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Intrusão de Vapores

Conceitos e Técnicas

Março 2021
Willem Mitsuo Takiya
Engenheiro e Gestor Ambiental, pós graduado em Gerenciamento de Áreas Contaminadas, Remediação de
Áreas Contaminadas e MBA em Gestão e Tecnologias ambientais.

Com mais de 10 anos de experiência em gerenciamento e remediação de áreas contaminadas, atualmente


é coordenador de projetos na Arcadis e liderança técnica nos temas de Intrusão de Vapores e
Contaminantes Emergentes na Arcadis Brasil.

willem.takiya@arcadis.com

Intrusão de Vapores e
Contaminantes Emergentes

GT Intrusão de Vapores e
Contaminantes Emergentes

Nicole Latin America


Liderança GT Intrusão de Vapores

Willem Takiya
Diferença entre Vapor e Gás
Vapor

Estado no qual a substância retorna ao estado líquido/sólido facilmente, com a


alteração de temperatura ou pressão, separadamente (sutis diferenças dentro de
condições naturais são capazes de realizar este processo).

Então podemos concluir que vapor é a Fase gasosa de uma substância que é sólida ou
líquida na CNTP (Condições Normais de Temperatura – 25ºC e pressão 1 atm ou 760
mmHg ).

Vapor é quando a substância encontra-se em estado gasoso abaixo da temperatura


crítica.

Exemplos de Substâncias encontradas em vapor e Respectiva Temperatura Crítica:


Benzeno (289 ºC), Tricloroeteno (300,2ºC), Água (374,15 ºC) e Mercúrio (1.462 ºC).
Diferença entre Vapor e Gás

Gás

Para que ocorra a alteração do estado físico é preciso alterar temperatura (diminuir –
abaixo da temperatura crítica) e pressão (aumentar) simultaneamente.
Mantida a temperatura acima da crítica, o gás não pode ser condensado por aumento
de pressão.

Substância que em estado normal de temperatura e pressão (CNTP – 25ºC e 760


mmHg) encontra-se no estado gasoso.

Exemplos de Substâncias encontradas na forma de gás e Respectiva Temperatura


Crítica: Metano (-82 ºC), Hélio (-268 ºC), Oxigênio (-119 ºC) e Gás carbônico (31 ºC).
Ex. Gás carbônico para que possa liquefazer tem que estar com temperatura abaixo de
31ºC e Pressão de 73 atm.
Principais Grupos de Interesse - Vapores

Hidrocarbonetos Aromáticos Voláteis (BTEX) – Gasolina, Diesel, Querosene


de Aviação e diversos outros produtos.

Etenos Clorados (PCE/TCE/DCE/CV) – Dry Cleaners, desengraxe de metais,


Tintas, Solventes orgânicos e diversos outros produtos.

Etanos Clorados (TCA, DCA) – Solventes, pesticidas, propelente aerossol e


diversos produtos;

Metanos Clorados (Diclorometano, Clorofórmio, TC) – Solventes, agente


refrigerantes, Produção de semicondutores;
Mercúrio – Termômetros, lâmpadas fluorescentes, mineração,
produtos eletrônicos, Cloro Soda e outros processos industriais;

Metano * – Degradação anaeróbica da matéria orgânica (incluindo


contaminantes);

* Gás porém de muito interesse para o GAC. CETESB


O que essas substâncias tem em Comum?

Pressão de vapor – Geralmente ≥ 1 Pa


Tendência da substância passar do estado sólido ou líquido para vapor
Quanto maior a pressão de vapor, maior a volatilidade da substância.

Constante da Lei de Henry – ≥ 0,1


Quanto maior a Constante de Henry, maior a taxa de volatilização da
substância.
SQIs com Constante de Henry ≥ 1*10-5 podem volatilizar, entretanto, entram
na classe dos semi-voláteis

Onde encontrar essas informações?

