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Resumo. Ensaios em coluna e de equilíbrio em lote foram realizados para determinar o coeficiente de dispersão
hidrodinâmica e o fator de retardamento do zinco, manganês e cádmio, em solo residual (horizonte B) compacta-
do, obtidos utilizando-se os métodos de análise tradicional e de massa acumulada para ensaios em coluna. Para a
realização dos ensaios em coluna, foi construído um equipamento capaz de ensaiar, simultaneamente, quatro
amostras de solo submetidas a uma pressão de confinamento. Um programa de computador, que usa um procedi-
mento de otimização, foi desenvolvido para facilitar a interpretação dos resultados obtidos utilizando-se o método
da massa acumulada. Dentre as principais conclusões tiradas deste trabalho, destacam-se: a seqüência de mobili-
dade obtida para os metais pesados estudados; a grande variação da velocidade de percolação ao longo dos ensai-
os, apesar dos gradientes constantes; a semelhança entre os valores dos parâmetros de transporte obtidos
utilizando-se os métodos de análise tradicional e de massa acumulada para os ensaios em coluna, mesmo quando,
no método da massa acumulada, foi usado um número reduzido de volume de poros efluentes das colunas; uma
menor dispersão dos resultados quando se utiliza o método de análise de massa acumulada; e os altos valores de
fatores de retardamento obtidos.
Palavras-chave: parâmetros de transporte, ensaios em coluna, ensaios de equilíbrio em lote, solo residual.
Abstract. Column and batch equilibrium tests were performed to determine values of hydrodynamic dispersion
coefficient and retardation factor for zinc, manganese and cadmium in a mature residual compacted soil (horizon
B) determined through the traditional and the cumulative mass methods of column tests. The column tests were
performed with equipment especially built, capable of simultaneously testing four samples submitted to confining
pressure. A computational program that uses an optimization procedure to generate the Rd and PL values was de-
veloped to facilitate interpretation of the results obtained by the cumulative mass method. Among the main con-
clusions, one distinguishes: the mobility sequence of the studied heavy metals; the large variation of seepage
1 a
Izabel Christina Duarte de Azevedo, D. Sc., Prof Adjunta, Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Engenharia Civil, Campus Universitário
s/n, Viçosa, MG, CEP: 36571-000. e-mail: iazevedo@ufv.br.
2
Cleidimar Rejane Nascentes, M.Sc., Doutoranda, Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Engenharia Civil, Campus Universitário s/n, Viçosa,
MG, CEP: 36571-000. e-mail: rejanenascentes@zipmail.com.br.
3
Roberto Francisco de Azevedo, Ph.D., Prof. Titular, Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Engenharia Civil, Campus Universitário s/n, Vi-
çosa, MG, CEP: 36571-000. e-mail: razevedo@ufv.br.
4
Antonio Teixeira de Matos, D.Sc., Prof. Adjunto, Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campus Universi-
tário s/n, Viçosa, MG, CEP: 36571-000. e-mail: atmatos@ufv.br.
5
Lucas Martins Guimarães, Graduando, Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Engenharia Civil, Campus Universitário s/n, Viçosa, MG,
CEP: 36571-000. e-mail: lucasmguimaraes@bol.com.br.
Recebido em 24/6/2003; Aceitação final em 30/10/2003; Discussões até 30/4/2004.
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Azevedo et al.
velocity during testing, in spite of constant gradient; the similarity in the results of transport parameters obtained
from both the traditional and the cumulative mass methods, even when a reduced number of effluent samples were
used; the little dispersion in the results for the cumulative mass method; and the high values of retardation factors
obtained.
Key words: transport parameters; column tests, batch equilibrium tests, residual soil.
Resumen. Ensayos en columna y de equilibrio fueron realizados para determinar el coeficiente de dispersión hi-
drodinámica y el factor de retraso para el zinc, manganeso y cadmio en un suelo residual maduro (horizonte B)
compactado, obtenidos utilizando los métodos tradicional y el de masa acumulada para los ensayos en columna.
Los ensayos en columna fueron realizados con equipamiento especialmente construido, capaz de testar simultáne-
amente cuatro muestras sometidas a presión de confinamiento. Se desarrollo un programa informático que utiliza
un procedimiento de optimización para facilitar la interpretación de los resultados obtenidos con el método de la
masa acumulada. D’entre las principales conclusiones se destaca: la secuencia de movilidad obtenida para los me-
tales estudiados; la grande variación en la velocidad de precolación durante los ensayos, a pesar del gradiente
constante; la similitud entre los valores de los parámetros de transporte obtenidos con los dos métodos de análisis,
aun cuando, el número de muestras de efluente es reducida; la menor dispersión de los resultados en el método de
la masa acumulada; los valores altos de los factores de retraso obtenidos.
Palabras clave: parámetros de transporte, ensayos en columna, ensayos de equilibrio, suelo residual.
