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XIV Congresso Brasileiro


de Obesidade e Síndrome
Metabólica
25 a 28 de maio de 2011
São Paulo, SP

maio 2011

55
suplemento 2
25 a 28 de maio de 2011
São Paulo | SP
Assistente editorial e financeira: Roselaine Monteiro
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Diretor-geral: Idelcio D. Patricio Diretor executivo: Jorge Rangel Gerente financeira: Andréa Rangel Gerente comercial: Rodrigo Mourão Editora-
chefe: Daniela Barros MTb 39.311 Comunicações médicas: Cristiana Bravo Relações institucionais: Valeria Freitas Gerentes de negócios: Claudia
Serrano, Marcela Crespi, Philipp Santos e Valeria Freitas Coordenadora comercial: Andrea Figueiro Gerente editorial: Cristiane Mezzari Coordenadora
editorial: Sandra Regina Santana Diretora de arte: Renata Variso Peres Designer: Flávio Santana Revisoras: Glair Picolo Coimbra e Sandra Gasques
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Assessoria Comercial: Reginaldo Ramos

Tiragem desta edição: 4.000 exemplares


Preço da Assinatura: R$ 450,00/ano – Fascículo Avulso: R$ 55,00

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ARQUIVOS BRASILEIROS DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA.


Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. – São Paulo, SP: Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, v. 5, 1955-
Nove edições/ano
Continuação de: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia (v. 1-4), 1951-1955
Título em inglês: Brazilian Archives of Endocrinology and Metabolism
ISSN 0004-2730 (versões impressas)
ISSN 1677-9487 (versões on-line)

1. Endocrinologia – Periódicos 2. Metabolismo-Periódicos I. Sociedade Brasileira de


Endocrinologia e Metabologia II. Associação Médica Brasileira.

CDU 612.43 Endocrinologia


CDU 612.015.3 Metabolismo

Apoio:
Órgão oficial de divulgação
científica da SBEM – Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia (Departamento da
Associação Médica Brasileira), SBD
– Sociedade Brasileira de Diabetes,
ABESO – Associação Brasileira para o
Estudo da Obesidade e Síndrome
Metabólica e SOBEMOM –
Sociedade Brasileira de Estudos do
Metabolismo Ósseo e Mineral

2011-2012

EDITOR-CHEFE Comissão Editorial Nacional Luciano Giacáglia (SP)


Sérgio Atala Dib (SP) Ana Luiza Silva Maia (RS) Luiz Armando de Marco (MG)
André Fernandes Reis (SP) Luiz Augusto Casulari R. da Motta (DF)
COEDITORES
Antônio Carlos Pires (SP) Madson Queiroz Almeida (SP)
Alexander A. L. Jorge (SP)
Antônio Marcondes Lerário (SP) Magnus R. Dias da Silva (SP)
Evandro S. Portes (SP)
Antônio Roberto Chacra (SP) Manoel Ricardo Alves Martins (CE)
Renan M. Montenegro Jr. (CE)
Ayrton Custódio Moreira (SP) Márcio Faleiros Vendramini (SP)

Berenice B. Mendonça (SP) Márcio Mancini (SP)


Editor associado
internacional Bruno Geloneze Neto (SP) Margaret Cristina S. Boguszewski (PR)

Antonio C. Bianco (EUA) Carlos Alberto Longui (SP) Mário Vaisman (RJ)

Carmen C. Pazos de Moura (RJ) Marise Lazaretti-Castro (SP)


EDITORES ASSOCIADOS Milton César Foss (SP)
Célia Regina Nogueira (SP)
Presidentes dos Mônica Andrade Lima Gabbay (SP)
departamentos da SBEM César Luiz Boguszewski (PR)
Claudio E. Kater (SP) Mônica Roberto Gadelha (RJ)
Adrenal e Hipertensão
Milena F. Caldato (PA) Denise Pires de Carvalho (RJ) Nina Rosa de Castro Musolino (SP)
Regina Célia S. Moisés (SP)
Diabetes Melito Eder Carlos R. Quintão (SP)
Saulo Cavalcanti da Silva (MG) Ricardo M. R. Meirelles (RJ)
Edna Nakandakare (SP)
Rodrigo Oliveira Moreira (RJ)
Edna T. Kimura (SP)
Dislipidemia e Aterosclerose
Maria Teresa Zanella (SP) Rui M. de Barros Maciel (SP)
Eduardo Rochete Ropelle (SP)
FUNDADOR
Sandra R. G. Ferreira (SP)
Waldemar Berardinelli (RJ) Elaine Maria Frade Costa (SP)
Endocrinologia Básica
Simão A. Lottemberg (SP)
Maria Teresa Nunes (SP) Eliana Aparecida Silva (SP)
EDITORES e CHEFES Sonir Roberto Antonini (SP)
DE REDAÇÃO* EndoCRINOLOGIA Feminina e Eliana Pereira de Araújo (SP)
Suemi Marui (SP)
1951-1955 Andrologia Francisco Bandeira (PE)
Waldemar Berardinelli (RJ) Alexandre Hohl (SC) Tânia A. S. Bachega (SP)
Thales Martins (RJ) Geraldo Medeiros-Neto (SP)
Ubiratan Fabres Machado (SP)
Endocrinologia Pediátrica Gil Guerra-Júnior (SP)
1957-1972
Clementino Fraga Filho (RJ) Ângela M. Spinola de Castro (SP)
Gisah M. do Amaral (PR) Comissão Editorial Internacional
1964-1966* Metabolismo Ósseo e Mineral Hans Graf (PR) Carol Fuzeti Elias (EUA)
Luiz Carlos Lobo (RJ) João Lindolfo C. Borges (DF)
Helena Maria Ximenes (SP) Charis Eng (EUA)
1966-1968* Neuroendocrinologia
Pedro Collett-Solberg (RJ) Henrique de Lacerda Suplicy (PR) Décio Eizirik (Bélgica)
Manuel dos Santos Faria (MA)
1969-1972* Ileana G. S. Rubio (SP) Efisio Puxeddu (Itália)
Obesidade
João Gabriel H. Cordeiro (RJ) Rosana Bento Radominski (PR) Fernando Cassorla (Chile)
Janice Sepuvelda Reis (MG)
1978-1982 Franco Mantero (Itália)
Tireoide João Roberto de Sá (SP)
Armando de Aguiar Pupo (SP) Fredric E. Wondisford (EUA)
Laura Sterian Ward (SP)
Jorge Luiz Gross (RS)
1983-1990 Representantes Gilberto Jorge da Paz Filho (Austrália)
Antônio Roberto Chacra (SP) das Sociedades Colaboradoras José Augusto Sgarbi (SP)
Gilberto Velho (França)
1991-1994 SBD José Gilberto H. Vieira (SP)
James A. Fagin (EUA)
Rui M. de Barros Maciel (SP) Saulo Cavalcanti da Silva (MG)
Josivan Gomes de Lima (RN) John P. Bilezikian (EUA)
1995-2006 ABESO
Claudio Elias Kater (SP) Laércio Joel Franco (SP) Norisato Mitsutake (Japão)
Leila Araujo (BA)
2007-2010 Léa Maria Zanini Maciel (SP) Patrice Rodien (França)
SOBEMOM
Edna T. Kimura (SP) Leandro Arthur Diehl (PR) Peter Kopp (EUA)
João Lindolfo C. Borges (DF)
SBEM – Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia
Diretoria Nacional da SBEM 2011-2012
Presidente: Airton Golbert
Vice-Presidente: Marise Lazaretti-Castro
Secretário Executivo: Josivan Gomes de Lima
Secretário Executivo Adjunto: Henrique de Lacerda Suplicy
Tesoureira Geral: Rosane Kupfer
Tesoureiro Geral Adjunto: Luiz Henrique Maciel Griz

Rua Humaitá, 85, cj. 501


22261-000 – Rio de Janeiro, RJ
Fone/Fax: (21) 2579-0312/2266-0170
Secretária executiva: Julia Maria C. L. Gonçalves
www.sbem.org.br
sbem@endocrino.org.br

Departamentos Científicos - 2011/2012


Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
Adrenal e Hipertensão Diabetes Mellitus
Representante Milena Caldato Presidente Saulo Cavalcanti da Silva

Tv. Nove de Janeiro, 456, Umarizal Vice-Presidente Luiz Alberto Andreotti Turatti

66000-000 – Belém, PA Secretário Antônio Carlos Pires

Fone: (91) 3246-3939 Tesoureiro Ivan dos Santos Ferraz


milenacaldato@hotmail.com Diretores Adriana Costa e Forti
Rodrigo Nunes Lamounier
Balduino Tschiedel
Suplentes Sérgio Atala Dib
Hermelinda Pedrosa

Rua Tomé de Souza, 830, 10o andar, cj. 1005, Savassi


30140-131 – Belo Horizonte, MG
Fone: (31) 3261-2927
www.diabetes.org.br
scsendocrino@yahoo.com.br

Dislipidemia e Aterosclerose Endocrinologia Básica


Presidente Maria Teresa Zanella Presidente Maria Tereza Nunes
Vice-Presidente Fernando Flexa Ribeiro Filho Vice-Presidente Magnus R. Dias da Silva
Secretária Gláucia Carneiro Secretária Tânia Maria Ortiga Carvalho
Tesoureira Lydia Mariosa Diretores Celso Rodrigues Franci
Diretores Sandra Roberta Vivolo Doris Rosenthal
Fernando Giuffrida Adelina Reis
Rodrigo Moreira Suplentes Catarina Segreti Porto
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Ubiratan Fabres Machado
Rua Leandro Dupret, 365, Vila Clementino
04025-011 – São Paulo, SP Alameda dos Anapurus, ap. 21
Fone: (11) 5904-0400/Fax: (11) 5904-0401 04087-022 – São Paulo, SP
tereza.zanella@hrim.com.br Fones: (11) 3091-7431/30917645
www.fisio.icb.usp.br
mtnunus@icb.usp.br
Departamentos Científicos - 2011/2012
Endocrinologia Feminina e Endocrinologia Pediátrica
Andrologia Presidente Ângela Maria Spinola e Castro
Presidente Alexandre Hohl Vice-Presidente Paulo César Alves da Silva
Vice-Presidente Ricardo M. R. Meirelles Diretores Aline Mota da Rocha
Diretores Amanda Valéria Luna de Athayde Carlos Alberto Longui
Carmen Regina Leal de Assumpção Julienne Ângela Ramires de Carvalho
Dolores Perovano Pardini Maria Alice Neves Bordallo
Poli Mara Spritzer Marília Martins Guimarães
Ruth Clapauch Suplentes Claudia Braga Abadesso Cardoso
Maria Tereza Matias Baptista
Rodovia SC 401, Km 4, nº 3854
88032-005 – Florianópolis, SC Rua Pedro de Toledo, 980, cj. 52, Vila Clementino
Fone: (48) 3231-0336 04039-002 – São Paulo, SP
www.feminina.org.br • www.andrologia.org.br Fone: (11) 5579-9409/8259-8277
alexandrehohl@endocrino.org amsc@uol.com.br/aspinola.dped@epm.br

Metabolismo Ósseo e Mineral Neuroendocrinologia


Presidente João Lindolfo C. Borges Presidente Manuel dos Santos Faria
Vice-Presidente Victória Zeghbi Cochenski Borba Vice-Presidente Antônio Ribeiro de Oliveira Junior
Diretores Cynthia Maria Alvares Brandão Diretores César L. Boguszewski
Luiz Claudio G. de Castro Lucio Vilar
Luiz Henrique de Gregório Luiz Antônio de Araújo
Luiz Henrique Maciel Griz Mônica Gadelha
Luciana Ansanelli Naves
Av. Angélica, 1757, cj. 103, Higienópolis
Suplentes Marcello Delano Bronstein
01227-200 – São Paulo. SP
Leonardo Vieira Neto
Fones: (11) 3822-1965/3826-4677

contato@sobemon.org.br
www.sobemom.org.br Av. Colares Moreira, 555
65075-441 – São Luis, MA
Fone: (98) 3217-4410
mfaria@inlab.com.br

Obesidade Tireoide
Presidente Rosana Radominski Presidente Laura Sterian Ward
Vice-Presidente Leila Araujo Vice-Presidente Carmen Cabanelas Pazos de Moura
Primeiro Secretário Alexandre Koglin Benchimol Secretária Gisah Amaral de Carvalho
Segunda Secretária Mônica Beyruti Diretores Cleber Pinto Camacho
Tesoureira Cláudia Cozer Vânia Maria Corrêa da Costa
Representantes da SBEM Josivan Gomes de Lima Rosalinda Camargo
Marcio Mancini José Augusto Sgarbi
Suplentes Ana Luiza Silva Maia
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade
Célia Regina Nogueira
Rua Mato Grosso, 306, cj. 1711
01239-040 – São Paulo, SP
Fone: (11) 3079-2298/Fax: (11) 3079-1732 Rua Botucatu, 572, cj. 81, Vila Clementino
www.abeso.org.br 04023-061 – São Paulo, SP
info@abeso.org.br Fone/Fax: (11) 5575-0311
www.tireoide.org.br
ward@fmc.unicamp.br
Comissões Permanentes - 2011/2012
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Acompanhamento do Planejamento Internacional


Estratégico Presidente César Boguszewski
Presidente Airton Golbert clbogus@uol.com.br
agolbert@terra.com.br
Membros Valéria Guimarães, Thomaz Cruz,
Membros Ricardo M. R. Meirelles, Ruy Lyra,
Amélio F. Godoy Matos, Marcelo Bronstein
Marisa Coral, Valéria Guimarães

NORMAS, QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO


Campanhas em Endocrinologia Presidente Ronaldo Neves
Presidente Adriana Costa e Forti ronaldoneves@alternex.com.br
adrianaforti@uol.com.br Vice-Presidente Eduardo Dias
Membros Luiz Antônio Araújo, Vívian Ellinger Membros Diana Viegas,
Mauro A. Czepielewski,
Nilza Torres
Científica
Presidente Marise Lazaretti-Castro
marise.lazaretti@imabrasil.com.br Paritária – CAAEP
Membros Presidentes Regionais, Presidentes Presidente Ângela Maria Spínola de Castro
dos Departamentos Científicos
amsc@uol.com.br
Indicados pelas Diretorias Ruy Lyra,
Doris Rosenthal, Membros Osmar Monte, Maria Alice Neves Bordallo,
Pedro Wesley, Gil Guerra Junior, Luiz Claudio Castro,
Marcello Bertolucci Durval Damiani

Comunicação Social PESQUISAS


Presidente Ricardo M. R. Meirelles Presidente Freddy Eliaschewitz
r.meirelles@terra.com.br freddy.g@uol.com.br
Editor ABEM Sérgio Atala Dib Membros Antônio Roberto Chacra,
Membros Marisa Helena César Coral, Luiz Augusto Russo
Rosalvo Reis, Severino Farias
Projeto Diretrizes
Educação Médica Continuada Coordenador Luiz Claudio Castro
Presidente Dalisbor Marcelo W. Silva lc-castro@uol.com.br
dalisbor.endocrino@gmail.com Adrenal e Hipertensão Milena Caldato
Membros Laura Sterian Ward,
Dislipidemia e Aterosclerose Maria Tereza Zanella
Luiz Susin,
Ruth Clapauch Diabetes Mellitus Saulo Cavalcanti da Silva
Endocrinologia Básica Maria Tereza Nunes
Estatutos, Regimentos e Normas Endocrinologia Feminina e Andrologia Alexandre Hohl
Endocrinologia Pediátrica Ângela Maria Spinola e Castro
Presidente Airton Golber
Metabolismo Ósseo e Mineral João Lindolfo C. Borges
agolbert@terra.com.br
Membros Gustavo Caldas, Neuroendocrinologia Manuel dos Santos Faria
Ronaldo Neves, Obesidade Rosana Radominski
Alexandre Hohl, Tireoide Laura Sterian Ward
Representante da Diretoria Nacional Eduardo Pimentel

Título de Especialista em
Ética e Defesa Profissional
Corregedor João Modesto
Endocrinologia
modesto@openlink.com.br e Metabologia
Vice-Corregedor Itairan de Silva Terres Presidente: Francisco Bandeira
1º vogal Teiichi Oikawa fbandeira@gmail.com
2º vogal Ney Cavalcanti
Vice-Presidente: Osmar Monte
3º vogal Victor Gervásio e Silva
Membros: Adelaide Rodrigues, César Boguszewski,
4º vogal Neuton Dornellas Lucio Vilar, Marisa Helena César Coral,
5º vogal Maite Chimeno Marilia Guimarães

História da Endocrinologia Valorização de Novas Lideranças


Presidente Luiz César Povoa Presidente André Gustavo P. de Sousa
lcpovoa@globo.com.br agpsousa@ig.com.br
Membros Adriana Costa e Forti, Thomaz Cruz Vice-Presidente Fernando Ghershman
Sociedades e Associações Brasileiras
na Área de Endocrinologia e Metabologia
SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes
Diretoria Nacional da SBD (2010/2011)
Presidente Saulo Cavalcanti da Silva
Vice-Presidentes Balduino Tschiedel
Ivan dos Santos Ferraz
Nelson Rassi
Ruy Lyra da Silva Filho
Walter José Minicucci
Secretário Geral Domingos Augusto Malerbi
2a Secretária Reine Marie Chaves Fonseca
1o Tesoureiro Antonio Carlos Lerario
2o Tesoureiro João Modesto Filho
Conselho Fiscal Leão Zagury
Maria Regina Calsolari
Silmara A. Oliveira Leite
Suplente Perseu Seixas de Carvalho

Rua Afonso Brás, 579, cj. 72/74


04511-011– São Paulo, SP
Fone/Fax: (11) 3842-4931
secretaria@diabetes.org.br
www.diabetes.org.br
Secretária Executiva: Kariane Krinas Davison
Gerente Administrativa: Anna Maria Ferreira

ABESO – Associação Brasileira para o Estudo


da Obesidade e Síndrome Metabólica
Diretoria Nacional da ABESO (2010-2011)
Presidente Rosana Radominski
Vice-Presidente Leila Araujo
1o Secretário Geral Alexandre Koglin Benchimol
2a Secretária Geral Mônica Beyruti
Tesoureira Cláudia Cozer

Rua Mato Grosso, 306, cj. 1711


01239-040 – São Paulo, SP
Fone: (11) 3079-2298/Fax: (11) 3079-1732
Secretária: Luciana Bastos
info@abeso.org.br
www.abeso.org.br

SOBEMOM – Sociedade Brasileira de Estudos


do Metabolismo Ósseo e Mineral
Diretoria Nacional da SOBEMOM (2011-2013)
Presidente João Lindolfo C. Borges
Vice-Presidente Victória Zeghbi Cochenski Borba
Secretária Geral Cynthia Maria Alvares Brandão
2o Secretário Nilson Roberto de Melo
Tesoureiro Geral Luiz Claudio Gonçalves de Castro
2a Tesoureira Ana Patricia de Paula
Conselho Fiscal Marise Lazaretti-Castro,
Dalisbor Macerlo Weber Silva,
Francisco Alfredo Bandeira e Farias

Av. Angélica, 1757, cj. 103, Higienópolis


01227-200 – São Paulo. SP
Fones: (11) 3822-1965/3826-4677
contato@sobemon.org.br
www.sobemom.org.br
25 a 28 de maio de 2011
São Paulo | SP
Caros colegas,

São Paulo sedia, nos dias 25 a 28 de maio, o XIV Congresso Brasileiro de Obesidade
e Síndrome Metabólica, realizado pela Associação Brasileira para o Estudo da
Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) e pelo Departamento de Obesidade
da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Realizado a cada
dois anos, é uma oportunidade única para reunir os profissionais ligados a pesquisa
científica, prevenção e tratamento da obesidade e das suas comorbidezes.
Como sempre, é muito extensa a diversidade dos temas tratados, abrangendo
DO PRESIDENTE

genética molecular, aspectos comportamentais relacionados a prevenção,


tratamento clínico medicamentoso da obesidade e de várias doenças associadas,
tratamento cirúrgico bariátrico e metabólico e perspectivas futuras. A Programação
Científica deu ênfase importante à diabesidade (também conhecida como diabetes
obesidade-dependente), cada vez mais comum, dado o aumento epidêmico global
da obesidade. Uma das salas do congresso (sala 4) aborda preferencialmente temas
ligados a nutrição, atividade física, cirurgia bariátrica e metabólica, bem como áreas
de especialidades associadas à cirurgia.
Temos a honra de receber como convidados estrangeiros o Dr. Eric Ravussin,
do Centro de Pesquisas de Pennington, Estados Unidos, o Dr. Benoit Gauthier, da
Universidade de Genebra, Suíça, e a Dra. Elza Muscelli, da Universidade de Pisa,
Itália, que nos brindarão com atualização em diversas áreas da diabesidade.
Optamos pela excelente localização central do Centro de Convenções Frei Caneca,
com condições de receber mais de 2 mil congressistas e que fica no bairro da Bela
Vista, próximo da região da Avenida Paulista, onde há grande concentração de hotéis,
restaurantes e atividades culturais e de lazer.
Sejam bem-vindos e desfrutem deste importante congresso!
CARTA DO PRESIDENTE

Alfredo Halpern
Presidente do Congresso

Marcio C. Mancini
Presidente da Comissão Científica
CARTA
Promoção

ABESO – Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica

Diretoria ABESO

Presidente: Rosana Radominski

Vice-Presidente: Leila Araújo

1 Secretário-Geral: Alexander Koglin Benchimol


o

2a Secretária-Geral: Mônica Beyruti

Tesoureira: Cláudia Cozer

Apoio

SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo

SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes

SBCB – Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica

Secretaria Executiva

Eventus Planejamento e Organização

www.eventus.com.br

eventus@eventus.com.br

(11) 3361-3056

Nossos Agradecimentos aos Patrocinadores

Novo Nordisk

Eli Lilly

Coca-Cola

Novartis Biociências

AstraZeneca

Abbott

Aché

Glenmark

Germed

Unilever

Covidien

Boehringer

Medley

Ottoboni

Cardiomed

TBW Importadora Ltda.

Mundialtec Livros

Promed

Artmed

Danone
XIV Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica
25 a 28 de maio de 2011 – Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo, SP

Presidente do Congresso
Alfredo Halpern

Presidente da Comissão Científica


Marcio C. Mancini

Comissão Científica

Adriana C. Forti Marcia Nery


Adriano Segal Marcio C. Mancini
Amélio F. Godoy-Matos Marco Aurélio Santo
Arthur B. Garrido Jr. Marcos A. Tambascia
Bruno Geloneze Maria Edna de Melo
Cesar Luiz Boguszewski Maria Teresa Zanella
Cintia Cercato Marília B. Gomes
Francisco A. Bandeira e Farias Marisa H. C. Coral
Giuseppe Repetto Mônica Beyruti
Gustavo Caldas Nelson Rassi
Henrique L. Suplicy Perseu Carvalho
João Eduardo Salles Renan Magalhães Montenegro Júnior
João Hamilton Romaldini Rosana B. Radominski
José Ernesto dos Santos Ruy Lyra
Josivan Lima Sandra M. F. Villares
Laerte Damasceno Sandra R. G. Ferreira
Leila Araújo Thomaz Cruz
Lúcio Vilar Walmir F. Coutinho

Comissão Executiva

Alfredo Halpern
Marcio C. Mancini
Arthur B. Garrido Jr.
Cintia Cercato
Claudia Cozer (2ª Tesoureira)
João Eduardo Salles
Maria Edna de Melo
Mario Kehdi Carra (1º Tesoureiro)
Rosana Radominski
programação científica

AVISOS GERAIS
Secretaria (5o piso)
A secretaria estará aberta das 8 às 18 horas e contará com um painel para informações, recados e
eventuais alterações de programa.

Certificados
Os certificados de conferências e simpósios serão entregues nas salas, no horário de apresentação.
Os certificados de pôsteres serão entregues ao apresentador na hora da exposição.
Os certificados de participação serão entregues a partir das 8 horas do dia 27 de maio.

Media desk (5o piso)


O media desk funcionará das 8 às 18 horas.
Os congressistas devem entregar seu material com uma hora de antecedência.
Todas as salas estarão equipadas com um data show. Caso haja necessidade de material especial,
favor informar o media desk.
Congressistas com apresentações marcadas para 8 horas da manhã devem entregar seu material e
demais recomendações na véspera de sua apresentação.

Painéis (4o piso)


As sessões de painéis serão realizadas nos dias 26 e 27 de maio, das 16 às 17 horas, período em que
os autores deverão permanecer ao lado dos painéis.
Os painéis deverão ser afixados a partir das 14 horas do dia 25 e permanecer até o dia 28 pela
manhã.

Crachás
O uso de crachá é obrigatório em todas as atividades e para circulação na área de exposição do
Congresso.
A Anvisa determina que todos os participantes prescritores e não prescritores sejam identificados.

Tradução Simultânea
Haverá tradução simultânea nas palestras proferidas em inglês. Para retirada do fone de ouvido, será
solicitado documento.

Turismo e Passagens
Na secretaria do congresso haverá atendimento da agência Upper Class turismo aos participantes e
convidados.

Estacionamento
Há outros estacionamentos na rua Frei Caneca com preços mais acessíveis.

Acesso ao Piso do Congresso


Elevadores 3, 4, 5 e 6 e escadas rolantes.

Atividades Sociais
Coquetel de Abertura – Dia 25/5 – 5o andar, Frei Caneca, às 20 horas.
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA

Quarta-feira, 25 de maio de 2011

16:00
Entrega de material na secretaria, 5º piso

19:00-19:20
Sala 5 (4o piso) Abertura

Alfredo Halpern, Marcio C. Mancini

19:20-19:30
Sibutramina – Situação Atual

Walmir Coutinho

19:30-20:00
Conferência de Abertura

ABESO: 25 anos de história

Rosana Bento Radominski


programação científica

Quinta-feira, 26 de maio de 2011

08:00-08:50

Sala 5 Conferência – Longevidade e restrição calórica


Coord.: Henrique L. Suplicy
Conf.: Eric Ravussin – Baton Rouge, USA

09:00-10:30
Simpósios (5º piso)
Sala 1 Causas óbvias de obesidade
Coord.: Ana Priscila Soggia; Clarissa T. H. Fujinara
– As obesidades monogênicas – Sandra Mara Ferreira Villares – HCFMUSP
– Obesidade sindrômica – Durval Damiani – HCFMUSP
– Obesidade hipotalâmica – Cesar Luiz Boguszewski – UFPR

CO.01 – Concorrente ao Prêmio Área Clínica


ESTUDO COMPARATIVO ENTRE CURVAS DE ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA INTERNACIONAIS E A
BRASILEIRA
Fujiwara CTH, Melo ME, Reinhardt HL, Cercato C, Halpern A, Mancini MC

Sala 2 Mecanismos moleculares de resistência à insulina


Coord.: Maria Lúcia Correa-Giannella – FMUSP; Madson Queiroz Almeida
– Como avaliar resistência à insulina – Elza Muscelli – Pisa, Itália
– A resistência à insulina no hipotálamo – Lício Velloso – Unicamp
– A resistência à insulina nos tecidos periféricos – Bruno Geloneze – Unicamp

CO.02 – Concorrente ao Prêmio Área Básica


TREINAMENTO FÍSICO DE ENDURANCE AUMENTA A EXPRESSÃO DE APPL1 E MELHORA A
SINALIZAÇÃO DA INSULINA NO TECIDO HEPÁTICO ATENUANDO A HIPERGLICEMIA EM
CAMUNDONGOS OBESOS DIABÉTICOS
Marinho R, Ropelle ER, Bertoli FC, De Souza CT, Cintra DE, Da Silva ASR, Colantonio E, D’Almeida V, Pauli JR

Sala 3 Hipertensão e dislipidemia no obeso diabético


Coord.: Glaucia Carneiro – Unifesp-EPM; Edna Regina Nakandakare – LIM10
– Pressão arterial: quanto menor melhor? – Maria Teresa Zanella – Unifesp
– Dislipidemia no diabeso: tratar o quê? LDL? HDL? Triglicérides? – Francisco Alfredo Bandeira e Farias – PE
– Como elevar o colesterol-HDL no diabeso? – Ana Paula Chacra – InCor-USP

CO.03 – EFEITO DA DIETA HIPERLIPÍDICA SOBRE A SENSIBILIDADE PERIFÉRICA À INSULINA, À


PRESSÃO ARTERIAL E À FUNÇÃO RENAL EM RATAS WISTAR E NA SUA PROLE
Roza NAV, Possignolo LF, Palanch AC, Gontijo JAR

Sala 4 Perda de peso e manutenção do peso perdido


Coord.: Heidi Lui Reinhardt; Renata Bressan Pepe – FSP – USP
– Há diferença entre dieta e programa alimentar? – Mônica Beyruti – Clínica Alfredo Halpern
– O que conta são as calorias ou a composição de macronutrientes? – Andréa Pereira – Unifesp/EPM
– Preditores da manutenção do peso em longo prazo após o emagrecimento – José Ernesto dos Santos
– FMUSP/RP

CO.04 – INGESTÃO DE GORDURA VEGETAL HIDROGENADA DURANTE A GESTAÇÃO E LACTAÇÃO


ALTERA A CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE ADIPONECTINA E A EXPRESSÃO PROTEICA DE ADIPO-R1
E TLR-4 DA PROLE NA VIDA ADULTA
Lopes J, Oller do Nascimento CM, Oyama LM, Biz C, Hachul AC, Ribeiro EB, Pisani LP

10:30-11:00
Coffee break
programação científica

11:00-12:30
Simpósios (5º piso)
Sala 5 (4o piso) Obesidade: genética ou ambiente?
Coord.: Osmar Monte – Santa Casa de SP; João H. Romaldini – PUC-Campinas
– Obesidade comum: quais os genes implicados? – Maria Edna de Melo – HCFMUSP
– Genética e ambiente: os nipo-brasileiros – Sandra V. Ferreira – FSP – USP
– Razões biológicas para o ganho de peso – Eric Ravussin – USA

CO.05 – Concorrente ao Prêmio Área Básica


MECANISMO DE AÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS (w-3 e w-9) NA REVERSÃO DA
INFLAMAÇÃO E APOPTOSE EM NEURÔNIOS HIPOTALÂMICOS CONTROLADORES DA FOME E
TERMOGÊNESE EM ANIMAIS OBESOS E DIABÉTICOS (DM2)
Cintra DE, Ropelle ER, Contin Moraes J, Morarij J, Pauli JR, De Souza CT, Carvalheira JBC, Saad MJA, Velloso LA

Sala 2 Resistência à insulina e deficiência de insulina no obeso diabético


Coord.: Erika Bezerra Parente – HCFMUSP; Marcia Silva Queiroz – HCFMUSP
– O papel das citocinas e da inflamação – Marcos Antonio Tambascia – Unicamp
– O papel dos ácidos graxos livres – Bernardo Leo Wajchenberg – InCor-USP
– O papel das incretinas – Antonio Roberto Chacra – Unifesp

CO.06 – INFLUÊNCIA DA RESISTÊNCIA INSULÍNICA NA ASSOCIAÇÃO ENTRE MARCADORES


INFLAMATÓRIOS E SUBCLÍNICOS DE ATEROSCLEROSE EM ADOLESCENTES OBESOS
HIPERLEPTINÊMICOS
Sanches PL, De Mello MT, Elias N, Piano A, Fonseca FA, Campos RMS, Silva PL, Carnier J, Corgosinho FC, 
Tock L, Tufik S, Dâmaso AR

Sala 3 Novas doenças associadas a obesidade e síndrome metabólica


Coord.: José Antonio Atta – HCFMUSP; Nilza Scalissi – Santa Casa
– Hepatopatia e síndrome metabólica – Leila Maria Batista Araújo – UFBA
– Câncer e obesidade – José Barreto Campello Carvalheira – Unicamp
– Tireoide: mais uma vítima da síndrome metabólica? – Geraldo Medeiros – HCFMUSP

CO.07 – Concorrente ao Prêmio Área Clínica


DIETA E TREINAMENTO FÍSICO MELHORAM A SENSIBILIDADE QUIMIORREFLEXA EM
PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA E APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO
Maki-Nunes C, Toschi-Dias E, Rondon MUPB, Alves MJNN, Drager LF, Costa COPC, Fraga RF, 
Lorenzi Filho G, Negrão CE, Trombetta IC

Sala 4 Nutracêutica
Coord.: Marcelo Macedo Rogero – USP; Sophie Marie Michele Deram – FMUSP
– Nutracêutica: o que é isso? – Sílvia Cozzolino – FBA – USP
– Alimentos e inflamação – Ana Maria Lottenberg – HCFMUSP
– Prebióticos e probióticos – Alessandra Escórcio Rodrigues – HCFMUSP

CO.08 – PAPEL DAS ADIPOCINAS NO BRONCOESPASMO INDUZIDO PELO EXERCÍCIO EM


ADOLESCENTES OBESOS SOB TRATAMENTO INTERDISCIPLINAR
Silva PL, Cheik NC, Mello MT, Sanches PL, Piano A, Carnier J, Masquio DCL, Corgosinho FC, Campos RMS,
Inoue D, Oller do Nascimento CM, Oyama LM, Tock L, Tufik S, Dâmaso AR

12:45-13:45
Simpósios Indústria
Sala 1 Novo Nordisk
O papel da Liraglutida no tratamento do obeso com DM2
Coord.: Maria Lúcia Giannella e Alfredo Halpern

Sala 2 AstraZeneca – Bristol-Myers Squibb: Saxagliptina: uma ajuda extra para o controle
glicêmico abrangente
Interação entre incretinas e obesidade na fisiopatogenia do DM2
Bruno Geloneze
Saxagliptina no tratamento do DM2: novas evidências clínicas de eficácia e segurança
Erika Paniago Guedes
programação científica

Sala 3 Novartis
Paciente diabético-hipertenso ou paciente hipertenso-diabético? Qual a melhor maneira de otimizar o seu tratamento?
Coord.: Luiz A. Turatti – HCFMUSP
Vildagliptina: Tratamento abrangente do DM2 com benefícios extraglicêmicos
Amélio Godoy-Matos – IEDE-PUC-RJ
O alisquireno e o remodelamento pancreático: perspectivas para o tratamento do paciente hipertenso diabético
Ruy Lyra da Silva Filho – UFPE

Sala 4 Coca-Cola Brasil – Adoçantes


Coord.: Marcio C. Mancini – HCFMUSP
As diferenças entre os adoçantes
Mauro Fisberg
Emprego dos adoçantes no controle do peso
Mônica Beyruti – Clínica Alfredo Halpern

Discussão

14:00-15:30
Simpósios (5º piso)
Sala 1 Causas não clássicas de obesidade
Coord.: Daniel Soares Freire – HCFMUSP; Daniela Yone Veiga Iguchi – Santa Casa
– Papel da flora bacteriana intestinal – Mário José Abdalla Saad – Unicamp
– Deficiência de cálcio e vitamina D – Luiz Henrique Griz – PE
– Disruptores endócrinos causadores de obesidade – Nelson Rassi – GO

concorrente ao Prêmio Área clínica:


CO.09 – ALEITAMENTO MATERNO E PESO AO NASCER: INFLUÊNCIA NAS CONCENTRAÇÕES
PLASMÁTICAS DE ADIPONECTINA E RESISTINA EM ADOLESCENTES OBESOS
Masquio DCL, Piano A, Carnier J, Oyama LM, Oller do Nascimento C, Tufik S, De Mello MT, Dâmaso AR

Sala 5 (4o piso) Terapia do diabetes baseada em incretinas


Coord.: Luciano Ricardo Giacaglia – HFMUSP; Cecília Amabilini Hohl – HCFMUSP
– Incretinas: velhos conceitos, novos remédios – Benoit R. Gauthier – Cabimer, Sevilha, Espanha
– Inibidores de DPP-4: eficácia e segurança – Ruy Lyra – PE
– Análogos do GLP-1: passado, presente e futuro – Luiz Turatti – HCFMUSP

CO.10 – MODELO DE OBESIDADE ASSOCIADA À RESISTÊNCIA À AÇÃO DA INSULINA E


INTOLERÂNCIA À GLICOSE INDUZIDA POR DIETA HIPERLIPÍDICA
White PAS, Araújo JMD, Cercato LM, Souza LA, Soares AF, Barbosa APO, Neto JMR, Marçal AC, 
Camargo E, Santos, Brito LC
Sala 3 Obesidade e ciclo de vida da mulher
Coord.: Vinicius Nahime de Brito – HCFMUSP; Elaine Maria Frade Costa
– Influência da obesidade no desenvolvimento puberal – Ana Claudia Latronico – HCFMUSP
– Obesidade e infertilidade – José Antonio Miguel Marcondes – HCFMUSP
– Obesidade e climatério – Ricardo M. R. Meirelles – EDE/RJ

CO.11 – Concorrente ao Prêmio Área Básica


EXERCÍCIO FÍSICO PROMOVE RESPOSTA ANTI-INFLAMATÓRIA NO TECIDO HIPOTALÂMICO E
REDUZ A INGESTÃO ALIMENTAR EM ROEDORES OBESOS
Ropelle ER, Cintra DE, Pauli JR, Rocha GZ, De Souza CT, Oliveira AG, Guadagnini D, Marin R, Saad MJA, 
Carvalheira JBC
Sala 4 Substitutos alimentares, adoçantes e alimentos industrializados
Coord.: Sonia Trecco – HCFMUSP; Alessandra Rascovski
– O valor dos substitutos alimentares no controle da obesidade – Alexander Koglin Benchimol – IEDE-RJ
– Adoçantes artificiais: atualização – Vivian Buonacorso – USP
– O que as indústrias alimentícias estão fazendo para deter a epidemia de obesidade? – Mauro Fisberg – Unifesp

CO.12 – INTERVENÇÃO NUTRICIONAL E ADESÃO AO TRATAMENTO EM PACIENTES COM


SÍNDROME METABÓLICA ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO TERCIÁRIO DE PORTO ALEGRE/RS
Busnello FM, Santos ZA, Bodanese LC, Pellanda LC, Freitas BB, Ferreira AS

15:30-16:00
Coffee break
programação científica

16:00-17:00
Sessão de pôsteres
ÁREA BÁSICA E FISIOPATOLOGIA

PT.01.01 – METABOLIC SYNDROME DIET-INDUCED: AN EXPERIMENTAL STUDY


Ramalho L, Jornada MN, Macedo IC, Torres ILS, Hidalgo MP
PT.01.02 – FREQUÊNCIA DE POLIMORFISMOS NO GENE LEPR DE CRIANÇAS GRAVEMENTE
OBESAS
Fernandes AE, Melo ME, Favoretto-Dias N, Lui Reinhardt H, Villares SMF, Cercato C, Halpern A, Mancini MC

ATIVIDADE FÍSICA

PT.02.01 – COMPARISON BETWEEN ENDURANCE AND STRENGTH EXERCISE EFFECTS ON TISSUE


TRIGLYCERIDES IN RATS
Botezelli JD, Dalia RA, Moura LP, Ghezzi AC, Cambri LT, Araújo MB, Ribeiro C, Scariot PPM, Mello MAR
PT.02.02 – DIFFERENCES BETWEEN ENDURANCE AND STRENGTH EXERCISE EFFECTS ON THE
BLOOD BIOCHEMISTRY OF RATS
Botezelli JD, Dalia RA, Moura LP, Araújo MB, Ribeiro C, Ghezzi AC, Cambri LT, Scariot PPM, Mello MAR
PT.02.03 – ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL: FATORES DE RISCO
PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL
Baruki SB, Carrapateira LM, Braga IM
PT.02.04 – ACUTE EFFECTS OF DIFFERENT EXERCISE INTENSITIES ON ANXIETY AND MOOD
STATE IN OBESE ADOLESCENTS
Ferreira LCCN, Lofrano-Prado MC, Andrade MLSS, Freitas CRM, Sencades RG, Albuquerque LS, Silva HJG,
Lins TA, Lopes de Souza S, Almeida NCN, Ferreira MNL Prado WL
PT.02.05 – EFEITO DE UM PROGRAMA DE TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR SOBRE A
INSATISFAÇÃO DA IMAGEM CORPORAL EM ADOLESCENTES OBESOS
Freitas CRM, Sencades RG, Silva HJG, Lins TA, Andrade MLSS, Almeida LS, Albuquerque LS, Tenório TRS,
Lofrano-Prado MC, Almeida NCN, Ferreira MNL, Prado WL
PT.02.06 – PERFIL DO ESTILO DE VIDA DE PORTADORES DE DIABETES MELITO USUÁRIOS DA
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE PASSARINHO ALTO DA CIDADE DO RECIFE/PE
Lima ARS
PT.02.07 – FATORES RELACIONADOS À ADESÃO AO EXERCÍCIO FÍSICO NA OBESIDADE MÓRBIDA
Marcon ER, Gus I, Neumann CR

AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO

PT.03.01 – ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPOSIÇÃO CORPORAL E PERFIL ALIMENTAR DE MULHERES


ADULTAS ATENDIDAS EM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO
Silva AR, Abreu AF, Montoro MS, Albano RD
PT.03.02 – SÍNDROME METABÓLICA E FATORES ASSOCIADOS
Inácio LB, Fagundes ALR, Menezes E, Magnino FS, Mendonça ALS, Redondo LS, Ribeiro NC, Dias CR, 
Carvalho NV, Lopes ICR, Cunha MF, Magalhães FO
PT.03.03 – EQUAÇÕES DE GASTO ENERGÉTICO E O USO DA CALORIMETRIA INDIRETA: ATÉ
ONDE AS EQUAÇÕES SÃO CONFIÁVEIS?
Moreira ASB, Moreno B, Valente da Silva HG
PT.03.04 – PRESCRIÇÃO DE VALORES FIXOS DE CALORIAS POR QUILO DE PESO, DE ACORDO
COM O GRAU DE OBESIDADE: É VIÁVEL?
Moreira ASB, Moreno B, Valente da Silva HG
PT.03.05 – AVALIAÇÃO DE CINTURA, QUADRIL E RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL NA SÍNDROME
METABÓLICA, DURANTE EVENTO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL
Magnino FS, Menezes E, Dias CR, Inácio LB, Mendonça ALS, Fagundes ALR, Lopes ICR, Magalhães FO, 
Cunha MF, Carvalho NV, Redondo LS, Ribeiro NC
PT.03.06 – ASSOCIAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS E O PERFIL GLICÊMICO E
LIPÍDICO EM MULHERES IDOSAS
Reis Filho AD, Santini E, Coelho CF, Voltarelli FA, Ferrari Jr J, Ravagnani FCP, Fett WCR, Fett CA
PT.03.07 – AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ESCOLARES FREQUENTADORES DE ESCOLAS
MUNICIPAIS DA CIDADE DE GUARULHOS
Nuzzo L, Freiberg CK, Pelliciari MC, Paulino, Fiore EG, Araújo M, Monteiro NA, Las Casas A, Iglesias S
PT.03.08 – AVALIAÇÃO E COMPARAÇÃO DOS PERCENTUAIS DE GORDURA CORPORAL DE
MULHERES OBESAS POR ANTROPOMETRIA, BIOIMPEDÂNCIA E ABSORTOMETRIA RADIOLÓGICA
DE DUPLA ENERGIA
Lopes DCF, Amorin LL, Batista MA, Silvestre MPC
programação científica

PT.03.09 – VALIDAÇÃO CRUZADA DE DIFERENTES EQUAÇÕES PARA A ESTIMATIVA DO


PERCENTUAL DE GORDURA EM IDOSAS
Santini E, Reis Filho AD, Coelho CF, Voltarelli FA, Ravagnani FCP, Fett WCR, Fett CA
PT.03.10 – ANÁLISE DO PERFIL LIPÍDICO E SÍNDROME METABÓLICA DE ESCOLARES
ADOLESCENTES DE PERIFERIA DO MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS/SP, BRASIL
Santa Maria ASL, Duarte ACGO, Fiorese MS, Duarte FO, Junior AEA, Rosante MC, Speretta GFF, Wenzel IC, 
Medina WL
PT.03.11 – ANÁLISE DO PADRÃO COMPORTAMENTAL (BULIMIA/ANOREXIA/IMAGEM CORPORAL)
E ALIMENTAR DE ADOLESCENTES COM SÍNDROME METABÓLICA
Santa Maria ASL, Duarte ACGO, Fiorese MS, Duarte FO, Junior AEA, Rosante MC, Speretta GFF, Silvestre JGO, 
Wenzel IC, Medina WL

CIRURGIA DA OBESIDADE

PT.04.01 – AVALIAÇÃO DO PERFIL BIOQUÍMICO E ANTROPOMÉTRICO NO PRÉ E PÓS-


OPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA
Monteiro VSM, Paiva FA, Santos DF, Assunção JFL
PT.04.02 – INTOLERÂNCIA ALIMENTAR E PERFIL BIOQUÍMICO DE PACIENTES SUBMETIDOS À
CIRURGIA BARIÁTRICA
Souza RS, Lacerdas DC, Raposo OFF, Barbosa KBF, Lima FEL, Brito LC
PT.04.03 – OBESIDADE E O ISOLAMENTO SOCIAL EM OBESOS CANDIDATOS À CIRURGIA
BARIÁTRICA
Landin L, Ascencio RFR
PT.04.04 – AVALIAÇÃO DAS MODIFICAÇÕES NA SAÚDE E NO COMPORTAMENTO DE PACIENTES
APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA
Oliveira PC, Mendonça PML
PT.04.05 – AVALIAÇÃO DO BINÔMIO MATERNO-FETAL APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA
Andreassen MS, Neumann AICP, Ferraz LF, Jesus SNR, Piano A
PT.04.06 – CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES PÓS-BARIÁTRICOS
Pinheiro RM, Oliveira FA, Melo LG
PT.04.07 – PERFIL METABÓLICO DE OBESOS PRÉ E PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA – EXPERIÊNCIA
DO HUPES
Câmara LAP, Araújo LMB, Cruz I, Souza L, Spreuwers L, Cohet I, Soares J, Baghriolli Neto O
PT.04.08 – COMPLICAÇÕES GRAVES APÓS INSERÇÃO DE BALÃO INTRAGÁSTRICO EM UMA
PACIENTE COM HIPOVENTILAÇÃO DA OBESIDADE
Carvalho DF, Lima LCS, Cercato C, Mancini MC, Melo ME, Moura EGH, Halpern A
PT.04.09 – USO TEMPORÁRIO DE DISPOSITIVO ENDOSCÓPICO DE EXCLUSÃO DUODENO-
JEJUNAL PARA PERDA DE PESO E CONTROLE DO DIABETES MELITO TIPO 2
Moura EGH, Martins BC, Lopes GS, Orso IRG, Oliveira SL, Galvão-Neto MP, Santo MA, Sakai P, Ramos AC, 
Garrido Jr AB, Mancini MC, Halpern A, Cecconello I

DIABETES

PT.05.01 – ANÁLISE DA GLICEMIA CAPILAR EM UMA POPULAÇÃO ADULTA NO DIA MUNDIAL DO


DIABETES
Meneguette MVO, Amaral MEC
PT.05.02 – AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E METABÓLICA DE GESTANTES DIABÉTICAS E COM
HIPERGLICEMIA LEVE
Lima PHO, Tognon NB, Gelaleti RB, De Lego EC, Morceli G, Calderon IMP, Damasceno DC, Rudge MVC
PT.05.03 – TNF-α AND ADIPONECTIN LEVELS RELATED TO BODY MASS INDEX IN MILD
GESTATIONAL HYPERGLYCEMIA
Lima PHO, Santos JHTF, Sinzato YK, Moreli JB, Caetano M, Gelaleti RB, Damasceno DC, Calderon IMP, Rudge MVC
PT.05.04 – SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D E DIABETES MELITO TIPO II
Mota JS, Souza CO
PT.05.05 – FITOTERÁPICOS E DIABETES MELITO TIPO II
Mota JS, Souza CO
PT.05.06 – ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PORTADORES DE DIABETES
MELITO (DM) TIPO 2 PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR,
PULMONAR E METABÓLICA
Lima ARS
PT.05.07 – DIABETES MELITO TIPO 1A MANIFESTADO APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA: RELATO DE CASO
Fabri FSSS, Vieira MIC, Iervolino L, Petry TBZ, Scalissi N, Salles JEN
programação científica

EPIDEMIOLOGIA
PT.06.01 – ESTRESSE NO TRABALHO E EXCESSO DE PESO EM TRABALHADORES BANCÁRIOS
– VITÓRIA-ES/BRASIL
Salaroli LB, Matias AM, Barbosa GC, Molina MDCB, Bissoli NS
PT.06.02 – PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA E FATORES ASSOCIADOS EM BANCÁRIOS
DA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL
Salaroli LB, Molina MDCB, Zandonade E, Bissoli NS
PT.06.03 – INCIDÊNCIA DE DISLIPIDEMIA EM MULHERES NO CLIMATÉRIO ATENDIDAS EM
AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA EM SÃO LUÍS/MA
Matos Filho LJS, Marinho PPR, Lago RSR, Castro RNC, Veloso TC, Santos LGL, Matos MC, Silva NTB 
PT.06.04 – PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM UNIVERSITÁRIOS: ANÁLISE
COMPARATIVA DOS CRITÉRIOS INTERNACIONAIS
Rios LLG, Coutinho HHO, Almeida LL, Lavareda PHB, Lamounier JA, Martins-Santos MES, Sabino AP, Granjeiro PA
PT.06.05 – OBESIDADE CENTRAL ASSOCIA-SE COM PRESSÃO SISTÓLICA ELEVADA EM
INDIVÍDUOS COM ÍNDICE DE MASSA CORPORAL NORMAL
Rossato SL, Lima RF, Ghizzoni F, Mosele F, Oliveira M, Silva RS, Moreira LB, Fuchs SC
PT.06.06 – COMPARAÇÃO DE PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM ESTUDANTES DO
ENSINO MÉDIO DE DIVINÓPOLIS UTILIZANDO CINCO CRITÉRIOS INTERNACIONAIS
Coutinho HHO, Rios LLG, Almeida LL, Lavareda PHB, Lamounier JA, Martins-Santos MES, Sabino AP, Granjeiro PA
PT.06.07 – OBESIDADE – ANÁLISE DE 691 TRABALHADORES
Casas CE
PT.06.08 – SÍNDROME METABÓLICA E DISTRIBUIÇÃO DE SEUS COMPONENTES EM PACIENTES
COM DOENÇA CARDIOVASCULAR/RS
Guimarães LK, Olinto MT, Costa JSD, Marques MC, Prado TMV
PT.06.09 – HÁBITOS ALIMENTARES DE TRABALHADORES DE TURNOS DE UM FRIGORÍFICO DO
SUL DO PAÍS
Canuto R, Olinto MT

OBESIDADE E FATORES DE RISCO


PT.07.01 – CONSUMO ENERGÉTICO E DE LIPÍDIOS NÃO SÃO ASSOCIADOS COM O RISCO DE
ADIPOSIDADE ABDOMINAL
Leandro-Merhi VA, Aquino JLB, Camargo JGT
PT.07.02 – RISCO NUTRICIONAL E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL: UMA ABORDAGEM EM CARDIOLOGIA
Borba LG, Soares AMNGF, Magnoni CD, Santos MJ, Plata RG, Moreira DC, Aoyagui BY, Sousa AGMR, 
Cury FB, Albano MRC
PT.07.03 – A ASSOCIAÇÃO DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO EM PACIENTES COM SÍNDROME
METABÓLICA PREJUDICA A RESPOSTA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DE RECUPERAÇÃO
Cepêda-Fonseca FX, Martinez DG, Maki-Nunes C, Toschi-Dias E, Rondon MUPB, Alves MJNN, Drager LF, Lorenzi
Filho G, Negrão CE, Trombetta IC
PT.07.04 – ACURÁCIA DOS PONTOS DE CORTE DE CIRCUNFERÊNCIA DE CINTURA PARA
PREDIZER DE RISCO DE DISLIPIDEMIA EM ADOLESCENTES
Cândido APC, Oliveira CT, Freitas SN, Machado-Coelho GLL
PT.07.05 – IDENTIFICAÇÃO DE PADRÕES ALIMENTARES E ASSOCIAÇÃO COM OBESIDADE
ABDOMINAL DE ADULTOS CADASTRADOS EM UNIDADE DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Marsola FC, Hidalgo LMG, Moreto F, Rinaldi AEM, Portero-Maclellan KC, Burini RC
PT.07.06 – SÍNDROME METABÓLICA EM INDIVÍDUOS BRASILEIROS: PREVALÊNCIA E FATORES
ASSOCIADOS
Meneguette MVO, Oliveira CA, Amaral MEC, Lima MHM
PT.07.07 – ASSOCIAÇÃO ENTRE O HDL-COLESTEROL E GLICEMIA NA QUALIDADE DE VIDA EM
IDOSOS COM SÍNDROME METABÓLICA
Chichetta G, Franco FG, Cendoroglo MS, Jacinto AF, Shigaeff N, Pereira SA, Ikeda MR, Citero VA
PT.07.08 – ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPONENTES DA SÍNDROME METABÓLICA E PERCENTUAL DE
ENERGIA DA DIETA PROVENIENTE DE ALIMENTOS PROCESSADOS
Marsola FC, Pegoretti C, Fukuda CM, Manda RM, Portero-Maclellan KC, Burini RC
PT.07.09 – PREVALÊNCIA DA SÍNDROME METABÓLICA E SEUS COMPONENTES EM MULHERES
CLIMATÉRICAS
Tavares Souza AP, Lucena I, Costa LO, Fantato F, Bezerra B, Cavalcante CWP, Novaes M
PT.07.10 – PERFIL CLÍNICO, METABÓLICO E ANTROPOMÉTRICO DE INDIVÍDUOS OBESOS EM
HOSPITAL TERCIÁRIO DA CIDADE DE SÃO PAULO
Giorelli GV, Matos LN, Dias CB
PT.07.11 – INFLUÊNCIA DO CONSUMO DE GORDURA SATURADA SOBRE A ESTEATOSE HEPÁTICA
NÃO ALCOÓLICA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Ferreira VD, Piano A
PT.07.12 – PERCEPÇÃO E PRÁTICAS ALIMENTARES DE MULHERES OBESAS PARTICIPANTES DE
UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NO MUNICÍPIO DE GUARULHOS
Oliveira AC, Almeida JSA
programação científica

PT.07.13 – COMPARAÇÃO DOS NÍVEIS DE PCRas E MICROALBUMINÚRIA ENTRE MULHERES COM


E SEM SÍNDROME METABÓLICA EM UMA COMUNIDADE EM SALVADOR/BA
Olivieri L, Góes Paulo, Carneiro JRS, Alves AM, Cruz HR
PT.07.14 – AVALIAÇÃO CLÍNICO-METABÓLICA DE PACIENTES COM EXCESSO DE PESO:
IMPORTÂNCIA DA MEDIDA DA CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL
Lima ML, Ladeia AM, Olivieri L, Góes P, Ferraz F, Magalhães Jr A, Ferraz I, Lima M, Guimarães A
PT.07.15 – AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR DE MULHERES COM EXCESSO DE PESO
Olivieri L, Ladeia AM, Souza LA, Lima ML, Góes Paulo, Ferraz F, Magalhães Jr A, Guimarães A
PT.07.16 – RISK FACTORS FOR OBESITY IN A RURAL POPULATION
Harb A, Levandovski R, Bernardi F, Hidalgo MP
PT.07.17 – AVALIAÇÃO DE TCAP EM OBESOS: PREVENINDO TRANSTORNOS METABÓLICOS E MENTAIS
Moreno B, Valente da Silva HG, Moreira ASB
PT.07.18 – EFEITOS DA TERAPIA INTERDISCIPLINAR NO COMPORTAMENTO ALIMENTAR E
PERFIL PSICOLÓGICO DE ADULTOS OBESOS
Carvalho Ferreira JP, Cipullo MAT, Caranti DA, Moraes AS, Pisani LP, Masquio DCL, Andrade Silva SG, Damaso AR
PT.07.19 – FREQUÊNCIA DE DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA EM POPULAÇÃO
COM PRÉ-DIABETES
Saado, Giorelli GV, Cury MAA, Camargo C, Costa-Pinto J, Pinheiro RP, Matos LN, Dias CB
PT.07.20 – CORRELAÇÃO ENTRE APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA E LEUCÓCITOS EM
ADOLESCENTES OBESOS
Sencades RG, Silva HJG, Lins TA, Ferreira LCCN, Almeida LS, Albuquerque LS, Tenório TRS, Andrade MLSS, Lofrano-
Prado MC, Almeida NCN, Ferreira MNL, Prado WL
PT.07.21 – PACIENTES COM SOBREPESO E OBESIDADE: PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO
ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) E DIABETES MELITO TIPO 2 (DM2): UM ESTUDO NO AMBULATÓRIO
DE SOBREPESO E OBESIDADE DO INSTITUTO DE SAÚDE ELPÍDIO DE ALMEIDA NA CIDADE DE
CAMPINA GRANDE/PB
Ferreira MFL, Barbosa ACN, Fernandes IC, Barbosa PEA, Costa ID, Lacerda SG
PT.07.22 – AVALIAÇÃO DA ATEROSCLEROSE SUBCLÍNICA EM PACIENTES OBESOS
Burgos PF, Leal AJ, Gagliardi ART
PT.07.23 – RESISTÊNCIA À INSULINA NA PROLE DE CAMUNDONGOS COM OBESIDADE INDUZIDA
POR DIETA HIPERLIPÍDICA
Ashino NG, Nakutis FS, Santos GA, Silva AP, Melo AM, Martins JC, Torsoni MA, Torsoni AS
PT.07.24 – OBESOS TÊM CONSUMO EXCESSIVO DE PROTEÍNAS E CARBOIDRATOS E REDUZIDO
DE VITAMINA E
Dias de Castro ML, Driemeyer J, Malinoski NK, Oliveira VR, Costa FS, Friedman R
PT.07.25 – EFEITO DE VINTE SEMANAS DE TREINAMENTO CONCORRENTE NA COMPOSIÇÃO
CORPORAL E NA PREVALÊNCIA DA DGNAF EM ADOLESCENTES OBESOS
Silveira LS, Monteiro PA, Bastos KN, Antunes BMM, Cayres SU, Freitas Jr IF
PT.07.26 – O PAPEL DA ACETIL-CoA CARBOXILASE HIPOTALÂMICA NA RESPOSTA
CONTRARREGULATÓRIA HEPÁTICA DE RATOS
Pereira VD, Santos GA, Moura RF, Roman EA, Vitorino DC, Letícia MISouza, Velloso LA, Torsoni AS
PT.07.27 – COMORBIDADES E ANTECEDENTES FAMILIARES DE ADULTOS OBESOS PARTICIPANTES
DE TERAPIA INTERDISCIPLINAR DE MUDANÇA DE ESTILO DE VIDA
Moraes AS, Carvalho Ferreira JP, Cipullo MAT, Caranti DA, Queiroz GGJ, Masquio DCL, Andrade Silva SG, Pisani
LP, Yi LC, Damaso AR
PT.07.28 – GHRELIN GENE POLYMORPHISM AND ITS RELATION TO DNA DAMAGE IN MORBID
OBESE WOMEN
Almeida DC, Luperini BCO, Salvadori DMF
PT.07.29 – ASSOCIATION BETWEEN FTO GENE POLYMORPHISM AND DNA DAMAGE IN
LIMPHOCYTES FROM OBESE WOMEN
Luperini BCO, Almeida DC, Porto MP, Salvadori DMF

17:00-17:50

Sala 5 (4º piso) Conferência: O papel da interação ge-ambiente na sobrevivência da ilhota pancreática e homeastase da glicose
Coord.: Amélio Fernando de Godoy Matos
Conf.: Benoit R. Gauthier – Cabimer, Sevilha, Espanha

18:00

Sala 5B (4º piso) Reunião Conselho Deliberativo – ABESO


programação científica

Sexta-feira, 27 de maio de 2011

08:00-08:50

Sala 5 (4º piso) Conferência: O hipotálamo após a cirurgia bariátrica


Coord.: Marcio Correa Mancini
Conf.: Lício Velloso – Unicamp

09:00-10:30
Simpósios (5º piso)
Sala 1 Ritmos biológicos, hormônios e obesidade
Coord.: Sharon Nina Admoni, Luiz Roberto Salgado
– Privação de sono e obesidade – Dalva Poyares – Unifesp
– Ritmos circadianos, genética e obesidade – Melissa Moreira Zanquetta – FMUSP
– Eixos hormonais na obesidade: da fisiopatologia as implicações terapêuticas – Rodrigo Moreira – RJ

CO.13 – THE ASSOCIATION AMONG BMI, SLEEP QUALITY AND MID-SLEEP PHASE WITH USE OF
ANTIHYPERTENSIVE DRUGS
Harb A, Levandovski R, Allebrandt K, Roenneberg T, Bernardi F, Hidalgo MP

Sala 2 Tratamento medicamentoso do diabetes tipo 2


Coord.: Daniel F. Carvalho, Maria Lúcia Garcia – HC/SP
– Metformina: ainda a primeira escolha? – Bruno Halpern – HCFMUSP
– Ainda há lugar para as sulfonilureias? – Roberto Betti – InCor-USP
– Qual o papel das glitazonas no tratamento? – Saulo Cavalcanti da Silva – UFMG

concorrente ao Prêmio Área Básica:

CO.14 – EFFECT OF CONCOMITANT TREATMENT OF GLUCOSE AND METHYLGLYOXAL IN


HUMAN LYMPHOCYTES: BENEFICIAL EFFECT OF ASTAXANTHIN AND VITAMIN C
Bolin AP, Guerra BA, Nascimento SJS, Campoio TR, Otton R

Sala 3 Distúrbios respiratórios do obeso


Coord.: Pedro Genta – HC/SP; Francisco José Bueno Aguiar – HC/SP
– Asma e obesidade – Alberto Cukier – HCFMUSP
– Apneia do sono e hipoventilação – Geraldo Lorenzi Filho – InCor-FMUSP
– Cuidados pré e pós-operatórios na cirurgia bariátrica de pacientes com apneia – Laerte Ferreira Damaceno
– UFES

concorrente ao Prêmio Área clínica:

CO.15 – IS L-THYROXINE WELL ABSORBED BY THE MODIFIED GASTRO-INTESTINAL SYSTEM


AFTER A ROUX-EN-Y BARIATRIC SURGERY?
Rubio IGS, Santo MA, Medeiros-Neto G

Sala 4 Mudanças comportamentais na prevenção e terapia da obesidade


Coord.: Fernanda Pisciolaro – HCFMUSP; Isa de Padua Cintra – Unifesp
– Enfoque comportamental da obesidade infantil – Zuleika Salles Cozzi Halpern – SP
– Medidas comportamentais na compulsão alimentar – Maristela Temer – SP
– Os programas “Agita” – Sandra Matsudo – CELAFISCS

CO.16 – ASSOCIAÇÃO ENTRE SEVERIDADE DA COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA E NÍVEIS DE


LEPTINA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS
Fujiwara CTH, Melo ME, Lui Reinhardt H, Fernandes AE, Cercato C, Halpern A, Mancini MC

10:30-11:00

Coffee break
programação científica

11:00-12:30
Simpósios (5º piso)
Sala 1 Tratamento atual com agentes antiobesidade
Coord.: André Faria; Danilo de Souza Aranha Vieira – USP
– Agentes catecolaminérgicos: antigos e úteis – Cintia Cercato – HCFMUSP
– Estado atual do tratamento com orlistate – Josivan Gomes de Lima – RN
– Sibutramina: Alexander Koglin Benchimol – PUC RJ

CO.17 – O BLOQUEIO DO RECEPTOR CB1 AUMENTA A EXPRESSÃO DA PROTEÍNA


TRANSPORTADORA DE GLICOSE GLUT4
Furuya DT, Poletto AC, Freitas HS, Machado UF

Sala 2 Tratamento do obeso diabético


Coord.: Anete H. Abdo – IPq-HCFMUSP; Tatiana Goldbaum
– O que associar à metformina? – Rosa F. Santos – HCFMUSP
– Deve-se associar medicamentos logo de início? – Amélio Fernando de Godoy Matos – IEDE-RJ
– Tratamento farmacológico do paciente obeso com DM1 – Balduíno Tschiedel – Instituto da Criança com Diabetes/RS

CO.18 – ASSOCIAÇÃO INDEPENDENTE ENTRE ADIPONECTINA TOTAL E GLICEMIA DE JEJUM EM


PACIENTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL
Marcadenti A, Matte U, Moreira LB, Gus M, Wiehe M, Fuchs F, Fuchs SC

Sala 3 O coração na obesidade e no diabetes


Coord.: Álvaro Avezum Jr. – IDP-SP; Isio Schulz
– O risco do diabetes é mesmo equivalente ao do pós-infarto? – Reine Marie Chaves Fonseca – UFBA
– Função cardíaca do obeso após cirurgia bariátrica – Claudia Cozer – HSL-SP
– O paradoxo da insuficiência cardíaca no obeso – Thomaz Cruz – BA

CO.19 – A PARTICIPAÇÃO DA AKT NA REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO DE GLUT4 INDUZIDA PELA


INSULINA NO MÚSCULO SÓLEO
Moraes PA, Machado UF

Sala 4 Complicações nutricionais e reposição vitamínica e mineral após cirurgia bariátrica


Coord.: Pedro Henrique S. Corrêa – HCFMUSP; Alessandra Xavier
– Anemia e reposição de ferro – Fernanda Guidi Colossi de Paris – COMCM/RS
– Redução de massa óssea e reposição de cálcio e vitamina D – Regina Matsunaga Martin – HCFMUSP
– Queda de cabelo: por que ocorre e o que fazer? – Daniela Oliveira Magro – Unicamp

CO.20 – OSTEOMALÁCIA IATROGÊNICA LIMITANTE INDUZIDA POR DERIVAÇÃO


BILIOPANCREÁTICA
Perez RV, Iguchi DYV, Cercato C, Mancini MC, Melo ME, Martin RM, Corrêa PHS, Jorgetti V, Halpern A

12:45-13:45
Simpósios Indústria (5º piso)
Sala 1 Simpósio Covidien
Sala 2 Simpósio Abbott
Benefícios além do controle glicêmico sustentado
Alexandre Benchimol
Os substitutos de refeições no controle dos múltiplos fatores de risco cardiovascular
João Eduardo Nunes Salles

Sala 3 Simpósio Unilever


Ácidos graxos poli-insaturados: impacto sobre a saúde
Alfredo Halpern

Sala 4 Simpósio Eli Lilly


Efeitos do exenatida no controle glicêmico de longo prazo
Walter Minicucci
GLP-1 e fisiologia da ilhota: impacto na preservação e proliferação da célula beta
Benoit R. Gauthier
programação científica

14:00-15:30
Simpósios (5º piso)
Sala 1 Passado e futuro no tratamento farmacológico da obesidade
Coord.: Ricardo Perez – USP; Rebeca Bedone – HCFMUSP
– O tratamento farmacológico: barreiras e preconceitos – Henrique L. Suplicy – UFPR
– Medicamentos off-label – Adriano Segal – HCFMUSP
– Novos remédios para o futuro próximo – Marcio Correa Mancini – HCFMUSP

CO.21 – PSEUDOTUMOR CEREBRAL E OBESIDADE – PERDA DE PESO COM MELHORA CLÍNICA DA


HIPERTENSÃO INTRACRANIANA IDIOPÁTICA
Nicolielo H, Mancini MC, Halpern B, Melo ME, Cercato C, Halpern A

Sala 2 Prevenção de diabetes tipo 2


Coord.: Ada Letícia Murro – Unicamp; Mario K. Carra – ABESO
– A melhor prevenção é perder peso e mudar o estilo de vida – Adriana C. Forti – CE
– A melhor prevenção é usar medicamentos – Antonio Carlos Lerário – HCFMUSP
– Por que não conseguimos prevenir o diabetes? – Ney Cavalcanti – PE

CO.22 – EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO DE INTENSIDADE LEVE E MODERADA SOBRE A


SENSIBILIDADE À INSULINA E ATIVIDADE DA AKT NO MÚSCULO ESQUELÉTICO DE
CAMUNDONGOS OBESOS
Marinho R, Monteiro G, Fernandes L, Rosa LCG, De Souza CT, Da Silva ASR, Cintra DE, Ropelle ER, Gomes RJ, Pauli JR

Sala 3 Cuidados após cirurgia bariátrica


Coord.: Almino C. Ramos – Gastro Obeso Center; Carlos A. Schiavon
– Complicações de anel e de banda gástrica: podem ser evitadas? – Denis Pajecki – HSC-SP
– Recuperação de peso após cirurgia bariátrica: o que fazer clinicamente? – Giuseppe Repetto – PUC-RS
– Recuperação de peso após cirurgia bariátrica: o que fazer cirurgicamente? – Arthur Belarmino Garrido Jr.
– HCFMUSP

CO.23 – ASSOCIAÇÃO ENTRE OBESIDADE MÓRBIDA E SÍNDROME DE CUSHING: RELATO DE CASO


Souza Aranha DV, Mancini MC, Melo ME, Fragoso MCBV, Lerario AM, Pajecki D, Santo MA, Cercato C, Halpern A

Sala 4 Endoscopia e problemas após cirurgia bariátrica


Coord.: Bruno Martins; Sergio Szachnowicz
– Métodos endoscópicos para perda de peso – Eduardo G. Horneaux de Moura – HCFMUSP
– Desnutrição grave após cirurgia bariátrica: mais comum do que se pensa? – Daniel Magnoni –Hospital
Dante Pazzanese
– Gravidez logo após cirurgia bariátrica: e agora? – Jacqueline Rizzolli – PUC-RS

CO.24 – ANÁLISE DOS RESULTADOS DE CEM PACIENTES SUBMETIDOS AO TRATAMENTO


ENDOSCÓPICO DO EXCESSO DE PESO (BALÃO INTRAGÁSTRICO)
Fittipaldi-Fernandez RJ, Diestel CF

15:30-16:00
Coffee break

16:00-17:00
Sessão de pôsteres
PT.07.30 – O IMPACTO DO TRABALHO NOTURNO NA OBESIDADE ABDOMINAL EM
TRABALHADORES DE UM FRIGORÍFICO NO SUL DO BRASIL
Olinto MT, Canuto R, Macagnan J, Henn RL, Patussi MP
PT.07.31 – AVALIAÇÃO DE DIFERENTES ABORDAGENS TERAPÊUTICAS DE PACIENTES OBESOS EM
TRATAMENTO NO AMBULATÓRIO DE ENDOCRINOLOGIA DO HOSPITAL DA SANTA CASA DE SÃO
PAULO
Morelli F, Pereira LS, Piovesan FX, Amadio CR, Gimenez AO, Romano D, Salles JEN 
PT.07.32 – AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR, DE ACORDO COM OS
CRITÉRIOS DE FRAMINGHAM, EM INDIVÍDUOS OBESOS
ARBEX AK, Rocha DRTW, Jorge AR, Resende AN, Mesquita LM, Faria GB, Lima SJ, Pires LS
programação científica

PT.07.33 – LEPTINA E JEJUM PROLONGADO NA GÊNESE DA OBESIDADE


Barbosa JR, Martins CM, Kato JT, Carvalho CA, Machado VA, Fonseca FA, Izar MC
PT.07.34 – ACURÁCIA DOS PONTOS DE CORTE DE CIRCUNFERÊNCIA DE CINTURA PARA
PREDIZER DE RISCO DE PRESSÃO ARTERIAL EM ADOLESCENTES
Cândido APC, Alosta JPS, Freitas SN, Machado-Coelho GLL
PT.07.35 – ANÁLISE QUALITATIVA DA LANCHEIRA DE PRÉ-ESCOLARES
Moreira P, Santos MCR, Kovacs C, Amparo FC, Paiva CCJ, Silva RA, Magnoni D
PT.07.36 – EFEITO DE UM PROGRAMA MULTIDISCIPLINAR SOBRE O PERFIL LIPÍDICO DE
ADOLESCENTES OBESOS
Albuquerque LS, Aniceto RR, Silva HJG, Lins TA, Sencades RG, Andrade MLSS, Ferreira LCCN, Freitas CRM, Almeida
NCN, Ferreira MNL, Lofrano-Prado MC, Prado WL
PT.07.37 – THE INTERDISCIPLINARY THERAPY PROMOTED AN IMPROVEMENT IN VISCERAL
OBESITY AND OTHER RELATED CO-MORBITIES
Piano A, De Mello MT, Carnier J, Tock L, Sanches PL, Caranti DA, Oyama LM, Oller do Nascimento CM, 
Silva PL, Corrêa FA, Tufik S, Dâmaso AR
PT.07.38 – ASSOCIAÇÃO DE POLIMORFISMOS DOS GENES LEP, LEPR, PPARG E IL-6 COM MUDANÇAS
NO CONSUMO ALIMENTAR DE INDIVÍDUOS OBESOS
Oliveira R, Genvigir FDV, Cerda A, Willrich MAV, Moraes TI, Dorea EL, Martinez MB, Farjado CM, Jorge MEI, 
Hirata MH, Hirata RCD
PT.07.39 – A IMPORTÂNCIA DA REABILITAÇÃO FÍSICA NA OBESIDADE E NA SÍNDROME
METABÓLICA
Costa JPS, Costa APF

PSICOPATOLOGIA

PT.08.01 – CORRELAÇÃO ENTRE DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL E SINTOMAS DEPRESSIVOS


Sprengel AL
PT.08.02 – FOME DE QUÊ? COMPULSÃO ALIMENTAR COMO MANIFESTAÇÃO DO FALSO SELF E
INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA BREVE – UM ESTUDO DE CASO EM UMA CLÍNICA DE OBESIDADE
EM SALVADOR
Carneiro FT

TRATAMENTO DIETÉTICO

PT.09.01 – HIPERTENSÃO: A IMPORTÂNCIA DA COMPREENSÃO DE QUE O ELEVADO TEOR DE


SÓDIO NOS ALIMENTOS É UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Andrade MC, Braga KS
PT.09.02 – IMPACTO DA PERDA DE PESO NO PERFIL ANTROPOMÉTRICO E BIOQUÍMICO DE
PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA
Santos ZA, Busnello FM, Ferreira AS, Freitas BB, Araújo AR, Repetto G, Bodanese LC
PT.09.03 – NEUROPATIA POR DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B1 NO PÓS-OPERATÓRIO TARDIO DE
CIRURGIA BARIÁTRICA: RELATO DE CASO COM SINTOMAS ATÍPICOS
Branco Filho AJ, Cruz MRR, Savaris AL, Soares FL
PT.09.04 – EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM OBESIDADE – UM MODELO EXPERIMENTAL DA
CLÍNICA DA OBESIDADE
Magalhães MCA, Sanches R, Fernandes S
PT.09.05 – AVALIAÇÃO DO PERFIL, PERDA DE PESO E FREQUÊNCIA EM CONSULTAS
NUTRICIONAIS DOS PACIENTES APÓS UM ANO DE CIRURGIA BARIÁTRICA ATENDIDOS NO
CENTRO AVANÇADO DE VIDEOLAPAROSCOPIA DO PARANÁ (CEVIP)
Branco Filho AJ, Cruz MRR, Savaris AL, Soares FL, Nunes MGJ
PT.09.06 – ASSIDUIDADE NO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL PÓS-OPERATÓRIO DE
CIRURGIA BARIÁTRICA DE PACIENTES ATENDIDOS NO CENTRO AVANÇADO DE
VIDEOLAPAROSCOPIA DO PARANÁ (CEVIP)
Branco Filho AJ, Cruz MRR, Savaris AL, Castel JD, Soares FL
PT.09.07 – EVOLUÇÃO PONDERAL E PERFIL LIPÍDICO NA DOENÇA DE CROHN APÓS
TERAPÊUTICA COM INFLIXIMABE: RELATO DE CASO
Moreno PAJ, Coqueiro FG, Case NA, Santana GO, Rocha R, Sahade V
PT.09.08 – EFEITO DO CONSUMO DE BEBIDA LÁCTEA ADICIONADA DE ÁCIDO LINOLEICO
CONJUGADO NA COMPOSIÇÃO CORPORAL E NA INGESTÃO DIETÉTICA DE MULHERES OBESAS
Lopes DCF, Amorin LL, Batista MA, Silvestre MPC
PT.09.09 – IMPACTO DA RESTRIÇÃO CALÓRICA NA REDUÇÃO PONDERAL NO PERÍODO
HOSPITALAR PRÉ-OPERATÓRIO DE MULHERES OBESAS CANDIDATAS À CIRURGIA BARIÁTRICA
Silva JGN, Abreu MP
programação científica

PT.09.10 – INDIVÍDUOS EXPOSTOS A UM PROGRAMA DE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR


APRESENTAM MELHOR QUALIDADE DA DIETA DO QUE INDIVÍDUOS NÃO EXPOSTOS
Felippe FML, Balestrin L, Silva FM, Schneider AP

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

PT.10.01 – COMPARAÇÃO DOS ACHADOS ECOCARDIOGRÁFICOS ENTRE PACIENTES


HIPERTENSOS CONTROLADOS E NÃO CONTROLADOS ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE
CARDIOLOGIA DE SÃO LUÍS/MA
Matos Filho LJS, Cabral GBCB, Cabral FCP, Carvalho DM, Veloso TC, Martins FFO, Taranto TM

CIÊNCIA BÁSICA
PT.11.01 – AÇÕES DO CAROTENOIDE FUCOXANTINA ASSOCIADO À VITAMINA C NA FUNÇÃO DE
LEUCÓCITOS HUMANOS IN VITRO
Molina N, Morandi AC, Otton R