Regional Screening Levels USEPA – Planilhas de Risco CETESB


“Chemical Specific Paremeters” Aba “FisQuim”
Conceitos Chave

• Difusão
• Adsorção
• Advecção
Difusão
• Movimentação das moléculas de contaminantes do local de maior
concentração para o de menor concentração. Coeficiente de difusão de
vapores >>>> (1 a 104x) líquidos.

• Influenciada diretamente por:


– Permeabilidade ;
– Saturação;
– Temperatura;
– Tamanho das moléculas;
– Gradiente de Concentração

Exemplo (Velocidade da difusão)

Tetracloroeteno – quanto caminhará (teoricamente) no período de 1 ano, na


água e no ar?

Ar: D = (2 x 5,05x10-2 x 31.536.000)1/2 Dar = 1.784,7 cm

Água: D = (2 x 9,46x10-6 x 31.536.000)1/2 Dágua = 24,4 cm

Fonte: Notas de Aula Christina Maluf, 2017


Advecção

• Fluxo gasoso em subsuperfície ocasionado por gradientes de pressão ou


densidade dos gases, levando ao carreamento dos vapores presentes.
• Influenciada diretamente por:
– Variações na pressão atmosférica (clima, ar condicionado) ;
– Variação de Temperatura;
– Estruturas de ventilação de prédios;
– Variação do nível d´água;
– Metano – Densidade dos contaminantes;
Adsorção

• É a aderência de átomos, íons ou moléculas de gases ou líquidos na superfície de


outra substância (ASTM, 2017).

• Processo reversível de partição e que pode retardar a migração e mobilidade da


fase vapor.

– Afinidade de alguns compostos com a fração orgânica do solo;


– Umidade do Solo;
Fase adsorvida

Fase Dissolvida
Receptor
Receptores

Fase adsorvida
Fase Residual
Fase Dissolvida

Fase adsorvida
Screening: Utilização de laboratórios móveis
ou amostragem passiva de vapores
Investigação Detalhada e Avaliação de
Risco a Saúde Humana;
- Mapeamento das plumas de vapores;
- Avaliação de risco ao Potencial de
intrusão de Vapores.
Quantos pontos devem ser instalados inicialmente?

Poço com concentração > CMA

Mapa de Risco para Inalação de Vapores

30m buffer – Clorados


( USEPA 2015)

Áreas Fechadas

Poços subslab

Obs: Hidrocarbonetos de petróleo o buffer é de


10m a partir da pluma de risco
Quantos pontos devem ser instalados?

Até 139 m2  Mas nada substitui a experiência do


consultor e um modelo conceitual bem
140 a 464 m2
elaborado
465 a 929 m2

930 a 1858 m2
 Delimitação
1.859 a 4645 m2

4.645 a 23.225 m2

23.226 a 92.903 m2

> 92.903 m2

Fonte: Adaptado New Jersey Department of


Environmental Protection
Poços de contra piso e multinível
para o monitoramento de vapores

ASTM D7663—18 - Standard Practice


for Active Soil Gas Sampling in the Vadose
Zone for Vapor Intrusion Evaluations
Poços de contra piso (sub-slab)
customizados
Espessura do Piso e poços customizados

• 56 cm espessura;
• Piso constituído de sobreposição de outros pisos;
• Porosidades diferentes;
• Rachaduras e camadas preferenciais de movimentação de
vapores;
Técnicas de Amostragem Ativa

TO-17

TO-15
Tedlar Bags
TO-15 (Ar do Solo) - Controles de Qualidade

Monitoramento de Vapores, Gases Fixos, Teste de Estanqueidade e Controle de Qualidade

Teste de Duplicatas
Monitoramento de Estanqueidade
Fases Fixos
TO-17 (Ar do Solo) - Controles de Qualidade

ITS – Indicators, Teste de Vazão (MUITO IMPORTANTE)


Tracers and Estanqueidade e Duplicatas
Surrogates Purga
Tedlar Bags (Ar do Solo /Sistemas de Remediação) – USEPA 8260

Purga Envio imediato ao


(ex. de Seringa) laboratório
Teste Estanqueidade Poço

Medida Atmosfera (M.A.)

