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Centro Federal de Educação

Tecnológica de Minas Gerais

Departamento de Ciência
e Tecnologia Ambiental
Disciplina:
Drenagem Pluvial
Código: DEAM 016
Aulas 7 e 8 – Microdrenagem: Bocas Coletoras,
Poços de Visita, Galerias de Águas Pluviais

Professor: André Luiz Marques Rocha


Engo Agrícola e Ambiental
MSc. Engenharia Agrícola
Recursos Hídricos e Ambientais
Sistemas de Drenagem
Microdrenagem
• Componentes

Bocas Coletoras (Bocas de Lobo)


• captação das águas pluviais
Poço de visita
• mudança de direção
• mudança de declividade
• mudança de diâmetro
• inspeção e limpeza

Galeria
• condução das águas provenientes das bocas-de-lobo

2
Microdrenagem
• Bocas coletoras ou bocas de lobo: são estruturas
hidráulicas para captação das águas superficiais
transportadas pelas sarjetas, e situam-se
geralmente sob o passeio ou sob a sarjeta. Também
existem bocas de lobo dotadas com grades.

segue para a Galeria

3
Microdrenagem
• Bocas de lobo – detalhes construtivos

4
Microdrenagem
• Bocas de lobo – detalhes construtivos

5
Microdrenagem
• Bocas de lobo – detalhes construtivos

6
Microdrenagem
Terminologia Básica

Grelha Grelha

Guia Chapéu
guia

sarjeta

Boca de Lobo dotada de guia chapéu, Boca de Lobo em bom estado de


grelha e com a presença de diversos conservação, dotada de guia, sarjeta e
Resíduos Sólidos Urbanos grelha

7
Microdrenagem
Tipos de bocas de lobo
Bocas de lobo de guia

sem depressão com depressão


Bocas de lobo com grelha

sem depressão com depressão

Fonte: DAEE/CETESB (1980);IPH (2005) 8


Microdrenagem
Tipos de bocas de lobo
Bocas de lobo combinada

sem depressão com depressão

Bocas de lobo múltipla

sem depressão com depressão

Fonte: DAEE/CETESB (1980);IPH (2005) 9


Microdrenagem
Tipos de bocas de lobo

Boca de lobo com fenda horizontal longitudinal

Fonte: DAEE/CETESB (1980);IPH (2005) 10


Microdrenagem
Recomendações de uso de bocas de lobo

11
Microdrenagem
Terminologia Básica

12
Microdrenagem
Boca de lobo padrão SUDECAP

Obs: dimensões em cm

Quadro, Grelha e Cantoneira

13
Fonte: Caderno de Encargos SUDECAP, 2008.
Microdrenagem
Terminologia Básica

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Microdrenagem
Bocas de lobo

Posicionamento

✓locadas em ambos os lados da rua


- quando exceder capacidade da sarjeta de escoar
- quando velocidade de escoamento pela sarjeta exceder limite de 3 m/s
-quando exceder capacidade de engolimento da BL

✓locadas nos pontos baixos da rua

✓locadas junto às esquinas das vias, a montante da faixa de


cruzamento de pedestres

✓locadas a montante de pontos de muita circulação de pedestres


(escolas, hospitais, igrejas...) mesmo que sarjeta com folga

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Microdrenagem
Bocas de lobo

•Caso não se disponha de dados sobre a capacidade de


escoamento das sarjetas, recomenda-se um espaçamento
máximo de 60 m entre as bocas-de-lobo;

• A melhor localização das bocas-de-lobo é em pontos um


pouco à montante das esquinas;

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Microdrenagem
Bocas de lobo

17
Microdrenagem
Bocas de lobo
Situação recomendada para Situação não recomendada para
posicionamento das bocas-de-lobo (BL) posicionamento das bocas-de-lobo (BL)

• pedestres precisariam cruzar trechos de


Fonte: IPH (2005) máxima vazão para atravessar a via
• encontro dos escoamentos ortogonais na
esquina resultaria escoamento divergente da
BL 18
Microdrenagem
Dimensionamento de bocas de lobo
Capacidade de engolimento
•Boca de lobo de guia Lâmina d’água inferior
à abertura da guia
Y≤ YBL

baseada na equação de vertedor


QBL = 1,7 * LBL * y 3/ 2
retangular de parede espessa
onde:
QBL: vazão máxima de engolimento da BL (m3/s);
LBL: comprimento da abertura da BL (m);
Fonte: IPH (2005)
y: nível d’água próximo à abertura da BL (m);
yBL: abertura da BL (m).