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Coeficiente de Dispersão Hidrodinâmica e Fator de Retardamento de Metais Pesados em Solo Residual Compactado
acumulada, proposto por Shackelford (1995). Este metros de transporte de massa. Foram realizados
método baseia-se na massa de soluto acumulada no ensaios em amostras de um solo coluvionar com-
efluente. Uma vantagem considerável na análise pactado que, de acordo com o Sistema Unificado
com uso deste método é a menor dispersão dos re- de Classificação, enquadra-se no grupo MH. Fo-
sultados. Além disto, o número de amostras de ram utilizadas amostras do solo natural e amostras
efluentes coletadas para a determinação dos parâ- deste misturado com bentonita. Os resultados dos
metros pode ser significativamente menor do que ensaios de caracterização geotécnica e análises fí-
no método tradicional. Entretanto, a determinação sico-químicas do solo natural forneceram os se-
do fator de retardamento e do coeficiente de disper- guintes valores: 25,63% de argila; LL = 66,1%;
são hidrodinâmica com base em resultados experi- IP = 22,1%; atividade da argila = 0,80; peso especí-
mentais é mais trabalhosa do que quando obtida fico seco máximo γd = 13,24 kN/m3; condutividade
-9
com o uso do método tradicional. hidráulica média k = 1,62 x 10 m/s para a solução
Os ensaios de equilíbrio em lote (batch equili- contaminada (média aritmética das condutividades
brium tests – BET) têm por objetivo determinar a de todas as amostras ensaiadas à temperatura de
capacidade de adsorção de um dado soluto adicio- 21 °C); pH = 5,35; e CTCtotal = 6,62 cmolckg-1. Fo-
nado em diferentes concentrações na fração sólida ram utilizadas como soluções contaminantes duas
do solo. Valores do fator de retardamento são de- soluções mono-espécie de zinco com concentra-
terminados para a concentração de interesse ajus- ções de 993 mg/L e 60000 mg/L, e pH de 5,54 e
tando-se um modelo aos pontos ensaiados. 5,16. O valor do fator de retardamento encontrado
O objetivo deste trabalho foi determinar o coe- foi, em média, igual a 4, para a temperatura de
ficiente de dispersão hidrodinâmica e o fator de re- 21 °C. A autora verificou que este parâmetro dimi-
tardamento do zinco, manganês e cádmio em solo nuiu com o aumento da concentração do poluente e
residual (horizonte B) compactado, a ser usado concluiu que os prováveis mecanismos de retarda-
como camada de impermeabilização da base do mento químico que ocorreram entre o zinco e o
Aterro Sanitário do Município de Visconde do Rio solo foram a adsorção e a precipitação.
Branco, MG (Nascentes, 2003; Nascentes et al., Matos (1995), com o objetivo de determinar os
2003). Para a realização dos ensaios em coluna, foi fatores de retardamento e coeficientes de dispersão
construído um equipamento capaz de ensaiar, si- hidrodinâmica de quatro metais, Zn, Cd, Cu e Pb,
multaneamente, quatro amostras de solo submeti- nos três horizontes dos solos PV, PVc e LVa, com e
das a uma pressão de confinamento. Utilizou-se sem calagem, do Município de Viçosa-MG, condu-
uma solução contaminante produzida artificial- ziu ensaios em coluna, utilizando como solução
mente, composta por seis metais pesados. A solu- contaminante um coquetel composto por 700 mg/L
ção foi preparada a partir de nitratos de manganês, de Zn; 20 mg/L de Cd; 200 mg/L de Cu e 300 mg/L
zinco, cádmio, cobre, chumbo e crômio, com pH de Pb, aplicado sob escoamento em meio saturado
igual a 5. Valores do coeficiente de dispersão hi- e sob regime permanente. Os fatores de retarda-
drodinâmica e do fator de retardamento do zinco, mento apresentaram a seguinte seqüência:
manganês e cádmio, foram determinados utilizan- Zn < Cd < Cu < Pb, o que determinou uma seqüên-
do o método de análise tradicional e o método da cia inversa de mobilidade destes metais nos solos
massa acumulada (Shackelford, 1995). Isotermas estudados. A presença de carbonato de cálcio
de sorção dos metais estudados foram determina- (CaCO3) nos solos aumentou o fator de retarda-
das a partir de ensaios de equilíbrio em lote. mento dos quatro metais estudados, principalmen-
te, o do cobre e do chumbo.