MP-I
Interferente (I) Taxa de Vazamento
Medida Poço

,
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑧𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑆𝑆 − 14) = = 0,44%
,

OBS: 1000 ppmv – 0,1%


Controle de Qualidade – Shut In e
Pressão nos Canisters

• Após aprovação da estanqueidade do poço


ainda são necessários outros testes;

• Teste de Permeabilidade;

• Purga (caso seja PV em profundidade – 3x o


volume de espaços vazios);

• Shut-In Test;

• Avaliação da pressão enviada pelo


laboratório na etiqueta (SampleTrain ou
Canister) x a obtida no teste de shut in;
Gases Fixos (CO2, CH4 e O2) e Diferencial de pressão
Diferença de pressão Concentração
Gases fixos m edidos em cam po
Identificação dos Sob a laje - atm osfera Etilbenzeno Tem p.
Data
poços de vapor (ºC) VOC CO2 CH4 O2
(Pa)
ug/m 3 (ppm ) (% vol.) (% LIE) (% vol.)
SS-01 out/18 2,4 148.000 23,3 109,60 0,18% 0,00% 20,4%
SS-02 out/18 0,5 <L.Q. 26,6 0,00 0,15% 0,00% 20,9%
SS-03 out/18 0,5 217.000 25 1857,00 >5% 0,00% 2,4%
SS-04 out/18 0,1 782 25 201,90 >5% 0,00% 5,1%
SS-05 out/18 0,2 <L.Q. 26,8 0,00 0,03% 0,00% 20,3%
SS-06 out/18 0,5 12 26,03 0,00 0,01% 0,00% 20,9%
SS-07 out/18 0,2 <L.Q. 26 0,00 0,18% 0,00% 20,0%
SS-08 out/18 0,1 27 25,5 0,00 2,60% 0,00% 18,3%
SS-09 out/18 0,2 <L.Q. 25,50 0,00 0,30% 0,00% 20,50%
SS-10 out/18 0,4 <L.Q. 25,80 0,00 0,03% 0,00% 20,90%
SS-11 out/18 1,2 <L.Q. 23,1 0,00 0,03% 0,00% 20,9%
SS-12 out/18 2,4 <L.Q. 26 0,00 0,00% 0,00% 20,9%
SS-13 out/18 0,2 <L.Q. 23,3 0,00 2,50% 0,00% 19,3%
SS-14 dez/18 3,5 <L.Q. 28,3 0,00 0,04% 0,00% 20,9%
SS-15 dez/18 2,7 <L.Q. 29,1 0,00 0,68% 0,00% 20,2%
SS-16 dez/18 3,4 430.000 33 1754,00 >5% 12,50% 2,8%
SS-17 dez/18 0,1 1.330.000 38,2 2295,00 >5% 24,00% 2,3%
SS-18 dez/18 -1,3 31 24,8 0,30 >5% 0,00% 9,6%
SS-19 dez/18 -0,5 <L.Q. 30,2 0,90 2,15% 0,00% 18,1%
SS-20 dez/18 6,8 24 30,6 0,00 0,29% 0,00% 20,6%
SS-21 dez/18 -0,2 <L.Q. 26,7 0,60 0,84% 0,00% 19,4%
SS-22 dez/18 4,0 <L.Q. 27,9 0,00 2,45% 0,00% 17,3%
SS-23 dez/18 1,8 <L.Q. 31 0,00 0,04% 0,00% 20,9%
Mas..... Comparar com o que?

Não existe legislação brasileira para o tema, tão pouco valores


orientadores.

Utilização dos valores da USEPA disponibilizados semestralmente, para


inalação de vapores em ambientes internos, e calculados com base na
legislação e realidades norte americana.