OBESIDADE INFANTIL

PT.12.01 – NÍVEIS DE HOMOCISTEÍNA PLASMÁTICA EM ADOLESCENTES EUTRÓFICOS E OBESOS


Sahade V, Case NA, Rego DML, Factum CS, Santos TF, Paiva IS, Varela AD, Silvana França, Adan LF
PT.12.02 – HIPERTENSÃO ARTERIAL INFANTIL NO MUNICÍPIO DE UBERABA/MG E SUA RELAÇÃO
COM OBESIDADE, CINTURA E QUADRIL
Silva FC, Fratari T, Santos LRS, Magalhães FO, Amui MO
PT.12.03 – PREVALÊNCIA DA OBESIDADE INFANTIL E SEUS FATORES ASSOCIADOS EM ESCOLAS
MUNICIPAIS DA CIDADE DE UBERABA/MG
Ribeiro AP, Borges FZ, Magalhães FO, Machado FN, Almeida VP
PT.12.04 – RELAÇÃO ENTRE OBESIDADE INFANTIL E NÍVEL SOCIOECONÔMICO NO MUNICÍPIO
DE UBERABA/MG
Darce MC, Campos MA, Magalhães FO
PT.12.05 – AVALIAÇÃO DE CINTURA, QUADRIL E RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL NA OBESIDADE
INFANTIL
Inácio LB, Redondo LS, Ribeiro NC, Menezes E, Magnino FS, Fagundes ALR, Dias CR, Mendonça ALS, Magalhães
FO, Lopes ICR, Carvalho NV, Cunha MF
PT.12.06 – PADRÃO ALIMENTAR E RELAÇÃO COM OBESIDADE INFANTIL E ATIVIDADE FÍSICA
Magnino FS, Mendonça ALS, Cunha MF, Magalhães FO, Redondo LS, Ribeiro NC, Carvalho NV, Inácio LB, Menezes
E, Fagundes ALR, Lopes ICR, Dias CR
PT.12.07 – IMPORTÂNCIA DO CONTEXTO SOCIOFAMILIAR NA ABORDAGEM DE CRIANÇAS
OBESAS
Tassara V, Norton RC, Ude Marques WE
PT.12.08 – LIPEMIA PÓS-PRANDIAL EM ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO
Sahade V, Rego DML, Case NA, Factum CS, Santos TF, Paiva IS, Varela AD, França S, Adan LF
PT.12.09 – SÍNDROME METABÓLICA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: PREVALÊNCIA E FATORES
DE RISCO ASSOCIADOS
Morais PRS, Ponciano IC, Cunha FA, Macedo A
PT.12.10 – BRONCOESPASMO INDUZIDO PELO EXERCÍCIO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM
OBESIDADE E SOBREPESO
Custódio LN, Cheik NC
PT.12.11 – CORRELAÇÃO ENTRE EQUAÇÕES PREDITIVAS E CALORIMETRIA INDIRETA PARA
ESTIMAR A TAXA METABÓLICA DE REPOUSO EM ADOLESCENTES OBESOS
Oliveira BAP, Bastos KN, Junior IFF
PT.12.13 – RELAÇÃO ENTRE COMPONENTES DA SÍNDROME METABÓLICA E FATORES DE
OBESIDADE EM UMA COORTE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES BRASILEIROS
Barbosa PA, Fujiwara CTH, Melo ME, Reinhardt HL, Arthur T, Cercato C, Halpern A, Mancini MC
PT.12.14 – POLIMORFISMO RS1137101 NO GENE DO RECEPTOR DA LEPTINA NÃO ESTÁ
ASSOCIADO COM COMPORTAMENTO ALIMENTAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS
Arthur T, Melo ME, Santos AS, Favoretto-Dias N, Fujiwara CTH, Reinhardt HL, Cercato C, Halpern A, Mancini MC

OUTROS

PT.13.01 – PERVERSÃO DO HÁBITO ALIMENTAR MANIFESTO COM INGESTA DE SACOLAS


PLÁSTICAS
Bianchet LC, Oliveira DHA, Fighera TM, Borba VZC, Suplicy HL
PT.13.02 – RODÍZIO DE ATIVIDADES PRÁTICAS ABERTAS: UMA PROPOSTA DO PROGRAMA DE
ATENDIMENTO AO OBESO (PRATO) PARA O ESTÍMULO ÀS MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA
Abdo AH, Menegaz A, Pinto R, Durante CR, Fischer M, Cintra V, Kaufman A, Pahl R, Fanganiello AL
programação científica

PT.13.03 – OBESE ADOLESCENTS WITH EATING DISORDERS SYMPTOMS: ANALYSIS OF THE


NEUROENDOCRINE SYSTEM IN LONG-TERM WEIGHT LOSS THERAPY
Carnier J, Sanches PL, Silva PL, Piano A, Tock L, Campos RMS, Corgosinho FC, Corrêa FA, 
Oller do Nascimento CM, Oyama LM, Ernandes RH, Mello MT, Tufik S, Dâmaso AR
PT.13.04 – OBESIDADE E DOENÇA DE CUSHING POR MACROADENOMA – RELATO DE CASO
DAndrea VE, Harada CMM, Angeli Padula F, Rocha CGG, Mazer SR, CM Suzuki, FDP Bortolin, Castro MPR
PT.13.05 – ESTUDO DA CORRELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E O ÂNGULO
QUADRICIPITAL EM OBESOS ADULTOS
Yi LC, Damaso AR, Neves JM, Santos C, Nascimento MA, Carvalho Ferreira JP, Caranti DA
PT.13.06 – POLÍTICAS PÚBLICAS DA JUSTIÇA E DOS GOVERNOS FEDERAIS, DO BRASIL E DA
ARGENTINA, NA ABORDAGEM DA OBESIDADE
Arbex AK
PT.13.07 – BENEFÍCIOS DA BIOMASSA DE BANANA VERDE NA DIMINUIÇÃO DO RISCO DE
SOBREPESO E/OU OBESIDADE E SUAS COMORBIDADES
Bianchi M, Piano A
PT.13.08 – EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NA OBESIDADE: DESCRIÇÃO DE UMA PRÁTICA
Oliveira AC
PT.13.09 – O RISCO PARA CÂNCER DIFERENCIADO DE TIREOIDE É MAIOR EM MULHERES
OBESAS E PODE ESTAR RELACIONADO AO PERFIL ALIMENTAR
Marcello MA, Sampaio AC, Cunha LL, Assumpção LVM, Ward LS
PT.13.10 – A ADIPONECTINA, MAS NÃO A LEPTINA, PODE ESTAR LIGADA AO DESENVOLVIMENTO
DO CARCINOMA DIFERENCIADO DA TIREOIDE
Marcello MA, Cunha LL, Calixto AR, Vasques ACJ, Geloneze B, Assumpção LVM, Ward LS
PT.13.11 – PROFILE OF SATURATED, MONOUNSATURATED AND POLYUNSATURATED FAT INTAKE
IN OVERWEIGHT AND OBESE ADULTS ENGAGED IN AN INTERDISCIPLINARY LIFESTYLE
THERAPY
Masquio DCL, Caranti DA, Pisani LP, Queiroz GGJ, Daniel MA, Freitas C, Andreassen MS, Ferreira VD, Carvalho
Ferreira JP, Andrade Silva SG, Leal LPFF, Dâmaso AR
PT.13.12 – ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE DENSIDADE MINERAL ÓSSEA E OBESIDADE
ABDOMINAL EM ADOLESCENTES
Campos RMS, Lazaretti-Castro M, Tock L, De Mello MT, Silva PL, Corgosinho FC, Piano A, Carnier J,
Sanches PL, Inoue D, Corrêa FA, Tufik S, Dâmaso AR
PT.13.13 – PERFIL LIPÍDICO DE RATOS (RATTUS NORVERGICUS), DA LINHAGEM WISTAR,
VARIAÇÃO ALBINUS EM DIFERENTES IDADES
Ghezzi AC, Cambri LT, Botezelli JD, Mello MAR
PT.13.14 – CAPACITAÇÃO MULTIPROFISSIONAL EM SÍNDROME METABÓLICA POR MEIO DE
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE SÃO PAULO – PROJETO
PILOTO NA COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE SUDESTE
Abdo AH, Massironi MMG, Batista ALP, Paes Jr J
PT.13.15 – OBESIDADE NA SEPSE EM PACIENTES DE UTI
Pereira NGB, Ferreira GM
PT.13.16 – EFEITOS DA INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR SOBRE A INGESTÃO ALIMENTAR EM
ADOLESCENTES OBESOS
Andrade MLSS, Ferreira LCCN, Aniceto RR, Gomes PP, Lima FFM, Freitas CRM, Santana CCA, Costi RB, 
Neves PRS, Silva HJG, Lins TA, Lofrano-Prado MC, Prado WL
PT.13.17 – COMPORTAMENTO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA NA OBESIDADE
Peixoto-Souza FS, Piconi Mendes C, Silva BG, Forti EP
PT.13.18 – AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE MULHERES COM OBESIDADE MÓRBIDA
Peixoto-Souza FS, Piconi Mendes C, Silva BG, Forti EP
PT.13.19 – A CONTRIBUIÇÃO DA MUSICOTERAPIA NO TRATAMENTO DA OBESIDADE: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Coelho DGP
PT.13.20 – DESCRIÇÃO DO DESFECHO PERINATAL DE GESTANTES OBESAS E EUTRÓFICAS EM
MUNICÍPIO DO VALE DO ITAJAÍ/SC
Costa IC, Perin C, Lavado ML
PT.13.21 – LIPÍDIOS TECIDUAIS DE RATOS ALIMENTADOS COM DIETA RICA EM FRUTOSE NA
VIDA INTRAUTERINA E NEONATAL
Ghezzi AC, Cambri LT, Dalia RA, Botezelli JD, Mello MAR
PT.13.22 – VIVÊNCIA TERAPÊUTICA – A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA DO ESPORTE NO
TRATAMENTO DA OBESIDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Coelho DGP
PT.13.23 – OBESIDADE E NOVAS ABORDAGENS DO TRATAMENTO NUTRICIONAL:
A CONTRIBUIÇÃO DOS FITOTERÁPICOS
Santos RM, Souza CO
programação científica

PT.13.24 – AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA, MICROALBUMINÚRIA E


RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE
Monteiro MMO, Queiroz MSR, Janebro DI, Ramos KRLP, Guimarães NES, Cunha MAL
PT.13.25 – OBESIDADE E NOVAS ABORDAGENS DO TRATAMENTO NUTRICIONAL:
A CONTRIBUIÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL
Santos RM, Souza CO
PT.13.26 – TRATAMENTO DA OBESIDADE: MODELO DE GRUPO BASEADO EM TERAPIA
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Molina CG, Neumann CR
PT.13.27 – IMPROVEMENT IN LUNG FUNCTION WAS ASSOCIATED WITH A REDUCTION IN
VISCERAL AND SUBCUTANEOUS FAT AND INCREASE IN ADIPONECTIN LEVELS
Silva PL, Cheik NC, Mello MT, Sanches PL, Corrêa FA, Piano A, Inoue D, Campos RMS, Corgosinho FC, 
Carnier J, Tock L, Tufik S, Dâmaso AR

17:00-17:50

Sala 5 (4o piso) Conferência: Por que a cirurgia bariátrica pode “curar” diabetes?
Coord.: Alfredo Halpern – HCFMUSP
Conf.: Elza Muscelli – Itália

18:00

Sala 4 (5o piso) Assembleia Geral ABeso



programação científica

Sábado, 28 de maio de 2011

09:00-10:30
Simpósios – 5º piso
Sala 1 Farmacoterapia da obesidade em condições especiais
Coord.: Mauricio Gattaz; Arthur Kaufman
– Obesidade em crianças e adolescentes – Erika Paniago Guedes – IEDE-RJ
– Obesidade em idosos – Nídia Celeste Horie – HCFMUSP
– Novas associações na prática clínica: quando e como? – Alfredo Halpern – HCFMUSP

CO.25 – rs9939609 NO FTO NÃO SE RELACIONA COM OBESIDADE E PIOR PERFIL METABÓLICO
NUMA COHORT DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES BRASILEIRAS COM OBESIDADE
Souza NS, Melo ME, Santos AS, Fujiwara CTH, Reinhardt HL, Cercato C, Halpern A, Mancini MC

Sala 2 Tratamento do diabetes tipo 2


Coord.: Eduardo Lorena; Adriana Angelucci
– Iniciar insulina precocemente? – Marília B. Gomes – UERJ
– Hipoglicemia e ganho de peso como complicadores do tratamento – Renan Montenegro Jr – UFCE
– Onde se encaixa a terapia baseada em incretinas? – Airton Golbert – RS

CO.26 – ALTA CONCENTRAÇÃO DE GLICOSE E METILGLIOXAL CAUSA DISFUNÇÃO EM


NEUTRÓFILOS HUMANOS – EFEITO BENÉFICO DA ASSOCIAÇÃO DA ASTAXANTINA E VITAMINA C
Guerra BA, Bolin AP, Campoio TR, Otton R

Sala 3 Limites da cirurgia bariátrica


Coord.: Luiz Vicente Berti; José de Ribamar Saboia de Azevedo – RJ
– Cirurgia em adolescentes – Josefina Dourado Matielli – SP
– Idosos: operar ou não? – Marcelo Zindel Salem – SP
– Superobesos e supersuperobesos: o que fazer? – João Batista Marchesini – PR

CO.27 – COMPROMETIMENTO COGNITIVO DO IDOSO COM SÍNDROME METABÓLICA


Shigaeff N, Jacinto AF, Franco FG, Chiochetta G, Pereira SA, Ikeda MI, Cendoroglo MS, Citero VA

Sala 4 Atividade física, nutrição e metabolismo


Coord.: Dulce Pereira de Brito; José Rubens D’Elia
– Atividade física programada substitui atividades lúdicas na infância? – Neiva Leite – UFPR
– Substratos energéticos, atividade física e perda de peso – Ivani Credidio Trombetta – InCor-USP
– Ergogênicos, atividade física e perda de peso – Maria Emilia von der Heyde – PR

CO.28 – APLICAÇÃO DO MODELO TRANSTEORÉTICO NA REABILITAÇÃO NUTRICIONAL DE


PACIENTES COM SOBREPESO E OBESIDADE EM ATENDIMENTO AMBULATORIAL
Martins MR, Conceição NG

10:30-11:00

Coffee break

11:00-12:30
Simpósios – 5º piso
Sala 1 Cirurgia bariátrica: qual e para quem?
Coord.: Alexandre Elias; Carlos A. Malheiros
– Gastrectomia longitudinal – Marco Aurélio Santo – HCFMUSP
– Derivação gástrica em Y-de-Roux – Paulo Engler
– Derivação biliopancreática – Hilton Telles Libanori – HIAE

CO.29 – NÍVEIS DE TNF-α e IL-6 E PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS: A EFICIÊNCIA DA


GASTROPLASTIA VERTICAL COM ANEL
Viana EC, Miguel GPS, Bressan J, Errera FIV, Moysés MR, Bissoli NZ
programação científica

Sala 2 Cirurgia metabólica em diabéticos com IMC < 35 kg/m²


Coord.: Alan Garms Marson; Pedro Fusco
– Papel dos hormônios gastrintestinais após cirurgia metabólica – Sérgio Vencio – GO
– Bipartição intestinal – uma alternativa válida? – Sergio Santoro dos Santos Pereira – HIAE
– Interposição ileal como tratamento do diabetes tipo 2 – Aureo Ludovico de Paula – GO

CO.30 – ÁCIDOS GRAXOS MONO E POLINSATURADOS REVERTEM A INFLAMAÇÃO HEPÁTICA E


RESTABELECEM A SINALIZAÇÃO DA INSULINA EM ANIMAIS OBESOS E DIABÉTICOS INDUZIDOS
POR DIETA RICA EM GORDURA
Oliveira V, Solon C, Morarij J, Contin Moraes J, Ropelle ER, Pauli JR, Velloso LA, Cintra DE

Sala 3 Cirurgia bariátrica e pâncreas


Coord.: Sizenando Ernesto de Lima Jr. – H. Mandaqui; Maria Adelaide Albergaria Pereira – HCFMUSP
– Nesidioblastose após cirurgia bariátrica – Lúcio Vilar – PE
– Melhora do diabetes tipo 2: remissão ou cura? – Perseu Seixas de Carvalho – UFES
– Rearranjos hormonais após bypass gástrico – João Eduardo Nunes Salles – FCMSC-SP

CO.31 – SEGUIMENTO DE UM ANO DE DISPOSITIVO ENDOSCÓPICO DE EXCLUSÃO DUODENO-


JEJUNAL PARA PERDA DE PESO E CONTROLE DE DIABETES TIPO 2
Moura EGH, Martins BC, Lopes GS, Orso IRG, Oliveira SL, Galvão-Neto MP, Mancini MC, Santo MA, Sakai P, 
Ramos AC, Garrido Jr AB, Halpern A, Cecconello I

Sala 4 Simpósio
SP.34 – Atividade Física e Obesidade
Coord.: Carlos Vicente Serrano; Suzan San Juan Melo
– Velho tratamento com novas indicações – Rosana Bento Radominski – UFPR
– Avaliação cardiológica pré-atividade: é sempre necessária? – Carlos Eduardo Negrão – USP-RP
– Complicações musculoesqueléticas da obesidade e atividade física – Sebastião Cézar Radominski – UFPR

CO.32 – ASSOCIAÇÃO ENTRE A SEVERIDADE DA COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA E BAIXA


CALCIÚRIA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS
Fujiwara CTH, Melo ME, Lui Reinhardt H, Arthur T, Cercato C, Halpern A, Mancini MC

12:30-13:30
Sala 5 (4o piso) Prêmio Jovem Investigador e Encerramento
Alfredo Halpern

Selecionados para concorrer ao Prêmio Área Básica:

CO.02 – TREINAMENTO FÍSICO DE ENDURANCE AUMENTA A EXPRESSÃO DE APPL1 E MELHORA


A SINALIZAÇÃO DA INSULINA NO TECIDO HEPÁTICO ATENUANDO A HIPERGLICEMIA EM
CAMUNDONGOS OBESOS DIABÉTICOS
Marinho R1, Ropelle ER2, Bertoli FC1, De Souza CT3, Cintra DE4, Da Silva ASR5, Colantonio E6, D’Almeida V6, Pauli JR6
1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Santos/SP – Departamento de Biociências, 2 Faculdade de Ciências
Aplicadas (FCA), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Limeira/SP – Departamento de Fisiologia e Biologia
Molecular do Exercício, 3 Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), Criciúma/SC – Laboratório de Bioquímica
e Fisiologia, 4 Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA), Unicamp, Limeira/SP – Departamento de Nutrigenômica,
5
 Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto/SP – Departamento de Fisiologia do Exercício, 6 Unifesp, Santos/
SP – Departamento de Biociências
CO.11 – EXERCÍCIO FÍSICO PROMOVE RESPOSTA ANTI-INFLAMATÓRIA NO TECIDO
HIPOTALÂMICO E REDUZ A INGESTÃO ALIMENTAR EM ROEDORES OBESOS
Ropelle ER1, Cintra DE2, Pauli JR3, Rocha GZ4, De Souza CT5, Oliveira AG4, Guadagnini D6, Marin R4, Saad
MJA4, Carvalheira JBC4
1
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA), 2 Unicamp, FCA, Limeira/
SP – Nutrigenômica, 3 Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Santos/SP – Departamento de Biociências,
4
Unicamp – Clínica Médica, 5 Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) – Laboratório de Bioquímica e
Fisiologia, Criciúma/SC – Laboratório de Bioquímica e Fisiologia, Santa Catarina, Criciúma, SC, 6 FCM-
Unicamp – Clínica Médica
CO.05 – MECANISMO DE AÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS (W-3 E W-9) NA REVERSÃO
DA INFLAMAÇÃO E APOPTOSE EM NEURÔNIOS HIPOTALÂMICOS CONTROLADORES DA FOME E
TERMOGÊNESE EM ANIMAIS OBESOS E DIABÉTICOS (DM2)
Cintra DE1, Ropelle ER1, Contin Moraes J2, Morarij J2, Pauli JR1, De Souza CT3, Carvalheira JBC2, Saad MJA2, 
Velloso LA2
1
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Faculdade de Ciências Aplicadas, 2 Unicamp – Faculdade de Ciências
Médicas, 3 Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) – Laboratório de Bioquímica e Fisiologia
programação científica

CO.14 – EFFECT OF CONCOMITANT TREATMENT OF GLUCOSE AND METHYLGLYOXAL IN


HUMAN LYMPHOCYTES – BENEFICIAL EFFECT OF ASTAXANTHIN AND VITAMIN C
Bolin AP1, Guerra BA1, Nascimento SJS1, Campoio TR1, Otton R1
1
Universidade Cruzeiro do Sul – Laboratório de Fisiologia Celular

SELECIONADOS PARA CONCORRER AO PRÊMIO ÁREA CLÍNICA:

CO.07 – DIETA E TREINAMENTO FÍSICO MELHORAM A SENSIBILIDADE QUIMIORREFLEXA EM


PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA E APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO
Maki-Nunes C1, Toschi-Dias E1, Rondon MUPB1, Alves MJNN1, Drager LF2, Costa COPC2, Fraga RF2, Lorenzi Filho
G3, Negrão CE1, Trombetta IC1
1
Instituto do Coração (InCor), Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(HCFMUSP) – Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício, 2 InCor, HCFMUSP – Hipertensão, 3 InCor,
HC-FMUSP – Pneumologia

CO.01 – ESTUDO COMPARATIVO ENTRE CURVAS DE ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA


INTERNACIONAIS E A BRASILEIRA
Fujiwara CTH1, Melo ME1, Reinhardt HL2, Cercato C2, Halpern A, Mancini MC1
1
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Liga de Obesidade
Infantil, Disciplina de Endocrinologia e Metabologia, Laboratório de Carboidratos e Radioimunoensaio (LIM/18), 
2
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – Grupo de Obesidade e Síndrome
Metabólica, Disciplina de Endocrinologia e Metabologia

CO.09 – ALEITAMENTO MATERNO E PESO AO NASCER: INFLUÊNCIA NAS CONCENTRAÇÕES


PLASMÁTICAS DE ADIPONECTINA E RESISTINA EM ADOLESCENTES OBESOS
Masquio DCL1, Piano A2, Carnier J2, Oyama LM3, Oller do Nascimento C3, Tufik S4, De Mello MT4, Dâmaso AR5
1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde,
2
Unifesp – Programa de Pós-Graduação em Nutrição, 3 Unifesp – Fisiologia, 4 Unifesp – Psicobiologia,
5
Unifesp – Biociências, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde e em Nutrição

CO.15 – IS L-THYROXINE WELL ABSORBED BY THE MODIFIED GASTRO-INTESTINAL SYSTEM


AFTER A ROUX-EN-Y BARIATRIC SURGERY?
Rubio IGS1, Santo MA2, Medeiros-Neto G1
1
Hospital das Clínicas, University of São Paulo Medical School (HCFMUSP) – Department of Medicine,
2
HCFMUSP – Division of Surgery
Trabalhos Científicos
25 a 28 de maio de 2011

TrabalhoS Científicos
São Paulo | SP

A AVALIAÇÃO CIENTÍFICA DOS RESUMOS FOI REALIZADA PELA COMISSÃO CIENTÍFICA DESTE EVENTO.
TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO

COMUNICAÇÕES ORAIS

CO.01 ESTUDO COMPARATIVO ENTRE CURVAS DE ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA INTERNACIONAIS E A BRASILEIRA.........................S35
Fujiwara CTH, Melo ME, Reinhardt HL, Cercato C, Halpern A, Mancini MC

CO.02 TREINAMENTO FÍSICO DE ENDURANCE AUMENTA A EXPRESSÃO DE APPL1 E MELHORA A SINALIZAÇÃO DA INSULINA
NO TECIDO HEPÁTICO ATENUANDO A HIPERGLICEMIA EM CAMUNDONGOS OBESOS DIABÉTICOS.........................................S35
Marinho R, Ropelle ER, Bertoli FC, De Souza CT, Cintra DE, Da Silva ASR, Colantonio E, D’Almeida V, Pauli JR

CO.03 EFEITO DA DIETA HIPERLIPÍDICA SOBRE A SENSIBILIDADE PERIFÉRICA À INSULINA, À PRESSÃO ARTERIAL E À FUNÇÃO RENAL EM
RATAS WISTAR E NA SUA PROLE...................................................................................................................................................S35
Roza NAV, Possignolo LF, Palanch AC, Gontijo JAR

CO.04 INGESTÃO DE GORDURA VEGETAL HIDROGENADA DURANTE A GESTAÇÃO E LACTAÇÃO ALTERA A CONCENTRAÇÃO
SÉRICA DE ADIPONECTINA E A EXPRESSÃO PROTEICA DE ADIPO-R1 E TLR-4 DA PROLE NA VIDA ADULTA..................................S36
Lopes J, Oller do Nascimento CM, Oyama LM, Biz C, Hachul AC, Ribeiro EB, Pisani LP

CO.05 MECANISMO DE AÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS (w-3 E w-9) NA REVERSÃO DA INFLAMAÇÃO E APOPTOSE EM
NEURÔNIOS HIPOTALÂMICOS CONTROLADORES DA FOME E TERMOGÊNESE EM ANIMAIS OBESOS E DIABÉTICOS (DM2).....S36
Cintra DE, Ropelle ER, Contin Moraes J, Morarij J, Pauli JR, De Souza CT, Carvalheira JBC, Saad MJA, Velloso LA

CO.06 INFLUÊNCIA DA RESISTÊNCIA INSULÍNICA NA ASSOCIAÇÃO ENTRE MARCADORES INFLAMATÓRIOS E SUBCLÍNICOS DE


ATEROSCLEROSE EM ADOLESCENTES OBESOS HIPERLEPTINÊMICOS..........................................................................................S36
Sanches PL, De Mello MT, Elias N, Piano A, Fonseca FA, Campos RMS, Silva PL, Carnier J, Corgosinho FC, Tock L, Tufik S, Dâmaso AR

CO.07 DIETA E TREINAMENTO FÍSICO MELHORAM A SENSIBILIDADE QUIMIORREFLEXA EM PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA E
APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO...................................................................................................................................................S37
Maki-Nunes C, Toschi-Dias E, Rondon MUPB, Alves MJNN, Drager LF, Costa COPC, Fraga RF, Lorenzi Filho G, Negrão CE, Trombetta IC

CO.08 O PAPEL DAS ADIPOCINAS NO BRONCOESPASMO INDUZIDO PELO EXERCÍCIO EM ADOLESCENTES OBESOS SOB
TRATAMENTO INTERDISCIPLINAR..................................................................................................................................................S37
Silva PL, Cheik NC, Mello MT, Sanches PL, Piano A, Carnier J, Masquio DCL, Corgosinho FC, Campos RMS, Inoue D, Oller do Nascimento
CM, Oyama LMO, Tock L, Tufik S, Dâmaso AR

CO.09 ALEITAMENTO MATERNO E PESO AO NASCER: INFLUÊNCIA NAS CONCENTRAÇÕES PLASMÁTICAS DE ADIPONECTINA
E RESISTINA EM ADOLESCENTES OBESOS....................................................................................................................................S37
Masquio DCL, Piano A, Carnier J, Oyama LM, Oller do Nascimento C, Tufik S, De Mello MT, Dâmaso AR

CO.10 MODELO DE OBESIDADE ASSOCIADA À RESISTÊNCIA À AÇÃO DA INSULINA E INTOLERÂNCIA À GLICOSE INDUZIDA
POR DIETA HIPERLIPÍDICA.............................................................................................................................................................S38
White PAS, Araújo JMD, Cercato LM, Souza LA, Soares AF, Barbosa APO, Neto JMR, Marçal AC, Camargo E, Santos, Brito LC

CO.11 EXERCÍCIO FÍSICO PROMOVE RESPOSTA ANTI-INFLAMATÓRIA NO TECIDO HIPOTALÂMICO E REDUZ A INGESTÃO
ALIMENTAR EM ROEDORES OBESOS............................................................................................................................................S38
Ropelle ER, Cintra DE, Pauli JR, Rocha GZ, De Souza CT, Oliveira AG, Guadagnini D, Marin R, Saad MJA, Carvalheira JBC

CO.12 INTERVENÇÃO NUTRICIONAL E ADESÃO AO TRATAMENTO EM PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA


ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO TERCIÁRIO DE PORTO ALEGRE/RS........................................................................................S38
Busnello FM, Santos ZA, Bodanese LC, Pellanda LC, Freitas BB, Ferreira AS

CO.13 THE ASSOCIATION AMONG BMI, SLEEP QUALITY AND MID-SLEEP PHASE WITH USE OF ANTIHYPERTENSIVE DRUGS...................S39
Harb A, Levandovski R, Allebrandt K, Roenneberg T, Bernardi F, Hidalgo MP

CO.14 EFFECT OF CONCOMITANT TREATMENT OF GLUCOSE AND METHYLGLYOXAL IN HUMAN LYMPHOCYTES –


BENEFICIAL EFFECT OF ASTAXANTHIN AND VITAMIN C................................................................................................................S39
Bolin AP, Guerra BA, Nascimento SJS, Campoio TR, Otton R

CO.15 IS L-THYROXINE WELL ABSORBED BY THE MODIFIED GASTRO-INTESTINAL SYSTEM AFTER A ROUX-EN-Y
BARIATRIC SURGERY?...................................................................................................................................................................S39
Rubio IGS, Santo MA, Medeiros-Neto G

CO.16 ASSOCIAÇÃO ENTRE SEVERIDADE DA COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA E NÍVEIS DE LEPTINA EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES OBESOS..............................................................................................................................................................S40
Fujiwara CTH, Melo ME, Lui Reinhardt H, Fernandes AE, Cercato C, Halpern A, Mancini MC

CO.17 BLOQUEIO DO RECEPTOR CB1 AUMENTA A EXPRESSÃO DA PROTEÍNA TRANSPORTADORA DE GLICOSE GLUT4.......................S40
Furuya DT, Poletto AC, Freitas HS, Machado UF

CO.18 ASSOCIAÇÃO INDEPENDENTE ENTRE ADIPONECTINA TOTAL E GLICEMIA DE JEJUM EM PACIENTES


COM HIPERTENSÃO ARTERIAL......................................................................................................................................................S40
Marcadenti A, Matte U, Moreira LB, Gus M, Wiehe M, Fuchs F, Fuchs SC

CO.19 A PARTICIPAÇÃO DA Akt NA REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO DE GLUT4 INDUZIDA PELA INSULINA NO MÚSCULO SÓLEO...........S41
Moraes PA, Machado UF

CO.20 OSTEOMALÁCIA IATROGÊNICA LIMITANTE INDUZIDA POR DERIVAÇÃO BILIOPANCREÁTICA......................................................S41


Perez RV, Iguchi DYV, Cercato C, Mancini MC, Melo ME, Martin RM, Corrêa PHS, Jorgetti V, Halpern A
TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO

CO.21 PSEUDOTUMOR CEREBRAL E OBESIDADE – PERDA DE PESO COM MELHORA CLÍNICA DA HIPERTENSÃO
INTRACRANIANA IDIOPÁTICA.......................................................................................................................................................S41
Nicolielo H, Mancini MC, Halpern B, Melo ME, Cercato C, Halpern A

CO.22 EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO DE INTENSIDADE LEVE E MODERADA SOBRE A SENSIBILIDADE À INSULINA
E ATIVIDADE DA Akt NO MÚSCULO ESQUELÉTICO DE CAMUNDONGOS OBESOS......................................................................S42
Marinho R, Monteiro G, Fernandes L, Rosa LCG, De Souza CT, Da Silva ASR, Cintra DE, Ropelle ER, Gomes RJ, Pauli JR

CO.23 ASSOCIAÇÃO ENTRE OBESIDADE MÓRBIDA E SÍNDROME DE CUSHING: RELATO DE CASO.......................................................S42


Souza Aranha DV, Mancini MC, Melo ME, Fragoso MCBV, Halpern A, Lerario AM, Pajecki D, Santo MA, Cercato C, Halpern A

CO.24 ANÁLISE DOS RESULTADOS DE CEM PACIENTES SUBMETIDOS AO TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DO


EXCESSO DE PESO (BALÃO INTRAGÁSTRICO).............................................................................................................................S42
Fittipaldi-Fernandez RJ, Diestel CF

CO.25 rs9939609 NO FTO NÃO SE RELACIONA COM OBESIDADE E PIOR PERFIL METABÓLICO NUMA COHORT
DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES BRASILEIRAS COM OBESIDADE ...............................................................................................S43
Souza NS, Melo ME, Santos AS, Fujiwara CTH, Reinhardt HL, Cercato C, Halpern A, Mancini MC

CO.26 ALTA CONCENTRAÇÃO DE GLICOSE E METILGLIOXAL CAUSA DISFUNÇÃO EM NEUTRÓFILOS HUMANOS –


EFEITO BENÉFICO DA ASSOCIAÇÃO DA ASTAXANTINA E VITAMINA C........................................................................................S43
Guerra BA, Bolin AP, Campoio TR, Otton R

CO.27 COMPROMETIMENTO COGNITIVO DO IDOSO COM SÍNDROME METABÓLICA..........................................................................S43


Shigaeff N, Jacinto AF, Franco FG, Chiochetta G, Pereira SA, Ikeda MI, Cendoroglo MS, Citero VA

CO.28 APLICAÇÃO DO MODELO TRANSTEORÉTICO NA REABILITAÇÃO NUTRICIONAL DE PACIENTES COM SOBREPESO


E OBESIDADE EM ATENDIMENTO AMBULATORIAL.........................................................................................................................S44
Martins MR, Conceição NG

CO.29 NÍVEIS DE TNFα e IL-6 E PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS: A EFICIÊNCIA DA GASTROPLASTIA VERTICAL COM ANEL.............S44
Viana EC, Miguel GPS, Bressan J, Errera FIV, Moysés MR, Bissoli NS

CO.30 ÁCIDOS GRAXOS MONO E POLI-INSATURADOS REVERTEM A INFLAMAÇÃO HEPÁTICA E RESTABELECEM


A SINALIZAÇÃO DA INSULINA EM ANIMAIS OBESOS E DIABÉTICOS INDUZIDOS POR DIETA RICA EM GORDURA.......................S44
Oliveira V, Solon C, Morarij J, Contin Moraes J, Ropelle ER, Pauli JR, Velloso LA, Cintra DE

CO.31 SEGUIMENTO DE UM ANO DE DISPOSITIVO ENDOSCÓPICO DE EXCLUSÃO DUODENO-JEJUNAL PARA


PERDA DE PESO E CONTROLE DE DIABETES TIPO 2......................................................................................................................S45
Moura EGH, Martins BC, Lopes GS, Orso IRG, Oliveira SL, Galvão-Neto MP, Mancini MC, Santo MA, Sakai P, Ramos AC, Garrido Jr AB,
Halpern A, Cecconello I

CO.32 ASSOCIAÇÃO ENTRE A SEVERIDADE DA COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA E BAIXA CALCIÚRIA EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES OBESOS..............................................................................................................................................................S45
Fujiwara CTH, Melo ME, Lui Reinhardt H, Arthur T, Cercato C, Halpern A, Mancini MC

RESUMOS PÔSTERES

PT.01.01 METABOLIC SYNDROME DIET-INDUCED: AN EXPERIMENTAL STUDY.............................................................................................S46


Ramalho L, Jornada MN, Macedo IC, Torres ILS, Hidalgo MP

PT.01.02 FREQUÊNCIA DE POLIMORFISMOS NO GENE LEPR DE CRIANÇAS GRAVEMENTE OBESAS.........................................................S46


Fernandes AE, Melo ME, Favoretto-Dias N, Lui Reinhardt H, Villares SMF, Cercato C, Halpern A, Mancini MC

PT.02.01 COMPARISON BETWEEN ENDURANCE AND STRENGTH EXERCISE EFFECTS ON TISSUE TRIGLYCERIDES IN RATS .........................S46
Botezelli JD, Dalia RA, Moura LP, Ghezzi AC, Cambri LT, Araújo MB, Ribeiro C, Scariot PPM, Mello MAR

PT.02.02 DIFFERENCES BETWEEN ENDURANCE AND STRENGTH EXERCISE EFFECTS ON THE BLOOD BIOCHEMISTRY OF RATS..................S46
Botezelli JD, Dalia RA, Moura LP, Araújo MB, Ribeiro C, Ghezzi AC, Cambri LT, Scariot PPM, Mello MAR

PT.02.03 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL: FATORES DE RISCO PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL..............S47
Baruki SB, Carrapateira LM, Braga IM

PT.02.04 ACUTE EFFECTS OF DIFFERENT EXERCISE INTENSITIES ON ANXIETY AND MOOD STATE IN OBESE ADOLESCENTS.......................S47
Ferreira LCCN, Lofrano-Prado MC, Andrade MLSS, Freitas CRM, Sencades RG, Albuquerque LS, Silva HJG, Lins TA,
Lopes de Souza S, Almeida NCN, Ferreira MNL, Prado WL

PT.02.05 EFEITO DE UM PROGRAMA DE TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR SOBRE A INSATISFAÇÃO DA IMAGEM CORPORAL EM


ADOLESCENTES OBESOS..............................................................................................................................................................S47
Freitas CRM, Sencades RG, Silva HJG, Lins TA, Andrade MLSS, Almeida LS, Albuquerque LS, Tenorio TRS, Lofrano-Prado MC,
Almeida NCN, Ferreira MNL, Prado WL

PT.02.06 PERFIL DO ESTILO DE VIDA DE PORTADORES DE DIABETES MELITO USUÁRIOS DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
PASSARINHO ALTO DA CIDADE DE RECIFE/PE.............................................................................................................................S48
Lima ARS

PT.02.07 FATORES RELACIONADOS À ADESÃO AO EXERCÍCIO FÍSICO NA OBESIDADE MÓRBIDA............................................................S48


Marcon ER, Gus I, Neumann CR
TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO

PT.03.01 ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPOSIÇÃO CORPORAL E PERFIL ALIMENTAR DE MULHERES ADULTAS ATENDIDAS
EM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO.................................................................................................................................................S48
Silva AR, Abreu AF, Montoro MS, Albano RD

PT.03.02 SÍNDROME METABÓLICA E FATORES ASSOCIADOS.....................................................................................................................S49


Inácio LB, Fagundes ALR, Menezes E, Magnino FS, Mendonça ALS, Redondo LS, Ribeiro NC, Dias CR, Carvalho NV,
Lopes ICR, Cunha MF, Magalhães FO

PT.03.03 EQUAÇÕES DE GASTO ENERGÉTICO E O USO DA CALORIMETRIA INDIRETA: ATÉ ONDE AS EQUAÇÕES SÃO CONFIÁVEIS?......S49
Moreira ASB, Moreno B, Valente da Silva HG

PT.03.04 PRESCRIÇÃO DE VALORES FIXOS DE CALORIAS POR QUILO DE PESO, DE ACORDO COM O
GRAU DE OBESIDADE: É VIÁVEL? .................................................................................................................................................S49
Moreira ASB, Moreno B, Valente da Silva HG

PT.03.05 AVALIAÇÃO DE CINTURA, QUADRIL E RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL NA SÍNDROME METABÓLICA,


DURANTE EVENTO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL.....................................................................................................................S50
Magnino FS, Menezes E, Dias CR, Inácio LB, Mendonça ALS, Fagundes ALR, Lopes ICR, Magalhães FO, Cunha MF, Carvalho NV,
Redondo LS, Ribeiro NC

PT.03.06 ASSOCIAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS E O PERFIL GLICÊMICO E LIPÍDICO EM MULHERES IDOSAS.....................S50
Reis Filho AD, Santini E, Coelho CF, Voltarelli FA, Ferrari Jr J, Ravagnani FCP, Fett WCR, Fett CA

PT.03.07 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ESCOLARES FREQUENTADORES DE ESCOLAS MUNICIPAIS DA CIDADE DE GUARULHOS............S50


Nuzzo L, Freiberg CK, Pelliciari MC, Paulino, Fiore EG, Araújo M, Monteiro NA, Las Casas A, Iglesias S

PT.03.08 AVALIAÇÃO E COMPARAÇÃO DOS PERCENTUAIS DE GORDURA CORPORAL DE MULHERES OBESAS


POR ANTROPOMETRIA, BIOIMPEDÂNCIA E ABSORTOMETRIA RADIOLÓGICA DE DUPLA ENERGIA ............................................S51
Lopes DCF, Amorin LL, Batista MA, Silvestre MPC

PT.03.09 VALIDAÇÃO CRUZADA DE DIFERENTES EQUAÇÕES PARA A ESTIMATIVA DO PERCENTUAL DE GORDURA EM IDOSAS...............S51
Santini E, Reis Filho AD, Coelho CF, Voltarelli FA, Ravagnani FCP, Fett WCR, Fett CA

PT.03.10 ANÁLISE DO PERFIL LIPÍDICO E SÍNDROME METABÓLICA DE ESCOLARES ADOLESCENTES DE PERIFERIA


DO MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS/SP, BRASIL................................................................................................................................S51
Santa Maria ASL, Duarte ACGO, Fiorese MS, Duarte FO, Junior AEA, Rosante MC, Speretta GFF, Wenzel IC, Medina WL

PT.03.11 ANÁLISE DO PADRÃO COMPORTAMENTAL (BULIMIA/ANOREXIA/IMAGEM CORPORAL) E ALIMENTAR DE


ADOLESCENTES COM SÍNDROME METABÓLICA .........................................................................................................................S52
Santa Maria ASL, Duarte ACGO, Fiorese MS, Duarte FO, Junior AEA, Rosante MC, Speretta GFF, Silvestre JGO, Wenzel IC, Medina WL

PT.04.01 AVALIAÇÃO DO PERFIL BIOQUÍMICO E ANTROPOMÉTRICO NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA................S52


Monteiro VSM, Paiva FA, Santos DF, Assunção JFL

PT.04.02 INTOLERÂNCIA ALIMENTAR E PERFIL BIOQUÍMICO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA.................................S52


Souza RS, Lacerdas DC, Raposo OFF, Barbosa KBF, Lima FEL, Brito LC

PT.04.03 OBESIDADE E ISOLAMENTO SOCIAL EM OBESOS CANDIDATOS À CIRURGIA BARIÁTRICA ........................................................S53


Landin L, Ascencio RFR

PT.04.04 AVALIAÇÃO DAS MODIFICAÇÕES NA SAÚDE E NO COMPORTAMENTO DE PACIENTES APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA...............S53
Oliveira PC, Mendonça PML

PT.04.05 AVALIAÇÃO DO BINÔMIO MATERNO-FETAL APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA..................................................................................S53


Andreassen MS, Neumann AICP, Ferraz LF, Jesus SNR, Piano A

PT.04.06 CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES PÓS-BARIÁTRICOS.......................................................................S53


Pinheiro RM, Oliveira FA, Melo LG

PT.04.07 PERFIL METABÓLICO DE OBESOS PRÉ E PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA – EXPERIÊNCIA DO HUPES.................................................S54


Câmara LAP, Araújo LMB, Cruz I, Souza L, Spreuwers L, Cohet I, Soares J, Baghriolli Neto O

PT.04.08 COMPLICAÇÕES GRAVES APÓS INSERÇÃO DE BALÃO INTRAGÁSTRICO EM UMA PACIENTE COM HIPOVENTILAÇÃO DA
OBESIDADE...................................................................................................................................................................................S54
Carvalho DF, Lima LCS, Cercato C, Mancini MC, Melo ME, Moura EGH, Halpern A

PT.04.09 USO TEMPORÁRIO DE DISPOSITIVO ENDOSCÓPICO DE EXCLUSÃO DUODENO-JEJUNAL PARA PERDA DE PESO
E CONTROLE DO DIABETES MELITO TIPO 2...................................................................................................................................S54
Moura EGH, Martins BC, Lopes GS, Orso IRG, Oliveira SL, Galvão-Neto MP, Santo MA, Sakai P, Ramos AC, Garrido Jr AB, Mancini MC,
Halpern A, Cecconello I

PT.05.01 ANÁLISE DA GLICEMIA CAPILAR EM UMA POPULAÇÃO ADULTA NO DIA MUNDIAL DO DIABETES.............................................S55
Meneguette MVO, Amaral MEC

PT.05.02 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E METABÓLICA DE GESTANTES DIABÉTICAS E COM HIPERGLICEMIA LEVE..............................S55


Lima PHO, Tognon NB, Gelaleti RB, De Lego EC, Morceli G, Calderon IMP, Damasceno DC, Rudge MVC

PT.05.03 TNF-a AND ADIPONECTIN LEVELS RELATED TO BODY MASS INDEX IN MILD GESTATIONAL HYPERGLYCEMIA..............................S55
Lima PHO, Santos JHTF, Sinzato YK, Moreli JB, Caetano M, Gelaleti RB, Damasceno DC, Calderon IMP, Rudge MVC
TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO

PT.05.04 SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D E DIABETES MELITO TIPO II......................................................................................................S56


Mota JS, Souza CO

PT.05.05 FITOTERÁPICOS E DIABETES MELITO TIPO II..................................................................................................................................S56


Mota JS, Souza CO

PT.05.06 ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PORTADORES DE DIABETES MELITO (DM) TIPO 2 PARTICIPANTES
DE UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR, PULMONAR E METABÓLICA............................................................S56
Lima ARS

PT.05.07 DIABETES MELITO TIPO 1A MANIFESTADO APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA: RELATO DE CASO.......................................................S57
Fabri FSSS, Vieira MIC, Iervolino L, Petry TBZ, Scalissi N, Salles JEN

PT.06.01 ESTRESSE NO TRABALHO E EXCESSO DE PESO EM TRABALHADORES BANCÁRIOS – VITÓRIA-ES/BRASIL ...................................S57


Salaroli LB, Matias AM, Barbosa GC, Molina MDCB, Bissoli NS

PT.06.02 PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA E FATORES ASSOCIADOS EM BANCÁRIOS DA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL .........S58
Salaroli LB, Molina MDCB, Zandonade E, Bissoli NS

PT.06.03 INCIDÊNCIA DE DISLIPIDEMIA EM MULHERES NO CLIMATÉRIO ATENDIDAS EM AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA


EM SÃO LUÍS/MA .........................................................................................................................................................................S58
Matos Filho LJS, Marinho PPR, Lago RSR, Castro RNC, Veloso TC, Santos LGL, Matos MC, Silva NTB, Vidigal do Ó FRM

PT.06.04 PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM UNIVERSITÁRIOS: ANÁLISE COMPARATIVA DOS CRITÉRIOS


INTERNACIONAIS.........................................................................................................................................................................S58
Rios LLG, Coutinho HHO, Almeida LL, Lavareda PHB, Lamounier JA, Martins-Santos MES, Sabino AP, Granjeiro PA

PT.06.05 OBESIDADE CENTRAL ASSOCIA-SE COM PRESSÃO SISTÓLICA ELEVADA EM INDIVÍDUOS COM ÍNDICE DE MASSA CORPORAL
NORMAL.......................................................................................................................................................................................S59
Rossato SL, Lima RF, Ghizzoni F, Mosele F, Oliveira M, Silva RS, Moreira LB, Fuchs SC

PT.06.06 COMPARAÇÃO DE PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO DE DIVINÓPOLIS


UTILIZANDO CINCO CRITÉRIOS INTERNACIONAIS.......................................................................................................................S59
Coutinho HHO, Rios LLG, Almeida LL, Lavareda PHB, Lamounier JA, Martins-Santos MES, Sabino AP, Granjeiro PA

PT.06.07 OBESIDADE – ANÁLISE DE 691 TRABALHADORES.........................................................................................................................S59


Casas CE

PT.06.08 SÍNDROME METABÓLICA E DISTRIBUIÇÃO DE SEUS COMPONENTES EM PACIENTES COM DOENÇA CARDIOVASCULAR, RS.....S60
Guimarães LK, Olinto MT, Costa JSD, Marques MC, Prado TMV

PT.06.09 OS HÁBITOS ALIMENTARES DE TRABALHADORES DE TURNOS DE UM FRIGORÍFICO DO SUL DO PAÍS.........................................S60


Canuto R, Olinto MT

PT.07.01 CONSUMO ENERGÉTICO E DE LIPÍDIOS NÃO SÃO ASSOCIADOS COM O RISCO DE ADIPOSIDADE ABDOMINAL.....................S60
Leandro-Merhi VA, Aquino JLB, Camargo JGT

PT.07.02 RISCO NUTRICIONAL E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL: UMA ABORDAGEM EM CARDIOLOGIA.................................................S61


Borba LG, Soares AMNGF, Magnoni CD, Santos MJ, Plata RG, Moreira DC, Aoyagui BY, Sousa AGMR, Cury FB, Albano MRC

PT.07.03 A ASSOCIAÇÃO DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO EM PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA PREJUDICA
A RESPOSTA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DE RECUPERAÇÃO....................................................................................................S61
Cepêda-Fonseca FX, Martinez DG, Maki-Nunes C, Toschi-Dias E, Rondon MUPB, Alves MJNN, Drager LF, Lorenzi Filho G, Negrão CE,
Trombetta IC

PT.07.04 ACURÁCIA DOS PONTOS DE CORTE DE CIRCUNFERÊNCIA DE CINTURA PARA PREDIZER RISCO DE DISLIPIDEMIA EM
ADOLESCENTES............................................................................................................................................................................S61
Cândido APC, Oliveira CT, Freitas SN, Machado-Coelho GLL

PT.07.05 IDENTIFICAÇÃO DE PADRÕES ALIMENTARES E ASSOCIAÇÃO COM OBESIDADE ABDOMINAL DE ADULTOS


CADASTRADOS EM UNIDADE DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA.........................................................................................S62
Marsola FC, Hidalgo LMG, Moreto F, Rinaldi AEM, Portero-Maclellan KC, Burini RC

PT.07.06 SÍNDROME METABÓLICA EM INDIVÍDUOS BRASILEIROS: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS..............................................S62


Meneguette MVO, Oliveira CA, Amaral MEC, Lima MHM

PT.07.07 ASSOCIAÇÃO ENTRE HDL-COLESTEROL E GLICEMIA NA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS COM SÍNDROME METABÓLICA ....S62
Chichetta G, Franco FG, Cendoroglo MS, Jacinto AF, Shigaeff N, Pereira SA, Ikeda MR, Citero VA

PT.07.08 ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPONENTES DA SÍNDROME METABÓLICA E PERCENTUAL DE ENERGIA DA DIETA


PROVENIENTE DE ALIMENTOS PROCESSADOS.............................................................................................................................S62
Marsola FC, Pegoretti C, Fukuda CM, Manda RM, Portero-Maclellan KC, Burini RC

PT.07.09 PREVALÊNCIA DA SÍNDROME METABÓLICA E SEUS COMPONENTES EM MULHERES CLIMATÉRICAS ..........................................S63


Tavares Souza AP, Lucena I, Costa LO, Fantato F, Bezerra B, Cavalcante CWP, Novaes M

PT.07.10 PERFIL CLÍNICO, METABÓLICO E ANTROPOMÉTRICO DE INDIVÍDUOS OBESOS EM HOSPITAL TERCIÁRIO DA


CIDADE DE SÃO PAULO ...............................................................................................................................................................S63
Giorelli GV, Matos LN, Dias CB
TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO

PT.07.11 INFLUÊNCIA DO CONSUMO DE GORDURA SATURADA SOBRE A ESTEATOSE HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA: REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA............................................................................................................................................................................S63
Ferreira VD, Piano A

PT.07.12 PERCEPÇÃO E PRÁTICAS ALIMENTARES DE MULHERES OBESAS PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO


NUTRICIONAL NO MUNICÍPIO DE GUARULHOS ..........................................................................................................................S64
Oliveira AC, Almeida JSA

PT.07.13 COMPARAÇÃO DOS NÍVEIS DE PCRas E MICROALBUMINÚRIA ENTRE MULHERES COM E SEM SÍNDROME METABÓLICA
EM UMA COMUNIDADE EM SALVADOR/BA.................................................................................................................................S64
Olivieri L, Góes P, Carneiro JRS, Alves AM, Cruz HR

PT.07.14 AVALIAÇÃO CLÍNICO-METABÓLICA DE PACIENTES COM EXCESSO DE PESO – IMPORTÂNCIA DA MEDIDA DA


CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL...................................................................................................................................................S64
Lima ML, Ladeia AM, Olivieri L, Góes P, Ferraz F, Magalhães Jr A, Ferraz I, Lima M, Guimarães A

PT.07.15 AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR DE MULHERES COM EXCESSO DE PESO....................................................................................S65


Olivieri L, Ladeia AM, Souza LA, Lima ML, Góes P, Ferraz F, Magalhães Jr A, Guimarães A

PT.07.16 RISK FACTORS FOR OBESITY IN A RURAL POPULATION.................................................................................................................S65


Harb A, Levandovski R, Bernardi F, Hidalgo MP

PT.07.17 AVALIAÇÃO DE TCAP EM OBESOS: PREVENINDO TRANSTORNOS METABÓLICOS E MENTAIS......................................................S65


Moreno B, Valente da Silva HG, Moreira ASB

PT.07.18 EFEITOS DA TERAPIA INTERDISCIPLINAR NO COMPORTAMENTO ALIMENTAR E PERFIL PSICOLÓGICO DE ADULTOS OBESOS ...S66
Carvalho Ferreira JP, Cipullo MAT, Caranti DA, Moraes AS, Pisani LP, Masquio DCL, Andrade Silva SG, Damaso AR

PT.07.19 FREQUÊNCIA DE DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA EM POPULAÇÃO COM PRÉ-DIABETES...........................S66
Saado, Giorelli GV, Cury MAA, Camargo C, Costa-Pinto J, Pinheiro RP, Matos LN, Dias CB

PT.07.20 CORRELAÇÃO ENTRE APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA E LEUCÓCITOS EM ADOLESCENTES OBESOS ......................................S66


Sencades RG, Silva HJG, Lins TA, Ferreira LCCN, Almeida LS, Albuquerque LS, Tenorio TRS, Andrade MLSS, Lofrano-Prado MC, Almeida
NCN, Ferreira MNL, Prado WL

PT.07.21 PACIENTES COM SOBREPESO E OBESIDADE: PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) E
DIABETES MELITO TIPO 2 (DM2): UM ESTUDO NO AMBULATÓRIO DE SOBREPESO E OBESIDADE DO INSTITUTO
DE SAÚDE ELPÍDIO DE ALMEIDA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE/PB.....................................................................................S67
Ferreira MFL, Barbosa ACN, Fernandes IC, Barbosa PEA, Costa ID, Lacerda SG

PT.07.22 AVALIAÇÃO DA ATEROSCLEROSE SUBCLÍNICA EM PACIENTES OBESOS......................................................................................S67


Burgos PF, Leal AJ, Gagliardi ART

PT.07.23 RESISTÊNCIA À INSULINA NA PROLE DE CAMUNDONGOS COM OBESIDADE INDUZIDA POR DIETA HIPERLIPÍDICA...................S67
Ashino NG, Nakutis FS, Santos GA, Silva AP, Melo AM, Martins JC, Torsoni MA, Torsoni AS

PT.07.24 OBESOS TÊM CONSUMO EXCESSIVO DE PROTEÍNAS E CARBOIDRATOS E REDUZIDO DE VITAMINA E........................................S68
Dias de Castro ML, Driemeyer J, Malinoski NK, Oliveira VR, Costa FS, Friedman R

PT.07.25 EFEITO DE VINTE SEMANAS DE TREINAMENTO CONCORRENTE NA COMPOSIÇÃO CORPORAL E NA PREVALÊNCIA


DA DGNAF EM ADOLESCENTES OBESOS.....................................................................................................................................S68
Silveira LS, Monteiro PA, Bastos KN, Antunes BMM, Cayres SU, Freitas Jr IF

PT.07.26 O PAPEL DA ACETIL-CoA CARBOXILASE HIPOTALÂMICA NA RESPOSTA CONTRARREGULATÓRIA HEPÁTICA DE RATOS.............S68


Pereira VD, Santos GA, Moura RF, Roman EA, Vitorino DC, Souza LMI, Velloso LA, Torsoni AS, Torsoni MA

PT.07.27 COMORBIDADES E ANTECEDENTES FAMILIARES DE ADULTOS OBESOS PARTICIPANTES DE TERAPIA INTERDISCIPLINAR DE


MUDANÇA DE ESTILO DE VIDA.....................................................................................................................................................S69
Moraes AS, Carvalho Ferreira JP, Cipullo MAT, Caranti DA, Queiroz GGJ, Masquio DCL, Andrade Silva SG, Pisani LP, Yi LC, Damaso AR

PT.07.28 GHRELIN GENE POLYMORPHISM AND ITS RELATION TO DNA DAMAGE IN MORBID OBESE WOMEN..........................................S69
Almeida DC, Luperini BCO, Salvadori DMF

PT.07.29 ASSOCIATION BETWEEN FTO GENE POLYMORPHISM AND DNA DAMAGE IN LIMPHOCYTES FROM OBESE WOMEN..................S69
Luperini BCO, Almeida DC, Porto MP, Salvadori DMF

PT.07.30 IMPACTO DO TRABALHO NOTURNO NA OBESIDADE ABDOMINAL EM TRABALHADORES DE UM FRIGORÍFICO


NO SUL DO BRASIL ......................................................................................................................................................................S70
Olinto MT, Canuto R, Macagnan J, Henn RL, Patussi MP

PT.07.31 AVALIAÇÃO DE DIFERENTES ABORDAGENS TERAPÊUTICAS DE PACIENTES OBESOS EM TRATAMENTO NO


AMBULATÓRIO DE ENDOCRINOLOGIA DO HOSPITAL DA SANTA CASA DE SÃO PAULO..............................................................S70
Morelli F, Pereira LS, Piovesan FX, Amadio CR, Gimenez AO, Salles JEN

PT.07.32 AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR, DE ACORDO COM OS CRITÉRIOS DE FRAMINGHAM,
EM INDIVÍDUOS OBESOS..............................................................................................................................................................S70
Arbex AK, Rocha DRTW, Jorge AR, Resende AN, Mesquita LM, Faria GB, Lima SJ, Pires LS
TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO

PT.07.33 LEPTINA E JEJUM PROLONGADO NA GÊNESE DA OBESIDADE ...................................................................................................S71


Barbosa JR, Martins CM, Kato JT, Carvalho CA, Machado VA, Fonseca FA, Izar MC

PT.07.34 ACURÁCIA DOS PONTOS DE CORTE DE CIRCUNFERÊNCIA DE CINTURA PARA PREDIZER RISCO DE PRESSÃO ARTERIAL EM
ADOLESCENTES............................................................................................................................................................................S71
Cândido APC, Alosta JPS, Freitas SN, Machado-Coelho GLL

PT.07.35 ANÁLISE QUALITATIVA DA LANCHEIRA DE PRÉ-ESCOLARES.........................................................................................................S71


Moreira P, Santos MCR, Kovacs C, Amparo FC, Paiva CCJ, Silva RA, Magnoni D

PT.07.36 EFEITO DE UM PROGRAMA MULTIDISCIPLINAR SOBRE O PERFIL LIPÍDICO DE ADOLESCENTES OBESOS.....................................S71


Albuquerque LS, Aniceto RR, Silva HJG, Lins TA, Sencades RG, Andrade MLSS, Ferreira LCCN, Freitas CRM, Almeida NCN,
Ferreira MNL, Lofrano-Prado MC, Prado WL

PT.07.37 THE INTERDISCIPLINARY THERAPY PROMOTED AN IMPROVEMENT IN VISCERAL OBESITY AND OTHER RELATED
CO-MORBITIES..............................................................................................................................................................................S72
Piano A, De Mello MT, Carnier J, Tock L, Sanches PL, Caranti DA, Oyama LM, Oller do Nascimento CM, Silva PL, Corrêa FA,
Tufik S, Dâmaso AR

PT.07.38 ASSOCIAÇÃO DE POLIMORFISMOS DOS GENES LEP, LEPR, PPARG E IL-6 COM MUDANÇAS NO CONSUMO ALIMENTAR DE
INDIVÍDUOS OBESOS....................................................................................................................................................................S72
Oliveira R, Genvigir FDV, Cerda A, Willrich MAV, Moraes TI, Dorea EL, Martinez MB, Farjado CM, Jorge MEI, Hirata MH, Hirata RCD

PT.07.39 A IMPORTÂNCIA DA REABILITAÇÃO FÍSICA NA OBESIDADE E NA SÍNDROME METABÓLICA.......................................................S73


Costa JPS, Costa APF

PT.08.01 CORRELAÇÃO ENTRE DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL E SINTOMAS DEPRESSIVOS...........................................................................S73


Sprengel AL

PT.08.02 FOME DE QUÊ? COMPULSÃO ALIMENTAR COMO MANIFESTAÇÃO DO FALSO SELF E INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA
BREVE – UM ESTUDO DE CASO EM UMA CLÍNICA DE OBESIDADE EM SALVADOR ......................................................................S73
Carneiro FT

PT.09.01 HIPERTENSÃO: A IMPORTÂNCIA DA COMPREENSÃO DE QUE O ELEVADO TEOR DE SÓDIO NOS ALIMENTOS É UMA DAS
PRINCIPAIS CAUSAS DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES ...........................................................................................................S74
Andrade MC, Braga KS

PT.09.02 IMPACTO DA PERDA DE PESO NO PERFIL ANTROPOMÉTRICO E BIOQUÍMICO DE PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA..S74
Santos ZA, Busnello FM, Ferreira AS, Freitas BB, Araújo AR, Repetto G, Bodanese LC

PT.09.03 EUROPATIA POR DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B1 NO PÓS-OPERATÓRIO TARDIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA:


RELATO DE CASO COM SINTOMAS ATÍPICOS..............................................................................................................................S74
Branco Filho AJ, Cruz MRR, Savaris AL, Soares FL

PT.09.04 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM OBESIDADE – UM MODELO EXPERIMENTAL DA CLÍNICA DA OBESIDADE ..................................S75


Magalhães MCA, Sanches R, Fernandes S

PT.09.05 AVALIAÇÃO DO PERFIL, PERDA DE PESO E FREQUÊNCIA EM CONSULTAS NUTRICIONAIS DOS PACIENTES APÓS
UM ANO DE CIRURGIA BARIÁTRICA ATENDIDOS NO CENTRO AVANÇADO DE VIDEOLAPAROSCOPIA DO PARANÁ (CEVIP)....S75
Branco Filho AJ, Cruz MRR, Savaris AL, Soares FL, Nunes MGJ

PT.09.06 ASSIDUIDADE NO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA DE PACIENTES


ATENDIDOS NO CENTRO AVANÇADO DE VIDEOLAPAROSCOPIA DO PARANÁ (CEVIP).............................................................S75
Branco Filho AJ, Cruz MRR, Savaris AL, Castel JD, Soares FL

PT.09.07 EVOLUÇÃO PONDERAL E PERFIL LIPÍDICO NA DOENÇA DE CROHN APÓS TERAPÊUTICA COM INFLIXIMABE:
RELATO DE CASO.........................................................................................................................................................................S76
Moreno PAJ, Coqueiro FG, Case NA, Santana GO, Rocha R, Sahade V

PT.09.08 EFEITO DO CONSUMO DE BEBIDA LÁCTEA ADICIONADA DE ÁCIDO LINOLEICO CONJUGADO NA COMPOSIÇÃO
CORPORAL E NA INGESTÃO DIETÉTICA DE MULHERES OBESAS...................................................................................................S76
Lopes DCF, Amorin LL, Batista MA, Silvestre MPC

PT.09.09 IMPACTO DA RESTRIÇÃO CALÓRICA NA REDUÇÃO PONDERAL NO PERÍODO HOSPITALAR PRÉ-OPERATÓRIO DE MULHERES
OBESAS CANDIDATAS À CIRURGIA BARIÁTRICA..........................................................................................................................S76
Silva JGN, Abreu MP

PT.09.10 INDIVÍDUOS EXPOSTOS A UM PROGRAMA DE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR APRESENTAM MELHOR QUALIDADE DA DIETA
DO QUE INDIVÍDUOS NÃO EXPOSTOS.........................................................................................................................................S77
Felippe FML, Balestrin L, Silva FM, Schneider AP

PT.10.01 COMPARAÇÃO DOS ACHADOS ECOCARDIOGRÁFICOS ENTRE PACIENTES HIPERTENSOS CONTROLADOS E NÃO
CONTROLADOS ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE CARDIOLOGIA DE SÃO LUÍS/MA................................................................S77
Matos Filho LJS, Cabral GBCB, Cabral FCP, Carvalho DM, Veloso TC, Martins FFO, Taranto TM

PT.11.01 AÇÕES DO CAROTENOIDE FUCOXANTINA ASSOCIADO À VITAMINA C NA FUNÇÃO DE LEUCÓCITOS HUMANOS IN VITRO ...S77
Molina N, Morandi AC, Otton R

PT.12.01 NÍVEIS DE HOMOCISTEÍNA PLASMÁTICA EM ADOLESCENTES EUTRÓFICOS E OBESOS ..............................................................S77


Sahade V, Case NA, Rego DML, Factum CS, Santos TF, Paiva IS, Varela AD, França S, Adan LF
TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO

PT.12.02 HIPERTENSÃO ARTERIAL INFANTIL NO MUNICÍPIO DE UBERABA/MG E SUA RELAÇÃO COM OBESIDADE,
CINTURA E QUADRIL ....................................................................................................................................................................S78
Silva FC, Fratari T, Santos LRS, Magalhães FO, Amui MO

PT.12.03 PREVALÊNCIA DA OBESIDADE INFANTIL E SEUS FATORES ASSOCIADOS EM ESCOLAS MUNICIPAIS DA CIDADE
DE UBERABA/MG.........................................................................................................................................................................S78
Ribeiro AP, Borges FZ, Magalhães FO, Machado FN, Almeida VP

PT.12.04 RELAÇÃO ENTRE OBESIDADE INFANTIL E NÍVEL SOCIOECONÔMICO NO MUNICÍPIO DE UBERABA/MG...................................S78


Darce MC, Rezende AA, Campos MA, Magalhães FO

PT.12.05 AVALIAÇÃO DE CINTURA, QUADRIL E RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL NA OBESIDADE INFANTIL....................................................S79


Inácio LB, Redondo LS, Ribeiro NC, Menezes E, Magnino FS, Fagundes ALR, Dias CR, Mendonça ALS, Magalhães FO, Lopes ICR,
Carvalho NV, Cunha MF

PT.12.06 PADRÃO ALIMENTAR E RELAÇÃO COM OBESIDADE INFANTIL E ATIVIDADE FÍSICA......................................................................S79


Magnino FS, Mendonça ALS, Cunha MF, Magalhães FO, Redondo LS, Ribeiro NC, Carvalho NV, Inácio LB, Menezes E, Fagundes ALR,
Lopes ICR, Dias CR

PT.12.07 IMPORTÂNCIA DO CONTEXTO SOCIOFAMILIAR NA ABORDAGEM DE CRIANÇAS OBESAS........................................................S79


Tassara V, Norton RC, Ude Marques WE

PT.12.08 LIPEMIA PÓS-PRANDIAL EM ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO.......................................................................................S80


Sahade V, Rego DML, Case NA, Factum CS, Santos TF, Paiva IS, Varela AD, França S, Adan LF

PT.12.09 SÍNDROME METABÓLICA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS ......................S80
Morais PRS, Ponciano IC, Cunha FA, Macedo A

PT.12.10 BRONCOESPASMO INDUZIDO PELO EXERCÍCIO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM OBESIDADE E SOBREPESO.................S80
Custódio LN, Cheik NC

PT.12.11 CORRELAÇÃO ENTRE EQUAÇÕES PREDITIVAS E CALORIMETRIA INDIRETA PARA ESTIMAR A TAXA METABÓLICA
DE REPOUSO EM ADOLESCENTES OBESOS..................................................................................................................................S80
Oliveira BAP, Bastos KN, Junior IFF

PT.12.13 RELAÇÃO ENTRE COMPONENTES DA SÍNDROME METABÓLICA E FATORES DE OBESIDADE EM UMA COORTE
DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES BRASILEIROS............................................................................................................................S81
Barbosa PA, Fujiwara CTH, Melo ME, Reinhardt HL, Arthur T, Cercato C, Halpern A, Mancini MC

PT.12.14 POLIMORFISMO RS1137101 NO GENE DO RECEPTOR DA LEPTINA NÃO ESTÁ ASSOCIADO COM
COMPORTAMENTO ALIMENTAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS................................................................................S81
Arthur T, Melo ME, Santos AS, Favoretto-Dias N, Fujiwara CTH, Reinhardt HL, Cercato C, Halpern A, Mancini MC

PT.13.01 PERVERSÃO DO HÁBITO ALIMENTAR MANIFESTO COM INGESTA DE SACOLAS PLÁSTICAS........................................................S81


Bianchet LC, Oliveira DHA, Fighera TM, Borba VZC, Suplicy HL

PT.13.02 RODÍZIO DE ATIVIDADES PRÁTICAS ABERTAS: UMA PROPOSTA DO PROGRAMA DE ATENDIMENTO AO OBESO (PRATO)
PARA O ESTÍMULO ÀS MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA...............................................................................................................S82
Abdo AH, Menegaz A, Pinto R, Durante CR, Fischer M, Cintra V, Kaufman A, Pahl R, Fanganiello AL

PT.13.03 OBESE ADOLESCENTS WITH EATING DISORDERS SYMPTOMS: ANALYSIS OF THE NEUROENDOCRINE SYSTEM IN LONG-TERM
WEIGHT LOSS THERAPY.................................................................................................................................................................S82
Carnier J, Sanches PL, Silva PL, Piano A, Tock L, Campos RMS, Corgosinho FC, Corrêa FA, Oller do Nascimento CM, Oyama LM,
Ernandes RH, Mello MT, Tufik S, Dâmaso AR

PT.13.04 OBESIDADE E DOENÇA DE CUSHING POR MACROADENOMA – RELATO DE CASO....................................................................S82


D’Andrea VE, Harada CMM, Angeli Padula F, Rocha CGG, Mazer SR, Suzuki CM, Bortolin FDP, Castro MPR

PT.13.05 ESTUDO DA CORRELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E O ÂNGULO QUADRICIPITAL EM OBESOS ADULTOS........S83
Yi LC, Damaso AR, Neves JM, Santos C, Nascimento MA, Carvalho Ferreira JP, Caranti DA

PT.13.06 POLÍTICAS PÚBLICAS DA JUSTIÇA E DOS GOVERNOS FEDERAIS, DO BRASIL E DA ARGENTINA, NA ABORDAGEM
DA OBESIDADE.............................................................................................................................................................................S83
Arbex AK

PT.13.07 BENEFÍCIOS DA BIOMASSA DE BANANA VERDE NA DIMINUIÇÃO DO RISCO DE SOBREPESO E/OU OBESIDADE E SUAS
COMORBIDADES..........................................................................................................................................................................S84
Bianchi M, Piano A

PT.13.08 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NA OBESIDADE: DESCRIÇÃO DE UMA PRÁTICA ...............................................................................S84


Oliveira AC

PT.13.09 O RISCO PARA CÂNCER DIFERENCIADO DE TIREOIDE É MAIOR EM MULHERES OBESAS E PODE ESTAR RELACIONADO
AO PERFIL ALIMENTAR..................................................................................................................................................................S84
Marcello MA, Sampaio AC, Cunha LL, Assumpção LVM, Ward LS

PT.13.10 A ADIPONECTINA, MAS NÃO A LEPTINA, PODE ESTAR LIGADA AO DESENVOLVIMENTO DO CARCINOMA
DIFERENCIADO DA TIREOIDE........................................................................................................................................................S84
Marcello MA, Cunha LL, Calixto AR, Vasques ACJ, Geloneze B, Assumpção LVM, Ward LS
TRABALHOS CIENTÍFICOS – SUMÁRIO

PT.13.11 PROFILE OF SATURATED, MONOUNSATURATED AND POLYUNSATURATED FAT INTAKE IN OVERWEIGHT AND OBESE ADULTS
ENGAGED IN AN INTERDISCIPLINARY LIFESTYLE THERAPY............................................................................................................S85
Masquio DCL, Caranti DA, Pisani LP, Queiroz GGJ, Daniel MA, Freitas C, Andreassen MS, Ferreira VD, Carvalho Ferreira JP,
Andrade Silva SG, Leal LPFF, Dâmaso AR

PT.13.12 ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE DENSIDADE MINERAL ÓSSEA E OBESIDADE ABDOMINAL EM ADOLESCENTES.............................S85
Campos RMS, Lazaretti-Castro M, Tock L, De Mello MT, Silva PL, Corgosinho FC, Piano A, Carnier J, Sanches PL, Inoue D,
Corrêa FA, Tufik S, Dâmaso AR

PT.13.13 PERFIL LIPÍDICO DE RATOS (RATTUS NORVERGICUS), DA LINHAGEM WISTAR, VARIAÇÃO ALBINUS EM DIFERENTES IDADES.......S86
Ghezzi AC, Cambri LT, Botezelli JD, Mello MAR

PT.13.14 CAPACITAÇÃO MULTIPROFISSIONAL EM SÍNDROME METABÓLICA POR MEIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


NA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE SÃO PAULO – PROJETO PILOTO NA COORDENADORIA REGIONAL
DE SAÚDE SUDESTE.......................................................................................................................................................................S86
Abdo AH, Massironi MMG, Batista ALP, Paes Jr J

PT.13.15 OBESIDADE NA SEPSE EM PACIENTES DE UTI................................................................................................................................S86


Pereira NGB, Ferreira GM

PT.13.16 EFEITOS DA INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR SOBRE A INGESTÃO ALIMENTAR EM ADOLESCENTES OBESOS...........................S88


Andrade MLSS, Ferreira LCCN, Aniceto RR, Gomes PP, Lima FFM, Freitas CRM, Santana CCA, Costi RB, Neves PRS, Silva HJG, Lins TA,
Lofrano-Prado MC, Prado WL

PT.13.17 COMPORTAMENTO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA NA OBESIDADE................................................................................S88


Peixoto-Souza FS, Piconi Mendes C, Silva BG, Forti EP

PT.13.18 AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE MULHERES COM OBESIDADE MÓRBIDA.............................................................S88


Peixoto-Souza FS, Piconi Mendes C, Silva BG, Forti EP

PT.13.19 A CONTRIBUIÇÃO DA MUSICOTERAPIA NO TRATAMENTO DA OBESIDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA........................................S89


Coelho DGP

PT.13.20 DESCRIÇÃO DO DESFECHO PERINATAL DE GESTANTES OBESAS E EUTRÓFICAS EM MUNICÍPIO DO VALE DO ITAJAÍ/SC..........S89
Costa IC, Perin C, Lavado ML

PT.13.21 LIPÍDIOS TECIDUAIS DE RATOS ALIMENTADOS COM DIETA RICA EM FRUTOSE NA VIDA INTRAUTERINA E NEONATAL.................S90
Ghezzi AC, Cambri LT, Dalia RA, Botezelli JD, Mello MAR

PT.13.22 VIVÊNCIA TERAPÊUTICA – A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA DO ESPORTE NO TRATAMENTO DA OBESIDADE:


RELATO DE EXPERIÊNCIA ............................................................................................................................................................S90
Coelho DGP

PT.13.23 OBESIDADE E NOVAS ABORDAGENS DO TRATAMENTO NUTRICIONAL: A CONTRIBUIÇÃO DOS FITOTERÁPICOS........................S90


Santos RM, Souza CO

PT.13.24 AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA, MICROALBUMINÚRIA E RISCO CARDIOVASCULAR


EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE...............................................................................................S91
Monteiro MMO, Queiroz MSR, Janebro DI, Ramos KRLP, Guimarães NES, Cunha MAL

PT.13.25 OBESIDADE E NOVAS ABORDAGENS DO TRATAMENTO NUTRICIONAL: A CONTRIBUIÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL...........S91


Santos RM, Souza CO

PT.13.26 TRATAMENTO DA OBESIDADE: MODELO DE GRUPO BASEADO EM TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL .........................S91


Molina CG, Neumann CR

PT.13.27 IMPROVEMENT IN LUNG FUNCTION WAS ASSOCIATED WITH A REDUCTION IN VISCERAL AND SUBCUTANEOUS FAT AND
INCREASE IN ADIPONECTIN LEVELS.............................................................................................................................................S92
Silva PL, Cheik NC, Mello MT, Sanches PL, Corrêa FA, Piano A, Inoue D, Campos RMS, Corgosinho FC, Carnier J, Tock L,
Tufik S, Dâmaso AR
RESUMOS COMUNICAÇÕES ORAIS