1.1. Revisão de literatura
Paraguassú et al. (2002) realizaram ensaios em
Elbachá (1989) apresentou resultados de ensai- coluna de lixiviação em uma mistura, na proporção
os de laboratório de permeabilidade e de equilíbrio em massa seca, de 75% de solo arenoso da forma-
em lote associados ao estudo da migração de polu- ção Botucatu (TJ), e 25% de material argiloso da
entes em meios porosos em que foram considera- formação Serra Geral (JK). A mineralogia da fra-
dos os efeitos da temperatura, do mineral argílico e ção argila dos solos foi determinada por difração de
da concentração do poluente na obtenção dos parâ- raios-X e análise térmico-diferencial em que foi
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verificada a presença de caulinita, óxidos e hidró- 51% de argila; LL = 65%; IP = 36%; atividade da
xidos de Fe e Al (gibsita, goethita, hematita e mag- argila = 0,71. Inicialmente, foi ensaiado um solo
netita) no solo argiloso e de caulinita, óxidos e hi- arenoso, com gradientes de 5 m/m e 10 m/m, sob
dróxidos de Fe e Al (gibsita e magnetita) e quartzo tensão efetiva de 50 kPa, utilizando-se como fluido
no solo arenoso. Ensaios de caracterização geotéc- permeante uma solução de nitrato de zinco com
nica da mistura de solos apresentaram os seguintes concentração inicial de 27 mg/L e pH em água
valores: 30,2% de argila; LL = 28%; IP = 8%; peso igual a 7,24. Em uma segunda etapa, a tensão efeti-
específico seco máximo γd = 18,8 kN/m ; e conduti-
3
va aplicada foi de 100 kPa. O solo argiloso foi en-
-9
vidade hidráulica a 20 °C k = 5 x 10 m/s. Caracte- saiado sob tensão efetiva de 50 kPa, utilizando-se
rísticas físico-químicas da mistura: CTC como fluido permeante uma solução de nitrato de
-1
2,20 cmolc kg ; pH em água igual a 5,21. Os ensai- zinco com concentração inicial igual a 390 mg/L e
os de percolação foram executados na mistura pH igual a 6,45. Os dois tipos de solos analisados
compactada com energia do Proctor normal (grau apresentaram, basicamente, a mesma composição
de compactação 97,9%) com condutividade hi- mineralógica, com predominância do argilomine-
dráulica k = 3,24 x 10-9 m/s, em 5 colunas de apro- ral caulinita. Dentre as conclusões apresentadas in-
ximadamente 15 cm de altura e 9,7 cm de diâmetro, cluem-se: a análise química de algumas amostras
com diferentes concentrações de KCl e CuCl2. Os mostrou ter havido sorção do zinco pelos dois so-
fatores de retardamento foram calculados utilizan- los, possivelmente devido à variação do pH do
do o método tradicional de análise e o método da meio, verificada nos efluentes coletados; em todos
massa acumulada proposto por Shackelford, 1995. os ensaios, os valores de condutividade hidráulica
Dentre outros resultados, os autores verificaram diminuíram no início da percolação com a solução
que: a forte sorção do Cu2+ pode ser explicada por contaminante, sugerindo que pode ter havido inte-
seu elevado potencial iônico (maior valência) e po- ração química entre o solo em questão e o poluente
+ -
der de troca quando comparado ao K e Cl ; os valo- presente na solução.
res para o fator de retardamento obtidos com base
1.2. Determinação dos parâmetros de transpor-
no método tradicional foram maiores do que os
te com base nos ensaios em coluna
obtidos utilizando o método da massa acumulada,
existindo uma tendência a se igualarem para altas a) Método tradicional
concentrações; existe tendência de diminuição do Quando o comprimento da coluna é suficiente-
fator de retardamento do Cu2+ (e também dos outros mente longo, a concentração de solutos no efluente
íons) com o aumento da concentração total da solu- pode ser obtida usando a equação:
ção percolante; o pH da solução efluente foi con-
trolado pela adsorção do íon Cu2+ e quando a rela- 1
C
( R − T ) P 2
ção Ce/C0 atingiu a igualdade não houve variação C e (L, T) = 0 erfc L
(1)
2 d 4TR d
do pH.
Costa (2002) estudou a mobilidade do zinco em
sendo:
dois tipos de solo, arenoso e argiloso, do aterro Sa-
nitário de Sauípe, no Município de Entre Rios, BA, Vx t Vx L
T= e PL = (2)
com base em ensaios em um conjunto de dois per- L Dh
meâmetros de parede flexível e carga constante.
Este equipamento permitiu a reprodução das ten- em que Ce é a concentração efluente de soluto; C0 é
sões de campo uma vez que era possível controlar a a concentração afluente de soluto; Rd é o fator de
tensão efetiva aplicada nas amostras. Os resultados retardamento; T é um parâmetro adimensional que
dos ensaios de caracterização geotécnica e análises corresponde à relação entre o volume de efluente
físico-químicas forneceram os seguintes valores coletado e o volume de vazios da amostra e equiva-
para o solo arenoso: 78% de areia; 4% de silte e le ao número de volume de poros; PL é o número de
18% de argila; LL = 23,1%; IP = 8%; atividade da Peclet da coluna; L é a altura da coluna de solo; Dh
argila = 0,44. Para o solo argiloso foram obtidos: é o coeficiente de dispersão hidrodinâmica e Vx é a
4% de pedregulho; 22% de areia; 23% de silte e velocidade de percolação na direção x.
