Você está na página 1de 57

Trabalho de Grupo

Crime Organizado Transnacional


1. Problemática, Conceito e o enquadramento do crime organizado
2.Teorias sócio antropológicas do crime organizado e aspetos
criminológicos
3.A Globalização do Crime Organizado Transnacional
4.Crime Organizado Transnacional – O papel fundamental das
Instituições Internacionais
5.Crime organizado na África Ocidental e Cabo Verde
6. Cooperação Internacional - Prevenção e Repressão do Crime
Organizado
O
O crime
crime organizado
organizado éé umauma questão
questão difícil
difícil ee
complicada
complicada para
para aa sociedade
sociedade porque
porque reflete
reflete suas
suas
fraquezas,
fraquezas, oo lado
lado amargo
amargo dede suas
suas fissuras
fissuras ee
contradições.
contradições.

• Crime organizado e criminalidade comum


ou de massa;
Licenciatura em Criminologia e Segurança Pública (3ª ano, 1ª
Semestre)
Disciplina: Crime Organizado
UNIDADE I: Conceito e o enquadramento do crime organizado

• Crime organizado: delimitação conceptual, tipologia e estrutura.

• Origens e antecedentes históricos do crime organizado;

• Perspectiva jurídica, institucional e sócio-antropológica;

• Caraterização do crime organizado por regiões e seus atores;

• Crime organizado e criminalidade comum ou de massa;

• Aspetos criminológicos do crime organizado.


Licenciatura em Criminologia e Segurança Pública (3ª ano, 1ª
Semestre)
Disciplina: Crime Organizado
UNIDADE I: Conceito e o enquadramento do crime organizado

• Caraterização do crime organizado por regiões e


seus atores;

• Crime organizado e criminalidade comum ou de


massa;

• Aspetos criminológicos do crime organizado.


Licenciatura em Criminologia e Segurança Pública (3ª ano, 1ª
Semestre)
Disciplina: Crime Organizado
UNIDADE I: Conceito e o enquadramento do crime organizado

• Caraterização do crime organizado por regiões e


seus atores;
Licenciatura em Criminologia e Segurança Pública (3ª ano, 1ª
Semestre)
Disciplina: Crime Organizado
UNIDADE I: Conceito e o enquadramento do crime organizado

La criminalidade organizada es un tema difícil y complicado para


la sociedad porque refleja sus debilidades, la cara más amarga de
sus fissuras y contradicciones. En una sociedad que se
desenvuelve dentro de simbologias, en la que el mensage es
transcendente, reconhecer la existência y peligrosidad de la
criminalidad organizada, suporte destapar, cual “efecto dominó”,
una serie de deficits sociales, económicos, culturales, de nuestras
sociedades “del bienestar” Rodriguez, Laura Zúnica, Criminalidad Organizada, Derecho
Penal y Sociedad. Apuntes para el análises, pag. 39 e segs. In El Desafio de la Criminalidad Organizada,
Coord. Nieves Sanz Mulas, Granada, ed. Comares, 2006, pags. 280.
Licenciatura em Criminologia e Segurança Pública (3ª ano, 1ª
Semestre)
Disciplina: Crime Organizado
UNIDADE I: Atividades criminais

1. a participação num grupo criminoso organizado e a participação em extorsão; CPP 217, 219
2. o terrorismo, incluindo o seu financiamento;
3. o tráfico de seres humanos art 271, CPP e o tráfico ilícito de migrantes;
4. a exploração sexual, incluindo a das crianças;
5. o tráfico ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas;
6. o tráfico ilícito de armas;
7. o tráfico ilícito de bens roubados e outros bens;
8. a corrupção;
Licenciatura em Criminologia e Segurança Pública (3ª ano, 1ª
Semestre)
Disciplina: Crime Organizado
1. a fraude;
2. a falsificação de moeda;
3. a contrafação e a pirataria de produtos;
4. as infrações penais contra o ambiente;
5. os assassinatos e as ofensas corporais graves;
6. o rapto, o sequestro e a tomada de reféns;
7. o roubo;
8. o contrabando (inclusive o que se relaciona com taxas e direitos alfandegários e impostos);
9. as infrações fiscais penais (ligadas aos impostos diretos e indiretos);
10.a extorsão;
11.a falsificação;
12.a pirataria;
crime organizado por regiões e seus atores