CO.01 ESTUDO COMPARATIVO ENTRE CURVAS DE ÍNDICE DE blo­quear a associação da TRB3 com a Akt, induzindo aumento na
MASSA CORPÓREA INTERNACIONAIS E A BRASILEIRA ação da insulina e atividade da Akt no fígado. Objetivo: Investigar os
Fujiwara CTH1, Melo ME1, Reinhardt HL2, Cercato C2, Halpern A2, efeitos do treinamento físico (TF) na expressão da APPL1 e da TRB3
Mancini MC1 no fígado de camundongos obesos diabéticos e avaliar a sinalização da
1
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São insulina, monitorando a fosforilação da Akt e seus substratos. Méto-
Paulo (HCFMUSP) – Liga de Obesidade Infantil, Disciplina de Endocrinologia e dos: Camundongos Swiss foram distribuídos em três grupos: controle
Metabologia, Laboratório de Carboidratos e Radioimunoensaio (LIM/18),
2
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(C) (n = 6), alimentados com dieta-padrão por 16 semanas; S-DHL
– Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica, Disciplina de Endocrinologia e (n = 6), animais tratados com dieta hiperlipídica (DHL) por 16 sema-
Metabologia nas; e T-DHL (n = 6), animais tratados com DHL por 16 semanas e
treinados por 8 semanas. O TF foi de natação 1 h/dia, 5 dias/semana,
Sobrepeso na infância e adolescência associa-se a excesso de peso na com 5% de sobrecarga em relação à massa corporal do animal. Foram
idade adulta e a alterações metabólicas que podem elevar o risco car- avaliadas: a) massa corporal e gordura epididimal; b) teste de tolerân-
diometabólico (RCM). Frequentemente, a classificação do estado nu- cia à insulina (TTI) e piruvato (TTP); c) glicogênio, glicemia e insu-
tricional em crianças e adolescentes é realizada por meio de curvas de linemia; d) expressão, fosforilação e/ou associação das proteínas Akt,
índice de massa corpórea (IMC). O Centro de Controle e Prevenção Foxo1, PGC-1α, TRB3, APPL1, GSK3β, PEPCK e G6Pase no fígado
de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e a Organização Mundial da pela técnica de Western Blot. Os valores estão expressos como mé-
Saúde (OMS) apresentam curvas para avaliação do IMC e, em nosso dia ± EPM. Aplicaram-se ANOVA e teste post hoc de Bonferroni (p <
meio, Conde e Monteiro (C&M) publicaram um sistema de classi- 0,05). Resultados: Os animais S-DHL apresentaram menor captação
ficação nacional. O objetivo deste estudo é identificar a curva mais de glicose avaliada no TTI em relação aos animais T-DHL, e isso foi
adequada para diagnóstico de obesidade relacionado aos fatores de acompanhado por valores mais altos de glicemia e insulinemia. O TF
RCM. O estudo foi constituído por 289 crianças e adolescentes à pro- restaurou a atividade da Akt (35%) se comparado ao grupo S-DHL.
cura de tratamento para o excesso de peso. A ocorrência de fatores de Em acordo, o TF aumentou a expressão da APPL1 e a associação
RCM – caracterizados por hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, APPL1/Akt (60%) se comparado aos S-DHL. A expressão da TRB3
glicemia de jejum alterada e resistência à insulina – foi verificada, res- e a associação TRB3/Akt diminuíram no grupo T-DHL em compa-
pectivamente, em 23,3%, 75,4%, 5,9% e 65,9% dos pacientes. A média ração ao grupo S-DHL. Adicionalmente, ocorreu maior fosforilação
de Z-score de IMC (ZIMC) do CDC mostrou-se inferior à da OMS e da Foxo1 e redução da expressão da PGC-1α e associação Foxo1/
à de C&M, que apresentou o valor mais elevado documentando um PGC-1α nos animais T-DHL em relação ao grupo S-DHL. Também
grau de obesidade mais grave. Pelo coeficiente intraclasse, obteve-se ocorreu menor expressão das enzimas PEPCK (38%) e G6Pase (44%)
concordância fraca entre os valores do CDC em relação às outras refe- nos animais T-DHL em relação aos animais S-DHL. Por fim, o gru-
rências, enquanto a curva da OMS e de C&M apresentaram concor- po T-DHL teve aumento da GSK3β fosforilada (40%), aumento do
dância forte. Utilizando as curvas para diagnóstico de obesidade grave glicogênio e produção hepática de glicose diminuída durante o TTP
(ZIMC ≥ 2,5), houve concordância fraca entre a curva do CDC com se comparado aos animais S-DHL. Conclusão: Este estudo mostrou
os outros critérios, ao passo que entre a curva da OMC e a de C&M pela primeira vez que o treinamento físico aumenta a expressão de
a concordância foi moderada. É esperado que pacientes menos obesos APPL1 em camundongos obesos diabéticos, reduzindo a associação
tenham um número menor de fatores de RCM, e a curva do CDC da TRB3 com a Akt no fígado e a hiperglicemia de jejum. Apoio
apresentou maior mediana e número máximo desses fatores em obesos financeiro: Fapesp (Processo 2010/04290-5).
não graves. Isso sugere que o seu uso poderia classificar pacientes me-
tabolicamente mais graves em um menor grau de obesidade, não sen-
do esse diagnóstico adequado. Para a avaliação do grau de obesidade CO.03 EFEITO DA DIETA HIPERLIPÍDICA SOBRE A
em nossa coorte de crianças e adolescentes, a curva do CDC foi ina- SENSIBILIDADE PERIFÉRICA À INSULINA, À PRESSÃO ARTERIAL E
À FUNÇÃO RENAL EM RATAS WISTAR E NA SUA PROLE
propriada, enquanto as da OMS e de C&M foram adequadas, sendo a
nacional a mais sensível. Sugere-se que o ideal seja que cada país utilize Roza NAV1, Possignolo LF1, Palanch AC1, Gontijo JAR1
uma curva de IMC baseada em sua própria população, muito embora 1
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Laboratório de Metabolismo
Hidrossalino, Faculdade de Ciências Médicas
isso dificulte comparações entre os sujeitos de estudos internacionais.
Bolsa de IC da Fapesp – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado Introdução: A elevada prevalência de doenças cardiovasculares e obe-
de São Paulo – 08/06382-4. sidade está associada ao aumento da ingestão de alimentos hipercaló-
Referências ricos como decorrência de modificações no padrão alimentar ocidental
1. Conde WL. J Pediatr (Rio J). 2006;82:266. 2. Kuczmarski RJ. Adv ocorrido nas últimas décadas. A relação entre uma dieta rica em ácidos
Data. 2000;314:1.3. WHO Multicentre Growth Reference Study graxos saturados e resistência à insulina, síndrome metabólica e diabetes
Group. Geneva: WHO; 2006. melito é amplamente aceita. O presente trabalho pressupõe que a inges-
tão de dieta hiperlipídica durante o período gestacional possa induzir
na prole, na idade adulta, elevações da pressão sanguínea, resistência à
CO.02 TREINAMENTO FÍSICO DE ENDURANCE AUMENTA insulina, dislipidemia e obesidade, sintomas clássicos da síndrome me-
A EXPRESSÃO DE APPL1 E MELHORA A SINALIZAÇÃO tabólica, cada vez mais presentes também em crianças e adolescentes.
DA INSULINA NO TECIDO HEPÁTICO ATENUANDO A Metodologia: Ratas Wistar com 21 dias de vida foram divididas nos
HIPERGLICEMIA EM CAMUNDONGOS OBESOS DIABÉTICOS grupos controle (C) e dieta hiperlipídica (DHL) e receberam a dieta
Marinho R1, Ropelle ER2, Bertoli FC1, De Souza CT3, Cintra DE4, Da Silva normal ou hiperlipídica durante oito semanas. Os filhotes machos fica-
ASR5, Colantonio E1, D’Almeida V1, Pauli JR1 ram com as mães até o desmame, ingerindo ração ou dieta, conforme
1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Santos/SP – Departamento de os grupos. Após o desmame, os filhotes receberam ração-padrão, sendo
Biociências, 2 Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA), Universidade Estadual
de Campinas (Unicamp), Limeira/SP – Departamento de Fisiologia e Biologia pesados semanalmente. O consumo de ração e água pelas mães foi ava-
Molecular do Exercício, 3 Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), liado diariamente. A pressão arterial foi medida, nas fêmeas, na 8ª e na
Criciúma/SC – Laboratório de Bioquímica e Fisiologia, 4 Faculdade de Ciências 11ª semana de vida, e nos filhotes foi feita quinzenalmente, da 6ª até a
Aplicadas (FCA), Unicamp, Limeira/SP – Departamento de Nutrigenômica,
5
Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto/SP – Departamento de Fisiologia
16ª semana de vida. Nessas mesmas datas, foram coletadas amostras de
do Exercício sangue e urina para análise de parâmetros bioquímicos. Também foram
determinados o GTT, o ITT e a função renal. A ingestão de ração em
Introdução: A hiperglicemia de jejum no diabetes tipo 2 pode ser gramas pelas mães foi 71,8% maior no grupo C, porém o consumo
provocada pela ação negativa da TRB3 sobre a proteína Akt. Por calórico foi similar nos dois grupos (C = 193,8 ± 6,0 kcal e DHL =
outro lado, a proteína APPL1 é capaz de interagir com a TRB3 e 201,6 ± 5,9 kcal). Apesar disso, no grupo DHL a dieta foi constituí­

S35
RESUMOS COMUNICAÇÕES ORAIS

da predominantemente de gordura saturada. Em concordância com trição como protagonista das ações genômicas nas doenças meta-
a maior ingestão de ração em gramas, o consumo de água foi 31,8% bólicas. O objetivo do trabalho foi avaliar o mecanismo pelo qual
maior no grupo C. Em todos os animais, o peso corporal no grupo C os ácidos alfa-linolênico (w3) e oleico (w9) modulam a fome e a
foi maior que no grupo DHL. A pressão arterial foi significativamente termogênese em animais obesos e diabéticos induzidos por dieta.
mais elevada nas ratas do grupo DHL e nos seus filhotes a partir da 8ª Material e métodos: Ratos Wistar e camundongos Swiss foram in-
semana. Nas fêmeas, GTT apresentou-se maior e a insulinemia menor duzidos ao desenvolvimento de obesidade e DM2, ao consumirem
no grupo DHL, sugerindo um quadro de tolerância à glicose. Em rela- por 60 dias uma dieta rica em gordura. Ambas as espécies tiveram
ção à função renal, o grupo DHL apresentou menor volume urinário. suas dietas suplementadas com w3 (óleo de linhaça – 58% C18:3)
Resultados preliminares de Western Blot mostram aumento da ativação ou w9 (oliva – 85% C18:1). Outros grupos foram submetidos à
de NfκB na prole do grupo DHL. Conclusão: Este estudo indica que o cirurgia estereotáxica para implantação de uma cânula no hipo-
consumo da dieta hiperlipídica promoveu um aumento na pressão arte- tálamo, por onde receberam diretamente os mesmos ácidos graxos
rial sistêmica associada a alterações na sensibilidade periférica à insulina (AG) purificados em concentrações preestabelecidas. Além da evo-
e na função renal. Apoio financeiro: Fapesp, Capes. lução ponderal e do consumo dietético, foram avaliados no hipo-
tálamo e tecidos adiposos marrom e branco os receptores media-
CO.04 INGESTÃO DE GORDURA VEGETAL HIDROGENADA dores de suas ações, bem como a expressão de neurotransmissores
DURANTE A GESTAÇÃO E LACTAÇÃO ALTERA A orexigênicos e anorexigênicos, proteínas da via da insulina, leptina,
CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE ADIPONECTINA E A EXPRESSÃO biogênese energética, oxidação, inflamação e apoptose pelas téc-
PROTEICA DE ADIPO-R1 E TLR-4 DA PROLE NA VIDA ADULTA nicas de RT-PCR, Western Blot e imunoistoquímica em confocal.
Lopes J1, Oller do Nascimento CM1, Oyama LM2, Biz C1, Hachul AC1, Resultados: Houve redução ponderal em animais que receberam
Ribeiro EB1, Pisani LP3 os AG por via oral ou hipotalâmica. A sensibilidade à insulina e à
1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Escola Paulista de Medicina (EPM) glicose foi restabelecida nos grupos tratados. Ambas as formas de
– Fisiologia, 2 Unifesp – Ciências da Saúde, 3 Unifesp – Biociências administração dos AG reverteram o processo inflamatório hipo-
talâmico marcado pelas proteínas TNF-a, IL-1b, p-JNK, p-IkB-a,
Durante a gestação e a lactação, modificações na composição de ácidos bem como o processo apoptótico (Bax), comparados aos seus con-
graxos da dieta estão associadas a alterações metabólicas na prole na troles. Ainda, aumentaram a expressão das proteínas anti-inflama-
vida adulta, como obesidade e resistência à insulina. Assim, o objetivo tória (IL-10) e antiapoptótica (BCL-2). A atividade das proteínas
deste trabalho foi avaliar se a ingestão materna de dieta rica em ácidos
da via da insulina (IR, IRS-1/2, p-Akt, p-FoxO) e leptina (Ob-r,
graxos do tipo trans, durante a gestação e a lactação, modifica a con-
Jak-2 e STAT-3) foi restaurada. Os marcadores de biogênese mito-
centração sérica de adiponectina e a expressão proteica de receptores
condrial e oxidação (UCP-1/2, citocromo C, PGC-1a e CPT-1)
Adipo-R1 e TLR-4, na prole no início da vida adulta. Para tanto, no
apresentaram atividades aumentadas. O GPR120 foi identificado
primeiro dia de gestação, ratas foram divididas em dois grupos: (C)
como receptor dos ácidos, e as proteínas b-arrestina, TAB1/2/3
tratadas com dieta controle e (T) receberam dieta enriquecida com
e TAK1, como as acopladoras e propagadoras de seus sinais. Con-
gordura vegetal hidrogenada rica em ácidos graxos trans. Cada mãe
permaneceu com oito filhotes machos. Após o desmame, os filhotes de clusão: O w3 e o w9 contribuíram preponderantemente para a re-
ambos os grupos passaram a receber dieta controle até 90 dias de vida, versão do processo de obesidade e diabetes ao reduzirem o ganho
quando foram sacrificados. O sangue, o tecido adiposo retroperitoneal de peso, inflamação e apoptose, instalados pela dieta hiperlipídica.
e o músculo EDL foram coletados. Adiponectina sérica foi determina- Aumentaram o gasto energético e a sensibilidade à insulina e à
da por ELISA e a expressão proteica dos receptores Adipo-R1 e TLR- glicose e restabelecerem o controle central da fome. Tais ácidos
4 foram analisadas por Western Blotting. A concentração sérica de graxos sobressaem-se como importantes instrumentos nas ações
adiponectina foi maior no grupo T (C = 22,7 ± 2,7; T = 31,4 ± 4,2). nutricionais, sob perspectiva nutrigenômica. Apoio: Fapesp.
O tecido adiposo retroperitoneal apresentou aumento na expressão
proteica de TLR-4 no grupo T em relação ao controle (C = 100 ± 4,2; CO.06 INFLUÊNCIA DA RESISTÊNCIA INSULÍNICA NA
T = 268,3 ± 26,7). A expressão proteica de Adipo-R1 do grupo T foi ASSOCIAÇÃO ENTRE MARCADORES INFLAMATÓRIOS E
maior somente no EDL, em relação ao controle (C = 100 ± 7,2; T = SUBCLÍNICOS DE ATEROSCLEROSE EM ADOLESCENTES
177,7 ± 6,1). Esses resultados demonstram que a ingestão de gordura OBESOS HIPERLEPTINÊMICOS
vegetal hidrogenada, rica em ácidos graxos trans, durante a gestação e
Sanches PL1, De Mello MT2, Elias N3, Piano A1, Fonseca FA4, Campos
a lactação, altera a concentração sérica de adiponectina acompanhada RMS1, Silva PL1, Carnier J1, Corgosinho FC1, Tock L1, Tufik S1, Dâmaso AR5
por alterações na expressão proteica de receptores TLR-4 e Adipo-R1 1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Nutrição, 2 Unifesp – Psicobiologia,
em tecidos insulinossensíveis, na prole na vida adulta, sugerindo pos- 3
Associação de Fundo de Incentivo à Psicofarmacologia (AFIP), 4 Unifesp –
síveis mecanismos para a resistência à insulina observada. Além disso, Medicina, 5 Unifesp – Nutrição, Biociências, Programa Interdisciplinar da Ciência
esses resultados evidenciam que, mesmo com a mudança para dieta da Saúde
controle após o desmame, as modificações dietéticas impostas durante
o início da vida refletem em alterações metabólicas na vida adulta, Introdução: O aumento epidêmico da obesidade no mundo vem
aumentando a probabilidade do desenvolvimento de doenças meta- sendo acompanhado pela crescente incidência e prevalência da re-
bólicas. Financiado por Fapesp 2008/57722-0. sistência insulínica (Muniyappa R. Endocrinol Metab Clin N Am.
2008;37:685). Essa comorbidade apresenta íntima associação com
outras doenças, sendo considerada um link entre a obesidade e as do-
CO.05 MECANISMO DE AÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS enças cardiovasculares, principalmente a aterosclerose (Reaven GM.
INSATURADOS (w-3 E w-9) NA REVERSÃO DA INFLAMAÇÃO Endocrinol Metab Clin N Am. 2008;37:581. Razani B. Endocrinol
E APOPTOSE EM NEURÔNIOS HIPOTALÂMICOS Metab Clin N Am. 2008;37:603). O objetivo do presente estudo foi
CONTROLADORES DA FOME E TERMOGÊNESE EM ANIMAIS verificar se a presença da resistência insulínica influencia a resposta e a
OBESOS E DIABÉTICOS (DM2)
associação entre marcadores inflamatórios e subclínicos de ateroscle-
Cintra DE1, Ropelle ER1, Contin Moraes J2, Morarij J2, Pauli JR1, De rose em adolescentes obesos hiperleptinêmicos submetidos a um ano
Souza CT3, Carvalheira JBC2, Saad MJA2, Velloso LA2
de intervenção interdisciplinar. Métodos: Sessenta e seis adolescentes
1
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Faculdade de Ciências
Aplicadas, 2 Unicamp – Faculdade de Ciências Médicas, 3 Universidade do
obesos hiperleptinêmicos foram divididos em dois grupos: com resis-
Extremo Sul Catarinense (Unesc) – Laboratório de Bioquímica e Fisiologia tência insulínica (CRI – n = 39) e sem resistência insulínica (SRI – n
= 27) e submetidos a um ano de intervenção interdisciplinar, incluin-
Introdução/Objetivo: A compreensão sobre a ação de nutrientes do atendimento clínico, nutricional, psicológico e exercício físico.
no controle hipotalâmico da fome e termogênese emergiu a nu- A espessura da íntima-média carotídea (EIMc) foi determinada por

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RESUMOS COMUNICAÇÕES ORAIS

ultrassonografia. Glicemia, insulinemia, HOMA-IR e concentração CO.08 O PAPEL DAS ADIPOCINAS NO BRONCOESPASMO
plasmática das adipocinas foram analisados antes e depois da interven- INDUZIDO PELO EXERCÍCIO EM ADOLESCENTES OBESOS SOB
ção. Resultados: Após a intervenção interdisciplinar, houve redução TRATAMENTO INTERDISCIPLINAR
de 59% para 27% na prevalência de RI entre os adolescentes. Ambos Silva PL1, Cheik NC2, Mello MT3, Sanches PL4, Piano A4, Carnier J4,
os grupos apresentaram melhoras na composição corporal (redução Masquio DCL5, Corgosinho FC4, Campos RMS6, Inoue D6, Oller do
da massa corporal total, IMC, gordura visceral e subcutânea) e estado Nascimento CM7, Oyama LMO8, Tock L9, Tufik S9, Dâmaso AR10
inflamatório (redução na concentração plasmática de leptina e PAI- 1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Pós-Graduação em Nutrição,
2
Universidade Federal de Uberlândia (UFU) – Faculdade de Educação Física,
1 e aumento da adiponectina e razão adiponectina/leptina). Porém, 3
Unifesp – Psicobiologia, 4 Unifesp – Nutrição,5 Unifesp, 6 Unifesp – Departamento
somente o grupo SRI apresentou melhoras na razão de adiposidade de Nutrição, 7 Unifesp – Fisiologia, 8 Unifesp – Ciências da Saúde, 9 Unifesp – Centro
subcutânea/visceral e correlação positiva entre mudanças na EIMc de Estudos em Psicobiologia e Exercício (CEPE),10 Unifesp – Nutrição, Biociências,
(∆EIMC) e mudanças na adiposidade visceral (∆Visc – r = 0,42 e p Programa interdisciplinar das Ciências da Saúde
= 0,04). O grupo CRI apresentou correlação negativa entre os valo-
res basais da EIMc e a razão de adiposidade subcutânea/visceral (r = Introdução: O aumento nos depósitos de tecido adiposo tem sido
-0,34 e p = 0,04) e correlação positiva entre EIMc e resistina (r = 0,36 associado com reduções nos volumes pulmonares e ocorrência de
e p = 0,03). Porém, a redução da EIMc não se correlacionou à me- broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE). Muitas questões per-
lhora de nenhum outro parâmetro neste grupo. Conclusão: Pacien- manecem ao se considerarem o tratamento e fatores de risco associa-
tes com resistência insulínica apresentaram associação positiva entre dos com essa complexa condição. Portanto, o objetivo do presente
o marcador inflamatório resistina e a EIMc, sugerindo que o quadro estudo foi avaliar o papel das adipocinas no broncoespasmo induzido
de resistência insulínica pode ser um importante elo entre obesidade, pelo exercício em adolescentes submetidos a terapia interdisciplinar.
inflamação e desenvolvimento precoce de aterosclerose. Métodos: Trinta e cinco adolescentes obesos, incluindo 20 sem BIE
[índice de massa corporal (IMC), 36 ± 5 kg/m] e 15 com BIE (IMC,
36 ± 5 kg/m), participaram do estudo. A composição corporal foi
CO.07 DIETA E TREINAMENTO FÍSICO MELHORAM A mensurada pela pletismografia, usando-se o BOD POD Body Compo-
SENSIBILIDADE QUIMIORREFLEXA EM PACIENTES COM sition System, e a gordura visceral e subcutânea foram avaliadas pelo
SÍNDROME METABÓLICA E APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO ultrassom. As concentrações séricas de adiponectina e leptina foram
Maki-Nunes C1, Toschi-Dias E1, Rondon MUPB1, Alves MJNN1, Drager LF2, analisadas. A frequência de BIE e a função pulmonar foram avaliadas
Costa COPC2, Fraga RF2, Lorenzi Filho G3, Negrão CE1, Trombetta IC1 de acordo com os critérios da American Thoracic Society. Os pacien-
1
Instituto do Coração (InCor), Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina tes foram submetidos a um ano de terapia interdisciplinar consistindo
da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Reabilitação Cardiovascular e
Fisiologia do Exercício, 2 InCor, HCFMUSP – Hipertensão, 3 InCor, HC-FMUSP –
de terapia nutricional, psicológica, fisioterapêutica, clínica e exercício
Pneumologia físico. Resultados: Após tratamento, as variáveis antropométricas e
de função pulmonar melhoraram significantemente em ambos os gru-
Introdução: Pacientes com síndrome metabólica (SM) associada à ap- pos. Um resultado importante foi a redução da frequência de BIE
neia obstrutiva do sono (AOS) apresentam hiperativação simpática e e das concentrações de leptina, enquanto os níveis de adiponectina
aumento da sensibilidade quimiorreflexa. Testou-se a hipótese de que elevaram. Entretanto, os voluntários do grupo BIE positivo, perma-
dieta hipocalórica (D) associada a treinamento físico (TF) diminuirá: neceram com hiperleptinemia. Além disso, O VEF1 (volume expirató-
a atividade nervosa simpática muscular (ANSM) basal, a sensibilidade rio forçado no primeiro segundo) foi fator de proteção da ocorrência
quimiorreflexa da ANSM, a gravidade da AOS e os fatores de risco da de BIE na avaliação basal e, após a terapia, foi correlacionado com
SM. Métodos: Pacientes com SM (ATP-III) foram alocados: 1) SM mudanças nas variáveis antropométricas, VO2 máximo e adipocinas.
+ AOS (n = 12, 52 ± 2 anos); e 2) SM-AOS (n = 11, 43 ± 2 anos). Conclusão: No presente estudo, foi demonstrado que um ano de te-
AOS foi determinada por índice de apneia-hipopneia (IAH) ≥ 15 rapia interdisciplinar foi eficiente na redução da frequência de BIE em
eventos/h (polissonografia). Foram avaliados a ANSM diretamente adolescentes obesos, acompanhado da melhora da função pulmonar e
no nervo fibular pela microneurografia e o VO2pico pela ergoespiro- perfil inflamatório.
metria. Foram testadas a sensibilidade quimiorreflexa periférica pela
inalação hipóxica – 10%O2 e 90%N2 – e a sensibilidade quimiorreflexa
central pela inalação hipercápnica – 7%CO2 e 93%O2 – por 3 min. To- CO.09 ALEITAMENTO MATERNO E PESO AO NASCER:
dos os pacientes com SM foram submetidos a D (-500 kcal/dia) e TF INFLUÊNCIA NAS CONCENTRAÇÕES PLASMÁTICAS DE
aeróbio por quatro meses. Análise estatística: ANOVA-2 fatores para ADIPONECTINA E RESISTINA EM ADOLESCENTES OBESOS
medidas repetidas (post-hoc de Scheffé). Resultados: Após a interven- Masquio DCL1, Piano A2, Carnier J2, Oyama LM3,
ção, SM + AOS e SM - AOS tiveram redução semelhante do peso Oller do Nascimento C3, Tufik S4, De Mello MT4, Dâmaso AR5
corporal, circunferência abdominal, PA sistólica e diastólica e aumento 1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Programa de Pós-Graduação
do VO2pico. SM + AOS reduziu o IAH (38 ± 6 vs. 20 ± 4 eventos/ Interdisciplinar em Ciências da Saúde, 2 Unifesp – Programa de Pós-Graduação
em Nutrição, 3 Unifesp – Fisiologia, 4 Unifesp – Psicobiologia, 5 Unifesp – Biociências,
hora, P = 0,02) e aumentou a saturação mínima de O2 durante a po- Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde e em
lissonografia (78 ± 0,1 vs. 83 ± 0,1%, P = 0,002). Ambos os grupos Nutrição
diminuíram a ANSM basal e durante a hipóxia (SM + AOS, 42 ± 2 vs.
34 ± 2 disparos/min, P = 0,03; SM - AOS, 37 ± 4 vs. 27 ± 2 disparos/ Introdução: A programação metabólica é definida como um fenô-
min, P = 0,04). Somente SM + AOS teve redução da ANSM durante a meno biológico no qual experiências nutricionais e intrauterinas,
hipercapnia (40 ± 2 vs. 31 ± 1 disparos/min, P = 0,0004). Conclusão. durante período crítico do desenvolvimento, influenciam o metabo-
Em pacientes com SM, D + TF diminuiu a sensibilidade quimiorrefle- lismo e o desenvolvimento humano, predispondo a doenças. A adi-
xa periférica. Adicionalmente, em pacientes com SM + AOS, D + TF ponectina é um hormônio proteico produzido pelo tecido adiposo
diminuiu a gravidade da AOS e a sensibilidade quimiorreflexa central. e encontrado também no leite materno, que possui propriedades
Esses achados sugerem que intervenções como D + TF podem dimi- antidiabéticas, antiateroscleróticas e anti-inflamatórias, enquanto a
nuir o risco cardiovascular nesses pacientes. Agradecimentos e ajuda resistina possui papel inflamatório. Objetivo: Verificar a influência do
financeira: Este estudo foi financiado pelo Conselho Nacional de Pes- aleitamento materno exclusivo e do peso ao nascer nas concentrações
quisa (CNPq # 476385/2006-7), Fundação de Amparo à Pesquisa do plasmáticas de adiponectina e resistina em adolescentes obesos. Me-
Estado de São Paulo (Fapesp # 2005/59740-7) e, em parte, pela Fun- todologia: Realizou-se um estudo transversal, no qual participaram
dação Zerbini. Apoio: CMN (Coordenação de Aperfeiçoamento de 118 adolescentes obesos entre 14 e 19 anos. Mensurou-se a massa
Pessoal de Nível Superior – Capes), ETD (CNPq # 140643/2009-5), corporal, estatura, índice de massa corporal (IMC), circunferência da
MUPBR (CNPq # 303518/2008-1), CEN (CNPq # 302146/2007- cintura, composição corporal e concentrações plasmáticas de adipo-
5), ICT (CNPq # 306931/2006-0 e Fapesp # 2008/03714-6). nectina e resistina. Informações sobre o tempo de aleitamento ma-

S37
RESUMOS COMUNICAÇÕES ORAIS

terno exclusivo (AME) e peso ao nascer (PN) foram coletadas por CO.11 EXERCÍCIO FÍSICO PROMOVE RESPOSTA ANTI-
meio de entrevista com os pais dos adolescentes. A análise estatística INFLAMATÓRIA NO TECIDO HIPOTALÂMICO E REDUZ A
foi realizada por meio do software Statistica, considerando-se o ní- INGESTÃO ALIMENTAR EM ROEDORES OBESOS
vel de significância de p < 0,05. Resultados: Verificou-se que ado- Ropelle ER1, Cintra DE2, Pauli JR3, Rocha GZ4, De Souza CT5, Oliveira
lescentes que receberam AME por seis meses, quando comparados AG4, Guadagnini D6, Marin R4, Saad MJA4, Carvalheira JBC4
aos que nunca receberam AME, apresentaram valores inferiores de 1
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Faculdade de Ciências
massa corporal (kg), IMC (kg/m) e circunferência da cintura (cm). Aplicadas (FCA), 2 Unicamp, FCA, Limeira/SP – Nutrigenômica, 3 Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp), Santos/SP – Departamento de Biociências,
O grupo que recebeu AME entre um e cinco meses apresentou con- 4
Unicamp – Clínica Médica, 5 Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) –
centrações plasmáticas de adiponectina significativamente superio- Laboratório de Bioquímica e Fisiologia, Criciúma/SC – Laboratório de Bioquímica
res (6,428 uU/l), quando comparado ao grupo que nunca recebeu e Fisiologia, Santa Catarina, Criciúma, SC, 6 FCM-Unicamp – Clínica Médica
AME (4,966 uU/l). Verificou-se, ainda, que adolescentes nascidos
com peso adequado apresentaram concentrações superiores de adi- A ingestão alimentar e o gasto energético são minuciosamente regu-
ponectina (5,355 uU/l), quando comparados com aqueles que nas- lados por neurônios específicos localizados no hipotálamo. Estudos
ceram com baixo peso (3,987 uU/l). Observou-se, também, que a apontam que a inflamação subclínica e o estresse de retículo endoplas-
concentração plasmática de resistina correlacionou-se positivamente mático (RE) observados na obesidade são responsáveis pela resistência
com a massa corporal (r = 0,313, p = 0,012), a gordura corporal (r = a insulina e leptina no hipotálamo e resultam em aumento da ingestão
0,339, p = 0,007) e a porcentagem de gordura corporal (r = 0,279, alimentar e ganho de peso. Dessa forma, estratégias para reduzir a
p = 0,026) e negativamente com a porcentagem de massa magra (r = inflamação e melhorar a ação da insulina e leptina no hipotálamo são
-0,279, p = 0,026). Conclusão: A oferta de AME e o peso ao nascer de grande interesse para prevenir e tratar a obesidade. Objetivo: In-
adequado melhoram a composição corporal e parecem exercer influ- vestigar os efeitos do exercício físico e da interleucina-6 (IL-6) sobre
ência nos parâmetros antropométricos e nas concentrações plasmáti- a inflamação, o estresse de RE e a sensibilidade a insulina e leptina
cas de adiponectina e resistina em adolescentes obesos, devendo esses no hipotálamo e relacionar esses efeitos com a ingestão alimentar em
fatores ser considerados na prática clínica. roedores obesos. Materiais e métodos: Western Blot, microscopia
confocal, hibridização in situ, RT-PCR, camundongos transgênicos
e animais obesos foram utilizados para avaliar os efeitos do exercí-
CO.10 MODELO DE OBESIDADE ASSOCIADA À RESISTÊNCIA cio sobre os sinais anorexígenos no tecido hipotalâmico. Resultados:
À AÇÃO DA INSULINA E INTOLERÂNCIA À GLICOSE INDUZIDA O exercício físico aumentou a ação da insulina e leptina no hipotálamo
POR DIETA HIPERLIPÍDICA e reduziu em 35% a ingestão alimentar em ratos e camundongos obe-
White PAS1, Araújo JMD2, Cercato LM2, Souza LA2, Soares AF2, Barbosa sos. Observou-se que a redução da ingestão foi decorrente do aumen-
APO1, Neto JMR3, Marçal AC4, Camargo E5, Santos1, Brito LC2 to da expressão das citocinas IL-6 e IL-10 em neurônios, que foram
1
Universidade Federal de Sergipe (UFS) – Departamento de Fisiologia, 2 UFS – capazes de reduzir a fosforilação do IKKb e do estresse de RE no
Núcleo de Nutrição, 3 Universidade Tiradentes (Unit) – Departamento de Farmácia, hipotálamo. A infusão isolada dessas moléculas no hipotálamo de ratos
4
UFS – Departamento de Morfologia, 5 UFS – Fisiologia
obesos sedentários mimetizou os efeitos do exercício sobre a ingestão.
A obesidade é definida como uma síndrome caracterizada pelo acú- Por outro lado, o exercício não reverteu a inflamação e estresse de
mulo excessivo de tecido adiposo no organismo. Atualmente, é consi- RE no hipotálamo em camundongos transgênicos com deficiência na
derada uma doença epidêmica global, sendo responsável pela também produção de IL-6 e IL-10. Conclusão: Assim, demonstrou-se que a
alarmante prevalência do diabetes tipo 2 e de diversas doenças cardio- IL-6 e a IL-10 são importantes contribuintes fisiológicos responsáveis
vasculares. Para melhor compreender os elementos envolvidos na fi- pela melhora da ação central da insulina e da leptina. A restauração da
siopatologia da obesidade, assim como fornecer subsídios que possibi- sensibilidade de neurônios envolvidos no controle da saciedade pro-
litem a criação de novas terapêuticas para o tratamento dessa doença, movida pelo exercício representa uma importante estratégia terapêuti-
pesquisadores utilizam-se, cada vez mais, de modelos experimentais ca no combate à obesidade.
obtidos a partir de indução por dieta hiperlipídica. Esse modelo re-
flete de forma mais semelhante as alterações metabólicas encontradas CO.12 INTERVENÇÃO NUTRICIONAL E ADESÃO AO
na obesidade humana. Diante disso, este estudo teve como propósito TRATAMENTO EM PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA
validar um modelo de obesidade induzida por dieta hiperlipídica asso- ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO TERCIÁRIO DE PORTO
ciada à resistência à insulina e intolerância à glicose, em um período de ALEGRE/RS
10 semanas. Para tanto, foram utilizados 16 camundongos Swiss, os Busnello FM1, Santos ZA2, Bodanese LC3, Pellanda LC4, Freitas BB,
quais, após período de adaptação, foram divididos em dois grupos que Ferreira AS5
receberam dieta-padrão (DP) ou dieta hiperlipídica – 60% de lipídios 1
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) – Nutrição,
(DH), durante 10 semanas. Ao final do experimento, foram avaliados 2
Centro Metodista, Instituto Superior de Educação do Instituto Porto Alegre da
Igreja Metodista (IPA) – Nutrição, 3 Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade
consumo alimentar e hídrico, peso corporal, peso dos coxins adipo-
do Rio Grande do Sul (PUCRS) – Cardiologia, 4 UFCSPA – Saúde Coletiva,
sos, glicemia, sensibilidade à insulina e tolerância à glicose, além dos 5
PUCRS – Nutrição
níveis de lipídios (colesterol total, triglicerídeos e HDL) e proteína C
reativa (PCR) séricos. Os resultados obtidos mostram que, embora Introdução: A síndrome metabólica representa um conjunto de fato-
o grupo DP tenha apresentado maior consumo de água (p < 0,01) e res de risco associados a doenças cardiovasculares e ao diabetes melito
ração (p < 0,001), o grupo DH apresentou maior média de ganho de tipo 2. O tratamento inclui a associação de mudanças no estilo de vida,
peso (p = 0,018), de peso dos coxins adiposos (p < 0 0001), índice de dieta, atividade física regular e uso de medicamentos. A adesão ao tra-
adiposidade (p < 0,0001) e glicemia (p = 0,0082), além de maior área tamento desempenha papel crucial no sucesso do tratamento da doen-
sob a curva obtida no teste de tolerância à insulina (p < 0,0001) e no ça. Objetivo: Avaliar dois modelos de intervenção dietoterápica, um
teste de tolerância à glicose (p = 0,0082). Com relação aos parâmetros modelo convencional e um modelo intensivo, e a relação com a adesão
bioquímicos, não foi observada diferença significativa em nenhum dos ao tratamento e o impacto na melhora clínica de pacientes com síndro-
lipídios avaliados. Entretanto, houve tendência ao aumento nos níveis me metabólica. Métodos: Ensaio clínico randomizado, com duração
da PCR do grupo DH (p = 0,069) quando comparado ao DP. Assim de quatro meses. Os pacientes foram randomizados em dois grupos:
sendo, os dados indicam que foi validado um modelo de obesidade grupo intervenção e grupo controle. Todos os pacientes foram orien-
induzida por dieta hiperlipídica associado à resistência insulínica e in- tados a seguir uma dieta específica por quatro meses. O grupo in-
tolerância à glicose, durante um período de 10 semanas, que, por sua tervenção recebeu um pacote de intervenção, que constava de dieta
vez, pode ter conduzido também a um quadro de inflamação, caracte- individualizada, manual de orientação para pacientes com síndrome
rizada pelo aumento nos níveis da PCR. metabólica, aconselhamento via telefone e material educativo sobre a

S38
RESUMOS COMUNICAÇÕES ORAIS

doença. Em ambos os grupos foram realizados anamnese clínica nu- CO.14 EFFECT OF CONCOMITANT TREATMENT OF GLUCOSE
tricional, avaliação antropométrica, avaliação dietética, orientação de AND METHYLGLYOXAL IN HUMAN LYMPHOCYTES – BENEFICIAL
dieta individualizada e exames bioquímicos. Resultados: Os pacientes EFFECT OF ASTAXANTHIN AND VITAMIN C
que chegaram mais motivados foram aqueles que tiverem maior redu- Bolin AP1, Guerra BA1, Nascimento SJS1, Campoio TR1, Otton R1
ção nos valores do índice de massa corporal (p < 0,001), que reduziu 1
Universidade Cruzeiro do Sul – Laboratório de Fisiologia Celular
de 31,7 kg/m² (dp ± 3,9) para 30,9 kg/m² (dp ± 3,8); na circunfe-
rência abdominal a redução foi de 108,1 cm (dp ± 9,8) para 105,9 cm Reactive dicarbonyl intermediates such as methylglyoxal (MGO) are
(dp ± 9,5). As associações estatisticamente significativas se deram nas potent precursors of advanced glycation end products (AGEs). The
correlações entre índice de massa corporal, glicemia e triglicerídeos, generation of AGEs is one of the principal mechanisms that lead to
redução do consumo de leite integral (p = 0,002), aumento no con- the pathologies associated with diabetes. The MGO concentration is
sumo de cereais integrais (p = 0,008) e de leite desnatado (p = 0,010) increased in the blood and tissues of diabetic patients and is believed
e entre o aumento no consumo de vegetais e a redução dos triglicerí- to be linked to the development of chronic complications of diabetes.
deos. Conclusão: Ambos os grupos mostraram melhora significativa Immunological damages caused by glycation may be responsible for
de diversos parâmetros clínicos, que foi significativamente associada increased susceptibility to infections in diabetic patients. The aim of
à motivação prévia. Os pacientes que chegaram mais motivados fo- the present study was to evaluate the effect of high glucose and MGO
ram aqueles que responderam melhor ao tratamento. Palavras-chave: as inducer of oxidative stress in human lymphocytes and the possible
protective role of astaxanthin (ASTA) and vitamin C (Vit.C). Lym-
Adesão ao tratamento, síndrome metabólica, dieta. Esta pesquisa foi
phocytes from healthy subjects were obtained through the collection
realizada no Centro de Pesquisas Clínicas do Hospital São Lucas da
of human peripheral blood. After isolation, cells (1x10/mL) were cul-
PUCRS e patrocinada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pes-
tured and treated with glucose (20 mM) and MGO (30 µM) added
soal do Nível Superior (Capes).
or not with ASTA (2 µM) and Vit.C (100 µM). The following assays
were performed: proliferative capacity of lymphocytes stimulated by
CO.13 THE ASSOCIATION AMONG BMI, SLEEP QUALITY AND concanavalin A (Con A-20 µg/mL) and LPS (100 µg LPS/mL). The
MID-SLEEP PHASE WITH USE OF ANTIHYPERTENSIVE DRUGS production of reactive oxygen species (ROS) were evaluated by measu-
Harb A1, Levandovski R1, Allebrandt K2, Roenneberg T2, Bernardi F1, ring the intracellular content of O.- (dihydroetidium assay-DHE), NO.
Hidalgo MP1 (Griess reagent), intracellular H2O2 (fenol red reagent) and total ROS
1
Clinical Hospital of Porto Alegre (HCPA) – Human Chronobiology Program, (DCFH-DA probe). Intracellular reduced glutathione (GSH) levels
2
Ludwig-Maximilians-Universität – Institute for Medical Psychology were measured using the 5,5’dithiobis-2-nitrobenzoic acid (DTNB).
A significant decrease on T-lymphocyte proliferative capacity was ob-
Hypertension is one the most important clinical disorders in public served in cells treated with glucose + MGO and treatment with ASTA
health and has become a global epidemic disease. It is also a risk factor + Vit.C (AVGM group) was not able to restore proliferative capacity
for a series of pathological conditions such as cardiovascular diseases. to control levels. The production of superoxide anion and hydrogen
Recent studies have indicated that low sleep quality is a risk factor for peroxide was significantly reduced in AVGM group compared with the
adult hypertension. Objective: The objective of this study was to in- group treated with glucose + MGO. The production of NO decreased
vestigate the association of sleep quality and mid-sleep phase with the in the presence of glucose + MGO compared to treatment with ASTA
use of antihypertensive drugs. Design: cross-sectional study. A total + Vit.C. Intracellular GSH/GSSG ratio was decreased in lymphocytes
of 1,047 subjects (351 men and 696 women) with an average age from glucose + MGO group as compared to ASTA + Vit.C group.
of 44 ± 12 years, living in an essentially rural area in south of Brazil. In summary, high glucose and MGO significantly alters human lym-
The population is a community of German descendants, significantly phocytes functions as shown by changes in proliferative capacity and
homogeneous in terms of culture, socio-economic level, biological ROS production. ASTA and Vit.C demonstrates a potential role as
factors, and daily exposure to environmental light. Main outcome me- antioxidant against oxidizing agents generated from a hyperglycemic
asures: sleep quality was evaluated using the Pittsburgh Scale (PSQI), state. Financial support: Fapesp (2009/14382-7; 2010/03304-2).
and mid-sleep phase using the Munich Chronotype Questionnaire
(MCTQ). An antihypertensive drug was measured by self-reported CO.15 IS L-THYROXINE WELL ABSORBED BY THE MODIFIED
information through the use of standard drugs according to pharma- GASTRO-INTESTINAL SYSTEM AFTER A ROUX-EN-Y BARIATRIC
cological ATC codes (adrenergic receptor agonists and antagonists, SURGERY?
calcium channel blockers, beta blocking agents and diuretics). Re- Rubio IGS1, Santo MA2, Medeiros-Neto G1
sults: In this study, 20.4% (N = 214) of the participants reported use 1
Hospital das Clínicas of University of São Paulo Medical School (HCFMUSP) –
of antihypertensive drugs. Mean of BMI, 26.00 ± 4.75; range 14.69 Department of Medicine, 2 HCFMUSP – Division of Surgery
to 47.34. Subjects using antihypertensive drugs showed significantly
lower mid-sleep phase (t test = -4.82: p < 0.0001), poor sleep quality Absorption of L-thyroxine (LT4) tablets depends on its dissolution in
(Man-Whitney test; p < 0.0001), and higher BMI (t test 10.82; p < gastric acid secretion followed by absorption mainly in the jejunoileal
0.0001), and age (t test 14.69; p < 0.0001) than those not using an- segment of the gastric tube (53%). Morbid obese patients may have an
tihypertensive drugs. There were no difference between genders (chi- impaired LT4 absorption after intestinal by-pass surgery (Azizi et al.,
-square; p = 0.224), smoking status (chi-square; p = 0.487), and sleep 1979; Bevan et al., 1986). However the methods for this evaluation
duration on free (t test -1.36: p = 0.174) and work days (t test 0.35: p were not convincing. Therefore we decided to study morbidly obese
= 0.582). BMI, PSQI and mid-sleep phase were independent factors patients for LT4 absorption before and within 6 months of the surgi-
predicting the use of hypertension drugs (r = 0.25, F = 57.60, p < cal procedure using a nonisotopic methodology. Two baseline samples
0.0001) using multilinear regression model. Conclusion: In spite of were collected and 600 µg of oral LT4 was administered. Blood sam-
the fact this was a cross-section study, there was a clear association of ples were collected at 30, 60, 120, 180, 240, 300, and 1440 minutes.
poor sleep quality, and an advanced mid-sleep phase with the use of Serum free T4 (FT4), total T4 (TT4) and TSH were measured. The
antihypertensive drugs. This work was supported by Probral/Capes/ increase in TT4, FT4 and TSH (DTT4, DFT4, DTSH) was calculated
subtracting the baseline mean value. Initially, LT4 absorption test was
Brazil, PNPD/Capes, Fipe/HCPA, UFRGS (for MPH, RML, and
conducted in five patients, before and after surgery. We detected a delay
GD), Univates (undergraduate scholarships), Euclock and DAAD/
in TT4 maximum after surgery and some LT4 absorption parameters
Germany (KA,TR).
were higher after surgery. Therefore we have expanded the study to
References include 10 other patients to complete the NS (before surgery) group
1. Buysse DJ. Psychiatry Res. 1989;28(2):193-213. 2. Roenneberg (n = 15) (12 women and 3 men, mean age 36 ± 13 years, BMI 43.1 ±
T. J Biol Rhythms. 2003;18:80-90. 4 kg/m) for whom bariatric surgery was planned. We also included 10

S39
RESUMOS COMUNICAÇÕES ORAIS

other patients to complete the S group (after surgery) (n = 15) (13 wo- culação quanto no tecido adiposo visceral. O receptor canabinoide
men and 2 men, mean age 44.9 ± 12 years, mean BMI 37.3 ± 4 kg/m) CB1 parece estar envolvido na captação de glicose, no entanto nada
who had undergone Roux-en-Y bariatric surgery 2 to 6 months before se sabe a respeito da possível regulação desse receptor sobre a expres-
inclusion in the study. We also evaluated serum leptin in both groups são do transportador de glicose GLUT4, que é codificado pelo gene
(NS group 55.4 ± 29.7 ng/mL, S group 29.7 ± 15.28 ng/mL). The Slc2a4. O objetivo do presente trabalho foi investigar a modulação
pharmacokinetics parameters of LT4 absorption, maximum of DTT4, da expressão de GLUT4 pelo receptor CB1. Para tanto, adipócitos
area under the curve (AUC) of DTT4 and DFT4 were significantly da linhagem 3T3-L1 foram incubados na presença de um antagonis-
higher in the S group compared with the NS group (p < 0.05). Serum ta seletivo para o receptor CB1, o AM251 [1-(2,4-diclorofenil)-5-
TSH and leptin levels were significantly higher in the NS group (p = -(4-iodofenil)-4-metil-N-1-piperidinil-1H-pirazol-3-carboxamida].
0.016 and 0.026, respectively), whereas DTSH and the AUC of DTSH Após 2, 4 ou 24 horas de tratamento, amostras de células foram cole-
were similar between groups. In conclusion, following bariatric surgery, tadas para a avaliação de mRNA (real-time PCR) e proteína (Western
the new gut configuration with the jejunoileal segment positioned im- Blotting) de GLUT4, além da ativação de NFkappaB especificamen-
mediately below the stomach pouch may compensate the gastric acid te na região promotora do gene Slc2a4 (EMSA). A incubação com
reduction, resulting in LT4 absorption similar but with a significant AM251 por 4 ou 24 horas aumentou expressivamente o conteúdo
delay as compared with morbidly obese patients with an intact stomach. da proteína GLUT4 (p < 0.001), mas não alterou a expressão do
mRNA de GLUT4. Um aumento significativo do mRNA de GLUT4
(p < 0.001) foi observado somente após duas horas de incubação.
CO.16 ASSOCIAÇÃO ENTRE SEVERIDADE DA COMPULSÃO
ALIMENTAR PERIÓDICA E NÍVEIS DE LEPTINA EM CRIANÇAS E Adicionalmente, o antagonismo de CB1 por 24 horas resultou em
ADOLESCENTES OBESOS diminuída ligação de NFkappaB à região promotora do gene Slc2a4.
Em conclusão, os resultados obtidos até o momento mostram que a
Fujiwara CTH1, Melo ME1, Lui Reinhardt H1, Fernandes AE1, Cercato C2,
Halpern A2, Mancini MC1 inibição de CB1 aumenta expressivamente a expressão de GLUT4
1
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
em adipócitos. Possivelmente, o fator transcricional inflamatório
Paulo (HCFMUSP) – Liga de Obesidade Infantil, Disciplina de Endocrinologia NFkappaB desempenha um papel importante na modula­ção crô-
e Metabologia, Laboratório de Carboidratos e Radioimunoensaio (LIM/18), nica do gene Slc2a4 pelo receptor CB1. Fapesp (08/09194-4 e
2
HCFMUSP – Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica, Disciplina de
Endocrinologia e Metabologia
07/50554-1).

Níveis elevados de leptina e sintomas de compulsão alimentar são acha-


CO.18 ASSOCIAÇÃO INDEPENDENTE ENTRE ADIPONECTINA
dos frequentes em crianças e adolescentes obesos. O objetivo deste tra- TOTAL E GLICEMIA DE JEJUM EM PACIENTES COM
balho é investigar a relação entre a severidade da compulsão alimentar HIPERTENSÃO ARTERIAL
periódica (CAP), níveis séricos de leptina e perfil metabólico em crian-
Marcadenti A1, Matte U2, Moreira LB1, Gus M1, Wiehe M3, Fuchs F1,
ças e adolescentes obesos. O presente estudo compreendeu 213 indiví- Fuchs SC1
duos de 7 a 17 anos de idade (12,6 ± 2,6 anos), candidatos a tratamento 1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – Departamento de
de obesidade. Foram avaliados dados antropométricos, fatores de risco Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – Cardiolab Hipertensão,
cardiometabólico e níveis séricos de leptina. A Escala de Compulsão Ali- 2
Hospital de Clínicas de Porto Alegre – Serviço de Terapia Gênica, 3 Hospital de
mentar Periódica (ECAP), um questionário autoaplicável para avaliação Clínicas de Porto Alegre – Serviço de Cardiologia
da gravidade da CAP em indivíduos obesos, foi utilizada para classificar
os pacientes em grupos. Foi verificado que 50,2%, 34,8% e 15,0% dos Introdução: Adiponectina plasmática modula sensibilidade à insulina;
pacientes se enquadravam nos critérios para CAP ausente, moderada e metabolismo lipídico e mecanismos de controle podem estar alterados
severa, respectivamente. Foram encontradas correlações positivas entre em indivíduos com hipertensão, com prevalência elevada de obesidade
níveis séricos de leptina e escore da ECAP (p < 0,001) e entre leptina, e diabetes melito. Objetivos: Avaliar se associação entre adiponecti-
peso e IMC (p < 0,001). O grupo de CAP severa apresentou nível sérico na total plasmática e glicemia de jejum é independente de obesidade
mais elevado de leptina (p < 0,001) em relação aos demais grupos. Ou- central em pacientes com hipertensão arterial. Delineamento: Estudo
tros parâmetros metabólicos não revelaram diferenças estatisticamente transversal. Pacientes: Indivíduos com 18 a 80 anos, com pressão (PA)
significantes. Leptinemia mais elevada apresentou relação com o agrava- ≥ 140/90 mmHg, obtida pela média de seis aferições, ou em uso
mento dos sintomas de CAP em nossa coorte de crianças e adolescentes de anti-hipertensivos, selecionados em ambulatório de hipertensão de
obesos. Outros estudos encontraram em indivíduos obesos com CAP hospital de referência. Métodos: Pacientes foram entrevistados e an-
níveis de leptina mais elevados do que o esperado para o peso corporal. tropometria – circunferências da cintura (CC, cm) e do quadril – peso
Dessa forma, é possível que a leptinemia seja um marcador mais sensível (kg) e altura (m) foram aferidos em duplicata, e a média foi utilizada
de alterações metabólicas que ocorrem durante os episódios de CAP do para calcular razão cintura-quadril (RCQ) e IMC (kg/m2). Glicemia
que medidas antropométricas e outros parâmetros metabólicos. A sensi- foi obtida com jejum de 12 horas e adiponectina total foi quantificada
bilidade prejudicada à leptina circulante poderia ser um dos mecanismos por meio de ELISA (Alpco Immunoassays®). Os dados foram expres-
envolvidos na patogênese e que contribuiria para a manutenção dos epi- sos em média ±DP ou percentual. Utilizou-se correlação de Pearson
sódios de CAP nesses indivíduos. Bolsa de IC da Fapesp (Fundação de ou Spearman para avaliar associação e regressão linear múltipla para
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) 08/06382-4. testar sua independência. Resultados: Entre 166 participantes avalia-
Referências dos, 63% eram mulheres, tinham 60 ± 10,9 anos, com pressão sistólica
de 146,9 ± 17,8 mmHg, IMC de 29,8 ± 5,3 kg/m2, RCQ de 0,94 ±
1. Adami GF. Int J Obes Relat Metab Disord. 2002;26:1125. 0,06 e CC de 100,3 ± 10,9 cm, adiponectina total plasmática de 7,7
2. D´Amore A. Int J Obes Relat Metab Disord. 2001;25:373. 3. Frei- ± 6,5 ng/ml e glicemia de jejum de 100,1 ± 36,2 mg/dl. Não houve
tas S. Rev Bras Psiquiatr. 2001;23:215. correlação entre adiponectina e IMC, mas correlação negativa com
RCQ (r = -0,35; P = 0,001), CC (r = -0,28; P = 0,001) e glicemia de
CO.17 BLOQUEIO DO RECEPTOR CB1 AUMENTA A EXPRESSÃO jejum (r =-0,22; P = 0,005) e positiva com idade (r = 0,16; P = 0,001).
DA PROTEÍNA TRANSPORTADORA DE GLICOSE GLUT4 Análise de regressão linear múltipla mostrou associação inversa entre
Furuya DT1, Poletto AC2, Freitas HS3, Machado UF1 adiponectina e glicemia de jejum (B = -1,29; SE = 0,52; P = 0,01)
1
Universidade de São Paulo (USP) – Fisiologia e Biofísica, 2 Instituto de Ciências
após ajuste para sexo, idade e IMC. A magnitude da associação não se
Biomédicas (ICB) – Fisiologia e Biofísica, 3 USP – ICB modificou substancialmente com a inclusão adicional de RCQ no mo-
delo. Conclusão: Associação negativa entre adiponectina e glicemia
Na obesidade, o sistema endocanabinoide encontra-se hiperativado, de jejum é independente de mecanismos de controle, via obesidade
resultando em aumento dos níveis de endocanabinoides tanto na cir- geral e central em pacientes com hipertensão.

S40
RESUMOS COMUNICAÇÕES ORAIS

CO.19 A PARTICIPAÇÃO DA Akt NA REGULAÇÃO DA fosfatase alcalina 432 U/L (normal < 104); Ca urinário de 24h 6,60
EXPRESSÃO DE GLUT4 INDUZIDA PELA INSULINA NO MÚSCULO mg/vol (normal > 100). Radiografias revelaram fraturas de costelas e
SÓLEO pseudofraturas de tíbia, lesões em sal e pimenta no crânio e áreas de
Moraes PA1, Machado UF1 reabsorção subperiostal nas falanges. A densidade mineral óssea estava
1
Universidade de São Paulo (USP) – Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) reduzida, e a cintilografia com Tc-MDP mostrava sinais de grande
atividade em crânio, costelas e locais das fraturas patológicas. Uma
Introdução: A sensibilidade insulínica é bastante sensível aos níveis biópsia óssea transilíaca confirmou diagnóstico de osteomalácia. O tra-
de proteína GLUT4 nos tecidos insulinossensíveis como o musculoes- tamento inicial envolveu suplementação de 3 g de Ca elementar por
quelético. O aumento do conteúdo proteico de GLUT4 nesses teci- dia VO e 600.000 U de ergocalciferol IM a cada 21 dias. Após um
dos está relacionado com melhorias na sensibilidade insulínica. Assim, mês, a paciente relatou melhora da dor; com seis meses levantava-se
o conhecimento e o controle dos mecanismos envolvidos na regulação sem auxílio e após um ano deambulava sem apoio. Houve ganho de
da expressão de GLUT4 podem levar ao tratamento de doenças as- massa óssea nos primeiros seis meses e tendência à normalização dos
sociadas à resistência insulínica como a obesidade e o diabetes tipo exames laboratoriais, exceto pela calciúria, que se mantém baixa apesar
2. Objetivo: Investigar o papel da insulina na regulação da expressão dos níveis séricos elevados de vitamina D, o que demonstra espantosa
de GLUT4 no músculo sóleo de ratos e os mecanismos envolvidos dificuldade na absorção de cálcio. Níveis baixos de 25-OH vitamina
nessa regulação. Materiais e métodos: Músculos sóleos de ratos Wis- D são frequentes na população obesa, tanto pela baixa exposição solar
tar jejuados por 48 horas foram extraídos e incubados em tampão de quanto pelo sequestro no tecido adiposo, o que pode ser ainda agra-
Krebs por 3 horas, adicionado ou não com insulina regular (16,7 nM), vado por tratamentos que comprometam absorção do cálcio e dos
rapamicina (25 nM), wortmanina (10 nM) e ML-9 (50 µM). Nesses suplementos orais de vitamina D, como é o caso das DBPs. Este caso
tecidos, foram avaliados: o conteúdo proteico de GLUT4 e Akt (Wes- mostra dramaticamente como a monitorização pré e pós-operatória e
tern), o conteúdo de mRNA de HIF-1a, MEF2A, MEF2C, MEF2D e a valorização das queixas clínicas são essenciais no paciente candidato
GLUT4 (PCR) e a atividade de ligação do fator de transcrição MEF2 à cirurgia bariátrica em relação à DOM.
ao gene do GLUT4 (Gel Shift). Resultados: O músculo sóleo in-
cubado em tampão de Krebs adicionado de insulina apresentou um
aumento do conteúdo proteico total e mRNA de GLUT4 em relação CO.21 PSEUDOTUMOR CEREBRAL E OBESIDADE – PERDA
DE PESO COM MELHORA CLÍNICA DA HIPERTENSÃO
ao músculo incubado somente com tampão puro. A adição de wort-
INTRACRANIANA IDIOPÁTICA
manina e ML-9 na incubação reverteu a mudança promovida pela in-
sulina na expressão de GLUT4. A adição de rapamicina na incubação Nicolielo H1, Mancini MC2, Halpern B1, Melo ME2, Cercato C1,
Halpern A1
não teve efeito no conteúdo proteico de GLUT4. A incubação com 1
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
insulina aumentou a fosforilação de Akt, e esse efeito foi revertido Paulo (HCFMUSP) – Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica, Disciplina
pela adição de wortmanina e ML-9. O músculo sóleo incubado com de Endocrinologia e Metabologia, 2 HCFMUSP – Liga de Obesidade Infantil,
tampão e insulina não alterou o mRNA de HIF1a e MEF2C, mas Disciplina de Endocrinologia e Metabologia, Laboratório de Carboidratos e
Radioimunoensaio (LIM/18)
aumentou o mRNA de GLUT4, MEF2A e MEF2D. O músculo sóleo
incubado com insulina aumentou a atividade de ligação do fator trans-
A hipertensão intracraniana idiopática (HII), também conhecida
cricional MEF2 ao gene do GLUT4 em relação ao músculo incubado
como pseudotumor cerebral, é uma entidade rara associada à obe-
em tampão puro. Conclusão: Os resultados indicam que a insulina
sidade. Sua definição é um aumento da pressão intracraniana (PIC)
per se é um importante regulador da expressão de GLUT4, pois pro-
sem alterações anatômicas, laboratoriais ou radiológicas. Apresenta-se
moveu aumento tanto do mRNA quanto do conteúdo proteico total
com sinais e sintomas de hipertensão intracraniana sem lesões expan-
de GLUT4. É possível que essa regulação esteja relacionada com a
sivas do SNC. Sugere-se como fator etiológico uma diminuição do
ativação da via da PI3k/Akt e do fator transcricional MEF2. Apoio
fluxo venoso craniano devida à elevada pressão intratorácica causada
financeiro: Fapesp – 2007/57873-5. pela obesidade. A incidência da HII é relativamente baixa e maior em
mulheres obesas. Relatamos uma série de casos que têm por objetivo
CO.20 OSTEOMALÁCIA IATROGÊNICA LIMITANTE INDUZIDA avaliar a evolução da HII em resposta ao tratamento clínico da obe-
POR DERIVAÇÃO BILIOPANCREÁTICA sidade e à perda de peso. Relatamos quatro casos de pacientes obesas
Perez RV1, Iguchi DYV1, Cercato C1, Mancini MC2, Melo ME2, Martin com diagnóstico de HII, todas com sintomas iniciais de cefaleia e náu-
RM3, Corrêa PHS3, Jorgetti V4, Halpern A1 seas, duas com queixa de turvação visual e duas com papiledema, sem
1
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São alteração em campo visual ou motricidade ocular. Todas as pacientes
Paulo (HCFMUSP) – Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica, Disciplina encontravam-se em tratamento com acetazolamida e topiramato, além
de Endocrinologia e Metabologia, 2 HCFMUSP – Liga de Obesidade Infantil, de punções liquóricas seriadas, dependendo da resposta clínica. Duas
Disciplina de Endocrinologia e Metabologia, Laboratório de Carboidratos
e Radioimunoensaio (LIM/18), 3 HCFMUSP – Disciplina de Endocrinologia e
pacientes apresentaram piora da PIC, uma com necessidade de au-
Metabologia, 4 USP – Medicina mento das medicações e outra, no início do seguimento, com neces-
sidade do uso de dexametasona. Todas se encontram em seguimento
As derivações biliopancreáticas (DBP) são operações estabelecidas no Ambulatório de Obesidade por um período médio de 1,5 ano,
para tratamento de obesidade mórbida. Embora eficazes na indução recebendo medicação antiobesidade. Todas apresentaram perda de
de perda de peso e controle de comorbidades, seu uso é limitado pela peso importante nesse período, variando de 7 a 23,5 kg, com melhora
intensa má-absorção proteico-calórica e potencial indução de anemia, dos sintomas de HII. Nesta série de casos, foram descritos pacientes
doença osteometabólica (DOM) e deficiências de vitaminas liposso- com HII e obesidade e avaliados sintomas clínicos de HII e perda de
lúveis e de vitamina B12. Descrevemos uma paciente de 66 anos, com peso apresentada pelas pacientes durante o seguimento ambulatorial.
passado de obesidade (IMC 44,5 kg/m²), submetida (em outro ser- Obesidade e ganho de peso são fatores provavelmente envolvidos na
viço) a DBP pela técnica de Scopinaro há seis anos (perda de 78% gênese da HII, mas o fato de apenas um pequeno percentual dos obe-
do excesso de peso). Dois anos e meio pós-cirurgia queixava-se de sos desenvolver HII sugere a possibilidade de existirem outros fatores
fraqueza, mialgia e dor óssea, mantendo queixa sem diagnóstico por etiológicos. Observou-se melhora clínica dos sintomas em todas as
mais um ano, quando teve fratura de colo de fêmur que a limitou ao pacientes. Estudos retrospectivos sugerem que uma perda de peso,
leito. Sua dieta era pobre em cálcio (600 mg/dia), sem suplementação mesmo que modesta, pode levar à melhora clínica acentuada, com re-
de vitaminas ou minerais. Exames laboratoriais mostraram: 25-OH dução das elevações da PIC e melhora do papiledema. Duas das nossas
vitamina D < 4.0 ng/mL; PTH 789 pg/mL (normal < 87); Ca total pacientes tinham mais que 50 anos de idade, divergindo da literatura,
7,1 mg/dL (normal > 8,6); albumina 3,6 g/dL (normal > 3,4); P que descreve incidência maior entre 10 e 40 anos. Isso pode refletir
2,5 mg/dL (normal > 2,7); FGF23 < 10 pg/mL (normal 10-50); a característica insidiosa da doença e mesmo a dificuldade em estabe-

S41
RESUMOS COMUNICAÇÕES ORAIS

lecer o diagnóstico. Reitera-se a importância da perda de peso e de plicada e mesmo impossibilitada em superobesos, pela limitação de
acompanhamento multidisciplinar nos pacientes portadores de HII. carga em exames de imagens. Relata-se aqui o caso de uma pacien-
te com diagnóstico de SC, na qual se valeu de colocação da banda
gástrica laparoscópica ajustável (BGA) para possibilitar a realização de
CO.22 EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO DE INTENSIDADE LEVE E
ressonância magnética (RNM) para diagnóstico de adenoma hipofisá-
MODERADA SOBRE A SENSIBILIDADE À INSULINA E ATIVIDADE
rio. Após diagnóstico e tratamento, foi obtida a remissão da SC, mas
DA Akt NO MÚSCULO ESQUELÉTICO DE CAMUNDONGOS
não da obesidade, sendo então realizada uma gastrectomia vertical.
OBESOS
Paciente com obesidade desde a infância já apresentava OM aos 15
Marinho R1, Monteiro G2, Fernandes L3, Rosa LCG2, De Souza CT4, Da
anos de idade. Aos 20 anos, chegou ao peso de 178 kg, associado a
Silva ASR5, Cintra DE6, Ropelle ER7, Gomes RJ8, Pauli JR2
acne, hirsutismo, amenorreia e diabetes melito. Em maio de 2005,
1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Biociências, 2 Unifesp, Santos/
SP – Departamento de Biociências, 3 Unifesp, São Paulo/SP – Departamento de foi realizada investigação diagnóstica com confirmação de SC ACTH-
Psicobiologia, 4 Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), Criciúma/SC – -dependente, mas sem exames de imagem por causa do peso (182 kg).
Laboratório de Bioquímica e Fisiologia, 5 Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Em junho de 2005, foi optado por colocação de BGA. Apresentou
Preto/SP – Departamento de Fisiologia do Exercício, 6 Faculdade de Ciências
Aplicadas (FCA), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Limeira/SP –
boa resposta após os ajustes, com perda satisfatória de peso, sendo
Departamento de Nutrigenômica, 7 FCA, Unicamp, Limeira/SP – Departamento de submetida à RNM confirmando doença de Cushing (DC). Operada
Fisiologia e Biologia Molecular do Exercício, 8 Unifesp, Santos/SP – Departamento (cirurgia transesfenoidal) em abril de 2006, com remissão completa da
de Biociências SC. Apresentou perda de peso até 95 kg, mas retomou ganho de peso
posteriormente. A BGA foi retirada em setembro de 2008 devido a
Introdução: Intervenções no estilo de vida, principalmente progra-
intolerância alimentar, vômitos e dor. Em virtude da má resposta à far-
mas de exercício físico, são importantes para a prevenção do diabetes
macoterapia, optou-se por nova cirurgia, com realização de gastrecto-
tipo 2 relacionado com a obesidade. Objetivo: O estudo investigou
mia vertical (devido à não exclusão do intestino proximal, área crítica
os efeitos do exercício físico agudo com diferentes intensidades (baixa
na absorção do cálcio, minimizando possível redução de massa óssea)
e moderada) sobre a sensibilidade à insulina corporal e a expressão e
em janeiro de 2011, quando tinha 128 kg. Em 30 dias a paciente havia
fosforilação da Akt no músculo esquelético de camundongos obesos.
perdido 21,6% do excesso de peso. Alguns estudos demonstram que a
Métodos: Foram utilizados camundongos Swiss, distribuídos ale-
resistência à insulina seria um causador de menor ganho de peso. A SC
atoriamente em quatro grupos, que receberam dieta-padrão (grupo
é o protótipo da obesidade visceral, com grande resistência à insulina.
controle) ou dieta hiperlipídica por período de 12 semanas [grupos
Assim, nossa paciente apresentava duas doenças distintas: OM e DC,
obesos sedentários (OS) e exercitados (OE-1 e OE-2)]. Dois diferen-
o que motivou a abordagem cirúrgica mesmo após a remissão da sín-
tes protocolos de exercício foram utilizados: sessão única de natação
drome. Possivelmente, pacientes superobesos diagnosticados com SC
durante 1h com ou sem sobrecarga de 5% da massa corporal. O teste deverão ser submetidos a algum tratamento definitivo para obesidade
de tolerância à insulina (TTI) foi realizado para estimar a sensibilidade mesmo depois da remissão. No nosso caso, foi optado pela realização
à insulina. Os níveis proteicos de Akt e Akt fosforilada do músculo de técnicas restritivas pela potencial iatrogenia quando realizadas téc-
esquelético dos camundongos foram determinados por meio da téc- nicas disabsortivas por causa da perda óssea prévia, ou mesmo recidiva
nica de Western Blot. Os resultados estão expressos como média ± da SC, não rara nesses pacientes.
desvio-padrão da média. Utilizou-se o teste t de Student para dados
não pareados ou ANOVA, seguido de teste post-hoc de Bonferroni para
comparação entre dois grupos e múltipla de médias, respectivamente CO.24 ANÁLISE DOS RESULTADOS DE CEM PACIENTES
(p < 0,05). Resultados: Uma sessão de exercício físico foi capaz de SUBMETIDOS AO TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DO EXCESSO
atenuar a resistência à insulina avaliada pelo TTI nos animais obesos DE PESO (BALÃO INTRAGÁSTRICO)
exercitados em relação ao grupo obeso sedentário (C, 5,0 ± 0,49; OS, Fittipaldi-Fernandez RJ1, Diestel CF2
1,78 ± 0,68; OE-1, 3,98 ± 0,45; OE-2, 4,33 ± 0,72, % por minuto). 1
Endogastro Med Service, RJ – Endoscopia Digestiva e Gastroenterologia,
O exercício agudo também aumentou a fosforilação da proteína Akt 2
Hospital Universitário Pedro Ernesto, Universidade Estadual do Rio de Janeiro
(UERJ) – Divisão de Nutrição
nos animais obesos exercitados (OE-1 E OE-2) em relação ao grupo
OS (2,0 e 2,1 vezes respectivamente, unidades arbitrárias) e reduziu Introdução: O excesso de peso é hoje uma pandemia e, entre as
a glicemia de jejum (C, 95,6 ± 3,96; OS, 306 ± 26,60; OE-1, 186 possibilidades terapêuticas, os métodos endoscópicos minimamente
± 21,40; OE-2, 152 ± 31,50, mg/dL). Entretanto, não houve dife- invasivos, em especial o balão intragástrico (BIG), mostram-se possi-
rença significativa para os parâmetros avaliados entre os grupos que velmente eficazes neste cenário. Objetivo: Avaliar a eficácia do BIG
realizaram o exercício físico em diferentes intensidades. Conclusão: associado a acompanhamento nutricional (dieta hipocalórica) e psico-
Os resultados mostram que animais obesos foram beneficiados com o lógico por meio da análise dos resultados de 100 pacientes submetidos
exercício agudo de natação e que os efeitos acontecem tanto no exer- ao tratamento na clínica Endogastro Med Service. Métodos: Foram
cício de baixa intensidade como naquele de intensidade moderada, incluídos os 100 últimos pacientes que retiraram o balão nesse serviço,
sugerindo ser uma boa forma de tratamento e prevenção do diabetes que permaneceram com o BIG por no mínimo quatro e no máximo de
tipo 2. Apoio financeiro: Fapesp (Processo 2010/04290-5). sete meses e que apresentaram índice de massa corporal (IMC) inicial
mínimo de 26 kg/m². O balão utilizado foi preenchido com líquido
CO.23 ASSOCIAÇÃO ENTRE OBESIDADE MÓRBIDA E do fabricante Allergan (BIBÒ). O volume médio do balão foi de 700
SÍNDROME DE CUSHING: RELATO DE CASO ml. Os pacientes foram acompanhados por equipe multidisciplinar
Souza Aranha DV1, Mancini MC2, Melo ME2, Fragoso MCBV3, Halpern
(médico, nutricionista e psicólogo). A análise dos dados foi realizada
A1, Lerario AM3, Pajecki D4, Santo MA4, Cercato C1, Halpern A1 por estatística descritiva, teste t pareado e correlação de Spearman,
1
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São sendo considerado p < 0,05 para rejeição da hipótese nula. Resul-
Paulo (HCFMUSP) – Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica, Disciplina tados: Dos 100 pacientes, 80 eram mulheres e 20 homens. A média
de Endocrinologia e Metabologia, 2 HCFMUSP – Liga de Obesidade Infantil, de idade foi de 37,14 anos (15-62). Os pacientes apresentaram uma
Disciplina de Endocrinologia e Metabologia, Laboratório de Carboidratos e
Radioimunoensaio (LIM/18), 3 HCFMUSP – Disciplina de Endocrinologia, 4 HCFMUSP
perda significativa de peso, e o IMC final (média de 29,14 kg/m²) foi
– Unidade de Cirurgia Bariátrica, Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo significativamente menor que o IMC inicial (média de 36,58 kg/m²)
(p < 0,0001). A perda de peso média em kg foi de 20,81 (8-44,5), e
A obesidade mórbida (OM) tem como tratamento mais efetivo a cirur- a redução média do IMC (kg/m²) foi de 7,44 (3,13-15,6). A média
gia bariátrica. Antes dela, aconselha-se rastrear síndrome de Cushing da perda percentual do peso corporal foi de 20,34% (6,78-35,83) e a
(SC), rara mas que, quando presente, é um fator complicador após a média da perda percentual do excesso de peso foi de 79,10% (14,74-
cirurgia. Se confirmada a SC, a avaliação diagnóstica torna-se com- 407,54). A dieta inicial prescrita foi individualizada e teve em média

S42
RESUMOS COMUNICAÇÕES ORAIS

13,3 kcal/kg (10-16). O número médio de consultas com nutricio- trações em diabéticos. Nessas condições, ele rapidamente reage com
nista enquanto o paciente esteve com o BIG foi de 2,8 (1-6) e o nú- biomoléculas gerando os produtos finais de glicação, que são respon-
mero médio de consultas com psicólogo foi de 6,82 (1-11). Houve sáveis pelas complicações crônicas do diabetes. Neste trabalho, propo-
correlação positiva entre o número de consultas com a nutricionista e mos que o MGO também pode induzir danos oxidativos no sistema
maior perda do excesso de peso (p = 0,0242). Conclusão: Nosso tra- imune e que o uso de antioxidantes pode reverter esses efeitos. Obje-
tamento mostrou-se eficaz e com resultados superiores quando com- tivos: Avaliar o efeito do tratamento concomitante de MGO e glicose
parado com outras séries. Tal fato pode ser atribuído, possivelmente, em neutrófilos humanos e o possível papel protetor da astaxantina e
à utilização de BIG de maior volume (700 ml vs. 500 ml na maioria da vitamina C sobre os parâmetros funcionais dessa célula. Metodo-
dos outros estudos) e pela maior frequência de consultas nutricionais logia: O sangue total foi obtido de indivíduos saudáveis após punção
e psicológicas. Dessa forma, o tratamento endoscópico do excesso de venosa. Os neutrófilos foram isolados (Histopaque 1077) e cultivados
peso com BIG se estabelece como uma ótima opção terapêutica a essa (1 x 10/mL) em meio RPMI 1640 e tratados com MGO (30 µM) e
patologia. glicose (Gli – 20 mM), adicionados ou não de astaxantina (ASTA – 2
µM) e vitamina C (Vit.C – 100 µM) por até 24h. Foram realizadas
as seguintes avaliações: viabilidade celular, fragmentação de DNA e
CO.25 rs9939609 NO FTO NÃO SE RELACIONA COM
despolarização mitocondrial por citometria de fluxo; a produção de
OBESIDADE E PIOR PERFIL METABÓLICO NUMA COHORT DE
espécies reativas de oxigênio/nitrogênio – ânion superóxido [sondas
CRIANÇAS E ADOLESCENTES BRASILEIRAS COM OBESIDADE
dihidroetidina (DHE) e lucigenina], óxido nítrico (NO – reagente de
Souza NS1, Melo ME1, Santos AS2, Fujiwara CTH1, Reinhardt HL1,
Griess) e H2O2 (por oxidação do fenol vermelho e pela sonda DCFH-
Cercato C3, Halpern A3, Mancini MC1
-DA); mobilização intracelular de cálcio (sonda Fura-2AM); concen-
1
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (HCFMUSP) – Liga de Obesidade Infantil, Disciplina de Endocrinologia e tração de glutationa reduzida (GSH); atividade da enzima G6PDH e
Metabologia, Laboratório de Carboidratos e Radioimunoensaio (LIM/18), a capacidade fagocítica. Resultados: Não houve diferença significa-
2
HCFMUSP – LIM/18, 3 HCFMUSP – Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica, tiva entre os grupos na viabilidade celular, fragmentação do DNA e
Disciplina de Endocrinologia e Metabologia
despolarização mitocondrial. O tratamento com ASTA + Vit.C + Gli
Uma série de estudos aponta para a participação de fatores genéticos + MGO (AVGM) diminuiu significativamente a produção de ânion
na etiologia da obesidade humana. O Genome Wide Association Study superóxido e H2O2 avaliada pela DHE, fenol vermelho e DCFH-DA
(Estudo de Varredura do Genoma) correlacionou o gene fat mass and em 66%, 32% e 57%, respectivamente, em comparação com o grupo
obesity associated (FTO, gene associado a massa gorda e obesidade) Gli + MGO. A produção de NO aumentou 40% no grupo AVGM
a um maior grau de adiposidade global. O FTO é expresso no teci- em comparação com o grupo Gli + MGO. A atividade da G6PDH
do adiposo, nas células betapancreáticas e, principalmente, no hipo- aumentou 52% no grupo AVGM quando comparado ao grupo Gli +
tálamo, sugerindo uma participação crucial no controle da ingestão MGO. Analisando o total de GSH e a liberação intracelular de cálcio,
alimentar e do metabolismo corporal. A variante rs9939609 (T>A) não houve diferença significativa entre esses grupos. Houve um au-
do FTO é a mais estudada e tem forte associação com IMC, relação mento significativo de 41% na capacidade fagocítica no grupo AVGM
cintura/quadril (C/Q) e peso em caucasianos. No entanto, em sul- em relação ao grupo Gli + MGO. Portanto, pode-se concluir que o
-asiáticos, chineses e povos da Oceania, essa associação é divergente. tratamento com Gli + MGO alterou a função de neutrófilos e a ASTA
Além disso, dietas ricas em gorduras e sedentarismo podem agravar a + Vit.C restaurou parcialmente esse efeito. Suporte financeiro: Fa-
suscetibilidade da variação rs9939609 à obesidade. O objetivo deste pesp (2009/17381-1 e 2009/14382-7).
estudo foi verificar a associação entre a variação rs9939609 do FTO
com adiposidade, compulsão alimentar e perfil metabólico em crian- CO.27 COMPROMETIMENTO COGNITIVO DO IDOSO COM
ças e adolescentes obesas. O estudo foi constituído por 254 crianças SÍNDROME METABÓLICA
e adolescentes obesas e 46 indivíduos eutróficos. A genotipagem dos
Shigaeff N1, Jacinto AF2, Franco FG2, Chiochetta G1, Pereira SA2, Ikeda
grupos foi realizada por meio de ensaio TaqMan. Analisou-se a ocor- MI2, Cendoroglo MS3, Citero VA1
rência dos diferentes genótipos de acordo com o gênero, a etnia, a ida- 1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Psiquiatria, 2 Hospital Israelita Albert
de, o escore Z do IMC (ZIMC), a porcentagem de massa livre de gor- Einstein – Unidade Vila Mariana, 3 Instituto de Geriatria e Gerontologia – Unifesp
dura (%MLG) e de massa gordurosa (%MG), a presença de compulsão
alimentar (aferida pela Escala de Compulsão Alimentar Periódica) e os Introdução: A síndrome metabólica (SM) tem sido relacionada a pre-
fatores de risco cardiometabólicos. Não houve associação significativa juízos cognitivos em idosos, principalmente a presença de hipergli-
entre os pacientes e o grupo controle quanto à presença do polimor- cemia. Os estudos científicos apresentam uma avaliação cognitiva re-
fismo (p = 0,896). Também não houve associação significativa entre a duzida, usando testes de rastreio ou avaliando apenas os domínios de
o alelo de risco e as variáveis analisadas nos pacientes. Concluiu-se que memória e atenção. Outras funções cognitivas e os demais fatores que
a variante alélica rs9939609 (T>A) do FTO não está associada a maior compõem a SM são pouco estudados. Objetivo: Descrever as funções
adiposidade, a compulsão alimentar e a fatores de risco cardiometabó- cognitivas perceptivas, de memória e aprendizagem, de linguagem,
licos em nossa amostra de crianças e adolescentes brasileiros. FAPESP de pensamento e executiva em idosos com SM, correlacionando as
– Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Bolsa IC funções com os diversos fatores que compõem a SM. Método: Estudo
2010/01631-6; Auxílio à Pesquisa 2010/01060-9. transversal com 13 idosos (≥ 65 anos) com SM, de um ambulatório de
Referências geriatria. Os pacientes foram submetidos à avaliação geriátrica global
e a uma bateria de testes neuropsicológicos: Teste do Desenho do Re-
1. Lindgren CM, et al. PLoS Genet. 2009;5:1. 2. Frayling TM, et
lógio (TDR), Boston Naming Test (BNT), Rey Auditory Verbal Lear-
al. Science. 2007;316:889. 3. Sonestedt E, et al. Am J Clin Nutr.
ning Test (RAVLT), Wisconsin Card Sorting Test (WCST), FAS, Trail
2009;90:1418.
Making Test (TMT – parte A e B) e os subtestes Cubos (C) e Dígitos
(D) (ordem direta e inversa) da bateria WAIS-III. Realizada análise das
CO.26 ALTA CONCENTRAÇÃO DE GLICOSE E METILGLIOXAL medidas de tendência central das variáveis contínuas e aplicado o teste
CAUSA DISFUNÇÃO EM NEUTRÓFILOS HUMANOS – EFEITO de correlação de Spearman entre os escores neuropsicológicos e as
BENÉFICO DA ASSOCIAÇÃO DA ASTAXANTINA E VITAMINA C medidas-chave da SM (pressão arterial, circunferência abdominal, gli-
Guerra BA1, Bolin AP1, Campoio TR1, Otton R1 cemia de jejum, triglicérides e HDL). Resultados: Os pacientes eram
1
Universidade Cruzeiro do Sul – Laboratório de Fisiologia Celular na maioria do sexo feminino (92,3%), com mediana etária de 72 anos
e de escore 26 no Miniexame do Estado Mental (escolaridade entre 1
Introdução: O metilglioxal (MGO) é um metabólito altamente reati- e 8 anos). Com relação à SM, os idosos apresentavam as medianas de
vo oriundo da oxidação da glicose que está presente em altas concen- pressão arterial média de 117 mmHg, da circunferência abdominal de