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Coeficiente de Dispersão Hidrodinâmica e Fator de Retardamento de Metais Pesados em Solo Residual Compactado
Tomando a derivada da Eq. (1) em relação a T, comuns em aplicações de campo que envolvem so-
obtém-se, no ponto T = Rd, o valor los de granulometria fina.
( )
b = PL / 4πR 2d . Substituindo PL por Vx L/Dh, O incremento de massa de soluto, ∆m, que pas-
sa através da extremidade efluente de uma coluna
conclui-se que o coeficiente de dispersão hidrodi- finita de solo (em x = L), em um dado intervalo de
nâmica pode ser determinado se a tangente à curva tempo, pode ser determinado utilizando-se a equa-
experimental, Ce/C0 vs. T, no ponto Ce/C0 = 0,5, é ção
conhecida t2
paração entre as análises dos dados medidos com em que, Vp corresponde a um volume de poros (va-
base no método da massa acumulada com os dos zios) do solo na coluna; ξ2, ξ3 e ξ4 são obtidos utili-
métodos mais tradicionais, baseados na concentra- zando as equações:
ção, indicaram diferenças menores do que 3% nos
valores do fator de retardamento e do coeficiente Rd − T
ξ1 = ; ξ 2 = PL ;
de dispersão, determinados por regressão. Estas di- TR d
ferenças foram atribuídas a uma maior dispersão 2
PL
nos dados para o método mais tradicional, além de
outros pequenos erros. Rd + T TPL
ξ3 = ; ξ4 = (6)
Dentre as vantagens do método da massa acu- TR d Rd
mulada em relação ao método tradicional podem 2
PL
ser citadas:
(1) o processo de amostragem do efluente é me- ∆m é função do intervalo de amostragem ou do in-
nos trabalhoso e, conseqüentemente, menos dis- cremento do volume de poros, ∆T (Tfinal – Tinicial).
pendioso; Portanto, quanto maior o valor de ∆T, maior será o
(2) o fator de retardamento pode ser determina- valor de IMR para um mesmo número de volume
do diretamente nas curvas de efluentes, para baixas de poros de fluxo total (acumulado). Em regime es-
velocidades de ensaio; tacionário, quando a concentração efluente é igual
(3) a possibilidade de permitir-se que o efluente à concentração afluente (Ce = C0), o valor de IMR
acumule, sem ter de ser coletado sistematicamente permanece constante e igual ao valor de ∆T (Shac-
a cada pequeno volume acumulado. Isto é particu- kelford, 1995).
larmente atraente nas situações que exigem um A quantidade acumulada ou total de massa de
longo período de ensaio, tais como na avaliação de soluto efluente é a soma dos incrementos de massa
parâmetros de transporte de espécies químicas de de soluto do início (Tinicial = 0) até o final (Tfinal = T)
maior reatividade com o solo (por exemplo, Cu2+ e do ensaio em coluna, desde que a coluna seja ali-
2+
Pb ) sob baixas velocidades de avanço da solução, mentada permanentemente, como pressupõe o en-
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saio. Se estes limites de integração forem aplicados Deste modo, para taxas de fluxo baixas, co-
à Eq. (5) e os limites da função erro complementar muns em camadas de impermeabilização usadas na
forem respeitados, então, pode-se expressar a contenção de percolados de resíduos sólidos, uma
quantidade de massa acumulada de soluto efluente, avaliação precisa de Rd, com base no ensaio tradici-
de forma adimensional, por uma razão de massa onal em coluna, pode ser obtida determinando-se o
acumulada, CMR, dada por: valor da área acima da curva de eluição, quando
k
atingido um regime estacionário de fluxo, o que
∑ ∆m i
Rd
pode exigir um tempo considerável.
CMR = i =1
Vp C 0
=
2PL
[( ξ 4 − ξ 2 )erfc( ξ 1 ) + No método da massa acumulada, a inclinação
da curva CMR vs. T em regime de fluxo estacioná-
( ξ 4 + ξ 2 ) exp( ξ 2 )erfc( ξ 3 )] (7) rio é igual à unidade e esta tendência independe do
valor de Rd. Ou seja, o fator de retardamento influi
em que k é o número total de amostras de efluente no tempo necessário para atingir o regime perma-
coletadas ao longo do número de volume de poros nente, mas não no valor do fluxo de massa de solu-
escoados (ou tempo decorrido), T. to atingido neste regime. O valor de T resultante do
prolongamento da linha reta da curva T vs. CMR
1.2.1. Avaliação do fator de retardamento até o eixo horizontal (CMR = 0) representa o valor
De acordo com Shackelford (1995), o valor de do fator de retardamento, Rd = T0, conforme mos-
Rd obtido com base no método de análise tradicio- trado na Fig. 2.
nal é, geralmente, preciso para altas velocidades de A massa total de soluto afluente e efluente da
avanço da solução, associadas ao transporte miscí- coluna de solo do início do ensaio até que seja atin-
vel através de materiais de granulometria mais gido o regime de fluxo estacionário é dada por
grosseira (aqüíferos). Entretanto, com base na con- C
servação da massa de uma coluna de solo finita, o R d + M = T SS e = T SS (1) = T SS (9)
fator de retardamento pode ser representado, mais C0
corretamente, pela área acima da curva de eluição em que o valor de Rd é calculado usando a Eq. (8);
(Van Genuchten e Parker, 1984; Schackelford, M é a área sob a curva de eluição (mostrada na Fig.