Europa e países da ex união soviética

Organização País membros Droga Arma TSH ICM

M. Siciliana Italia 5.000


Camorra Italia 6.000
Ndrangheta na Italia 5.300
Calábria
Solntseskaya Russia 9.000
Bratva
M. Ucraniana
Moldavia
Romenia
Asia (oriente e
central)
Organização País membros Droga Arma TSH ICM outros

Triades chinesas Hong Kong, 100,000


Macau e
Taiwan

Yakuza Japão 87.000

Mianmar

Afeganistão
América do Sul e Central

Organização País membros Droga Arma TSH ICM

Cali Colombia
Medlin Colombia P. Scobar
Culican Mexico
Guadajara Mexico
Juarez Mexico
Sinaloa Mexico El Chapo
Comando Brasil - RJ 6.500
Vermelho
Primeiro Comando Brasil – S.P 30,000
Capital PCC
EUA

Organização País membros Droga Arma TSH ICM outros

Mara EUA e países da 70.000


Salvatrucha ou MS A. Central
-13

La Cosa Nostra NY, Chicago 3.000


ÁFRICA

Organização País membros Droga Arma TSH ICM outros

Nigeria

Africa do Sul

Paises da CEDEAO
Fonte: https://petripuc.files.wordpress.com/2011/10/mc3a1fiasmapa.jpg
Licenciatura em Criminologia e Segurança Pública (3ª ano, 1ª
Semestre) Disciplina: Crime Organizado

CRIME
ORGANIZADO
TRANSNACIONAL
Licenciatura em Criminologia e Segurança Pública (3ª ano, 1ª
Semestre) Disciplina: Crime Organizado
LAVAGEM/BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS
Estima-se que um bilhão de dólares em lucros do crime são
transferidos diariamente através do mercado financeiro
mundial.

FMI – estima que ganhos obtidos com as atividades ilícitas


rondam 500 milhões de USD = 2% PIB mundial.
Fonte:
Licenciatura em Criminologia e Segurança Pública (3ª ano, 1ª
Semestre) Disciplina: Crime Organizado

Os atores do branqueamento de capitais


Licenciatura em Criminologia e Segurança Pública (3ª ano, 1ª
Semestre) Disciplina: Crime Organizado
Três categorias:

1. O branqueador é o autor do delito subjacente aos fundos que são o objecto do processo
de branqueamento. Trata-se de alguém que é denominado de «auto-branqueador».
2. O branqueador encontra-se entre os próximos (familiares chegados, amigos e
cúmplices) do autor do delito subjacente.
3. O branqueador é um terceiro, profissional ou não profissional, que vai prestar o seu
contributo ou emprestar a sua experiência profissional no processo de branqueamento, e
para benefício do autor do delito subjacente. Em geral, fá-lo por uma remuneração. Nesta
terceira categoria, encontramos os banqueiros, os advogados, os cambistas manuais, os
conselheiros jurídicos, financeiros ou outros, profissionais da contabilidade, homens de
negócios, consultores, diplomatas, todo o tipo de pessoa física, de domínios muito
diversos.
Licenciatura em Criminologia e Segurança Pública (3ª ano, 1ª
Semestre) Disciplina: Crime Organizado

Bens de Incidência

O branqueamento pode incidir sobre dois aspetos:

 sobre os fundos: os branqueadores agem sobre o processo de manipulação


de fundos de origem ilícita.

 sobre a propriedade legal: os branqueadores agem sobre o porte dos


direitos de propriedade dos activos emitidos pela transformação dos
produtos da criminalidade (ocultação do verdadeiro proprietário, que é, na
verdade, o autor do delito subjacente).
Licenciatura em Criminologia e Segurança Pública (3ª ano, 1ª
Semestre) Disciplina: Crime Organizado

• Crime organizado e criminalidade


comum ou de massa;
Licenciatura em Criminologia e Segurança Pública (3ª ano, 1ª
Semestre) Disciplina: Crime Organizado

Criminalidade comum ou de
massa;
O termo “criminalidade de massa” compreende assaltos,
invasões de residências, furtos, roubos, estelionatos e outros
tipos de violência que acontecem de maneira intensa. Os
problemas causados por esse tipo de criminalidade não são
apenas econômicos ou físicos, mas também emocionais,
resultando em um sentimento de insegurança coletiva.
Licenciatura em Criminologia e Segurança Pública (3ª ano, 1ª
Semestre) Disciplina: Crime Organizado
Criminalidade comum ou de massa;

