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Noemia Varela
o Movimento Escolinha de Arte (MEA)
Esta história começa em Recife, no ano de 1953, quando um grupo
formado por Noemia Varela, Augusto Rodrigues,Ulisses
Pernambucano,Paulo Freire,Francisco Brennand, Aloísio Magalhães,
Hermilo Borba e Lula Cardoso Aires cria a Escolhinha de Arte do
Recife.
FRANGE, Lucimar Bello Pereira. Noêmia Varela e a arte. Belo Horizonte: C/Arte,
https://www.youtube.com/watch?v=8CWf-
O que dá mais a pensar sobre esta questão e que ainda não foi
pensado? Que é necessário desaprender para encontrar o
caminho mais sábio que nos leve à elaboração mais rica do
processo de formação do arte educador?” (VARELA, 1986)
Referência Vídeo :
http://lucimarbello.com.br/site/
Referências textos :
“Nessa época, a gente viaja para o Festival de Curitiba e todo mundo se encantou com o
espetáculo que se chama
Foto: Rogério
Ilo Krugli é o fundador do grupo de Teatro Ventoforte, sediado primeiro no Rio de Janeiro e a
partir de 1980 em São Paulo.
O grupo adota o nome devido a crítica positiva de Ana Maria Machado ao teatro infantil.
São mais de 40 prêmios ganhos ao longo de três décadas, 30 peças, inúmeras viagens por
países da América Latina, Europa
e Estados Unidos
www.itaucultural.org.br/enciclopedia/
http://aplauso.imprensaoficial.com.br/
edicoes/12.0.813.190/12.0.813.190.pd
Palavra e Fantasia
A prosa poética de Bartolomeu nos convida à uma participação lírica
no mundo. Os acontecimentos do cotidiano são relembrados num
tom metafórico que dá asas ao leitor
“ Aprendi a ler com o meu avô.. Meu avô escrevia nas paredes da casa, eu
tinha uma casa muito grande. Ele escrevia tudo o que
acontecia na cidade nas paredes. Quem morreu, quem
casou, quem viajou, quem matou, quem traiu, tudo ele
escrevia e eu ficava perguntando: “que palavra é essa?”,
“que palavra é aquela ?”, então de repente eu sabia ler.
Quando eu entrei para a escola, até hoje eu brinco
muito, eu tinha tanta necessidade de ser amado que eu
fazia de conta que não sabia ler nem escrever e
aprendia tudo de novo para a professora gostar de
mim.”
No grego a origem da palavra, pedagogo significa parteira, aquele que ajuda o outro a vir à luz.
O exercício do pedagogo é esse, ajudar o outro vir à luz.
“A gente só fantasia aquilo que a gente não tem. A fantasia é a falta. Então, a
arte é o que me falta. Eu escrevo o que me falta. E o sujeito lê o que falta
nele. Entre o escritor e o leitor há um diálogo de faltas. Então, um diálogo
muito frágil, muito tênue, um diálogo muito sensível, muito refinado. Eu não
vou escrever o que eu tenho, eu sempre escrevo o que eu não tenho. Se a
arte é feita de fantasia, ele só fantasia o que não tem. O que eu tenho não é
a questão. A arte tem essa coisa, passa por essa delicadeza.”
“Com 17 anos comecei a trabalhar com o Augusto. Rodrigues Achava ele louco,
porque ele tinha uma cabeça, em educação, avançadíssima. Ele abriu várias portas,
pelo menos no Rio de Janeiro, para o movimento da arte- educação.”
Cecília defende uma maior divulgação do trabalho desta época “tem que falar de Pedro
Muniz A educação desvinculada da arte não marca, não dá o insight. A arte permite
você estar aberto a outras formas de pensar e de sentir. Você trabalha com a inteligência
sensível, isso é fundamental na educação.