1994, 1995), ou seja, 1) e representa a massa de soluto total efluente, do
T SS C e (T) início do ensaio até que o regime de fluxo estacio-
Rd = ∫ 1 − C dT = nário tenha sido atingido, ou
0
0
j
C e (T)
C e (T) ∑
T SS − ∫
T SS ∆m i
C dT (8) T0
0
0 M=∫ = i =1 (10)
0 C0 Vp C 0
em que TSS é o número de volumes de poros neces-
sários para atingir o regime estacionário, conforme
ilustrado na Fig. 1.
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Coeficiente de Dispersão Hidrodinâmica e Fator de Retardamento de Metais Pesados em Solo Residual Compactado
Comparando as Eqs. (7) e (10) verifica-se que, 15 mA. No difratograma mostrado na Fig. 3, po-
para j = k de-se observar a presença de dois grandes picos, de
primeira e de segunda ordem, do mineral argílico
M = CMR SS (11)
caulinita, indicando sua predominância.
em que CMRSS representa a razão de massa acumu- Os resultados de análises químicas e físico-
lada no tempo necessário para que o transporte de químicas do solo estão apresentados na Tabela 2
soluto atinja o regime estacionário (em T = TSS). (Nascentes, 2003). Os baixos valores de CTCef e
Substituindo a Eq. (11) na Eq. (9) e comparando o CTCpot encontrados são característicos de solos com
resultado com a Eq. (8) obtém-se predominância de minerais argílicos cauliníticos.
R d = T SS − CMR SS (12) 2.2. Solução contaminante
Portanto, o valor de Rd, definido com relação à Nos ensaios, utilizou-se uma solução contami-
restrição do balanço de massa (Eq. 8), é dado pela nante produzida artificialmente (chorume ou per-
diferença entre o número de volumes de poros ne- colado sintético), composta por seis metais
cessários para que o fluxo atinja um regime perma- pesados. A solução foi preparada a partir de nitra-
nente, TSS, e o valor de CMR em T = TSS. O valor de tos de manganês, zinco, cádmio, cobre, chumbo e
Rd permanece inalterado para valores de T > TSS e, crômio, com pH igual a 5. As concentrações dos
de modo geral metais pesados presentes na solução estão apresen-
tadas na Tabela 3. Estes valores, calculados com
R d = ( T − CMR) T = T SS = ( T − CMR) SS (13) base em amostras de percolado coletadas no atual
lixão do Município de Visconde de Rio Branco,
Conhecido o valor de Rd, o valor de PL é deter- porém com concentrações dez vezes maiores por
minado com o ajuste da Eq. (7). este estar diluído, encontram-se dentro da faixa
2. Materiais e Métodos apresentada na literatura para diversos percolados
brasileiros (Oliveira e Jucá, 1999; Barbosa e Otero,
2.1. Solo 1994). Na Tabela 4 encontram-se os resultados de
A caracterização do solo estudado, a ser utiliza- análises físicas, químicas e bioquímicas realizadas
do na camada de impermeabilização da base do fu-
turo aterro sanitário do Município de Visconde do
Rio Branco-MG, foi feita com o uso de ensaios de
caracterização geotécnica, mineralogia da fração
argila e análises químicas e físico-químicas. Algu-
mas características estão apresentadas na Tabela 1.
O solo foi classificado, segundo USCS, como MH.
A baixa atividade do solo indica predominância de
minerais cauliníticos, o que foi verificado na mine-
ralogia. O ensaio de difratometria na fração argila
do solo foi realizado utilizando-se um difratômetro Figura 3. Difratograma da fração argila. Fonte: Nascentes,
de raios-X, tubo de cobalto, monocromado 45 xv e 2003.
LL – limite de liquidez; LP – limite de plasticidade; IP – Índice de plasticidade; γs – peso específico dos grãos; γdmáx - peso especí-
fico máximo do solo seco; wótimo - teor de umidade ótimo. Fonte: Nascentes, 2003.
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Azevedo et al.
2+ 2+ + 3+ + 3+ -1
Ca Mg K Al (cmolc) H +Al (kg ) CTCef CTCpot pH
1,23 0,11 0,026 0,0 0,7 1,37 2,07 6,01
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Coeficiente de Dispersão Hidrodinâmica e Fator de Retardamento de Metais Pesados em Solo Residual Compactado
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Azevedo et al.