Inclui todos os crimes que são cometidos frequentemente e que


as vitimas são facilmente identificáveis.
Relatorio anual DNPSP 2004

É cada vez mais consensual que, o que incomoda é a pequena


criminalidade ou criminalidade de massa.
Comunicação da Comissão ao conselho e ao Parlamento Europeu – Prevenção da Criminalidade da
EU de 16/04/2004
Licenciatura em Criminologia e Segurança Pública (3ª ano, 1ª
Semestre) Disciplina: Crime Organizado

Embora o crime organizado e a criminalidade de massas


sejam fenômenos distintos, há um ponto comum entre eles:
“é quando a segunda é decorrente da primeira, que
aparece como geratriz, de sorte que, a despeito de
constituírem diferentes tipos de criminalidade, da
organização criminosa deriva parte da criminalidade de
massas” (FERRO, 2009, p. 328).
Licenciatura em Criminologia e Segurança Pública (3ª ano, 1ª
Semestre) Disciplina: Crime Organizado

Quanto à criminalidade organizada, centro de discussões em vários segmentos da sociedade e


constante tema midiático, seu conceito é bastante abrangente. Pode ser classificada tanto pelos
impactos causados, pelo grau de formalização ou como também pela estrutura altamente
especializada e hierarquizada que envolve os criminosos.

Para a Organização das Nações Unidas (ONU), o crime organizado constitui uma agressão à
sociedade, causando impactos nocivos individual, coletivo e institucionalmente, ao mesmo tempo em
que ameaça a ordem democrática.

Para o Federal Bureau of Investigation (FBI), o crime organizado se refere a qualquer grupo de
estrutura formalizada que tem como finalidade ganhar dinheiro por meio de ações ilícitas. Para isso,
usam de violência, corrupção, fraude e extorsões para alcançarem seus objetivos.

Para a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), o crime organizado consiste em


grupos estruturados de maneira corporativa, com o objetivo de obter dinheiro por meio de ações
ilegais.
Disciplina: Crime Organizado
Aula: Crime organizado:

Scarance propõe que a criminalidade seja dividida em três


grupos:

(i) criminalidade leve ou de bagatela - infrações penais


leves
(ii) criminalidade comum;

tratamento é feito pelo sistema penal e processual penal


tradicional, “com ampla garantia às partes, com regime
progressivo de pena, com prisão processual excecional
(iii) criminalidade grave ou organizada sem consenso
Fonte: Revista de Direitos e Garantias Fundamentais, Vitória, n. 6, p. 173-208, jun./dez.
Disciplina: Crime Organizado
Aula 2 e 3: Crime organizado: delimitação concetual, tipologia e estrutura;

Scarance Fernandes - ressalta que o tipo de criminalidade mais


problemático tanto para o legislador quanto para a doutrina tem sido a
criminalidade grave ou organizada que, por sua vez, pode ser dividida
em três tipos:

• (i) a criminalidade grave, violenta e não organizada, dirigida a bens


individuais como, por exemplo, o homicídio, o roubo, o agressão sexual;

• (ii) a criminalidade grave, violenta ou não, não organizada, que atinge


grupos de pessoas ou a coletividade como, por exemplo, o
envenenamento da água potável, o induzimento ao suicídio coletivo,
os crimes financeiros;
Disciplina: Crime Organizado
Aula 2 e 3: Crime organizado: delimitação concetual, tipologia e estrutura;

• (iii) a criminalidade organizada, cujas características não


foram ainda bem definidas e que se manifesta no mundo
por meio de modelos mafiosos, de entorpecentes, por
grupos dedicados ao tráfico internacional de armas, de
mulheres, de crianças, de animais, dentre outros.
Disciplina: Crime Organizado
Aula 2 e 3: Crime organizado: Criminalidade organizada e crime de massa

Em outra perspetiva, Hassemer, ressalta a necessidade da


distinção que deve ser feita entre a “criminalidade de massa”
e a organizada. Isso porque o discurso político ventilado pela
mídia induz a população a crer que, atualmente, os grandes
investimentos em sede de segurança pública são destinados
ao combate do crime organizado. Isso, do ponto de vista
político-criminal, pode ser um erro, na medida em que o
sentimento de insegurança da população está mais
relacionado à criminalidade de massas do que ao crime
organizado.
Fonte: Revista de Direitos e Garantias Fundamentais, Vitória, n. 6, p. 173-208, jun./dez. 2009
Disciplina: Crime Organizado
Aula 2 e 3: Crime organizado: Criminalidade organizada e crime de massa

Necessário advertir que, embora o crime organizado e a


criminalidade de massas sejam fenômenos distintos, há
um ponto comum entre eles: “é quando a segunda é
decorrente da primeira, que aparece como geratriz, de
sorte que, a despeito de constituírem diferentes tipos de
criminalidade, da organização criminosa deriva parte da
criminalidade de massas” (FERRO, 2009, p. 328).

