergeracional, de modo a fortalecer os vínculos familiares e comunitários e prevenir riscos sociais como a
segregação e o isolamento. Tem importância central para o Serviço, pois serve de base para todas as atividades
a serem desenvolvidas. É voltado ao fortalecimento de vínculos relacionais e de pertencimento. Neste eixo são
abordados aspectos relativos às contradições e aos conflitos presentes na dimensão relacional de convivência
familiar e comunitária, e como estes interferem nos vínculos que os cercam. Faz referência a processos de
integração e autonomia, com foco especial no fortalecimento da capacidade protetiva da família, em suas
relações, na convivência comunitária e nos vínculos sociais.
Este eixo traduz a concepção do direito ao envelhecimento com dignidade, ativo e saudável. Tem como
objetivo a realização de atividades que abordem o processo de envelhecimento, as perdas e os ganhos
advindos com a idade.
3. Autonomia e Protagonismo
Este eixo objetiva fortalecer o processo de autonomia e independência da pessoa idosa e seu protagonismo
social. Prevê a realização de atividades que potencializem sua capacidade pessoal de produção, de escolha e
decisão, valorizando experiências de independência, fortalecendo a autoestima, a identidade, o sentimento de
liberdade, a sensação de domínio e controle da própria vida, bem como a capacidade de resiliência diante das
adversidades próprias deste ciclo de vida. Neste eixo deve ser abordado o protagonismo e a participação social
das pessoas idosas, com ênfase na participação de sua geração para a construção da sociedade atual e nas
possibilidades presentes e futuras de contribuição social da pessoa idosa.
TEMAS TRANSVERSAIS
Além dos Eixos Estruturantes propostos, sugerem-se alguns Temas Transversais a serem trabalhados com os
grupos em atividades planejadas, de acordo com os objetivos do Serviço:
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1. Envelhecimento e Direitos Humanos e Socioassistenciais;
2. Envelhecimento Ativo e Saudável;
3. Memória, Arte e Cultura;
4. Pessoa Idosa, Família e Gênero;
5. Envelhecimento e Participação Social;
6. Envelhecimento e Temas da Atualidade.
PERCURSOS
No SCFVI os percursos foram organizados para compor um ciclo com duração de um ano. Estão baseados nos
Eixos Estruturantes, que orientam o desenvolvimento dos Temas Transversais. Sugestões de percursos:
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MODELO - QUADRO SÍNTESE DOS PERCURSOS
As orientações detalhadas constam no desenvolvimento dos percursos no Caderno de Orientações
Técnicas sobre o SCFV para Idosos, Versão Preliminar, MDS/SNAS, 2012.
PERCURSOS
INICIO DESENVOLVIMENTO FIM
PERCURSO I PERCURSO II PERCURSO III PERCURSO IV PERCURSO V
O GRUPO CRIOU O GRUPO OLHOU O O GRUPO REINVENTOU SUA
O GRUPO SE VIU! E O GRUPO VOOU...
VIDA MUNDO! CASA
Refletir sobre SER Refletir sobre a Exercitar capacidades
Iniciar o ciclo no idoso, comunidade e a criativas, participação social Encerrar o ciclo no
OBJETIVOS
Grupo envelhecimento e contribuição social do e construção de projetos grupo¹
relação familiar idoso pessoais e coletivos.
Faço parte do
O idoso e as instâncias de Como continuarei
Como é ser idoso envelhecimento
ENCONTRO I Acolhida participação e controle com o grupo?
hoje? Parte I populacional? O que
social. Parte I
isso quer dizer?
Respeito e valorização da Como continuarei
Definindo regras Como é ser idoso O lugar onde moro.
ENCONTRO II pessoa: prevenção à com o grupo?
e acordos hoje? Parte II Parte I
violência. Parte I Parte II
Fonte: Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para pessoas Idosas – orientações Técnicas – Versão Preliminar – MDS 2012
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¹ Após a conclusão de cada ciclo (composto por percursos),caberá a equipe do SCFVI avaliar se há necessidade de manutenção dos grupos.
Sendo necessário, a equipe deverá propor novo ciclo, elaborando novos percursos e temáticas a partir das demandas identificadas no
território ou apresentadas pelos usuários.
1. Encontros regulares, semanais de 4 horas de duração. Estes encontros são constituídos por atividades
reflexivas e vivenciais, as quais são essenciais à execução do SCFVI. As atividades a serem desenvolvidas estão
propostas no ciclo organizado em percursos, devendo ser planejadas e avaliadas de forma continua, sempre
que possível com a participação da pessoa idosa.
1.1. Atividades de convívio: que consistem em momentos livres, culturais, artísticos e de lazer que visam à
interação social das pessoas idosas e destas com a comunidade e o desenvolvimento de práticas de vida
saudável.
1.2. Oficinas que aprofundem os temas transversais, preferencialmente de maneira prática, a serem realizadas
nos encontros regulares.
OBS: É importante para o desenvolvimento do Serviço, que as ações sejam planejadas, avaliadas de forma
contínua e processual e que sejam desenvolvidos instrumentos de registro que permitam sistematização das
atividades.
As atividades desenvolvidas nos grupos de convivência devem ser desafiadoras, com o objetivo de
orientar, estimular e promover o desenvolvimento de habilidades, aquisições e potencialidades de forma
progressiva. Deve-se romper com ações pontuais, não planejadas e sem definição de objetivos claros, para que
o serviço se consolide com atividades continuadas e ininterruptas, em consonância com as diretrizes nacionais.
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• Participação cidadã. Ex: Conhecimento de direitos e deveres, conhecimento das lideranças da
comunidade, de espaços de participação e discussões referentes a temas da atualidade.
• Socialização e convívio. Ex: Participação em eventos sociais, culturais, visitas, comemorações e
ações solidárias.