1 2 3 4
CE pH NA total Alcal. total DBO5 DQO6 Ni Cd Cu Zn Pb Mn Cr Mg Fe Ca
(µ .S/cm) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L)
18,84 6,15 655 1681 517 1476 0 0,16 0,5 6,18 0,16 3,62 0,07 215 120 521
1
Condutividade elétrica; 2in natura; 3nitrogênio amoniacal; 4alcalinidade; 5demanda bioquímica de oxigênio; 6demanda química
de oxigênio. fonte: Nascentes, 2003.
cada metal e as outras a partir de diluições desta. 2), porém, não é simples. Assim, para o cálculo do
Foram realizadas três repetições e um branco número de Peclet e do fator de retardamento, foi
(ensaio em que foi utilizada somente a solução con- desenvolvido um programa computacional (Nas-
taminante, sem solo, para verificar se estaria ha- centes, 2003), que, por meio de um processo itera-
vendo adsorção de metais pela parede do tubo de tivo de otimização, fornece os valores de Rd e PL. O
ensaio) para cada solução. Cada solução teve o pH algoritmo proposto para a obtenção dos parâmetros
ajustado para o valor 5,0 ± 0,1 (valor usado no en- consiste em: arbitrar valores para os parâmetros Rd
saio em coluna), utilizando-se soluções de HCl e PL; com estes valores, calcular os valores de CMR
1,0 mol L-1 ou NaOH 1,0 molL-1. para todos os valores de T nos quais foram feitas
As amostras de solo-solução foram agitadas a medições no laboratório; calcular o vetor diferença
uma razão de 150 oscilações/min por 24 h, tempo {DIF} = {CMRlab} - {CMRteor}, em que {CMRlab} e
considerado suficiente para o equilíbrio das rea- {CMRteor} são vetores que contêm os valores expe-
ções, de acordo com a norma (EPA, 1992), em con- rimentais e teóricos (Eq. 7), respectivamente; cal-
dições de temperatura ambiente e, em seguida, cular o erro = {DIF} / {CMR lab } ; verificar se o
centrifugadas a 5000 rpm por 7 min. O sobrenadan- erro está dentro de uma tolerância pré-estabele-
te foi filtrado em papel filtro rápido, recolhido em cida. Como se trata de um problema em que as
frasco plástico e acondicionado em geladeira até a equações são razoavelmente simples, em que so-
leitura dos metais por espectrofotometria de absor- mente dois parâmetros têm que ser otimizados, e
ção atômica. pretende-se simplicidade na formulação, faz-se o
processo de busca de melhores parâmetros por um
2.5. Programa computacional desenvolvido procedimento de otimização de ordem zero no qual
para o cálculo dos parâmetros de transporte na só o valor da função é requerido (Vanderplaats,
análise pelo método da massa acumulada 1984).
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Coeficiente de Dispersão Hidrodinâmica e Fator de Retardamento de Metais Pesados em Solo Residual Compactado
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240 Solos e Rochas, São Paulo, 26, (3): 229-249, Setembro-Dezembro, 2003.
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Coeficiente de Dispersão Hidrodinâmica e Fator de Retardamento de Metais Pesados em Solo Residual Compactado
2
Tabela 6. Valores de fator de retardamento e coeficiente de dispersão hidrodinâmica (cm /min), obtidos pelo Método Tradicio-
nal e pelo Método da Massa Acumulada considerando todos os dados e com apenas 10 dados experimentais.
Metal Amostra Rd Dh
MT DT D10 MT DT D10
CP01 19,50 19,64 19,50 9,79E-3 1,08E-2 1,04E-2
Mn CP02 18,00 17,81 18,11 6,29E-3 7,05E-3 1,11E-2
CP04 18,50 18,90 18,85 7,76E-3 7,37E-3 7,18E-3
CP01 26,50 26,97 27,01 6,96E-3 6,77E-3 7,03E-3
Zn CP02 27,50 28,54 28,55 4,48E-3 1,01E-2 1,03E-2
CP04 26,00 26,19 26,16 3,93E-3 4,07E-3 4,15E-3
CP01 36,00 37,80 37,69 1,64E-2 1,79E-2 1,75E-2
Cd CP02 38,50 39,74 39,58 1,67E-2 1,84E-2 1,79E-2
CP04 37,50 39,85 39,72 1,28E-2 1,70E-2 1,64E-2
MT – Método tradicional; DT – Método da massa acumulada usando todos os dados experimentais; D10 – Método da massa acu-
mulada usando 10 dados experimentais igualmente espaçados. Fonte: Nascentes, 2003.
zinco, níquel e cádmio são relativamente mais base na Eq. (7), em que o erro foi admitido menor
móveis (Korte et al., 1976; Sidle e Kardos, 1977; do que 0.01%.