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Microdrenagem
Dimensionamento de bocas de lobo
Capacidade de engolimento
•Boca de lobo de guia
Lâmina d’água superior
ao dobro da abertura
da guia
Y > 2YBL

1/ 2
y  baseada na equação
QBL = 3,01 * LBL * y BL *  CAB 
3/ 2

 y BL  de orifício

yCAB = y − ( y BL / 2)
onde:
QBL: vazão máxima de engolimento da BL (m3/s);
1/ 2
 y − ( yBL / 2) 
QBL = 3,01* LBL * yBL *  
3/ 2
LBL: comprimento da abertura da BL (m);
 yBL  y: nível d’água próximo à abertura da BL (m);
yBL: abertura da BL (m);
Fonte: IPH (2005) yCAB: carga da abertura da guia da BL (m) 20
Microdrenagem
Dimensionamento de bocas de lobo
Capacidade de engolimento
Lâmina d’água superior
•Boca de lobo de guia à abertura da guia e
inferior ao dobro da
abertura da guia
YBL < Y < 2YBL

1/ 2
 y − ( yBL / 2) 
QBL = 3,01* LBL * yBL *  
3/ 2
QBL = 1,7 * LBL * y 3/ 2
ou
 yBL 

onde:
Fonte: IPH (2005)
QBL: vazão máxima de engolimento da BL (m3/s);
LBL: comprimento da abertura da BL (m);
y: nível d’água próximo à abertura da BL (m);
yBL: abertura da BL (m). 21
Microdrenagem
Dimensionamento de bocas de lobo
Lâmina d’água menor ou
Capacidade de engolimento
igual a 12cm
•Boca de lobo com grelha Y ≤ 12cm

Perímetro da grelha para cálculo


da capacidade de engolimento

PBL = 2 L1 BL + 2 L2 BL (grelha não encostada na guia)

PBL = L1 BL + 2 L2 BL (grelha encostada na guia)

Fonte: IPH (2005) 22


Microdrenagem
Dimensionamento de bocas de lobo
Lâmina d’água menor ou
Capacidade de engolimento
igual a 12cm
•Boca de lobo com grelha Y ≤ 12cm

QBL = 1,7 * PBL * y 3 / 2


onde:
QBL: vazão máxima de engolimento da BL (m3/s);
PBL: perímetro da grelha da BL (m);
y: nível d’água próximo à abertura da BL (m).

Fonte: IPH (2005) 23


Microdrenagem
Dimensionamento de bocas de lobo
Lâmina d’água superior a
Capacidade de engolimento
42cm
•Boca de lobo com grelha Y ≥ 42cm

Aorif = L1BL * (norif * e) QBL = 2,91* Aorif * y1/ 2


onde:
QBL: vazão máxima de engolimento da BL (m3/s);
Fonte: IPH (2005)
Aorif: área total dos orifícios da grelha (m2);
norif: quantidade de orifícios (número de orifícios);
e: espessura do orifício (m);
y: nível d’água próximo à abertura da BL (m). 24
Microdrenagem
Dimensionamento de bocas de lobo
Lâmina d’água superior a
Capacidade de engolimento 12 cm inferior a 42cm

•Boca de lobo com grelha 12 ≤ Y ≤ 42cm

QBL = 1,7 * PBL * y 3/ 2 ou QBL = 2,91* Aorif * y 1/ 2

Fonte: IPH (2005) Obs: mesmas variáveis anteriores

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Microdrenagem
Dimensionamento de bocas de lobo
Capacidade de engolimento
•Boca de lobo combinada

QBL combinada = QBL guia + QBL grelha


Capacidade da BL combinada = Capac. BL guia + Capac. BL grelha

Fonte: IPH (2005)