Adequação risco estabelecido na legislação do Estado de São Paulo e


calculo das concentrações em ar ambiente interno através de fatores de
atenuação (OSWER Technical Guide For Assessing and Mitigating the
Vapor Intrusion Pathway form Subsurface Vapor Sources to Indoor Air,
USEPA 2015).
α = fator de atenuação

Oswer Techinical Guide, USEPA 2015


Fator de Atenuação
• Taxa que representa, baseado nas características do material
em subsuperfície, mecanismos físico químicos da atenuação
das concentrações dos gases no solo que migram como
vapores da fonte para as construções, juntamente com a
diluição que pode ocorrer quando estes entram em um prédio
e se misturam com ar interno (Johnson e Ettinger, 1991). C

• Podem ser obtidos derivado de concentrações de água


subterrânea, poços sub-slab ou em poços de vapor em
profundidade na zona vadosa.

𝑠𝑠
Fator de Atenuação Genérico F.A =0,03
• EPA’s Vapor Intrusion Database: Evaluation and
Characterization of Attenuation Factor for
Chlorinated Volatile Organic Compounds and
Residential Buildings;

• Dados utilizados para esta base consistem em


vários dados de concentrações de ar ambiente x
concentrações de subsuperfície (ASB, SS, PVs e
crawl spaces) para CVOCs.

EPA’s Vapor Intrusion Database:


Evaluation and Characterization of
Attenuation Factors for Chlorinated
Volatile Organic Compounds and
Residential Buildings
Califórnia (F.A.)

DTSC/CAL-EPA, 2004
– J&E modelo
genérico
Quando usá-lo?

• Vapor Screening Levels (VISL) podendo ser


utilizados para avaliar quais áreas
potencialmente podem representar um risco a
saúde devido a intrusão de vapor, e assim
justificar uma investigação mais aprofundada.

• A utilização deste (F.A. 0,03) pode ser mantida


no gerenciamento quando uma concentração
medida no ar ambiente supera o valor de
referência assim como a medida no contrapiso
também supera os VISL (F.A. = 0,03), ou quando
em ambos os casos não existe a ultrapassagem.
Quando não usá-lo?
• Tomada de decisão crítica para aplicação de
sistemas de controle e engenharia;

• Avaliar o Risco a Saúde Humana; C

• Avaliação de Hidrocarbonetos de petróleo;

• Investigações detalhadas para áreas


industriais/comerciais;
Hidrocarbonetos de Petróleo

• Fator de atenuação genérico (F.A. 0,03) não conta


com biodegradação;

• Importância do monitoramento de gases fixos (O2,


CO2 e CH4) e conhecimento da disponibilidade de C
umidade do solo. A biodegradação só ocorre na
presença de umidade e oxigênio.

• FA de 1E-4 a 1E-5 são razoáveis como “FA Genérico”


considerando a biodegradação (principalmente de
BTEX) das concentrações de sub-slab para o ar
ambiente (API, 2004);
Calculando VISL (Vapor Intrusion Screening Level-
Tricloroeteno (TCE) – Carcinogênico
,
= 293,33 µg/m3
,
𝑣𝑖

Contaminant Carcinogenic Target Risk (TR) = 1E-06 Noncancer Hazard Index (HI) = 1
Carcinogenic SL Noncarcinogenic SL
TR=1E-06 THI=1
3 3
Analyte CAS No. (ug/m ) (ug or fibers/m )
Trichloroethylene 79-01-6 3,0E+00 8,8E+00
Estado de SP/CONAMA 420
Carc. TR = 10 -5
Risco 10-5
3 *10 = 30 ug/m 3

https://www.epa.gov/risk/regional-screening-levels-
Oswer Techinical Guide,
rsls-generic-tables
USEPA 2015
Considerando essas informações
temos as plumas de vapor

Ambientes
Fechados

VISL – 293 µg/m3


293 – 2.500
Plumas Verticais

Então.... Considerando o fator de atenuação genérico, teríamos concentrações em ar ambiente


interno acima dos valores de referência.
E agora?
Indoor Air - Amostragem

Ambientes
Fechados

Amostras de Ar
Ambiente

VISL – 293 µg/m3


293 – 2.500
Amostragem de Ar Ambiente – TO-15 / TO-17 (ativa e passiva)/
Monitoramento Contínuo

 Altura do ponto de Amostragem;


Amostragem Passiva – concentração média do tempo
 Regulagem do Sample Train; de exposição.
 Pontos de amostragem de Background;
Quando temos a via de exposição de
intrusão de vapores completa?

