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cultura de doação?
Sistema atual, com diversas leis e regras, precisa ser mais simples e mais
claro, defendem especialistas
Mecanismos são responsáveis por captar quase R$ 3,5 bilhões por ano, mas
valor poderia superar R$ 6 bilhões
Legislação atual dá ênfase excessiva a projetos e permite apoio só a algumas
causas
E estamos numa época propícia para discutir este último lado, o do Estado que, por
meio de leis de incentivo, abre mão de parte de seus impostos para estimular as
pessoas a serem solidárias. Há uma comissão de deputados e senadores discutindo
reforma tributária, e o governo federal já enviou ao Congresso um projeto que pretende
ser o primeiro de vários para alterar os tributos no Brasil.
As organizações da sociedade civil precisam engajar-se nesse debate com uma premissa
fundamental: é necessário simplificar, como defenderam os participantes do webinar
“Incentivos fiscais para doações”, o terceiro da série “Reforma Tributária Sem Fins
Lucrativos”, organizada pela Associação Brasileira dos Captadores de Recursos (ABCR) e
pela Escola Aberta do Terceiro Setor. “A palavra de ordem tem de ser simplificar”,
resumiu o diretor de responsabilidade social do Hospital de Amor, Henrique Moraes
Prata, durante o evento, realizado em 19 de março (assista ao vídeo na íntegra).
Cultura e
Incentivo à Cultura 4 Audiovisual, 6
somados, Cultura,
podem abater Audiovisual,
no máximo 4% Esporte e
Fundos,
somados,
podem abater
no máximo 6%
Incentivo ao Audiovisual 3 6
Incentivo ao Esporte 1 — 6
Vale frisar que nem todo esse valor vai para entidades sem fins lucrativos. Os incentivos
para a área de cultura, por exemplo – responsáveis por cerca de 45% do total captado –
, também beneficiam empresas como produtoras culturais, companhias de teatro e
estúdios de cinema.
3,444
3,307 3,238
3,098 3,164 3,108
2,967 2,996
2,831 2,869
2,712 2,715
2,554 2,660
Ele nota uma “insegurança muito grande” de alguns técnicos responsáveis por análises de
prestações de contas. O advogado citou casos de diligências feitas anos ou mesmo décadas
depois da entrega dos resultados do projeto. “Isso gera um custo operacional gigante tanto para
o poder público como para as entidades. Gera um descrédito nas ferramentas de captação
incentivada.”
Abertura: Débora Verdan (Escola Aberta do Terceiro Setor) e João Paulo Vergueiro (ABCR)
Debatedores: Michel Freller, moderador (ABCR), Henrique Moraes Prata (Hospital de
Amor), Ana Paula Cavalcanti (UniCesumar), Renato Dolabella (Dolabella Costa Campos
Advocacia e Consultoria)
Assista na íntegra