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Microdrenagem
Dimensionamento de bocas de lobo
Capacidade de engolimento
•Boca de lobo múltipla

QBL múltipla =  QBL individuai s

Capacidade da BL múltipla = Somatório das Capac. das BL individuais

Fonte: IPH (2005) 27


Microdrenagem
Dimensionamento de bocas de lobo
Fator de Redução da Capacidade de Engolimento
• presença de detritos, irregularidades dos pavimentos e alinhamento das ruas

QBL real = QBL teórica * FR


Fonte: DAEE/CETESB (1980);IPH (2005) 28
Microdrenagem
Dimensionamento de bocas de lobo
Exemplo
1) Dimensionar boca-de-lobo para uma vazão de 94 L/s e uma lâmina
de água de 10 cm.

a) Considerando boca-de-lobo do tipo guia (LBL = 1,0 m)


b) Considerando boca-de-lobo do tipo combinada

Resolução:
Q = 94L/s = 0,094m3/s
QBL
QBL = 1,7 * LBL * y 3 / 2  LBL =
1,7 * y 3 / 2
QBL 0,094
LBL = 3/ 2
→ LBL = 3/ 2
= 1,75m
1,7 * y 1,7 * 0,1

29
Dimensionamento de bocas de lobo
Nomograma Capacidade de
Esgotamento da BL (conferência)
h=15cm (altura da guia padrão)
y/h=0,1/0,15 = 0,67

15cm 55 L/sm
Traçar reta
0,67

Determinar Qlinear (L/s m)


Qlinear = 55 L/s m

Determinar L (m)
L = Q / Qlinear = 94/55 =
L = 1,71m (ok! Valor
próximo ao valor
calculado)

Fonte: DAEE/CETESB (1980);IPH (2005)

30
Microdrenagem
Dimensionamento de bocas de lobo
Exemplo
1) Dimensionar boca-de-lobo para uma vazão de 94 L/s e uma lâmina
de água de 10 cm.
b) Considerando boca-de-lobo do tipo combinada (guia + grelha)

Resolução: QBL guia = 1,7 LBL y3/2

QBL guia = 1,7 * 1,0 * 0,13/2 = 0,054 m3/s

31
Microdrenagem
Dimensionamento de bocas de lobo
Exemplo
1) Dimensionar boca-de-lobo para uma vazão de 94 L/s e uma lâmina
de água de 10 cm.
b) Considerando boca-de-lobo do tipo combinada (guia + grelha)
Resolução: Dimensões da grelha:
e = 4,0 cm; L1bl = 0,90 m; L2bl = 0,3m.

QBL grelha = 1,7 PBL y3/2

PBL = 0,9 +2 * 0,3 = 1,5m (encostada na guia)

QBL grelha = 1,7 * 1,5 * 0,13/2 = 0,081 m3/s

QBL combinada = QBL guia + QBL grelha

QBL combinada= 0,054 + 0,081 = 0,135 m3/s = 135,0 L/s

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Microdrenagem
Poço de Visita
✓Câmara visitável através de uma abertura existente na parte
superior

✓Função de permitir acesso às canalizações para limpeza e


inspeção

Recomendações de uso quando houver:


• pontos de mudança de direção
• pontos de junção de coletores
• pontos de mudança de declividade
• pontos de mudança de diâmetro
• cruzamentos de rua
• a montante da rede (início da rede)
• trechos muito longos de galeria sem inspeção

33
Microdrenagem
Poço de Visita
✓Espaçamento recomendado entre PV’s: 50 m

✓Espaçamento máximo recomendado entre PV’s para não limitar


manutenção
Espaçamentos conforme SUDECAP

Material: concreto pré-moldado;


concreto armado no local; alvenaria

34
Microdrenagem
Poço de Visita

Poço de Visita
Alvenaria

Fonte: Botelho, 2011.

35
Microdrenagem
Poço de Visita

Poço de Visita - Alvenaria

Fonte: Botelho, 2011.