Fomação de vapores proveniente de Rota de migração


uma fonte subterrânea

Receptor
Concentrações das SQIs no ar
ambiente (originárias da fonte)

Prédio suscetível a migração


de vapores

Perigo de explosão
Via completa para Intrusão de
Vapores
Oswer Techinical Guide, USEPA 2015
Rota de intrusão de vapores
Rota de Intrusão de vapores completa ou potencialmente Situação Emergencial
incompleta completa

Adaptado de ITRC, Petroleum Vapor


Intrusion, 2014
Caminhos preferênciais

C
Dreno, Ralo.

Rachaduras, problemas nas junções


Fase Dissolvida

Adaptado de ITRC, Petroleum Vapor


Intrusion, 2014
Medições Diretas
o Amostragem Ativa ou Passiva.
o Tempo de duração
Concentração o Amostras de Background
de VOCs no Ar o Interferentes na amostragem

Ambiente

Medidas Indiretas

o Concentrações modeladas a partir do resultado de água


subterrânea e solo – ex. Planilhas de Avaliação de Risco CETESB
2013;
o Utilização de Fator de Atenuação genérico 0,03 (USEPA, 2012);
o Modelo de J&E: input de parâmetros específicos do site para
definição do fator de atenuação;
o Outros modelos para hidrocarbonetos que incluam a
biodegradação como o Biovapor / PVIsreen.
E agora?

Amostras de Ar Ambiente Interno (TO-15/TO-17)


?????

VR
Comportamento dos vapores

C
Concentração do
contaminante

Pressão Barométrica

Velocidade do vento
Concentração do Diferencial de
contaminante Pressão

C
Office Area (P2)
80

70

60

50
C
ug/m3

40

.
Valor Máximo PCE

30 Permitido
Resultado de
20 uma amostra

10

0
1 121 41 61 7 1
81 101 121 141 161 181 201 221 241 261 281 301 321 341 361 381 401 421 441 461 481 501 521 541 561 581
Run #
Dias 4
Office Area (P2)
80

70

60

50
ug/m3

40

.
PCE
Valor Máximo
30
Permitido
Resultado de
20 uma amostra

10

0
1 121 41 61 7 1
81 101 121 141 161 181 201 221 241 261 281 301 321 341 361 381 401 421 441 461 481 501 521 541 561 581
Run #
Dias 4
C

Schuver H, Lutes C, Kurtz J, Holton C, Truesdale RS. Chlorinated vapor intrusion indicators,
tracers, and surrogates (ITS): Supplemental measurements for minimizing the number of
chemical indoor air samples—Part 1: Vapor intrusion driving forces and related
environmental factors. 2018
Interferentes externos na amostragem de ar ambiente

C
ARSH - Linhas de Evidência para tomada de decisão

Comparação das concentrações em solo e água subterrânea com as CMAs para inalação de
vapores em ambientes fechados.

Avaliação das condições da construção

Medidas de indicadores como os de diferencial de pressão;

Medida direta dos contaminantes em fase vapor no contra piso, e correlação a contaminação
observada historicamente na área. C

Incluir perfis verticais para avaliar degradação dos contaminantes.

Utilização do fator de atenuação genérico como Screening.

Calcular fatores de atenuação específico para o prédio avaliado, através de modelagens que
dependam de entradas específicas, ou através de flux chambers.

Medida direta do ar ambiente, observando todos os cuidados necessários.

Avaliação temporal dos resultados obtidos.


Avaliação de vapores estão em todas as
etapas do gerenciamento de uma área
contaminada.

C
Tópicos e outros assuntos adicionais –
Consulta e Material

• Origem do Fator de Atenuação Genérico


• Fatores de Atenuação – Hidrocarbonetos de Petróleo
• Desenvolvimento de fator de Atenuação Específico
• Monitoramento ou Mitigação?
• Mitigação de Intrusão de vapores
• Comparação entre os diferentes Fatores de
Atenuação
Fator de Atenuação Genérico
O que existe por de trás dele?