Fonte: Revista de Direitos e Garantias Fundamentais, Vitória, n. 6, p. 173-208, jun./dez. 2009


Disciplina: Crime Organizado
Aula 2 e 3: Crime organizado: Crime organizado e mafia

Outra distinção importante é aquela que diz respeito ao crime


organizado e à máfia. A propósito, é impossível pensar na máfia e não
se lembrar da Itália, na região da Sicília (localizada no sul da Itália),
berço da Cosa nostra, Camorra, n’Dranghetta e Sacra Corona Santa:
as maiores e mais importantes organizações criminosas italianas. A sua
formação, modelo de constituição e o sucesso nos seus
empreendimentos serviram de inspiração para outras organizações
criminosas, motivo pelo qual se limitará à análise da máfia italiana, o
que permite uma compreensão geral do modelo mafioso de
organização criminosa.

Fonte: Revista de Direitos e Garantias Fundamentais, Vitória, n. 6, p. 173-208, jun./dez. 2009


Licenciatura em Criminologia e Segurança Pública (3ª ano, 1ª
Semestre) Disciplina: Crime Organizado

Distinção no ponto de vista de atividade

Massa
Licenciatura em Criminologia e Segurança Pública (3ª ano, 1ª
Semestre) Disciplina: Crime Organizado

Distinção no ponto de vista Da Violência


Aspetos jurídicos
Os eixos hassemerianos caraterizantes do Crime
Organizado

1.Mutabilidade;
2.Invisibilidade de vitimas diretas;
3.Intimidação das vitimas diretas;
4.ação plurilocalizada (nacional e extranacional)
5.Multiplicidade simulatoria.
Disciplina: Crime Organizado
Aula 2 e 3: Crime organizado: ELEMENTOS COMUNS

• “a continuidade; • o uso da intimidação e violência;

• a sua estrutura hierárquica, com • o objetivo visando o lucro;


divisão de trabalho;

• a sua influência na sociedade, na


mídia e nas estruturas políticas”
(Convenção Internacional contra a Criminalidade Organizada Transnacional - Palermo 2-11-2000)
–art. 2 a)
Disciplina: Crime Organizado
CONCEITO -
(Convenção Internacional contra a Criminalidade Organizada Transnacional -
Palermo 2-11-2000) –art. 2 a)

“Grupo estruturado de três pessoas ou mais,


que existe há um algum tempo, e age
conjuntamente para cometer uma ou várias
infracções graves ou para tirar disso, directa
ou indirectamente, um benefício financeiro ou
outro benefício material”
Disciplina: Crime Organizado
CONCEITO -
(Convenção Internacional contra a Criminalidade Organizada Transnacional -
Palermo 2-11-2000) –art. 2 a)

- estruturado de três pessoas ou mais,


- que existe há um algum tempo,
- age conjuntamente para cometer uma ou várias
infracções graves
- ou para tirar disso, directa ou indirectamente, um
benefício financeiro ou outro benefício material”
Os três tipos de uma
organização criminosa (União
Europeia)
1- Mais de 2 pessoas
2- Tarefas específicas Critérios Tipo criminoso
3- De duração
4- Disciplina e controlo Bando
5- Delinquentes profissionais 1 – 5 - 11 criminoso
6- Envergadura internacional estruturado
7- Emprego da violência ou da 1 – 5 – 11
intimidação + Crime
8- Utilização de estruturas de tipo Quaisquer organizado
comercial outros 3
9- Branqueamento de capitais
10- Influência, corrupção A totalidade MAFIA
11- Agindo pelo dinheiro e/ou
pelo poder
Disciplina: Crime Organizado
Aula 2 e 3: Crime organizado: Aspectos criminológicos

Observa-se ao longo da história das civilizações, que o “crime” na


acepção que temos hoje, passou e ainda passa por constante evolução,
e de outra forma não poderia ser, haja vista ser o crime um
comportamento humano que na acepção criminológica decorre de
fatores biopsicossociais, que impulsionam a criminalidade.