36
Microdrenagem
Poço de Visita
Dimensionamento de poços de visita
CASO 1
a
b

Obs: medidas em cm
a,b: medidas do PV
PV: poço de visista

Fonte: DEP (2005) 37


Microdrenagem
Poço de Visita
Dimensionamento de poços de visita
CASO 2
a
b

Obs: medidas em cm
a,b: medidas do PV
PV: poço de visista

Fonte: DEP (2005) 38


Microdrenagem
Poço de Visita
Dimensionamento de poços de visita
CASO 3

Fonte: DEP (2005) 39


Microdrenagem
Poço de Visita
Dimensionamento de poços de visita

Fonte: DEP (2005) 40


Microdrenagem
Caixas de Ligação

• Estrutura para junção de condutos de bocas-de-lobo


com a galeria principal ou PV, na forma de câmara não
visitável

• Visa evitar quantidade excessiva de PV (reduzir


custos) e evitar ligação de número excessivo de
condutos a um PV

41
Microdrenagem
Caixas de Ligação

Recomendações de uso:

• quando PV receberia mais de 4 condutos

• para coletar águas de BL intermediárias entre PVs próximos

• coleta de máximo de 2 BL por CL

• indicação de máximo de 1 CL entre dois PVs

42
Microdrenagem
PV com + de 4 ligações – utilizar CL
Situação não recomendada

Utilizar no máximo 4 ligações de boca de lobo para evitar


sobrecargas no sistema

43
Microdrenagem
Caixas de Ligação
• coleta de máximo de 2 BL por CL
• indicação de máximo de 1 CL entre dois PVs

Formas de
redução do
número
de condutos
ligados ao PV

44
Microdrenagem
Disposição de BL, PV, CL e traçado de condutos

45
Microdrenagem
Galerias

• Ligação: BL a PV; BL a CL; BL a BL

• Principal (rede de drenagem propriamente dita)


o traçado no passeio (guia)
o traçado no meio da via

Tecnicamente sistema de galerias pluviais é um conjunto de bocas coletoras,


condutos de ligação, galerias e seus órgãos acessórios tais como poços de visita
e caixas de ligação.

Parte subterrânea de um sistema de microdrenagem.


46
Microdrenagem
Galerias
traçado no meio da via traçado no passeio (guia)

47
Microdrenagem
Galerias de ligação: BL-PV ou BL-CL ou BL-BL

•Galerias circulares com diâmetro mínimo de 300 mm


•(facilitar limpeza e evitar entupimento)

•Declividade mínima de 0,01 m/m (Bastos, 1999)

•Recobrimento mínimo de 60 cm (Tucci, 2004)

•Não é dimensionada por vazão de projeto

•Adotado diâmetro em função do número de bocas-de-lobo


conectadas

48
Microdrenagem
Galerias de ligação: BL-PV ou BL-CL ou BL-BL

49
Microdrenagem
Galerias Circulares (canalização principal)

•Concreto
•Diâmetro mínimo: 300 mm (IPH, 2005)
•Diâmetros comerciais: 300 mm; 400 mm; 500 mm; 600 mm; 800 mm;
1000 mm; 1200 mm; 1500 mm
• Projetadas para funcionamento à seção plena com a vazão de
projeto
Seção Parcialmente
Seção Vazia Seção Plena Cheia

50
Microdrenagem
Dimensionamento de Galerias
Capacidade de Condução das Águas

A * Rh 2 / 3 * S 1/ 2 Q Rh 2 / 3 * S 1/ 2
Equação de Manning Q= v= =
n A n
onde:
Q: vazão máxima capaz de ser conduzida por metade da via (m3/s);
v: velocidade de escoamento do fluido (m/s);
A: área de seção transversal (m2);
Rh: raio hidráulico (m);
S: declividade longitudinal da via (m/m);
n: o coeficiente de rugosidade de Manning. (Para via pública, o coeficiente
de rugosidade, em geral, é de 0,017).

