Você está na página 1de 2

Sobre a filosofia política de hobbes sec 17

Problemas do Estado Moderno = formado a partir da dispersão de poder e da relativa anomia


do feudalismo medieval.

O Estado Moderna coloca no palco sociais duas realidades velhas e renovadas:


por um lado as leis civis. (por outro)
a figura do soberano.
Nos novos Estados Unificados estes são dois fatores indispensáveis.

Triunfo do parlamentarismo sobre o absolutismo

Não é errônea a tradicional associação entre a política hobbesiana e o tradicional


absolutismo.

Em hipótese alguma o soberano hobbesiano pode ficar sujeito as leis civis. Encontra-se
subordinado unicamente as leis divinas e não podem ser revogadas pelo poder do Estado.

Estado e soberano se confundem: Um faz parte do outro, porque um é criação do outro.

A filosofia política de hobbes introduz a separação entre lei civil e lei natural.

Dizer que o soberano está sujeito às leis naturais é o mesmo que dizer que ele deve, como
qualquer homem, obedecer à própria razão.

Respeitador das liberdades individuais, voltados para a construção do progresso, prosperidade


e justiça.

Política hobbesiana aparece concebida como expressão do “mundo burguês” - interesse de


classe ou inconsciente de classe

Afirma o poder do soberano acima de qualquer outro, tende a reforçar o Estado e o soberano

monarquia, aristocracia e democracia = hobbes admite essas tres formas de governo.


Mas o que hobbes entende como aristocracia nada tem a ver com os interesses da nobreza.

Mas a figura que se deixa descrever nestes termos (busca da propriedade)é muito mais a
figura do homem no estado de natureza hobbesiano, do que o cidadão do Estado tal como é
concebido por hobbes.

Estado-Leviatã de Hobbes.
Direitos políticos e econômicos só concedidos a partir da vontade do soberano. Em princípio
toda propriedade pertence ao Estado.
O estado hobesiano tolera o homem individualista possessivo mas não é ele próprio
individualista possessivo.;
Sua teoria está longe de se constituir uma racionalização ideológica do interesse burguês.
O burguês pode prosperar e pode existir, mas de nenhum modo é um típico estado burguês.

Não é um Estado democrático, nem um Estado aristocrático, nem um Estado burguês.


Merece ser considerado um estado burocrático ou protoburocrático.

A proposta de hobbes corrresponde à um modelo de estado burocrático que poderia ter sido
possível em seu tempo. De cunho ideologicamente autoritário e estatista.

Essa camada de intelectuais de classe média seria exatamente de onde sairiam os


conseilheiros de Estado.
Só há uma ideologia em Hobbes é a defesa dessa classe que poderia gerir as funções
burocráticas do Estado, não é à toa que ninguém da classe burguesa se reconheceu na teoria
de hobbes.

Bem sabemos quem no mesmo século foi preferido das classes burguesas, dos grupos
sociais que tinham seu destino ligados à sorte do capital: John Locke e suas teorias
liberais.

Ideologia estatista : nem burguesa nem aristocrática, que permeia a filosofia política de
Hobbes.

Nos tempos de hobbes ser um hobista significava ser um subversivo.

**Se antes da “revolução liberal burguesa” os hobbistas eram oposição, depois dela
continuaram a ser opositores ao regime e defensores de uma ideologia tão contrária à
nova ordem “burguesa” como fora à velha ordem “aristocrática”.

Já, Locke fazia parte do pós-revolução em seu estado burguês.

** De modo geral, os hobbistas eram escritores políticos, intelectuais, menbros da


intelligentzia. Seus seguidores queriam garantir um proveitoso cargo no Estado.

Parece plausível dizer que a teoria de hobbes seja defensora ideológica da classe de
intelligentzia - os ‘racionais’ e intelectuais. Voltado para a reflexão e prática política. Ou
seja, aqueles dotados de capacidade suficiente para ocuparem, na administração estatal
autoritária e absolutista, recomendada pelo hobbesianismo um lugar bem perto do poder
supremo do soberano - um lugar de conselho e poder.
Propunha que a propriedade pertencesse toda ao Estado.

Você também pode gostar