• 431 amostras pareadas utilizadas


pela EPA, sendo que apenas 9 (CA)
são de regiões mais quentes (21 a
26 ºC no verão). C

• Tal fato é relevante pois a migração


de vapores é também ocasionada
por diferencial de temperatura e
pressão causadas pelas calefação
utilizada no interior das residências;
HCP – Screening Vertical

• Screening verticais foram disponibilizados


pela USEPA 2015 (Technical Guide For
Addressing Petroleum Vapor Intrusion At
Leaking Underground Storage) E ITRC, 2014
(Petroleum Vapor Intrusion, 2014).

• Dados empíricos para gasolina com < 10% de C


Etanol (desta forma, não aplicável a realidade
brasileira).

USEPA, 2015 ITRC, 2014


UST – Fase Dissolvida >= ~2 m >= ~1,5 m
UST – LNAPL residual >= ~4,6 m >= ~4,6 m
ou Fase Livre
Áreas Industriais – - >= ~5,5 m
LNAPL residual ou FL.
Fatores de Atenuação HCP

Technical Guide For Addressing Petroleum


Vapor Intrusion At Leaking Underground ITRC, Petroleum Vapor
Storage Tank Sites -2015 Intrusion, 2014
Desenvolvimento de um fator de atenuação específico

Piso industrial x piso residencial Flux chamber


Modelo de Johnson & Ettinger
• Modelo que incorpora mecanismos de advecção e difusão para estimar o transporte de vapores
provenientes do subsolo para o espaço interno localizado diretamente acima da fonte de
contaminação. Fornece um coeficiente de atenuação baseado nas seguintes entradas para o modelo
incluem:

• Propriedades do contaminante;

• Propriedades do solo da zona saturada e não saturada;

• E propriedades do edifício. Presume que o piso é impermeável e o vapor migra através de


rachaduras e outras aberturas. (Entretanto, concreto é permeável ao vapor)

 DTeff AB   Qsoil Lcrack 


 Q L  exp D eff A 
  B T   crack B 
 Qsoil Lcrack   DTeff AB   DTeff AB   Lcrack  
exp eff        exp Qsoil   1
  
 DcrackAB   QB LT   Qsoil LT   DcrackAB  
eff

Fonte: Johnson & Ettinger (1991)


Modelos Específicos para HCP
• Biovapor (Devaull, 2011) – Basicamente as mesmas equações de J&E, contudo, incorpora a
biodegradação e conta com o oxigênio como limitante desta reação.

• PVIscreen – mesmas equações do Biovapor mas é codificado em Java e possui opções de inputs
em ranges e aplicação da análise de estatística (Monte Carlo).
C
Fatores de Atenuação Empíricos

• Utilização de gases traçadores Rn-222, 1,2-DCE e 1,1,-


DCE;

• Utilização de Flux-Chamber – medição da emissão


do contaminante proveniente de subsuperfície, sem
interferente externos, levando em conta todos os
fatores como biodegradação, advecção e sorção,
excluindo no entanto a diluição – elimina-se assim a
intepretação necessárias para um bom modelo.
Mitigar ou Monitorar?

• New Jersey’s Vapor intrusion Guidance.


Mitigação para intrusão de vapores – Medidas de Engenharia

• HVAC: Heating, Ventilating and Air Conditioning – Ajustes;


• Ventilação sem pressurização;
• Medidas passivas (selamento das rachaduras, geomembrana, barreiras físicas, sistema de
ventilação passiva);
• Medidas ativas (Despressurização de contrapiso e de paredes).
• Tratamento com filtros de ar;
Ajustes nos sistemas de Ar-condicionado
Mitigação em residências
Tetracloroteno - Projeto A (µg/m³) – Concentração no Ar Ambiente Interno
10000,0 6244,1
4667,8
3473,9
2002,0 2395,5 2025,8
1574,2
1087,9 1267,3
1000,0 605,3
454,0
194,3