51
Microdrenagem
Dimensionamento de Galerias – Seções Geométricas

Seção circular: 3/8


diâmetro necessário para Q*n
D = 1,55 1 / 2 
uma certa vazão Q à seção S 
plena 52
Microdrenagem
Dimensionamento de Galerias – Seções Geométricas
Microdrenagem
Dimensionamento de Galerias – Seções Geométricas

y
Microdrenagem
Dimensionamento de Galerias – Seções Geométricas
Microdrenagem
Dimensionamento de Galerias – Seções Geométricas

Seção circular
Microdrenagem
Dimensionamento de Galerias – Seções Geométricas
Fator Hidráulico (FH) de seções circulares
Q*n
FH =
D 8 / 3 * S 1/ 2

Fonte: IPH (2005)


Microdrenagem
Dimensionamento de Galerias – Seções Geométricas
Fator Hidráulico (FH) de seções circulares (continuação)
Q*n
FH =
D 8 / 3 * S 1/ 2

FH = 0,196

RH/D = 0,271

y/D = 0,575

Fonte: IPH (2005)


Microdrenagem
Dimensionamento de Galerias

Velocidades máximas e mínimas admissíveis

desgaste
autolimpeza
do material
Galeria de concreto
máxima de 4,0 m/s IPH (2005)
mínima de 0,8 m/s

máxima de 5,0 m/s TUCCI (2004)


mínima de 0,6 m/s

máxima de 5,0 m/s


BOTELHO (2011)
mínima de 0,7 m/s
Microdrenagem
Dimensionamento Hidráulico das Galerias

•Capacidade de condução deve atender a vazão a ser escoada


•Restrição de velocidades máxima e mínima admissíveis
•Diâmetro não deve diminuir de montante para jusante
•Declividade em função da declividade do terreno e das condições
anteriores – usual entre 0,3% e 4,0%
Microdrenagem
Galerias Retangulares (canalização principal)

•dimensão A > dimensão B


•altura mínima B = 500 mm (Azevedo Netto, 1998)
•projetadas para funcionamento com h ≤ 0,9B (IPH, 2005)
•geralmente recomendadas quando necessário escoar vazões que
excedem a capacidade das galerias circulares de maior diâmetro
comercial (1500 mm)

61
Microdrenagem
Galerias Circulares - Recobrimento

•Galeria sem estrutura especial


o Recobrimento mínimo de 1,0 m (IPH, 2005; Ramos, 1999)
o Recobrimento mínimo de 0,6 m (Botelho, 2011)

•Se recobrimento < mínimo: galeria deve ser projetada do ponto de


vista estrutural

•Evitar recobrimento > 4 m

62
Microdrenagem
Galerias Circulares

Exemplos
1) Determinar a capacidade de escoamento por uma galeria circular de
concreto (n=0,011) com diâmetro 500 mm e declividade 0,005 m/m,
trabalhando:
(a) à seção plena
(b) com y/D =0,8

2) Qual diâmetro da galeria (concreto, n=0,011; com declividade 0,005


m/m) necessário para escoar vazão de 0,6 m3/s?
Ao adotar o diâmetro comercial necessário, qual velocidade do
escoamento?

63
Microdrenagem
Vazões de Contribuição

Método Racional
Divisão da área que
contribui ao PV em
áreas que drenam p/
BL1 e BL2

Delimitação de área de
contribuição ao PV
(função da topografia,
lotes, ruas)

64
Microdrenagem
Vazões de Contribuição • amplamente utilizado para
determinar vazão máxima de
Método Racional projeto para bacias pequenas
(< 2 km²)

Q max = 2,78 * C * im * A •considera duração da


precipitação máxima de
projeto igual ao tempo de
Qmax – vazão máxima de projeto (m³/s)
concentração da bacia
im – intensidade máxima média da chuva
(mm/h) (Curva IDF)
• adota um coeficiente único
A – área de drenagem (ha)
de perdas (Ce) estimado com
C – coeficiente de escoamento
base nas características
superficial (adimensional)
físicas da bacia

• não avalia o volume de cheia


nem a distribuição temporal
das vazões

65
Microdrenagem
Vazões de Contribuição

Método Racional
tci: calculado em função das
Tempo de concentração características da superfície de
escoamento a montante
Primeiro trecho da rede: tc inicial
tci: ou adotado um valor fixo
5 min (Azevedo Netto, 1998)
10 min (Tucci, 2004)

Obs: em trecho urbanos normalmente a água leva de 7 a 12 minutos


para chegar do fundo do lote até a sarjeta.