“Eu tenho esperança da volta da música na escola primária. Acho que seria
fundamental na criancinha do pré, bem pequena,
começar a trabalhar. Porque ela tem a expressão musical, ela não tem a artística
musical, mas ela tem espontânea. Ela canta, ela dança, ela cria poemas. Ela não
tem consciência, mas está tudo latente lá. Como ela é pesquisadora, ela vê as
coisas como são feitas... Ela vai na terra e tira a planta por curiosidade. Cheira,
toca, lambe... Então, ela está atenta. Nós é que atrofiamos esse ser humano. E a
arte-educação é para ampliar esse horizonte. Dar possibilidade dele usufruir e
aprender. Porque ficou muito na fruição.
“Quando cheguei pra trabalhar em Brasília, a Universidade não tinha casa pra me
oferecer, então me hospedou no Hotel Nacional. Eu fiquei com um problema
porque eu tinha um filho de um ano. Resolvi comprar uma terrinha em Olhos
d’Água e fomos construindo nos finais de semana.
Foi aí que eu conheci esse povo que tinha vivido uma experiência maravilhosa
em termos culturais e que depois tinha perdido tudo isso com a construção de
Brasília. Brasília foi aquela nave-mãe que desceu do espaço e que tomou conta
da região sem trazer junto com os engenheiros, arquitetos, sociólogos e
antropólogos comprometidos, que deveriam ter assegurado a continuidade da
cultura dessa região.
Em 1972 nós já tínhamos começado a perceber que Olhos D’Água tinha
determinadas coisas que eu não sabia.
As casas eram todas fechadas. Tinha saído a sede do município para a beira da
estrada na construção de Brasília e ali e virou um povoado que perdeu coisas
preciosas como a sua tecnologia própria para serra d’água, que tinha energia na
praça... Era puxar um fiozinho, amarrar com um prego e as luzes começavam a
acender. Era uma coisa fantástica.
Porque era uma experiência com o povo diretamente. Com os fazeres culturais
de uma população, com a sabedoria do povo. E estava antecipando aquilo tudo
que Paulo Freire disse no momento em que eu o entrevistava para a minha tese.
“Paulo, qual o maior problema da educação?” Ele disse assim, “É a dicotomia
entre o fazer e pensar”. Essa relação com a comunidade é uma relação entre
São sete municípios que a gente trabalha com ecologia humana, ambiental,
social, cultura e desenvolvimento. A auto-sustentabilidade com bases na cultura,
levando em conta que as grandes civilizações do mundo tiveram a cultura como
carro-chefe e não carro de reboque como acontece no Brasil.
Então nos temos que ter consciência também nas nossas reflexões que era
necessário perseguir as estruturas adequadas que o Brasil já teve em termos de
Educação, as escolas que foram fechadas como por exemplo, os Liceus de Artes
e Ofícios. E foi nessa perseguição a essas metodologias e linhas de trabalho que
mais tarde eu vim a criar em Belém uma experiência de dois anos, a
implementação do
E depois perdeu isso por causa da política partidária. Mudou a política, quem
está num partido não atende outro partido, porque partido não é inteiro e a
sociedade é um todo, que deveria juntar as suas partes para ser um todo inteiro.
Dentro dessa linha nós estamos perseguindo a própria arte-educação passe a
trabalhar esse sentido da unidade na diversidade.
Eu convoco a ação dos arte-educadores para uma ação mais anarquista do que
acadêmica para fazer a nossa vontade virar verdade. E esse país de muitos Brasis
poder dar as mãos e efetivamente ser um país desenvolvido com base na sua
cultura.
Angel Vianna
“Dançar ultrapassa qualquer obstáculo na vida”
Quanto mais você conhece, mais você quer conhecer “ Frente a este mistério é
preciso muita dedicação. Angel Vianna ensina que todo corpo precisa ser
respeitado, observado e tratado com cuidado. Em sua escola não existem limites
para dançar.
https://youtu.be/eTmL7chCtec
“Tem gente que nasce e morre e não sabe que viveu, porque não tem atenção
com a vida
https://www.youtube.com/watch?v=0KnBfbeGfvY
Acervos :
http://www.angelvianna.art.br/
http://www.klaussvianna.art.br/
http://www.escolaangelvianna.com.br/blog/