Tyler e McBride, 1982; Tiller et al., 1984; Za-
bowski e Zasoski, 1987; Amaral Sobrinho et al., 3.1.3. Comparação dos resultados
1993; Fontes et al., 1993). Analisando-se os dados apresentados na Tabela
3.1.2. Análise pelo método da massa acumulada 6, verifica-se grande semelhança entre os valores
de fator de retardamento e coeficiente de dispersão
A quantidade total de massa de soluto efluente hidrodinâmica, obtidos com o uso do Método Tra-
da coluna foi determinada utilizando-se as Eqs. (4), dicional e do Método da Massa Acumulada, com
(5) e (7). todos os dados e utilizando apenas dez dados de
Como uma das vantagens de se determinar o fa- massa acumulada, igualmente espaçados, para os
tor de retardamento e o coeficiente de dispersão hi- três metais estudados. A análise realizada com dez
drodinâmica pelo método da massa acumulada é o dados de massa acumulada indicou não haver
de diminuir o número de amostras coletadas e, con- necessidade da coleta freqüente de efluentes para
seqüentemente, o número de análises, estes parâ- fornecer estimativas precisas de Rd e Dh, para velo-
metros foram determinados com apenas 10 pontos cidades de percolação da ordem das observadas
experimentais, igualmente espaçados entre o inter- neste trabalho. Conclui-se que o método de massa
valo de amostragem de número de volume de po- acumulada é indicado no caso de testes em coluna
ros. Nas Figs. 15, 16 e 17 estão apresentadas as em longo prazo, como nos casos de avaliação de
curvas CMR vs. T, experimentais e teóricas, obti- transporte de contaminantes reativos em taxas de
das com os valores de Rd e Dh apresentados na Ta- escoamento baixas, comumente associadas a ca-
bela 6 para os metais manganês, zinco e cádmio, madas de impermeabilização, como foi o caso es-
considerando todos os pontos do ensaio e dez pon- tudado. Os resultados obtidos neste trabalho estão
tos somente, para três dos corpos de prova ensaia- de acordo com os obtidos por Shackelford (1995),
dos. Não foi possível obter qualquer resultado do que verificou diferenças de menos de 3% nos parâ-
corpo de prova CP03. metros Rd e PL, atribuindo estas diferenças à maior
Os valores de Rd e Dh foram determinados utili- dispersão nos dados pelo Método Tradicional e a
zando um programa computacional (Nascentes, pequenos erros envolvidos neste método ao plotar
2003) que otimiza os valores dos parâmetros, com o valor de Ce/Co com o número de volumes de poros
Solos e Rochas, São Paulo, 26, (3): 229-249, Setembro-Dezembro, 2003. 243
Azevedo et al.
244 Solos e Rochas, São Paulo, 26, (3): 229-249, Setembro-Dezembro, 2003.
Coeficiente de Dispersão Hidrodinâmica e Fator de Retardamento de Metais Pesados em Solo Residual Compactado
C0 Ce dS/dC∗ γd n Rd
(mg/mL) (mg/mL) (m3/kN) (kN/m3)
4,6 3,49 0,016 15,30 0,42 1,58
2,3 1,74 0,024 15,30 0,42 1,91
1,15 0,78 0,041 15,30 0,42 2,51
0,58 0,38 0,065 15,30 0,42 3,38
de estar associado à lixiviação de sais solúveis, fa- Houve significativa variação de condutividade
zendo com que a concentração eletrolítica do hidráulica da solução ao longo do período do ensa-
fluido nos poros do solo decrescesse, causando ex- io com as colunas, o que demonstrou não haver
pansão da dupla camada difusa e uma tendência constância da velocidade com o tempo de aplica-
das partículas da argila a dispersarem, resultando ção da solução. Como a solução da equação de
na diminuição da condutividade hidráulica. advecção-dispersão para ensaios em coluna (Shac-
Foi observada maior inclinação das curvas de kelford, 1995) supõe velocidade de percolação
eluição do manganês e do zinco do que nas de cád- constante, considerou-se um valor médio de velo-
Solos e Rochas, São Paulo, 26, (3): 229-249, Setembro-Dezembro, 2003. 245
Azevedo et al.
C0 Ce dS/dC∗ γd n Rd
3 3
(mg/mL) (mg/mL) (m /kN) (kN/m )
4 3,116 0,017 15,30 0,42 1,64
2 1,561 0,027 15,30 0,42 2,01
1 0,525 0,057 15,30 0,42 3,08
0,5 0,237 0,097 15,30 0,42 4,53
0,25 0,0754 0,208 15,30 0,42 8,58
0,125 0,0137 0,646 15,30 0,42 24,59
0,0625 0,00261 1,949 15,30 0,42 72,15
0,03125 0,000488 5,952 15,30 0,42 218,31
0,0156 < 0,0001 (ND) 17,105 15,30 0,42 ND
0,0078 < 0,0001 (ND) 79,253 15,30 0,42 ND
-0.6659
*dS/dC = 0.3641C ; ND – não detectado. Fonte: Nascentes, 2003.
Tabela 9. Cálculo de Rd para o Cd.
C0 Ce dS/dC γd n Rd
3 3
(mg/mL) (mg/mL) (m /kN)∗ (kNm )
-0.5851
*dS/dC = 0.2172C . Fonte: Nascentes, 2003.