Fonte: Revista de Direitos e Garantias Fundamentais, Vitória, n. 6, p. 173-208, jun./dez. 2009


Disciplina: Crime Organizado
Aula 2 e 3: Crime organizado: Aspectos criminológicos

Emile Durkheim juntamente com Robert Merton, ensinam na teoria da


anomia que a ausência de leis, ou seja, toda situação social onde falta
coesão e ordem, especialmente no tocante a normas e valores é que
surge o crime.

Durkheim afirma “que o crime é um fenômeno normal e previsível em


toda a sociedade, mas tais desvios são normais se limitados, controlados
pelo poder público”. Dizia ainda “que sociedade sem crime é sociedade
pouco desenvolvida, a delinquência obriga um desenvolvimento estatal
no sentido de estruturação”.
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/9553/O-crime-organizado-e-as-causas-impulsionantes-da-criminalidade
Disciplina: Crime Organizado

Aula 2 e 3: Crime organizado:

A criação de leis com vistas a atender a demanda do crime organizado,


na visão criminológica não parece ser a medida mais adequada para o
seu combate, posto que princípios vetores do direito penal que norteiam a
aplicação da lei no caso concreto, e ressalte-se a extrema importância
destes para a manutenção das instituições democráticas, tais como o
devido processo legal, a razoável duração dos processos, economia
processual, devido processo legislativo, o Estado democrático de direito,
apesar de essenciais, acabam por tornar demasiadamente demorado a
criação de uma lei apta a fazer frente ao crime, o que de certa forma
favorece a sua evolução, pois esta se dá de forma muito rápida e não
atende a critério algum, pois tem em sua essência o desvio de conduta
que difere de tudo aquilo que se prioriza no convívio social.
As duas categorias fundamentais de
infracções cometidas pelo crime
organizado

1. As infracções estruturais necessárias à existência de grupos criminosos organizados:


 Participação por um grupo criminoso, associação de malfeitores, conspiração,
etc.
 Corrupção
 Branqueamento
 Acções violentas (golpes e ferimentos voluntários, homicídios, etc.)

1. As infracções de finalidade justificando a existência do grupo criminoso organizado


para a busca de um lucro material directo
 Tráfico de droga, tráfico de armas de fogo, tráfico de pessoas, tráfico ilícito de
migrantes, contrabando de mercadorias, contrafacção, cibercriminalidade,
falsificações, fraude, tráfico de bens culturais, pirataria marítima, crime
ambiental, fraude fiscal, infracções financeiras e outras infracções contra a
administração pública.
O dinamismo económico do crime
organizado

 Os grupos criminosos são oportunistas


 Geralmente não se dedicam a uma única infracção
 Todas as actividades económicas/ financeiras estão
abrangidas na medida em que geram lucros rápidos e
substanciais
 Desenvolvem constante e rapidamente novas formas
emergentes de criminalidade, tais como criminalidade
ambiental, cibercriminalidade e tráfico de bens
culturais
 Aproveitam a liberalização económica mundial bem
como os movimentos de pessoas
 Adaptam permanentemente os negócios ilícitos às
O dinamismo económico do crime organizado

 Sabem associar-se a outras organizações criminosas


rivais para facilitar os seus tráficos e maximizar os seus
lucros
 Implantam-se noutras regiões fora do seu país de
origem
 Aproveitam as fraquezas das instituições
governamentais ou de governação de certos estados
 Utilizam os serviços de profissionais económicos e
financeiros de alto nível, bem como toda a variedade
de ferramentas económicas e financeiras legais, que
lhes permitam facilitar as suas actividades e esconder a
sua natureza
 Pactuam localmente com organizações terroristas e
militares subversivas, em função dos seus interesses
mútuos.
O dinamismo económico do crime
organizado

 Sabem associar-se a outras organizações criminosas


rivais para facilitar os seus tráficos e maximizar os seus
lucros
 Implantam-se noutras regiões fora do seu país de
origem
 Aproveitam as fraquezas das instituições
governamentais ou de governação de certos estados
 Utilizam os serviços de profissionais económicos e
financeiros de alto nível, bem como toda a variedade
de ferramentas económicas e financeiras legais, que
lhes permitam facilitar as suas actividades e esconder a
sua natureza
 Pactuam localmente com organizações terroristas e
militares subversivas, em função dos seus interesses
OBRIGADO!

Você também pode gostar