S43
RESUMOS COMUNICAÇÕES ORAIS

104 cm, da glicemia de jejum de 118 mg/dl, de HDL de 49 mg% e de Referências


triglicérides de 129 mg/dl. Na avaliação neuropsicológica, obtiveram 1. Toral N. Ciênc. Saúde Coletiva, 2007;12:1641. 2. Kristal ARl. J
a mediana em percentis de: 24% em C; 31% no BNT; 18% no TDR; Am Diet Assoc. 1999;99:679.
63% em D; 0,1% na parte A do TMT e 0,5% na parte B; 31% no FAS.
No WCST obtiveram 27% nas repostas perseverativas, 30% em erros
perseverativos, 16% em respostas de nível conceitual, assim como em CO.29 NÍVEIS DE TNFα e IL-6 E PARÂMETROS
número de categorias completadas e fracasso em manter contexto. No ANTROPOMÉTRICOS: A EFICIÊNCIA DA GASTROPLASTIA
RAVLT apresentaram 50% no total da lista A, 46% no total da lista B, VERTICAL COM ANEL
16% na retenção da lista A, 27% na evocação tardia da lista A e 10% e Viana EC1, Miguel GPS2, Bressan J3, Errera FIV4, Moysés MR5, Bissoli NS5
46%, respectivamente, no reconhecimento da lista A e B. Houve cor- 1
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e Centro Universitário Vila Velha
relação (p ≤ 0,05) da circunferência abdominal com TDR (r= 0,62) e (UVV) – Ciências Fisiológicas, UVV – Nutrição, 2 UFES – Clínica Cirúrgica, 3
Universidade Federal de Viçosa (UFV) – Departamento de Nutrição e Saúde,
com RAVLT total lista A (r = -0,77); da pressão arterial média com D 4
Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória
(r= -0,81), da glicemia de jejum com RAVLT reconhecimento da lista (Emescam), ES – Genética, 5 UFES – Ciências Fisiológicas
B (r = -0,89), e dos triglicérides com RAVLT reconhecimento da lista
B (r= -0,57). Conclusão: Este estudo preliminar com 13 idosos por- O aumento da obesidade tem repercutido na busca de vários méto-
tadores de SM evidenciou que há comprometimento cognitivo leve a dos para o seu tratamento, destacando-se nos últimos anos a cirurgia
moderado nas funções de memória episódica e operacional, atenção e bariá­trica. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos de dois tipos
função executiva, em relação ao padrão de resposta de idosos saudáveis de cirurgia bariátrica sobre os níveis do fator de necrose tumoral alfa
da mesma idade. Apenas testes que avaliam a memória apresentaram (TNFα) e interleucina 6 (IL-6) e correlacionar a diferença das citoci-
correlação estatisticamente significante com glicemia de jejum e tri- nas (Dif-TNFα, Dif-IL-6), pré e pós um ano, com medidas derivadas
glicérides, sugerindo que quanto piores forem essas medidas clínicas, de dados antropométricos para avaliação da perda de peso. Foram ava-
melhores são os desempenhos na aprendizagem e evocação da lista A liadas 38 mulheres (35,57 ± 8,51 anos). Elas foram aleatoriamente se-
e no reconhecimento da lista B. lecionadas; 55,3% (n = 21) haviam sido submetidas à gastroplastia ver-
tical com anel e derivação gástrica em Y de Roux (Grupo – GVAYR)
e 44,7% (n = 17) à gastrectomia vertical com anel (Grupo – GVA).
CO.28 APLICAÇÃO DO MODELO TRANSTEORÉTICO NA
Foram analisados o percentual de perda do excesso de peso [%PEP
REABILITAÇÃO NUTRICIONAL DE PACIENTES COM SOBREPESO
(Deitel et al. Obes Surg. 2003;13:159; SBCB, 2006)] e do IMC
E OBESIDADE EM ATENDIMENTO AMBULATORIAL
[%PEIMC (adaptado de Deitel et al. Obes Surg. 2003;13:159)] e a
Martins MR1, Conceição NG1
perda de gordura corporal (%PGC), bem como a diferença dos níveis
1
Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Nutrição
de citocinas pré e pós-procedimento cirúrgico. As dosagens de TNFα
e IL-6 foram avaliadas por ELISA no soro e foi realizada análise pelo
Introdução: A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo teste t pareado e pelo coeficiente de correlação de Pearson. Adotou-
excessivo de gordura corporal, que está relacionada a fatores ambien- -se como nível de significância p < 0,05. Não houve diferença para o
tais e genéticos. Sua incidência está aumentando, e a mudança no estilo %PEP entre os grupos (GVAYR = 71,29 ± 13,12%; GVA = 66,35 ±
de vida torna-se necessária. A reabilitação nutricional é um indicador 13,04 %; p = 0,255). Observou-se redução de IL-6 tanto para o grupo
de qualidade de atendimento, e na finalização dele deve-se identificar GVAYR (n = 15; pré = 3,180 ± 1,486 pg/mL; pós = 1,224 ± 1,228; p
se os objetivos foram atingidos. O Modelo Transteorético tem sido = 0,001) quanto para GVA (n = 10; pré = 3,963 ± 1,540; pós = 1,014
aplicado para avaliar a mudança de comportamento alimentar e utiliza ± 1,427; p = 0,002). Contudo, para o TNFα não se observou dife-
cinco estágios para avaliação de mudança: Pré-contemplação, Contem- rença para o grupo GVAYR como já demonstrado por outros autores
plação, Preparação, Ação e Manutenção. O objetivo deste estudo foi (Catalán et al. Obes Surg. 2007;17:1464). Ao avaliar a correlação,
verificar se houve reabilitação nutricional de pacientes com sobrepeso independentemente do tipo de cirurgia, foi observada correlação in-
e obesidade de acordo com os estágios de mudanças propostos no versa e significante entre os dados da Dif-TNFα e os dados %PEP (r
Modelo Transteorético. Metodologia: Estudo prospectivo, com 20 = -0,537; p = 0,015), %PEIMC (r = -0,481; p = 0,032) e %PGC (r
pacientes com sobrepeso e obesidade, atendidos no Ambulatório de = -0,451; p = 0,046), embora todas essas correlações não sejam evi-
Nutrição de Clínica Médica do Hospital das Clínicas durante quatro denciadas quando analisados separadamente os grupos. Para IL-6, foi
consultas no ano de 2010. Na primeira e na última consulta, foi apli- observada diferença estatística apenas para a análise de correlação para
cado questionário adaptado para verificar o comportamento alimentar o grupo GV (%PEP– r = -0,648, p = 0,043; %PEIMC – r = -0,651,
em relação ao consumo de frutas, verduras, legumes, doces, refrige- p = 0,042; %PGC- r = -0,659, p = 0,038). Até o momento, este é o
rantes, massas e pães e a fase da mudança de acordo com o Modelo único estudo que avaliou o efeito da GVA sobre níveis de TNFα e
Transteorético. Em todas as consultas, foram analisados os dados an- IL-6, e esse tipo de intervenção cirúrgica, menos complexa que as
tropométricos dos pacientes, recordatório alimentar, e na última con- demais, mostrou-se eficiente na redução de peso corporal, bem como
sulta foram aplicados os critérios de reabilitação nutricional elaborados dos níveis dessas citocinas inflamatórias após um ano.
pela Divisão de Nutrição e Dietética do Instituto Central do Hospital
das Clínicas. Resultados: Observou-se que 95% dos pacientes foram
CO.30 ÁCIDOS GRAXOS MONO E POLI-INSATURADOS
classificados como reabilitados nutricionalmente, a média de idade foi
REVERTEM A INFLAMAÇÃO HEPÁTICA E RESTABELECEM
de 51 anos e 65% era do gênero feminino. Verificou-se que 50% dos
A SINALIZAÇÃO DA INSULINA EM ANIMAIS OBESOS E
pacientes adultos com Reabilitação Nutricional Total (RNT) estavam
DIABÉTICOS INDUZIDOS POR DIETA RICA EM GORDURA
com sobrepeso e 50% em obesidade grau I. Após o acompanhamento
Oliveira V1, Solon C2, Morarij J2, Contin Moraes J2, Ropelle ER1, Pauli JR1,
nutricional, 25% dos pacientes eram eutróficos, 50% tinham sobrepeso
Velloso LA2, Cintra DE1
e 25% obesidade, grau I, e a perda de peso em média foi de 4 kg. Re- 1
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Faculdade de Ciências
lacionando os pacientes da RNT com as fases de mudança de compor- Aplicadas, 2 Unicamp – Faculdade de Ciências Médicas
tamento alimentar e a ingestão dos grupos alimentares como legumes
e verduras, encontrava-se em fases mais avançadas de mudança antes Introdução/Objetivo: A esteato-hepatite não alcoólica é um achado
da intervenção, como a fase de preparação, ação e manutenção. Já os comum em indivíduos obesos. Proteínas inflamatórias como JNK e
pacientes da Reabilitação Parcial, antes da intervenção, estavam nas IKK prejudicam a sinalização hepática da insulina. Sendo os ácidos
fases iniciais de mudança e, após, houve uma evolução para as fases graxos ômega-3 C18:3 (w-3) e 9 C18:1 (w-9) conhecidos como nu-
mais avançadas. Conclusão: A maioria dos pacientes apresentou reabi- trientes com potenciais anti-inflamatórios, o objetivo deste trabalho é
litação nutricional e houve avanço positivo nos estágios de mudança. avaliar suas ações na inflamação e na resistência à insulina no fígado de

S44
RESUMOS COMUNICAÇÕES ORAIS

animais obesos, bem como suas repercussões metabólicas. Material mg/dL (p < 0,0001) e o de hemoglobina glicada, de 8,8% para 6,4%
e métodos: Camundongos Swiss foram submetidos durante 60 dias (p < 0,0001). O uso de agentes antidiabetes (exceto metformina) foi
a uma dieta rica em gordura para o desenvolvimento da obesidade. reduzido, e 19,2% dos pacientes não requereram mais nenhuma medi-
Após instalados os quadros de obesidade e DM2, os animais foram cação para DM2. Outros parâmetros como nível de insulina, peptídeo
mantidos por mais 60 dias em dietas suplementadas com 10% de w-3 C e lípides séricos apresentaram melhora significativa. Em conclusão,
(óleo de linhaça – 58% C18:3) ou 10% de w-9 (azeite de oliva – 85% o DEDJ (“manga endoscópica”) promove um efeito duradouro no
C18:1), em detrimento à gordura saturada. Todas as dietas permane- controle glicêmico, na perda de peso e em outras funções metabólicas
ceram caloricamente pareadas. Ao final do período experimental, o por um ano, sugerindo que esse novo dispositivo possa ser candidato
fígado foi retirado e submetido a análises. O perfil das proteínas pró e para tratamento de DM2 e obesidade. Do mesmo modo que ocorre
anti-inflamatórias e as envolvidas na transdução do sinal da insulina foi com a DGJYR, é possível que sua ação seja modulada por mecanismos
avaliado pelas técnicas de imunoprecipitação e imunoblot. Parâmetros que envolvem alteração de incretinas.
metabólicos de consumo alimentar, evolução ponderal, sensibilidade
à insulina e à glicose foram analisados. Resultados: A suplementação
com w-3 e w-9 reduziu o consumo alimentar dos animais (p < 0,05). CO.32 ASSOCIAÇÃO ENTRE A SEVERIDADE DA COMPULSÃO
Essa alteração corroborou a perda de peso nos animais suplementados ALIMENTAR PERIÓDICA E BAIXA CALCIÚRIA EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES OBESOS
quando comparados aos seus controles obesos. Não houve diferença
na ingestão e perda de peso entre os grupos suplementados. Os testes Fujiwara CTH1, Melo ME1, Lui Reinhardt H1, Arthur T2, Cercato C3,
Halpern A3, Mancini MC1
de tolerância à insulina e glicose revelaram melhora na sensibilidade
1
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
dos animais suplementados. Houve redução na expressão de proteínas
Paulo (HCFMUSP) – Liga de Obesidade Infantil, Disciplina de Endocrinologia
inflamatórias (TNF-α, IKB-a, iNOS, JNK) no fígado, bem como au- e Metabologia, Laboratório de Carboidratos e Radioimunoensaio (LIM/18);
mento da interleucina anti-inflamatória IL-10 (p < 0,05). As proteínas 2
HCFMUSP – Liga de Obesidade Infantil, Disciplina de Endocrinologia e
da via de sinalização da insulina (IR, IRS1/2, AKT e FoxO-1) apre- Metabologia (LIM/25); 3 HCFMUSP – Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica,
Disciplina de Endocrinologia e Metabologia
sentaram-se mais sensíveis ao aumentarem suas atividades (p < 0,05).
Conclusão: A suplementação com w-3 ou w-9 foi capaz de reduzir Durante a puberdade e a adolescência, as necessidades de cálcio pelo
o processo inflamatório hepático e melhorar a via de sinalização da organismo são maiores do que em outros períodos da vida por causa
insulina. O aumento na sensibilidade hepática à insulina repercutiu de do acelerado desenvolvimento musculoesquelético e endócrino. Para-
forma positiva no metabolismo sistêmico, ao tornar os animais mais lelamente, estudos sugerem que o cálcio proveniente da dieta desem-
sensíveis à insulina e à glicose, além de reduzir a ingestão alimentar penhe importante papel na regulação do balanço energético e controle
e o ganho de peso. As análises da ação desses nutrientes bioativos de peso. Estima-se que a prevalência de compulsão alimentar periódica
devem ser expandidas no intuito de serem levados em consideração (CAP) entre obesos em busca de tratamento para o excesso de peso
na terapêutica nutricional contra processos deletérios causados pela seja de 30% e, amiúde, esse comportamento compulsivo tem início no
obesidade. Apoio: Fapesp. final da infância ou na adolescência. O objetivo deste trabalho é inves-
tigar a relação entre severidade da CAP e perfil metabólico, antropo-
CO.31 SEGUIMENTO DE UM ANO DE DISPOSITIVO métrico e níveis de cálcio urinário em crianças e adolescentes obesos.
ENDOSCÓPICO DE EXCLUSÃO DUODENO-JEJUNAL PARA O estudo compreendeu 148 indivíduos (12,2 ± 2,5 anos) à procura
PERDA DE PESO E CONTROLE DE DIABETES TIPO 2 de tratamento para excesso de peso. Foram avaliados dados antropo-
Moura EGH1, Martins BC1, Lopes GS1, Orso IRG1, Oliveira SL1, Galvão- métricos e laboratoriais; o perfil de cálcio foi determinado pelos níveis
Neto MP2, Mancini MC3, Santo MA4, Sakai P1, Ramos AC2, Garrido Jr de cálcio total sérico e cálcio iônico, e a calciúria foi medida em urina
AB5, Halpern A3, Cecconello I6 de 24 horas. A Escala de Compulsão Alimentar Periódica (ECAP) foi
1
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São utilizada para classificar os pacientes em grupos de CAP severa e CAP
Paulo (HCFMUSP) – Serviço de Endoscopia, 2 Gastro Obeso Center - Gastro não severa (moderada ou ausente). Dentre os pacientes, 87,8% foram
Obeso Center, 3 HCFMUSP – Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica,
Disciplina de Endocrinologia e Metabologia, 4 HCFMUSP – Disciplina de Cirurgia classificados como CAP não severa, enquanto 12,2% satisfizeram os
do Aparelho Digestivo, 5 Instituto Garrido – Cirurgia da Obesidade, 6 HCFMUSP – critérios para CAP severa. O valor Z escore de IMC foi mais elevado
Gastroenterologia no grupo de CAP não severa (p = 0,034). Outros parâmetros meta-
bólicos não mostraram diferenças estatisticamente significativas. Ní-
O dispositivo endoscópico de exclusão duodeno-jejunal (DEDJ, GI veis baixos de calciúria (< 100 mg/dL) foram encontrados em 59,5%
Dynamics, Inc., Lexington, MA), conhecido também pelo nome de dos pacientes. O grupo de CAP severa apresentou valores mais baixos
“manga endoscópica”, é um implante endoscópico que mimetiza a de calciúria (p = 0,022), sugerindo uma relação entre a severidade
derivação intestinal que é um dos elementos técnicos envolvidos na da CAP e níveis de cálcio urinário. Estudos relacionados à avaliação
gastroplastia com derivação gastrojejunal em Y-de-Roux (DGJYR). da composição de refeições durante episódios de CAP mostram um
Estudos prévios documentaram melhora promissora no diabetes me- percentual maior de calorias consumidas provenientes de carboidra-
lito tipo 2 (DM2) e perda de peso por até seis meses. Descrevemos a tos (principalmente petiscos e sobremesas) e um menor proveniente
melhora no DM2 e as alterações metabólicas em sujeitos com DM2 de proteínas (menos produtos lácteos e carnes) em comparação ao
que foram implantados com o DEDJ por um ano. O estudo tem um padrão de alimentação fora dos episódios de compulsão. As diferen-
desenho prospectivo, não randomizado, aberto, com 22 pacientes
ças encontradas entre crianças e adolescentes obesos com CAP severa
candidatos à cirurgia bariátrica, que preencheram os critérios de in-
sugerem, portanto, a necessidade de uma abordagem diferenciada, en-
clusão: idade entre 18 e 65 anos, IMC > 35 kg/m² sem sucesso com
focando as consequências à saúde do padrão alimentar alterado nesses
tratamento clínico da obesidade e DM2 com ou sem outras comorbi-
indivíduos. Bolsa de IC da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa
dezes. Em um ano (n = 13), foram observadas perda de peso absoluta
do Estado de São Paulo) 08/06382-4.
de 20,4 kg (p < 0,001), perda do excesso de peso porcentual de 35,3%
(p < 0,0001), redução do IMC de 7,4 kg/m² (p < 0,0001) e de cir- Referências
cunferência abdominal de 10,1 cm (p < 0,0001). Do mesmo modo, 1. Allison S. Eat Behav. 2007;8:31. 2. Freitas S. Rev Bras Psiquiatr.
o nível médio de glicemia de jejum diminuiu de 175,6 para 126,7 2001;23:215. 3. Zemel MB. J Am Coll Nutr. 2005;24:537S.

S45
RESUMOS PÔSTERES

PT.01.01 METABOLIC SYNDROME DIET-INDUCED: AN metabólicos com glicemia de jejum elevada em 12,5%; índice HOMA-
EXPERIMENTAL STUDY -IR elevado em 85,7%; nível de HDL-colesterol baixo em 46,9%; nível
Ramalho L1,2, Jornada MN1, Macedo IC3, Torres ILS4, Hidalgo MP5 de triglicérides elevado em 40,6% e hipertensão arterial em 58,6%.
1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – Programa de Pós- Foram identificadas variações alélicas em 3’UTR (supressão/inserção
Graduação em Medicina, Ciências Médicas, Faculdade de Medicina (Famed), do pentanucleotídeo CTTTA), no éxon 2 (rs1137100), no éxon 4
2
Hospital de Clínicas de Porto Alegre – Psiquiatria e Medicina Legal, 3 UFRGS
– Departamento de Ciências Biológicas, Fisiologia, 4 UFRGS – Departamento de
(rs1137101), no éxon 7 (rs1805134), no éxon 12 (rs8179183) e no
Farmacologia, 5 Hospital de Clínicas de Porto Alegre – Serviço de Psiquiatria éxon 18 (rs1805096). Não houve associação entre os achados clínicos,
laboratoriais e moleculares com as alterações metabólicas. Em con-
Objective: It is know that night workers prefer snacks that contain clusão, a frequência de alelos observada é semelhante à descrita na
high saturated fat concentrations. Shift workers, particularly night literatura, não parecendo estar implicados na obesidade mórbida de
workers, manifest most commonly hypertriglyceridemia and hypergly- nossa coorte, não estando correlacionados com nenhuma característi-
cemia, as well as lower levels of HDL-cholesterol, when compared to ca clínica. A elevada prevalência de alterações metabólicas e hiperten-
day workers, by circadian alterations and life style, suggesting a predis- são arterial demonstra a necessidade de acompanhamento criterioso e
position for cardiovascular disease. These alterations are called as met- tratamento adequado da obesidade na infância e adolescência.
abolic syndrome (MS). Therefore, to increase the knowledge related
to the consequence of high-fat diet it is important standardize a diet-
induced for animals that mimic the shift workers feeding. Subjects: PT.02.01 COMPARISON BETWEEN ENDURANCE AND
Experimental study with 20 Wistar rats which 10 were control group STRENGTH EXERCISE EFFECTS ON TISSUE TRIGLYCERIDES IN
(CG) and 10 high-fat diet-induced group (HFD). Measurements: RATS
Were evaluated three of five criteria for MS diagnosis from NCEP- Botezelli JD1, Dalia RA1, Moura LP1, Ghezzi AC1, Cambri LT1, Araújo MB1,
ATP III – glucose, HDL-cholesterol e triglycerides. Was evaluated the Ribeiro C1, Scariot PPM1, Mello MAR1
amount of visceral adipose tissue (VAT) as well the liver and adrenal
1
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) – Educação Física
glands weights. Body weight was assessed weekly and food and water
intake were measured daily. Was used Student t-test for independents Several studies showed that physical exercise can reduce adiposity in
samples. Results: There was no significant difference between groups human beings and in rats. However, few studies address the effects of
for glucose, HDL-cho and TG measures at baseline. After fifteen different exercise protocols on tissue triglyceride content. Purpose:
weeks of intervention, HFD group showed increase in TG levels (p = The aim of this study is to analyze the effect of strength and enduran-
0.01), glucose (p = 0.01) and decrease in HDL (p = 0.009) compar- ce training on the triglyceride content in the liver and in the adipose
ing CG. HFD showed increase in VAT (p = 0.005) and liver weight (p tissue of different regions of rats. Methods: Twenty four Wistar (120
= 0.01). Food intake and water intake were higher in CG (p < 0.001 days old) male rats were randomly separated into three groups with ei-
and p < 0.001 respectively) while energy intake was increased in HFD ght rats per group: C (control sedentary), S (strength exercise) and E
(p < 0.001). No difference was showed in adrenal glands weight (p = (endurance exercise). The animals of E group performed a minimum
0.07) and body weight (p = 0.63). Conclusion: Animals submitted lactate test (ML) to identify the individual aerobic/anaerobic metabo-
to high fat diet developed MS in 15 weeks. Was found no correlation lic transition during swimming exercise and were subjected swimming
between body weight and VAT amount suggesting that body weight endurance training at 80% of ML intensity, one hour/day, five days/
does not seem to be a factor predictor for amount of VAT and that week. The S group was subjected to a strength training protocol con-
the quality of diet composition have direct influence in MS markers. sisting in four series of 10 jumps in the water separated by one minute
Financial support: Fipe/HCPA – Fundo de Incentivo a Pesquisa do of rest, five days/week. The animals were trained during seven weeks.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre and Capes – Coordenação de At the end of the experiment, they were killed by sodium thiopental
Aperfeiçoamento de Profissional do Ensino Superior. administration to evaluate the triglyceride content (mmol/mg) in the
liver and in the mesenteric, retroperitonial and subcutaneous adipose
tissue. The results were statistically analyzed by one-way ANOVA. Sig-
PT.01.02 FREQUÊNCIA DE POLIMORFISMOS NO GENE LEPR DE nificance level was set at 5% Results: Liver triglycerides content were
CRIANÇAS GRAVEMENTE OBESAS higher in E group compared to C group: C = 6.4 ± 1.9a, S = 9.2 ±
Fernandes AE1, Melo ME1, Favoretto-Dias N1, Lui Reinhardt H1, Villares 2.7ab, E = 9.9 ± 1.5b. Mesenteric triglycerides content were lower in E
SMF2, Cercato C2, Halpern A2, Mancini MC1 and S groups compared to C group: C = 15.6 ± 0.6a, S = 11.9 ± 1.2b,
1
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São E = 10.1 ± 2.4b. Retroperitonial triglycerides content were lower in E
Paulo (HCFMUSP) – Liga de Obesidade Infantil, Disciplina de Endocrinologia
e Metabologia, Laboratório de Carboidratos e Radioimunoensaio (LIM/18), and S groups compared to C group: C = 20.3 ± 5.4a, S = 11.1 ± 2.1b,
2
HCFMUSP – Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica, Disciplina de E = 10.9 ± 4.0b. Subcutaneous triglycerides content were lower in E
Endocrinologia e Metabologia and S groups compared to C group: 28.4 ± 5.9a, S = 16.5 ± 1.5b, E =
16.7 ± 2.0b. Different letters indicate statistical difference (p ≤ 0.05).
Fatores genéticos certamente influenciam a homeostase energética,
Conclusion: The reduction of the triglycerides content in the adi-
mas poucas síndromes genéticas oligogênicas e monogênicas associa-
pose tissue induced by both protocols indicates that they are equally
das à obesidade foram identificadas. Entre elas, encontram-se as mu-
adequate to counteract adiposity and obesity. However, the rats trai-
tações do gene do receptor da leptina (LEPR), descritas em pacientes
ned in endurance did not show improvement in the liver triglycerides.
com obesidade grave de início precoce. Mutações no LEPR em homo-
Further studies are required in order to understand the differences
zigose foram documentadas causando obesidade grave e disfunção hi-
between exercise protocols on body fat distribution. Supported by
pofisária, além de alterações no comportamento alimentar. O objetivo
Fapesp (process 2009/15336-9), Capes and CNPq.
do nosso estudo foi analisar o LEPR em crianças com obesidade mór-
bida e investigar associações de achados clínicos, laboratoriais e mole-
culares, com alterações metabólicas. Foram selecionados 32 pacientes, PT.02.02 DIFFERENCES BETWEEN ENDURANCE AND STRENGTH
submetidos à avaliação clínica e laboratorial com análise específica dos EXERCISE EFFECTS ON THE BLOOD BIOCHEMISTRY OF RATS
parâmetros: peso, estatura, pressão arterial, frequência cardíaca, do- Botezelli JD1, Dalia RA1, Moura LP1, Araújo MB1, Ribeiro C1, Ghezzi AC1,
sagens de glicemia e insulina em teste oral de tolerância à glicose, Cambri LT1, Scariot PPM1, Mello MAR1
colesterol total e frações e triglicérides. O estudo molecular consistiu 1
Universidade Júlio de Mesquita Filho (Unesp) – Educação Física
de amplificação e sequenciamento automático da região codificadora
do LEPR. A idade média foi de 11 + 3,9 anos, e o escore Z do índice The beneficial effects of physical exercise on blood lipid profile have
de massa corpórea (ZIMC), de 2,8 (2,5-5,5). Dos 32 pacientes, 47% been reported in several studies. However, few comparisons were made
eram do sexo feminino. Identificaram-se alta prevalência de distúrbios between the effects of endurance and strength exercise protocols on

S46
RESUMOS PÔSTERES

these parameters. Purpose: This study aims to analyze blood glucose, pressão arterial sistólica (PAS) e entre IMC e PAS. Foi utilizado o teste
triglycerides, HDL-cholesterol and LDL-cholesterol concentrations in t ajustado para variâncias diferentes, o que indicou média de IMC sig-
rats subjected to endurance and strength exercise training. Methods: nificativamente maior no grupo de hipertensas (29,71 kg/m), em re-
24 male Wistar (120 days old) rats were randomly separated into three lação ao grupo de normotensas (26,95 kg/m). Conclusão: Os dados
groups with eight rats in each: C (control sedentary), S (strength exer- evidenciam que IMC e CA elevados predispõem ao aumento da PAS
cise) and E (endurance exercise). The animals of E group performed a e favorecem o desenvolvimento da HA. Para que a obesidade e a HA
minimum lactate test (ML) to identify the individual aerobic/anaero- sejam prevenidas com atividade física, é imprescindível oportunizar
bic metabolic transition during swimming exercise and were subjected políticas públicas saudáveis, para reduzir gastos com a saúde pública e
to swimming endurance training at 80% of ML intensity, one hour/ melhorar a qualidade de vida das pessoas. Apoio: Ministério da Saú-
day, five days/week. The group S was subjected to a strength training de, Secretaria Executiva de Saúde Pública, Fundação de Esportes de
protocol consisting in of 4 series of 10 jumps in the water separated by Corumbá e Centro Popular de Cultura Esporte e Lazer Nação Guató.
10 minutes five days/week. The animals were trained during 7 weeks.
At the end of the experiment, they were killed by sodium thiopental
administration to determine: serum glucose, triglycerides, cholesterol, PT.02.04 ACUTE EFFECTS OF DIFFERENT EXERCISE INTENSITIES
ON ANXIETY AND MOOD STATE IN OBESE ADOLESCENTS
HDL-cholesterol and LDL-cholesterol (in mg/dl) concentrations. The
results were statistically analyzed by one-way ANOVA. Results: Glu- Ferreira LCCN1, Lofrano-Prado MC2, Andrade MLSS2, Freitas CRM1,
cose concentration was higher in E group compared to C group: C = Sencades RG1, Albuquerque LS1, Silva HJG1, Lins TA1,
Lopes de Souza S3, Almeida NCN4, Ferreira MNL4, Prado WL1
83.6 ± 4.5a, S = 90.0 ± 5.2ab, E = 93.0 ± 4.1b. Triglycerides concentra- 1
Universidade de Pernambuco (UPE) – Escola Superior de Educação Física
tion didn’t show any difference between the groups: C = 123.4 ± 49.1a, (ESEF), 2 UFPE – Pós-Graduação em Nutrição, 3 UPE – Anatomia, 4 UPE – Unidade de
S = 185.7 ± 50.0a, E = 163.8 ± 31.7a. HDL-cholesterol concentration Pesquisa Clínica (Unipeclin)
was higher in S group compared to C group: C = 42.7 ± 5.3a, S = 54.4
± 7.9b, E = 47.4 ± 2.2ab. LDL-cholesterol concentration was higher in E Introduction: The treatment of adolescent obesity is classically based
group compared to C group: C = 62.8 ± 3.9a, S = 70.4 ± 3.5ab, E = 71.1 on three approaches – increased physical activity, improved diet, and
± 3.5b. Different letters indicate statistical difference (p ≤ 0.05). Con- lifestyle changes. Nowadays, several researches have focus on the effects
clusion: Different exercise protocol altered differently blood chemistry of exercise intensity on weight management; however, its effects on
in rats. Strength exercise was efficient in improving the lipid profile. mood state remain to be elucidated. Objective: The aim of this study
Endurance exercise performed at the ML intensity did not improve the was to verify the acute effects of different exercise intensities on mood
metabolic markers. Further studies are required in order to understand state in obese adolescents. Methods: The sample was composed by
the changes caused by different exercise protocols on blood chemistry. eight male obese adolescents (age 15.37 ± 2.08 years and BMI 33.44
Supported by Fapesp (2009/15336-9), Capes and CNPq. ± 4.70 kg/m²) involved in a multidisciplinary therapy to obesity con-
trol. Each individual underwent three experimental trials (crossover – 2
days washout): 1) control, subjects remained seated for 30 min; 2) low
PT.02.03 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E CIRCUNFERÊNCIA exercise intensity (10% bellow ventilator threshold); 3) high exercise
ABDOMINAL: FATORES DE RISCO PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL
intensity (10% above ventilator threshold). Each subject serves as his
Baruki SB1, Carrapateira LM2, Braga IM2 own control. For the exercise trials energy expenditure was set at 350
1
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) – Educação/Campus do kcal, estimated by indirect calorimetry. Validated self-report questio-
Pantanal (CPAN), 2 Secretaria de Saúde – Prefeitura Municipal de Corumbá
nnaires were used to assess symptoms of anxiety Trait/State (STAI)
Introdução: Obesidade aumenta o risco do desenvolvimento da hi- and mood (POMS), before and immediately after each trial. Data were
pertensão arterial (HA) e a incidência de eventos cardiovasculares. Da- analyzed by means of scores and delta percent; comparisons were made
dos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE – 2008) by ANOVA for repeated measures, and Duncan’s test as post-hoc. Re-
indicam que 28,2% das mortes no Brasil são devidas às doenças do sults: As expected, in response to high exercise intensity the adolescents
aparelho circulatório. Em Corumbá (MS), entre os anos de 2002 e presented lower vigor and higher fatigue than after control (p < 0.02)
2007, as causas de mortes somaram 62% em decorrência de doenças and low intensity (P < 0.01). An increase in anxiety state scores was
cardiovasculares, acarretando custo elevado no orçamento das uni- verified in response to low (6.62%) and high (18.62%) exercise intensi-
dades de saúde. Considerando-se que essas podem ser evitadas com ties. Conclusion: In conclusion, in obese adolescents, the acute effects
adoção de hábitos saudáveis, o Projeto Nossa Gente Saudável visa exercise on anxiety and mood state is dependent of intensity. Acknow-
conscientizar a população dos benefícios da atividade física para a re- ledgments: This research has financial support from CNPq (Bid Uni-
dução dos fatores de risco para essas doenças. Objetivos: Incentivar a versal and scientific initiation scholarship), UPE (Pibic and PFAUPE).
prática de exercícios físicos e determinar os seguintes fatores de risco: Thanks to the direction of the Escola Superior de Educação Física (phy-
obesidade, HA e medida da circunferência abdominal (CA). Meto- sical education departament) and especially all the volunteers.
dologia: As atividades físicas são ministradas duas vezes por semana References
para pacientes em quatro unidades básicas de saúde, em Corumbá 1. Giaccobi PR. Psychol Sport Exercise. 2005;6:67. 2. Berger BG. J
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des. Ao iniciarem o programa, os alunos são avaliados para determinar 2010;24:2184. 4. Ekkekakis P. Obesity (Silver Spring). 2010;18:79.
a prevalência de sobrepeso e obesidade, HA e CA. Resultados: Num 5. Hansen CJ. Health Psychology. 2001:20:267.
total de 127 mulheres, com média de idade igual a 56 anos ± 16,9,
verificou-se, conforme índice de massa corporal (IMC), que 26% são
eutróficas (IMC entre 18,5 e 24,9 kg/m), 40% estão com sobrepeso PT.02.05 EFEITO DE UM PROGRAMA DE TRATAMENTO
(IMC entre 25 e 29,9 kg/m) e 34% são obesas (IMC entre 30 e 39,9 MULTIDISCIPLINAR SOBRE A INSATISFAÇÃO DA IMAGEM
kg/m). A média de IMC foi igual a 28,2 kg/m2 ± 10,7. Em relação CORPORAL EM ADOLESCENTES OBESOS
à CA, observou-se que 92% estão com risco aumentado (≥ 88 cm) e Freitas CRM1, Sencades RG1, Silva HJG1, Lins TA1, Andrade MLSS1,
apenas 8% dentro da normalidade. Quanto à pressão arterial, eviden- Almeida LS1, Albuquerque LS1, Tenorio TRS1, Lofrano-Prado MC2,
ciou-se que 37% são normotensas (pressão sistólica < 130 mmHg e Almeida NCN3, Ferreira MNL3, Prado WL1
pressão diastólica < 85 mmHg), 5% são limítrofes (pressão sistólica
1
Universidade de Pernambuco (UPE) – Escola Superior de Educação Física
(ESEF), 2 UFPE – Pós-Graduação em Nutrição, 3 UPE – Unidade de Pesquisa Clínica
de 130-139 mmHg e pressão diastólica de 85-89 mmHg) e 58% são (Unipeclin)
hipertensas (pressão sistólica ≥ 140-159 mmHg e pressão diastólica
≥ 90-99 mmHg). Observou-se, por meio da estimativa de correlação Introdução: A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de
de Pearson, correlação positiva e significativa (p < 0,05) entre CA e gordura na forma de tecido adiposo, de etiologia multifatorial e in­

S47
RESUMOS PÔSTERES

fluência de fatores biopsicossociais. A discriminação e a aceitação dimi- cem os seus níveis de colesterol. O consumo de álcool e fumo pareceu
nuída pelos pares, bem como isolamento e o afastamento das ativida- ser relativo, e apenas N = 1, ou seja, 14,3% da amostra relataram ser
des sociais, desenvolvem no adolescente obeso uma insatisfação com tabagistas e 57,2% (N = 5) relataram consumir bebida alcoólica. Os
sua imagem corporal, sendo realidade de ambos os gêneros. Objetivo: participantes (N = 7 – 100%) relataram respeitar as normas de trânsito.
Analisar o efeito de um programa de tratamento multidisciplinar so- No que diz respeito a relacionamentos, 71,4% cultivam amigos e estão
bre a insatisfação da imagem corporal em adolescentes obesos. Meto- satisfeitos com seus relacionamentos, porém 57,2% relatam que em
dologia: O estudo caracteriza-se como descritivo com delineamen- seu tempo de lazer não praticam atividades esportivas nem de lazer,
to longitudinal. A amostra foi composta por 21 adolescentes obesos mas 71,4% procuram ser ativos na sua comunidade. Dos 7 (100%)
(IMC: 35,94 ± 4,52 kg/m) de ambos os gêneros, com idade entre participantes da pesquisa, 5 relataram não ter tempo durante o dia
12 a 19 anos, percentil ≥ 95 de IMC e púberes (estágio de Tanner para relaxar e 57,2% relataram que às vezes mantêm uma discussão
3 ou 4), submetidos a um programa multidisciplinar de 12 semanas quando estão contrariados. Conclusão: Foram observadas mudanças
para tratamento da obesidade. A insatisfação corporal foi determinada significativas nesse perfil, principalmente no que se refere à falta de
por meio do Body Shape Questionnaire (BSQ), classificando os sujeitos prevenção, nutrição inadequada, consumo de álcool excessivo, bem
com ausência de insatisfação e insatisfação. Para realização da análise como de cigarro. Revelou-se também falta de atividade física entre os
estatística, foram utilizados o teste qui-quadrado e o teste de Fisher usuários diabéticos.
por meio do software SPSS 17.0 com nível de significância adotado Referências
de p < 0,05. Resultados: Os dados demonstram que no momento 1. Nahas MV. Atividade física, saúde e qualidade de vida. 2003, p.
pré-tratamento os adolescentes apresentaram 80,95% de insatisfação 278. 2. Negrão CE. Cardiologia do Exercício do Atleta ao Cardio-
com a imagem corporal em algum grau (leve, moderada ou grave), pata. 2005, p. 1. 3. Camargo RAA. Rev Latinoam Enfermagem.
tendo uma redução significativa de insatisfação para 60,91% após as 12 2003;11:490.
semanas de tratamento (p = 0,053). Conclusão: Conclui-se que o tra-
tamento multidisciplinar diminuiu a insatisfação da imagem corporal
em ambos os gêneros de adolescentes obesos. Dessa forma, além de PT.02.07 FATORES RELACIONADOS À ADESÃO AO EXERCÍCIO
buscar programas de intervenção, é necessário adotar medidas de pre- FÍSICO NA OBESIDADE MÓRBIDA
venção, evitando que a prevalência da obesidade continue crescendo, Marcon ER1, Gus I1, Neumann CR1
favorecendo o descontentamento relacionado ao peso, que resulta em 1
Hospital de Clínicas de Porto Alegre – Instituto de Cardiologia do Rio Grande
uma imagem corporal negativa. Agradecimentos: A presente pesquisa do Sul
conta com apoio financeiro do CNPq (Edital Universal e bolsa de
iniciação científica) e da UPE (Pibic e PFAUPE). Agradecemos à di- Introdução: Indivíduos com obesidade mórbida têm aptidão cardior-
reção da Escola Superior de Educação Física (ESEF) e, especialmente, respiratória muito reduzida. A baixa tolerância ao exercício pode estar
a todos os voluntários. relacionada às altas taxas de desistência dos programas de condicio-
namento físico. Objetivo: Verificar se as características cardiometa-
Referências bólicas, antropométricas, sociodemográficas e osteomusculares basais
1. Lofrano-Prado MC. Health Qual Life Outcomes. 2009;7:1-8. 2. de indivíduos com obesidade mórbida podem interferir na adesão
Moreira LA. C. J Bras Psiquiatr. 2005;54(4):295-7. 3. Alves D. Mo- a um programa de exercícios físicos. Delineamento: Estudo experi-
tricidade. 2009;5(1):1-20. 4. Conway B. Obesity. 20045:3:145-51. mental não controlado do tipo antes e depois, com amostragem de
5. Conti MA. Revista de Nutrição. 2005;18(4):491-7. 6. Maturana L. conveniên­cia (por adesão). Material: Sessenta e um pacientes com
Revista Digital – Buenos Aires. 2004;10:71. índice de massa corporal acima de 40 kg/m², caracterizando a obesi-
dade mórbida, que participaram de um programa de exercícios físicos
orientados. Método: Foram avaliadas as características iniciais de indi-
PT.02.06 PERFIL DO ESTILO DE VIDA DE PORTADORES DE
víduos que participaram de um programa de exercícios físicos. Foram
DIABETES MELITO USUÁRIOS DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
avaliados: colesterol total, HDL-c, triglicerídeos, glicose, pressão ar-
PASSARINHO ALTO DA CIDADE DE RECIFE/PE
terial, IMC, dores articulares tabagismo, idade, escolaridade, gênero,
Lima ARS1 distância de habitação, distância percorrida no TC6M, HAS e VO2
1
Universidade de Pernambuco (UPE) – Escola Superior de Educação Física de pico estimada. Resultados: A média de idade dos pacientes foi
(ESEF)
de 40,9 anos e o IMC de 48,7 kg/m. Todas as variáveis metabólicas
Introdução: Foi realizada uma pesquisa para traçar o perfil do esti- não apresentaram diferenças significativas. As diferenças encontradas
lo de vida individual de portadores de diabetes usuários da unidade entre os dois grupos foram significativas somente no que se referia a
básica de saúde Passarinho Alto do distrito sanitário III da cidade de pressão arterial sistólica (p < 0,06) e gênero (masculino – p < 0,07).
Recife. Metodologia: A escolha da amostra deu-se aleatoriamente, A distância percorrida no TC6M (p < 1), a presença de hipertensão
sendo constituída por usuários de ambos os gêneros diabéticos que e o VO2 de pico estimado (p < 0,9) também não apresentaram di-
frequentavam a unidade básica de saúde, correspondendo a 25% (7) ferenças significativas. Conclusões: Os indivíduos não apresentaram
do total de 21 usuários cadastrados. Para o estudo, foi utilizado um diferenças basais significativas. Analisando as variáveis clínicas, parece
instrumento proposto por Nahas et al. (2001), denominado “Perfil difícil prever quais os pacientes com obesidade mórbida irão aderir a
do Estilo de Vida Individual”. A pesquisa teve a duração de uma se- um programa de exercícios físicos.
mana, entre os dias 1º e 9 de dezembro de 2010. Resultado: Entre
os participantes da pesquisa, foi observado, após a análise dos dados PT.03.01 ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPOSIÇÃO CORPORAL
quantitativos, que 57,2% (4) dos participantes são mulheres e 42,8% E PERFIL ALIMENTAR DE MULHERES ADULTAS ATENDIDAS EM
(3) são homens; para a análise geral dos dados não foi considerada a AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO
questão de gênero. Três sujeitos (N = 3; 42,8%) relataram que na sua Silva AR1, Abreu AF1, Montoro MS1, Albano RD1
alimentação diária apenas às vezes incluíam duas porções de frutas, e 1
Universidade Católica de Santos (Unisantos) – Centro de Ciências da Saúde
71,4% relataram ingerir às vezes esses alimentos (N = 5). Em relação à
prática de atividade física (AF), 57,2% (N = 4) não realizaram ao me- Introdução: Estudos recentes revelam associação entre perfil alimen-
nos 30 minutos de AF moderadas e/ou intensas, 85,7% (N = 6) não tar e composição corporal. Uma vez que a maior prevalência de obesi-
realizaram ao menos duas vezes por semana exercícios que envolvam dade é, entre outras causas, decorrente da alta ingestão energética que
força e alongamento muscular e 28,5% não caminham no seu dia a dia ocorre por mudanças quantitativas e/ou qualitativas na dieta, torna-se
e utilizam escadas. Em relação ao comportamento preventivo, 14,3% importante identificar como a composição corporal interage com o
(N = 1) desconhecem sua pressão arterial e 28,6% (N = 2) desconhe- hábito alimentar (Ayres AG. Rev Bras Obes Nutr Emagr. 2007;1:72.

S48
RESUMOS PÔSTERES

Mendonça CP. Cad Saude Publica. 2004;20:698). Objetivo: Analisar = 9,014, p = 0,029). Em relação à síndrome metabólica pelo crité-
a associação da composição corporal e morbidade referida com o perfil rio IDF, não houve relação com cor, sexo, idade, PA e IMC. Existiu
alimentar de mulheres adultas. Metodologia: Pesquisa do tipo trans- relação entre os dois critérios analisados (X² = 48,029, p < 0,001).
versal, com dados referentes à primeira consulta, obtidos de prontuá­ Conclusão: Pode-se observar que a obesidade e a hipertensão estão
rios de mulheres adultas atendidas em um Ambulatório de Nutrição relacionadas com a síndrome metabólica considerando-se o critério
pertencente a uma Instituição de Ensino Superior, no período de brasileiro. Verifica-se, ainda, que o critério brasileiro apresenta mais
2001 a 2009, no município de Santos/SP. Coletaram-se variáveis de relações que o IDF, isso pelo fato de o IDF ter a cintura abdominal
composição corporal (índice de massa corporal, percentual de gor- como critério obrigatório. Apesar da não padronização mundial para
dura obtida por impedância bioelétrica e circunferência abdominal), o critério da SM, consideramos o critério brasileiro com boa sensibili-
morbidade referida e de consumo alimentar, avaliados por meio de dade e especificidade.
questionário de frequência alimentar, sendo analisadas as frequências
médias diárias de consumo (FMDC) de cada grupo de alimentos e
de alguns alimentos específicos. Para a análise estatística, utilizou-se o PT.03.03 EQUAÇÕES DE GASTO ENERGÉTICO E O USO DA
CALORIMETRIA INDIRETA: ATÉ ONDE AS EQUAÇÕES SÃO
teste “t” de Student, com nível de significância de 5% (p < 0,05). Re-
CONFIÁVEIS?
sultados: Foram analisados 1.915 prontuários. O diagnóstico de obe-
sidade (IMC ≥ 30 kg/m²) foi encontrado em 45,85% da população Moreira ASB1, Moreno B1, Valente da Silva HG1
de estudo, enquanto 83,45% tinham circunferência abdominal ≥ 80
1
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – DNA

cm e 59,94% tinham percentual de gordura corporal ≥ 32%, portan-


A determinação do gasto energético de obesos é uma tarefa difícil.
to com maior risco para doenças associadas à obesidade. Morbidades
A importância da estimativa adequada das necessidades energéticas é
foram referidas por 50,61% da amostra, sendo a hipertensão arterial a
evitar a oferta inadequada de calorias, o que pode aumentar a mor-
mais referida (19,74%). O IMC ≥ 25 kg/m² associou-se positivamente
bidade clínica e provocar ganho de peso. O objetivo deste estudo foi
com as FMDC de carnes e ovos, feijões, refrigerantes e suco em pó.
comparar o GER de indivíduos obesos por meio da calorimetria com
A circunferência abdominal ≥ 80 cm e o percentual de gordura aci-
fórmulas estabelecidas. Métodos: Estudo transversal realizado no am-
ma da média (≥ 24%) associaram-se com maior FMDC de adoçantes
bulatório de obesidade/nutrição. Foram realizadas medidas antropo-
em detrimento de leites e derivados e açúcares e doces. A obesidade
métricas (peso, altura e IMC), avaliado o gasto energético de repouso
central também se associou positivamente com a FMDC de feijões e
(GER) por meio da calorimetria indireta (CI – calorímetro Vmáx, Encore
hortaliças. O relato de hipertensão arterial associou-se positivamente
29) e utilizadas equações preditivas para estimativa da taxa metabólica
com as FMDC de hortaliças, frutas, café e adoçantes e negativamente
basal (TMB) por Harris Benedict e pela FAO (85). O gasto energético
com as de açúcares e doces, salgados fritos ou assados e pizza. Conclu-
total (GET) foi estimado pela fórmula da DRI 2002 para indivíduos
são: Foram encontradas importantes associações do consumo alimen-
obesos, uma vez que esta utiliza a água duplamente marcada, padrão-
tar com a composição corporal e morbidade referida, especialmente a
-ouro para estimativa de GET. Os dados foram analisados no programa
hipertensão arterial.
SPSS e utilizaram-se o teste t Student e a correlação de Pearson. Dados
apresentados como média ± desvio-padrão, considerando significância
PT.03.02 SÍNDROME METABÓLICA E FATORES ASSOCIADOS com p < 0,05. Resultados: Foram avaliados 21 obesos (45 ± 14 anos)
Inácio LB1, Fagundes ALR1, Menezes E1, Magnino FS1, Mendonça ALS1, com IMC médio de 38,7 ± 6,0 kg/m. As equações utilizadas (HB,
Redondo LS1, Ribeiro NC1, Dias CR1, Carvalho NV2, Lopes ICR3, Cunha FAO e DRI) tiveram forte correlação com a CI (r = 0,464; r = 0,769;
MF4, Magalhães FO1 r = 0,898, respectivamente, p < 0,01). A estimativa da TMB por HB
1
Universidade de Uberaba (Uniube) – Medicina, 2 Uniube – Educação Física, (1.356 ± 233 kcal) foi a que melhor se aproximou dos valores da CI
3
Uniube – Biomedicina e Medicina, 4 Uniube – Nutrição (1.440 ± 284 kcal), sem diferença estatística entre os valores. A TMB
estimada pela FAO foi de 1.783 ± 371 kcal, superestimando os valores
Introdução: Síndrome metabólica é um conjunto de alterações fi-
de GER em 25% (intervalo de confiança 17%-32%). O GET estimado
siopatológicas simultâneas que aumentam o risco de doenças cardio-
pela DRI para manutenção do peso em indivíduos obesos foi de 2.242
vasculares. Objetivos: Esse estudo teve como objetivo determinar a
± 463 kcal, correspondendo em média a 65% da GER. Com o objetivo
prevalência de síndrome metabólica e seus fatores associados, durante
de perda de peso, sugere-se uma redução de 500 kcal na DRI (cor-
evento de responsabilidade social, no bairro Amoroso Costa, Ube-
respondendo a 85% do GER), pois a restrição de 750 kcal (101% do
raba/MG. Métodos: Participaram do projeto 71 pessoas da comu-
GER) induziria a prescrição de calorias inferiores. Conclusão: A FAO
nidade, por demanda espontânea, na faixa etária de 14 a 88 anos,
superestima a TMB, quando comparada ao HB, e esta foi a única capaz
sendo 51 do sexo feminino e 20 do sexo masculino. Os critérios para
de predizer os valores da GER em obesos. Uma vez que a DRI é um
classificar a síndrome metabólica foram de acordo com as Diretrizes
bom método para estimativa de GET na manutenção de peso de obesos,
Brasileiras de Síndrome Metabólica e a International Diabetes Fede-
sugere-se utilizá-la com redução de apenas 500 calorias sem risco meta-
ration. Os dados foram analisados por meio do programa SPSS 14.0
bólico de dieta com calorias inferiores a TMB. Apoio financeiro: Faperj.
pelo teste de qui-quadrado ou, quando necessário, teste de Fischer,
com nível de significância de 5%. Resultados: Das 71 pessoas, 57,7%
eram brancas, 11,3%, negras e 31%, pardas; 71,8% eram do sexo fe- PT.03.04 PRESCRIÇÃO DE VALORES FIXOS DE CALORIAS POR
minino; 14,1% apresentaram pressão arterial limítrofe e 14,1%, HAS; QUILO DE PESO, DE ACORDO COM O GRAU DE OBESIDADE: É
1,4% apresentaram baixo peso, 35,2%, sobrepeso e 19,7%, obesidade; VIÁVEL?
7,5% apresentaram hipercolesterolemia, 40,3%, hipertrigliceridemia; Moreira ASB1, Moreno B1, Valente da Silva HG1
39,4% apresentaram obesidade abdominal pelo critério brasileiro e 1
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – DNA
59,2% pelo critério da IDF; 17,9% apresentaram disglicemia pelo crité-
rio brasileiro e 29,9% pelo critério da IDF. A prevalência de síndrome Objetivo: Comparar o gasto energético nos diferentes graus de obesi-
metabólica foi de 18,2% pelo critério brasileiro e 19,1% pelo critério da dade a fim de propor uma quantidade fixa de calorias por quilo de peso,
IDF. A síndrome metabólica pelo critério brasileiro não teve relação de acordo com o grau de obesidade. Métodos: Estudo transversal,
com cor, sexo e idade, mas apresentou relação com a PA; dos pacien- realizado no Ambulatório de Obesidade/Nutrição. Foram realizadas
tes com síndrome metabólica, 10,2% apresentaram PA normal, 44,4% medidas antropométricas (peso, altura e IMC) e calorimetria indireta
apresentaram PA limítrofe e 37,5% apresentaram HAS (X² = 8,276, p (CI) para avaliação do gasto energético de repouso (GER) – Calorí-
= 0,016). Houve relação com IMC, e dos pacientes com baixo peso, metro Vmáx, Encore 29. O gasto energético total (GET) foi estimado
0% apresentou síndrome metabólica, 3,4% apresentaram IMC normal, utilizando-se a fórmula da DRI 2002 para indivíduos obesos (uma vez
26,1% apresentaram sobrepeso e 38,5% apresentaram obesidade (X² que esta utiliza a água duplamente marcada, padrão-ouro para estima-

S49
RESUMOS PÔSTERES

tiva de GET). O grau de obesidade (OB) foi classificado utilizando-se PT.03.06 ASSOCIAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS
os pontos de corte de índice de massa corpórea (IMC) proposto pela E O PERFIL GLICÊMICO E LIPÍDICO EM MULHERES IDOSAS
Organização Mundial de Saúde (OMS) em: OB1 = 30-34,9, OB2 = Reis Filho AD1, Santini E2, Coelho CF3, Voltarelli FA3, Ferrari Jr J4,
35-39,9 e OB3 > 40. Tanto o GER quanto o GET foram ajustados pelo Ravagnani FCP5, Fett WCR3, Fett CA3
peso atual. Utilizou-se a estatística da ANOVA com pós-teste de Turkey 1
Universidade de Cuiabá (Unic); Centro Universitário de Várzea Grande (Univag);
para comparar GET e GER, nos três graus de obesidade, além de ajustá- Faculdades de Ciências Sociais e Aplicadas de Diamantino (Uned) – Educação
Física, 2 Unic – Nutrição, 3 Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) –
-los pelo peso atual. Foi considerado significante p < 0,05. Resultados: Educação Física, 4 UFMT – Medicina, 5 Univag – Educação Física
Total de 21 pacientes, média de idade de 45 ± 14 anos, 3 homens e 18
mulheres. O peso e o IMC médio foram respectivamente: 100,2 ± 21,4 Introdução: O envelhecimento, assim como a obesidade, tem aumen-
kg e 38,7 ± 6,0 kg/m. Sete apresentaram OB1, 6, OB2 e 8, OB3. Em tado em vários países, principalmente naqueles em desenvolvimento e
relação ao total calórico, a média do GET foi de 2266,8 ± 465,2, en- nos desenvolvidos [Cunha J. Nutr Health Aging. 2007;11(1):15-9].
quanto o GER foi de 1456,1 ± 286,5 kcal. Estratificando e comparan- Acompanhando esse processo, modificações importantes ocorrem na
do cada método com o grau de obesidade, não se encontrou diferença composição corporal de idosos, tais como redução da massa muscular
significativa. Entretanto, quando foram utilizados os métodos GER e acompanhada de aumento de tecido adiposo, principalmente ao re-
GET ajustados pelo peso atual, houve diferença significativa entre as ne- dor da cintura (Perissinotto E. Brit J Nutr. 2002;87:177-86), o qual
cessidades calóricas nos dois grupos – OB1 e OB3 –, em ambos os mé- apresenta relação direta com a patogênese do diabetes melito tipo 2,
todos: GER – 15 x 12 kcal/kg (p = 0,002); GET – 25 x 21 (p = 0,005). perfil dislipidêmico, hipertensão arterial, infarto agudo do miocárdio,
Conclusão: Quanto maior o grau de obesidade, menor a necessidade síndrome metabólica, entre outras doenças crônicas não transmissí-
calórica (GER/GET), ajustado pelo peso. Sugerem-se valores fixos de veis (Lechleitner. Gerontology. 2008;54:253-9). Objetivo: Estudo
calorias/kg de peso atual: No caso de obesos grau 1 = 15 e de obesos transversal com o objetivo de associar variáveis antropométricas, per-
grau 3 = 12, apesar da amostra reduzida. Apoio financeiro: Faperj. fil lipídico e glicêmico em 102 idosas de três centros de convivên-
cia do município de Cuiabá/MT, Brasil, com idade entre 60 e 84
anos. Métodos: Avaliaram-se o índice de massa corporal, a relação
PT.03.05 AVALIAÇÃO DE CINTURA, QUADRIL E RELAÇÃO
cintura-quadril, a circunferência abdominal, o percentual de gordura,
CINTURA-QUADRIL NA SÍNDROME METABÓLICA, DURANTE
a glicemia em jejum, a glicemia pós-prandial, a hemoglobina glica-
EVENTO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL
da, o triglicérides, o colesterol total e suas frações HDL-c e LDL-c.
Magnino FS1, Menezes E1, Dias CR1, Inácio LB1, Mendonça ALS1,
Resultados: Houve associação significativa entre: IMC e glicemia de
Fagundes ALR1, Lopes ICR2, Magalhães FO1, Cunha MF3, Carvalho
NV4, Redondo LS1, Ribeiro NC1
jejum (r = 0,26; p = 0,03) e glicemia pós-prandial (r = 0,24; p = 0,05);
relação cintura-quadril e glicemia de jejum (r = 0,30; p = 0,01), gli-
1
Universidade de Uberaba (Uniube) – Medicina, 2 Uniube – Biomedicina e
Medicina, 3 Uniube – Nutrição, 4 Uniube – Educação Física cemia pós-prandial (r = 0,25; p = 0,04) e triglicérides (r = 0,25; p =
0,05); circunferência abdominal e glicemia de jejum (r = 0,35; p =
Introdução: Síndrome metabólica (SM) é a associação de diver- 0,005) e glicemia pós-prandial (r = 0,31; p = 0,01), todos no gru-
sos distúrbios fisiopatológicos que, associados, aumentam o risco de po de 60-69 anos; já em relação ao grupo > 70 anos, as associações
mortalidade por eventos cardiovasculares em até 2,5 vezes. Estudos ocorreram entre: percentual de gordura e colesterol total (r = 0,37;
verificaram uma associação significativa entre a medida de cintura, a p = 0,01) e circunferência abdominal e glicemia de jejum (r = 0,29;
prevalência de HAS e outros fatores de risco, enquanto outros indi- p = 0,05) e glicemia pós-prandial (r = 0,30; p = 0,04). Quanto à aná-
cam a relação cintura-quadril (RCQ) como principal fator preditivo lise de regressão múltipla, houve significância para: IMC e colesterol
independente para os distúrbios da SM. Objetivo: Avaliar qual dos total (p = 0,03); relação cintura-quadril com triglicérides (p = 0,003) e
parâmetros – cintura, quadril e RCQ –têm maior relação com os fato- com colesterol total (p = 0,004); circunferência abdominal com glice-
res utilizados no diagnóstico para SM. Metodologia: Durante o Dia mia de jejum (p = 0,02), com triglicérides (p = 0,006), com colesterol
da Responsabilidade Social, foram colhidos dados para avaliação da total (p = 0,001) e com LDL-c (p = 0,02) todos para o grupo > 70
prevalência de SM em 71 indivíduos (14-88 anos) que compareceram anos. Conclusão: As variáveis antropométricas apresentam fragilidade
espontaneamente ao evento. Os critérios diagnósticos utilizados neste para associação com a bioquímica sanguínea de idosas. Entretanto,
estudo foram os preconizados pela I Diretriz Brasileira de Diagnóstico os marcadores de gordura corporal parecem estar associados à piora
e Tratamento de SM. Os participantes foram submetidos a medidas bioquímica, sendo a circunferência da cintura a que mais se associa,
antropométricas, medida de PA, perfil lipídico e glicemia capilar. Os especialmente em relação as mais idosas.
dados foram analisados pelo software SSPSS 14.0, por meio do teste de
correlação de Spearman, com nível de significância de 5%. Resultados:
PT.03.07 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ESCOLARES
Dos indivíduos avaliados, 71,8% eram do sexo feminino; 57,7% eram
FREQUENTADORES DE ESCOLAS MUNICIPAIS DA CIDADE DE
brancos, 11,3%, negros e 31%, pardos; as idades de maior prevalência GUARULHOS
foram 37 e 41 anos, com 5,6% cada. Quanto à PA, ao IMC e à obesi-
Nuzzo L1, Freiberg CK1, Pelliciari MC1, Paulino1, Fiore EG1, Araújo M1,
dade abdominal, 71,8% apresentaram PA normal, 14,1%, PA limítrofe
Monteiro NA1, Las Casas A1, Iglesias S2
e 14,1%, HAS; 1,4% apresentaram baixo peso, 43,7%, peso normal, 1
Universidade Guarulhos – Nutrição, 2 Associação Paulista de Medicina –
35,2%, sobrepeso e 19,7%, obesidade; 59,2% apresentaram obesidade Guarulhos
abdominal segundo critérios do IDF. Houve correlação positiva entre
os seguintes parâmetros: glicemia e colesterol (R = 0,323, p = 0,004); O estado nutricional é um fator de fundamental importância para a
colesterol e triglicérides (R = 0,348, p = 0,002); colesterol e RCQ saúde pública. A desnutrição e a obesidade, especialmente na infância,
(R = 0,269, p = 0,015); colesterol e cintura (R = 0,236, p = 0,027); são distúrbios que podem trazer sérios danos à saúde. O presente tra-
triglicérides e RCQ (R = 0,283, p = 0,011); triglicérides e cintura (R balho teve a finalidade de diagnosticar o perfil da população de escola-
= 0,301, p < 0,01); triglicérides e quadril (R = 0, 241 e p = 0,026); res do município de Guarulhos para nortear as Secretarias Municipais
RCQ e cintura (R = 0,702, p < 0,01); RCQ e quadril (R = 0,280, p = de Educação e de Saúde na proposta de programas de educação em
0,009); RCQ e PA sistólica (R = 0,226, p = 0,030); cintura e quadril saúde e de intervenção de possíveis problemas detectados. Trata-se
(R = 0,803, p < 0,01); cintura e PA diastólica (R = 0,209, p = 0,041); de estudo transversal com coleta de dados primários, realizado em
PA sistólica e PA diastólica (R = 0,693, p < 0,01). Conclusão: Este parceria entre o curso de nutrição da Universidade Guarulhos e a As-
trabalho apresentou concordância com a literatura ao apontar a cintura sociação Paulista de Medicina, regional Guarulhos, e com o apoio das
e a RCQ como melhores fatores preditivos independentes para diag- Secretarias Municipais de Educação e de Saúde do referido município.
nosticar SM, portanto deve fazer parte da rotina clínica associada ao A população do estudo foi composta por 2.903 escolares de 5 a 10
IMC, aumentando a sensibilidade para complicações cardiovasculares. anos, 1.435 do sexo masculino e 1.468 do sexo feminino, matricu-

S50
RESUMOS PÔSTERES

lados no ensino fundamental de nove escolas públicas mantidas pela maior sensibilidade, seguida da DC e BIA. Todas as técnicas fornece-
Secretaria Municipal de Educação de Guarulhos, previamente convi- ram valores fortemente associados ao IMC. Contudo, o IMC classi-
dados. Este estudo foi submetido à avaliação de um Comitê de Ética ficou alguns indivíduos como eutróficos, mesmo apresentando %GC
atendendo ao disposto na Resolução nº 19,6 de 10/10/1996, do acima de 30%. Apoio financeiro: Fapemig.
Conselho Nacional de Saúde. A avaliação antropométrica baseou-se
na tomada de peso e de estatura e os dados foram analisados mediante
os indicadores peso/estatura e estatura/idade, expressos em score-Z, PT.03.09 VALIDAÇÃO CRUZADA DE DIFERENTES EQUAÇÕES
conforme WHO/1995, sendo adotados como padrão de referência os PARA A ESTIMATIVA DO PERCENTUAL DE GORDURA EM
dados da Organização Mundial da Saúde (2005/6). No tocante ao es- IDOSAS
tado nutricional baseado no IMC, verificou-se 1,25% (n = 37) de ma- Santini E1, Reis Filho AD2, Coelho CF3, Voltarelli FA3, Ravagnani FCP4,
greza, 16,33% (n = 474) de sobrepeso e 13,03% (n = 378) de obesida- Fett WCR3, Fett CA3
de, e 69,38% (n = 2.014) se encontravam em normalidade. Quanto à 1
Universidade de Cuiabá (Unic) – Nutrição, 2 Unic – Educação Física,
3
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – Educação Física,
estatura, 2,24% (n = 65) apresentaram estatura baixa para a idade, oito 4
Centro Universitário de Várzea Grande (Univag) ­– Educação Física
deles com excesso de peso, enquanto 97,76% (n = 2.838) apresenta-
ram estatura adequada. O excesso de peso em crianças e adolescentes Introdução: A mensuração da composição corporal é de fundamental
pode trazer sérias consequências, pois estudos têm demonstrado que importância para os estudos e acompanhamentos de programas que
problemas como formação de placas ateroscleróticas, intolerância à visem a alterações de seus componentes [Fett. Rev Bras Cineantro-
glicose, diabetes melito não insulinodependente, dislipidemia e hi- pom Desempenho Hum. 2006;8(1):29-36] e estes, por sua vez, com
pertensão arterial, entre outros, também estão presentes na infância. o estado geral de saúde. Porém, quando se emprega a avaliação de
Os dados resultantes desta pesquisa são inferiores aos encontrados no dobras cutâneas para estimar o percentual de gordura em idosos, dú-
estudo nacional conduzido pelo IBGE (POF 2008/2009), mas ainda
vidas são levantadas, pois a imprecisão de tais medidas em decorrência
assim são preocupantes e foram encaminhados aos gestores públicos
de alterações morfológicas marcantes, entre as quais o aumento da
apoiadores do estudo para auxílio na implementação das políticas pú-
gordura corporal, a redução de massa magra, além de modificações
blicas do município e atendimento específico aos que apresentaram
na densidade mineral óssea e na proporção entre água intra e extra-
distúrbio nutricional.
celular [Barbosa AR. Arch Latinoam Nutr. 2001;51(1):49-56], pode
ocasionar erros de mensuração. Objetivos: Associar os percentuais de
gordura estimados por dobras cutâneas aos obtidos por bioimpedância
PT.03.08 AVALIAÇÃO E COMPARAÇÃO DOS PERCENTUAIS em idosas. Métodos: Participaram do estudo 45 idosas com idade
DE GORDURA CORPORAL DE MULHERES OBESAS POR entre 61 e 83 anos. A massa corporal e a estatura foram mensuradas
ANTROPOMETRIA, BIOIMPEDÂNCIA E ABSORTOMETRIA em uma balança Soehnle®. Utilizou-se um compasso de dobras cutâ-
RADIOLÓGICA DE DUPLA ENERGIA neas Lange® para a coleta das dobras: bicipital, tricipital, subescapular,
Lopes DCF1, Amorin LL1, Batista MA1, Silvestre MPC1 suprailíaca e coxa média. Foram mensuradas, com fita antropométrica
1
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – Faculdade de Farmácia – Sanny®, as circunferências da cintura e abdominal. Utilizaram-se pro-
Departamento de Alimentos tocolos (Durnin e Womersley, 1974; equação 1; Jackson et al., 1980;
equação 2; Visser et al., 1994; equação 3; Lean et al., 1996; equação
A obesidade é uma doença crônica que cresce de forma epidêmica em 4; Fett, 2009; equação 5) para o cálculo do percentual de gordura.
todo o mundo e está estreitamente associada com o desenvolvimento
A composição corporal por bioimpedância elétrica (BIA) foi realizada
de doenças crônicas não transmissíveis. A avaliação nutricional repre-
com o aparelho Maltron® BF-906. Para testar a validade cruzada das
senta uma abordagem completa da composição corporal, e diversos
equações em relação à BIA, foram seguidos os critérios propostos por
métodos podem ser empregados para essa finalidade. O objetivo deste
Lohman, sendo calculados o erro constante (EC), o erro total (ET) e
estudo transversal consistiu em avaliar e comparar os percentuais de
o erro-padrão de estimativa (EPE). Os resultados foram plotados em
gordura corporal (%GC) de mulheres obesas, obtidos por três me-
diagrama de dispersão de acordo com o recomendado por Bland e
todologias diferentes: antropometria, bioimpedância (BIA) e absor-
tometria radiológica de dupla energia (DEXA). Participaram deste Altman para análise da concordância entre os resultados. Resultados:
estudo 28 voluntárias com média de 27,7 anos, 76,2 kg, 1,63 m de al- Os dados obtidos na validação cruzada foram: %G-BIA (critério) vs.
tura e índice de massa corporal (IMC) de 28,5 kg/m². Os percen­tuais equação 1 (r = 0,59; p < 0,0001; EPE = 3,10); equação 2 (r = 0,50; p
de gordura corporal foram obtidos por DEXA com o equipamento = 0,001; EPE = 5,04); equação 3 (r = 0,43; p = 0,004; EPE = 1,70);
Lunar, modelo DPX-IQ (Lunar Radiation Corporation, Madison, equação 4 (r = 0,50; p = 0,0004; EPE = 5,23) e equação 5 (r = 0,60;
EUA). As dobras cutâneas (DC) do tríceps, bíceps, subescapular e p < 0,0001; EPE = 4,45), respectivamente. Conclusão: Apesar do
suprailíaca foram aferidas em triplicata com o compasso Lange (Cam- EPE relativamente alto, a equação 2 e a equação 5 são as mais indica-
bridge Scientific Industries, Cambridge, EUA). Na BIA, a resistência das para a utilização em idosas, pois na análise do diagrama de disper-
e a reactância corporal foram medidas empregando-se o equipamento são foram as que mais se aproximaram da média.
Biodynamics (versão 8.01, modelo 310, Biodynamics Corporation,
Seattle, EUA). Os resultados de gordura corporal obtidos por DC,
PT.03.10 ANÁLISE DO PERFIL LIPÍDICO E SÍNDROME
BIA e DEXA foram submetidos à análise pelo teste de Wilcoxon de
METABÓLICA DE ESCOLARES ADOLESCENTES DE PERIFERIA DO
postos sinalizados para análise da normalidade. Para identificar a asso- MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS/SP, BRASIL
ciação entre os escores das DC e BIA com DEXA, empregaram-se os
Santa Maria ASL1, Duarte ACGO1, Fiorese MS2, Duarte FO1, Junior AEA1,
testes de correlação, regressão linear simples, coeficiente de correlação
Rosante MC1, Speretta GFF1, Wenzel IC1, Medina WL3
de Pearson e teste t de Student. Para o processamento e análise dos 1
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – Educação Física e Motricidade
dados, foram utilizados os programas estatísticos SPSS versão Trial Humana, 2 Universidade Camilo Castelo Branco (Unicastelo) – Educação Física,
17.0 (SPSS, Inc., IL, EUA) e Minitab (Minitab, Inc., PA, EUA). 3
UFSCar – Departamento de Medicina
Os resultados do percentual de gordura corporal determinados por
DEXA, DC e BIA apresentaram médias de 44,1%, 39,8% e 34,3%, A Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 1985, considera a
respectivamente. Os dados de IMC para classificação de obesidade obesidade como uma doença, por atingir índices alarmantes, tornando-
diferiram estatisticamente quando comparados com os três métodos. -se um sério problema de saúde pública no mundo. O adolescente foi
Assim, foram observadas diferenças significativas entre os percentuais selecionado por passar por um período de grandes alterações fisiológi-
de gordura corporal obtidos pelas três técnicas, e a DEXA apresentou cas e hormonais oriundas da fase final da maturação e formação do indi-

S51
RESUMOS PÔSTERES

víduo adulto, com o aumento expressivo de tecido adiposo e alterações -operatório das pacientes submetidas à cirurgia bariátrica. Materiais e
na composição corporal. Foram avaliados 68 adolescentes de 11 a 18 métodos: Estudo descritivo realizado em clínicas particulares de Ube-
anos, de ambos os gêneros, com indicativos de síndrome metabólica, raba/MG e São Luís/MA. Foram avaliadas quatro pacientes do sexo
e mensurado o índice de massa corporal, pressão arterial, colesterol to- feminino, com faixa etária entre 20 e 60 anos, no período de abril a
tal, HDL, LDL e triglicérides. Os resultados do perfil lipídico foram novembro de 2010; Para avaliação antropométrica, foram utilizados
analisados de acordo com o IMC e o gênero. Com relação ao IMC, a balança digital eletrônica com capacidade de 300 kg e estadiômetro
prevalência de sobrepeso foi de 22,05%, enquanto 66,17% dos estudan- fixado na parede para estatura; para circunferência abdominal, fita mé-
tes eram eutróficos e 8,82% apresentavam obesidade. Não foram encon- trica (2 m); para os exames bioquímicos: hemograma completo, coles-
tradas diferenças estatisticamente significantes para a pressão arterial e terol total, lipoproteína de alta densidade (HDL), lipoproteína de bai-
os níveis de colesterol total e sua fração LDL, quando estratificado por xa densidade (LDL), triglicérides (TG) e glicemia de jejum (GJ) foram
gênero. Destaca-se a alteração do HDL-colesterol, verificando-se ní- analisados no pré-operatório, 20, 60 e 80 dias pós-cirurgia bariátrica
veis elevados em 19,11% em ambos os gêneros, independentemente do pelo método Fobi-Capella. Resultados: Todas as pacientes tiveram
IMC. Foi observado que 22,05% das meninas apresentaram níveis ele- uma melhora nas medidas antropométricas no final do estudo, média
vados e limítrofes de triglicérides. Os resultados demonstram a necessi- percentual de perda de peso de 18,29%, IMC de 19,27% e circunfe-
dade da adição de medidas preventivas, a fim de evitar que esses adoles- rência abdominal de 14,76%. No perfil bioquímico também houve
centes venham a se tornar adultos obesos e desenvolvam outras doenças uma redução significativa nos níveis de TG, colesterol total, LDL-c,
crônicas. Ainda na escola, a primeira medida foi à conscientização dos HDL-c, GJ, com valores de 39,60%, 27,76%, 22,35%, 34,84% e 8,80%
pais e responsáveis da atual condição de seus filhos e o encaminhamento respectivamente. A hemoglobina manteve-se dentro dos padrões de
dos casos mais acentuados ao posto de saúde para novos exames. normalidade. Conclusão: Pode-se concluir que a cirurgia bariátrica
teve um impacto positivo na redução das medidas antropométricas
PT.03.11 ANÁLISE DO PADRÃO COMPORTAMENTAL e no perfil bioquímico das pacientes avaliadas, tais como: peso, que
(BULIMIA/ANOREXIA/IMAGEM CORPORAL) E ALIMENTAR DE reduziu em média 18,29%; IMC, 19,27%; e circunferência abdominal,
ADOLESCENTES COM SÍNDROME METABÓLICA 14,76%; GJ reduziu em média 8,80%, colesterol total, 27,76%, TG,
Santa Maria ASL1, Duarte ACGO2, Fiorese MS3, Duarte FO2, Junior AEA2, 39,60%, LDL-c, 22,35% e HDL-c, 34,84%. Sendo assim, para que a
Rosante MC2, Speretta GFF2, Silvestre JGO1, Wenzel IC2, Medina WL4 cirurgia bariátrica continue tendo sucesso duradouro, é necessário que
1
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – Educação Física e Motricidade as pacientes continuem fazendo acompanhamento periódico com a
Humana,2 UFSCar – Educação Física, 3 Universidade Camilo Castelo Branco equipe multidisciplinar. Palavras-chave: obesidade, cirúrgica bariátri-
(Unicastelo) – Educação Física, 4 UFSCar – Departamento de Medicina
ca, perfil bioquímico e antropométrico.
Estudos sobre anorexia nervosa, bulimia e insatisfação corporal no Bra-
sil são escassos, sobretudo com um enfoque populacional. A incidência PT.04.02 INTOLERÂNCIA ALIMENTAR E PERFIL BIOQUÍMICO DE
dessas patologias geralmente ocorrem na adolescência em virtude de PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA
preocupações com a nova forma e o novo peso do corpo, exigindo uma Souza RS1, Lacerdas DC1, Raposo OFF2, Barbosa KBF1, Lima FEL1,
readaptação à imagem corporal. De acordo com a American Heart As- Brito LC1
sociation, todas as crianças e adolescentes deveriam ter um padrão die- 1
Universidade Federal de Sergipe (UFS) – Núcleo de Nutrição, 2 UFS –
tético saudável, rico em frutas, vegetais, grãos integrais, carne branca, Departamento de Estatística
e restrito em gordura saturada, colesterol, sal e açúcares, acompanhado
por atividade física regular. O estudo teve como objetivo analisar o pa- Introdução: A cirurgia bariátrica é considerada padrão-ouro no trata-
drão comportamental e o consumo alimentar de 55 adolescentes com mento da obesidade mórbida. Entretanto, no pós-operatório há uma
indicativos de síndrome metabólica, com idades entre 11 e 18 anos, grande incidência de complicações e deficiências nutricionais. Obje-
de ambos os gêneros, de uma escola de periferia de São Carlos. Todos tivos: Caracterizar as principais intolerâncias alimentares, a qualidade
os adolescentes responderam a um questionário recordatório de um da dieta e o perfil bioquímico associados à perda de peso em pacientes
dia típico. Para análise comportamental, foram utilizados o Body Shape submetidos à cirurgia bariátrica. Metodologia: Estudo transversal,
Questionnaire, a Binge Eating Scale e o Bulimic Investigatory Test Edin- com 26 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Para caracterizar as
burgh. Foram analisados, para ambos os gêneros, a média e o desvio- intolerâncias alimentares foi utilizado um questionário específico; pon-
-padrão da energia total e macronutrientes (H 1860,57 ± 845,02; M tuações abaixo de 24 (escore mínimo) se referem à presença de into-
2007,04 ± 749,34), carboidratos (H 56,02 ± 5,20; M 51,44 ± 12,45), lerância alimentar. O perfil bioquímico foi obtido por meio dos pron-
proteínas (H 19,94 ± 4,25; M 19,71 ± 6,65) e lipídios (H 24,04 ± tuários dos pacientes. A avaliação do consumo alimentar foi realizada
4,30; M 26,30 ± 5,84). A análise comportamental mostrou que 20,32% utilizando a média de três recordatórios de 24 horas. Foi calculado o
dos adolescentes apresentam compulsão moderada e grave, 20,30% Índice de Qualidade da Dieta (IQD). Os pacientes foram divididos em
apresentam insatisfação com seu próprio corpo e 50%, níveis de bulimia grupos de acordo com o tempo de pós-operatório: Grupo 1 (G1), de
médio e elevado. De acordo com o presente estudo, evidencia-se a ne- 0 a 6 meses, Grupo 2 (G2), de 6 meses e 1 dia a 12 meses, Grupo 3
cessidade da promoção da saúde, educando nutricionalmente, com ên- (G3), de 12 meses e 1 dia a 24 meses, e Grupo 4 (G4), acima de 24
fase na escolha apropriada dos alimentos, principalmente nas refeições meses e 1 dia de pós-operatório. Foi avaliado o percentual de perda de
intermediárias, e fisicamente mostrando os benefícios da atividade física excesso de peso (%PEP). Para análise estatística, utilizou-se o software
no controle epidêmico da obesidade e doenças associadas. SPSS, versão 18. Considerou-se o nível de significância estatística de
5%. Resultados: Todos os grupos apresentaram intolerância alimentar.
Os alimentos menos tolerados foram: cuscuz, arroz, farinha de man-
PT.04.01 AVALIAÇÃO DO PERFIL BIOQUÍMICO E
ANTROPOMÉTRICO NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA
dioca, doces e carne vermelha. Os sintomas relatados como resposta
BARIÁTRICA às intolerâncias alimentares foram: vômito e síndrome de Dupping.
A média de consumo alimentar dos pacientes do G1 foi de 977,81 ±
Monteiro VSM1, Paiva FA1, Santos DF1, Assunção JFL1
226,36 kcal, no G2, de 849,32 ± 226,42 kcal, no G3, de 803,08 ±
1
Universidade Gama Filho (UGF) – Instituto Brasileiro de Ensino e Pesquisa em
Fisiologia do Exercício 170,8 kcal e no G4, de 674,37 ± 159,95 kcal. O valor médio do IQD
foi de 63,91, com 96,15% das dietas “necessitando modificações”.
Introdução: A obesidade é considerada uma síndrome multifatorial, Houve melhora no perfil lipídico e glicêmico dos pacientes. O %PEP
na qual a genética, o metabolismo e o ambiente interagem, assumindo foi crescente no decorrer do tempo, tendendo a estabilizar após um
diferentes quadros clínicos, nas diversas realidades socioeconômicas. ano e meio de pós-operatório. Conclusão: A cirurgia bariátrica mos-
Objetivo: Avaliar o perfil bioquímico e antropométrico no pré e pós- trou ser um tratamento efetivo para perda de peso total, além de me-