100,0
32,7 28,7 28,7

8,8 8,9 7,7


10,0 5,76,0 6,2
4,1 3,7 4,4 4,6 4,5
<3,4 <3,4 <3,4 <3,4. <3,4 <3,4 <3,4 <3,4 <3,4 <3,4 <3,4 3,6 <3,4
2,2 2,6
1,6 0,9 0,4 0,1 0,03 0,6 1,0
1,0
jul-16 nov-17 abr-18 nov-18 jul-16 nov-17 abr-18 nov-18 jul-16 nov-17 abr-18 nov-18 jul-16 nov-17 abr-18 nov-18
SS02 / AAI-01 SS05/AAI-02 SS06/AAI-03 SS07/AAI-04
FA=0,03 FA=J&E Lab
100000,0
Tetracloroteno - Projeto B (µg/m³) – Concentração no Ar Ambiente InternoMapeamento de
Fontes Acima do Piso
12658,9
10000,0
2433,9 2750,0 2772,2
2086,8
1212,2
1000,0 732,2
306,1 372,0
152,9 160,6 175,4
116,0 99,2
100,0
22,8 29,1
16,9

10,0 7,0
4,4
2,8
1,9
0,3 0,5 0,1 0,2 0,1 0,4
1,0
jul-16 jul-16 jul-16 jan-17 jul-16 out-16 jan-17 jul-16 jul-16
CP12 / AAI-01 CP14/AAI-02 CP15/AAI-03 FA=0,03 FA=J&E Lab CP16/AAI-04 CP-17/AAI-05 CP-18/AAI-06
PCE/TCE (µg/m³) – Concentração no Ar Ambiente Interno
100000,0
28596,5
12658,9 14070,0
10000,0 6600,0

1574,2

1000,0 485,9
251,0 238,6

100,0
46,7
22,8 25,7
16,9 15,8 19,7
11,5 11,9
10,0 5,2 5,1
3,6 4,5 <3,4 <3,5 <3,7
2,7 2,6
1,4
0,5 1,1 1 0,04
1,0
abr-18 jul-16 jul-18 abr-18 dez-16 dez-19 fev-19 jan-19 dez-18 jun/19
Projeto A - PCE Projeto B -PCE Projeto C - PCE Projeto D - TCE Projeto E- TCE Projeto F - TCE Projeto G- PCE Projeto H - PCE Projeto I - PCE Projeto J- TCE
FA=0,03 FA=J&E Lab
Hidrocarbonetos de Petróleo - (µg/m³) – Concentração no Ar Ambiente InternoAAE-01
Nome do ponto AAI-01
Nome da amostra AAE-01 AAI-01
10.000,00 6510,00 Data de coleta 6390
05/11/2018 05/11/2018
Parâmetro 3930 INDOOR AIR COM
Unidade
1,2,4-Trimetilbenzeno µg/m³ 226,55 13,50 15,50
1.644,00 1,3,5-Trimetilbenzeno µg/m³ 226,55 3,70 4,20
1059 Etilbenzeno µg/m³ 43,50 < 3,2 < 3,1
1.000,00 Metiletilcetona µg/m³ 18.879,31 4,00 22,90
423 Propeno µg/m³ 11.327,59 10,40 8,60

100,00

13,5
10,00 5,45
3,7 3,80 <3,7 4,3 <3,7
<3,7 2,66
2,10
1,6 1,4
1,16 1,06 0,32 1,1 0,6 0,6
1,00
nov-18 nov-18 nov-18 out-18 out-18 out-18
SS01 / AAI-01 - SS01 / AAI-01 - 1,2,4-TMB SS01 / AAI-01 - 1,3,5-TMB SS03 / AAI-01 - SS03 / AAI-01 - 1,2,4-TMB SS03 / AAI-01 - 1,3,5-TMB
Etilbenzeno Etilbenzeno
Projeto PHC - A FA=0,03 FA=J&E Projeto PHC - B
Willem Takiya
willem.takiya@arcadis.com

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