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Em hipótese alguma o soberano hobbesiano pode ficar sujeito as leis civis. Encontra-se
subordinado unicamente as leis divinas e não podem ser revogadas pelo poder do Estado.
A filosofia política de hobbes introduz a separação entre lei civil e lei natural.
Dizer que o soberano está sujeito às leis naturais é o mesmo que dizer que ele deve, como
qualquer homem, obedecer à própria razão.
Afirma o poder do soberano acima de qualquer outro, tende a reforçar o Estado e o soberano
Mas a figura que se deixa descrever nestes termos (busca da propriedade)é muito mais a
figura do homem no estado de natureza hobbesiano, do que o cidadão do Estado tal como é
concebido por hobbes.
Estado-Leviatã de Hobbes.
Direitos políticos e econômicos só concedidos a partir da vontade do soberano. Em princípio
toda propriedade pertence ao Estado.
O estado hobesiano tolera o homem individualista possessivo mas não é ele próprio
individualista possessivo.;
Sua teoria está longe de se constituir uma racionalização ideológica do interesse burguês.
O burguês pode prosperar e pode existir, mas de nenhum modo é um típico estado burguês.
A proposta de hobbes corrresponde à um modelo de estado burocrático que poderia ter sido
possível em seu tempo. De cunho ideologicamente autoritário e estatista.
Bem sabemos quem no mesmo século foi preferido das classes burguesas, dos grupos
sociais que tinham seu destino ligados à sorte do capital: John Locke e suas teorias
liberais.
Ideologia estatista : nem burguesa nem aristocrática, que permeia a filosofia política de
Hobbes.
**Se antes da “revolução liberal burguesa” os hobbistas eram oposição, depois dela
continuaram a ser opositores ao regime e defensores de uma ideologia tão contrária à
nova ordem “burguesa” como fora à velha ordem “aristocrática”.
Parece plausível dizer que a teoria de hobbes seja defensora ideológica da classe de
intelligentzia - os ‘racionais’ e intelectuais. Voltado para a reflexão e prática política. Ou
seja, aqueles dotados de capacidade suficiente para ocuparem, na administração estatal
autoritária e absolutista, recomendada pelo hobbesianismo um lugar bem perto do poder
supremo do soberano - um lugar de conselho e poder.
Propunha que a propriedade pertencesse toda ao Estado.