S52
RESUMOS PÔSTERES

lhorar o perfil lipídico e glicêmico dos pacientes. Porém, acarretou al- PT.04.05 AVALIAÇÃO DO BINÔMIO MATERNO-FETAL APÓS
gumas intolerâncias alimentares e inadequações dietéticas qualitativas. CIRURGIA BARIÁTRICA
Andreassen MS1, Neumann AICP2, Ferraz LF3, Jesus SNR2, Piano A2
1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Nutrição, 2 Universidade
PT.04.03 OBESIDADE E ISOLAMENTO SOCIAL EM OBESOS Católica de Santos (Unisantos) – Nutrição, 3 Hospital Guilherme Álvaro – Nutrição
CANDIDATOS À CIRURGIA BARIÁTRICA
Landin L1, Ascencio RFR2 A cirurgia bariátrica é um tratamento que atualmente está em evidên-
1
RR Médicos Cirurgiões – Psicologia, 2 Thomas Szegö – Psicologia cia e vem sendo cada vez mais utilizado no controle da obesidade.
Sendo a gestação um período especial, no qual as necessidades nutri-
A obesidade pode ser causa de sofrimento, de depressão e de compor- cionais estão aumentadas, o estado nutricional de mãe e feto pode ficar
tamentos de esquiva social que prejudicam a qualidade de vida (Ker- comprometido por causa do procedimento cirúrgico ao qual a mãe foi
bauy, 2002). Foram entrevistados 30 pacientes de ambos os sexos, submetida anteriormente. O objetivo do presente estudo foi avaliar
fazendo uma escolha aleatória de sujeitos em fase de pré-operatório, aspectos nutricionais relacionados ao período pós-gestacional de mu-
entre junho de 2010 e fevereiro de 2011, com idade entre 16 e 65 lheres que foram submetidas à cirurgia bariátrica. Pode-se observar
anos. O IMC considerado variou de 35 a 60 kg/m. Foram utilizadas que das 35 mulheres estudadas, a maioria apresentava escolaridade
questões fechadas sobre o quanto o indivíduo obeso evita contatos elevada. A perda de peso pós-cirurgia foi efetiva, com redução signifi-
sociais, acarretando isolamento social. Observou-se que a maioria cativa do índice de massa corporal (IMC). Da amostra estudada, 54%
dos pacientes (55%) afirmou apresentar isolamento social em certas engravidaram entre um e três anos pós-cirurgia. Recomenda-se que a
situações. Diante desses dados, conclui-se que é de suma importância gestação aconteça no mínino após 18 meses da cirurgia, para evitar a
trabalhar os seguintes aspectos com esses pacientes: autoconfiança, au- má nutrição e defeitos congênitos do feto (1). Todas fizeram uso de
toestima e readaptação ao convívio social, visando à reinserção social suplementos vitamínicos após a cirurgia e durante o período gestacio-
do paciente nos grupos de convívios familiares, profissionais e círculos nal. Quanto às condições de nascimento dos bebês, houve predomínio
de amizades. de parto cesáreo (88,6%), que está associado a um parto prematuro
no qual a mãe ou o feto correm risco de vida (2). 50% dos bebês nas-
PT.04.04 AVALIAÇÃO DAS MODIFICAÇÕES NA SAÚDE E ceram abaixo do peso adequado para a idade gestacional, 37%, com
NO COMPORTAMENTO DE PACIENTES APÓS CIRURGIA peso entre 2.500 a 2.999 g e 23%, com peso inferior a 2.500 g. Nas-
BARIÁTRICA cimentos pré-termo foram observados em 3,6% das gravidezes após
Oliveira PC1, Mendonça PML2 procedimentos de bypass em Y-de-Roux para perda de peso (3), índices
1
Universidade Estadual do Ceará (UECE) – Centro de Ciências da Saúde, 2 menores aos encontrados neste estudo. Quanto à prática de aleitamen-
Faculdades Integradas do Ceará (FIC) – Centro de Ciências da Saúde to materno exclusivo, 68,6% amamentaram por período inferior a seis
meses e, dessas, 43% por menos de dois meses. A amamentação não é
Introdução: A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo contraindicada em mulheres submetidas à cirurgia bariátrica, porém os
acúmulo excessivo de tecido adiposo no organismo. Sua prevalên- procedimentos de má absorção podem ocasionar deficiência de vitami-
cia vem crescendo acentuadamente nas últimas décadas e os custos na B12 na mãe e, consequentemente, em crianças alimentadas no peito
com complicações atingem bilhões de dólares anualmente. A doença (4). 14% dos bebês estudados tiveram algum tipo de intercorrência
possui múltiplas causas e está associada a várias comorbidades como após o nascimento. A literatura científica ainda é escassa no tocante a
diabetes tipo 2, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, apneia evidências que abordam o resultado de gravidez após o tratamento ci-
do sono, doenças musculoesqueléticas e neoplasias. Dieta, fármacos, rúrgico da obesidade, havendo opiniões contraditórias e estudos com
exercícios físicos e cirurgia são as formas de tratamento da obesidade. casuística reduzida. Entretanto, é fundamental que mulheres submeti-
A cirurgia bariátrica é um método eficaz e duradouro na perda e ma- das à cirurgia bariátrica tenham rigoroso acompanhamento das condi-
nutenção do peso corporal, na redução de comorbidades e aumento ções nutricionais após a realização da cirurgia, intensificando ao longo
da longevidade. Metodologia: Foi aplicado um formulário abordan- do período pré-natal, cuidando do binômio materno-fetal, evitando a
do aspectos antecedentes e posteriores à cirurgia, em 30 pacientes de desnutrição intrauterina e proporcionando condições para que o feto
uma clínica especializada em cirurgia bariátrica na cidade de Fortale- nasça a termo e com peso adequado. Agradecimentos e ajuda finan-
za, com mais de um ano de cirurgia, de ambos os sexos e idade igual ceira: Voluntárias que concordaram em participar da pesquisa. Apoio
ou superior a 18 anos, objetivando avaliar a eficácia da cirurgia bariá- financeiro: Universidade Católica de Santos (Unisantos)/Proin.
trica em relação à saúde e ao comportamento deles. Os dados foram
organizados e apresentados em percentual, mínimo, máximo, média Referências
e desvio-padrão. Resultados e discussões: Houve melhora no hábi- 1. Carlini MP. Avaliação nutricional e de qualidade de vida de pacien-
to alimentar, redução do tabagismo, do uso de medicamento e das tes submetidos à cirurgia bariátrica [tese]. 2001, p. 150-62. Disponí-
dores e lesões articulares. Porém, a falta de conscientização registra vel em: <http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/9368.pdf>. Acesso em:
que a prática de exercício físico ainda está longe do ideal e, somado a 5 jun. 2010. 2. Marceau P. Outcome of pregnancies after biliopan-
isso, o alcoolismo presente pós-cirurgia se agrava com a ausência dos creatic diverson. Obes Surg. 2004;14:318-24. 3. Sheiner E, Balaban
pacientes nas sessões de terapia com psicólogos. Conclusão: A cirur- E, Dreiher J, et al. Pregnancy in patients following different types of
gia bariátrica promove melhora das comorbidades, porém mudanças bariatric surgeries. Obes Surg. 2009;19:1286-92. 4. Wax JR, Pinette
no estilo de vida, aliando alimentação adequada e regularidade na MG, Cartin A, Blackstone J. Female reproductive issues following
prática de exercício físico, devem existir. É indispensável que se rea- bariatric surgery. Obstet Gynecol Surv. 2007;62(9):595-604.
lizem mais estudos, visto que a gastroplastia é uma técnica recente e
invasiva que carece de pesquisas para somar aos resultados existentes.
É importante que profissionais da Educação Física se especializem PT.04.06 CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE
em obesidade e gastroplastia para conhecer e compreender as mu- PACIENTES PÓS-BARIÁTRICOS
danças que acompanham o corpo e o comportamento dos pacientes. Pinheiro RM1, Oliveira FA1, Melo LG1
1
Universidade Gama Filho (UGF) – Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em
Referências Nutrição Clínica, UGF, Belo Horizonte/MG
1. Segal A, Fandino J. Indicações e contraindicações para realização
das operações bariátricas. Rev Bras Psiquiatr. 2002;24:68-72. 2. Farias No Brasil, a prevalência de sobrepeso e obesidade vem aumentando
AM, Mancini MC, Melo ME, Cercato C, Halpern A. Progressos re- nos últimos anos. Vários pacientes não correspondem aos tratamentos
centes e novas perspectivas em farmacoterapia da obesidade. Arq Bras convencionais, sendo instituído, a partir da década de 1950, o trata-
Endocrinol Metab. 2010;54:517-29. mento cirúrgico para obesidade, o único tratamento que atualmente

S53
RESUMOS PÔSTERES

acarreta uma substancial e duradoura perda de peso. O objetivo deste Conclusão: Houve melhora significativa do perfil metabólico dos pacien-
trabalho consiste em analisar o estado nutricional de pacientes da re- tes, que pode estar relacionada não somente com a perda de peso como
gião mineira do Vale do Aço, entre julho e novembro de 2008, que com as mudanças do padrão alimentar e de atividade física pós-cirurgia.
se submeteram à cirurgia bariátrica há no mínimo seis meses. Foram O nível médio de LDL-colesterol, entretanto, não obteve melhora.
analisados dados de 34 pacientes, sendo 27 mulheres e 7 homens,
com idade média de 41,2 ± 11,6 (entre 20 e 65 anos). Observou-se
PT.04.08 COMPLICAÇÕES GRAVES APÓS INSERÇÃO
que a média de perda de peso foi de 33,2 ± 9,58 kg, corresponden- DE BALÃO INTRAGÁSTRICO EM UMA PACIENTE COM
do em média a 30% do peso inicial. Apesar da porcentagem dentro HIPOVENTILAÇÃO DA OBESIDADE
da faixa esperada (20% a 40%), os pacientes apresentaram a relação
Carvalho DF1, Lima LCS2, Cercato C2, Mancini MC1, Melo ME1, Moura
cintura-quadril elevada (0,99 ± 20,3 cm para homens e 0,89 ± 9,92 EGH3, Halpern A2
cm para mulheres), sendo preconizados valores máximos de 0,95 e 1
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
0,85 cm, respectivamente. De acordo com questionário de frequên- Paulo (HCFMUSP) – Liga de Obesidade Infantil, Disciplina de Endocrinologia
cia alimentar, apenas 35,3% dos pacientes ingeriam frutas e hortaliças e Metabologia, Laboratório de Carboidratos e Radioimunoensaio (LIM/18),
2
HCFMUSP – Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica, Disciplina de
diariamente e 73,5% afirmaram consumir doces diariamente. Além Endocrinologia e Metabologia,3 HCFMUSP – Serviço de Endoscopia
disso, 70,6% ingeriam bebida alcoólica semanalmente. Dos 34 volun-
tários avaliados, apenas 47% praticavam atividade física regularmente. O balão intragástrico (BIG) é uma opção terapêutica não invasiva para
O grupo analisado, apesar de pós-bariátrico, encontra-se em risco de o manejo da obesidade e pode ser utilizado como adjuvante na per-
desenvolvimento de comorbidades devido à relação cintura-quadril e da de peso pré-operatória em pacientes obesos. Insuficiência renal e
aos hábitos alimentares inadequados, porém identificou-se que os re- úlcera gástrica são complicações raras, a despeito de elevada morbi-
sultados poderiam ser otimizados com os tratamentos convencionais. mortalidade. Descrevemos um caso clínico de paciente do sexo fe-
Referências minino, com 51 anos, acompanhada no nosso serviço por obesidade
grau III (IMC 54,2 kg/m) associada à hipoventilação da obesidade
Obesidade: SUS realiza três novos tipos de cirurgia para redução do
oxigênio-dependente e hipertensão pulmonar. Além do tratamento
estômago. Disponível em: <http:/portal.saude.gov.br/portal>.
com dieta hipocalórica e atividade física, a paciente recebeu terapia
Acesso em: 29 set. 2008. Garrido Jr AB. Situações especiais: trata- farmacológica com agentes antiobesidade por dois anos, sem perda de
mento da obesidade mórbida. In: Halpern A, et al. Obesidade. São peso nem melhora do quadro pulmonar. Enquanto aguardava cirurgia
Paulo: Lemos Editorial; 1998, p. 331-40. Cordás TA, Lopes Filho bariátrica, o rastreamento do câncer de mama foi positivo e a biópsia
AP, et al. Transtorno alimentar e cirurgia bariátrica: relato de caso. confirmou carcinoma ductal in situ. Na avaliação pré-operatória, foi
Arq Bras Endocrinol Metab. 2004;48(4):564-71. Fobi MA, Lee H, enfatizada a necessidade de perda de peso antes do procedimento com
et al. Choosing an operation for weight control, and the transected a finalidade de reduzir o risco cardiovascular e pulmonar. Indicamos o
bandedgastric bypass. Obes Surg. 2005;15(1):114-21. Dalton MAJ, BIG, inserido por endoscopia. A paciente permaneceu em observação
Cameron, et al. Waist circumference, waist-hip ratio and body mass por cinco dias por causa da baixa aceitação da dieta e episódios de
index and their correlation with cardiovascular disease risk factors in vômitos. Após esse período, a paciente recebeu orientações sobre o
Australian adults. J Intern Med. 2003;254(6):555-63. BIG e recebeu alta com retorno ambulatorial em 12 dias. Na alta,
apresentava creatinina: 0,90 mg/dL; gasometria com pH: 7,31; bicar-
PT.04.07 PERFIL METABÓLICO DE OBESOS PRÉ E
bonato: 29,6 mmol/L; excesso de bases (EB): 1,8 mmol/L. Após 12
PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA – EXPERIÊNCIA DO HUPES dias, a paciente foi admitida no PS com história de síncope, confusão
mental e anúria há dois dias, com creatinina: 11,8 mg/dL; pH: 7,39;
Câmara LAP1, Araújo LMB2, Cruz I2, Souza L1, Spreuwers L1, Cohet I1,
bicarbonato: 51,5 mmol/L; BE: 20,9 mmol/L. Com diagnóstico de
Soares J1, Baghriolli Neto O3
insuficiência renal aguda, por provável necrose tubular aguda secun-
1
Universidade Federal da Bahia (UFBA) – Medicina,2 UFBA – Endócrino,3 UFBA –
Cirurgia dária à hipoperfusão renal, a paciente foi transferida para UTI, onde
recebeu expansão volêmica com cristaloides e hemodiálise. Dois dias
Introdução: A cirurgia bariátrica tem sido uma opção terapêutica da após a entrada na UTI, apresentou melena e queda de 4,2 g/L na
obesidade classe III e de suas comorbidades. A melhora do perfil glicê- hemoglobina. Nova endoscopia evidenciou úlcera gástrica Forrester
mico é evidente, entretanto, em relação aos lípides, os dados são con- III no fundo gástrico e o BIG foi imediatamente removido. No dia
troversos. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo avaliar o seguinte, a paciente começou a se alimentar normalmente, a função
perfil metabólico de indivíduos submetidos à cirurgia bariátrica, no renal melhorou progressivamente e não houve novos episódios de me-
Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES). Material lena. Recebeu alta após 10 dias de internação. Não obstante a taxa de
e métodos: Foram avaliados pré e pós-operatoriamente 88 pacientes complicação do BIG descrita na literatura ser de 2,8%, algumas podem
(77 mulheres e 11 homens com idade de 37 + 10 anos, tendo variado ter elevada morbimortalidade, e reconhecimento e intervenções pre-
de 18 a 60 anos, e índice de massa corpórea (IMC) de 51,3 + 7,7 coces são fundamentais. Diante disso, é de suma importância comuni-
kg/m, que variou de 35 a 76. Todos pacientes foram submetidos à car ao paciente as possíveis complicações do procedimento, por mais
cirurgia de derivação gastrojejunal, segundo Cappela e Fobi. As deter- infrequentes que estas sejam.
minações bioquímicas foram realizadas num mesmo laboratório por
método enzimático. Resultados: Dos pacientes estudados, 16% eram PT.04.09 USO TEMPORÁRIO DE DISPOSITIVO ENDOSCÓPICO
diabéticos, 43% tinham colesterol total > 200 mg/dl, 36% tinham DE EXCLUSÃO DUODENO-JEJUNAL PARA PERDA DE PESO E
HDL-colesterol baixo, 72% tinham LDL-colesterol > 130 mg/dl e CONTROLE DO DIABETES MELITO TIPO 2
36% tinham triglicérides maior do que 150 mg/dl. A média + DP da Moura EGH1, Martins BC1, Lopes GS1, Orso IRG1, Oliveira SL1, Galvão-
perda de peso foi de 42 + 15 kg/m, num tempo médio de 14 + 13 Neto MP1, Santo MA2, Sakai P3, Ramos AC1, Garrido Jr AB4, Mancini
meses (variou de 3 a 46 meses). Após a cirurgia, apenas 4% perma- MC4, Halpern A5, Cecconello I6
neceram com glicemia > 126 mg/dl e 9% com colesterol total > 200 1
Gastro Obeso Center, 2 HCFMUSP – Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo,
mg/dl; o HDL colesterol quase não alterou (aumentou em 6%) e 7% 3
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
dos pacientes ainda com triglicérides > 150 mg/dl. (HCFMUSP) – Serviço de Endoscopia, 4 Instituto Garrido – Cirurgia da Obesidade,
5
HCFMUSP – Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica, Disciplina de
Glicemia Colesterol total HDL-C LDL-C Triglicérides Endocrinologia e Metabologia,6 HCFMUSP – Gastroenterologia

Antes 103 + 31 194 + 37 46 + 12 135 + 112 128 + 55


Conhecido também pelo nome de “manga endoscópica”, o dispositi-
Após 84 + 13 159 + 33 51 + 18 93+30 83 + 38 vo endoscópico de exclusão duodeno-jejunal “EndoBarrier” (DEDJ,
p 0,000 0,001 0,039 0,2 0,000 GI Dynamics, Inc., Lexington, MA) é um implante que simula a ex-

S54
RESUMOS PÔSTERES

clusão do intestino proximal, que ocorre na gastroplastia com deri- encaminhados à Unidade Básica de Saúde (UBS) para acompanha-
vação gastrojejunal em Y-de-Roux (DGJYR). O objetivo do estudo mento. Todos os participantes receberam orientações sobre controle,
foi avaliar a eficácia e a segurança do DEDJ para perda de peso pré- prevenção, hábitos alimentares e DM. Conclusão: Nosso estudo mos-
-operatória e controle do diabetes melito tipo 2 (DM2) em pacientes tra alta prevalência de glicemia capilar alterada, com níveis sugestivos
candidatos à cirurgia bariátrica, com análises na linha de base e nas se- de DM na população estudada. Este trabalho ilustra a importância da
manas 4, 12 e 24. O estudo tem um desenho prospectivo, não rando- realização de campanhas educativas sobre hábitos de vida saudáveis
mizado, aberto, com 78 pacientes candidatos à cirurgia bariátrica que visando à prevenção da obesidade, diabetes e hipertensão arterial.
preencheram os critérios de inclusão: idade entre 18 e 65 anos, índice
de massa corpórea (IMC) > 35 kg/m² sem sucesso com tratamento
clínico da obesidade e DM2, com ou sem outras comorbidezes. Fo- PT.05.02 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E METABÓLICA DE
GESTANTES DIABÉTICAS E COM HIPERGLICEMIA LEVE
ram observadas perda de peso absoluta de 14,6 kg (p < 0,001), perda
porcentual do excesso de peso de 25% (p < 0,001), redução de 5,88 Lima PHO1, Tognon NB2, Gelaleti RB3, De Lego EC3, Morceli G3,
kg/m² no IMC (p < 0,001) e de 10,6 na circunferência abdominal Calderon IMP3, Damasceno DC3, Rudge MVC3
(p < 0,001). Da mesma forma, o nível sérico médio de glicose de
1
Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) – Faculdade de Medicina de
Botucatu; Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) – Faculdade de Ciências da
jejum caiu de 155 para 130 mg/dl (p < 0,001) e o de hemoglobina Saúde – Programa de Pós-Graduação em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia;
glicada reduziu de 8,37 para 6,77% (p < 0,001). Os níveis de insulina Curso de Enfermagem,2 Unoeste – Faculdade de Ciências da Saúde – Curso de
(p < 0,001) e de peptídeo C normalizaram (p < 0,015). Com exceção Enfermagem,3 Unesp – Faculdade de Medicina de Botucatu – Programa de Pós-
Graduação em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia
da metformina, diferentes agentes antidiabéticos foram suspensos ou
tiveram a dose diminuída; 19,2% dos pacientes não requereram mais
Gestantes portadoras de hiperglicemia leve (HGL) apresentam rastre-
medicações antidiabéticas. A partir da semana 4, houve redução do
amento positivo, mas diagnóstico negativo para diabetes gestacional
nível sérico de colesterol (p = 0,011), de colesterol LDL (p = 0,056)
(TTG 100 g normal), e resposta alterada no perfil glicêmico (PG).
e de triglicérides (p < 0,001), bem como aumento do nível sérico de
Além disso, apresentam resistência à insulina, intolerância à glicose,
colesterol HDL (p = 0,044). A velocidade de esvaziamento gástrico
maior suscetibilidade de desenvolver diabetes tipo 2 alguns anos após
aumentou durante o uso do dispositivo, retornando ao padrão ante-
o parto, e 53,8% de seus recém-nascidos (RN) são grandes para a ida-
rior ao procedimento quatro semanas após a remoção (p < 0,001). Em
de gestacional e/ou macrossômicos. O objetivo deste estudo foi ava-
conclusão, o uso do dispositivo DEDJ é adequado em relação à perda
liar o IMC no início e final da gestação, HbA1C, média glicêmica e
de peso absoluta, à porcentagem de perda do excesso de peso e à re-
ganho de peso durante a gestação em gestantes diabéticas (DMG) ou
dução do IMC e da circunferência abdominal, promovendo controle
com HLG. Foram avaliadas 150 gestantes que passaram pelo Centro
do nível sérico de glicose de jejum, hemoglobina glicada, insulina e
de Investigação do Diabete Perinatal da FMB – Unesp. Dessas gestan-
peptídeo C, colesterol LDL, HDL e triglicérides. A manutenção do
tes, 62 pertenciam ao grupo não diabético (ND), 32, ao grupo HGL
dispositivo está relacionada à perda de peso, independentemente do
e 56 eram DMG. Todas as gestantes que participaram deste estudo
controle do DM2. A redução e mesmo a suspensão de medicações
apresentam IMC elevado e, por isso, foram consideradas acima do
antidiabéticas foi significativa. A velocidade de esvaziamento gástrico
peso (IMC ≥ 25 e < 30 kg/m²), e/ou obesas (IMC ≥ 30 kg/m²). Ges-
aumentou, mas as condições pré-estudo foram restabelecidas após a
tantes com DMG apresentaram maiores níveis de HbA1C (> 6,0%),
remoção do implante.
IMC (inicial e final) e média glicêmica quando comparadas aos outros
grupos. Além disso, mulheres com HGL apresentam média glicêmica
PT.05.01 ANÁLISE DA GLICEMIA CAPILAR EM UMA maior em relação ao grupo ND, mas menor em relação ao DMG,
POPULAÇÃO ADULTA NO DIA MUNDIAL DO DIABETES evidenciando uma situação intermediária para essa variável. Estudos
Meneguette MVO1, Amaral MEC2 anteriores desenvolvidos pelo nosso grupo de pesquisa demonstraram
1
Faculdade Integração Tietê (FIT) – Centro Universitário Hermínio Ometto que gestantes portadoras de HGL têm risco elevado para hipertensão
(Uniararas) – Departamento de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas, arterial, obesidade e hiperglicemia e parecem reproduzir o modelo da
2
Uniararas – Departamento de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas
síndrome metabólica (SM) na gestação, com hiperinsulinemia e resis-
tência à insulina na gestação que persiste seis semanas depois do parto.
Introdução: O diabetes melito (DM) é uma doença metabólica ca-
Desse modo, nossos resultados evidenciam que tanto as mulheres com
racterizada por hiperglicemia que ocorre por causa de distúrbios na
DMG quanto as portadoras de hiperglicemia gestacional leve apresen-
secreção e/ou ação da insulina na célula. Estatísticas comprovam que
tam distúrbio metabólico semelhante, muito embora não seja ainda
a prevalência de diabetes na população mundial já está atingindo pro-
entendido o mecanismo(s) responsável(eis) por tal similaridade. Auxí-
porções endêmicas e já ultrapassa 200 milhões de pessoas. O estilo de
lio à Pesquisa da Fapesp: 2008/06480-6; bolsa de pós-doutorado da
vida sedentário, a alimentação inadequada e o consequente aumento
Fapesp: 2008/06481-2.
de peso na população mundial, tanto em adultos como em crianças,
têm aumentado substancialmente o número de casos de diabetes, em
especial o do tipo II. A realização dessa campanha tem como objetivo PT.05.03 TNF-α AND ADIPONECTIN LEVELS RELATED TO BODY
prevenir e educar os pacientes sobre o diabetes. Objetivo: Analisar a MASS INDEX IN MILD GESTATIONAL HYPERGLYCEMIA
glicemia capilar em jejum na população adulta, na cidade de Tietê/ Lima PHO1, Santos JHTF2, Sinzato YK3, Moreli JB3, Caetano M3, Gelaleti
SP, e identificar indivíduos com glicemia alterada, com ou sem o diag- RB3, Damasceno DC3, Calderon IMP3, Rudge MVC3
nóstico de DM. Método: A coleta de dados aconteceu por procura 1
Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) – Faculdade de Medicina de
voluntária no Laboratório Municipal de Tietê, no dia 15 de novembro Botucatu; Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) – Faculdade de Ciências da
de 2010, na semana do dia Mundial do Diabetes. Foram realizadas Saúde – Programa de Pós-Graduação em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia;
Curso de Enfermagem,2 Unoeste – Faculdade de Ciências da Saúde – Curso de
medidas de glicemia capilar, utilizando glicosímetros digitais e tendo Enfermagem,3 Unesp – Faculdade de Medicina de Botucatu – Programa de Pós-
como parâmetro de alteração de glicemia capilar > 126 mg/dl em je- Graduação em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia
jum. Resultados: Participaram da pesquisa 48 pacientes, sendo 16 ho-
mens (33%) e 32 mulheres (67%), com idade média de 59 e 48 anos, Background and aims: Many cytokines and adipokines have been
respectivamente. Dentre os participantes do sexo masculino, 69% found to increase the insulin resistance during pregnancy compli-
apresentaram glicemia capilar de jejum > 174,5 mg/dl e 31% apre- cated by glucose metabolism disorder. Aim: At evaluate tumor ne-
sentaram dosagens de glicemia em jejum < 103,0 mg/dl; já entre os crosis factor-alfa (TNF-α) and adiponectin levels and related them to
participantes do sexo feminino, 31,5% apresentaram glicemia capilar body mass index (BMI) in woman with gestational mild hyperglyce-
de jejum > 204,0 mg/dl e 68,5% apresentaram dosagens de glicemia mia (MGH). Methods: This cross-sectional study included pregnant
em jejum < 97 mg/dl. Voluntários com alterações glicêmicas foram women. Based on 100 g-GTT and glucose profile analysis (GP) per-

S55
RESUMOS PÔSTERES

formed at 24-28 weeks of gestation, subjects were allocated into three corporal e, consequentemente, contribuído para a elevação na inci-
groups: Non-diabetic (ND) – normal 100g-GTT + normal GP + risk dência e prevalência do diabetes melito II. Atualmente, o uso de plan-
factor for GDM; Mild hyperglycemic (MGH) – normal 100g-GTT tas medicinais e/ou fitoterápicos com potencial hipoglicemiante vem
+ abnormal GP; and Diabetic (DM: gestational DM and overt DM) sendo muito estudado. Os constituintes das plantas medicinais com
– abnormal 100g-GTT + abnormal GP. Clinical data were assessed potencial hipoglicemiante e/ou antioxidante podem ser, principal-
and maternal blood samples (gestational age ≥ 34 weeks) were col- mente, terpenoides, alcaloides, cumarinas, flavonoides, compostos fe-
lected to determine glycemia, TNF-α and adiponectin levels. Results: nólicos. Muitas plantas são utilizadas pela população como hipoglice-
DM group presented increased TNF-α level, glycemic mean, BMI miantes, e algumas têm seu potencial comprovado ao serem avaliadas
and decreased levels of adiponectin compared to the other groups. farmacologicamente. A descoberta de constituintes químicos com essa
The MGH group presented increased in glycemic mean compared to propriedade pode levar ao surgimento de novos agentes hipoglice-
ND group and, decreased levels of this parameter compared to the miantes. Contudo, muitos desses compostos, após várias análises para
DM group. Conclusion: In the present study, TNF-α and adiponec- comprovação do seu real mecanismo de ação, podem revelar que seu
tin levels were not good predictors to evidence the increased glycemia efeito hipoglicemiante não seja terapêutico, mas sim secundário à he-
levels in women with MGH, due to unaltered BMI in these women. patotoxicidade e/ou bloqueio beta-adrenérgico. Há cinco espécies de
Fapesp/Brazil: Process number 2008/06480-6 and 200806481-6. plantas com comprovação científica do seu potencial hipoglicemiante:
Arctium minus (bardana), Allium sativum (alho), Baccharis trimera
(carqueja), Anacardium occidentale (cajueiro) e Bauhinia forficata
PT.05.04 SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D E DIABETES MELITO (pata-de-vaca). Diante da epidemia de doenças crônicas não transmis-
TIPO II
síveis em todo o mundo, o conhecimento das partes dessas espécies
Mota JS1, Souza CO1 que contêm os princípios ativos, bem como a apropriação da forma de
1
Universidade do Estado da Bahia (Uneb) – Departamento de Ciências da Vida administração dessa terapêutica, parece ser uma opção de tratamento
de menor custo para rede pública de saúde e com benefícios equiva-
O diabetes melito tipo II (DMII) é uma doença crônica caracteri- lentes ou complementares da terapia convencional.
zada por um estado de hiperglicemia resultante da disfunção das cé-
lulas beta do pâncreas em secretar a insulina e/ou uma diminuição Referências
da sensibilidade dos receptores insulínicos nas células-alvo. O rápido 1. Ministério da Saúde. Cadernos da Atenção Básica – Diabetes Melli-
crescimento dessa doença, sinalizado pelos registros dos últimos anos, tus. Cadernos da Atenção Básica nº 16. Brasília. 2006. Disponível em:
evidencia o DMII como uma epidemia mundial, tendo entrado nas <http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/
agendas sociais de todos os países. Estudos sugerem que a deficiência abcad16.pdf>. 2. Sartorelli DS, Franco LJ. Tendências do diabetes
de vitamina D está envolvida na patogênese do DMII e, portanto, mellitus no Brasil: o papel da transição nutricional. Cad Saude Pu-
constitui um dos fatores de risco para sua incidência e prevalência. Ní- blica. 2003;19(Supl. 1):S29-36. 3. Sociedade Brasileira de Diabetes.
veis séricos inferiores a 20 ng/ml já são um indicativo de deficiência. Diabetes na prática clínica. 2010. Disponível em: <http://www.dia-
Trabalhos sobre a relação dessa vitamina com o DMII indicam que a betesebook.org.br/novo/>. Acesso em: 26 out. 2010. 4. Barbosa
vitamina D melhora a sensibilidade à insulina por estimular o aumento KBF, et al. Estresse oxidativo: conceito, implicações e fatores modu-
da expressão de seus receptores e promove a sobrevivência das células latórios. Rev Nutr. 2010;23(4). 5. Negri G. Diabetes melito: plantas
betapancreáticas, por meio da modulação da geração e efeito das cito- e princípios ativos naturais hipoglicemiantes. Rev Bras Cienc Farm.
cinas, amenizando a inflamação característica da patologia. O bloqueio 2005;41(2). 6. Carvalho ACB, Diniz MFFM, Mukherjee R. Estudos
do processo inflamatório realizado por essa vitamina também está pre- da atividade antidiabética de algumas plantas de uso popular contra
sente na hipertensão arterial e obesidade. Existe também uma relação o diabetes no Brasil. Rev Bras Farm. 2005;86(1)11-6. 7. Borges KB,
entre baixos níveis de vitamina D e obesidade, tendo como possível Bautista HB, Guilera S. Diabetes – utilização de plantas medicinais
explicação o fato de essa vitamina ser depositada no tecido adiposo, como forma opcional de tratamento. Revista Eletrônica de Farmácia.
diminuindo, assim, os níveis séricos. Há indícios de que a suplementa- 2008;5(2):12-20. 8. Ministério da Saúde. Proposta de Política de Me-
ção de vitamina D favoreça a normalização da secreção da insulina em dicina Natural e Práticas Complementares no SUS. Brasília: Ministério
portadores de DMII e, associada à suplementação de cálcio, promova da Saúde; 2005. 9. Ministério da Saúde. Proposta de Política Nacional
efeitos positivos sobre as concentrações glicêmicas. de Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos. 1ª ed. Brasília/
DF; 2001.
Referências
1. Sociedade Brasileira de Diabetes. Diabetes na prática clínica. 2010.
Disponível em: <http://www.diabetesebook.org.br/novo/>. Acesso PT.05.06 ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR
em: 26 out. 2010. 2. Cozzolino SMF, et al. Biodisponibilidade de EM PORTADORES DE DIABETES MELITO (DM) TIPO 2
nutrientes. 3. ed. atual. e ampl. Barueri, SP: Manole; 2009. 3. Osei K. PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO
25-OH vitamin D: is it the universal panacea for metabolic syndrome CARDIOVASCULAR, PULMONAR E METABÓLICA
and type 2 diabetes? J Clin Endocrinol Metab. 2010;95:4220-2. 4. Lima ARS1
Sociedade Brasileira de Diabetes. Diabetes melito tipo 2: hipovitami- 1
Universidade de Pernambuco (UPE) – Escola Superior de Educação Física (ESEF)
nose D grave e morte cardiovascular. Colunistas da SBD: Diabetes
em evidência. 2010. 5. Alvarez JA, Ashraf A. Role of vitamin D in Introdução: O diabetes melito tipos 2 (DM2) é uma síndrome ca-
insulin secretion and insulin sensitivity for glucose homeostasis. Int racterizada por distúrbios metabólicos que apresentam em comum a
J Endocrinol. 2010. 6. Mota JF. Efeitos da suplementação de cálcio hiperglicemia, que pode ser resultado de uma deficiência na secreção
e vitamina D sobre a glicemia de jejum e marcadores de inflamação. ou ação do hormônio insulina. Essa enfermidade apresenta complica-
Colunistas da SBD: Nutrição e Ciência. 2008. ções crônicas como retinopatia, neuropatia autonômica ou periférica e
nefropatia, que dificultam o tratamento, interferindo na qualidade de
vida dos diabéticos. A epidemia de DM2 nos dias atuais é um fenôme-
PT.05.05 FITOTERÁPICOS E DIABETES MELITO TIPO II no alarmante, principalmente nos países desenvolvidos. A incidência
Mota JS1, Souza CO1 de doenças cardiovasculares (DCV) apresenta mais evidência em pa-
1
Universidade do Estado da Bahia (Uneb) – Departamento de Ciências da Vida cientes DM2 do que comparado à população geral e alta prevalência
de DCV, além de ser uma causa de morbimortalidade, gerando tam-
O aumento da longevidade, combinado com o estilo de vida moderno bém grande impacto socioeconômico. Programas de exercício físico
representado, sobretudo, pelo sedentarismo e pela adoção de hábitos (EF) têm demonstrado ser eficientes no controle glicêmico e compo-
alimentares inadequados, tem resultado em ganho excessivo de peso sição corporal de diabéticos; sendo assim, o EF deve fazer parte do

S56
RESUMOS PÔSTERES

tratamento do DM, assim como a orientação alimentar e o tratamento na desde o diagnóstico. Exames laboratoriais revelaram os seguintes
farmacológico, contribuindo para melhor qualidade de vida e redução resultados – glicemia: 254 mg/mL, hemoglobina glicada: 9,6% (VR:
da crescente incidência de DM no Brasil. Objetivo: Analisar os fatores 4,8-5,9), peptídeo C: 0,2 ng/ml (VR: 0,9-7,1 ng/ml) e anticorpo
de risco cardíaco por meio do método relação cintura-quadril (RCQ), antiGAD: 83,7 U/ml (VR: > 1,0 U/ml). Esses resultados confirmam
índice de massa corpórea (IMC) e aplicação do questionário de risco a falência pancreática associada à autoimunidade. Conclusões: Além
cardíaco em portadores de diabetes melito (DM) tipo 2 participantes da suscetibilidade genética envolvida na etiopatogenia do DM1, inú-
de um programa de Reabilitação Cardiovascular, Pulmonar e Metabó- meros fatores atualmente conhecidos e outros possivelmente ainda
lica (RCPM). Método: Trata-se de um estudo descritivo, analítico, de não descobertos parecem exercer importante efeito. Alterações na
delineamento transversal. Foram selecionadas aleatoriamente para este imunidade decorrentes da perda de peso após cirurgia bariátrica po-
estudo nove mulheres diabéticas tipo 2 do Centro Médico Ermírio deriam também influenciar na patogenia do DM1. A fim de elucidar
de Moraes. O critério de inclusão foi ter o diagnóstico de diabetes essa relação entre alterações na imunidade e perda de peso, estudos
e idade igual ou acima de 45 anos, ser do gênero feminino, realizar futuros fazem-se necessários.
exercício físico três vezes por semana no programa de RCPM. As va- Referências
riáveis selecionadas para a coleta de dados foram: idade (ID), massa
corporal (MC), estatura (ES), IMC, RCQ e aplicação do questionário 1. Van Belle TL, Coppieters KT, Von Herrath MG. Type 1 diabe-
de Framingham. Resultado: Seis sujeitos da amostra apresentaram tes: etiology, immunology, and therapeutic strategies. Physiol Rev.
IMC acima de 30 e isso corresponde a uma classificação de obeso para 2011;91(1):79-118. 2. Wilkin TJ. The accelerator hypothesis: weight
o sexo feminino. E a média da RCQ da amostra foi de 0,94 cm, sendo gain as the missing link between type I and type II diabetes. Diabe-
caracterizado como desejável para mulheres. Em relação à tabela de tologia. 2001;44(7):914-22. 3. Viardot A, Lord RV, Samaras K. The
Framingham, 70% da amostra apresentaram ter um risco de doença effects of weight loss and gastric banding on the innate and adaptive
arterial coronariana em um período de 10 anos seguinte. Conclusão: immune system in type 2 diabetes and prediabetes. J Clin Endocrinol
Com a análise dos dados, 70% da amostra do estudo representaram Metab. 2010;95(6):2845-50.
risco de evento isquêmico num período de 10 anos, de acordo com
a escala de Framingham; seis sujeitos apresentaram o IMC maior que PT.06.01 ESTRESSE NO TRABALHO E EXCESSO DE PESO EM
30; apenas um sujeito foi caracterizado com RCQ de 1,03, demons- TRABALHADORES BANCÁRIOS – VITÓRIA-ES/BRASIL
trando, assim, a relação de índice de massa corporal e relação cintura- Salaroli LB1, Matias AM1, Barbosa GC2, Molina MDCB3, Bissoli NS4
-quadril acima da normalidade como fatores de risco para DCV em 1
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) – Educação Integrada em Saúde,
diabéticas ativas fisicamente. 2
Senac – Vitória,3 UFES – Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva,4 UFES –
Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Referências
Ministério da Saúde. Cad. Atenção Básica. Diabetes mellitus. n. 16, Introdução: O estresse é uma resposta do organismo a situações que
2006. Bandeira F. Endocrinologia: diagnóstico e tratamento. 1998. p. causam desordem em sua homeostase. No ambiente de trabalho, há
158 Oliveira S. Arq Bras Endocr Metab. 2007;2:51. Brunner. Tratado uma exposição continuada a fatores estressantes e, apesar de existir
de enfermagem médico-cirúrgico. 2009. Carvalheira J. Arq Bras En- associação entre estresse e alteração ponderal, poucos estudos que re-
docrinol Metab, 2002;46:4. lacionem estresse no trabalho e índice de massa corporal (IMC) são
observados na literatura. Objetivos: Descrever o perfil de estresse no
PT.05.07 DIABETES MELITO TIPO 1A MANIFESTADO APÓS trabalho, segundo o modelo demanda-controle de Karasek e analisar
CIRURGIA BARIÁTRICA: RELATO DE CASO a associação entre estresse no trabalho e a ocorrência de excesso de
peso em bancários de Vitória/ES. Metodologia: Foi realizado um
Fabri FSSS1, Vieira MIC1, Iervolino L1, Petry TBZ1, Scalissi N1, Salles JEN1
estudo observacional, transversal, quantitativo e descritivo em amostra
1
Serviço de Endocrinologia da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São
Paulo (ISCMSP) – Endocrinologia representativa em um banco estatal de Vitória/ES, totalizando 521
bancários de ambos os sexos. A determinação da dimensão do estresse
Introdução: O diabetes melito tipo 1 (DM1) é decorrente da des- foi realizada pela job stress scale, segundo o modelo resumido de de-
truição de células betapancreáticas, predominantemente por um pro- manda-controle, em que o trabalho foi classificado em passivo, ativo,
cesso autoimune (tipo 1A). A suscetibilidade genética é fator envol- baixo desgaste e alto desgaste. O estado nutricional foi determinado
vido na patogenia desse tipo de DM, porém estudos populacionais por meio do índice de massa corpórea (IMC = P/A²), sendo conside-
sugerem a existência de fatores ambientais que possam influenciar rados com peso adequado aqueles que apresentaram IMC ≤ 24,9 kg/
no aparecimento dessa patologia. Infecções virais e bacterianas, ex- m² e com peso inadequado aqueles que apresentaram IMC ≥ 25 kg/
posição precoce ao leite de vaca, deficiência de vitamina D e estres- m². As análises estatísticas foram realizadas com o programa SPSS para
se são alguns dos fatores implicados no desenvolvimento do DM1. Windows, versão 13.0. Para a análise das diferenças das proporções,
A obesidade, condição associada à patogenia do DM2, tem sido re- foi utilizado o teste do qui-quadrado (X²), com o nível de significância
lacionada também à ocorrência do DM1. Wilkin sugeriu que essa estabelecido em α 0,05. Resultados: O resultado da classificação de
relação poderia ser explicada pela “hipótese aceleradora”, em que estresse no trabalho demonstra que a maioria dos participantes possui
obesidade, resistência insulínica e fatores genéticos seriam fatores trabalho passivo (34,74%, n = 181), caracterizado por baixas deman-
aceleradores da destruição de células betapancreáticas. Alterações na das seguidas de baixo controle sobre o processo laboral. Entretanto,
imunidade inata e adquirida têm sido associadas à perda de peso após 18,04% (n = 94) possuem trabalhos de alto desgaste, representando
cirurgia bariátrica, porém ainda sem evidência de relação com o de- uma parcela expressiva da população estudada. Apesar de a população
senvolvimento de doenças autoimunes, como DM1. Relato de caso: estudada apresentar elevada prevalência de peso inadequado (54,8%, n
Paciente TFG, 29 anos, feminino, com antecedente de ganho ponde- = 285) e, desses, 18,6% (n = 53) possuírem trabalho de alto desgaste,
ral desde os 9 anos e peso máximo de 134 kg (IMC: 50,43) aos 22 não houve diferença estatística (p = 0, 219) entre os indivíduos desse
anos. Iniciou seguimento ambulatorial em 2004, realizou tratamento grupo e os indivíduos com peso adequado em relação à presença de
clínico por dois anos com perda de 10 kg e, então, foi submetida à estresse no trabalho. Conclusão: Embora tenha sido demonstrado
gastroplastia redutora com reconstrução em Y-de-Roux em abril de que existe uma alta prevalência de peso inadequado entre os bancários
2006. Previamente à cirurgia, apresentava hipertensão arterial sistê- estudados e essa categoria profissional ser altamente relacionada com
mica e dislipidemia, sem alterações nos níveis glicêmicos. Durante o estresse laboral e menores níveis de qualidade de vida no trabalho,
pós-operatório, apresentou perda de 65 kg nos dois primeiros anos e, não foi encontrada associação entre o estresse e o excesso de peso
após três anos de cirurgia, apresentou elevação da glicemia, poliúria, nos dados trabalhados, considerando em todos os casos um nível de
polidipsia e diagnóstico de DM com necessidade de insulinização ple- significância de 5%.

S57
RESUMOS PÔSTERES

PT.06.02 PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA E FATORES sentes (como irritabilidade, diminuição da libido, “fogachos”), níveis
ASSOCIADOS EM BANCÁRIOS DA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL de colesterol total e frações (HDL-c e LDL-c) e triglicerídeos. Foi
Salaroli LB1, Molina MDCB2, Zandonade E2, Bissoli NS1 utilizado como instrumento de análise estatística o software SPSS 9.0
1
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) – Programa de Pós-Graduação em para Windows. Resultados: A média da fração LDL-c foi de 128,25
Ciências Fisiológicas,2 UFES – Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva mg/dl (+ 37,5), enquanto a média dos níveis de triglicerídeos foi de
146,7 mg/dl (+ 86,6). Dentre as dislipidemias, a mais frequente foi
Introdução: A síndrome metabólica (SM) tem sido objeto crescente hipertrigliceridemia isolada, atingindo a porcentagem de 17% (6 pa-
de preocupação em todo o mundo, uma vez que está relacionada com cientes), seguida pela hipercolesterolemia isolada (12%) e redução de
o aumento do risco cardiovascular. Apesar da crescente valorização dos HDL-c (12%). Dentro da casuística, 15 pacientes (44%) não apresen-
fatores individuais de estilo de vida, como sedentarismo, tabagismo e taram nenhuma dislipidemia. Discussão: Após a menopausa, os níveis
dieta, na determinação das doenças cardiovasculares, pouca atenção de colesterol total (CT), LDL-C e TG elevam-se entre 5% e 10% e,
tem sido dada aos fatores de risco presentes na atividade ocupacional em dois anos, o HDL-C diminui em aproximadamente 6%. Estudos
atual. Objetivo: Determinar a prevalência de SM em trabalhadores longitudinais e transversais mostram que os níveis séricos de colesterol
bancários e identificar fatores associados ao risco de desenvolvimento total, LDL-c e triglicerídeos podem aumentar, em média, de 7% a
dessa síndrome em uma rede bancária da grande Vitória/ES. Meto- 19% da pré-menopausa para a pós-menopausa. O estrógeno aumenta a
dologia: Estudo de coorte transversal que avaliou 521 trabalhadores síntese hepática de apolipoproteína B-100, que, por sua vez, aumenta
≥ 20 anos de ambos os sexos. Para determinação da MS, foram utiliza- a captação de colesterol LDL pelo fígado, diminuindo os níveis circu-
dos os critérios do National Cholesterol Education Program (NCEP- lantes deste, além de aumentar a produção de apolipoproteína A pelo
-ATPIII) e da International Diabetes Federation (IDF). As análises fígado, que é o principal constituinte proteico do colesterol HDL.
estatísticas foram realizadas com o programa SPSS para Windows, Conclusão: Evidenciou-se uma elevada frequência de dislipidemia em
versão 13.0. As médias foram comparadas utilizando-se o teste t de nosso serviço (56%). A associação entre dislipidemia e climatério deve
Student para amostras independentes. Para análise das diferenças das ser bem estudada e conhecida para que uma melhor abordagem, vol-
proporções, foi utilizado o teste do qui-quadrado (X). O nível de sig- tada para diminuição do risco cardiovascular, seja efetuada.
nificância para todos os testes foi estabelecido em a = 0,05. Após as
análises bivariadas, foi feita a análise de regressão logística, utilizando
como variável desfecho ou dependente a presença de SM, segundo PT.06.04 PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM
o NCEP-ATPIII. Resultados: Foram identificados 86 (17,2% IC95% UNIVERSITÁRIOS: ANÁLISE COMPARATIVA DOS CRITÉRIOS
13,8-20,6) e 114 (22,7% IC95%18,9-26,5) indivíduos com SM segun- INTERNACIONAIS
do NCEP e IDF, respectivamente, sendo observada diferença estatís- Rios LLG1, Coutinho HHO1, Almeida LL1, Lavareda PHB1, Lamounier JA2,
tica entre os sexos pelo critério IDF (P = 0,003). Houve incremento Martins-Santos MES3, Sabino AP4, Granjeiro PA3
da SM com a idade em ambos os critérios analisados (NCEP: P = 0,00; 1
Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ) – Discente, Faculdade de
IDF: p < 0,000). Indivíduos que trabalham nas agências apresentaram Medicina,2 UFSJ – Departamento de Pediatria, Faculdade de Medicina, 3 UFSJ –
Departamento de Bioquímica, Faculdade de Medicina,4 UFSJ – Departamento de
prevalência maior de SM quando comparados aos da direção-geral (P Farmacologia, Faculdade de Medicina
= 0,003), utilizando o critério NCEP. A chance de desenvolvimento
da síndrome é maior nos indivíduos com segundo grau completo [OR Introdução: É consenso entre os cinco critérios internacionais utili-
2,16 (95% CI 1,11-6-11)] quando comparados aos indivíduos que zados atualmente que a síndrome metabólica (SM) é um transtorno
têm pós-graduação. Entre os com sobrepeso e obesidade, a chance de relacionado à obesidade central, hipertensão arterial, dislipidemia e re-
apresentar SM é 12,3 (95% CI 4,80-33,26, P = 0,000) e 14,3 (95% sistência insulínica. Entretanto, os valores limítrofes para esses fatores
CI 16,05-118,88, P = 0,000) vezes maior, respectivamente, quando variam entre os critérios, o que dificulta a caracterização epidemioló-
comparados aos indivíduos eutróficos. Conclusão: Foi evidenciado gica dessa síndrome. Objetivo: Utilizar cinco critérios internacionais
um elevado número de trabalhadores bancários com síndrome meta- para fazer um estudo comparativo de prevalência de síndrome meta-
bólica e com consequente risco de desenvolver doença cardiovascular. bólica em população universitária. Metodologia: Adultos, com idade
Houve associação da SM com IMC e escolaridade. Esses resultados entre 20-22 anos, estudantes na área de saúde do Campus Centro-
devem subsidiar ações de prevenção à saúde do trabalhador. -Oeste da UFSJ, voluntários do programa de extensão universitária
sobre SM. Foi realizada coleta de sangue após 12h de jejum. Foram
feitas as dosagens de glicose, triglicérides (TAG) e HDL usando kits
PT.06.03 INCIDÊNCIA DE DISLIPIDEMIA EM MULHERES NO
diagnósticos comerciais. A circunferência de cintura (CC) foi medida
CLIMATÉRIO ATENDIDAS EM AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA EM
SÃO LUÍS/MA com uma fita antropométrica. Aferiu-se a pressão arterial (PA) três
vezes com o indivíduo sentado, após período de repouso. Foi feita
Matos Filho LJS1, Marinho PPR2, Lago RSR2, Castro RNC2, Veloso TC2,
uma média dos dados bioquímicos e antropométricos coletados, ana-
Santos LGL2, Matos MC2, Silva NTB2, Vidigal do Ó FRM3
lisando-os de acordo com os critérios internacionais de SM: World
1
Centro Universitário do Maranhão (Uniceuma),2 Uniceuma – Universitário,
3
Uniceuma – Ginecologia Health Organization (WHO), European Group for the Study of Insulin
Resistence (EGIR), Adult Treatment Panel III of the National Choles-
Introdução: A redução da produção de estrógeno nas mulheres cli- terol Education Program (NCEP-ATP III), American Association of
matéricas pode ser fator determinante para o aparecimento de disli- Clinical Endocrinologists (AACE) e International Diabetes Federation
pidemia. Entre mulheres, a doença cardiovascular (DCV) é a maior (IDF). Resultado: 55 voluntários, 24% homens (H/n = 13) e 76%
causa de morte após a menopausa, já que nesse período ocorrem as mulheres (M/n = 42). Segundo o critério da WHO, 23% apresen-
modificações nocivas nos lipídios mais acentuadas, que são: elevação taram apenas um fator alterado (13% HDL, 7% TAG e 3% CC). Pela
nos níveis de triglicerídeos (TG ≥ 150 mg/dL) e nos níveis de LDL- IDF, 38% tinham somente um fator alterado (27% HDL, 7% TAG e
-C (> 100 mg/dL) e redução dos níveis de HDL-C (< 40 mg/dL) 4%CC) e 6%, dois fatores alterados (2% HDL/PA e 4% HDL/CC).
– condições sabidamente aterogênicas. O objetivo deste trabalho foi Segundo EGIR, 25% tinham apenas um fator alterado (16% HDL, 2%
determinar a incidência de dislipidemia entre um grupo de mulheres TAG e 7% CC). De acordo com AACE e NCEP-ATPIII, 36% apre-
climatéricas atendidas em um ambulatório de referência na cidade de sentaram somente um fator alterado (29% HDL e 7% TAG) e 4%, dois
São Luís/MA. Metodologia: Foram estudadas 34 pacientes atendidas fatores alterados (2% HDL/PA e 2% HDL/CC). Não houve alteração
no ambulatório de Climatério da Unidade Mista do Bequimão, em de glicemia. Além disso, não ocorreu nenhum caso de voluntário com
São Luís, entre os meses de outubro e dezembro de 2010. Foi utili- três ou mais fatores alterados. Conclusão: Não houve nenhum caso
zado o prontuário para registro e coleta de dados. Os dados anotados diagnosticado com SM, por nenhum dos critérios. Porém, percebe-se
foram os correspondentes: nome, procedência, idade, sintomas pre- uma grande diferença na quantidade de indivíduos com algum fator

S58
RESUMOS PÔSTERES

alterado de acordo com IDF quando comparado com o WHO. Tal pará-los, de acordo com cinco critérios internacionais de definição
discrepância demonstra a dificuldade em se ter um diagnóstico epide- de SM. Metodologia: Os dados foram coletados de estudantes do
miológico preciso de SM em uma população, o que necessita de mais terceiro ano do Ensino Médio de quatro escolas públicas de Divinó-
estudos para definir um critério de referência para o Brasil. Financia- polis/MG, que aceitaram participar voluntariamente do Programa de
mento: Fapemig/UFSJ. Extensão Universitária sobre SM da UFSJ. Foi feita coleta de sangue
com 12 horas de jejum para analisar os níveis de glicose (GLI), TAG
e HDL utilizando kits diagnósticos comerciais. A WC foi medida com
PT.06.05 OBESIDADE CENTRAL ASSOCIA-SE COM PRESSÃO
fita antropométrica e a PA foi aferida por três vezes com o indivíduo
SISTÓLICA ELEVADA EM INDIVÍDUOS COM ÍNDICE DE MASSA
CORPORAL NORMAL sentado, após repouso. Os dados foram processados e analisados de
acordo com cinco critérios internacionais de definição de SM: World
Rossato SL1, Lima RF2, Ghizzoni F2, Mosele F2, Oliveira M3, Silva RS3,
Moreira LB4, Fuchs SC5 Health Organization (WHO), European Group for the Study of Insulin
1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Programa
Resistence (EGIR), Adult Treatment Panel III of the National Choles-
de Pós-Graduação em Epidemiologia,2 UFRGS – Programa de Pós-Graduação terol Education Program (NCEP-ATP III), American Association of
em Cardiologia,3 UFRGS – Faculdade de Medicina,4 UFRGS – Departamento Clinical Endocrinologists (AACE) e International Diabetes Federation
de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Cardiolab Hipertensão,
Programa de Pós-Graduação em Cardiologia,5 UFRGS – Departamento de
(IDF). Resultados: 107 voluntários, 41 homens (38%) e 66 mulheres
Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Cardiolab Hipertensão, (62%). Segundo o critério da WHO, 23% apresentaram apenas um
Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia fator alterado (19% HDL, 3% TAG e 1% GLI) e 3%, dois alterados
(HDL/TAG). Pelo da IDF, 54% tinham somente um fator alterado
Introdução: A obesidade central (OC) e o índice de massa corporal (50% HDL, 1% TAG, 1% GLI e 2% WC) e 11%, dois alterados (5%
(IMC) constituem fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica HDL/TAG, 2% HDL/GLI e 4% HDL/WC). Segundo o da EGIR,
(HAS), entretanto são escassos os estudos mostrando a associação en- 28% tinham apenas um fator alterado (25% HDL, 1% GLI e 2% WC)
tre IMC e OC com pressão arterial (PA) em pacientes em tratamento e 6%, dois (2% HDL/TAG e 4% HDL/WC). De acordo com AACE,
regular. Objetivo: Avaliar a associação entre pressão sistólica (PAS) e 54% apresentaram somente um fator alterado (53% HDL e 1% TAG)
diastólica (PAD) com obesidade central em pacientes com HAS, clas- e 6%, dois fatores alterados (5% HDL/TAG e 1% HDL/GLI). Pelo
sificados por estrato de IMC. Material e métodos: Estudo longitudi-
NCEP-ATP III, 55% tinham somente um fator alterado (53% HDL,
nal. 125 hipertensos em tratamento regular, com 30 a 80 anos, foram
1% TAG e 1% GLI) e 7%, dois (5% HDL/TAG e 2% HDL/GLI).
recrutados em Ambulatórios de Hipertensão e de Medicina de Família
Não houve alteração de PA. Conclusão: Não ocorreu diagnóstico de
de centro de referência (HCPA). Aferiram-se peso (kg), altura (m),
SM. Há discrepância de resultados quando comparamos os diferentes
circunferência da cintura semanalmente, em duplicata, e pressão na
critérios, chegando a 31% de diferença entre a quantidade de estudan-
primeira e quarta consultas, utilizando equipamento digital OMRON
tes com pelo menos uma alteração encontrada pela IDF, comparada à
CP-705. Pacientes foram classificados por IMC em normais, com so-
WHO. Mais estudos são necessários para definir um critério de refe-
brepeso ou obesidade e presença de obesidade central [CC > 88 (mu-
rência para o Brasil. Financiamento: Fapemig/UFSJ.
lheres) e CC > 102 cm (homens)]. Avaliou-se associação de IMC e CC
com PAS e PAD por Equações de Estimação Generalizadas, com ajuste
para sexo, idade e comparações múltiplas. Resultados: Tabela mostra PT.06.07 OBESIDADE – ANÁLISE DE 691 TRABALHADORES
que pacientes com IMC normal e OC apresentaram PAS mais elevada Casas CE
do que os sem OC, mas não houve diferença significativa entre níveis
de pressão diastólica e OC em indivíduos com sobrepeso e obesidade.
Conclusão: Obesidade central associa-se com pressão sistólica elevada O autor avaliou a prevalência do sobrepeso em 691 trabalhadores de
em pacientes hipertensos com índice de massa corporal normal. várias empresas da região da Grande Florianópolis e a evolução pon-
Obesidade Média deral de uma parcela dessa população nos últimos cinco anos. Foram
IMC ±EP IC95% Valor P considerados outros aspectos como: sexo, idade, escolaridade, tipo de
central PAS (mmHg)
atividade laboral, história familiar e atividade física. Para a elaboração
Normais Sim 156,7 2,7 151,4 161,9 0,02
deste trabalho, foram analisados dados existentes nos prontuários mé-
Não 131,9 6,9 118,3 145,5 dicos de 691 trabalhadores, sendo 450 homens e 241 mulheres, com
Sobrepeso Sim 152,2 4,3 143,8 160,7 0,9 idade entre 18 e 64 anos, que realizaram exame médico ocupacional
no período compreendido entre 1º de setembro de 2008 e 31 de
Não 143,6 3,6 136,5 150,7 agosto de 2009. A população foi classificada pelo IMC, de acordo com
Obesidade Sim 152,0 5,9 140,4 163,6 0,2 o preconizado pela OMS: baixo peso: IMC abaixo de 18,5 kg/m; eu-
trofia: IMC de 18,5 a 24,9 kg/m; pré-obesidade: IMC de 25,0 a 29,9
Não 138,0 2,4 133,3 142,6
kg/m; obesidade: IMC a partir de 30,0 kg/m. Para a análise da evo-
lução do peso corporal, foram selecionados entre os 691 participantes,
PT.06.06 COMPARAÇÃO DE PREVALÊNCIA DE SÍNDROME 98 trabalhadores que estavam lotados nas empresas participantes há
METABÓLICA EM ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO DE pelo menos cinco anos, sendo computados os dados existentes no ano
DIVINÓPOLIS UTILIZANDO CINCO CRITÉRIOS INTERNACIONAIS de 2004 para comparação com os atuais. Os resultados mostraram
Coutinho HHO1, Rios LLG1, Almeida LL1, Lavareda PHB1, Lamounier JA2, excesso de peso corporal em 47,90% dos trabalhadores avaliados;
Martins-Santos MES3, Sabino AP4, Granjeiro PA3 34,15% foram classificados como pré-obesos e 13,75% como obe-
1
Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ) – Discente, Faculdade de sos. Na distribuição por sexo, encontrou-se excesso de peso em
Medicina,2 UFSJ – Departamento de Pediatria, Faculdade de Medicina,3 UFSJ – 54,22% dos homens, com 15,33% de obesos, já no sexo feminino,
Departamento de Bioquímica, Faculdade de Medicina, 4 UFSJ – Departamento de
Farmacologia, Faculdade de Medicina esses índices foram de 35,11% e 10,8%, respectivamente. Na distri-
buição pela faixa etária, notou-se um aumento crescente do peso com
Introdução: A síndrome metabólica (SM) caracteriza-se por um con- o avançar da idade, encontrando-se excesso de peso em 79,52% na
junto de alterações como elevação da pressão arterial (PA), da glicemia faixa etária de 45 a 64 anos, com índice de obesidade em 30,12%. Na
e dos triglicérides (TAG) e queda do HDL sanguíneo, relacionado ao história familiar de obesidade, considerando um os pais, houve histó-
aumento da circunferência abdominal (WC). Sabe-se que a prevalên- rico positivo em 22,10% dos obesos, em 12,29% dos pré-obesos e em
cia dessa síndrome está aumentando, porém dados epidemiológicos 10,36% dos eutróficos. Não houve, neste estudo, diferença significati-
são dificultados por existir cinco diferentes definições internacionais va de excesso de peso relacionada à escolaridade ou tipo de atividade
para a SM. Objetivo: Analisar os dados coletados no estudo e com- laboral. A análise evolutiva de 2004 para 2009, dos 98 trabalhadores

S59
RESUMOS PÔSTERES

selecionados, demonstrou aumento do número de trabalhadores com os hábitos alimentares dos trabalhadores de turnos de um frigorífico
pré-obesidade (de 41,54% para 46,07%) e obesidade (de 11,24% para do sul do país. Foi realizado um estudo transversal com 1.206 adultos,
20,22%), bem como uma redução significativa da população com peso entre 18 e 50 anos. Foram considerados expostos os trabalhadores
normal (de 47,19% para 33,01%). Em todos os três grupos houve que começavam sua jornada durante a noite ou madrugada (turno
um aumento do peso corporal médio de 3,79 kg nos últimos cinco noturno = 800) e não expostos os trabalhadores que começavam sua
anos. Com relação ao exercício físico programado, 38,84% não pra- jornada durante o dia (turno diurno = 406). Os hábitos alimentares
ticavam nenhum exercício físico, 16,38% uma a duas vezes por se- foram investigados por meio de um questionário de frequência ali-
mana, 31,74% de três a quatro vezes por semana e 13,04% de cinco mentar semiquatitativo e também por meio de questões específicas
a sete vezes. Encontraram-se entre os obesos índices mais altos de sobre as refeições durante um ciclo de 24hs (número/dia, horário e
sedentarismo e mais baixos de exercícios físicos programados, quan- quais refeições). Os resultados mostraram que trabalhadores do turno
do comparados aos demais grupos. Detectaram-se trabalhadores com noturno realizavam mais do que três refeições/dia com maior frequ-
baixo peso, em 4,98% das mulheres e 2,22% dos homens estudados. ência que os trabalhadores diurnos (36,0% vs. 28,1%; p < 0,01). No
Não houve referência a transtornos alimentares entre os trabalhadores entanto, entre os trabalhadores noturnos observou-se maior consumo
avaliados e os índices encontrados foram considerados aceitáveis, ou de alimentos ricos de carboidratos simples (refrigerantes, biscoitos,
seja, indivíduos magros. açúcares e doces – 70,2% vs. 61,9%; p < 0,01) e menor consumo dos
alimentos típicos das refeições principais (almoço e jantar), como fei-
jão (58,3% vs. 69,2%; p < 0,001), arroz (61,5% vs. 69%; p < 0,01),
PT.06.08 SÍNDROME METABÓLICA E DISTRIBUIÇÃO DE mandioca (63,0% vs. 68,5%; p = 0,04) e verduras (63,3% vs. 76,6;
SEUS COMPONENTES EM PACIENTES COM DOENÇA
p < 0,001) comparados com os trabalhadores do turno diurno. Os
CARDIOVASCULAR, RS
trabalhadores noturnos tinham um hábito menos frequente de tomar
Guimarães LK1, Olinto MT1, Costa JSD1, Marques MC1, Prado TMV1 o café da manhã (50,6% vs. 62,6%; p < 0,001) e mais frequente de con-
1
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) – Pós-Graduação em Saúde sumir lanches durante a tarde (70,1% vs. 4,9%; p < 0,001) do que os
Coletiva
trabalhadores do turno diurno. Os resultados apontam para diferenças
A síndrome metabólica (SM) é reconhecida como o maior e mais importantes nos hábitos alimentares de acordo com o turno de traba-
prevalente fator de risco para as doenças cardiovasculares, cada um lho, no sentido de que trabalhadores noturnos tendem a substituir as
dos seus componentes pode agir de maneira sinérgica ou aditiva am- principais refeições por alimentos ricos em “calorias vazias”, podendo
plificando o risco. Com o objetivo de descrever a ocorrência de sín- constituir-se em um dos caminhos causais para a obesidade em traba-
drome metabólica e de seus componentes em pacientes com doença lhadores de turnos.
cardiovascular, foi realizada uma análise transversal das informações
de uma coorte retrospectiva de indivíduos com idade igual ou su- PT.07.01 CONSUMO ENERGÉTICO E DE LIPÍDIOS NÃO SÃO
perior a 30 anos, internados no Instituto de Medicina Vascular do ASSOCIADOS COM O RISCO DE ADIPOSIDADE ABDOMINAL
Hospital Mãe de Deus, RS, Brasil. A amostra foi constituída de 188
Leandro-Merhi VA1, Aquino JLB2, Camargo JGT2
indivíduos entrevistados no leito hospitalar que apresentassem pelo 1
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), São Paulo, Brasil
menos um dos seguintes diagnósticos: angina, cardiopatia isquêmica, – Nutrição Clínica,2 PUC-Campinas – Medicina
infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e/ou síndro-
me coronariana aguda. O critério utilizado para avaliar a SM foi o Introdução: A circunferência da cintura (CC) e a relação cintura-
National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III -quadril (RCQ) são marcadores importantes para obesidade central
(NCEP-ATP III). Foram considerados com SM todos os indivíduos ou adiposidade abdominal (AA). Objetivo: Avaliar a influência do
que apresentaram alterações de três ou mais componentes (obesidade consumo energético e de lipídios na adiposidade abdominal. Ca-
abdominal, pressão arterial, glicemia de jejum, triglicerídeos e HDL suística e método: Foi realizado um estudo de corte transversal
colesterol). A prevalência de SM encontrada nos pacientes com doen- com 1.600 pacientes, sendo investigadas variáveis antropométricas
ça cardiovascular foi de 28,2%, com variações segundo o motivo de e dietéticas como possíveis fatores de risco para o desenvolvimento
internação. Entre os componentes alterados da SM os mais frequentes da adiposidade abdominal. A presença de adiposidade abdominal foi
foram: hipertensão arterial (62%), hiperglicemia (45%) e obesidade definida pela circunferência da cintura e pela relação cintura-quadril.
abdominal (41%). Esse padrão de distribuição dos componentes man- Na comparação dos dados, foram utilizados os testes qui-quadrado,
teve-se nos cinco eventos cardiovasculares avaliados (infarto agudo do Mann-Whitney e Kruskal-Wallis e, para a análise dos fatores de risco,
miocárdio, acidente vascular cerebral, angina, cardiopatia e síndrome utilizou-se análise de regressão logística univariada e múltipla. Resul-
coronariana aguda). Observou-se uma tendência linear entre a piora tados: As mulheres apresentaram maior risco para desenvolvimento
do estado nutricional e a prevalência de SM (14% eutrofia, 28% sobre- de AA que os homens (p < 0,0001), e aqueles que apresentaram AA
peso e 47% obeso). Assim, a prevalência de SM de nosso estudo foi também apresentaram valores mais altos de RCQ (p < 0,0001). Na
inferior àquelas obtidas em estudos com pacientes de outros serviços análise entre a presença ou ausência de AA, de acordo com o sexo, foi
de cardiologia. O estudo apontou para um padrão na distribuição dos constatado que o consumo energético e o consumo de lipídios não
componentes da SM entre os eventos avaliados: angina, cardiopatia mostraram diferença significativa entre os grupos, ou seja, aqueles
isquêmica, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e que apresentam ou não AA apresentaram o mesmo consumo energé-
síndrome coronariana aguda. tico e de lipídios. Verificou-se diferença estatística quanto à idade (p
< 0,0001 para o sexo feminino e p = 0,0017 para o sexo masculino),
quanto ao índice de massa corporal (p < 0,0001 para ambos os sexos)
PT.06.09 OS HÁBITOS ALIMENTARES DE TRABALHADORES DE
e quanto à RCQ (p < 0,0001 para ambos os sexos). Na análise uni-
TURNOS DE UM FRIGORÍFICO DO SUL DO PAÍS
variada, aqueles com menor consumo energético apresentaram mais
Canuto R1, Olinto MT2 chances para o desenvolvimento de AA, mas na multivariada o con-
1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – Programa de Pós- sumo energético não se mostrou como fator preditivo de AA, apenas
Graduação em Ciências Médicas: Endocrinologia,2 Universidade do Vale do Rio
dos Sinos (Unisinos) – Pós-Graduação em Saúde Coletiva o sexo e a idade. E na análise multivariada, verificou-se que os fatores
de risco para AA foram o sexo (OR = 6,8; IC = 5,3;8,7) e a idade
Estudos têm evidenciado que trabalhadores de turnos noturnos apre- (OR = 1,0; IC = 1,0;1,0); as mulheres apresentaram seis vezes mais
sentam maior obesidade central ou geral do que trabalhadores de tur- chances de desenvolverem AA que os homens. Conclusão: Não foi
nos diurnos. Algumas relações causais são apontados na tentativa de encontrada evidência para associação entre AA e consumo energético
explicar esse efeito, sendo uma deles a mudança do estilo de vida, tal e o consumo de lipídios, sendo observada associação entre o sexo e
como os hábitos alimentares. O objetivo deste trabalho foi descrever a idade.