Demais trechos: tc acumulado tc (acumulado) = tc (anterior) + tp


L
tempo adicional de percurso pelo trecho (tp) tp =
v

66
Microdrenagem
Exemplo Tempo de Concentração da Bacia Contribuinte à Secão S1

67
Microdrenagem
Exemplo Tempo de Concentração
Método SCS (Soil Conservation Service dos EUA)

Trecho com escoamento em superfície

(nL) 0,8
t c = 5,474 * 0 , 5 0 , 4
P24 S
tc: Tempo de concentração (minutos)
S: Declividade (m/m)
n: Coeficiente de rugosidade de Manning
L: Comprimento ao longo do escoamento (m)
P24: Precipitação com 24 h de duração
(mm), segundo IDF da área de estudo e
para o tempo de retorno de projeto.

Fonte: IPH, 2005 68


Microdrenagem
Exemplo Tempo de Concentração
Método SCS (Soil Conservation Service dos EUA)
Escoamento concentrado de pequena lâmina, canais e
redes de drenagem
A
A * Rh 2/3
*S 1/ 2 2/3
Q Rh * S 1/ 2
Rh =
Q= v= = Pm
n A n
onde:
Q: vazão máxima capaz de ser conduzida por metade da via (m3/s);
v: velocidade de escoamento do fluido (m/s);
A: área de seção transversal (m2);
Rh: raio hidráulico (m);
S: declividade longitudinal da via (m/m);
Pm: perímetro molhado da seção transversal (m);
n: o coeficiente de rugosidade de Manning. (Para via pública, o coeficiente
de rugosidade, em geral, é de 0,017).

69
Microdrenagem
Exemplo Tempo de Concentração
Método SCS (Soil Conservation Service dos EUA)
Escoamento concentrado de pequena lâmina, canais e
redes de drenagem

Equação para cálculo do L


tempo de concentração
tc =
v
v: velocidade do escoamento (m/s)
L: comprimento do trecho onde ocorre o
escoamento (m)
tc: tempo de concentração (s)
Cálculo de tc para cada
Se existirem vários trecho.
trechos
drenagem em série
de → Tempo de concentração
total dado pela somatória
dos tc individuais.
70
Microdrenagem
Coeficientes de Manning para Canais

Fonte: IPH, 2005 71


Bibliografia
Botelho, M.H.C. Águas de chuva – engenharia das águas pluviais nas cidades. 3ª
edição, São Paulo: Blucher, 297 p., 2011.

Coelho, Márcia Maria Lara Pinto; Lima, José Geraldo de Araújo. Eficiência
Hidráulica de Bocas de Lobo Situadas em Sarjetas de Greide Contínuo. RBRH —
Revista Brasileira de Recursos Hídricos Volume 16 n.2 - Abr/Jun 2011, 133-143

DEP (Departamento de Esgotos Pluviais), Prefeitura de Porto Alegre. Caderno de


Encargos 2005. Disponível em
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/dep/default.php?p_secao=77#conteudo

IPH, Instituto de Pesquisas Hidráulicas, Plano Diretor de Drenagem Urbana de


Porto Alegre – Manual de Drenagem Urbana, Porto Alegre: IPH/UFRGS, 223 p.,
2005.

Ramos, C.L.;Barros, M.T.L.; Palos, C.R.F. Diretrizes Básicas Para Projetos de


Drenagem Urbana no Município de São Paulo.Prefeitura Municipal de São
Paulo.Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica, 289 p., 1999.
SUDECAP. Instrução Técnica para Elaboração de Estudos e Projetos de Drenagem
Urbana. Belo Horizonte, 53 p., 2004.
Tucci, C.E.M.; Porto, R.L.L.; Barros, M.T. Drenagem Urbana. Coleção ABRH de
Recursos Hídricos, Porto Alegre: Editora da UFRGS; vol. 5, 428 p., 1995.
72

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