• Valorização da cultura da família e comunidade. Ex: Atividades de contação de história das
famílias, da comunidade, de costumes regionais, visitas na comunidade.
• Escuta;
• Valorização/reconhecimento;
• Exercício de escolhas;
• Tomada de decisão própria e do grupo;
• Experiências de diálogo na resolução de conflitos e divergências;
• Reconhecimento de limites e possibilidades das situações vividas;
• Experiência de escolher e decidir coletivamente;
• Experiência de aprender e ensinar coletivamente;
• Experiência de reconhecer e nominar suas emoções nas situações vividas;
• Experiências de reconhecer e respeitar diferenças;
• Exercício do potencial de resiliência de cada um.
PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO
• Garantia de, no mínimo, 10% da carga horária mensal para reuniões periódicas da equipe para
avaliação e planejamento dos serviços.
• Garantia de, no mínimo, 10% da carga horária semanal para planejamento e organização das
atividades dos educadores/orientadores.
PARA QUE?
1. Objetivos
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• Propiciar vivências que valorizam as experiências e que estimulem e potencializem a condição de
escolher e decidir, contribuindo para o desenvolvimento da autonomia e protagonismo social dos
usuários;
• Promover ações que possibilitem o desenvolvimento da resiliência, como importante fator de
proteção frente ao processo de envelhecimento;
• Prevenir situações de risco como o isolamento, a institucionalização, o confinamento, o abandono,
entre outras.
Segurança de Acolhida
• Ter acolhidas suas demandas, interesses, necessidades e potencialidades;
• Receber orientações e encaminhamentos com o objetivo de aumentar o acesso a benefícios
socioassistenciais e programas de transferência de renda, bem como aos demais direitos sociais,
civis e políticos;
• Ter acesso à ambiência acolhedora.
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• Vivenciar experiências de fortalecimento e extensão da cidadania;
• Vivenciar experiências para relacionar-se e conviver em grupo, administrar conflitos por meio do
diálogo, compartilhando outros modos de pensar, agir, atuar;
• Vivenciar experiências que possibilitem lidar de forma construtiva com potencialidades e limites;
• Vivenciar experiências de desenvolvimento de projetos sociais e culturais no território;
• Ter acesso a informações sobre direitos sociais, civis e políticos e condições sobre o seu usufruto;
• Ter ampliado o acesso a atividades de lazer, esporte e manifestações artísticas e culturais do
território e da cidade;
• Oportunizar acesso a benefícios socioassistenciais e programas de transferência de renda;
• Poder avaliar as atenções recebidas, expressar opiniões e reivindicações;
• Ter oportunidades de escolha e tomada de decisão;
• Apresentar níveis de satisfação em relação ao Serviço.
3. Impacto esperado
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Materiais de referência consultados e recomendados
- Conselho Nacional da Assistência Social. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais – Resolução CNAS
nº 109 de 11/11/2009. Brasília: CNAS/2009.
Resolução CNAS nº 014/2014, que dispõe sobre a inscrição das entidades ou organizações de Assistência Social,
bem como dos serviços, programas e benefícios socioassistenciais nos Conselhos de Assistência Social.
Resolução do CMAS nº 33/2011, que define os critérios para a inscrição das entidades e organizações de
Assistência Social, bem como dos serviços, programas e projetos e benefícios socioassistenciais no Conselho Municipal de
Assistência Social de Curitiba e dá outras providências.
Resolução TCE – PR nº 28/2011, que dispõe sobre a formalização, a execução, a fiscalização e a prestação de
contas das transferências de recursos financeiros e demais repasses no âmbito estadual e municipal, institui o Sistema
Integrado de Transferências - SIT e dá outras providências.
Decreto do Município de Curitiba nº 1.100/2014, que altera o Regulamento de Contratos, Convênios, Acordos e
outros ajustes, para órgãos e entidades da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Município de
Curitiba, aprovado pelo Decreto Municipal n.º 1.644, de 17 de dezembro de 2009.
Decreto Governo Federal nº 5.296/2004, dispõe sobre normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.
Caderno de Orientações Técnicas sobre o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Pessoas
Idosas – Versão Preliminar MDS/SNAS, 2012.
ABNT – NBR 9050/2004, que dispõe sobre edificações, mobiliários e espaços e equipamentos.
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ANEXO I – FORMULÁRIO PADRÕES DE QUALIDADE
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PADRÕES DE QUALIDADE PARA SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E
FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS - SCFV
SCFV Idoso
Complementar
Recomendado
Obrigatório
Indicadores / Critérios
Não atende
Atende
Parcial
Aspectos jurídico/legais
Infraestrutura e espaços
Recursos Humanos
SCFV Idoso
Complementar
Recomendado
Obrigatório
Indicadores / Critérios
Não atende
Atende
Parcial
Público
Execução
Há registro de participação
SCFV Idoso
Complementar
Recomendado
Obrigatório
Indicadores / Critérios
Não atende
Atende
Parcial
Planejamento e avaliação
Periodicidade
Legenda:
Obrigatório: item que caracteriza o serviço como tal, sendo portanto indispensável.
Recomendado: como o próprio nome define, este item tem que ser cumprido. O fato de não ser atendido não invalida o serviço ofertado, mas o
item recomendado não cumprido obrigatoriamente deve compor o plano de adequações do serviço, a ser elaborado de forma conjunta com a
organização da sociedade civil que presta o serviço.
Complementar: os itens classificados como complementares qualificam o serviço prestado, mas não invalidam o serviço nem geram plano de
adequações quando não atendidos.
Quando o pedido de inscrição da Entidade no CMAS for autorizativo, os itens que constam como obrigatórios nos padrões de qualidade
deverão estar previstos no plano de ação.