S60
RESUMOS PÔSTERES

PT.07.02 RISCO NUTRICIONAL E ÍNDICE DE MASSA durante a polissonografia. A frequência cardíaca (FC) foi avaliada pelo
CORPORAL: UMA ABORDAGEM EM CARDIOLOGIA ECG. Durante o teste ergoespirométrico máximo, avaliou-se o índice
Borba LG1, Soares AMNGF2, Magnoni CD2, Santos MJ2, Plata RG2, de função autonômica, o qual foi determinado pela FC máxima menos
Moreira DC1, Aoyagui BY1, Sousa AGMR3, Cury FB2, Albano MRC2 a FC no 1o e no 2o min de recuperação. Além disso, avaliou-se a reserva
1
Universidade Nove de Julho (Uninove) – Nutrição,2 Instituto Dante Pazzanese de cronotrópica, calculada pela FC máxima menos a FC de repouso, a ca-
Cardiologia – Nutrição,3 Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – Médico pacidade física, pelo consumo de oxigênio de pico (VO2pico). Análise
estatística: ANOVA de um fator. Resultados: O grupo SM + AOS
Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde, as doenças comparado com SM – AOS e C apresentou menor taxa de declínio da
cardiovasculares são responsáveis por 30% do total de mortes no mun- FC no 1º min (16 ± 5 vs. 21 ± 5 e 24 ± 9 bpm, respectivamente, P <
do. Por esse motivo, este trabalho teve como objetivo caracterizar o 0,05) e no 2º min (26 ± 6 vs. 34 ± 8 e 41 ± 14 bpm, respectivamente,
perfil nutricional dos pacientes internados de acordo com a especiali- P < 0,05) de recuperação. O grupo SM – AOS apresentou variações
dade médica. Metodologia: O presente estudo tem caráter descriti- de FCrec semelhantes ao grupo C. Adicionalmente, pacientes com SM
vo com análise de dados retrospectivos referentes aos anos de 2009 + AOS e SM – AOS apresentaram menor reserva cronotrópica (71 ±
e 2010, desenvolvidos em um hospital público especializado em car- 16 e 81 ± 15 vs. 118 ± 42 bpm, respectivamente, P < 0,05) e menor
diologia na cidade de São Paulo. Foram incluídos 6.305 pacientes de VO2pico (24 ± 5 e 21 ± 5 vs. 28 ± 3 ml/kg/min, respectivamente, P <
ambos os gêneros, com idade a partir de 18 anos, que estiveram sob 0,001) em relação ao grupo C. Conclusão: A capacidade física e a re-
regime de internação acompanhados por diversas especialidades médi- serva cronotrópica estão diminuídas na SM. A associação da AOS à SM
cas em cardiologia. Os dados foram coletados por meio da “Planilha de prejudica o controle autonômico, visto que a taxa de declínio da FCrec
Indicadores de Qualidade” utilizada pelo Serviço de Nutrição em que está diminuída nesses pacientes. Esses resultados sugerem que a AOS
são descritas a presença de risco nutricional (PRN) ou a ausência de é uma importante comorbidade no risco cardiovascular dos pacientes
risco nutricional (ARN) mediante o instrumento “Nutrition Risk Scree- com SM. Agradecimentos e ajuda financeira: Este estudo foi finan-
ning – NRS/2002” e, também, o diagnóstico nutricional por meio do ciado pelo Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq # 476385/2006-7),
índice de massa corporal (IMC) para idosos (OPAS/2002) e adultos Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp #
(OMS/1995). Para realização da análise estatística, foram utilizados 2005/59740-7) e, em parte, pela Fundação Zerbini.
os modelos de regressão logística, odds-ratio e teste qui-quadrado de
Pearson. Resultados: Quanto à caracterização da população, 3.675
(58,3%) eram do sexo masculino. Quanto à PRN, foram encontrados PT.07.04 ACURÁCIA DOS PONTOS DE CORTE DE
3.042 casos (48,2%). De acordo com o IMC, a PRN foi encontrada CIRCUNFERÊNCIA DE CINTURA PARA PREDIZER RISCO DE
em 622 casos de obesidade (47,9%), 624 de sobrepeso (41,5%), 1.048 DISLIPIDEMIA EM ADOLESCENTES
de eutrofia (39,6%) e 748 de desnutrição (87,1%). Quando utilizado Cândido APC1, Oliveira CT2, Freitas SN2, Machado-Coelho GLL3
o modelo estatístico do teste qui-quadrado de Pearson, foi encontrada 1
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) – Nutrição, 2 Universidade Federal de
alta relação de associação entre as especialidades médicas referentes à Ouro Preto (UFOP) – Nutrição,3 UFOP – Ciências Médicas
PRN e também relação direta entre o IMC e a PRN. Ao ser aplicado o
modelo estatístico de regressão logística, foram definidos como padrão Vários estudos relacionam as concentrações de lipídeos séricos presen-
para comparação os pacientes da equipe da hemodinâmica com ARN tes na infância com as encontradas na vida adulta. Um dos fatores mais
e IMC em eutrofia, os quais, comparados com os pacientes da UTI/ importantes implicados na gênese das dislipidemias parece ser a obe-
UCO, têm quatro vezes mais a probabilidade de PRN. No modelo sidade e a gordura abdominal. Dessa forma, o objetivo do estudo foi
estatístico odds-ratio, observou-se que a razão de chance de ter PRN identificar pontos de corte de circunferência de cintura capaz de pre-
dos pacientes com IMC de desnutrição que estão internados na UTI/ dizer o risco de dislipidemia. Foi selecionada uma subamostra de 479
UCO é 49 vezes maior se comparado ao paciente da hemodinâmica; alunos com idade entre 10-14 anos, por processo aleatório simples e
pacientes das equipes de transplante cardíaco e nefrologia, 60 vezes; estratificado de acordo com sexo, idade e proporção em cada escola.
miocardiopatias, 34 vezes etc. Conclusão: Evidenciou-se relação direta A circunferência de cintura (CC) foi aferida por fita métrica simples e
entre PRN e IMC da mesma forma entre especialidade médica e PRN. inelástica acima da crista ilíaca e abaixo da última costela. As variáveis
bioquímicas caracterizadas como dislipidemia foram: colesterol total
(CT), LDL-c e triglicérides (TG) elevados e HDL baixo. As informa-
PT.07.03 A ASSOCIAÇÃO DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO ções sobre o estádio de maturação sexual foram autorreferidas, sendo
EM PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA PREJUDICA A classificados em pré-puberes (estádio 1 de Tanner), púberes (estádio
RESPOSTA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DE RECUPERAÇÃO 2-3 de Tanner) e pós-púberes (estádio 4-5 de Tanner). A análise da
Cepêda-Fonseca FX1, Martinez DG1, Maki-Nunes C1, Toschi-Dias E1, curva ROC foi utilizada para definir a sensibilidade e a especificidade
Rondon MUPB1, Alves MJNN1, Drager LF2, Lorenzi Filho G3, Negrão CE1, dos pontos de corte para a circunferência de cintura. A amostra total
Trombetta IC1 foi composta de 50,7% de meninas e 49,3% de meninos. Na avaliação
1
Instituto do Coração (InCor), Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina bioquímica, foi observado que 59,8% são hipercolesterolêmicos (aci-
da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – Reabilitação Cardiovascular e
Fisiologia do Exercício,2 InCor, HCFMUSP – Hipertensão, 3 InCor do HCFMUSP –
ma de 150 mg/dL), 17,6% são hipertrigliceridêmicos (acima de 100
Pneumologia mg/dL), 28,1% apresentam LDL elevado (acima de 100 mg/dL) e
19,6%, HDL baixo (inferior a 45 mg/dL). A circunferência da cintura
Introdução: A redução da frequência cardíaca no período de recu- acima do percentil 90 estava presente em 10,1% das meninas e 10,7%
peração (FCrec) após esforço máximo é um importante marcador da dos meninos. Observou-se que, para o sexo feminino, os pontos de
função autonômica e encontra-se atenuada tanto na apneia obstrutiva corte da CC que melhor predizem o risco de dislipidemia para a fase
do sono (AOS) como na síndrome metabólica (SM). A AOS é uma pré-púbere, púbere e pós-púbere foram > 63,5 cm (Se = 19,4 e Es =
condição frequentemente encontrada em pacientes com SM. Porém, 93,3), > 62,5 cm (Se = 63 e Es = 57,6) e > 71 cm (Se = 50 e Es = 84),
não é conhecido se a associação dessas duas condições exacerbam o respectivamente. Para o sexo masculino, os pontos de corte da CC
prejuízo no declínio da FCrec. Objetivo: Testar a hipótese de que a foram > 58,5 cm (Se = 51,7 e Es = 69,3), > 59,5 cm (Se = 37,5 e Es =
associação da AOS em pacientes com SM atenuará a taxa de declínio da 73,3) e > 86 cm (Se = 30 e Es = 98,1), para a fase pré-púbere, púbere e
FCrec nesses pacientes. Método: Foram avaliados 40 indivíduos com pós-púbere, respectivamente. Conclusão: Os pontos de corte encon-
SM (Adult Treatment Panel III), de ambos os sexos e sedentários, divi- trados apresentaram baixa sensibilidade, não sendo adequados para
didos em: SM + AOS (n = 20, 48 ± 8 anos) e SM – AOS (n = 20, 43 ± triagem da dislipidemia na população estudada. Tornam-se necessários
8 anos). Os grupos SM foram comparados a 15 indivíduos sedentários outros estudos na população brasileira que proponham pontos de cor-
saudáveis, pareados por idade e sexo [grupo controle (C), 48 ± 7 anos]. te para circunferência de cintura, a fim de reduzir e/ou minimizar o
A AOS foi determinada pelo índice de apneia/hipopneia > 15 eventos/h risco cardiovascular futuro. Apoio: Fapemig e CNPq

S61
RESUMOS PÔSTERES

PT.07.05 IDENTIFICAÇÃO DE PADRÕES ALIMENTARES E e 59 SM. Dos 62 controles, 47 eram do sexo feminino (75,8%) e 15,
ASSOCIAÇÃO COM OBESIDADE ABDOMINAL DE ADULTOS do sexo masculino (24,2%). Já os 59 com SM foram divididos em 35
CADASTRADOS EM UNIDADE DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA do sexo feminino (59,3%) e 24 do sexo masculino (40,7%). Os parâ-
FAMÍLIA metros alterados utilizados para comprovar a SM foram: hipertensão
Marsola FC1, Hidalgo LMG1, Moreto F1, Rinaldi AEM1, Portero-Maclellan – 129 + 19,9 x 89 + 13,5, dosagens de glicose – 106 + 38,5, colesterol
KC1, Burini RC1 – 222 + 47,2, triglicérides 174 ± 123, HDL-colesterol – 44,9 + 10,8,
1
Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Faculdade de Medicina de Botucatu LDL-colesterol – 141,7 + 42, e os parâmetros antropométricos (IMC
– Centro de Metabolismo em Exercício e Nutrição (CeMENutri) ≥ 30,4 ± 5,5). Conclusão: Estudos de prevalência podem contribuir
para o planejamento em saúde e as análises preliminares dos dados
Introdução: A composição dietética pode ser preditora da adiposidade
mostraram que a frequência de SM foi maior em mulheres (59,3%)
abdominal. Dieta rica em fibras e de baixa carga glicêmica pode resultar que em homens (40,7%) e está associada a hipertensão, dislipidemia,
em menores níveis de adiposidade central. Já a elevada ingestão de aumento da glicemia de jejum e IMC alterado.
gordura trans e de carboidratos simples tem sido associada ao ganho na
medida da circunferência abdominal. Objetivo: Identificar os padrões
alimentares e associar com obesidade abdominal de adultos de unidade PT.07.07 ASSOCIAÇÃO ENTRE HDL-COLESTEROL E GLICEMIA
de Estratégia de Saúde da Família (ESF). Metodologia: Foram avalia- NA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS COM SÍNDROME
dos 214 indivíduos (56% do sexo feminino) com idade de 52,3 ± 11 METABÓLICA
anos, IMC médio de 28,5 kg/m2 (sem diferença entre gêneros), cadas- Chichetta G1, Franco FG2, Cendoroglo MS3, Jacinto AF2, Shigaeff N1,
trados em uma unidade de ESF de Botucatu/SP. Foi aferida a circunfe- Pereira SA2, Ikeda MR2, Citero VA1
rência abdominal (CA) no ponto médio entre o último arco intercostal 1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Psiquiatria,2 Hospital Israelita Albert
Einstein – Unidade Vila Mariana,3 Unifesp – Instituto de Geriatria e Gerontologia
e a crista ilíaca. A avaliação da ingestão alimentar foi realizada por ques-
tionário de frequência alimentar. A identificação dos padrões alimenta-
Objetivo: Avaliar a qualidade de vida (QV) de acordo com os parâme-
res foi realizada por meio da análise fatorial com rotação Varimax. Foi
tros antropométricos, funcionalidade e hábito de saúde do idoso com
realizada regressão linear múltipla e logística para verificar a relação
síndrome metabólica (SM). Desenho do estudo: Estudo transversal.
entre CA e os padrões alimentares. Foi adotado nível de significância Métodos: Treze idosos (≥ 65 anos) com SM, de um ambulatório de
de 5% e as análises foram feitas do software SAS para Windows, v.9.1.3. geriatria, responderam à avaliação geriátrica global e ao WHOQOL
Resultados: Foram identificados três padrões alimentares nomeados (Brief e Old). Foram analisadas as medidas de tendência central das
padrão ocidental (pizza, lanche, macarrão instantâneo, biscoitos, do- variáveis contínuas e aplicado o teste de correlação de Spearman entre
ces, gorduras e bebidas açucaradas), padrão tradicional (arroz, feijão, os escores de QV e as medidas antropométricas da SM, e a funcio-
farináceos e macarrão) e padrão saudável (laticínios, suco natural, pão nalidade foi avaliada pelo Questionário de Atividades Funcionais (Pfe-
integral, frutas, hortaliças, pipoca e peixes). Para a presença ou ausência ffer). As medianas dos escores de QV foram comparadas em função da
de alteração da circunferência abdominal, o padrão alimentar saudável realização de atividades físicas pelo teste de Mann-Whitney. Nível de
apresentou razão de chance de 0,6 (IC: 0,44-0,82); após ajustes para significância: p < 0,05. Resultados: 92,3% dos pacientes eram do sexo
idade e VCT, a razão de chance foi de 0,61 (0,42-0,89). Conclusão: feminino, com mediana etária de 72 anos, pressão arterial média de
Uma dieta rica em hortaliças, frutas, suco natural, pão integral, laticí- 117 mmHg, circunferência abdominal de 104 cm, glicemia de jejum
nios peixe e pipoca (padrão alimentar saudável) pode reduzir o risco de de 118 mg/dl, HDL de 49 mg% e triglicérides de 129 mg/dl. A QV
obesidade abdominal. Apoio: Capes, CNPq e Fapesp. geral apresentou mediana dos domínios de saúde física de 64; meio
ambiente de 63; psicológico e relacionamentos sociais de 75. A QV
PT.07.06 SÍNDROME METABÓLICA EM INDIVÍDUOS
específica para idosos apresentou mediana de habilidades sensoriais de
BRASILEIROS: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS 69; autonomia e atividades do passado/presente/futuro de 63; partici-
pação social e preocupação com morte e morrer de 75; intimidade de
Meneguette MVO1, Oliveira CA1, Amaral MEC1, Lima MHM2
56 e escore total de 69. Quanto maior o escore de saúde física da QV,
1
Centro Universitário Hermínio Ometto (Uniararas) – Programa de Pós-
Graduação em Ciências Biomédicas,2 Universidade Estadual de Campinas
menor foi a glicemia de jejum e maior a taxa de HDL (r = -0,57 e 0,59).
(Unicamp) – Faculdade de Ciências Médicas O escore de relacionamentos sociais foi maior quanto menor a taxa
de triglicérides e maior a funcionalidade do idoso (r = -0,66 e -0,70).
Introdução: O estresse causado pela vida moderna tem contribuído O escore de participação social foi maior quanto maior a taxa de HDL (r
para o aumento de doenças crônicas como obesidade, diabetes, hi- = 0,56), e preocupação com a morte e o morrer foi menor quanto maior
pertensão, entre outras, que cursam com alterações das lipoproteínas. a funcionalidade do idoso com SM (r = 0,60). Os idosos que faziam
A associação de três dos fatores de risco relacionados com as patolo- atividade física apresentaram menor preocupação com a morte do que os
gias acima serve para o diagnóstico de síndrome metabólica (SM). A não faziam (52,1 vs. 77,6). Discussão: Os idosos apresentaram maiores
glicemia em jejum oscilando entre 100 e 125, ou entre 140 e 200, índices de QV nos domínios psicológico, relações sociais, participação
depois de ter tomado glicose; valores baixos de HDL (homens < 40 social e preocupação com morte e morrer. Esses resultados sugerem
mg/dl e mulheres < 50 mg/dl) e elevados de LDL (> 160 mg/dl); ní- maior bem-estar subjetivo, suporte social e engajamento em atividades,
veis aumentados de triglicérides (> 150 mg/dl); obesidade central ou principalmente quanto maior for o controle glicêmico e a realização de
periférica determinada pelo índice de massa corpórea (IMC kg/m ≥ atividades físicas. Tais fatores contribuíram para diminuir a sensação de
30 – obesidade), a medida da circunferência abdominal (nos homens, risco, favorecendo o maior engajamento social do idoso. Conclusões:
o valor normal vai até 102 cm e, nas mulheres, até 88 cm), a relação Apesar da SM, os idosos apresentaram boa QV, com maior convívio so-
entre as medidas da cintura e do quadril, todos são parâmetros do cial associado a menor glicemia e maior taxa de HDL-colesterol.
National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III
(NCEP-ATPIII) para o diagnóstico de SM. Apesar de sua importân-
cia, há carência de dados sobre as características da SM na população PT.07.08 ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPONENTES DA SÍNDROME
METABÓLICA E PERCENTUAL DE ENERGIA DA DIETA
brasileira. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi determinar a pre-
PROVENIENTE DE ALIMENTOS PROCESSADOS
valência de SM de 121 indivíduos que deram entrada no Laboratório
Marsola FC1, Pegoretti C1, Fukuda CM1, Manda RM1, Portero-Maclellan
Municipal de Tietê, interior de São Paulo. Método: A coleta dos da-
KC1, Burini RC1
dos foi realizada por meio de medidas antropométricas e bioquími- 1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Faculdade de Medicina de
cas dos indivíduos. Resultados: Foram analisados os 121 indivíduos, Botucatu – Centro de Metabolismo em Exercício e Nutrição (CeMENutri)
sendo 82 (67,8%) do sexo feminino e 39 (32,2%) do sexo masculino,
com idade entre 35 e 52 anos. Para o diagnóstico da SM, utilizou-se Introdução: Há confluência de risco para diversas doenças crônicas
o critério da NCEP-ATPIII; dos 121 indivíduos, 62 foram controles relacionada com padrões similares de alimentação e estilo de vida. Sa-

S62
RESUMOS PÔSTERES

be-se que dietas que aumentam o risco de doenças crônicas são relati- cipalmente, sobrepeso (OR 5,61, IC 3,14 a 10,1) e obesidade (OR
vamente elevadas em gordura total, saturada, açúcar, sal, álcool, grãos 15,07, IC 8,11 a 27,97) apresentaram significativa associação. Con-
refinados e alimentos de origem animal. Em contrapartida, as dietas clusão: SM apresenta elevada prevalência em mulheres climatéricas
consideradas protetoras são compostas por grãos minimamente pro- de baixa renda no nordeste do Brasil. O critério mais prevalente foi
cessados, leguminosas, fibras, hortaliças, frutas e alimentos in natura. obesidade central, seguido de HAS. Sobrepeso/obesidade e elevado
Objetivo: Analisar a associação do consumo de alimentos processados número de gestações estão associados à SM na referida população.
com os componentes da síndrome metabólica (SM). Metodologia: Fonte de financiamento: Este estudo é parte do estudo “Avaliação
Foram avaliados 214 indivíduos (56% do sexo feminino) com idade do risco cardiovascular em mulheres no climatério”, financiado com
de 52,3 ± 11 anos, IMC médio de 28,5 kg/m2 (sem diferença entre recursos do Facepe/PPSUS.
gêneros), cadastrados em uma Unidade de Estratégia de Saúde da Fa-
mília de Botucatu/SP. Foram aferidos: pressão arterial, circunferência
PT.07.10 PERFIL CLÍNICO, METABÓLICO E ANTROPOMÉTRICO
abdominal (ponto médio entre o último arco intercostal e a crista ilí-
DE INDIVÍDUOS OBESOS EM HOSPITAL TERCIÁRIO DA CIDADE
aca), peso e estatura e calculado o IMC. Os parâmetros bioquímicos
DE SÃO PAULO
glicose, HDL-c e triglicerídios foram analisados pelo método de ca-
Giorelli GV1, Matos LN1, Dias CB1
lorimetria enzimática. Para análise da dieta, foi aplicado recordatório
1
Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo – Clínica Médica
de 24 horas, e a composição nutricional foi calculada com o software
NutWin versão 1.5. O percentual do valor calórico total proveniente
Introdução: A obesidade vem alcançando proporções epidêmicas nas
de alimentos processados (ricos em gordura, açúcar e refinados) foi
últimas décadas, tornando-se um problema de saúde pública em di-
calculado pela soma do valor calórico desses alimentos, multiplicando
versos países ao redor do mundo. Trata-se de uma condição clínica
o resultado por 100 e dividindo pelo valor calórico total da dieta.
que está associada a diversas alterações metabólicas, entre elas a dis-
Foi utilizada regressão logística para verificar associação entre os com-
lipidemia e a resistência à insulina. Objetivos: Avaliar o perfil clínico
ponentes da SM e o primeiro e o último quartil do percentual de
de indivíduos obesos em hospital terciário da cidade de São Paulo e
energia da dieta proveniente de alimentos processados por meio do
determinar as variáveis melhor correlacionadas com o HOMA-IR, em
software SAS para Windows, v.9.1.3, e adotada significância de 5%.
obesos e não obesos. Método: Analisaram-se 188 indivíduos, dividi-
Resultados: A pressão arterial, a circunferência abdominal, o HDL-c dos de acordo com o índice de massa corporal (IMC): grupo I (IMC
e a glicemia não apresentaram razão de chance significativa, porém foi < 30 kg/m2) e grupo II (IMC? 30 kg/m2). Foram determinados:
encontrada razão de chance significativa para hipertrigliceridemia com circunferência abdominal (CA), relação cintura/quadril, relação CA/
odds-ratio = 1,42 (1,03-3,91) entre o maior quartil de consumo de estatura (RCE), índice de conicidade, colesterol total (CT), HDL-
alimentos processados (59,04% ± 10,9% do VCT) comparado ao me- -colesterol (HDL-c), triglicerídeos (TG), relação TG/HDL-c e CT/
nor quartil (8,83% ± 6,78%). Conclusão: A associação entre o elevado HDL-c e HOMA-IR. Foram utilizados o teste t de Student na com-
consumo de alimentos processados e os triglicerídios indica que tais paração entre os grupos e matriz de Pearson para avaliar correlação
alimentos devem ser evitados para prevenir ou tratar a hipertrigliceri- entre as variáveis avaliadas e o HOMA-IR. Resultados: O grupo II
demia. Apoio: Capes e CNPq. (n = 74, 59,69 ± 13,74 anos, 13 homens) demonstrou, em relação ao
grupo I (n = 114, 60,96 ± 13,68 anos, 53 homens): maior CA e RCE
PT.07.09 PREVALÊNCIA DA SÍNDROME METABÓLICA E SEUS (109,01 ± 10,47 vs. 93,39 ± 10,25 e 0,69 ± 0,07 vs. 0,58 ± 0,06, p
COMPONENTES EM MULHERES CLIMATÉRICAS < 0,0001); maiores triglicerídeos e HOMA-IR (162,32 ± 71,61 vs.
Tavares Souza AP1, Lucena I2, Costa LO3, Fantato F4, Bezerra B2, 128,58 ± 62,23 e 6,16 ± 6,54 vs. 2,47 ± 2,72, p = 0,001 e p = 0,007,
Cavalcante CWP5, Novaes M2 respectivamente); menores HDL-colesterol (47,51 ± 10,40 vs. 52,10
1
Universidade de Pernambuco (UPE) – Faculdade de Ciências Médicas – ± 14,34, p = 0,02) e relações TG/HDL-c e CT/HDL-c mais elevadas
Medicina Clínica/Unidade de Pesquisa Clínica (Unipeclin)/Mestrado Ciências (3,70 ± 2,10 vs. 2,78 ± 1,90 e 4,66 ± 1,28 vs. 4,14 ± 1,29, p = 0,003 e
da Saúde, 2 UPE – Faculdade de Ciências Médicas – Medicina Clínica/Unipeclin, p = 0,01, respectivamente). No grupo I, as melhores correlações com
3
UPE – Faculdade de Ciências Médicas – Materno Infantil,4 UPE – Faculdade
de Ciências Médicas – Mestrado em Ciências da Saúde,5 UPE – Faculdade de
o HOMA-IR foram demonstradas pelos TG (r = 0,52, p = 0,004, IC
Ciências Médicas – Medicina 95%, 0,19 a 0,75) e pela relação TG/HDL-c (r = 0,60, p = 0,0006,
IC 95%, 0,30 a 0,80), (r = 0,49); no grupo II, nenhuma das variáveis
Introdução: A síndrome metabólica é um agrupamento de múltiplos analisadas demonstrou correlação significativa com o HOMA-IR (p
fatores de risco cardiovascular como obesidade central, hiperglicemia, > 0,05). Conclusão: Observaram-se maiores HOMA-IR, TG, CA,
hipertensão, triglicérides elevados e baixo HDL-colesterol. Identifica RCE e relações TG/HDL-c e CT/HDL-c e menores níveis de HDL-
pacientes com risco aumentado para diabetes melito tipo 2 (DM2) e -c nos indivíduos obesos. Entre os não obesos, os TG e a relação TG/
morte cardiovascular, sendo mais contundentes em mulheres, sobre- HDL-c demonstraram forte correlação positiva com o HOMA-IR.
tudo, nas menopausadas. Pouco é conhecido sobre a SM e seus deter- Entre os obesos, nenhuma variável analisada demonstrou correlação
minantes em mulheres climatéricas. Objetivos: Estimar a prevalência significativa com o HOMA-IR.
de SM, segundo NCEP/ATPIII, e a influência de variáveis socioeco-
nômicas, hábitos de vida, estado menopausal e IMC na ocorrência de
PT.07.11 INFLUÊNCIA DO CONSUMO DE GORDURA
SM. Descrever a frequência do número de componentes da SM na
SATURADA SOBRE A ESTEATOSE HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA:
população de estudo. Métodos: O presente estudo avaliou mulheres
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
no climatério, entre 45 a 65 anos, provenientes da região metropoli-
Ferreira VD1, Piano A2
tana do Recife, atendidas em dois ambulatórios públicos de ginecolo-
1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Programa de Pós-Graduação
gia. As pacientes portadoras de cardiopatia referida, de doenças crô-
em Obesidade e Emagrecimento: uma Abordagem Multidisciplinar, 2 Unifesp –
nicas e usuárias de reposição hormonal foram excluídas. Resultados: Programa de Pós-Graduação em Nutrição
A análise de 524 pacientes demonstrou que a prevalência de SM foi de
49,6%. O critério mais prevalente foi obesidade central, presente em Introdução: A alta adiposidade visceral resultante de hábitos alimen-
90% das mulheres estudadas, seguido por hipertensão (85,4%), HDL tares inadequados, principalmente o consumo elevado de alimentos
baixo (74,6%), hipertrigliceridemia (56,2%) e hiperglicemia (53,1%). fonte de gorduras saturadas, pode promover o desenvolvimento da
Na população estudada, apenas 6,9% das mulheres não possuíam ne- esteatose hepática não alcoólica (NAFLD), bem como pode acentuar
nhum componente da SM, 15,8% possuíam um e 27,7% possuíam o grau da lesão hepática. Há evidência de que o perfil lipídico da dieta
dois componentes. Idade, fatores socioeconômicos, hábitos de vida exerce importante influência na NAFLD, porém os mecanismos não
e estado menopausal não foram associados com a presença de SM, estão muito bem elucidados na literatura. Ressalta-se que a ingestão
enquanto três ou mais gestações (OR 1,67, IC 1,10 a 2,56) e, prin- elevada de gordura saturada apresenta associação com o desenvolvi-

S63
RESUMOS PÔSTERES

mento e a progressão dessa doença. Objetivo: Investigar a influência 3. Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em
de dieta rica em gordura saturada no aumento da gordura visceral e saúde. 6. ed. São Paulo: Rio de Janeiro: Abrasco; 1999.
na gênese e progressão da esteatose hepática não alcoólica. Métodos:
O presente estudo consiste em revisão bibliográfica em base de dados
indexadas no período de 2006 a 2009. Foi realizado o rastreamento PT.07.13 COMPARAÇÃO DOS NÍVEIS DE PCRas E
MICROALBUMINÚRIA ENTRE MULHERES COM E SEM SÍNDROME
sistemático, literário, usando a técnica boleana (and, or, not), por meio
METABÓLICA EM UMA COMUNIDADE EM SALVADOR/BA
dos descritores “obesity and NAFLD”. Foram selecionados artigos pu-
blicados em português, espanhol e inglês. Discussão: A obesidade Olivieri L1, Góes P2, Carneiro JRS2, Alves AM2, Cruz HR3
visceral é responsável pelo aumento da quantidade de ácidos graxos
1
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (Bahiana) – Medicina,
2
Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) – Medicina,3 Clínica Diagnoson –
livres (AGLs), uma vez que os adipócitos localizados nessa região pos- Medicina
suem maior atividade lipolítica, promovendo aumento de AGLs no
plasma, especialmente na circulação portal. O excesso de AGLs gera A síndrome metabólica (SM) está associada a uma resposta inflama-
elevação de triglicérides, de maneira a exceder a capacidade de síntese tória crônica subclínica, contribuindo para o aumento da resistência à
de VLDL, ocasionando seu acúmulo no hepatócito, fenômeno esse insulina e à lesão endotelial. Objetivo: Comparar os níveis da PCRas
conhecido como esteatose hepática não alcoólica. A ingestão excessiva (proteína C reativa de alta sensibilidade) e da microalbuminúria entre
de alimentos fontes de gordura saturada apresentou-se associada ao mulheres com e sem SM. Material e métodos: Foram recrutadas 98
maior acúmulo de gordura visceral, a qual é responsável pela produção mulheres em idade fértil atendidas no ambulatório de obesidade do
e liberação de adipocinas que influenciam uma variedade de processos Hospital Geral Roberto Santos e assistidas pelo Programa de Agentes
inflamatórios, entre eles o controle da ingestão alimentar, a homeos- Comunitários do distrito sanitário do bairro de Brotas, no período de
tase energética, a sensibilidade à insulina. Alterações na secreção de novembro de 2009 a fevereiro de 2010. Foram avaliados: idade, peso,
adipocinas e dos neuropeptídeos orexígenos podem estar relacionadas IMC, circunferência abdominal, quadril, pressão arterial (PA), glice-
ao desenvolvimento da esteatose hepática não alcoólica. Conclusão: mia, perfil lipídico, hemoglobina glicosilada (HbA1C) por HPLC, in-
No presente estudo, destaca-se a efetividade da terapia nutricional em sulina, HOMA-IR, microalbuminúria, proteína C reativa de alta sen-
melhorar o quadro clínico da NAFLD, além de proporcionar uma me- sibilidade (PCRas) por nefelometria. Resultados: Das 98 mulheres
lhora da qualidade de vida, reduzindo as taxas de morbidade dessa do- recrutadas, 80 preenchiam todos os critérios para inclusão na análise
ença. Agradecimentos: Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). de dados. Do total participante, 26 voluntárias (32,5%) preenchiam
os atuais critérios da AHA/IDF para diagnóstico de SM. Observou-
PT.07.12 PERCEPÇÃO E PRÁTICAS ALIMENTARES DE MULHERES -se idade média de 40,69 ± 10,38 anos no grupo com SM vs. 32,37 ±
OBESAS PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO 10,82 anos no grupo sem SM. Na comparação do perfil cardiometa-
NUTRICIONAL NO MUNICÍPIO DE GUARULHOS bólico entre os grupos com e sem SM, observou-se diferença estatisti-
camente significante na mediana da PCRas [3,68 [2,48-7,30] vs. 3,68
Oliveira AC1, Almeida JSA1
[2,48-7,30] mg/L], insulina [5,1 (3,96-8,42) vs. 8,9 (5,9-11,7) µU/
1
Centro de Especialidades Médicas de Guarulhos (Cemeg) – Nutrição ml] e HOMA-IR [1,13 (0,79-1,73) vs. 2,01 (1,21-3,0)]. Usando o
Introdução: Nos últimos tempos, a obesidade deixou de restringir-se teste de correlação de Spearman, observou-se uma correlação positiva
às camadas mais ricas da sociedade e está presente em todas as classes e estatisticamente significante entre os valores da PCRas com a cin-
sociais, considerada como um problema de saúde pública. No Brasil, tura (r: 0,434) e o HOMA-IR (r: 0,439). Conclusão: Na casuística
de acordo com a Pesquisa de Orçamento Familiar realizada entre 2008 estudada, observa-se que mulheres com SM apresentam níveis séricos
e 2009, aproximadamente 48% das mulheres apresentava excesso de de PCRas mais elevados em relação a mulheres sem SM. Observou-
peso, e cerca de um terço desse total era de mulheres obesas. Sabe-se -se também uma correlação positiva entre os valores da PCRas com a
que a etiologia da obesidade é multicausal e o estilo de vida está entre cintura e o HOMA-IR, sugerindo associação dessa região de depósito
os fatores de risco. A alimentação envolve uma complexidade que vai de gordura a um pior perfil cardiometabólico.
muito além dos aspectos biológicos e nutricionais, sendo influencia-
da pela sociedade, cultura, estado emocional e psicológico. Objetivo:
Compreender as percepções alimentares das pacientes obesas que par- PT.07.14 AVALIAÇÃO CLÍNICO-METABÓLICA DE PACIENTES
ticipam do programa de educação nutricional do Centro de Especiali- COM EXCESSO DE PESO – IMPORTÂNCIA DA MEDIDA DA
dades Médicas de Guarulhos. Metodologia: Participam do programa CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL
pacientes na faixa etária de 30 a 50 anos com IMC (índice de massa Lima ML1, Ladeia AM2, Olivieri L2, Góes P3, Ferraz F4, Magalhães Jr A5,
corpórea) ≥ 35 kg/m². Trata-se de um estudo com abordagem qua- Ferraz I1, Lima M6, Guimarães A1
litativa, com entrevistas orientadas por um roteiro semi-estruturado
1
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (Bahiana) – Pós-Graduação,2
Bahiana – Medicina, 3 Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) – Medicina,4
com perguntas abertas e fechadas sobre a história e o comportamento Fundação Baiana para o Desenvolvimento das Ciências (FBDC)/Baiana,
alimentar. Conclusão: Os dados preliminares apontam que as mulhe- 5
Obras Sociais Irmã Dulce – Radiologia, 6 Universidade Salvador (Unifacs) –
res obesas, em sua maioria, percebem a alimentação como alívio para a Nutrição
ansiedade. A maioria concebe os alimentos saudáveis como ruins e os
alimentos gordurosos, os doces e as bebidas gaseificadas como delícias Introdução: A obesidade é doença multifatorial, de prevalência cres-
que as levam ao descontrole. Conhecer as percepções das pacientes cente, que tem como consequência o aumento do risco cardiome-
sobre a sua alimentação fornecerá subsídios que poderão ser de grande tabólico. Objetivo: Comparar o perfil metabólico de 106 mulheres
valia para a condução do processo de educação para a alimentação. com e sem síndrome metabólica (SM), de acordo com a definição
da IDF. Metodologia: Estudo observacional analítico do tipo corte
Referências
transversal com 106 mulheres com IMC > 25 kg/m, em que foi
1. Brasil. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto avaliado peso, IMC, cintura, quadril, pressão arterial, glicemia, coles-
Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamento Fami- terol total e frações, triglicerídeos, AST, ALT e presença de esteatose
liar 2008-2009. Despesas, Rendimentos e Condições de Vida. Rio hepática pela USG. Resultados: 88 das 106 voluntárias tinham SM.
de janeiro, 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/ A idade foi maior nas pacientes com SM (47,3 ± 11,8 vs. 37,2 ± 11,0
presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1699&id_pa- anos, p = 0,01). O IMC e a cintura não diferiram entre os dois gru-
gina=1>. Acesso em: 10 de jan, 2011. pos (34,8 ± 6,9 vs. 35,6 ± 8,0 kg/m e 106,8 ± 13,0 vs. 107 ± 17,0
2. Carvalho MC, Martins AA. Obesidade como objeto comple- cm), porém a relação cintura-quadril (RCQ) foi maior nas voluntá-
xo: uma abordagem filosófico-conceitual. Ciência e Saúde Coletiva. rias com SM (0,93 ± 0,06 vs. 0,90 ± 0,06, p = 0,04), com tendência
2004;9:1003. para uma menor circunferência do quadril (114 ± 12 vs. 121 ± 17

S64
RESUMOS PÔSTERES

cm, p = 0,05). Obesidade central foi o componente da síndrome mais e o número de componentes de SM com IMVE. A presença de DM
prevalente (94,4%), seguida de hipertensão arterial (77,8%), hipergli- tipo 2 e esteatose hepática foi fator predisponente para hipertrofia de
cemia (44,4%), triglicérides elevado (32,6%) e HDL baixo (30,6%). VE, sugerindo que tanto a obesidade como o aglomerado de fatores
Das 27 voluntárias com de esteatose hepática pela USG, 26 (96,3%) metabólicos podem determinar alterações cardiovasculares impor-
tinham SM. Naquelas com SM, observaram-se níveis mais elevados tantes e de fácil identificação.
de PAS (140 ± 16 vs. 130 ± 19 mmHg), PAD (91,9 ± 12,5 vs. 83,4
± 12 mmHg, p = 0,01), glicemia (111 ± 39 vs. 99 ± 23 mg/dL, p
= 0,047), triglicérides (141 ± 70 vs. 95 ± 25 mg/dL, p = 0,006) PT.07.16 RISK FACTORS FOR OBESITY IN A RURAL POPULATION
e razão Tg/HDL (3,46 ± 2,2 vs. 1,99 ± 0,6, p = 0,007). Tendo a Harb A1, Levandovski R1, Bernardi F1, Hidalgo MP1
SM como desfecho, observa-se uma razão de prevalência (RP) válida 1
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) – Human Chronobiology Program
para a pressão arterial elevada [RP = 4,55; IC (95%) = 1,5 – 13,6],
hiperglicemia [RP = 19,5; IC (95%) = 2,4 – 152,8], hipertrigliceri- The objective was to determine risk factors for obesity in a rural popu-
demia [RP = 1,3; IC (95%) = 1,1 - 1,5] e LDL-c elevado [RP = 3,9; lation in South of Brazil. Participated on the study 6,506 subjects,
IC (95%) = 1,0 – 14,8]. Na curva ROC, ao se avaliarem as variáveis predominantly composed of Europeans descending, mainly Germans
com melhor sensibilidade e especificidade para estimar o desfecho and Italians. We used demographic questionnaire, Beck Inventory
SM, observa-se que as maiores áreas com significância estatística fo- to access depressive symptoms and Munich Chronotype Question-
ram: glicemia (área = 0,769; p = 0,002), triglicérides (área = 0,709; naire to access mid-sleep phase (MSF-sc). One-way ANOVA and
p = 0,014), PAS (área = 0,724; p = 0,009) e PAD (área = 0,741; Chi-square test were used. Logistic Regression was carried out in the
p = 0,005). Conclusão: Nessa população, a relação cintura-quadril course of assess the effects of confounding variables and of report-
foi mais importante do que a circunferência da cintura isoladamente ing an association between obesity and the factor variables. 32% of
ou o IMC na associação com SM. As maiores médias do quadril nas the sample was overweight and 17% were obese, 67% were female,
voluntárias sem SM devem estar associadas à proteção da gordura pe- aging 42.01 + 0.18. One-way ANOVA showed that obese present
riférica aos efeitos deletérios da gordura central. Aumento da relação an age mean higher than non-obese (46.94 + 12.27), presented less
Tg/HDL e presença de esteatose hepática se associaram à presença years of education (6.03 + 2.79) and were formed predominately by
de SM. women. When overweight and obese were grouped and compared
with non-obese by Chi-square (P < 0.05), it was observed that obese
group was composed predominantly by woman (64%), ex-smoker
PT.07.15 AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR DE MULHERES COM (85%) and present higher percentage of disease (52%). Logistic Re-
EXCESSO DE PESO gression showed that gender, age, years of formal education, presence
Olivieri L1, Ladeia AM1, Souza LA1, Lima ML2, Góes P3, Ferraz F1, of disease, smoke, exposure to agrotoxics and use of medicines (P <
Magalhães Jr A4, Guimarães A1 0.05) are independent factors associated with overweight and obesity
1
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (Bahiana) – Medicina, 2 Bahiana – in this population. This is a study in a homogenous sample of rural
Pós-Graduação, 3 Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) – Medicina, 4 Obras
Sociais Irmã Dulce – Medicina population with a specific ethnicity that makes possible the research
of risk factor to obesity without the interference of urban life. This
Introdução: A obesidade é considerada um dos principais fatores is a population with rural activities, and with a homogenous nutri-
predisponentes para doença cardiovascular e associa-se com a hi- tion pattern therefore the same prevalence of obesity (17%) similar of
pertensão arterial, dislipidemia e aterosclerose precoce. Objetivo: the prevalence of the south region of brazil (19,6%) may be probably
Avaliar a função cardiovascular de mulheres com excesso de peso. due to biologic changes more than cultural difference. This work was
Métodos: Estudo de corte transversal, com análise de dados an- supported by Probral/Capes/Brazil, PNPD/Capes, FIPE/HCPA,
tropométricos, teste ergométrico e ecocardiograma. Resultados: UFRGS (for M.P.H., R.M.L., and G.D.), Univates (undergraduate
Foram avaliadas 84 mulheres com média de idade de 46,6 ± 12,6 scholarships), Euclock and DAAD/Germany (KA,TR).
anos; 77,5% não brancas; 75% com renda mensal inferior a dois sa- References
lários mínimos. IMC 34,9 ± 7,4 kg/m²; 76,8% obesas, com média
1. Taylor HA. Obesity. 2010;18:1638-45. 2. Manfred S. Obesity.
de circunferência abdominal de 106 ± 14 cm. 69% hipertensas e 85%
2010;18:1821-6.
tinham síndrome metabólica (SM). Ao teste ergométrico, 41,7% ti-
veram pressão elevada pré-esforço e 21% hiper-reatividade pressóri-
ca. Não houve isquemia. A média do VO2 máximo foi de 34,2 ± 8,3 PT.07.17 AVALIAÇÃO DE TCAP EM OBESOS: PREVENINDO
mL/kg/min e o MET máximo, de 6,3 ± 1,9. No ecocardiograma, TRANSTORNOS METABÓLICOS E MENTAIS
32,5% apresentaram disfunção diastólica e 31,5% tinham hipertro- Moreno B1, Valente da Silva HG2, Moreira ASB1
fia do ventrículo esquerdo (HVE), das quais, 30,4% não eram hi- 1
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) ­– DNA, 2 UERJ – Nutrição
pertensas. Houve correlações positivas entre o índice de massa do Aplicada
ventrículo esquerdo (IMVE) com a pressão sistólica (r = 0,299, p =
0,009) e diastólica (r = 0,313, p = 0,006), aferidas em ambulatório, A obesidade induz alterações metabólicas, hormonais e de fome/
e com as de pico (r = 0,262, p = 0,043), no teste ergométrico, bem saciedade, podendo predispor ao aparecimento de transtornos ali-
como com o número de componentes da síndrome metabólica (r = mentares. O objetivo do estudo foi avaliar a presença de distúrbios
0,249, p = 0,03). O MET teve correlação inversa com a idade (r = metabólicos e sinais clínicos associados à síndrome metabólica em
-0,275, p = 0,03), peso (r = -0,312, p = 0,01), IMC (r = -0,347, p pacientes obesos com e sem transtorno da compulsão alimentar pe-
= 0,006), cintura (r = -0,568, p < 0,001), quadril (r = -0,389, p = riódica (TCAP). Métodos: Estudo transversal incluindo 32 obesos
0,004). Tendo a disfunção diastólica como desfecho, observou-se admitidos no Ambulatório de Nutrição, sem uso de drogas que inter-
uma razão de prevalência (RP) válida para hiperglicemia [RP = 4,55; firam na resistência à insulina. Foi realizada a avaliação antropométri-
IC (95%) 1,02-7,2]. Para a HVE, a RP foi válida para hiperglicemia ca (peso, altura, IMC e circunferência de pescoço – CP), bioquímica
[RP = 3,0; IC (95%) 1,09-8,5]; diabetes melito II [RP = 2,8; IC [colesterol total (CT), triglicerídio (TG) e glicemia de jejum (GJ)] e
(95%) 1,3-12,3]; hiperuricemia [RP = 2,8; IC (95%) 1,02-7,9]; es- de sinal clínico de acantose. A presença de síndrome metabólica (SM)
teatose hepática [RP = 3,7; IC (95%) 1,2-11,5]. Conclusão: Quanto foi avaliada segundo os critérios propostos pelo IDF (2005), a sono-
maior o número de componentes de SM em mulheres obesas, maior lência diurna excessiva (SDE), pelo Epworth Sleepiness Score – ESS
a frequência de alterações cardiovasculares, como hiper-reatividade (1991) e a presença de TCAP, utilizando questionário proposto no
pressórica, HVE e disfunção diastólica. Grau de obesidade e medida DSM-IV. Os dados foram analisados no programa SPSS, utilizando
de cintura associaram-se ao pior desempenho no teste ergométrico o teste t Student, qui-quadrado e a correlação de Spearman. Dados

S65
RESUMOS PÔSTERES

apresentados como média ± desvio-padrão, considerando significân- PT.07.19 FREQUÊNCIA DE DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA
cia com p < 0,05. Resultados: Foram avaliados 32 obesos, sendo 26 NÃO ALCOÓLICA EM POPULAÇÃO COM PRÉ-DIABETES
do sexo feminino, com média de idade de 45,5 ± 13,8 anos, IMC Saado1, Giorelli GV1, Cury MAA2, Camargo C2, Costa-Pinto J2,
de 38,2 ± 5,3 kg/m2 e CP de 39,1 ± 3,9 cm. Desses, 30% apresen- Pinheiro RP2, Matos LN1, Dias CB1
taram SDE, 60%, TCAP, 33%, acantose e 80%, SM. A bioquímica 1
Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo – Clínica Médica,
2
Universidade Cidade de São Paulo (Unicid) – Clínica Médica
evidenciou CT de 212 ± 31,9 md/dl, TG de 191 ± 87,7 mg/dl
e GJ de 100,9 ± 17,2 mg/dl. Não houve diferença na bioquímica
Introdução: A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é
quando comparamos com e sem TCAP. Houve correlação positiva
caracterizada por depósito de lipídios nos hepatócitos que desencadeia
entre a presença de TCAP e acantose (rho = 0,43, p = 0,027), com um processo inflamatório local. A fisiopatologia não é totalmente com-
maior frequência no grupo com TCAP (50%) do que no sem TCAP preendida, havendo uma relação com resistência à insulina. Objetivo:
(9,1%) (p = 0,03). Conclusão: É elevada a frequência de TCAP, SM O objetivo é avaliar a frequência de DHGNA por meio de ultrasso-
e acantose nos obesos. O diagnóstico de TCAP deve fazer parte do nografia em pacientes não diabéticos, porém de alto risco metabólico.
manejo clínico do obeso, com a finalidade de garantir um tratamento Material e métodos: Realizou-se estudo transversal em pacientes não
diferenciado, uma vez que eles cursam com distúrbios metabólicos e diabéticos, porém com fatores de risco metabólico, avaliando-se índices
mentais. Apoio financeiro: Faperj. antropométricos, glicemia, insulina, HOMA-IR, teste oral de tolerân-
cia à glicose (GTT), colesterol total, HDL-colesterol, LDL-colesterol,
PT.07.18 EFEITOS DA TERAPIA INTERDISCIPLINAR NO triglicerídeos e creatinina. Foi realizada ultrassonografia hepática para
COMPORTAMENTO ALIMENTAR E PERFIL PSICOLÓGICO DE avaliar presença ou ausência de esteatose. Resultados: Foram estudados
ADULTOS OBESOS 55 pacientes com mediana de fatores de risco metabólico de 4 (3-5) e
média de idade de 63.3 ± 10.5 anos. Sendo os principais fatores de risco
Carvalho Ferreira JP1, Cipullo MAT2, Caranti DA3, Moraes AS4, Pisani LP5,
Masquio DCL1, Andrade Silva SG1, Damaso AR6
metabólico a obesidade com média de IMC de 30.7 ± 5.3 kg/m e CA de
102.4 ± 11.5 cm, além de HAS em 76.3% e dislipidemia em 72.7% dos
1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Campus Baixada Santista –
Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde, Grupo de pacientes. A frequência de esteatose hepática foi de 47.2% (n = 26), desta-
Estudos da Obesidade,2 Unifesp/Campus Baixada Santista – Departamento cando que os pacientes com esteatose hepática eram semelhantes aos sem
de Saúde, Educação e Sociedade, Grupo de Estudos da Obesidade,3 Unifesp/ esteatose hepática em relação a idade (63.0 ± 9.9 vs. 64.0 ± 10.2 anos,
Campus Baixada Santista – Departamento de Biociências, Programa de
Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde, Grupo de Estudos
respectivamente), gênero e número de fatores de risco (4.1 ± 1.4 vs. 4.3
da Obesidade,4 Unifesp/Campus Baixada Santista – Grupo de Estudos da ± 1.3, respectivamente). Entretanto, os pacientes com esteatose hepática
Obesidade,5 Unifesp/Campus Baixada Santista – Departamento de Biociências, tiveram maiores níveis séricos de glicemia de jejum (106.3 ± 10.9 vs. 91
Grupo de Estudos da Obesidade,6 Unifesp/Campus Baixada Santista – (90-107) mg/dL, p = 0.02, respectivamente) e triglicerídeos (191.1 ±
Departamento de Biociências, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em
Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Grupo de Estudos
81.4 vs. 144.8 ± 60 mg/dL, p = 0.04, respectivamente) (Tabela 1).
da Obesidade
Tabela 1. Características clínicas e laboratoriais dos pacientes com e sem
Introdução: A obesidade é uma doença crônica multifatorial que esteatose hepática não alcoólica
apresenta crescimento epidêmico em todo o mundo. No Brasil, es-
Com esteatose Sem esteatose
tima-se que 50% da população adulta e 30% dos adolescentes apre- p
n = 26 n = 29
sentem sobrepeso ou obesidade (IBGE, 2010). Destaca-se a im-
Idade (anos) 63.0 ± 9.9 64.0 ± 10.2 ns
portância da realização de tratamento interdisciplinar considerando
IMC (kg/m) 32.2 ± 6.1 28.5 (27-32) ns
sua complexa etiologia, envolvendo questões genéticas, ambientais,
psicológicas, nutricionais e fisiológicas. Objetivo: Avaliar os efeitos CA (cm) 105.4 ± 10.3 100.6 ± 12.1 ns
da intervenção interdisciplinar de mudança de estilo de vida sobre o CA/Q 0.9 (0.9-1.0) 0.9± 0.08 ns
comportamento alimentar e parâmetros psicológicos, incluindo sin- REA 0.6 ± 0.07 0.6 ± 0.07 ns
tomas de depressão, ansiedade, compulsão alimentar e insatisfação Fatores de risco (n) 4.1 ± 1.4 4.3 ± 1.3 ns
com a imagem corporal em adultos obesos. Metodologia: Partici- Glicemia (mg/dL) 106.3 ± 10.9 91 (90-107) 0.02
param deste estudo 49 adultos obesos (12 homens, 37 mulheres; GTT (mg/dL) 125.5 (102.5-125.5) 166.2 ± 48.6 ns
IMC 36,35 ± 5,89 kg/m; idade 44,1 ± 10,0) acompanhados por Colesterol (mg/dL) 205.6 ± 44.7 190.9 ± 38.9 ns
seis meses por equipe interdisciplinar na Universidade Federal de São
HDL-colesterol (mg/dL) 48.5 ± 14.3 49.6 ± 11.0 ns
Paulo, incluindo intervenções clínicas, psicológicas, nutricionais, de
LDL-colesterol (mg/dL) 118.2 ± 40.9 113 (80-146) ns
fisioterapia e exercícios físicos. Foram avaliados no início e ao final
do estudo: medidas antropométricas e apresentação de sintomas de Triglicerídeos (mg/dL) 191.1 ± 81.4 144.8 ± 60 0.04
depressão, ansiedade (Inventário de Depressão e Ansiedade de Beck), Insulina (µUI/mL) 12.7 ± 8.3 7.5 (6-12.3) ns
insatisfação com a imagem corporal (Body Shape Questionary) e sinto- HOMA-IR 3.1 ± 2.2 1.3 (1.2-1.4) ns
mas de compulsão alimentar (Binge Eating Scale). A análise estatística
IMC: índice de massa corpórea; CA: cintura abdominal; CA/Q: relação cintura abdominal/cintura
foi realizada por meio do modelo de análise de variância de medidas quadril; REA: relação altura/cintura abdominal; GTT: teste oral de tolerância a glicose.
repetidas – ANOVA pelo programa Statistica 7. Foi estabelecido o
índice de significância < 0,05. Resultados: Observou-se que a tera- Conclusão: Observou-se que pacientes com alto risco metabólico que
pia interdisciplinar promoveu redução significativa dos sintomas de apresentavam DHGA tinham maiores valores de glicemia e triglicerí-
compulsão alimentar (BES: 16,40 ± 7,50 vs. 8,73 ± 5,74*), depressão deos, inferindo mais uma vez a relação dessa patologia com resistência
(BDI: 15,42 ± 7,54 vs. 7,98 ± 5,23*), ansiedade (BAI: 14,93 ± 9,80 a insulina e hipertrigliceridemia.
vs. 8,79 ± 7,19*) e insatisfação com a imagem corporal (BSQ: 118,65
± 28,38 vs. 100,54 ± 25,47*). No entanto, não foram encontradas
diferenças significativas entre homens e mulheres. Conclusão: Os re- PT.07.20 CORRELAÇÃO ENTRE APTIDÃO
CARDIORRESPIRATÓRIA E LEUCÓCITOS EM ADOLESCENTES
sultados do presente estudo reforçam a importância de abordagens
OBESOS
interdisciplinares para o controle da epidemia da obesidade e suas
Sencades RG1, Silva HJG1, Lins TA1, Ferreira LCCN1, Almeida LS1,
comorbidades, principalmente considerando a interface entre o com-
Albuquerque LS1, Tenorio TRS1, Andrade MLSS1, Lofrano-Prado MC2,
portamento alimentar e os aspectos psicológicos. Conflito de inte- Almeida NCN3, Ferreira MNL3, Prado WL1
resse: Nenhum declarado. Financiamento: Capes Reuni e Unifesp 1
Universidade de Pernambuco (UPE) – Escola Superior de Educação Física (ESEF),
apoiaram a pesquisa realizada em Santos/SP, Brasil, pelo Grupo de 2
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Pós-Graduação em Nutrição,3
Estudos da Obesidade – Unifesp. UPE – Unidade de Pesquisa Clínica (Unipeclin)

S66
RESUMOS PÔSTERES

Introdução: A obesidade é uma doença crônica, caracterizada pelo O diabetes melito tipo 2 teve prevalência 14 (5,7%), sendo 1 (2,7%)
excesso de tecido adiposo, com diversos efeitos adversos à saúde. In- com sobrepeso, 5 (5,6%) obesos classe I, 2 (3,3%) obesos classe II e 6
divíduos obesos geralmente apresentam altas contagens de leucócitos (10,2%) com obesidade classe III. Conclusões: Foi evidenciada uma
e baixa aptidão cardiorrespiratória, o que constitui um importante prevalência significante de indivíduos obesos e com sobrepeso hiper-
indicador de risco cardiovascular, deixando-os mais suscetíveis ao de- tensos não tratados, uma vez que muitos desconheciam a condição,
senvolvimento de complicações cardiovasculares. Objetivo: Analisar bem como uma tendência de aumento no diagnóstico de DM2 com o
a correlação entre aptidão cardiorrespiratória e leucócitos e entre o aumento do peso. Verificando-se essa relação direta entre a obesidade
índice de massa corporal e aptidão cardiorrespiratória em adolescentes e o desencadeamento de tais comorbidades crônicas, torna-se necessá-
obesos. Métodos: O estudo caracteriza-se como descritivo com de- rio o desenvolvimento de políticas públicas em saúde específicas para
lineamento transversal. A amostra foi composta por 33 adolescentes esse grupo.
obesos (IMC: 35,94 ± 4,52 kg/m) de ambos os gêneros, com idade Referências
entre 12 a 19 anos, percentil ≥ 95 de IMC e estágio maturacional pú-
1. WHO. Obesity: preventing and managing the global epidemic, in
bere (3 ou 4 da escala de Tanner), ingressantes em um programa mul-
Report of WHO Consultation on Obesity. Geneva: World Health Or-
tidisciplinar para tratamento da obesidade. A aptidão cardiorrespirató-
ganization; 1997. 2. Law C, et al. Obesity and health inequalities.
ria foi determinada mediante análise direta de gases (VO2máx) obtido
Obes Rev. 2007;8:19.
por teste incremental em esteira rolante. A contagem total de leucóci-
tos e subpopulações foi estimada por citometria de fluxo fluorescente.
Na análise estatística, utilizou-se o teste de correlação de Pearson por PT.07.22 AVALIAÇÃO DA ATEROSCLEROSE SUBCLÍNICA EM
meio do software SPSS 17.0, com nível de significância adotado de p < PACIENTES OBESOS
0,05. Resultados: Os dados demonstraram existir correlação positiva Burgos PF1, Leal AJ2, Gagliardi ART3
entre leucócitos e IMC (r = 0,44; p = 0,009) e negativa entre leucó- 1
Clínica de Cirurgia Vascular de Santos/SP – Ecocardiografia,2 Faculdade de
citos e aptidão cardiorrespiratória (r = -0,42; p = 0,016). Conclusão: Ciências Médicas de Santos Fundação Lusíada (Unilus) – Cirurgia,3 Faculdade
Conclui-se que o nível de aptidão cardiovascular pode constituir em de Ciências Médicas de Santos – Fundação Lusíada (Unilus) – Fisiologia
um fator de proteção contra agravos à saúde relacionados a altas con-
centrações de leucócitos. Agradecimentos: A presente pesquisa conta O objetivo deste estudo é avaliar a associação entre graus variáveis de
com apoio financeiro do CNPq (Edital Universal e bolsa de iniciação obesidade com o espessamento médio-intimal das carótidas, a pre-
científica), UPE (Pibic e PFAUPE). Agradecemos à direção da Escola sença de plaquas e dados clínicos e bioquímicos em pacientes obesos
Superior de Educação Física e, especialmente, a todos os voluntários. assintomáticos do ponto de vista cardiovascular. Vários estudos evi-
denciaram uma relação quantitativa entre o grau de obesidade e o
Referências risco de eventos cardiovasculares, contudo não há evidências de que
Grau AJ. J Am Heart Assoc. 2004;35:1147. Shankar A. AJH. a obesidade mórbida esteja mais fortemente associada à aterosclerose
2004;17:233. Silva OB. Sociedade Brasileira de Cardiologia. subclínica em indivíduos assintomáticos. Foram estudados 171 indiví-
2007;89:391. duos normotensos, normoglicêmicos em jejum, sendo 73 com IMC
entre 30 e 40 e 84 com IMC acima de 40; 115 do sexo feminino e
56 do sexo masculino, com uma média de idade de 39 anos e desvio-
PT.07.21 PACIENTES COM SOBREPESO E OBESIDADE:
-padrão de 10,6 anos. A avaliação bioquímica constou das seguintes
PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
(HAS) E DIABETES MELITO TIPO 2 (DM2): UM ESTUDO NO
dosagens: colesterol total, HDL-colesterol, triglicerídeos, glicose de
AMBULATÓRIO DE SOBREPESO E OBESIDADE DO INSTITUTO jejum, insulina de jejum, PCR ultrassensível, acido úrico, TSH, T4
DE SAÚDE ELPÍDIO DE ALMEIDA NA CIDADE DE CAMPINA livre, hemoglobina glicada, creatinina e hemograma completo. Todos
GRANDE/PB os pacientes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclareci-
Ferreira MFL1, Barbosa ACN1, Fernandes IC1, Barbosa PEA1, Costa ID1,
do, e o protocolo de pesquisa foi aprovado pela Comissão de Ética de
Lacerda SG1 Pesquisa em Seres Humanos do Hospital Guilherme Álvaro, Santos/
1
Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande/PB – Endocrinologia
SP. A avaliação da espessura médio-intimal das carótidas foi realizada
com um aparelho de ecocardiografia e ultrassom da marca Phillips
Introdução: A obesidade é definida como doença crônica resultan- Invisor com transdutor linear de frequência em torno de 7,5 a 10
te do excesso de tecido adiposo acumulado de modo prejudicial à MHZ com colour Doppler. Resultados: As medidas de espessura mé-
saúde. Prevalências elevadas de obesidade estão associadas ao desen- dio-intimal das carótidas realizadas se encontraram todas dentro dos
volvimento de outras comorbidades, tais como DM2, dislipidemias, limites normais e não houve nenhuma diferença entre os indivíduos
HAS, apneia obstrutiva do sono, doenças cardiovasculares e alguns com IMC maior ou menor do que 40. Os níveis de PCR ultrassensí-
tipos de câncer. Objetivos: Saber a prevalência de HAS e DM2 em vel, colesterol total, insulina de jejum e o índice HOMA apresentaram
uma população de indivíduos com sobrepeso e nos obesos, atendi- uma correlação linear positiva com o aumento do IMC. Conclusão:
dos em um centro de sobrepeso e obesidade de Campina Grande/ Nessa amostra de indivíduos obesos relativamente jovens, normoten-
PB. Métodos: Desenvolveu-se um estudo observacional com análise sos e normoglicêmicos, os valores da espessura médio-intimal das ca-
prospectiva, realizada no período de um ano, estendendo-se de janei- rótidas está dentro dos limites normais, apesar da significativa elevação
ro de 2010 a janeiro de 2011. A pesquisa foi realizada no Serviço de de marcadores de risco cardiovascular.
Sobrepeso e Obesidade do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida em
Campina Grande/PB. O critério de inclusão para análise foi índice
PT.07.23 RESISTÊNCIA À INSULINA NA PROLE DE
de massa corpórea (IMC) ≥ 25 kg/m. Utilizou-se como instrumento CAMUNDONGOS COM OBESIDADE INDUZIDA POR DIETA
de coleta de dados a ficha clínica de atendimento-padrão do sistema. HIPERLIPÍDICA
As variáveis analisadas foram: idade, gênero, IMC, HAS e DM2. Os
Ashino NG1, Nakutis FS2, Santos GA3, Silva AP2, Melo AM2, Martins JC2,
dados foram processados a partir do software Statistical Package for the Torsoni MA3, Torsoni AS3
Social Sciences (SPSS) versão 17 para Windows. Resultados: Foram 1
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – BFM-IB,2 Universidade Braz
analisados 247 pacientes, numa faixa média de idade de 37,6 e desvio- Cubas (UBC) – Saúde,3 Unicamp – Clínica Médica
-padrão (DP) de 11,2, sendo 28 (11,3%) do gênero masculino e 219
(88,7%) do feminino, com o IMC médio de 36,2 e DP de 6,7, sendo Introdução: A alimentação hipercalórica durante a gestação e a lac-
com sobrepeso 37 (15%), obesos classe I 90 (36,4%), obesos classe tação pode alterar o metabolismo de carboidratos e lipídeos da prole.
II 61 (24,7%) e obesos classe III 59 (23,9%). A prevalência de hiper- Entretanto, pouco é conhecido a respeito das alterações moleculares
tensão foi de 99 (40,1%), dos quais 42 (17,1%) desconheciam o fato. relacionadas à predisposição à obesidade em filhos de mães obesas.

S67
RESUMOS PÔSTERES

Objetivos: Avaliar o ganho de peso, a adiposidade, a tolerância à gli- PT.07.25 EFEITO DE VINTE SEMANAS DE TREINAMENTO
cose e diferenças na expressão ou ativação de proteínas do metabo- CONCORRENTE NA COMPOSIÇÃO CORPORAL E NA
lismo de glicose e lipídeos na prole de camundongos tratados com PREVALÊNCIA DA DGNAF EM ADOLESCENTES OBESOS
dieta hiperlipídica durante a gestação e lactação. Métodos: Foram Silveira LS1, Monteiro PA1, Bastos KN2, Antunes BMM1, Cayres SU1, Freitas
utilizados camundongos da linhagem Swiss, divididos em dois gru- Jr IF1
1
Universidade Federal de São Paulo (Unesp)/Campus Presidente Prudente –
pos: ao primeiro foi oferecida ração especial ad libitum, 35% mais rica Educação Física, 2 Unesp/Campus Presidente Prudente – Faculdade de Ciências
de gordura de origem animal. O segundo grupo recebeu ad libitum e Tecnologia (FCT) – Departamento de Educação Física
a dieta-padrão para roedores. À prole foi oferecida somente a dieta-
-padrão a partir do desmame. Dessa maneira, dois grupos foram obti- Introdução: A obesidade atualmente apresenta crescente prevalência
dos: grupo PC (mães com dieta controle e prole com dieta controle) na população pediátrica e associada a ela a doença gordurosa não alcoó-
e grupo PH (mães com dieta hiperlipídica e prole com dieta contro- lica do fígado (DGNAF). Para ambas, o tratamento mais recomendado
le). Os testes foram realizados na prole aos 28 dias de vida e foram é a reeducação alimentar associada à prática de atividade física, entretan-
avaliados os seguintes parâmetros: ganho de peso corpóreo, massa de to não há consenso quanto ao tipo, intensidade, duração e frequência
mais eficaz de treino nesse processo. Objetivo: Verificar as modifica-
tecido adiposo, tolerância à glicose e à expressão e/ou fosforilação de
ções em variáveis da composição corporal e prevalência de DGNAF em
proteínas hipotalâmicas e hepáticas por Western Blot. Resultados: Os
adolescentes obesos submetidos a 20 semanas de treinamento concor-
animais do grupo PH apresentaram maior peso corpóreo e massa de rente. Metodologia: A amostra foi formada por 38 indivíduos com
tecido adiposo branco que os animais do grupo PC. O GTTip indi- idade entre 12 e 16 anos (13,9 ± 1,09), classificados como obesos por
cou melhor perfil glicêmico do grupo PC em relação ao grupo PH. meio do índice da massa corporal segundo Cole (2000). Para a análise
A análise da expressão das proteínas da via de sinalização da insulina da composição corporal, foi empregada a técnica da absorptiometria
mostrou que as proteínas IR, IRS1 e AKT estavam mais expressas no de raios X de dupla energia e para o diagnóstico da DGNAF foi feita
fígado e no hipotálamo, no entanto no hipotálamo a proteína AKT a ultrassonografia do abdômen, utilizando-se equipamento da marca
encontrava-se menos ativa quando estimulada com insulina (ip). Além Toshiba, modelo Aplio, realizada por um mesmo médico radiologista.
disso, a proteína acetil-CoA carboxilase (ACC) também se encontrava A intervenção consistia de treinamento concorrente três vezes por se-
mais expressa e mais fosforilada. A serina-quinase JNK apresentou-se mana, com duração de 60 minutos por sessão (50% exercício aeróbio e
mais ativa e o fator de transcrição NFKB, mais expresso no grupo PH 50% de exercício resistido), durante 20 semanas, seguindo orientações
comparado ao grupo PC. A proteína AMPK estava menos ativa no para número de séries, intensidade, frequência e recuperação, publica-
hipotálamo dos animais do grupo PH. Conclusão: Dessa maneira, os das por Watts (2004). Para a análise estatística, foram calculadas a média
resultados obtidos revelam que o uso de dieta hiperlipídica durante e desvio-padrão das variáveis estudadas, seguidos do teste t pareado para
a gestação e a lactação modula as vias relacionadas a homeostase da a comparação dos momentos pré e pós-intervenção, assim como análise
de frequência para a prevalência da DGNAF. Utilizaram-se o software
glicose e de lipídeos no fígado e hipotálamo da prole. Essas alterações
estatístico SPSS versão 13.0 e nível de significância de 5%. Resultados:
podem estar relacionadas à tendência de desenvolvimento de obesida-
de e intolerância à glicose na fase adulta. Apoio: Fapesp. Tabela 1. Média, desvio-padrão e prevalência das varáveis estudadas nos
momentos pré e pós-intervenção
Pré Pós
PT.07.24 OBESOS TÊM CONSUMO EXCESSIVO DE PROTEÍNAS E
Média ± Média ±
CARBOIDRATOS E REDUZIDO DE VITAMINA E Desvio-padrão Desvio-padrão
Dias de Castro ML1, Driemeyer J1, Malinoski NK2, Oliveira VR2, Costa FS1, Massa corporal total (kg) 82,99 ± 16,15 79,67 ± 15,41*
Friedman R1
Gordura corporal (%) 45,43 ± 5,2 42,09 ± 5,6*
1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Hospital de Clínicas de Porto
Alegre (UFRGS/HCPA) – Serviço de Endocrinologia,2 UFRGS – Nutrição Massa de gordura (kg) 37,31 ± 9,7 33,83 ± 9,5*
Massa corporal magra (kg) 41,87 ± 8,4 43,21 ± 8,0*
Introdução: No Brasil, 11,1% da população apresenta obesidade, Lobo direito (cm) 13,67 ± 1,2 13,01 ± 1,2*
doença multifatorial resultante de um desequilíbrio entre a ingestão Lobo esquerdo (cm) 8,87 ± 1,3 7,80 ± 1,3*
de energia e seus gastos, diagnosticada na presença de um índice de Prevalência
massa corporal ≥ 30 kg/m². Como se espera, a ingestão calórica desses
Presença Ausência Presença Ausência
indivíduos é elevada, porém mesmo nesses indivíduos é possível ocor-
DGNAF (%) 27 71,1 23,7 76,3
rer consumo excessivo ou subconsumo de nutrientes essenciais ao or-
*p < 0,01
ganismo. Objetivo: Comparar o consumo alimentar desses pacientes
com as recomendações da DRIs a partir de registros alimentares pe- Conclusão: De acordo com os resultados obtidos, conclui-se que o treina-
sados (RAp). Métodos: Foram selecionados pacientes encaminhados mento concorrente com duração de 20 semanas foi eficiente na diminui-
aos Ambulatórios de Cirurgia Bariátrica e Endocrinologia do Hospital ção da massa corporal total, massa de gordura, aumento da massa corporal
magra e diminuição da prevalência da DGNAF em adolescentes obesos.
de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Eles foram submetidos à avalia-
ção dos hábitos alimentares por meio de Rap, assim como submetidos Referências
à avaliação nutricional e clínica. O RAp era realizado durante três dias, 1. Cole TJ. BMJ. 2000;320:1240. 2. Watts K. J Am Coll Cardiol.
não consecutivos, no intervalo de um mês, sendo nesses dias todos 2004;43:1823.
os alimentos pesados com balança digital. O cálculo da ingestão foi
realizado por meio9 do software Nutribase. Os nutrientes seleciona-
PT.07.26 O PAPEL DA ACETIL-CoA CARBOXILASE
dos para análise foram: calorias totais, carboidratos, proteínas, lipídios,
HIPOTALÂMICA NA RESPOSTA CONTRARREGULATÓRIA
água, fibra, cálcio, ferro, sódio, zinco, potássio e as vitaminas B6, B12, HEPÁTICA DE RATOS
A, D e E. Resultados: No presente estudo, foram analisados 26 pa-
Pereira VD1, Santos GA1, Moura RF1, Roman EA2, Vitorino DC2,
cientes com o IMC médio de 48,8 kg/m² (DP 8,85). O consumo ca- Souza LMI3, Velloso LA4, Torsoni AS5, Torsoni MA6
lórico médio foi de 2748,8 kcal (DP 964,9) diárias. A comparação dos 1
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Faculdade de Ciências
nutrientes com as recomendações apresentou diferença significativa (p Médicas (FCM) – Clínica Médica,2 Unicamp – Instituto de Biologia (IB) –
< 0,005, IC: 95%) para o consumo excessivo diário de carboidratos, Fisiologia,3 Unicamp-FCM – Fisiopatologia,4 Unicamp-FCM – Medicina Interna,
5
Unicamp-FCM – Núcleo de Saúde e Bioquímica,6 Unicamp-FCM – Faculdade
proteínas, água, zinco, vitamina B12, B6 e subconsumo de vitamina de Ciências Aplicadas (FCA) – Clínica Médica Núcleo de Saúde e Bioquímica
E. Conclusão: Pacientes obesos apresentam consumo excessivo de
macro e micronutrientes. No entanto, não atingem o limite máximo Introdução: A acetil-CoA carboxilase (ACC) participa da síntese de
permitido (UL). ácidos graxos e desempenha importante função no controle hipotalâ-

S68
RESUMOS PÔSTERES

mico da ingestão alimentar e do balanço energético. Entretanto, a comorbidades descritas na anamnese e o percentual de indivíduos que
função da ACC hipotalâmica na resposta contrarregulatória hepática referiram cada uma delas: hipertensão arterial sistêmica (29%), hiper-
ainda não está bem descrita. Objetivo: Avaliar a modulação da ex- colesterolemia (12%), hipotireodismo (7%), diabetes (5%), esteatose
pressão e atividade de enzimas hepáticas em animais com bloqueio hepática não alcoólica (4%), hipertrigliceridemia (3%). Além disso, os
da expressão da enzima acetil-CoA carboxilase (ACC) hipotalâmica. voluntários foram questionados quanto aos antecedentes familiares.
Materiais e métodos: Para este estudo, foram utilizados ratos Wistar Nesse sentido, 55% relataram casos de hipertensão na família; 53%
machos. Após cirurgia estereotáxica e vagotomia, os animais foram possuem familiares obesos; 45% referiram ter familiares com diabetes;
tratados intracebroventricular com oligonucleotídeo antissense (OAS) 41% indicaram possuir familiares com hipercolesterolemia; 39% cita-
para ACC. A eficiência do bloqueio da expressão da ACC no hipotála- ram casos de infarto agudo do miocárdio; 29% mencionaram aciden-
mo foi avaliada por Western Blot, assim como a quantidade das prote- te vascular cerebral na família; 22% apresentam hipotireodismo; 18%
ínas PEPCK, p-STAT3, p-GSK3 no fígado e a expressão gênica no hi- mencionaram presença de transtornos do humor entre os familiares
potálamo e no fígado foi avaliada por PCR em tempo real. Durante o e 8%, a presença de transtornos alimentares. Conclusão: Existe alta
tratamento com OAS foi quantificada a ingestão alimentar e o peso do frequência de diversas comorbidades em obesos, em especial hiper-
tecido adiposo epididimal. O nível de glicogênio hepático foi avalia- tensão arterial. Desse modo, reforça-se a necessidade de estratégias
do por meio de espectrofotometria e a produção de glicose mediante interdisciplinares para a promoção da saúde por meio de mudanças do
teste de tolerância ao piruvato. Resultados: Nossos estudos mostra- estilo de vida. A presença de antecedentes familiares é um potencial
ram que a o OAS foi eficiente na redução da quantidade de ACC no marcador de risco, aumentando as chances de morbidade e mortalida-
hipotálamo, e a ingestão alimentar foi significativamente maior nesse de. Conflito de interesse: Nenhum. Financiamento: Capes Reuni,
grupo se comparado ao grupo controle. A expressão hipotalâmica do CNPq e Unifesp apoiaram a pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos
neuropeptídeo CRH aumentou 2x em relação ao controle. A massa da Obesidade (GEO) – Unifesp, Santos.
de tecido adiposo epididimal foi 50% menor e o nível de ácidos graxos
livres, 35% maior no grupo OAS se comparado ao grupo controle.
A quantidade da proteína e a expressão da PEPCK e G6Pase foram PT.07.28 GHRELIN GENE POLYMORPHISM AND ITS RELATION
maiores no grupo OAS, enquanto a fosforilação da GSK3 estava dimi- TO DNA DAMAGE IN MORBID OBESE WOMEN
nuída. A produção de glicose hepática estava aumentada e os níveis de Almeida DC1, Luperini BCO1, Salvadori DMF2
glicogênio hepático estavam diminuídos no grupo OAS em relação ao 1
Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Patologia, 2 Unesp – Faculdade de
Medicina de Botucatu – Patologia
grupo controle (21,1 vs. 35 mg/g de tecido, respectivamente). Con-
clusão: Os dados obtidos até o momento indicam que a modulação da
The prevalence of obesity is increasing around the world, and pros-
proteína ACC no hipotálamo participa da resposta contrarregulatória
pective studies have shown that in 2025 Brazil will be the 5th country
hepática por meio do aumento da expressão da PEPCK e da produção
in the world with obesity health problems. Obesity is characterized by
de glicose, além de estimular o catabolismo do glicogênio e triglicé-
an increase of the adipose tissue mass resulting from a chronic energy
rides no tecido adiposo branco. Assim, acreditamos que a inibição da
imbalance between energy intake and energy expenditure. It is widely
ACC a partir da ativação da proteína AMPK é fundamental para a
accepted that both genetic and environmental factors can predispose
resposta contrarregulatória hepática em condição de jejum. Apoio:
individuals to the development of obesity. Among the different me-
Fapesp e CNPq.
chanisms that could lead to this multifactorial disorder, the genetic ap-
proach considers obesity in some circumstances as an inherited disease
PT.07.27 COMORBIDADES E ANTECEDENTES FAMILIARES caused by, for example, mutations or polymorphisms in specific genes
DE ADULTOS OBESOS PARTICIPANTES DE TERAPIA like the ghrelin gene. Ghrelin is a gastrointestinal peptide hormone
INTERDISCIPLINAR DE MUDANÇA DE ESTILO DE VIDA identified in the stomach; it is directly involved in the regulation of
Moraes AS1, Carvalho Ferreira JP2, Cipullo MAT3, Caranti DA4, Queiroz food intake leading to a short-term regulation of energy balance. It is
GGJ2, Masquio DCL2, Andrade Silva SG2, Pisani LP5, Yi LC4, Damaso AR6 also well known that the obesity itself results in an inflammatory state
1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Campus Baixada Santista – Grupo and that this chronic inflammation can cause the production of free
de Estudos da Obesidade,2 Unifesp/Campus Baixada Santista – Programa de radicals molecules, which are very reactive and can interact with DNA
Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde, Grupo de Estudos da
Obesidade,3 Unifesp/Campus Baixada Santista – Departamento de Saúde, inducing genotoxic damage. Considering the information above, our
Educação e Sociedade, Grupo de Estudos da Obesidade,4 Unifesp/Campus study aimed to evaluate DNA damage as assessed by the comet as-
Baixada Santista – Departamento de Biociências, Programa de Pós-Graduação say, and to correlated these lesions with ghrelin gene polymorphisms
Interdisciplinar em Ciências da Saúde, Grupo de Estudos da Obesidade,
5
Unifesp/Campus Baixada Santista – Departamento de Biociências, Grupo de
(-501A > C) in morbid obese women. The population studied was
Estudos da Obesidade,6 Unifesp/Campus Baixada Santista Departamento de distributed into three groups according to the genotypes: AA (n =
Biociências, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde, 14), AC (n = 14) e CC (n = 14). Our findings showed statistically
Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Grupo de Estudos da Obesidade
significant difference in the level of DNA damage among the three
groups. Those individuals with the CC genotype presented the hi-
Introdução: A obesidade é uma doença crônica, multifatorial, que
ghest amount (48.89 ± 37.74), followed by those AA (35.68 ± 35.03)
apresenta crescimento epidêmico no Brasil e no mundo. Além de tra-
and AC (30.50 ± 32.67), suggesting an association between the CC
zer prejuízos para a vida social e psicológica do obeso, está relacionada
com inúmeras comorbidades físicas que caracterizam fatores de risco genotype of the ghrelin gene and the higher incidence of genotoxic
para a saúde, aumentando o índice de morbidade e mortalidade nessa damage in morbid obese women. Supported by CNPq.
população. A história de antecedentes familiares vem sendo investiga-
da no âmbito da genética em estudos sobre a obesidade. Objetivo: PT.07.29 ASSOCIATION BETWEEN FTO GENE POLYMORPHISM
Analisar o perfil de um grupo de adultos obesos participantes de tera- AND DNA DAMAGE IN LIMPHOCYTES FROM OBESE WOMEN
pia interdisciplinar para controle da obesidade (atendimentos clínico, Luperini BCO1, Almeida DC1, Porto MP, Salvadori DMF2
psicológico, nutricional, fisioterapêutico e exercício físico), com rela- 1
Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Patologia,2 Unesp – Faculdade de
ção às comorbidades e antecedentes familiares. Métodos: 66 adultos Medicina de Botucatu – Patologia
obesos com média de idade de 41,45 ± 10,42 anos e média de IMC de
36,47 ± 5,78 kg/m2, 14 do gênero masculino e 52 do gênero femini- Obesity is a global public health problem, and it is a risk factor for
no. Os dados foram coletados em entrevista individual que tinha por various disorders including type 2 diabetes, hypertension, cancer and
objetivo recolher as informações da história pregressa do indivíduo, cardiovascular diseases. Some studies have reported that obesity can
por meio de uma anamnese clínica durante a triagem para a terapia lead to the production of free radicals (oxidative stress), which are able
interdisciplinar. Resultados: O presente estudo verificou as seguintes to interact with DNA causing genotoxic damage. Obesity is not only

S69
RESUMOS PÔSTERES

related to some environmental risk factors, but also to genetic predispo- bulatório de obesidade da Santa Casa. Comparar e relacionar perda de
sition. The FTO (fat mass and obesity associated gene) gene is located peso e alterações nos critérios: hipertensão, glicemia e colesterol HDL,
in chromosome 16q12.2, and it is widely expressed in both fetal and componentes da síndrome metabólica de acordo NCEP/ATPIII, em
adult tissues, including adipose tissue, specific parts of the brain and cada um dos grupos. Metodologia: Estudo retrospectivo, incluindo 91
muscle. Variants of the FTO gene have recently been strongly associated pacientes (M: 19, F: 72) com diagnóstico de obesidade (IMC ≥ 30) ou
with body mass index and obesity. Therefore, considering the closely diagnóstico de sobrepeso (IMC > 25) associado a uma comorbidade,
relationship between obesity, genotypes and DNA damage, this study que são os atuais critérios para início do tratamento farmacológico. Os
was designed to analyze the association between the FTO gene variants pacientes foram avaliados por oito meses, em três consultas, sendo re-
and DNA damage in peripheral lymphocytes, as accessed by the com- gistrados idade, dados antropométricos (peso, estatura, índice de mas-
et assay. The FTO single nucleotide polymorphism (rs9939609) was sa corporal), dados laboratoriais (níveis séricos em jejum de colesterol
genotyped in 45 morbid obesity women, which were also evaluated for HDL e glicose), comorbidades e terapêutica. Resultados: Idade média:
genotoxicity. This study population was distributed into three groups 44,9 anos (DP: 14,3); principais comorbidades: HAS (47%), diabetes
according to the genotypes: TT (n = 15), AT (n = 15) and AA (n = melito 2 (19%) e dislipidemias (17%). Quanto à abordagem terapêutica:
15). Statistically significant higher amount of DNA damage was de- 28 pacientes não receberam tratamento farmacológico, 28 receberam
tected in those individuals with the AA genotype (52.43 ± 0.92), than fluoxetina, 31 sibutramina e 4 femproporex. A variação média de peso
in those with TT (42.01 ± 0.94) and AT (35.71 ± 0.88) genotypes. Ad- foi: 1,6 kg (DP: 6,9) nos pacientes sem tratamento farmacológico; 0,96
ditionally, women with the heterozygous genotype AT had less genetic kg (DP: 7,5) nos tratados com fluoxetina; 2,7 kg (DP: 6,1) nos tra-
damage than those homozygous TT (P < 0.05). In conclusion, our tados com sibutramina; e -1,7 kg (DP: 4,6) nos com femproporex.
data showed significant difference in the level of DNA damage among Quanto aos critérios da síndrome metabólica analisados neste estudo,
the three genotypes, and demonstrated that the FTO (rs9939609) AA no grupo sem tratamento, 12,5% dos pacientes melhoraram seus re-
homozygous genotype in obese women is associated with the highest sultados laboratoriais e 87,5% mantiveram os mesmos parâmetros; no
incidence of genotoxic lesions. Supported by Capes and CNPq. grupo fluoxetina, 22,2% melhoram e 77,8% permaneceram; no grupo
sibutramina, 20% melhoraram, 60% permaneceram e 20% pioraram.
Dados não foram suficientes para analisar o grupo femproporex. Quan-
PT.07.30 IMPACTO DO TRABALHO NOTURNO NA OBESIDADE do comparados os grupos tratados com cada uma das drogas versus o
ABDOMINAL EM TRABALHADORES DE UM FRIGORÍFICO NO grupo controle, com α: 0,05, usando o teste t de Student, nenhuma
SUL DO BRASIL das drogas utilizadas apresentou diferença estatisticamente significante
Olinto MT1, Canuto R2, Macagnan J1, Henn RL1, Patussi MP1 – fluoxetina (IC 95% -0,66-0,41), sibutramina (IC 95% -0,89-0,89).
1
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) – Programa de Pós-Graduação Conclusões: Os resultados indicam que a intervenção farmacológica
em Saúde Coletiva, 2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) –
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Endocrinologia
isolada pode não ser suficiente para lidar com a síndrome metabólica.