246 Solos e Rochas, São Paulo, 26, (3): 229-249, Setembro-Dezembro, 2003.
Coeficiente de Dispersão Hidrodinâmica e Fator de Retardamento de Metais Pesados em Solo Residual Compactado
ção de metais em solução foi um fator de grande io de equilíbrio em lote não houve competição
influência no fator de retardamento. Nos ensaios entre os metais, tal como ocorreu no ensaio em co-
realizados neste trabalho foram utilizadas concen- luna.
trações bem menores do que as normalmente apre-
sentadas na literatura. Agradecimentos
Verificou-se grande semelhança entre os valo- Os autores gostariam de agradecer à FAPEMIG
res de fator de retardamento e de coeficiente de dis- (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mi-
persão hidrodinâmica obtidos utilizando o Método nas Gerais) e à CAPES (Coordenação de Aperfei-
Tradicional e o Método da Massa Acumulada. A çoamento de Pessoal de Nível Superior) pelo apoio
análise realizada com um número reduzido de da- financeiro, aos Departamentos de Engenharia Ci-
dos experimentais da massa acumulada (10 dados) vil, de Engenharia Agrícola, de Solos e de Química
indicou que não haveria necessidade da coleta fre- da Universidade Federal de Viçosa, MG, pela reali-
qüente de efluentes para fornecer estimativas razo- zação dos ensaios.
avelmente precisas de Rd e Dh, para velocidades de
percolação da ordem das observadas neste traba- Referências
lho. Portanto, a utilização do Método de Massa AMARAL SOBRINHO, N.M.B.; COSTA, L.M.;
Acumulada pode ser indicada para testes em colu- OLIVEIRA, C.; VELLOSO, A.C.X. (1992).
na em longo prazo, como em casos de avaliação de Metais pesados em alguns fertilizantes e corre-
transporte de contaminantes reativos em taxas de tivos. R. Bras. Ci. Solo, v. 16, n. 2, p. 271-276.
escoamento baixas, comumente associadas às ca- BARBOSA, R.M.; OTERO, O.M.F. (1999). Ca-
madas de impermeabilização, como foi o caso es- racterização da pluma de poluição originada
tudado. por depósito de lixo urbano. Geoquímica Bra-
Os resultados obtidos neste trabalho estão de siliensis, v. 13, n. 1, p. 051-065.
acordo com os obtidos por Shackelford (1995), que BOSCOV, M.E.G. (1997). Contribuição ao projeto
verificou diferenças de menos de 3% nos parâme- de sistemas de contenção de resíduos perigosos
tros Rd e PL atribuindo estas diferenças à maior dis- utilizando solos lateríticos. Tese de D.Sc.,
persão nos dados pelo Método Tradicional e a Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.
pequenos erros envolvidos neste método ao plotar 259 p.
o valor de Ce/Co com o número de volumes de poros CARVALHO, A.L. (2001). Contribuição ao Estu-
escoados correspondendo ao meio do intervalo do da Poluição de águas subterrâneas e superfi-
amostral (Tmédio). ciais causada pela disposição inadequada de
Os valores de fator de retardamento e coefici- resíduos sólidos urbanos – o caso do antigo li-
ente de dispersão hidrodinâmica foram muito se- xão de Viçosa (MG). Dissertação de M.Sc.,
melhantes para os três corpos de prova, já que as Dep. Engenharia Civil, Universidade Federal
velocidades de percolação médias nestes foram de Viçosa. 129 p.
praticamente iguais, proporcionado um mesmo COSTA, P. (2002). Avaliação em laboratório de
tempo de contato com os sítios de adsorção do solo parâmetros de transporte do chorume no Aterro
dos corpos de prova. Sanitário de Sauípe/Ba. Dissertação de M.Sc.,
Nos ensaios de equilíbrio em lote, observou-se Dep. Engenharia Civil, PUC-Rio, 190 p.
a tendência do fator de retardamento diminuir com ELBACHÁ, A.T. (1989). Estudo da Influência de
o aumento da concentração de soluto. Alguns Parâmetros no Transporte de Massa em
Os ensaios de equilíbrio em lote podem ser uti- Solos Argilosos. Dissertação de M.Sc., Dep.
lizados para se obter uma estimativa inicial da ca- Engenharia Civil, PUC-Rio, 178 p.
pacidade de adsorção do solo para dado soluto e EPA, Environmental Protection Agency (1992).
não para estimativa do que ocorre no campo. Technical resource document: Batch-type pro-
A seqüência de mobilidade determinada com cedures for estimating soil adsorption of che-
base em dados obtidos no equilíbrio em lote foi a micals, EPA/530-SW-87-006-F. Office of
mesma obtida para o ensaio em coluna: Solid Waste and Emergency Response, Was-
Mn2+ > Zn2+ > Cd2+, porém, ressalta-se, que no ensa- hington. 100 p.
Solos e Rochas, São Paulo, 26, (3): 229-249, Setembro-Dezembro, 2003. 247
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