Investigou-se a associação entre trabalho em turnos e obesidade abdo- PT.07.32 AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO
minal em trabalhadores de um frigorífico de frangos do sul do Brasil. CARDIOVASCULAR, DE ACORDO COM OS CRITÉRIOS DE
Foi realizado estudo transversal com uma amostra de 1.206 traba- FRAMINGHAM, EM INDIVÍDUOS OBESOS
lhadores, de 18 a 50 anos, que atuam na linha de produção. Foram
Arbex AK1, Rocha DRTW2, Jorge AR2, Resende AN3, Mesquita LM3, Faria
considerados expostos os trabalhadores dos turnos da noite (n = 800) GB3, Lima SJ3, Pires LS4
e não expostos os trabalhadores do turno diurno (n = 406). Obesida- 1
Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed)/Minas Gerais – Coordenação
de abdominal pela medida da circunferência da cintura > 88 cm em da Pós-Graduação Lato Sensu em Endocrinologia, 2 Ipemed/Minas Gerais – Pós-
mulheres e > 102 cm em homens. A média de idade dos trabalhadores Graduação de Endocrinologia, Corpo Docente,3 Ipemed/Minas Gerais – Pós-
Graduação de Endocrinologia, Corpo Discente,4 Universidade Federal de Juiz de
foi de 30,5 anos (desvio-padrão = 8,7), sendo 65,2% de mulheres. Fora (UFJF) – Estágio Probatório, Pós-Graduação Stricto Sensu
Os trabalhadores de turno noturno apresentaram maior prevalência
de obesidade abdominal (24,9% vs. 19,5%; p = 0,036) do que aque- Introdução: A obesidade é classificada de acordo com o índice de mas-
les do turno diurno. A prevalência de obesidade abdominal foi maior sa corpórea (IMC) maior ou igual a 30 kg/m². O aumento do peso
nas mulheres do que nos homens, respectivamente, 30,2% (IC 95%: pode favorecer o aparecimento de fatores de risco para doença cardio-
27.0;33.4) e 9,8% (IC 95%: 6.9;12.6). Após ajuste para características vascular (DCV). Pelo escore de Framingham, colesterol total, diabetes,
sociodemográficas, de saúde, comportamentais e de sono (duração e HDL, pressão arterial e tabagismo são fatores de risco independentes
qualidade), na análise multivariada, a razão de prevalência para o risco para DCV. Objetivo: Este estudo avaliou a relação entre critérios de
do turno de trabalho noturno na obesidade abdominal, comparado ao risco para DCV de Framingham e obesidade, em indivíduos avaliados
turno diurno, foi de 1,43 (IC 95%: 1,16-1,78) para obesidade abdo- no ambulatório de nosso Serviço. Material e métodos: Estudo trans-
minal. O trabalho noturno mostrou-se um fator de risco independente versal, com duração de novembro de 2009 a abril de 2010. As variáveis
para obesidade abdominal em trabalhadores. analisadas no estudo são as utilizadas no escore de Framingham. Foram
atendidos 19 indivíduos (2 homens e 17 mulheres), com idade (mé-
dia) de 34.32 ± 11.40 anos. Dados antropométricos incluíram peso,
PT.07.31 AVALIAÇÃO DE DIFERENTES ABORDAGENS
TERAPÊUTICAS DE PACIENTES OBESOS EM TRATAMENTO NO altura e IMC. Foram dosados: glicemia de jejum (GJ), colesterol total
AMBULATÓRIO DE ENDOCRINOLOGIA DO HOSPITAL DA SANTA (CT), HDL (lipoproteína de alta densidade), LDL (lipoproteína de
CASA DE SÃO PAULO baixa densidade) e TG (triglicerídeos). Foi utilizado o software SPSS
versão 17 e foram feitas as análises univariadas (Pearson) e a análise de
Morelli F1, Pereira LS1, Piovesan FX1, Amadio CR1, Gimenez AO1, Salles
JEN2 regressão linear (ANOVA) com ajuste para o IMC. Significância de
1
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSC-SP) –
P = 0.05. Resultados: Foram 9 indivíduos com hipertensão arterial
Acadêmico,2 FCMSC-SP – Medicina Endocrinologia sistêmica (HAS), 7 tabagistas, 2 portadores de diabetes melito tipo 2
(DM2). Critérios de Framingham (média ± DP) – GJ: 94.58 ± 46.55
Introdução: A obesidade é um estado pró-inflamatório eliciador de di- mg/dl (N: 70-99); CT: 192 ± 79 mg/dl (N: < 200); HDL: 40.13 ±
versas patologias metabólicas, afetando mais de 24 milhões de brasilei- 14.34 mg/dl (N ≥ 40 no homem ou ≥ 50 mg/dl na mulher); TG:
ros e mais de 500 milhões de pessoas no mundo. Atualmente, é possível 174.63 ± 126.15 mg/dl (N < 150); LDL: 103.48 ± 42.52 mg/dl (N:
utilizar medicamentos, dietas hipocalóricas e, às vezes, cirurgias, mas as < 100); PÁS: 120.26 ± 47.15 mmHg; PAD: 79.32 ± 31.71 mmHg;
mudanças de estilo de vida por meio de aumento do conhecimento e IMC: 39.1 ± 5.79 kg/m². A análise univariada mostrou significância
técnicas cognitivo-comportamentais são ainda fundamentais. Objeti- estatística direta entre idade e HAS (PAD, P = 0.01 e PAS, P = 0.005),
vos: Avaliar as abordagens terapêuticas realizadas em pacientes do am- peso e TG (P = 0.033), PAS e GJ (P = 0.009), CT e GJ (P = 0.009),

S70
RESUMOS PÔSTERES

TG e GJ (P = 0.0001) e entre IMC e peso (P = 0.01), sendo esta últi- foi aferida por fita métrica simples e inelástica acima da crista ilíaca e
ma mantida na análise de regressão linear após ajuste para obesidade. abaixo da última costela. A pressão arterial foi mensurada com aparelho
A amostra apresentou apenas 10% dos pacientes do sexo masculino. Omron Hem-705CP, sendo considerado com risco os indivíduos pré-
Observaram-se correlações diretas significativas entre PAD e IMC (P = -hipertensos (pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica acima
0.035). Conclusão: A amostra estudada definiu a relevância dos fato- do percentil 90). Todos os indivíduos foram analisados de acordo com
res pressão arterial, glicemia de jejum e triglicérides no diagnóstico de os protocolos de referência. As informações sobre o estádio de matura-
obesidade. O estudo indica que tais fatores merecem ser priorizados na ção sexual foram autorreferidas, sendo classificados em pré-puberes (es-
abordagem da obesidade, pois o escore de Framingham sugere aumen- tádio 1 de Tanner), púberes (estádio 2-3 de Tanner) e pós-púberes (es-
to do risco cardiovascular associado a tais fatores. Agradecimentos e tádio 4-5 de Tanner). A análise da curva ROC foi utilizada para definir a
ajuda financeira: Agradecemos aos alunos participantes deste estudo, sensibilidade e a especificidade dos pontos de corte para a circunferência
que não necessitou de ajuda financeira específica para sua realização. de cintura. A amostra total foi composta de 50,7% de meninas e 49,3%
de meninos. Na avaliação da pressão arterial, foi observado que 0,6%
são pré-hipertensos, 1,3% são hipertensos nível 1 e 2,1% são hipertensos
PT.07.33 LEPTINA E JEJUM PROLONGADO NA GÊNESE DA
nível 2. A circunferência da cintura acima do percentil 90 estava presente
OBESIDADE
em 10,1% das meninas e 10,7% dos meninos. Observou-se que, para o
Barbosa JR1, Martins CM1, Kato JT1, Carvalho CA1, Machado VA2,
sexo feminino, os pontos de corte da CC que melhor predizem o risco
Fonseca FA2, Izar MC2
de pressão elevada para fase pré-púbere, púbere e pós-púbere foram >
1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Departamento de Medicina –
Setor de Lípides e Aterosclerose,2 Unifesp – Departamento de Medicina – Setor de 61 cm (Se = 66,7 e Es = 77,9), > 72 cm (Se = 66,7 e Es = 90,9) e > 68,5
Lípides e Aterosclerose cm (Se = 100 e Es = 58,3), respectivamente. Para o sexo masculino, os
pontos de corte da CC foram > 58,5 cm (Se = 100 e Es = 38,7), > 74
Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) define obesida- cm (Se = 37,5 e Es = 94,4) e > 67,5 cm (Se = 85,7 e Es = 50,7), para
de como uma doença caracterizada pelo aumento da gordura corporal a fase pré-púbere, púbere e pós-púbere, respectivamente. Conclusão:
em decorrência do balanço energético positivo, que influencia conside- Os pontos de corte encontrados foram inferiores à recomendação de
ravelmente a qualidade e a quantidade de vida do indivíduo. Estima-se Fernández et al. (2004). Tornam-se necessários outros estudos na po-
que em 2025 o Brasil será o quinto país do mundo a ter problemas pulação brasileira que proponham pontos de corte para circunferência
de obesidade em sua população. Existem dois fatores principais para a de cintura, a fim de reduzir e/ou minimizar o risco de pressão arterial
gênese da obesidade: os genéticos ou endócrinos e metabólicos e os fa- elevada na população estudada. Apoio: Fapemig e CNPq.
tores externos, entre eles o dietético. Com relação a esse fator, pode-se
ressaltar o jejum prolongado, que influencia o papel de regulação do
peso corporal pelo hormônio leptina (considerado um fator endócri- PT.07.35 ANÁLISE QUALITATIVA DA LANCHEIRA DE PRÉ-
no e metabólico). Essa privação alimentar, entre outras consequências, ESCOLARES
causa a diminuição do metabolismo basal de repouso com o intuito de Moreira P1, Santos MCR1, Kovacs C1, Amparo FC1, Paiva CCJ1, Silva
prolongar o suprimento energético do organismo, até que uma pró- RA1, Magnoni D1
xima refeição seja realizada, indicando a correlação inversa do jejum 1
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – Ambulatório de Nutrição
prolongado e a perda de peso. O presente trabalho tem por objetivo
relacionar essa condição com pessoas com sobrepeso e obesidade. Mé- Introdução: Em virtude de suas características biológicas, as crianças
todos: Estudo piloto transversal de coleta única de dados por meio de em idade pré-escolar merecem atenção especial, tendo em vista que
recordatório alimentar de 24 horas. Os dados foram obtidos por meio uma alimentação inadequada pode colocar em risco o seu crescimento
de entrevistas realizadas em setores censitários sorteados do município e desenvolvimento, além de causar problemas como anemia ferropri-
de São Paulo/SP. Foi considerado jejum prolongado o período acima va, desnutrição, obesidade e outros distúrbios nutricionais. Objetivo:
de cinco horas consecutivas sem ingerir qualquer tipo de alimento. Analisar qualitativamente as lancheiras de crianças em idade pré-escolar
Resultados: A amostra do estudo foi composta por 271 indivíduos; de um colégio particular de São Paulo. Metodologia: Foram analisa-
desses, 148 (54,6%) apresentavam índice de massa corporal acima de das individualmente, as lancheiras de 130 crianças, com idade entre
24,99 kg/m², sendo 96 (64,8%) classificados como com sobrepeso e 3 e 6 anos. Os alimentos foram listados, sem interferir no consumo
53 como obesos, com idade média de 58 anos (+\- 14). Desses, 58,8% deles. A partir dessa lista, foi gerado um banco de dados para conhecer
ficam de jejum por um período maior que cinco horas e meia (p ≤ os alimentos de maior frequência entre as crianças. Foram considera-
0,05 e r = 0,39), sendo 67,8% mulheres e 32,2% homens. Conclusão: das inadequadas as lancheiras que continham alimentos de baixo valor
Diante dos resultados, pode-se observar que o jejum prolongado tem nutritivo, como salgadinhos e refrigerantes, e alimentos com alto teor
relação direta com a obesidade, criando uma condição crônica de hi- de açúcares e gorduras, como bolos e biscoitos recheados, embutidos,
perleptinemia e consequente resistência a esse hormônio, causando o frituras e doces. Utilizou-se estatística descritiva com intervalo de con-
desequilíbrio do controle da fome e saciedade. Portanto, a educação fiança de 95%. Resultados: Foram consideradas inadequadas 75% das
nutricional efetiva torna-se de grande relevância para o controle tera- lancheiras avaliadas. A presença de biscoito recheado foi observada em
pêutico da obesidade. Palavras-chave: jejum, obesidade, leptina. 51,6%, os doces e chocolates estavam em 41,3% e os refrigerantes com-
punham 22,0% das lancheiras. Conclusão: Os resultados encontrados
refletem a importância e a necessidade de implementar programas de
PT.07.34 ACURÁCIA DOS PONTOS DE CORTE DE educação nutricional e orientação para pais, objetivando a melhora dos
CIRCUNFERÊNCIA DE CINTURA PARA PREDIZER RISCO DE hábitos alimentares das crianças e a prevenção de doenças no futuro.
PRESSÃO ARTERIAL EM ADOLESCENTES
Cândido APC1, Alosta JPS2, Freitas SN2, Machado-Coelho GLL3
1
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) – Nutrição,2 Universidade Federal de PT.07.36 EFEITO DE UM PROGRAMA MULTIDISCIPLINAR SOBRE
Ouro Preto (UFOP) – Nutrição,3 UFOP – Ciências Médicas O PERFIL LIPÍDICO DE ADOLESCENTES OBESOS
Albuquerque LS1, Aniceto RR1, Silva HJG1, Lins TA1, Sencades RG1,
Estudos têm mostrado um aumento na incidência de hipertensão arte-
Andrade MLSS1, Ferreira LCCN1, Freitas CRM1, Almeida NCN2,
rial (HA) na adolescência. Os fatores mais importantes implicados na
Ferreira MNL2, Lofrano-Prado MC3, Prado WL3
gênese da HA parecem ser a obesidade e a gordura abdominal. Dessa 1
Universidade de Pernambuco (UPE) – Escola Superior de Educação Física (ESEF),
forma, o objetivo do estudo foi identificar pontos de corte de circunfe- 2
UPE – Unidade de Pesquisa Clínica (Unipeclin),3 UFPE – Pós-Graduação em
rência de cintura capazes de predizer o risco de pressão arterial elevada. Nutrição
Foi selecionada uma subamostra de 479 alunos com idade entre 10-14
anos por processo aleatório simples e estratificado de acordo com o sexo, Introdução: A obesidade é uma condição patológica acompanha-
idade e proporção em cada escola. A circunferência de cintura (CC) da por acúmulo excessivo de gordura quando comparado a valores

S71
RESUMOS PÔSTERES

previstos de estatura, gênero e idade, sendo reconhecida oficialmente Carnier et al., 20 ↓ Visceral fat, leptin concentration,
como doença desde 1985. Sua associação com alterações metabólicas, 2008 prevalence of bulimia nervosa (100% to
como dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica, resistência à insulina 67%) and binge eating disorder symptoms
e doenças cardiovasculares, já pode ser observada em indivíduos de (from 40% to 17%)
diferentes faixas etárias, apresentando alta incidência em adolescen-
tes. Objetivo: Verificar os efeitos de uma intervenção multidisciplinar De Piano et al., 55 Positive correlation between AgRP with
sobre o perfil lipídico de adolescentes obesos. Metodologia: Este es- 2009 visceral fat in all patients, and negative
tudo caracteriza-se como descritivo. A amostra foi composta por 12 correlation between NPY/AgRP with
indivíduos (7 meninas e 5 meninos) com idade entre 12 a 19 anos adiponectinemia only in NAFLD patients
(15,4 ± 2,5 anos), púberes (estágio 3 ou 4 de Tanner) e obesos (IMC Oyama et al., 2010 111 Massive weight loss (> 14 kg) improves
≥ 95th). A intervenção multidisciplinar teve a duração de 12 semanas neuroendocrine regulation of energy
e foi composta de acompanhamento nutricional, clínico, psicológico e balance
de exercícios físicos. A coleta de sangue foi realizada nos momentos de
pré e pós-intervenção; foram analisados os valores de colesterol total, Sanches et al., 29 Improvement in the common carotid artery
LDL-c, HDL-c e triglicerídeos. Na análise estatística, utilizou-se o 2010 (in press) intima-media thickness.
teste t pareado para amostras dependentes por meio do software SPSS Silva et al., 2010 76 Improvement in the lung function in
16.0, com o nível de significância adotado de p < 0,05, os dados são (in press) asthmatic and non-asthmatic obese
apresentados em média e desvio-padrão. Resultados: Os dados não adolescents
apresentaram diferença significativa nas variáveis entre os momentos
pré e pós-intervenção, tendo respectivamente os níveis de colesterol
total: 165,4 ± 33,8 mg/dl e 163,5 ± 27,9 mg/dl; LDL-c: 107,1 ± Conclusion: The interdisciplinary treatment was effective in impro-
26,8 mg/dl e 102,7 ± 24,5 mg/dl; HDL-c: 40,5 ± 6,5 mg/dl e 41,1 ving metabolic and hormonal profiles, as well as in controlling visceral
± 4,7 mg/dl e triglicerídeos: 91,0 ± 28,0 mg/dl e 93,0 ± 30,8 mg/dl. obesity and related co-morbidities in adolescents.
Conclusão: A intervenção multidisciplinar não foi capaz de modificar
o perfil lipídico dos adolescentes obesos, sendo necessária a realização
de estudos com um programa multidisciplinar em longo prazo. PT.07.38 ASSOCIAÇÃO DE POLIMORFISMOS DOS GENES
Referências LEP, LEPR, PPARG E IL-6 COM MUDANÇAS NO CONSUMO
ALIMENTAR DE INDIVÍDUOS OBESOS
1. National Cholesterol Education Program (NCEP). 2. Marti A.
Obes Rev. 2001;2:131. 3. Tanner JM. Arch Dis Child. 1976;51:170. Oliveira R1, Genvigir FDV1, Cerda A1, Willrich MAV1, Moraes TI1, Dorea
EL2, Martinez MB3, Farjado CM1, Jorge MEI4, Hirata MH1, Hirata RCD1
1
Universidade de São Paulo (USP) – Faculdade de Ciências Farmacêuticas
PT.07.37 THE INTERDISCIPLINARY THERAPY PROMOTED AN (FCF) – Análises Clínicas e Toxicológicas, 2 USP – Hospital Universitário, 3 USP –
Hospital Universitário – Análises Clínicas, 4 USP – Faculdade de Saúde Pública da
IMPROVEMENT IN VISCERAL OBESITY AND OTHER RELATED CO-
Universidade de São Paulo – Nutrição
MORBITIES
Piano A1, De Mello MT2, Carnier J1,Tock L3, Sanches PL1, Caranti DA4, Oyama Introdução: A obesidade é uma doença poligênica e multifatorial
LM5, Oller do Nascimento CM6, Silva PL1, Corrêa FA1,Tufik S2, Dâmaso AR7
que guarda relação com o diabetes melito tipo 2 (DM2), doenças
1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Nutrição, Unifesp – Psicobiologia,
2
3
Unifesp – Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício (CEPE), 4 Unifesp/ cardiovasculares e mudanças no hábito alimentar. Polimorfismos dos
Campus Baixada Santista – Biociências, Grupo de Estudos da Obesidade (GEO), genes da leptina (LEP), receptor de leptina (LEPR), adiponectina
5
Unifesp – Ciências da Saúde, 6 Unifesp – Fisiologia, 7 Unifesp – Nutrição, (ADIPOQ) e IL-6 têm sido associados com maior índice de massa
Biociências, Programa Interdisciplinar da Ciência da Saúde
corporal (IMC) e risco de obesidade e aumento do consumo alimen-
Visceral adiposity is the major risk factor for paediatric obesity co-mor- tar. Método: Para avaliar a relação de polimorfismos nos genes LEP,
bities. Objective: Verifying the effects of long-term interdisciplinary LEPR e PPARG com o perfil metabólico e a resistência à insulina,
therapy on metabolic, biochemical and neuroendocrine profile of obese foram selecionados 70 indivíduos obesos e 89 não obesos atendidos
adolescents. Methods: A systematic review of our research data devel- no Hospital Universitário da USP. Os parâmetros antropométricos
oped during six years (2004 to 2010) with adolescents aged 15-19 y, foram medidos e a taxa de gordura corporal foi avaliada por impedan-
with BMI > P95. They were submitted to long-term (1 year) inter- ciometria. Amostras de sangue periférico foram obtidas para análise
disciplinary (clinical, nutritional, psychological and exercise) therapy. da leptina, receptor de leptina solúvel (sLEPR), glicose, hemoglobina
Body composition was measured by pletismography, visceral, subcuta- glicada, insulina, perfil lipídico e extração de DNA genômico. Os po-
neous fat and hepatic steatosis by ultrasonography. The adipokines and limorfismos de nucleotídeo único (SNPs) dos genes LEP (-2548G>A,
neuropeptides concentration was measured by enzyme-linked immu- A19G), LEPR (Lys109Arg e Gln223Arg) e PPARG (C161T) foram
nosorbent assay and insulin resistance by HOMA-IR. The metabolic detectados por PCR em tempo real e IL-6 por PCR-RFLP e a avalia-
syndrome, NAFLD were diagnosed. Asthma and lung function were ção nutricional foi realizada pelo recordatório de 24h. Resultados
evaluated according to the American Thoracic Society criteria. Results: e discussão: os SNPs LEPR Lys109Arg (A1960G) e Gln223Arg
Obese (A3468G) foram associados com obesidade e com IMC (p < 0.05).
Authors Results O SNP IL6 -174G>C foi associado com aumento de CA nos obesos
Adolescents
(p > 0,05). Foi possível avaliar o consumo alimentar de 44 indivíduos
Tock et al., 2006 73 ↓ visceral adiposity and NAFLD (from 52% que completaram o programa de orientação nutricional. No progra-
to 29%) ma intervencional, foi possível observar uma redução do consumo
Caranti et al., 2007 51 ↓ Metabolic syndrome from 31% to 8%) calórico apenas nos indivíduos com consumo acima de 2.500 kcal.
De Piano et al., 43 ↓ Glucose and visceral fat after treatment
Esse grupo também apresentou maior redução de IMC. O consumo
2007 in patients with NAFLD de proteínas aumentou no grupo com consumo calórico intermedi-
ário (1.500-2.500 kcal). Após a intervenção nutricional, foi possível
Dâmaso et al., 181 In a multivariate logistic analysis it was observar mudança no hábito alimentar por causa de diminuição da
2008 observed that only visceral fat remained as ingestão calórica e redução do perfil lipídico, nos polimorfismos LEP
risk factor to predict NAFLD. Every 1 cm 19A<G, LEPR Lys109Arg(A1960G), PPARG 161C<T e IL6 -174
increase in visceral fat was associated with G<C. Conclusão: Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir
a 1.97 fold in boys and 2.08 fold in girls. It que os polimorfismos LEPR Lys109Arg, Gln223Arg e IL-6 estão as-
was verified a positive correlation between sociados com o desenvolvimento da obesidade em nosso grupo e os
visceral fat, IR and steatosis degree
polimorfismos LEP 19A<G, LEPR Lys109Arg (A1960G), PPARG

S72
RESUMOS PÔSTERES

161C<T e IL6 -174 G<C estão associados a mudanças no perfil lipídi- de realizar tarefas cotidianas e de relacionarem-se socialmente, falta
co após a intervenção nutricional. Apoio financeiro: Fapesp. de vontade de viver e de fazer planos de vida e de futuro. Todos os
Referências pacientes foram submetidos a exames laboratoriais que detectaram de-
ficiências nutricionais.
1. Saukko M, Kesaniemi YA, Ukkola O. Leptin receptor Lys109Arg
and Gln223Arg polymorphisms are associated with early atheroscle-
rosis. Met Synd Relet Disord. 2010;8(5):425-30. 2. Steemberurgo PT.08.02 FOME DE QUÊ? COMPULSÃO ALIMENTAR COMO
T, Azevedo MJ, Martinez JA. Interação entre gene e nutriente e sua MANIFESTAÇÃO DO FALSO SELF E INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA
associação à obesidade e com diabetes melito. Arq Bras Endocrinol BREVE – UM ESTUDO DE CASO EM UMA CLÍNICA DE
Metab. 2009;53(5):497-508. OBESIDADE EM SALVADOR
Carneiro FT1
1
Clínica da Obesidade Sua Amiga – Psicologia
PT.07.39 A IMPORTÂNCIA DA REABILITAÇÃO FÍSICA NA
OBESIDADE E NA SÍNDROME METABÓLICA Este artigo propõe a reflexão sobre a compulsão alimentar como uma
Costa JPS1, Costa APF1 manifestação do falso self, por intermédio de um estudo de caso em
1
Cafes – Unidade de Reabilitação Física Cardiopulmonar e Metabólica – Grupo uma clínica de obesidade, utilizando a técnica da psicoterapia breve.
de Estudos de Doenças Plurimetabólicas (GERP) Buscou-se analisar se o desenvolvimento da compulsão alimentar pode
ser compreendido como manifestação do falso self nas pacientes com
Introdução: O ganho ponderal é preditor independente para o desen- obesidade, qual o significado para a “fome” nos quadros de obesidade
volvimento da síndrome metabólica (SM), embora nem todos os in- e de que forma a técnica da psicoterapia breve operacionalizada pode
divíduos obesos a apresentem. Por outro lado, certas populações com colaborar para o maior fortalecimento do ego, o surgimento do self
baixa prevalência de obesidade apresentam elevada prevalência da SM verdadeiro e consequentemente de novos hábitos alimentares na vida
e mortalidade cardiovascular. O grau de obesidade e sua interação com das pacientes após sua internação na clínica. A obesidade é, hoje, um
SM predispõe ao aparecimento de hipertensão, diabetes, distúrbios dos maiores problemas de saúde pública no mundo. Profissionais de
osteomusculares e respiratórios. Portanto, quanto maior for o grau de diversas áreas estudam essa doença, que a cada dia cresce mais. Não
obesidade e complicações associadas, maior é o grau de incapacidade se pode mais restringir a obesidade como um problema de países mais
funcional e menor a qualidade de vida. Objetivos: Analisar os efeitos ricos ou uma doença que acomete somente o adulto. No Brasil, ela
de um programa de reabilitação física, cardiopulmonar e metabóli- já é considerada uma epidemia. De acordo com o site da revista Veja
ca, supervisionado em uma população de indivíduos obesos com SM. (www.veja.abril.com.br), o IBGE, pautado na Organização Mundial
Material e métodos: Participaram 24 indivíduos com IMC entre 28 de Saúde, que tem como referencia o cálculo do peso por meio do
e 44, sendo 22 do sexo feminino e 2 do sexo masculino, com 24 a 58 IMC (índice de massa corporal), constatou: “A Pesquisa de Orçamen-
anos. A reabilitação física consistiu em analgesia e RPG, protocolo de to Familiar (POF) divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro
exercícios aeróbicos e resistidos interativos e supervisionados, orienta- de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que em todas as regiões do
ção nutricional e aulas educativas. O tratamento foi realizado obede- país, em todas as faixas etárias e em todas as faixas de renda aumentou
cendo a uma frequência de cinco dias por semana, uma hora por dia, contínua e substancialmente o percentual de pessoas com excesso de
por um período de oito semanas. Foram realizadas avaliações físicas peso e obesas. O sobrepeso atinge mais de 30% das crianças entre 5 e
no início e após cada tratamento, sendo: circunferência abdominal, 9 anos de idade, cerca de 20% da população entre 10 e 19 anos e nada
IMC, pressão arterial, imagem postural, escala visual analógica de dor, menos que 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos.
seguidos de análise estatística representadas por seus valores médios. Entre os 20% mais ricos, o excesso de peso chega a 61,8% na popula-
Resultados: A média do peso inicial foi de 86,4 kg e a do final de 70,9 ção de mais de 20 anos. Também nesse grupo concentra-se o maior
kg, uma diminuição de peso ponderal de 15,5 kg, 17,96% do peso percentual de obesos: 16,9%.” O que torna a situação ainda mais di-
inicial; o IMC diminuiu de 34 para 28, em média; a circunferência fícil é que a obesidade geralmente não está sozinha; os pacientes que
abdominal reduziu 16,5 cm em média. A média das pressões sistólica e estão acima do peso sofrem de outros males adquiridos em decorrên-
diastólica inicial e final nos indivíduos hipertensos foi de 153 mmHg, cia dos maus hábitos, físicos e alimentares, que a maioria dos pacien-
94,5 mmHg, 110 mmHg, 70,9 mmHg, respectivamente, com dimi- tes mantém. São doenças como diabetes e hipertensão que agravam
nuição de 4,3 pontos para sistólica e 2,3 para diastólica. Na análi- ainda mais a saúde dos que sofrem do problema. Vivemos em um
se das imagens, observou-se diminuição importante da hiperlordose mundo com tendências adoecedoras que primam pelo alto consumo,
lombar seguida de diminuição da protrusão abdominal. A dor lombar pelo ter em detrimento do ser, e os excessos são vistos nas prateleiras
diminuiu do valor médio de 6 para 1 ao final do estudo. Conclusão: dos supermercados, onde as promoções são sempre para o consumo
Observou-se diminuição dos fatores de riscos cardiovasculares e meta- exagerado, os menores preços acompanham os produtos maiores e o
bólicos como hipertensão e circunferência abdominal. A reabilitação incentivo é sempre levar dois pelo preço de um. As possibilidades de
física promoveu melhora do quadro álgico e prevenção de lesões. Um lazer oferecidas pela cidade grande são de comidas rápidas, com alto
programa de reabilitação cardiopulmonar e metabólica supervisionado teor de produtos maléficos à saúde como a gordura trans, açúcar, sal
promoveu melhora da capacidade funcional e física e melhora da qua- e outros. Comidas essas que precisam ser ingeridas tão rapidamente
lidade de vida. A mudança de hábitos é fundamental para a prevenção quanto feitas, pois seu tempo de duração é curto. Em pouco tempo
e o tratamento da obesidade e da SM. estão “murchas”, “duras” e já não servem mais para o consumo. A
sociedade que vende “o muito” é a mesma que exige o oposto: “o
pouco”. Ela nos vende excesso, a ideia do ter, do consumir, adquirir,
PT.08.01 CORRELAÇÃO ENTRE DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL E mas nos cobra poucas calorias, corpos magros, isso tudo com uma
SINTOMAS DEPRESSIVOS tecnologia que não permite às pessoas se exercitarem. Em casa, para
Sprengel AL1 cozinhar, o micro-ondas, para lavar louça e roupas, a máquina de lavar,
1
Instituto de Medicina Sallet – Psicologia para trocar o canal da TV o controle e para subir até o apartamento,
o elevador. As roupas nas lojas e nas revistas parecem estar cada vez
Sabe-se que deficiências nutricionais podem ocorrer após a cirurgia menores – será que o tamanho M virou P? Enfim, como se colocar
bariátrica. A baixa aderência à suplementação tem mostrado que as diante de tanta contradição, tantas cobranças externas e internas que
deficiências se agravam ao longo do tempo de pós-operatório. Este o indivíduo se faz a todo tempo? Como o sujeito tem respondido a
estudo partiu da queixa inicial de 12 pacientes que nos procuraram toda essa lógica capitalista e consumista? Como SER diante de tudo
após, no mínimo, dois anos da realização da cirurgia bariátrica, refe- isso? Bancar as individualidades e as diferenças? Extremamente com-
rindo sintomas depressivos como desânimo, fraqueza, falta de vontade plexa, a obesidade precisa ser pensada por diversos aspectos: sociais,

S73
RESUMOS PÔSTERES

médicos, nutricionais, físicos e psíquicos. Ela demanda olhares dife- me metabólica. A adoção de medidas que possam auxiliar na redução
rentes e, com isso, um tratamento com uma equipe multidisciplinar. do peso deve ser considerada como estratégia de prevenção e trata-
A clínica em que as pacientes estão inseridas é na cidade de Salvador mento (Lee R, 2003; Grundy SM, et al., 2005). Objetivo: Avaliar o
e faz parte de um SPA. As internas, como são chamadas as pacientes, impacto da perda de peso no perfil antropométrico e bioquímico de
ficam internadas mediante plano de saúde no período médio de cinco indivíduos com excesso de peso e síndrome metabólica, submetidos a
meses. A clínica conta com o trabalho em equipe, tratando da obesi- tratamento dietético. Método: Ensaio clínico não controlado, com in-
dade com o cuidado de avaliar os fatores genéticos, nutricionais, as divíduos adultos, de ambos os sexos, avaliados a cada 30 dias, durante
comorbidades adquiridas, as condições físicas e os fatores psicológicos 12 semanas, quanto a história clínica, hábitos alimentares e medidas
que iniciam, mantêm a reincidência e podem ajudar na manutenção e antropométricas. Exames bioquímicos foram solicitados ao início e fim
na mudança de posicionamento do paciente diante da comida. Grande do estudo. Todos receberam, na primeira avaliação, dieta e orienta-
parte dos pacientes acometidos pela obesidade tem associadas não só ções alimentares. Resultados: Participaram do estudo 80 indivíduos,
doenças orgânicas, mas principalmente o que se refere à saúde mental. dos quais 62 (77,5%) reduziram o peso (4,1%) e 18 não responderam
Os transtornos mentais associados à obesidade são diversos e agravam à intervenção nutricional. Os pacientes que perderam peso também
o quadro e o tratamento. O transtorno que se vai aprofundar com reduziram IMC (p < 0,001), circunferência da cintura (p < 0,001),
os pacientes da clínica é a compulsão alimentar, mas há na maioria circunferência do pescoço (p = 0,004), relação cintura-quadril (p =
dos casos a associação de quadros de depressão, ansiedade, transtorno 0,048), glicemia (p < 0,001), triglicerídeos (p < 0,001) e colesterol
obsessivo-compulsivo, transtorno afetivo bipolar e outros. Pensando total (p = 0,001). A redução do IMC se correlacionou com a redução
em toda essa lógica social que se vive hoje, nos sujeitos com que temos dos triglicerídeos (r = 0,300; p = 0,018) e a redução da circunferência
nos deparado na clínica, nas instituições, nos novos sintomas e nas or- do pescoço se correlacionou com a redução da glicemia (r = 0,337; p
ganizações psíquicas que os pacientes têm apresentado, busca-se neste = 0,007) e do ácido úrico (r = 0,390; p = 0,002). Conclusão: A in-
trabalho entender melhor a compulsão, primeiramente por meio de tervenção nutricional por 12 semanas foi capaz de promover perda de
Freud, as questões sociais com Ana Beatriz Barros, artigos científicos, peso, e esta influenciou na melhora de variáveis metabólicas envolvidas
passando para a ideia de self encontrada em Winnicott e o tratamento no risco cardiovascular, resultados que em uma grande população po-
proposto com psicoterapia breve operacionalizada por meio da obra dem causar impacto na mortalidade cardiovascular.
de Ryan Simon.
Referências
1. Grundy SM, et al. Diagnosis and management of the meta-
PT.09.01 HIPERTENSÃO: A IMPORTÂNCIA DA COMPREENSÃO bolic syndrome: an American Heart Association/National Heart,
DE QUE O ELEVADO TEOR DE SÓDIO NOS ALIMENTOS É UMA Lung, and Blood Institute Scientific Statement. Circulation.
DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES 2005;112(17):2735-52. 2. Lee R. The demographic transition: three
Andrade MC1, Braga KS2 centuries of fundamental change. The Journal of Economic Perspec-
1
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) tives. 2003;17(4)167-90.
– Serviço de Saúde Ocupacional,2 Consultoria – Palestras de Educação Alimentar
e Nutricional
PT.09.03 EUROPATIA POR DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B1 NO
Por ser uma das principais causas de mortalidade no Brasil, as doenças PÓS-OPERATÓRIO TARDIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA: RELATO
cardiovasculares constituíram a maior de todas as endemias do século DE CASO COM SINTOMAS ATÍPICOS
XX. É preocupante tal acréscimo e, principalmente por sermos pro- Branco Filho AJ1, Cruz MRR2, Savaris AL2, Soares FL3
fissionais da área de saúde, há preocupação em transmitir orientações 1
Centro Avançado de Videolaparoscopia do Paraná (CEVIP) – Cirurgião
quanto ao hábito alimentar. Sabe-se que há uma oferta de produtos responsável,2 CEVIP –Nutricionista,3 Pontifícia Universidade Católica do Paraná
mais saudáveis quanto à redução de açúcares e gorduras, entretan- (PUCPR) – Acadêmico do Curso de Nutrição
to uma barreira ainda não foi ultrapassada – a redução de sódio nos
alimentos –, comprovando ser a ingestão do brasileiro o dobro do Introdução: A grande perda de peso de forma rápida e a falta de
recomendado diariamente. O objetivo do presente estudo foi que a acompanhamento nutricional são fatores de risco importantes na pa-
população hipertensa interprete a rotulagem nutricional dos alimentos togenia das neuropatias após a cirurgia bariátrica (Elias WJ. J Neu-
com alto teor de sódio e identifique a importância atribuída a esse co- rosurg. 2006;105:631), visto que 40% desses casos correspondem à
nhecimento. O tratamento não medicamentoso e a prevenção com o deficiência da tiamina (vitamina B1) e/ou vitamina B12 (Chang CG.
alimento são componentes muito importantes na prevenção primária Obes Surg. 2004;14:182,). Relato de caso: Paciente do sexo femini-
da hipertensão arterial. A intervenção educativa é primordial e deve no, 39 anos, submetida à cirurgia bariátrica videolaparoscópica (bypass
existir, pois o hipertenso desconhece ou mesmo não presta atenção gástrico em Y-de-Roux) em 2007, sem complicações. Seu índice de
quanto ao uso do saleiro e ao consumo de sódio e excede na compra massa corpórea (IMC) pré-cirúrgico era de 41,6 kg/m (105 kg).
de produtos industrializados. Somente campanhas educativas e equipe Após três anos de cirurgia, com perda de 26 kg, e IMC de 31 kg/m,
multiprofissional atuante e mesmo a mídia podem funcionar como iniciou os sintomas de dores musculares nas pernas, formigamento
alerta para tal população. De maneira geral, adotar hábitos mais sau- e dormência de membros e dedos das mãos. Não fazia utilização de
dáveis de escolha no momento da compra até o produto final, que é o álcool e não apresentou episódios de vômitos no pós-operatório.
alimento preparado para consumo, é a melhor prevenção. A paciente iniciou o tratamento com vitamina B1, B6 e B12 intramus-
cular e ferro intravenoso durante dois meses, sem utilização de su-
plementos orais. Mesmo suplementada, os amortecimentos pioraram
PT.09.02 IMPACTO DA PERDA DE PESO NO PERFIL atingindo também a área facial (lábios, olhos e boca). Houve avaliação
ANTROPOMÉTRICO E BIOQUÍMICO DE PACIENTES COM neurológica, com diagnóstico de neuropatia periférica inicial e admi-
SÍNDROME METABÓLICA
nistração da medicação anticonvulsivante (carbamazepina), entretanto
Santos ZA1, Busnello FM1, Ferreira AS1, Freitas BB1, Araújo AR1, Repetto não foi tolerada pela paciente. Mesmo com as injeções intramusculares
G2, Bodanese LC1
de vitaminas do complexo B, a vitamina B1 sérica estava baixa (8,8
1
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) – Programa de
ng/ml – referência de 16-48 ng/ml). Em avaliação com o serviço de
Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde,2 Hospital São Lucas da
PUCRS – Endocrinologia nutrição, foi orientada a suplementação via sublingual de 200 mg de
vitamina B1 por dia, durante 14 dias. Em quatro dias, houve melhora
Introdução: Novos e piores hábitos alimentares, associados ao se- significativa, relatada pela paciente, de aproximadamente 40%, em re-
dentarismo, resultaram no aumento de peso da população. Indivíduos lação ao amortecimento, dormência e dor. Após 14 dias de suplemen-
com excesso de peso apresentam elevado risco de desenvolver síndro- tação, houve melhora quase total dos sintomas, porém permaneceu

S74
RESUMOS PÔSTERES

um leve grau de déficit sensitivo nas pontas de alguns dedos da mão. vida de seus portadores (Gigante DP. Rev Saude Publica. 2009;43:83).
Então, foi reduzida a dose de vitamina B1 para 50 mg e conciliada com A cirurgia bariátrica é atualmente uma ferramenta altamente eficaz
vitamina B6 e B12 (10 mg e 50 mcg), respectivamente, em administra- no tratamento da obesidade mórbida e cujos benefícios se mantêm
ção via sublingual, além disso foi reestruturada a alimentação para me- a longo prazo (Soares CC. Rev Bras Nutr Clin. 2007;22:59). Sen-
lhor aporte de nutrientes. Atualmente a paciente encontra-se sem sin- do assim, o acompanhamento nutricional antes e após a sua realiza-
tomas e realiza acompanhamento nutricional de rotina. Conclusão: ção é fundamental para obtenção de maior sucesso e a preservação
Este caso demonstra a necessidade de avaliação clínico-nutricional in- da saúde. Objetivo: Avaliar o perfil, a perda de peso e o número de
dividualizada, considerando todos os sintomas apresentados. A suple- consultas realizadas pelos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica
mentação precoce e adequada é o que fará a diferença na evolução do atendidos pelo Serviço de Nutrição. Metodologia: Para a coleta de
quadro clínico do paciente, evitando perdas neuromotoras definitivas. dados, foram utilizados prontuários de pacientes atendidos entre o
ano de 2000 e 2009, pelo Serviço de Nutrição Clínica do CEVIP, no
qual todos realizaram acompanhamento por, no mínimo, um ano e,
PT.09.04 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM OBESIDADE – UM
no máximo, dois anos no pós-operatório. Os dados analisados foram a
MODELO EXPERIMENTAL DA CLÍNICA DA OBESIDADE
idade em que os pacientes foram submetidos à cirurgia, sexo, número
Magalhães MCA1, Sanches R1, Fernandes S2 de consultas, índice de massa corporal (IMC) pré e pós-operatório e
1
Clínica da Obesidade – Centro Médico,2 Spa Salute Bahia – Nutrição
percentual de perda de peso (%PP). A análise de valores foi feita por
meio da média e desvio-padrão. Resultados e discussão: A amostra
A obesidade é uma doença crônica cuja etiologia está relacionada a
foi composta por 100 pacientes, sendo 92 do sexo feminino e 8 do
fatores genéticos, metabólicos, socioculturais e psicossociais. O caráter
sexo masculino com idade média de 37,9 ± 10,9 anos. O IMC pré-
multifatorial da obesidade demanda de suporte contínuo em educação
-operatório médio foi de 41,9 ± 6,5 kg/m², o %PP médio ao final do
nutricional, uma vez que o comportamento alimentar tem influência
período pesquisado foi de 35,2 ± 7,7% e o IMC pós-operatório foi de
direta na melhoria das condições de saúde de indivíduos obesos e com
27,0 ± 4,1 kg/m². O número total de consultas (pré e pós-operatório)
síndrome metabólica (hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias).
foi de 8,9 ± 4,1, e o número de consultas no pós-operatório foi de
O convívio com o alimento tem início com o momento da decisão
6,6 ± 4,0. Considerações finais: O IMC pós-operatório e o %PP dos
do que comer, considerando disponibilidade, modo de preparo, fi-
pacientes, em um ano, foram consistentes com o esperado segundo a
nalizando com o processo da ingestão. Dessa maneira, torna-se pri-
literatura (Pedrosa IV. Rev Col Bras Cir. 2009;36:316). O esclareci-
mordial o tratamento dietoterápico somado às orientações sobre ali-
mento pré-operatório quanto à perda de peso esperada e o tempo em
mentos saudáveis. O presente estudo objetiva demonstrar a educação
que ela ocorrerá são essenciais para o paciente, evitando possíveis frus-
nutricional como um recurso clínico primordial capaz de influenciar
trações (Kaly P. Surg Obes Relat Dis. 2007;4:6). Portanto, percebe-se
a formação de uma consciência crítica sobre hábitos alimentares sau-
a importância do acompanhamento nutricional após a cirurgia, sendo
dáveis necessários para manutenção das condições de saúde adquiridas
fundamental para a constante avaliação da perda ponderal e prevenção
durante o tratamento na clínica da obesidade. O trabalho surgiu da
de deficiências nutricionais.
necessidade dos pacientes de compreenderem a importante relação
entre alimentos e saúde para que, a partir daí, conhecendo o que “se
come”, possam, conscientemente, selecionar e controlar os alimentos PT.09.06 ASSIDUIDADE NO ACOMPANHAMENTO
ingeridos. Experimentalmente, estabeleceram-se encontros semanais, NUTRICIONAL PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA
com grupos de 25 pacientes. A cada encontro um tema é trabalhado, DE PACIENTES ATENDIDOS NO CENTRO AVANÇADO DE
sendo, inicialmente, um total de cinco temas. O primeiro é “Pirâmi- VIDEOLAPAROSCOPIA DO PARANÁ (CEVIP)
de dos alimentos”, no qual se apresentam os diferentes tipos de nu- Branco Filho AJ1, Cruz MRR2, Savaris AL2, Castel JD3, Soares FL4
trientes, priorizando as proteínas, vitaminas e minerais. Ao final, cada 1
Centro Avançado de Videolaparoscopia do Paraná (CEVIP) – Cirurgião
participante é convidado a fazer escolhas de cardápios. O segundo responsável,2 CEVIP – Nutricionista,3 Nutri In Forma – Nutricionista,4 Pontifícia
recebe a denominação de “Fibras e água”. Nesse, são relacionados os Universidade Católica do Paraná (PUCPR) – Acadêmico do Curso de Nutrição
diferentes tipos de fibras e suas respectivas indicações para controle
Introdução: A obesidade mórbida apresenta uma crescente prevalên-
glicêmico e de lipídios plasmáticos, apresentando também prebióti-
cos. O terceiro – “Alimentação saudável no dia a dia” – refere-se a cia e um aumento em sua incidência, sendo uma doença multifato-
cuidados específicos como: mastigação correta, horários de refeição rial de proporções epidemiológicas (Wanderley EN. Ciência e Saúde
e seleção qualitativa dos alimentos na rotina diária, trabalho, viagens, Coletiva. 2010;15:185). A cirurgia bariátrica é uma ferramenta para
festas. O quarto e o quinto referem-se à importância de vitaminas e o tratamento de pacientes obesos mórbidos, a qual, por meio do ema-
sais minerais. É importante ressaltar que uma boa evolução nutricional grecimento, possibilita o resgate das condições de saúde e qualida-
exige um acompanhamento dietoterápico contínuo em todas as fases de de vida do indivíduo (Segal A. Rev Bras Psiquiatr. 2002;24:68).
do tratamento e, para uma boa evolução dietoterápica, é fundamental Objetivo: Avaliar a assiduidade de pacientes no pós-operatório de
educação nutricional. Nossa experiência é desafiadora, sendo constan- cirurgia bariátrica nas consultas do serviço de nutrição. Metodologia:
temente avaliada e adaptada a novos consensos de intervenção e trata- Para a coleta de dados, foram utilizados os prontuários de pacien-
mento ou sugestão de pacientes. tes atendidos no período de 2000 a 2009, pelo serviço de nutrição
clínica do CEVIP, em que todos realizaram acompanhamento pré-
-cirúrgico nesse mesmo serviço. Para o acompanhamento da assidui-
PT.09.05 AVALIAÇÃO DO PERFIL, PERDA DE PESO E dade, verificou-se o número de consultas realizadas no pós-operatório,
FREQUÊNCIA EM CONSULTAS NUTRICIONAIS DOS PACIENTES calculando-se o percentual de pacientes que compareceram nas con-
APÓS UM ANO DE CIRURGIA BARIÁTRICA ATENDIDOS NO sultas com um, dois, três, seis, nove, doze e mais de doze meses de
CENTRO AVANÇADO DE VIDEOLAPAROSCOPIA DO PARANÁ pós-operatório, conforme padronizado em protocolo do serviço de
(CEVIP) nutrição. Resultados e discussão: A amostra foi composta por 366
Branco Filho AJ1, Cruz MRR2, Savaris AL2, Soares FL3, Nunes MGJ4 pacientes. Observou-se que 86% do total de pacientes submetidos à
1
Centro Avançado de Videolaparoscopia do Paraná (CEVIP), Curitiba/PR – cirurgia fizeram acompanhamento nutricional até o primeiro mês de
Cirurgião responsável,2 CEVIP – Nutricionista,3 Pontifícia Universidade Católica do
pós-operatório, 80,8% dos pacientes fizerem o acompanhamento até
Paraná (PUCPR) – Acadêmico do Curso de Nutrição,4 PUCPR – Acadêmico do
Curso de Enfermagem dois meses, 70,2%, até três meses, 63,6%, até seis meses, 50,76%, até
nove e 41,2%, até doze meses e apenas 29,5% da amostra comparece-
Introdução: A obesidade é um grave problema de saúde pública de ram a consultas após um ano de cirurgia, verificando-se uma redução
proporções mundiais, com crescente prevalência e incidência, que cau- gradativa da assiduidade durante o período descrito. Considerações
sa diversas complicações à saúde e impacto negativo na qualidade de finais: Sabe-se da importância do acompanhamento nutricional no

S75
RESUMOS PÔSTERES

pós-operatório para que se atinjam metas de perda de peso saudá- presente trabalho consistiu em avaliar o efeito do consumo de bebida
vel, evitando, assim, complicações nutricionais (Antonini DR. Bol Cir láctea adicionada de CLA na composição corporal e na ingestão ali-
Obes. 2001;2:3). Para que se possam garantir resultados satisfatórios, mentar (IA) em mulheres obesas. O experimento foi randomizado,
deve-se ressaltar a importância do seguimento do acompanhamento duplo velado e com placebo controlado. Vinte e oito voluntárias, com
nutricional a curto e longo prazo e esclarecer sobre a necessidade do idade entre 18 e 40 anos, ingeriram 400 mL/dia de uma bebida láctea
comprometimento ele, visando a melhores resultados. adicionada de 4 g de CLA (mistura de cis9, trans11 CLA e trans10,
cis12 CLA) ou placebo (óleo de canola), durante 16 semanas. As
participantes foram instruídas a não modificarem sua dieta durante
PT.09.07 EVOLUÇÃO PONDERAL E PERFIL LIPÍDICO NA a realização do estudo. A absortometria radiológica de dupla energia
DOENÇA DE CROHN APÓS TERAPÊUTICA COM INFLIXIMABE:
(DEXA) foi utilizada para avaliar a composição corporal no início e no
RELATO DE CASO
final da pesquisa, e nesse mesmo intervalo também foi determinada a
Moreno PAJ1, Coqueiro FG2, Case NA2, Santana GO3, Rocha R2, IA, por registro alimentar de três dias. Quanto às análises estatísticas,
Sahade V4
as diferenças dentro dos grupos (do início ao final do experimento)
1
União Metropolitana de Ensino (Unime) – Nutrição,2 Universidade Federal da
Bahia (UFBA) – Escola de Nutrição,3 UFBA – Faculdade de Medicina,4 UFBA – Pós-
foram avaliadas pela análise de variância e teste t pareado (p < 0,05).
Graduação em Medicina e Saúde A análise de covariância ou teste de Wilcoxon não paramétrico foi
utilizado para verificar as diferenças entre os grupos (p < 0,05). Para
A doença de Crohn (DC) é uma doença inflamatória intestinal que o processamento e análise dos dados, foram utilizados os programas
pode afetar qualquer segmento do trato gastrointestinal. Os princi- estatísticos SPSS versão Trial 17.0 (SPSS, Inc., IL, EUA) e Minitab
pais sintomas são diarreia, dores abdominais e perda de peso. Dentre (Minitab, Inc., PA, EUA). Os resultados mostraram que o consumo
os medicamentos que estão disponíveis para esses pacientes, a terapia da bebida láctea contendo CLA não promoveu mudanças estatistica-
antiTNF-α (Infliximabe) foi mais recentemente introduzida no tra- mente significativas na composição corporal e na IA das voluntárias.
tamento da DC. Dados quanto à influência dele sobre o estado nu- No decorrer da pesquisa não foi observado nenhum efeito adverso,
tricional ainda são escassos, mas já há relatos do efeito dessa terapia indicando que a ingestão desse ácido graxo não é prejudicial à saúde.
no incremento de tecido adiposo. Este trabalho tem como objetivo Apoio financeiro: Fapemig.
relatar a evolução ponderal de um paciente com DC em tratamento
com Infliximabe. Paciente de 35 anos, sexo masculino, diagnóstico de
DC fistulizante há cinco anos e obesidade GII no início do acompa- PT.09.09 IMPACTO DA RESTRIÇÃO CALÓRICA NA REDUÇÃO
PONDERAL NO PERÍODO HOSPITALAR PRÉ-OPERATÓRIO DE
nhamento (peso: 93,9 kg; IMC: 36,7 kg/gm e CC: 107 cm). Durante
MULHERES OBESAS CANDIDATAS À CIRURGIA BARIÁTRICA
um ano e cinco meses, o paciente realizou tratamento convencional e
iniciou acompanhamento nutricional, apresentando perda ponderal de Silva JGN1, Abreu MP1
13,9 kg (peso: 80 kg; IMC: 31,3 kg/m) e um perfil lipídico indicando
1
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – Divisão de
Nutrição e Dietética do Instituto Central do Hospital das Clínicas de São Paulo
hipertrigliceridemia (HDL: 46 mg/dl; LDL: 82,8 mg/dl; CT: 128,8
mg/dl; TG: 171 mg/dl). No entanto, por ainda apresentar fístula Introdução: A obesidade é considerada um grave problema de saúde
pouco produtiva, foi iniciada terapia com Infliximabe. Cinco meses pública, e o tratamento cirúrgico justifica-se quando o risco de perma-
após a primeira infusão desse medicamento, evoluiu com ganho pon- necer obeso exceder os riscos, a curto e longo prazo, da cirurgia bari-
deral de 18 kg (peso: 98 kg; IMC: 38,3 kg/m) e aumento importante átrica (AACE et al. Surg Obes Relat Dis. 2008;4:S109). A redução de
do LDL e triglicerídeos (HDL: 44 mg/dL; LDL: 147,8 mg/dL; CT: 10% do peso inicial no período pré-operatório é suficiente para reduzir
256 mg/dL; TG: 321 mg/dL). Um ano depois, apresentava peso de a mortalidade associada às comorbidades e ao risco cirúrgico. As dietas
107,2 kg (aumento de 27,2 kg em 1 ano); IMC: 41,9 kg/m; CC: com aporte calórico de até 800 kcal/dia, chamadas de dietas de muito
120,5 cm, com melhora do perfil lipídico (HDL: 53 mg/dl; LDL: baixa caloria, passaram a ser oferecidas apenas sob internação hospi-
131,6 mg/dl; CT: 209 mg/dl: TG: 122mg/dl) após tratamento com talar ou supervisão médica diária, apresentando reduções de 1,5 a 2,5
hipolipemiante. Atualmente, em terapia com Infliximabe há quatro kg/semana (Morelli e Burini. Rev Nutr Paut. 2006;78:30). Objetivo:
anos, se encontra em remissão clínica, com fístula improdutiva, re- Avaliar a redução ponderal no período hospitalar pré-operatório de
ferindo apetite normal, porém com obesidade GIII (peso: 113,7 kg, mulheres obesas candidatas à cirurgia bariátrica em uso de dieta res-
IMC: 44,4 kg/m) e acentuado acúmulo de tecido adiposo em região trita em calorias. Metodologia: No período de 10 dias de internação,
abdominal (CC: 129 cm), tendo evoluído durante esse período com as pacientes receberam dietas de 600 ou 800 ou 1.000 kcal, conforme
ganho ponderal total de 33,7 kg, apesar do acompanhamento nutri- prescrição médica. O peso foi aferido diariamente e o índice de massa
cional e da prática de exercício físico. Foram observados, então, após corporal (IMC) classificado de acordo com a Sociedade Americana de
terapia com Infliximabe, piora da dislipidemia e aumento ponderal Cirurgia Bariátrica (2005). Para avaliação do percentual da redução
importante, principalmente no primeiro ano do tratamento, favore- ponderal, comparou-se o peso inicial com o peso final. Resultados:
cendo para esse paciente, previamente obeso, uma piora do seu estado 32 pacientes participaram do estudo com idade média de 49,06 ±
nutricional. Estudos sobre o mecanismo e a influência desse ganho 10,95 anos, 87% (n = 28) adultas e 12,5% (n = 4) idosas. Da amostra
ponderal nos pacientes com DC sob terapia antiTNF-α são necessários total, 9,3% receberam dieta com 600 kcal, 72%, dieta com 800 kcal
para melhor compreensão e direcionamento do tratamento. e 18,7%, dieta com 1.000 kcal. As médias de IMC e peso inicial fo-
ram, respectivamente, de 53,67 kg/m e 139,6 kg no grupo com 600
PT.09.08 EFEITO DO CONSUMO DE BEBIDA LÁCTEA kcal; 45,61 kg/m e 114,28 kg no grupo com 800 kcal e 42 kg/m e
ADICIONADA DE ÁCIDO LINOLEICO CONJUGADO NA 103,74 kg no grupo com 1.000 kcal. A redução ponderal no período
COMPOSIÇÃO CORPORAL E NA INGESTÃO DIETÉTICA DE de acompanhamento foi de 3,96% no grupo com 600 kcal, 3,23% no
MULHERES OBESAS grupo com 800 kcal e 3,26% no grupo com 1.000 kcal. Entretan-
Lopes DCF1, Amorin LL1, Batista MA1, Silvestre MPC1 to, não houve diferença significante entre os grupos (P = 0,4640).
1
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – Faculdade de Farmácia –
De acordo com o IMC, as pacientes com classificação < 40 kg/m2
Departamento de Alimentos apresentaram redução média de 2% do peso; entre 40 e 44,9 kg/m2,
redução de 3,79%; entre 45 e 49,9 kg/m2, redução de 2,84%; entre
Ácido linoleico conjugado (CLA) refere-se a um grupo de isômeros 50 e 54,9 kg/m2, redução de 3,24%; e IMC > 55 kg/m2, redução de
do ácido linoleico, com as duplas ligações conjugadas. Estudos clíni- 3,71%. Conclusão: O grupo com 600 kcal apresentou maior redução
cos já foram realizados abordando o efeito do CLA sobre parâmetros ponderal em relação aos grupos com 800 kcal e 1.000 kcal, mas sem
antropométricos, dietéticos e bioquímicos. Entretanto, nenhum des- diferença significante. As pacientes com IMC entre 40 e 44,9 kg/m2
ses estudos foi realizado com mulheres jovens obesas. O objetivo do apresentaram maior redução ponderal. Como a redução de peso não

S76
RESUMOS PÔSTERES

reflete diretamente as alterações na composição corporal, sugerem-se a hipertrofia de ventrículo esquerdo, seguida pela insuficiência aórtica
novos estudos com o objetivo de analisar o real impacto de cada dieta leve. A média da fração de ejeção foi de 59% entre os pacientes não
restrita ofertada. controlados. Conclusão: Mesmo assintomáticos, os pacientes hiper-
tensos apresentam anormalidades anatômicas importantes que podem
desencadear uma síndrome de insuficiência cardíaca. E os pacientes
PT.09.10 INDIVÍDUOS EXPOSTOS A UM PROGRAMA DE
hipertensos não controlados apresentam os piores achados ecocardio-
REEDUCAÇÃO ALIMENTAR APRESENTAM MELHOR QUALIDADE
gráficos e, por isso, precisam de melhor intervenção da equipe médica
DA DIETA DO QUE INDIVÍDUOS NÃO EXPOSTOS
e avaliação constante da terapêutica.
Felippe FML1, Balestrin L1, Silva FM2, Schneider AP3
1
Instituto Metodista de Porto Alegre (IPA),2 Fundação Universitária de Cardiologia
– Instituto de Cardiologia (FUC-IC),3 Universidade Federal do Rio Grande do Sul PT.11.01 AÇÕES DO CAROTENOIDE FUCOXANTINA
(UFRGS) ASSOCIADO À VITAMINA C NA FUNÇÃO DE LEUCÓCITOS
HUMANOS IN VITRO
A educação nutricional é uma alternativa para ampliar o conhecimento
Molina N1, Morandi AC1, Otton R1
das populações acerca da alimentação e pode contribuir para melhorar 1
Universidade Cruzeiro do Sul – Laboratório de Fisiologia Celular
a qualidade da dieta (QD). Recentemente, foi validado o índice de
alimentação saudável para a população brasileira (IASad) para avalia-
Alterações metabólicas características no quadro da obesidade podem
ção da QD. O objetivo deste estudo foi comparar a QD de indivíduos
acarretar a ativação de células de defesa de modo contínuo e desorde-
expostos (Grupo A, n = 54) e não expostos (Grupo B, n = 46) a um
nado, favorecendo uma maior produção de espécies reativas de oxigê-
programa de reeducação alimentar, por meio do IASad. O consumo
nio (ERO). Estudos demonstram que os níveis de ERO estão aumen-
alimentar foi avaliado pela média de dois recordatórios alimentares de
tados na obesidade e a redução desses compostos foi observada com
24h. Os alimentos foram convertidos em porções de acordo com os
a perda de peso. A fucoxantina (FUCO) é um carotenoide que tem
oito grupos alimentares da pirâmide brasileira para cálculo do IASad,
sido amplamente estudado pela sua potente ação antioxidante, anti-
sendo considerados também gordura total, saturada, colesterol e va-
cancerígena e antiobesidade. Esse trabalho visa compreender a ação da
riedade da dieta. A pontuação de cada componente variou entre 0 e
FUCO associada ou não à vitamina C na produção de ERO em neu-
10 e, a partir da pontuação final, a dieta foi classificada como de boa
trófilos e linfócitos de indivíduos saudáveis. As células imunes foram
qualidade (> 100), precisando de melhorias (71 < IASad < 100), e de
obtidas do sangue periférico total de indivíduos saudáveis. Os linfóci-
má qualidade (< 71). A análise dos dados foi feita nos softwares Ava-
tos e os neutrófilos, após o isolamento, foram ressuspendidos em meio
nutriÒ 4.0 e SPSS 16.0. Foram estudados 100 indivíduos com média
de cultura RPMI 1640 (1 x 10/ml) e tratados agudamente in vitro
de idade de 40,7 ± 12,4 anos e IMC de 27,4 ± 4,7 kg/m², sendo 73%
com FUCO (2 µM) associada ou não à vitamina C (100 µM). As ava-
mulheres. O IASad diferiu entre os grupos, sendo maior no grupo A
liações realizadas incluíram: a produção de ânion superóxido (sonda
(97,0 ± 6,2 vs. 84,2 ± 15,2, p < 0,001), embora em ambos os grupos a
dihidroetidina e lucigenina), peróxido de hidrogênio (reagente fenol
maior parte das dietas precise de melhorias (70,4 vs. 71,4%). Os casos
vermelho e sonda DCFH-DA), produção de óxido nítrico (NO) (rea-
apresentaram maior pontuação para vegetais, frutas, laticínios, coleste-
gente de Griess) e liberação intracelular de cálcio (sonda Fura-2 AM).
rol e para a variedade e menor pontuação para óleos e açúcares do que Em neutrófilos, a produção de superóxido foi diminuída pela adição
o grupo controle. Tais resultados reforçam a importância da educação de FUCO e vitamina C isoladamente, enquanto em linfócitos houve
nutricional para a promoção da alimentação saudável. um aumento na produção de superóxido. A associação entre a FUCO
+ vitamina C diminuiu a produção de O2- tanto em linfócitos como em
PT.10.01 COMPARAÇÃO DOS ACHADOS neutrófilos. A produção de O2-, avaliado pelo ensaio de lucigenina em
ECOCARDIOGRÁFICOS ENTRE PACIENTES HIPERTENSOS neutrófilos, mostrou que a FUCO diminuiu a produção desse radical,
CONTROLADOS E NÃO CONTROLADOS ATENDIDOS EM enquanto houve um aumento pela vitamina C. A associação de FUCO
AMBULATÓRIO DE CARDIOLOGIA DE SÃO LUÍS/MA + vitamina C diminui o O2-. A produção de peróxido de hidrogênio
Matos Filho LJS1, Cabral GBCB2, Cabral FCP3, Carvalho DM3, Veloso (fenol vermelho) foi aumentada no grupo FUCO e vitamina C, porém
TC3, Martins FFO1, Taranto TM1 a associação entre FUCO + vitamina C diminuiu a sua produção em
1
Centro Universitário do Maranhão (Uniceuma),2 Uniceuma – Cardiologia, ambas as células. A produção de H2O2 (sonda DCFH-DA) em neutró-
3
Uniceuma – Universitário filos revelou que a FUCO e a vitamina C diminuíram a produção desse
ERO e a associação de ambas apresentou melhor ação antioxidante.
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica mul- O NO foi aumentado no grupo FUCO e a associação de FUCO +
tifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão vitamina C mostrou melhora da resposta antioxidante, reduzindo a
arterial (PA), sendo um dos critérios para o diagnóstico de síndrome produção de NO- em ambas as células. A liberação intracelular de cál-
metabólica. É sabido que os níveis elevados de pressão arterial podem cio foi maior em neutrófilos tratados com FUCO e vitamina C isola-
modificar estruturalmente a anatomia das câmaras cardíacas, que clini- damente, enquanto a associação de ambas promoveu diminuição do
camente podem se manifestar com sinais de insuficiência cardíaca, tais cálcio. A partir desses resultados, conclui-se que a FUCO, associada
como diminuição da fração de ejeção e turgência jugular. Contudo, à vitamina C, apresenta uma melhor atividade antioxidante quando
cada vez mais, tem-se evidenciado que, embora assintomáticos, os pa- comparada à ação de ambas isoladamente. Apoio financeiro: Fapesp
cientes hipertensos já apresentam alterações anatômicas importantes (2009/14382-7), CNPq e Cruzeiro do Sul.
que podem ser evidenciadas por exames de imagem, como a ecocar-
diografia. O objetivo deste trabalho foi comparar os pacientes assin-
tomáticos hipertensos controlados dos não controlados, segundo os PT.12.01 NÍVEIS DE HOMOCISTEÍNA PLASMÁTICA EM
principais achados ecocardiográficos. Metodologia: Foram analisados ADOLESCENTES EUTRÓFICOS E OBESOS
62 pacientes atendidos em Ambulatório de Cardiologia na cidade de Sahade V1, Case NA2, Rego DML2, Factum CS2, Santos TF2, Paiva IS2,
São Luís/Ma; 20 deles constaram como não controlados e 42 como Varela AD2, França S1, Adan LF3
controlados. Todos os dados foram registrados em ficha-protocolo 1
Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador/BA – Programa de Pós-
Graduação em Medicina e Saúde,2 UFBA – Escola de Nutrição,3 UFBA – Programa
que continha idade, sexo, terapêutica e os achados ecocardiográficos de Pós-Graduação em Medicina e Saúde – Departamento de Pediatria da
mais significativos. Foi utilizado para análise estatística o SPSS versão Faculdade de Medicina
9.0 para Windows. Resultados estatísticos significantes foram aqueles
considerados como p < 0,05. Resultados: Da casuística, observou-se A homocisteína (He) vem ganhando importância como fator de risco
que 72% foram do sexo feminino. Entre os pacientes hipertensos não para a doença arterial coronariana. No entanto, são escassos os es-
controlados e controlados, observa-se que o achado mais comum foi tudos sobre os níveis de homocisteína em adolescentes com excesso

S77
RESUMOS PÔSTERES

de peso. Objetivo: Avaliar os níveis de homocisteína em adolescentes PT.12.03 PREVALÊNCIA DA OBESIDADE INFANTIL E SEUS
com excesso de peso e compará-los a um grupo de jovens eutróficos. FATORES ASSOCIADOS EM ESCOLAS MUNICIPAIS DA CIDADE
Métodos: Estudo transversal no qual se incluíram 48 (20 M/28 F) DE UBERABA/MG
adolescentes obesos (IMC ³ P97), acompanhados em um centro de Ribeiro AP1, Borges FZ1, Magalhães FO1, Machado FN1, Almeida VP1
referência de Salvador/BA. Como grupo de comparação, foram se- 1
Universidade de Uberaba (Uniube) – Medicina
lecionados 34 (17 M/17 F) adolescentes eutróficos (IMC ≥ P3 e <
P85). Os níveis de homocisteína foram determinados após jejum de O aumento da prevalência da obesidade infantil comprova-se pelos
12h. Avaliaram-se também as circunferências da cintura (CC) e bra- dados estatísticos de forma global e é importante por ser fator de risco
quial (CB). Resultados: A média de idade foi similar entre os grupos para as doenças crônico-degenerativas no adulto. Este trabalho tem
(12,5 + 2,3 vs. 13,2 + 2,6 anos, p = 0,20), assim como a distribuição como objetivo determinar a prevalência de obesidade nas crianças que
de gênero (p = 0,45). A média da He plasmática foi mais elevada nos estudam em escolas municipais de Uberaba e relacioná-la com idade,
obesos (5,4 + 2,3 µmol/L) do que nos eutróficos (4,4 + 1,9 µmol/L, cor da pele, sexo, prática de atividade física, tipo de lazer e número de
p = 0,03). Com relação ao gênero, o masculino apresentou níveis de irmãos. O projeto foi encaminhado e aprovado pelo comitê de ética
He mais elevados do que o feminino (5,8 + 2,4 µmol/L vs. 4,3 + 1,8 da Universidade de Uberaba e não há conflito de interesses. Trata-se
µmol/L; p = 0,001). A estratificação da análise em função do peso de um estudo de corte transversal realizado em 10 escolas municipais
(obesos vs. eutróficos) revelou diferença estatisticamente significante de Uberaba com 1.028 alunos dos ciclos inicial e complementar de
apenas para o sexo feminino (p = 0,009). Houve associação positiva alfabetização, durante o ano de 2009-2010. Aplicou-se questionário
entre os níveis de He e IMC (r = 0,22, p = 0,04), CC (r = 0,26, p = sobre prática de atividade física, tipo de lazer e foram coletados da-
0,02) e CB (r = 0,30, p = 0,007). Conclusão: Os níveis de He plas- dos antropométricos. As variáveis foram submetidas aos testes do qui-
mática mais elevados e a associação positiva com as circunferências de -quadrado, com nível de significância de 5%, no programa SPSS 14.0.
cintura e braquial sugerem que a variável estudada pode representar Dos 1.028 alunos, 13,6% eram obesos e 18,2% apresentavam sobre-
um fator de risco adicional para doenças cardiovasculares em adoles- peso. Houve relação significativa entre obesidade/sobrepeso e sexo
(X2 = 16,26; p = 0,001); observou-se que os meninos são mais obesos
centes obesos. Agradecimentos e ajuda financeira: Este trabalho
(57,1%) e ainda apresentam mais baixo peso (64,2%). Observou-se
contou com o apoio do Cedeba e da Support Produtos Nutricionais
associação entre uso de computador e excesso de peso (X2 = 7,78;
e recebeu auxilio financeiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento
p = 0,05). Aqueles que não utilizam são mais obesos (55,7%) dos
da Educação (FNDE).
que o fazem (44,3%). Houve tendência à associação entre obesidade
e as seguintes variáveis: idade (qui2 = 39,77; p = 0,06); crianças de
PT.12.02 HIPERTENSÃO ARTERIAL INFANTIL NO MUNICÍPIO DE 6 (25%), 8 (20,7%) e 10 anos (21,4%) são mais obesas do que as de-
UBERABA/MG E SUA RELAÇÃO COM OBESIDADE, CINTURA E mais. Não houve relação significativa entre obesidade/sobrepeso com
QUADRIL as seguintes variáveis: cor de pele (X2 = 17,96; p = 0,117), número
Silva FC1, Fratari T1, Santos LRS1, Magalhães FO1, Amui MO1 de irmãos (X2 = 36,65; p = 0,44), atividade física (X2 = 6,67; p =
1
Universidade de Uberaba (Uniube) – Medicina 0,08), assistir televisão (X2 = 2,68; p = 0,44) e jogar videogame (X2 =
2,063; p = 0,56). Conclui-se que a prevalência de obesidade infantil
A obesidade é atualmente uma das maiores epidemias mundiais e vem nas escolas municipais de Uberaba aproxima-se da estimativa nacional,
crescendo principalmente entre a população infantil. Ela é o fator mais assim como a faixa etária de maior prevalência. Já o sexo, a cor da
importante na gênese da hipertensão arterial, sendo seguida de ou- pele e as atividades física e de lazer analisadas divergiram da literatura,
tros fatores como resistência à insulina, alteração do metabolismo da demonstrando que nas escolas de classes menos favorecidas o perfil
glicose e do metabolismo lipídico, redução da complacência arterial. epidemiológico da obesidade infantil ainda vem sendo traçado.
A proposta deste trabalho é avaliar a prevalência de hipertensão e obe-
sidade entre alunos da pré-escola à quarta série de escolas municipais
PT.12.04 RELAÇÃO ENTRE OBESIDADE INFANTIL E NÍVEL
da cidade de Uberaba, procurando estabelecer uma correlação entre SOCIOECONÔMICO NO MUNICÍPIO DE UBERABA/MG
estes e as medidas de cintura abdominal, quadril. O projeto foi enca-
Darce MC1, Rezende AA1, Campos MA1, Magalhães FO1
minhado e aprovado pelo comitê de ética da Universidade de Uberaba 1
Universidade de Uberaba (Uniube) – Medicina
e não há conflito de interesses. A análise foi feita por meio de esfigmo-
manômetros infantis e medidas antropométricas: altura, peso, cintura Introdução: Atualmente, está sendo observado um aumento na pre-
e quadril. Para a realização da análise estatística, foram utilizados o valência da obesidade infantil, principalmente em países desenvolvi-
programa SPSS 14.0, o teste de correlação de Spearman e o teste do dos e em desenvolvimento, por isso a importância de compreender
qui-quadrado, com nível de significância de alfa = 0,05. Foram avalia- melhor os fatores desencadeantes desse processo e a relação com o
das 1.028 crianças; 606 (58,9%) delas apresentaram peso normal, 187 nível socioeconômico. Considerando que a obesidade tem aumentado
(18,2%), sobrepeso, 140 (13,6%), obesidade e 95 (9,2%), baixo peso. mundialmente e que a educação alimentar e a prevenção da obesidade
Em relação à pressão arterial, observou-se que 79,7% dos escolares são se iniciam na infância e que esses fatores estão ligados diretamente ao
normotensos, 12,5% apresentam pressão arterial limítrofe e 7,6% têm acesso à informação e ao nível socioeconômico, temos como proposta
hipertensão. Houve relação significativa entre obesidade e hipertensão deste trabalho avaliar estudantes da pré-escola à quarta série de escolas
infantil (Qui = 50,71; p < 0,001), correlação positiva entre IMC e PAS municipais da cidade de Uberaba (MG), buscando estabelecer uma
(R = 0,213; p < 0,001), peso e PAS (R = 0,232; p < 0,001); IMC e relação entre a obesidade e o nível socioeconômico. Metodologia:
PAD (R = 0,188; p < 0,001) ou peso e PAD (R = 0,181; p < 0,001). Para a análise, foi aplicado um questionário avaliando dados pessoais
Houve correlação significativa da PAS com: cintura (R = 0,206; p < e realizadas medidas antropométricas. As escolas foram divididas em
0,001); quadril (R = 0,177; p < 0,001) e RCQ (R = 0,120; p < 0,001). níveis socioeconômicos (periferia, rural, B-C e média), de acordo com
Em relação à PAD, pode-se observar correlação com: cintura (R = dados do bairro (IBGE). Os dados foram analisados estatisticamente
0,182; p < 0,001), quadril (R = 0,156; p < 0,001) e RCQ (R = 0,084; pelo teste do qui-quadrado, com nível de significância de 5%, por meio
p = 0,009). A partir dos dados colhidos, pode-se concluir que a pre- do software SPSS 14.0. Resultados: Foram avaliadas 1.028 crianças,
sença de obesidade na infância leva a um aumento na probabilidade do sendo 48,94% do sexo masculino. A idade média foi de 8,33 ± 1,55
surgimento de hipertensão arterial, havendo correlação entre hiper- anos. Do total de crianças, 45,6% eram do nível B-C; 7,0%, do nível
tensão arterial e as medidas da cintura abdominal, do quadril e RCQ rural; 33%, do nível média; e 11,8%, do nível periferia. Houve relação
entre as crianças analisadas do município de Uberaba, sendo a medida significativa entre obesidade e nível rural (Qui² = 33,5, p < 0,001),
da cintura abdominal o melhor método de correlação significativa com nível periferia (Qui² = 7,91, p = 0,04) e nível médio (Qui² = 12,91, p =
hipertensão arterial infantil em nosso meio. 0,005). Não houve relação entre obesidade e nível B-C (Qui² = 3,94,

S78
RESUMOS PÔSTERES

p = 0,27). Observou-se obesidade em 2,8% das crianças da zona rural, Participaram 30 crianças e adolescentes, entre 1 e 15 anos, por de-
5,8% na classe periferia, 14,5% na classe B-C e 16,9% na classe mé- manda espontânea. Foi aplicado um questionário com coleta de dados
dia. O sobrepeso foi de 6,9% na zona rural, 15,4% na periferia, 17,7% de identificação, prática de exercício físico e medidas antropométricas,
na classe B-C e 21,9% na classe média. Conclusão: Com relação aos sendo também realizado um recordatório alimentar de 24 horas. Os
dados obtidos, pode-se concluir que existe uma importante relação dados foram analisados pelo programa SSPSS 14.0, por meio do teste
entre o nível socioeconômico e a obesidade e também o baixo peso. do Qui², ou teste de correlação de Spearman com nível de significân-
Verificou-se que as crianças com sobrepeso e obesidade se encontram cia de 5%. Resultado: A prevalência de sobrepeso foi de 21,4% e a
nas classes mais favorecidas, que têm melhor acesso à alimentação, de obesidade foi de 21,4%; 70% das crianças eram do sexo feminino;
porém os hábitos de vida, as junk foods e o sedentarismo favorecem 50% praticavam atividade física – destas, 33,3% praticavam pelo menos
maus hábitos. Constatou-se, ainda, que as crianças com maior taxa de duas atividades, e 53,3% com a frequência de duas vezes por semana;
baixo peso se encontram na periferia e no nível rural, o que pode ser 51,9% faziam cinco refeições por dia; 18,5% faltavam pelo menos uma
explicado pelo acesso dificultado a uma alimentação adequada e pela refeição principal (café, almoço, jantar); 80,8% ingeriam ao menos um
baixa renda. copo de leite no café da manhã. Somente 36% consumiam frutas ou
sucos naturais; 85,2%, legumes ou vegetais; 25,9%, merenda escolar;
51,9%, chips e cereais de milho; 40,7%, fritura; 44,4%, balas, doces,
PT.12.05 AVALIAÇÃO DE CINTURA, QUADRIL E RELAÇÃO
refrigerantes e guloseimas. Não houve relação entre sobrepeso/obesi-
CINTURA-QUADRIL NA OBESIDADE INFANTIL
dade e cor (Qui² = 2,844, p = 0,584), sexo (Qui² = 2,306, p = 0,316),
Inácio LB1, Redondo LS1, Ribeiro NC1, Menezes E1, Magnino FS1, idade (Qui² = 24,160, p = 0,673), número de refeições por dia (Qui²
Fagundes ALR1, Dias CR1, Mendonça ALS1, Magalhães FO1, Lopes
= 8,050, p = 0,624), falta de uma refeição principal (Qui² = 4,647,
ICR2, Carvalho NV3, Cunha MF4
p = 0,98), consumo de frutas e sucos naturais (Qui² = 3,556, p =
1
Universidade de Uberaba (Uniube) – Medicina,2 Uniube – Biomedicina e
Medicina,3 Uniube – Educação Física,4 Uniube – Nutrição 0,169), legumes ou vegetais (Qui² = 2,488, p = 0,288), balas, doces,
refrigerantes e guloseimas (Qui² = 1,321, p = 0,517), merenda escolar
Introdução: O alto índice de obesidade infantil entre a população (Qui² = 1,979, p = 0,372), frituras (Qui² = 3,095, p = 0,213), chips e
mundial é um dado preocupante, visto que esse fator predispõe ao cereais de milho (Qui² = 0,705, p = 0,703). Houve correlação posi-
aparecimento de doenças crônicas no adulto, como diabetes, HAS e a tiva entre sobrepeso/obesidade e atividade física (Qui² = 8,819, p =
própria obesidade. Os parâmetros, cintura e quadril e sua relação são 0,012). Houve correlação positiva entre IMC e cintura (R = 0,863, p
de grande importância para avaliar e acompanhar o ganho ponderal na < 0,001) e quadril (R = 0,888, p < 0,001). Conclusão: Concluímos
infância e os fatores de risco cardiovasculares associados. Objetivos: com este estudo que o evento de responsabilidade social conscientiza
Avaliar a prevalência de obesidade infantil na comunidade do bairro pais e crianças da importância da atividade física, pois, apesar de a pre-
Amoroso Costa no município de Uberaba, durante evento de respon- valência de obesidade infantil ser alta, 100% dessas crianças realizam
sabilidade social, correlacionando o aumento de peso na infância com atividade física.
o aumento das medidas de cintura e quadril. Metodologia: Foram
realizadas medidas de peso, altura, cintura e quadril de 30 crianças, de
PT.12.07 IMPORTÂNCIA DO CONTEXTO SOCIOFAMILIAR NA
1 a 15 anos, que participaram do projeto por demanda espontânea. Os
ABORDAGEM DE CRIANÇAS OBESAS
resultados foram submetidos ao teste de correlação de Spearman com
nível de significância de 5%, com emprego do programa estatístico Tassara V1, Norton RC2, Ude Marques WE3
SPSS 14.00. Resultados: Em relação ao IMC de 28 crianças anali-
1
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – Faculdade Medicina (FM) –
Programa de Pós-Graduação,2 UFMG-FM – Pediatria,3 UFMG – Faculdade de
sadas, 57,1% apresentavam IMC normal, 21,4%, sobrepeso e 21,4%, Educação (FAE) – Ciências Aplicadas à Educação
obesidade. Quando analisado o peso, houve correlação com IMC (R =
0,831, p < 0,001), cintura abdominal (R = 0,937, p < 0,001), quadril O objetivo deste estudo foi o de aprofundar a compreensão das
(R = 0,981, p < 0,001). Analisando o IMC, foi demonstrada cor- interações in­terpessoais das crianças obesas no contexto familiar
relação com a cintura (R = 0,863, p < 0,001) e com o quadril (R = e social. Foi utilizada uma metodologia qualitativa de pesquisa,
0,888, p < 0,001). Houve, ainda, correlação entre medida da cintura adotando-se uma fundamentação teórico-metodológica apoiada na
e quadril (R = 0,955, p < 0,001). Conclusão: A partir deste estudo, teoria sistêmica. Empregaram-se os seguintes instrumentos: entre-
concluímos que há grande correlação entre a obesidade infantil e as vistas de aprofundamento, técnica do genograma e desenhos da
medidas de cintura e quadril. Essa relação propõe que o acompanha- imagem corporal. Os sujeitos da pesquisa foram crianças e seus
mento dessas medidas é um importante parâmetro para avaliar e mo- familiares (pai, mãe e irmãos), atendidos pelo serviço de Nutrolo-
nitorar o ganho de peso na infância. Nessa população, a medida do gia Pe­diátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de
quadril foi mais importante que a medida da cintura. São medidas de Minas Gerais. Nos resultados, evidenciaram-se os seguintes indi-
fácil realização e podem ser mensuradas por qualquer profissional de cadores relevantes: segredos familiares das histórias de origem das
saúde, mostrando um parâmetro de identificação de crianças com risco figuras parentais; relação emaranhada mãe/filhos, que indica cer-
de obesidade e suas comorbidades. to distanciamento dos pais na relação com as crianças; fenômenos
transgeracionais em seus aspectos biológicos e simbólicos da obe-
sidade em três gerações dos grupos fa­miliares estudados; mitos e
PT.12.06 PADRÃO ALIMENTAR E RELAÇÃO COM OBESIDADE
lealdades familiares, os quais se apresentaram como um suporte da
INFANTIL E ATIVIDADE FÍSICA
identidade pessoal e familiar no ser gordo. Os sinalizadores citados
Magnino FS1, Mendonça ALS1, Cunha MF2, Magalhães FO1, Redondo
auxiliaram a com­preender as dificuldades do processo de diferen-
LS1, Ribeiro NC1, Carvalho NV3, Inácio LB1, Menezes E1, Fagundes ALR1,
Lopes ICR4, Dias CR1
ciação dessas crianças, ou seja, a possibilidade de o emagrecimento
ser vivenciado como uma ameaça aos processos de identidade do
1
Universidade de Uberaba (Uniube) – Medicina,2 Uniube – Nutrição,3 Uniube –
Educação Física,4 Uniube – Biomedicina e Medicina grupo familiar. Concluindo, este estudo possibilitou demonstrar a
importância de contextualizar a obesidade na infância, ampliando o
Introdução: A obesidade infantil vem aumentando de maneira epi- foco da responsabilidade pelo problema da criança para o contexto
dêmica e entre os multifatores etiológicos está a nutrição inadequada sociofamiliar. A prática desta pesquisa indicou outras possibilidades
em consequência da transição nutricional com aumento exagerado de intervenção, ressaltando a atuação interdisciplinar como postura
no consumo de alimentos ricos em gordura e com alto valor calórico profissional relevante para o tratamento da obesi­dade na infância.
associado ao sedentarismo. Objetivo: Avaliar a relação entre alimen- Fonte de financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Es-
tação, obesidade infantil e atividade física nas crianças do bairro Amo- tado de Minas Gerais. Palavras-chave: obesidade, criança, psico-
roso Costa durante evento de responsabilidade social. Metodologia: logia, família.

S79
RESUMOS PÔSTERES

PT.12.08 LIPEMIA PÓS-PRANDIAL EM ADOLESCENTES COM crianças e adolescentes com pelo menos um fator de risco para DCV
EXCESSO DE PESO e para a SM, necessitando, assim, de ações intervencionistas e de pre-
Sahade V1, Rego DML2, Case NA2, Factum CS2, Santos TF2, Paiva IS2, venção no combate a essa síndrome em indivíduos mais jovens. Agra-
Varela AD2, França S1, Adan LF3 decimentos e ajuda financeira: Agradecemos às nutricionistas Maria
1
Universidade Federal da Bahia (UFBA) – Pós-Graduação em Medicina e Saúde, Claret Hadler e Alessandra Rocha. Este projeto não recebeu financia-
2
UFBA – Escola de Nutrição, 3 UFBA – Programa de Pós-Graduação em Medicina mento, sendo todo o custo de responsabilidade dos pesquisadores.
e Saúde – Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina – Centro de
Diabetes e Endocrinologia do Estado da Bahia (Cedeba)/Secretaria da Saúde Referências
do Estado da Bahia (Sesab)
1. Reaven GM. Diabetes. 1988;37:1595. 2. Styne DM. Pediatr Clin
Introdução: A elevação dos níveis de triglicérides está diretamente re- North Am. 2001;48:823. 3. Oliveira CL. Rev Nutr. 2004;172:237.
lacionada ao aparecimento de doenças cardiovasculares, porém poucos 4. Lauer RM. Hypertension. 1991;18:174. 5. Ferreira AP. J Pe-
são os dados sobre a lipemia pós-prandial em adolescentes. Assim, o diatr (Rio de Janeiro). 2007;83:21. 6. Castilho EH. J Adolesc He-
objetivo do presente estudo foi avaliar os níveis de triglicerídeos antes alth. 2007;40:521. 7. Madeira IR. Arq Bras Endocrionol Metab.
e após teste de tolerância oral aos lipídios em adolescentes com exces- 2008;58:1466. 8. Moraes ACF. Cad Saude Publica. 2009;25:1195.
so de peso. Método: Incluem-se adolescentes com excesso de peso (n 9. Ronnemaa T. Ann Med. 1991;23:67. 10. Buff CG. Rev Paul Pe-
= 39) e peso adequado (n = 25). As variáveis estudadas foram: IMC, diatr. 2007;25:221.
circunferência de cintura (CC), glicose, triglicérides (TG), colesterol
total (CT), HDL-c e LDL-c. Após jejum de 12 horas, os adolescentes PT.12.10 BRONCOESPASMO INDUZIDO PELO EXERCÍCIO EM
ingeriram 100 ml de uma bebida de sabor de morango contendo 25 g CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM OBESIDADE E SOBREPESO
de gordura e 25 g de carboidrato. As frações lipídicas foram medidas Custódio LN1, Cheik NC2
em jejum, duas horas e quatro horas após a ingestão da bebida. Re- 1
Universidade Federal de Uberlândia (UFU) – Faculdade de Educação Física,2
sultado: A bebida foi bem tolerada. Os níveis de TG em jejum (85,0 Centro Universitário do Triângulo (Unitri) – Mestrado em Fisioterapia
+ 39,5 mg/dl vs. 105,0 + 56,8 md/dl; p = 0,10) e duas horas após a
ingestão da bebida (105,2 + 57,4 mg/dl vs. 125,4 + 64,0 mg/dl; p = O aumento do índice de massa corporal (IMC) pode estar associado a
0,20) foram semelhantes entre os grupos. No entanto, após quatro ho- inúmeras mudanças na função mecânica das vias respiratórias que po-
ras, observaram-se níveis mais baixos de TG nos adolescentes eutróficos dem levar a sintomas de sibilo e tosse. O excesso de tecido adiposo está
(97,1 + 44,0 mg/dl mg/dl vs. 129,4 + 69,7 mg/dl; p = 0,027). Apenas ligado a alterações na mecânica ventilatória e na resposta inflamatória
no grupo com excesso de peso, as concentrações de TG pós-prandiais das vias aéreas que acarretam diminuição da função pulmonar e sinto-
correlacionaram-se positivamente com o CT (r = 0,32, p = 0,04) e ne- mas respiratórios (Cheik e Silva, 2009). O broncoespasmo induzido
gativamente com o HDL-colesterol (r = - 0,45, p = 0,004). Não houve pelo exercício (BIE) se caracteriza por uma obstrução brônquica agu-
associação significativa dos níveis de TG de jejum e pós-prandial com o da, reversível, sendo uma condição particular, na qual a atividade física
IMC e a CC em ambos os grupos. Conclusão: Os níveis de triglicerí- desencadeia um estreitamento agudo das vias respiratórias em pessoas
deos pós-prandiais mais elevados em adolescentes com excesso de peso com hiper-responsividade brônquica. O BIE é avaliado por meio do
indicam maior risco de doenças cardiovasculares nesse grupo. Agrade- comportamento da função pulmonar antes e após exercício, sendo ca-
cimentos e ajuda financeira: Este trabalho contou com o apoio do Ce- racterizado por uma queda significativa da função pulmonar (Mcfad-
deba e da Support Produtos Nutricionais e recebeu auxílio financeiro den, 1995; Anderson e Daviskas, 2000). A intensidade do BIE depende
do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). de vários fatores como tipo, duração e intensidade de exercício, a tem-
peratura e umidade do ambiente, o intervalo entre o último episódio
de BIE e o controle de outras doenças associadas como asma, rinite e
PT.12.09 SÍNDROME METABÓLICA EM CRIANÇAS E
infecções virais (Rosas et al., 2004). Para avaliar a presença e o grau
ADOLESCENTES: PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO
do BIE, é utilizada a medida do VEF1. O teste é considerado positivo
ASSOCIADOS
quando o voluntário apresenta uma redução do VEF1 ≥ 10% desde o
Morais PRS1, Ponciano IC1, Cunha FA1, Macedo A1 valor basal e até 30 minutos pós-exercício, e/ou critérios clínicos como
1
Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUCGO) – Departamento de
cianose, arritmia ou dor torácica. Assim, o presente trabalho teve como
Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia
objetivo avaliar a função pulmonar basal e as variáveis espirométricas
A síndrome metabólica, descrita como a ocorrência simultânea de di- pós-exercício em crianças e adolescentes obesos, além de correlacionar
versos fatores de risco como hiperinsulinemia, dislipidemia, hiperten- as variáveis antropométricas: índice de massa corporal (IMC), relação
são arterial, distúrbios do metabolismo de carboidratos e obesidade cintura-quadril (RCQ), circunferência abdominal (CA) ao desencade-
abdominal, tem sido observada desde a infância. Tem sido observada amento do BIE. A amostra foi composta por 22 voluntários acima do
a presença de pelo menos um desses fatores de risco em 60% das crian- percentil 85th com média de idade de 13,04 ± 3 anos. RCQ, IMC, CA
ças e adolescentes com excesso de peso; 20% apresentam dois ou mais e dobras cutâneas foram mensuradas e os voluntários realizaram um
fatores de risco, além de um risco 2,4 vezes maior do que as eutróficas, teste de BIE conforme o protocolo de Cassol et al. (2004), realizando
e aproximadamente 20% a 30% das crianças obesas têm pressão arterial manobras espirométricas, pré e pós-teste. 31,8% dos voluntários de-
elevada. Um estudo realizado com indivíduos na faixa etária entre 7 e sencadearam BIE e houve correlação positiva entre o BIE e as variáveis
11 anos constatou a presença de SM em 17,3% da população. O obje- RCQ, CA e IMC percentil. Concluímos que a adiposidade abdominal
tivo do estudo foi o de verificar a prevalência de síndrome metabólica observada em obesos pode aumentar a ocorrência de BIE, uma vez que
e seus fatores de risco associados entre crianças e adolescentes. Estudo altera as propriedades mecânicas do sistema respiratório e possivelmente
do tipo transversal realizado em crianças e adolescentes entre 6 e 18 aumenta as adipocinas liberadas pelo tecido adiposo.
anos de idade atendidas no ambulatório de nutrição e endocrinologia
do Hospital Geral de Goiânia e no Cais Amendoeiras, por meio de PT.12.11 CORRELAÇÃO ENTRE EQUAÇÕES PREDITIVAS E
questionário, análise de prontuários e avaliação antropométrica. Fo- CALORIMETRIA INDIRETA PARA ESTIMAR A TAXA METABÓLICA
ram avaliados 22 indivíduos, sendo 54,5% do sexo masculino e média DE REPOUSO EM ADOLESCENTES OBESOS
de idade de 13,6 ± 2 anos. A prevalência de síndrome metabólica Oliveira BAP1, Bastos KN2, Junior IFF1
encontrada foi de 18,2%, estando de acordo com a literatura. Os fato- 1
Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Departamento de Educação Física,2
res de risco mais frequentes foram a circunferência da cintura alterada Unesp – Departamento de Fisioterapia
(68,1%) e baixos níveis de HDL-c (45,4%), assim como o encontrado
em outros estudos. Conclui-se que a prevalência de SM está em con- Introdução: A taxa metabólica de repouso (TMR) é utilizada para
cordância com a literatura, além de constatar um grande número de estimar as necessidades energéticas de um indivíduo em estado de re-

S80
RESUMOS PÔSTERES

pouso e esse é o fator que contribui por, aproximadamente, 60% do Bolsa de IC da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de
gasto energético diário de uma pessoa sedentária. Como nem sempre São Paulo) 2008/06382-4.
é possível medir a TMR por técnica sofisticada como a calorimetria
indireta (CI), algumas equações preditivas foram desenvolvidas para
PT.12.14 POLIMORFISMO RS1137101 NO GENE DO RECEPTOR
essa finalidade, entretanto não se sabe se a utilização de quaisquer
DA LEPTINA NÃO ESTÁ ASSOCIADO COM COMPORTAMENTO
dessas equações fornece resultados similares à CI. Objetivo: Analisar ALIMENTAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS
possível correlação entre equações preditivas e CI para estimar a TMR
Arthur T1, Melo ME2, Santos AS3, Favoretto-Dias N2, Fujiwara CTH2,
em adolescentes obesos. Metodologia: A amostra é composta por 70 Reinhardt HL2, Cercato C4, Halpern A4, Mancini MC2
adolescentes obesos, 31 meninos (%GC 44,9 ± 5,8) e 39 meninas 1
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
(%GC 45,5 ± 4,8), com idade entre 12 e 16 anos (14,0 ± 1,1). A com- Paulo (HCFMUSP) – Liga de Obesidade Infantil, Disciplina de Endocrinologia e
posição corporal foi analisada pela absortiometria de raios X de dupla Metabologia (LIM/25),2 HCFMUSP – Liga de Obesidade Infantil, Disciplina de
Endocrinologia e Metabologia, Laboratório de Carboidratos e Radioimunoensaio
energia (DEXA). A TMR foi calculada a partir das equações preditivas
(LIM/18),3 HCFMUSP – Laboratório de Carboidratos e Radioimunoensaio (LIM/18),
para meninos (M) e meninas (F) pelas seguintes equações: (1) Harris 4
HCFMUSP – Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica, Disciplina de
e Benedict (1919) [M = 66,4730 + 13,7516* (MC) + 5,0033* (ET) Endocrinologia e Metabologia
– 6,7550* (ID)], [F = 655,0955 + 9,5634* (MC) + 1,8496* (ET)
– 4,6756 (ID)]; (2) Schofield (1985) [M = 0,074* (MC) + 2,754], A leptina é um importante hormônio que, entre outras funções, re-
[F = 0,056*(MC) + 2,898]; (3) WHO (1985) [M = 0,0732* (MC) gula a massa de tecido adiposo e tem sido associada com obesidade
+ 2,72], [F = 0,0510* (MC) + 3,12]; (4) Henry e Rees (1991) [M e distúrbios metabólicos. Os efeitos da leptina ocorrem por meio da
= 0,084* (MC) + 2,122], [F = 0,047* (MC) + 2,951]. O cálculo da sua interação com o receptor da leptina (LEPR), que desempenha um
TMR por CI foi obtido a partir dos equivalentes calóricos do oxigê- papel crucial na regulação do peso corporal. São descritos vários po-
nio consumido e do gás carbônico produzido, mensurados por meio limorfismos no LEPR, incluindo rs1137101 (CAG>CGG, Q223R).
do sistema MedGraphics VO2000. A TMR foi mensurada durante A associação desse polimorfismo com obesidade ou alterações meta-
30 minutos, excluindo os 10 minutos iniciais para garantir a homo- bólicas é controversa. Os transtornos alimentares podem ocorrer por
geneidade dos dados. Foi utilizada a estatística descritiva, correlação meio de defeitos neurais e hormonais na região hipotalâmica. Embora
de Pearson e análise de variância, por meio do software SPSS versão a prevalência do transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP)
definido no DSM-IV varie entre 2% e 5% na população adulta normal,
13.0 e significância de 5%. Resultados: Os resultados apresentaram
essas taxas em coortes de adultos obesos que procuram tratamento
significância estatística entre todas as equações (1) 1760,6 ± 279,3
para obesidade sobem para cerca de 30%. Não há dados disponíveis
(r = 0,406; p = 0,01); (2) 1894,8 ± 346,9 (r = 0,394; p = 0,01); (3)
relacionados entre o polimorfismo rs1137101 e sua influência sobre
1863,7 ± 346,1 (r = 0,405; p = 0,01) e (4) 1835,9 ± 433,1 (r = 0,440;
transtornos alimentares. O objetivo do estudo foi verificar a associa-
p = 0,01) com a CI (1911,2 ± 709,5). Porém, feita uma análise de
ção entre o polimorfismo rs1137101 no LEPR, o comportamento
variância, constatou-se que a equação (1) 1952,1 ± 53,0 subestima a
alimentar e parâmetros metabólicos em crianças e adolescentes obe-
TMR para o sexo masculino. Considerações finais: Conclui-se que,
sos. Foram avaliadas 112 crianças e adolescentes obesos (47,3% me-
apesar de todas as equações apresentarem correlação estatística com
ninos; 12,5 ± 2,7 anos de idade; escore Z do IMC 2,37 ± 0,34; 63
a CI, a equação 4 de Henry e Rees parece ser a mais indicada para
púberes), realizando-se a genotipagem do polimorfismo rs1137101.
adolescentes obesos.
A pontuação da compulsão alimentar foi realizada de acordo com a
Escala de Compulsão Alimentar Periódica (ECAP); sujeitos com es-
PT.12.13 RELAÇÃO ENTRE COMPONENTES DA SÍNDROME core > 18 foram classificados como portadores de TCAP. A análise
METABÓLICA E FATORES DE OBESIDADE EM UMA COORTE DE estatística foi realizada com testes de qui-quadrado e ANOVA one-
CRIANÇAS E ADOLESCENTES BRASILEIROS -way, utilizando-se o software SPSS. A população estava em equilíbrio
Barbosa PA1, Fujiwara CTH1, Melo ME1, Reinhardt HL1, Arthur T2, Cercato de Hardy-Weinberg (AA: 32,5%; AG: 46,5%; GG: 21,0%; p = 0,54).
C3, Halpern A3, Mancini MC1 Encontramos 56 crianças com TCAP (52,3%) sem associação com o
1
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São polimorfismo rs1137101 (p = 0,396). Os valores médios observados
Paulo (HCFMUSP) – Liga de Obesidade Infantil, Disciplina de Endocrinologia na ECAP não foram diferentes segundo a presença do polimorfismo
e Metabologia, Laboratório de Carboidratos e Radioimunoensaio (LIM/18), rs1137101 (AA: 18,35; AG: 16,96 e GG: 18,91; p = 0,562). Crianças
2
HCFMUSP – Liga de Obesidade Infantil, Disciplina de Endocrinologia e
Metabologia (LIM/25),3 HCFMUSP – Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica,
portadoras do alelo G não apresentam mais distúrbios metabólicos,
Disciplina de Endocrinologia e Metabologia de forma que não houve diferença significativa nos níveis séricos de
triglicérides (p = 0,48), de glicemia de jejum (p = 0,24) e de colesterol
A prevalência da obesidade na infância tem crescido em todo o mundo. HDL (p = 0,24). Em conclusão, nossos resultados sugerem que o
A síndrome metabólica, um grupo de fatores para risco cardiometabó- polimorfismo rs1137101 no receptor da leptina não está envolvido no
lico, é um conceito emergente em crianças. O objetivo deste estudo comportamento da compulsão alimentar e nos parâmetros metabóli-
é avaliar os componentes da síndrome metabólica em uma coorte de cos em nossa coorte de crianças e adolescentes obesos. Apoio: Fapesp
crianças e adolescentes. Foram avaliados parâmetros antropométricos, (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo): Auxílio à
clínicos e metabólicos em 187 pacientes obesos, de 7 a 17 anos de ida- Pesquisa – 2008/00368-0.
de (12,4 + 2,7 anos). Correlações estatisticamente significantes foram
encontradas entre níveis de insulina e escore Z do IMC (r = 0,359; p <
PT.13.01 PERVERSÃO DO HÁBITO ALIMENTAR MANIFESTO
0,01), circunferência abdominal (r = 0,514; p < 0,01), massa gorda (r COM INGESTA DE SACOLAS PLÁSTICAS
= 0,206; p < 0,01) e massa magra (r = -0,178; p < 0,05). Além disso,
Bianchet LC1, Oliveira DHA1, Fighera TM1, Borba VZC1, Suplicy HL1
níveis séricos de glicose (r = 0,387; p < 0,01), níveis de triglicerídeos 1
Universidade Federal do Paraná (UFPR) – Serviço de Endocrinologia e
(r = 0,430; p < 0,01), níveis de colesterol HDL (r = -0,180; p < 0,05), Metabologia
leptinemia (r = 0,458; p < 0,01), níveis séricos de 25-hidroxi-vitamina
D (r = -0,245; p < 0,05), níveis de ácido úrico (r = 0,182; p < 0,05) e A perversão do hábito alimentar (pica) é uma desordem de compor-
minutos assistidos de televisão e de uso de computador (r = 0,148; p < tamento que designa a ingesta persistente, compulsiva ou não, de
0,05). Os níveis de proteína C reativa ultrassensível foram correlacio- alimentos não nutritivos. Pode refletir deficiências nutricionais, alte-
nados com a circunferência abdominal (r = 0.258; p < 0,05). A relação rações emocionais, transtornos psiquiátricos, bem como aspectos so-
entre níveis de insulina, características antropométricas e fatores para cioculturais. Estudos que têm procurado estabelecer a sua etiologia
risco cardiometabólico evidenciam associação entre fatores relaciona- apontam para o aspecto psiquiátrico como o principal fator causal,
dos à obesidade e síndrome metabólica em crianças e adolescentes. demonstrado em transtornos compulsivos, de anorexia nervosa e de

S81
RESUMOS PÔSTERES

alterações do humor. Objetivo: Relatar um caso de transtorno do gem acessível. Esclarece sobre o real aproveitamento dos alimentos e a
comportamento alimentar manifesto com a ingesta compulsiva de melhor maneira de incluí-los no programa nutricional diário. Propõe
sacolas plásticas, tendo como objetivo o emagrecimento, em um pa- adequação de receitas. Benefícios: Possibilita a compreensão dos aspec-
ciente previamente depressivo e com retardo mental leve atendido no tos físicos, psicológicos, sociais e culturais relacionados à obesidade; es-
Serviço de Endocrinologia do HC-UFPR-SEMPR. Relato de caso: timula o autoconhecimento; resgata os recursos próprios; cria condições
Paciente masculino, 22 anos, relatava emagrecimento de 26 kg nos para que o indivíduo se mobilize para as mudanças; instrumentaliza para
últimos quatro meses, período em que passou a ingerir sacolas plás- a realização das mudanças; favorece uma nova relação com o corpo; me-
ticas como método para perder peso. Desenvolveu esse hábito após lhora a adesão a longo prazo às mudanças, nas diversas áreas, necessárias
observar que o gado, ao ingerir sacolas plásticas deixadas no pasto, para a promoção e manutenção da perda de peso e da qualidade de vida.
apresentava emagrecimento importante e de modo rápido. Passou a A convivência nas atividades abertas e no modelo de grupos fechados
fragmentar sacolas em pequenos pedaços que ingeria em média três a favorece a socialização, o sentir-se incluído, servindo de apoio para a
quatro vezes por semana. Concomitante, passou a fumar quatro ma- busca de uma vida mais saudável, compreendida de forma ampla, e não
ços de cigarro por dia, também com o objetivo de emagrecimento. apenas como ausência de doença.
Seu peso máximo foi de 108 kg e na internação estava com 80 kg e
IMC de 27,6 kg/m2. Apresentava retardo mental leve e transtorno
PT.13.03 OBESE ADOLESCENTS WITH EATING DISORDERS
depressivo desde a adolescência, sem tratamento. À admissão, estava
SYMPTOMS: ANALYSIS OF THE NEUROENDOCRINE SYSTEM IN
taquicárdico e ansioso, e seus exames físico e laboratorial foram nor- LONG-TERM WEIGHT LOSS THERAPY
mais. À avaliação pela psiquiatria, recebeu os diagnósticos de transtor-
Carnier J1, Sanches PL1, Silva PL1, Piano A1, Tock L2, Campos RMS1,
no de humor depressivo, dependência química de nicotina e perversão
Corgosinho FC1, Corrêa FA1, Oller do Nascimento CM3, Oyama LM3,
do hábito alimentar. Durante o internamento apresentou síndrome Ernandes RH4, Mello MT5, Tufik S5, Dâmaso AR6
pilórica, e a endoscopia digestiva alta identificou volumosa sacola plás- 1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Nutrição,2 Unifesp – Centro de
tica obstruindo a luz do piloro gástrico (Figuras 1 e 2). Esse material Estudos em Psicobiologia e Exercício (CEPE),3 Unifesp – Fisiologia,4 AFIP,5 Unifesp
foi retirado via endoscópica com o auxílio de alça de polipectomia. – Psicobiologia,6 Unifesp – Nutrição, Biociências, Programa Interdisciplinar da
Ciência da Saúde
Investigação adicional com colonoscopia e trânsito de delgado não
identificaram material plástico residual. Foram iniciados tratamentos
Objective: Analyze the role of orexigenic and anorexigenic factors du-
para o transtorno depressivo com fluoxetina, para a dependência quí-
ring weight-loss in obese adolescents with eating disorders symptoms.
mica de nicotina com benzodiazepínicos e psicoterapia com equipe
Methods: Fifty-two post-pubertal obese adolescents were enrolled
multidisciplinar. Adotou-se um regime nutricional hipercalórico, com
in 1 year of interdisciplinary weight-loss therapy (nutrition, physical
aferições semanais do peso e supervisão alimentar. Recebeu alta após
exercise, psychological and clinical). Bulimic and binge eating symp-
32 dias, com manutenção do peso da admissão e com plano de segui-
toms were measured by the Bulimic Investigatory Test, Edinburgh,
mento ambulatorial, porém persistiu com o hábito de ingerir plásticos,
and the Binge Eating Scale, respectively. Orexigenic and anorexige-
agora em tamanhos menores, que subtraía dos colegas da enfermaria.
nic factors were measured by radioimmunoassay. Visceral and subcu-
Referências taneous fat were assessed by ultrasonography. Results: Weight-loss
Parry-Jones B, Parry-Jones WLL. Pica: symptom or eating disorder? therapy increase adiponectin and reduced hyperleptinemia only in the
A historical assessment. Br J Psychiatry. 1992;160:341-54. Walker group without eating disorders symptoms. However, an increase of
ARP, Walker BF, Sookaria FI, Cannan RJ. Pica. R Soc Promot Health. melanin-concentrating hormone concentration was observed in the
1997;117:280-4. group with eating disorders symptoms. In addition, the adipose tissue
was found as a risk factor to eating disorders. Conclusion: The group
with eating disorders symptoms presented impairment in regulation
PT.13.02 RODÍZIO DE ATIVIDADES PRÁTICAS ABERTAS: UMA of energy balance during weight-loss therapy. However, a better un-
PROPOSTA DO PROGRAMA DE ATENDIMENTO AO OBESO derstanding of the mechanism of neuroendocrine regulation in obese
(PRATO) PARA O ESTÍMULO ÀS MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA subjects with symptoms of eating disorders it is necessary to treat this
Abdo AH1, Menegaz A1, Pinto R1, Durante CR1, Fischer M1, Cintra V1, population properly.
Kaufman A2, Pahl R1, Fanganiello AL1
1
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(HCFMUSP) – Instituto de Psiquiatria,2 HCFMUSP – Departamento de Psiquiatria PT.13.04 OBESIDADE E DOENÇA DE CUSHING POR
MACROADENOMA – RELATO DE CASO
Com o objetivo de estimular mudanças no estilo de vida, o Programa D’Andrea VE1, Harada CMM1, Angeli Padula F1, Rocha CGG1, Mazer
de Atendimento ao Obeso desenvolveu e implementou uma proposta SR1, Suzuki CM1, Bortolin FDP1, Castro MPR1
de três atividades práticas abertas, destinadas a portadores de obesida- 1
Hospital Ipiranga – Endocrinologia
de, realizadas uma vez por semana em rodízio, em que a participação é
livre: 1. Clube da caminhada: atividade física não formal, com ênfase A obesidade é uma doença crônica cuja incidência é estimada em
no autoconhecimento. As caminhadas possibilitam a prática de atividade 300 milhões de pessoas. Dentre suas causas, destaca-se a doença de
física adaptada às limitações individuais, favorecendo a compreensão e a Cushing (DC), que é a etiologia mais comum de hipercortisolismo
incorporação de correções nas atividades cotidianas. Durante as sessões, endógeno (70%-80% dos casos) e caracterizada por um adenoma hi-
vários tópicos são abordados, como atividade física no trabalho, meio de pofisário produtor de hormônio adrenocoticotrófico (ACTH). Incide
transporte, tarefas domésticas, lazer e tempo sedentário, além de temas em até 2,4 casos por milhão de habitante/ano, predomina no sexo fe-
que surgem de dúvidas dos participantes e de suas experiências anteriores minino (8:1) entre 20 e 40 anos. Em sua maioria, a DC resulta de um
com o movimento em forma de exercício. A percepção dos marcadores microadenoma, porém macroadenomas são menos frequentes e carci-
fisiológicos é evidenciada durante todas as sessões (frequência cardíaca nomas são raros. Relato de caso: JFS, 33 anos, feminina, encaminha-
e respiratória, suor, dor, cansaço). 2. Psicodrama aberto: vivência que da ao ambulatório de endocrinologia devido à obesidade, com peso de
junta psicologia e teatro, destinada à identificação dos fatores que levam 112,2 kg e IMC de 47,4. Negava uso de medicamentos e doenças pré-
ao surgimento e à manutenção da obesidade e à procura de caminhos vias. Ao exame, apresentava-se em bom estado geral, pressão arterial
para a resolução do problema. 3. Falando sobre reeducação alimen- de 180 x 100 mmHg, abdome globoso, com estrias violáceas de cerca
tar: atividade educativa que aborda temas relacionados à nutrição, com a de 1 cm, preenchimento de fossa supraclavicular e acantose nigricans.
finalidade de facilitar mudanças no comportamento alimentar. Apresen- Foram orientados mudança no estilo de vida e anti-hipertensivo. No
ta possibilidades de um novo planejamento nutricional, de baixo custo, seguimento, retornou com exames laboratoriais com perfil glicêmi-
direcionado a uma alimentação correta e sem restrições, numa lingua- co, lipídico e função tireoidiana normais, porém com cortisol urinário

S82
RESUMOS PÔSTERES

de 24 horas de 769,1 μg/24h (vr 55-286), cortisol sérico colhido terior da tíbia do lado avaliado. O IMC foi obtido dividindo-se o valor
pela manhã pós-teste de supressão com baixa dose da dexametasona do peso corporal pela altura ao quadrado. Foi utilizado o coeficiente
noturno de 9,3 μg/dL, confirmando hipercortisolismo, seguido de de correlação de Pearson para correlacionar as variáveis estudadas e,
ACTH sérico matinal de 88 pg/dL (vr 5-49). A ressonância nuclear para isso, foi utilizado o programa estatístico SPSS 14.0. Resultados:
magnética de sela túrcica demonstrou parênquima hipofisário ovalado Ao correlacionar o IMC com o ângulo Q, foram constatados os valo-
de dimensões aumentadas, estendendo-se acima do diafragma selar, res de 0,07 e 0,17 para os lados direito e esquerdo, respectivamente.
com impregnação homogênea de contraste, com cerca de 1,3 x 1,2 Conclusão: Não houve correlação entre o IMC e o ângulo Q para
cm, sem comprometer o quiasma óptico. Lobo posterior de hipófi- ambos os joelhos. Conflitos de interesse: Nenhum declarado. Finan-
se tópico. Diagnosticadas DC por macroadenoma e obesidade grau ciamento: Capes Reuni e Unifesp apoiaram a pesquisa realizada em
3, a paciente foi submetida à hipofisectomia por via transesfenoidal, Santos/SP, Brasil, pelo Grupo de Estudos da Obesidade – Unifesp.
evoluindo sem intercorrências. Após três meses, observou-se melho- Referências
ra clínica e perda de cerca de 16 kg. Discussão: Muitos pacientes
1. Chacur AP, Silva LO, Luz CP, Kaminice FD, Cheik NC. Avalia-
com excesso de cortisol apresentam características que são comuns na
população obesa, como diabetes e hipertensão. Porém, alguns sinais ção antropométrica e do ângulo quadricipital na osteoartrite de joelho
apresentados pela nossa paciente são discriminatórias para a DC, como em mulheres obesas. Fisioter Pesq. 2010;17(3):220-4. 2. Marks R.
púrpura e estrias violáceas, fraqueza muscular proximal, pletora facial, Obesity profiles with knee osteoarthritis: correlation with pain, dis-
preenchimento das fossas supraclaviculares e distribuição de gordura ability, disease progression. Obesity. 2007;15(7):186-74. 3. Jinks
central. Macroadenoma representa apenas 10%-15% dos casos de DC C, Jordan K, Croft P. Disabling knee pain – another consequence of
e, uma vez sendo rara em obesos, motivou o relato deste caso. obesity: results from a prospective cohort study. BMC Public Health.
2006;19(6):25-8. 4. Grazio S, Balen D. Obesity: risk factor and pre-
Referências dictor of osteoarthritis. Lijec Vjesn. 2009;131(2):22-6.
1. Rubatino Jr AC, Pereira RF, Benchimol I, Laun IC. Doença de
Cushing por macroadenoma hipofisário. Arq Bras Endocrinol Metab.
2004;48:909-12. 2. Lynnette K, et al. The diagnosis of Cushing’s PT.13.06 POLÍTICAS PÚBLICAS DA JUSTIÇA E DOS GOVERNOS
FEDERAIS, DO BRASIL E DA ARGENTINA, NA ABORDAGEM DA
syndrome. J Clin Endocrinol Metab. 2008;93:1526-40. 3. Barbosa
OBESIDADE
VE, et al. Doença de Cushing subclínica: relato de três casos e revi-
são de literatura. Arq Bras Endocrinol Metab. 2007;51:625-30. 4. Arbex AK1
Caetano MSS, Vilar L, Kater CE. Síndrome de Cushing subclínica
1
Universidad de Buenos Aires (UBA)/Argentina – Coordenação da Pós-
Graduação Lato Sensu em Endocrinologia, Instituto de Pesquisa e Ensino Médico
em populações de risco. Arq Bras Endocrinol Metab. 2007;51:1185- de São Paulo (Ipemed-SP)
90. 5. Guignat L, Bertherat J. The diagnosis of Cushing’s syndrome:
an Endocrine Society Clinical Practice Guideline: commentary from a Introdução: A Obesidade é uma patologia clínica com prevalência
European perspective. Eur J Endocrinol. 2010;163:9-13. 6. Vilar L, elevada e relacionada a diversas comorbidades. Estas afetam a qua-
Coelho CE, Faria M. Diagnóstico e diagnósticos diferenciais da sín- lidade de vida e interferem de maneira significativa na saúde, além
drome de Cushing. In: Vilar L, et al. Endocrinologia Clínica. 4ª ed. de impactar a capacidade laborativa e social dos indivíduos afetados.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2009, p. 425-48. 7. Tiryakioglu Objetivo: Analisar a perspectiva da abordagem da obesidade como
O, et al. Screening for Cushing´s syndrome in obese patients. Clinics. política pública preventiva e de tratamento, no Brasil e na Argentina,
2010;65:9-13. 8. Stewart PM. Síndrome de Cushing. In: Kronenberg no âmbito do Mercosul, bem como decisões jurídicas recentes sobre
HM, et al. Willians Tratado de Endocrinologia. 11ª ed. Rio de Janei- obesidade. Material e métodos: Foram analisadas legislações brasilei-
ro: Elsevier: 2010, p. 391-408. ra e argentina que abordassem o tema obesidade. Foram revisadas e
estudadas as decisões judiciais desses países, nos últimos 10 anos, so-
bre o tema obesidade. Realizou-se revisão da jurisprudência brasileira
PT.13.05 ESTUDO DA CORRELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE
MASSA CORPORAL E O ÂNGULO QUADRICIPITAL EM OBESOS e argentina sobre a obesidade, analisando decisões judiciais emitidas
ADULTOS pelo Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro e a Corte Suprema de
Justiça Argentina (CSJN). Resultados: A legislação brasileira trouxe
Yi LC1, Damaso AR2, Neves JM3, Santos C4, Nascimento MA3, Carvalho
Ferreira JP5, Caranti DA1 as seguintes decisões recentes: 1) Resolução 24/2010, da Anvisa, que
1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)/Campus Baixada Santista –
restringe propagandas de alimentos com excesso de sal, açúcar, gordu-
Departamento de Biociências, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar ra saturada ou gordura trans; 2) Lei Federal que determina que 30%
em Ciências da Saúde, Grupo de Estudos da Obesidade,2 Unifesp/Campus do orçamento do Programa Nacional de Alimentação Escolar sejam
Baixada Santista – Departamento de Biociências, Programa de Pós-Graduação
usados na compra de alimentos frescos da agricultura local; 3) Mo-
Interdisciplinar em Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição,
Grupo de Estudos da Obesidade,3 Unifesp/Campus Baixada Santista – Curso nitoramento sistemático de tendências de obesidade com inquéritos
de Graduação em Fisioterapia,4 Unifesp/Campus Baixada Santista – Grupo periódicos; 4) Controle da obesidade no Programa Nacional de Saúde
de Estudos da Obesidade,5 Unifesp/Campus Baixada Santista – Programa de da Família; 5) Programa Nacional de Aleitamento Materno, que ele-
Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde, Grupo de Estudos da
Obesidade vou a média de tempo de aleitamento de 3 meses (nos anos 1970) para
12 meses, em 2008. Quatro decisões do STF, no Brasil, e 11 deci-
Introdução: Estudos prévios relatam que a obesidade repercute em sões da CSJN, na Argentina, julgaram pacientes com obesidade grave
estruturas musculoesqueléticas, como fáscias, tendões e cartilagens. (grau 3), favoráveis à aposentadoria por invalidez ou ao pagamento
O excesso de sustentação do peso corporal induz à degeneração da do tratamento da obesidade, justificando tais decisões por meio da
cartilagem de forma precoce, prejudicando o alinhamento do joelho responsabilidade pública dos governos e da justiça. Conclusão: Medi-
conforme aumenta a destruição dela, o que aponta para a importância das preventivas como o estímulo ao aleitamento materno e a melhor
de avaliar o ângulo quadricipital (ângulo Q) nessa população. Obje- alimentação escolar induzem à perda de peso das mães após o parto e
tivo: Verificar a correlação entre o índice de massa corporal (IMC) previnem a obesidade infantil. O monitoramento e o controle da saú-
e o ângulo Q. Material e método: Foram avaliados 30 indivíduos, de da família são políticas públicas responsáveis. As decisões das justi-
compostos por 26 mulheres e 4 homens, com idade média de 43 anos, ças e dos governos federais vêm indicando a responsabilidade pública
com média do valor de IMC de 35, média do ângulo Q de 24 e 22 dos por condutas na prevenção da pandemia de obesidade. Este trabalho
joelhos direito e esquerdo, respectivamente. Para avaliar o ângulo Q, não recebeu auxílio financeiro, tendo usado revisões de literatura, sem
os participantes foram posicionados em decúbito dorsal, com o eixo ônus para as instituições envolvidas. Agradecemos à Profa. Dra. Maria
do goniômetro no centro da patela, o braço fixo foi direcionado para a Susana Ciruzzi e à Profa. Dra. Marise Aizenberg, da Universidade de
espinha ilíaca anterossuperior e o braço móvel, para a tuberosidade an- Buenos Aires (UBA).

S83
RESUMOS PÔSTERES

PT.13.07 BENEFÍCIOS DA BIOMASSA DE BANANA VERDE NA Referências


DIMINUIÇÃO DO RISCO DE SOBREPESO E/OU OBESIDADE E 1. Ayres JRM. Sujeito, intersubjetividade e práticas de saúde. Ciências
SUAS COMORBIDADES
e Saúde Coletiva. 2001;6(1):63. 2. Bizzo MLG. Difusão científica,
Bianchi M1, Piano A2 comunicação e saúde. Cad Saude Publica. 2002;18:307. 3. Boog
1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Biociências,2 Unifesp - Nutrição MCF. Educação nutricional em serviços públicos de saúde: busca de
espaço para ação efetiva [tese]. São Paulo: Faculdade de Saúde Públi-
A biomassa de banana verde (BBV) é um insumo alimentar que tem
ca, Universidade de São Paulo; 1996, 298 p. 4. Boog MCF. Educação
como característica principal a ausência de sabor e odor, podendo ser
nutricional: por que e para quê? J Unicamp. 2004;260:2. 5. Boog
utilizada como ingrediente em preparações doces ou salgadas, na culi-
MCF. Atuação do nutricionista em saúde pública na promoção da ali-
nária usual, na alta gastronomia, bem como na indústria alimentícia,
mentação saudável. Rev Ciência e Saúde. 2008;1:33.
não agredindo a cultura sensorial do indivíduo, tampouco seus hábitos
alimentares. A biomassa de banana verde possui em sua composição
nutrientes importantes para a saúde como fibras, vitaminas e sais mi- PT.13.09 O RISCO PARA CÂNCER DIFERENCIADO DE TIREOIDE
nerais, além de baixo teor de sódio. É isenta de glúten e lactose, cada É MAIOR EM MULHERES OBESAS E PODE ESTAR RELACIONADO
vez mais associados a casos de intolerância e processos alérgicos, e pos- AO PERFIL ALIMENTAR
sui alto teor de amido resistente, metabolizado somente no intestino Marcello MA1, Sampaio AC1, Cunha LL1, Assumpção LVM2, Ward LS1
grosso, onde contribui para o crescimento e a ação da microbiota nati- 1
Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas
va (ação simbiótica), formando ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) (FCM-Unicamp) – Laboratório de Genética Molecular do Câncer,2 FCM-Unicamp
como o butirato, o propionato e o acetato, responsáveis pela integri- – Endocrinologia

dade da mucosa intestinal, agindo preventivamente contra problemas


Evidências epidemiológicas e clínicas vêm estabelecendo de forma
intestinais como constipação, diarreia e diverticulose, além da redução
inequívoca a correlação entre obesidade e várias condições, incluindo
do risco de câncer de cólon. O amido resistente aumenta a sensação
o câncer diferenciado da tireoide (CDT) – algumas por mecanismos
de saciedade e tem ação importante sobre o metabolismo da glicose,
óbvios, outras de forma ainda pouco clara. O CDT é a quinta neopla-
da insulina e dos lipídeos, diminuindo o risco de diabetes tipo 2 e de
dislipidemias, mostrando-se um importante aliado contra a síndrome sia mais frequente entre as mulheres brasileiras e sua incidência vem
metabólica associada aos casos de sobrepeso/obesidade. A etiologia aumentando em nosso país, assim como em todo o mundo ocidental,
multifatorial da obesidade e sua crescente incidência requerem pro- de forma paralela à da obesidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar
vidências em relação ao seu controle e prevenção. O aumento da ati- a relação da obesidade e do perfil de ingesta alimentar com o CDT.
vidade física e a adoção de hábitos alimentares saudáveis são algumas Para isso, foram coletados dados antropométricos de 141 pacientes
das medidas para reversão do quadro existente. Não somente a quanti- com CDT (126 mulheres e 15 homens) criteriosamente pareados com
dade, mas a qualidade dos alimentos, se mostra importante, Assim, os 126 indivíduos-controle (89 mulheres e 37 homens) para idade, outras
alimentos funcionais podem oferecer benefícios à saúde, à capacidade condições mórbidas, tabagismo, etilismo, atividade física e exposição a
física e ao estado mental, além do seu valor nutritivo, contribuindo fatores ambientais de risco. Todos os 267 indivíduos foram submetidos
para a prevenção e o controle de enfermidades. Dessa forma, o amido a um extenso questionário que incluía anamnese alimentar. A avaliação
resistente presente na biomassa de banana verde pode auxiliar signifi- do perfil alimentar mostrou que ambos, pacientes e controles, possu-
cativamente na prevenção e tratamento dos componentes da síndrome íam alimentação similar, rica em gorduras e açúcares, com conteúdo
metabólica, facilitando, inclusive, o processo de emagrecimento. insuficiente de fibras, frutas e vegetais, e realizavam atividade física
insuficiente. No entanto, o consumo de calorias em excesso era mais
frequente entre os pacientes com CDT (61,5%) do que nos controles
PT.13.08 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NA OBESIDADE: (35,7%) (OR = 5.890; IC 95% = 3.124-11.103; p = 0.0001). Nossos
DESCRIÇÃO DE UMA PRÁTICA dados indicaram, também, que o consumo excessivo de lipídeos (OR =
Oliveira AC1 3.885; IC 95% = 1.158-13.028; p = 0.0280) e de carboidratos (OR =
1
Cemeg – Nutrição 4.905/IC 95% 2.593; 9.278; p = 0.0001) aumenta consideravelmente
o risco para câncer de tireoide. Além disso, encontrou-se que o consu-
Introdução: A recente interpretação de promoção da saúde representa mo de fibras baseado na indicação para uma dieta saudável (20 a 30 g
uma esperança para o enfrentamento dos múltiplos problemas de saúde de fibras/dia de acordo com as recomendações da OMS) é inadequado
que afetam as populações neste final de século. A educação nutricio- em 62% dos casos e em 73% dos controles. Como esperado, o excesso
nal configura-se em ferramenta indispensável para o nutricionista na de peso foi mais frequente entre os pacientes com CDT (60,28%) do
condução dos processos de educação para a alimentação. Objetivo: que no grupo controle (40,06%), aumentando o risco de desenvolvi-
Descrever a experiência de educação nutricional com pacientes obesos, mento de CDT (OR = 3.787; IC 95% = 2.115-6.814; p < 0.0001).
no ambulatório de uma instituição pública. Metodologia: Participam Esse aumento de risco de CDT associado ao excesso de peso se deveu
do programa 17 pacientes do sexo feminino, donas de casa, com ensino às mulheres (OR = 1.925; IC 95% = 1.110-3.338; p = 0.0259), desa-
fundamental incompleto, na faixa etária de 30 a 50 anos e IMC (índice parecendo entre os homens (p = 0.3498). Em conclusão, nossos dados
de massa corpórea) ≥ 35 kg/m². Os encontros são realizados semanal- confirmam que o excesso de peso aumenta o risco para CDT, porém
mente, totalizando cinco encontros consecutivos após a primeira con- apenas no sexo feminino, e sugerem que o consumo excessivo de gor-
sulta individual, com duração de duas horas. O programa tem como duras e carboidratos refinados esteja relacionado a tal risco.
objetivo auxiliar os pacientes, promovendo a reflexão sobre o compor-
tamento alimentar, estimulando a troca de experiências entre os partici-
pantes, para que, coletivamente, possam analisar seus comportamentos PT.13.10 A ADIPONECTINA, MAS NÃO A LEPTINA, PODE
e buscar estratégias para a mudança gradativa de práticas. Para atingir ESTAR LIGADA AO DESENVOLVIMENTO DO CARCINOMA
os objetivos, são utilizados técnicas de sensibilização, desenvolvimento DIFERENCIADO DA TIREOIDE
de estratégias de ensino-aprendizagem dialógico-problematizadoras e Marcello MA1, Cunha LL1, Calixto AR2, Vasques ACJ2, Geloneze B2,
aplicação de dinâmicas com objetivos de integrar, provocar reflexões Assumpção LVM3, Ward LS1
e avaliar a apreensão do conteúdo. Considerações: A ênfase do pro- 1
Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas
(FCM-Unicamp) – Laboratório de Genética Molecular do Câncer,2 FCM-Unicamp
grama de educação nutricional centrada no processo de modificação e – Laboratório de Investigação em Metabolismo e Diabetes,3 FCM-Unicamp –
de melhoria do hábito alimentar a médio e longo prazo, baseado na Endocrinologia
parceria com o paciente e na promoção da reflexão crítica, mostra-se
como um caminho promissor para o desenvolvimento da autonomia Tanto a obesidade quanto o câncer diferenciado de tireoide (CDT)
necessária para a realização de mudanças no comportamento alimentar. têm apresentado um aumento de incidência nos últimos anos. Embora

S84
RESUMOS PÔSTERES

haja dados epidemiológicos e evidências clínicas de que a obesidade cumference (44.97 cm ± 4.14) and consumption of saturated (33.57
é um fator de risco para o desenvolvimento do CDT, ainda não são g ± 18.72), monounsaturated (26,54 g ± 14,08) and polyunsaturated
conhecidos os mecanismos envolvidos na neoplasia tireoidiana relacio- (16,53 g ± 10,19) fat intake compared between genders. Both, men
nada à obesidade. Nesta última década, duas adipocinas têm recebido and women, presented a higher significantly intake of saturated fat
atenção especial. A adiponectina tem sido destacada por seu papel na (10,53% ± 3,09; 10,46% ± 3,44), respectively. However, the consump-
inflamação, aterosclerose e no diabetes. Além de aumentar a sensibi- tion of monounsaturated and polyunsaturated fat intake were signifi-
lidade à insulina, a adiponectina apresenta funções anti-inflamatórias, cantly lower than the recommendations of guidelines in Brazil (≤ 20%
agindo como um fator protetor para o câncer. Os níveis séricos de of monounsaturated fat; ≤ 10% of polyunsaturated fat). Although we
adiponectina são mais baixos em indivíduos obesos com resistência didn’t find correlation between saturated fat intake and anthropome-
insulínica, a qual, por sua vez, já foi associada ao desenvolvimento do tric measurements, it was verified an average correlation (r = 0.672, p
CDT. A leptina é outra adipocina relacionada à resistência insulínica = 0.000) between the intake of saturated fat and total energy intake.
e está associada à resposta imunológica inata e adaptativa. Além disso, Energy intake also correlated positively with monounsaturated (r =
a leptina está ligada a vias de proliferação celular como ERK e AKT, 0.679, p = 0.000) and polyunsaturated (r = 0.600, p = 0.000) fat
importantes na etiopatogenia do CDT. Para esclarecer a relação entre intake. Conclusion: It’s important to highlight the correlation found
essas adipocinas e o CDT, foram estudados 69 indivíduos com CDT e between the saturated, monounsaturated and polyunsaturated fat and
119 controles saudáveis sem histórico de nódulos tireoidianos, com- total energy intake, what makes mandatory, especially for obese po-
parando dados antropométricos, clínicos e patológicos com os níveis pulation, awareness about the needs of a moderate consumption of
séricos das adipocina dosadas por ELISA. Como já esperado, o sexo fat and calories intake, in order to control and reduce the morbid
feminino teve maior risco para o CDT (p = 0,049; OR = 2,35; IC: conditions related to obesity. Conflict of interest: None disclosed.
1,01-5,49), assim como pessoas com idade ≥ 45 anos (p = 0,033; Funding: Capes Reuni, CNPq and Unifesp.
OR = 2,41; IC: 1,07-5,42). O tabagismo também aumentou o risco
para CDT em 20 vezes (p < 0,001; OR = 20,84; IC: 6,90-62,93). Os
indivíduos com sobrepeso possuem risco aumentado de desenvolvi- PT.13.12 ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE DENSIDADE MINERAL
mento de CDT (p = 0,003; OR = 4,03; IC: 1,62-10,00). A adiponec- ÓSSEA E OBESIDADE ABDOMINAL EM ADOLESCENTES
tina apresentou um efeito protetor contra o CDT (p < 0,001; OR = Campos RMS1, Lazaretti-Castro M2, Tock L1, De Mello MT3, Silva PL1,
0,112; IC: 0,036-0,352), enquanto a leptina não esteve associada ao Corgosinho FC1, Piano A1, Carnier J1, Sanches PL1, Inoue D1, Corrêa
FA1, Tufik S3, Dâmaso AR4
risco de CDT. A análise por regressão logística multivariada confirmou
1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Departamento de Nutrição,
como fatores de risco para o CDT: sexo feminino, tabagismo e valores 2
Unifesp – Departamento de Endocrinologia,3 Unifesp – Departamento
de adiponectina baixos. Uma curva ROC para adiponectina e leptina Psicobiologia,4 Unifesp – Nutrição, Biociências, Programa Interdisciplinar da
permitiu discriminar o grupo dos pacientes dos controles a partir de Ciência da Saúde
adiponectina < 7,73 ng/mL com uma sensibilidade = 98,60%, especi-
ficidade = 33,60% e p < 0,001. Em conclusão, nossos dados sugerem A obesidade é uma doença multifatorial de ordem global que cada
que a adiponectina, mas não a leptina, pode estar ligada ao desenvolvi- vez mais atinge números maiores de adolescentes. O tecido adiposo
mento do CDT e que sua dosagem possa ser útil como marcadora de é responsável pela secreção de inúmeras adipocinas, entre elas as
suscetibilidade para esse câncer. adipocinas anti-inflamatórias secretadas pela gordura subcutânea,
exercendo, assim, um papel protetor. Por outro lado, há a gordu-
ra visceral, responsável pela secreção de citocinas pró-inflamatórias,
PT.13.11 PROFILE OF SATURATED, MONOUNSATURATED AND que parecem estar envolvidas com a depleção da densidade mineral
POLYUNSATURATED FAT INTAKE IN OVERWEIGHT AND OBESE óssea. Objetivos: Verificar a relação existente entre parâmetros de
ADULTS ENGAGED IN AN INTERDISCIPLINARY LIFESTYLE
gordura visceral e subcutânea com a densidade mineral óssea em
THERAPY
adolescentes obesos. Métodos: Trata-se de um estudo transversal,
Masquio DCL1, Caranti DA2, Pisani LP3, Queiroz GGJ3, Daniel MA4, constituído por uma amostra de 125 adolescentes (45 meninos e
Freitas C4, Andreassen MS4, Ferreira VD4, Carvalho Ferreira JP1,
80 meninas), pós-púberes (16 a 19 anos), com índice de massa cor-
Andrade Silva SG1, Leal LPFF4, Dâmaso AR5
poral (IMC) acima do percentil 95 da curva proposta pelo Centers
1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Programa de Pós-Graduação
Interdisciplinar em Ciências da Saúde e Grupo de Estudos da Obesidade (GEO), for Diseases Control. O exame para determinação da densidade mi-
2
Unifesp – Biociências, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências neral óssea (DMO), expressa em g/cm², foi realizado por meio de
da Saúde e GEO, 3 Unifesp – Ciências da Saúde e GEO, 4 Unifesp – GEO, 5 Unifesp uma unidade de densitometria óssea por atenuação de raios X de
– Biociências, GEO, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências da
Saúde e em Nutrição dupla energia (DXA). A análise da gordura visceral e subcutânea
foi realizada por ultrassonografia com um transdutor de 3,5 MHz.
Introduction: The high intake of saturated fat has been related to the Resultados: Em nosso estudo, foram verificadas correlações obtidas
development of obesity, diabetes and cardiovascular disease. Indeed, somente no grupo dos meninos para DMO total com peso (kg) (r
the monounsaturated and polyunsaturated fat intake in adequate pro- 0.38, p < 0,05), DMO pernas com gordura subcutânea (r 0.37,
portions have been described in literature as positive effects in health. p < 0.05), glicemia (r 0.29, p < 0.05), gordura total (r 0.34, p <
The aim of this study was to verify the profile of saturated, monoun- 0.34), DMO pelve com gordura total (%) (r -0.40, p < 0.05). Além
saturated and polyunsaturated fat intake and a possible correlation disso, foi verificado que a gordura visceral (R² -0.31; p 0,03) e o
between these nutrients with total energy intake and anthropometric HOMA-IR (R² -0.34; p 0,01) são preditores negativos para DMO
measurements. Methods: 72 overweight and obese adults were en- de coluna nos meninos. Verificou-se também que a razão estabeleci-
rolled, including 18 men (45,00 ± 7,51 years) and 54 woman (44,06 da entre gordura visceral e subcutânea foi considerada um preditor
± 10,77years), engaged in an interdisciplinary lifestyle therapy. Body negativo para o conteúdo mineral ósseo em meninas (R² -0.22; p
mass, body mass index, waist and neck circumference were assessed 0,04). Além disso, a gordura subcutânea foi verificada como predi-
and energy, saturated, monounsaturated and polyunsaturated fat in- tor positivo para DMO de braços em meninos (R² 0.31; p 0,04) e
take were calculated by food records of three days. Statistical analysis meninas (R² 0.22; p 0,04). Conclusão: Nossos resultados supor-
were performed using Statistica 7 software to verify the differences tam a hipótese de que a gordura visceral exerce um papel negativo
according to the genders using Student T test, and the correlations na densidade mineral óssea de adolescentes obesos e que a gordu-
with anthropometric measurements and total energy intake were per- ra subcutânea parece exercer um papel protetor no metabolismo
formed by Pearson and Spearman correlations. Results: It was found ósseo. Diante disso, acreditamos que a obesidade visceral torna-se
that men were significantly higher in total energy intake (2729.55 kcal um fator essencial para o controle do desenvolvimento precoce da
± 823.15), abdominal circumference (128.11 cm ± 16.00), neck cir- osteoporose.

S85
RESUMOS PÔSTERES

PT.13.13 PERFIL LIPÍDICO DE RATOS (RATTUS NORVERGICUS), linha de cuidados da SM; 8) Abordagem terapêutica conjunta na SM;
DA LINHAGEM WISTAR, VARIAÇÃO ALBINUS EM DIFERENTES 9) Conhecendo o protocolo de tratamento da HA e do DM tipo 2 na
IDADES Atenção Básica da SMS. Utilização dos recursos do Ambiente Virtual
Ghezzi AC1, Cambri LT1, Botezelli JD1, Mello MAR1 de Aprendizado (AVA), com acesso a: vídeos das aulas, protocolo de
1
Universidade Júlio de Mesquita Filho (Unesp) – Educação Física tratamento da HA e DM tipo 2 na Atenção Básica de SMS, diretri-
zes de sociedades de especialidades e outros recursos bibliográficos,
Introdução: Estudos demonstram associação frequente de hiperin- fóruns de debates com tutoria, avaliação das aulas, testes de avaliação
sulinemia, intolerância à glicose, dislipidemia, hipertensão arterial e de conhecimento. Resultados: A maioria dos participantes não tinha
obesidade, quadro que tem sido denominado de síndrome metabóli- familiaridade com as ferramentas do AVA, que foi sendo adquirida
ca. Estudos longitudinais em humanos apresentam limitações quanto no decorrer do curso; à medida que os participantes percebiam suas
ao caráter invasivo de certas análises, o tamanho e a aleatoriedade da potencialidades, houve maior acesso aos conteúdos e interatividade
amostra. Modelos animais capazes de mimetizar as respostas fisioló- entre os profissionais das diversas áreas e de diferentes unidades de
gicas humanas podem auxiliar na investigação da doença. Modelos saúde. Conclusão: A utilização do AVA é uma inovação em termos
utilizando ratos uridade desenvolvem sinais que têm se mostrado úteis de capacitação dos profissionais da rede básica, e sua familiarização
nesse sentido. Uma situação importante que conduz à manifestação pelos profissionais deve ser estimulada. A oportunidade de capacitar
de sinais da síndrome metabólica é o envelhecimento e sabe-se que tal profissionais da rede básica por meio da EAD deve ser incentivada e
manifestação difere entre as linhagens de ratos. Objetivo: O presen- ampliada, pois se trata de processo que permite tanto a atualização das
te estudo foi delineado para analisar indicadores de dislipidemia em equipes profissionais, sem prejuízo à rotina das unidades, quanto a
ratos (Rattus norvergicus), da linhagem Wistar, variação Albinus, em interatividade intra e inter-regional.
diferentes idades. Metodologia: Para o desenvolvimento deste tra-
balho, foram utilizados ratos com idade entre 2 e 12 meses. Os ratos
foram alimentados com ração balanceada padrão para roedores e água PT.13.15 OBESIDADE NA SEPSE EM PACIENTES DE UTI
ad libitum e mantidos em gaiolas plásticas coletivas (4 por gaiola) à Pereira NGB1, Ferreira GM2
temperatura ambiente de 25 ºC e fotoperíodo de 12 horas de claro e 1
Escola Paulista Medicina – Clínica Médica,2 Escola Paulista Medicina – Clínica
Médica
12 de escuro. Os animais foram avaliados aos 2 (idade jovem), 4 (ida-
de adulta jovem), 6 (idade adulta) e 12 meses (maturidade) de idade
Mais de 1,6 bilhões de adultos em todo o mundo apresentam excesso
quanto a concentrações séricas de jejum de glicose, triglicerídios, co-
de peso e 400 milhões são obesos. Prevê-se que em 2015 tenhamos
lesterol total, HDL e LDL. Após o sacrifício, o sangue foi coletado e
2,3 bilhões com excesso de peso e 700 milhões obesos (1). A obesida-
o soro, utilizado para as dosagens, que foram realizadas por métodos
de é classificada em sobrepeso, obesidade e obesidade mórbida. O cri-
calorimétricos. Para comparação entre os grupos, utilizou-se ANOVA
tério utilizado é o índice de massa corpórea (IMC). Nos Estados Uni-
two-way (p < 0,05), seguida de post-hoc de Newman-Keuls. Resulta-
dos, o sobrepeso ou obesidade de grau I (IMC entre 25 e 29 kg/m2)
do: Glicose (mg/dl): 2 meses, 98 ± 14a; 4 meses, 109 ± 8a; 6 meses,
acomete 35% da população adulta; a obesidade, ou grau II (IMC ≥ 30
119 ± 29a; 12 meses, 152 ± 29b. Triglicerídeos (mg/dl): 2 meses,
kg/m2), aco­mete 27%; a obesidade mórbida ou de grau III (IMC ≥ 40
105 ± 30a; 4 meses, 100 ± 11a; 6 meses, 125 ± 33a; 12 meses, 260 ±
kg/m2) é de 4,7%. No Brasil, essa porcentagem de obesidade mórbida
83b. Colesterol total (mg/dl): 2 meses, 82 ± 7a; 4 meses, 100 ± 10a; 6
é estimada em 0,5% a 1% da população adulta (2). Considerando a
meses, 100 ± 8a; 12 meses, 171 ± 30b. HDL (mg/dl): 2 meses, 29 ±
população urbana das regiões Sudeste e Nordeste do Brasil, a taxa de
8a; 4 meses, 48 ± 4a; 6 meses, 40 ± 6a; 12 meses, 79 ± 25b. LDL (mg/
obesidade de indivíduos com 20 anos ou mais pode ser estimada em
dl): 2 meses, 64 ± 8a; 4 meses, 67 ± 3a; 6 meses, 63 ± 8a; 12 meses,
12,9% das mulheres e em 8% dos homens (3). A obesidade tornou-se
132 ± 27b (letras diferentes indicam diferença significativa pela ANO-
um dos mais importantes problemas de saúde pública nos Estados
VA two-way e pos-hoc de Tuckey – p < 0,05). Conclusão: Conforme
Unidos. Como a prevalência da obesidade aumenta, faz assim a preva-
demonstrado pelos resultados, os parâmetros séricos foram alterados
lência de comorbidades associadas à obesidade (4). Doenças agudas
pela idade dos animais, indicando instauração de dislipidemia aos 12
ou crônicas, como diabetes melito, hipertensão arterial, dislipidemia,
meses e demonstrando que ratos da linhagem Wistar na maturidade
doença cardiovascular, cálculos biliares, artrite e certas formas de cân-
desenvolvem sinais da síndrome metabólica.
cer (5). A obesidade severa é associada à maior mortalidade na UTI
(5,6,7,8). Especula-se que a obesidade mórbida aumenta a incidência
PT.13.14 CAPACITAÇÃO MULTIPROFISSIONAL EM SÍNDROME de complicações em pacientes, exigindo cuidados intensivos, e que
METABÓLICA POR MEIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA essas complicações estão associados com internação prolongada e des-
SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE SÃO PAULO – PROJETO fechos ruins (5). A sepse é uma das doenças que têm significado im-
PILOTO NA COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE SUDESTE portante nessa população, afetando pelo menos 750 mil pacientes por
Abdo AH1, Massironi MMG1, Batista ALP1, Paes Jr J1 ano nos EUA, com incidência crescente, a uma taxa de cerca de 1,5%
1
Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo – Atenção Básica por ano (9,10). A Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG),
introdu­zida por Detsky e cols. em 1987, consiste unicamente na prá-
Introdução: A partir da experiência de dois cursos de capacitação em tica de anamnese e exame físico, que devem ser realizados dentro de
síndrome metabólica (SM) por meio de educação a distância (EAD) um período de até três dias após a internação hospitalar, sendo utiliza-
para médicos da SMS, realizamos este projeto piloto de capacitação dos para classificar o grau de desnutrição e o risco nutricional. As me-
multiprofissional em SM por meio de EAD na Coordenadoria Re- didas antropométricas são de grande importân­cia para a avaliação do
gional de Saúde Sudeste. Objetivos: Utilizar os recursos da EAD na estado nutricional dos indiví­duos. Pode-se obter a composição dos
capacitação de profissionais da rede básica de saúde de SMS (médicos dois comparti­mentos da massa corporal: a massa magra e o tecido
clínicos e da Estratégia de Saúde da Família, enfermeiros e nutricio- adiposo. As informações obtidas refletem o passado da história nutri-
nistas). Ampliar a rede de profissionais sensibilizados, capacitados e cional do paciente. Medidas antropométricas geralmente mais usadas
aptos ao cuidado integral de pacientes com SM. Material e métodos: para avaliação da desnutrição incluem: índice massa corporal (IMC),
Transmissão de nove aulas em vídeo via satélite pela Televisão Cor- espessura de dobras cutâneas, circunferência do braço, circunferência
porativa de SMS (Rede São Paulo Saudável – Canal Profissional) nas muscular do braço, peso corporal e estatura (11). Em um estudo re-
Unidades de Saúde: 1) Introdução – A atenção ao hipertenso e ao trospectivo de análise da mortalidade de pacientes obesos realizado no
diabético na perspectiva das necessidades regionais – O desafio de in- Centro Médico do Condado de Erie e no Hospital Geral do Búfalo,
tegrar a equipe multiprofissional; 2) Diabetes melito (DM); 3) Hiper- de janeiro de 1994 a junho de 2000, comprovou-se que pacientes
tensão arterial (HA); 4) Obesidade; 5) Dislipidemia; 6) Enfermagem: criticamente doentes com obesidade mórbida têm maior mortalidade
a gestão do cuidado na SM; 7) Nutrição: a inserção do nutricionista na na UTI comparados aos não obesos. O tempo de permanência hospi-

S86
RESUMOS PÔSTERES

talar (p = 0,007), permanência na UTI (p = 0,007) e duração da ven- é elevada em pacientes obesos. Assim, os obesos criticamente enfer-
tilação mecânica (p = 0,0004) e a taxa de mortalidade (p = 0,02) fo- mos são pacientes difíceis no manejo de volume, necessário no perio-
ram significativamente superiores para pacientes com obesidade peratório e na sepse (5). A intubação orotraqueal no obeso pode ser
mórbida. A causa imediata de morte em obesos mórbidos foi infecção difícil na visualização laringoscópica, pela grande quantidade de teci-
bacteriana (5). Em outro estudo, conduzido no Hospital Geral do dos da orofaringe, abertura oral pequena, pescoço grosso e com flexi-
Grajaú, de abril a novembro de 2005, em uma UTI, foram seleciona- bilidade limitada (25). Pré-oxigenação com ventilação com máscara e
dos pacientes com IMC ≥ 30 kg/m² e outros com IMC < 30 kg/m². bolsa pode ser comprometida pela diminuição da capacidade residual
Não se observou diferença na taxa de mortalidade, na mortalidade funcional e complacência do sistema respiratório, atelectasias e shunts
prevista pelo APACHE II, no tempo de ventilação mecânica e na fre- intrapulmonares, que podem levar à hipoxemia grave e dessaturação
quência da realização de traqueos­tomia. As diferenças observadas fo- rápida após a indução da anestesia (26). Do ponto de vista estritamen-
ram tempo de internação na unida­de de terapia intensiva (p < 0,05) e te fisiológico, obesidade grave provoca uma redução na capacidade
escore do APACHE II (p < 0,05) (3). Hogue et al. (12), em recente residual funcional e volume de reserva expiratório, especialmente na
metanálise que incluiu 88.051 pacientes, também não observa­ram au- posição supina. Além disso, o trabalho respiratório está aumentado
mento da mortalidade nos pacientes obesos. A sepse é uma síndrome por causa da diminuição da complacência da parede torácica (27).
clínica que se caracteriza por inflamação sistêmica e lesão tecidual ge- O risco de aspiração gástrica é elevado em pacientes obesos (28). As
neralizada (13). O doente obeso está em risco maior do que a média razões possíveis incluem um grande volume de fluido gástrico, aumen-
para o desenvolvimento da sepse, por motivos que incluem a deficiên- to da pressão intra-abdominal, e incidência elevada da doença do re-
cia de cicatrização relacionada com pouca vascularização do tecido fluxo gastroesofágico (29). Colocar o paciente em cabeceira elevada,
adiposo, aumento da incidência de diabetes e hiperglicemia e um esta- sempre que possível, pode diminuir o risco de aspiração e melhorar a
do inflamatório elevado. O aspecto mais importante de uma infecção mecânica pulmonar. O paciente obeso possui risco moderado a alto
ou sepse é fazer o diagnóstico. O tratamento inicial adequado é de para doença tromboembólica venosa (30,31). Os fatores de risco in-
grande importância para minimizar a incidência de disfunção de múl- cluem a diminuição da mobilidade, estase venosa, hipertensão pulmo-
tiplos órgãos e morte (14). As variáveis fisiológicas utilizadas na fase nar e, possivelmente, um estado de hipercoagulabilidade (32). A pro-
inicial da ressuscitação incluem a pressão arterial, frequência cardíaca e filaxia deve ser com heparina de baixo peso molecular ou heparina não
débito urinário. O estudo de Rivers e cols. (15) demonstrou a impor- fracionada (33). O volume de distribuição de heparina em pacientes
tância da reposição hídrica para pacientes com sepse grave, baseada em obesos difere do de pacientes não obesos em razão de tecido adiposo
objetivos (pressão venosa central de 8 a 12 mmHg, pressão arterial ter um menor volume de sangue do que o tecido magro. O método
média de ≥ 65 mmHg, débito urinário ≥ a 0,5 mL/kg/h e saturação de dosagem ideal para heparina na obesidade não está bem estabeleci-
venosa central ≥ 70%), e mostrou também a relevância da reposição do (34). São necessários mais estudos e protocolos sobre o manejo dos
precoce (primeiras 6h). A redução da mortalidade na sepse foi obtida pacientes obesos em UTI destinados a reduzir a disfunção de órgãos e
pela correção mais rápida do desequilíbrio entre oferta e consumo de complicações a longo prazo durante internação. A obesidade é uma
oxigênio, minimizando a hipóxia tecidual, o metabolismo anaeróbio e doença em ascensão que deve ser prontamente avaliada para que a
a hiperlactatemia, conforme demonstrado no estudo de Rivers e cols. população se torne conscientizada de seus malefícios.
(15). Esses efeitos benéficos foram principalmente obtidos à custa de
Referências
uma oferta maior de líquidos na fase inicial, necessária para estabilizar
a saturação venosa central. Quanto à antibioticoterapia precoce, os 1. Repetto G, Rizzolli J, Bonatto C. Prevalência, riscos e solu­ções na
obesos apresentam um maior volume de distribuição para fármacos obesidade e sobrepeso. Arq Bras Endocrinol Metab. 2003;47(6):633-
lipofílicos, o aumento da depuração de fármacos hidrofílicos e uma 5. 2. Batista Filho M, Rissin A. A transição nutricional no Bra­sil: ten-
diminuição da massa magra e água dos tecidos (16). Essas alterações dências regionais e temporais. Cad Saude Publica. Rep Public Health.
predispõem respostas subterapêuticas ou tóxicas. Assim, pode ser difí- 2003;19(Supl. 1):S181-91. 3. Moock M, Mataloun SE, Pandolfi M,
cil determinar se a dose inicial e/ou a dose de manutenção de um Coelho J, Novo N, Compri PC. O impacto da obesidade no tratamen-
medicamento deve ser baseada no peso corporal ideal, no peso corpo- to intensivo de adultos. Rev Bras Ter Intensiva. 2010;22(2):133-7.
ral total ou no peso de dosagem (17). Recomenda-se o ajuste da dose 4. Dietz WH, Robinson TN. Clinical practice. Overweight children
baseado em concentrações terapêuticas, sempre que disponível. Os and adolescents. N Engl J Med. 2005;352:2100. 5. Davies Ali El-
dados conflitantes do estudo CORTICUS (18), que não evidenciou Solh, Pawan Sikka, Erkan Bozkanat, Wafaa Jaafar and Joan Morbid
benefícios no uso do corticoide no choque séptico, resultaram em mo- Obesity in the Medical ICU, Chest 2001;120;1989-1997. 6. El-Solh
dificações introduzidas no Surviving Sepsis Campaigne 2008 (19), AA. Clinical approach to the critically ill, morbidly obese patient.
sugerindo considerar (em vez de indicar claramente) o uso de hidro- Am J Respir Crit Care Med. 2004;169:557. 7. Yaegashi M, Jean R,
cortisona intravenosa para adultos com choque séptico quando hou- Zuriqat M, et al. Outcome of morbid obesity in the intensive care
ver pouca resposta à reposição hídrica e vasopressores (20). A monito- unit. J Intensive Care Med. 2005;20:147. 8. Gouleno C, Monchi M,
rização hemodinâmica do paciente crítico em UTI deve ser cautelosa Chiche JD, et al. Influence of overweight on ICU mortality: a pro-
por causa do tamanho do manguito inadequado em pacientes obesos, spective study. Chest. 2004;125:1441. 9. Martin GS, Mannino DM,
que pode levar à superestimação da pressão sistólica. Recomenda-se a Eaton S, Moss M. The epidemiology of sepsis in the United States
colocação de uma PAI (pressão arterial invasiva) na maioria dos pa- from 1979 through 2000. N Engl J Med. 2003;348:1546-54. 10.
cientes, para permitir o acompanhamento contínuo. A colocação de Angus DC, Linde-Zwirble WT, Lidicker J, Clermont G, Carcillo J,
cateteres de acesso central no paciente em UTI é primordial para con- Pinsky MR. Epidemiology of severe sepsis in the United States: analy-
trole da sepse com a infusão de volume e medida da SVO2 e PVC sis of incidence, outcome, and associated costs of care. Crit Care Med.
(21), o que pode ser difícil no obeso. O uso do ultrassom (22) e cate- 2001;29:1303-10. 11. Fontoura CSM, Cruz DO, Londero LG, Vieira
teres centrais de inserção periférica (PICC) pode auxiliar (21). A obe- RM. Avaliação nutricional de paciente crítico. Rev Bras Ter Intensiva.
sidade pode causar complexos e importantes efeitos negativos sobre o 2006;18(3). 12. Hogue CW Jr, Stearns JD, Colantuoni E, Robinson
sistema cardiovascular. O volume total do sangue e do débito cardíaco KA, Stierer T, Mitter N, et al. The impact of obesity on ou­tcomes after
são elevados (estado hiperdinâmico) de forma linearmente relacionada critical illness: a meta-analysis. Intensive Care Med. 2009;35(7):1152-
ao excesso de peso (23), gerando aumento da oferta e demanda de 70. 13. Dellinger RP. Cardiovascular management of septic shock.
oxigênio. Ao longo do tempo, esse estado hiperdinâmico crônico Crit Care Med. 2003;31:946. 14. Machado FS, Figueiredo LFP. Tra-
pode levar à diminuição do desempenho cardíaco, diminuição da con- tamento inicial otimizado da sepse grave e choque séptico. Rev Assoc
tratilidade do ventrículo esquerdo, hipertrofia ventricular esquerda, Med Bras. 2002;48(3):183-201. 15. Rivers E, Nguyen B, Havstad
diminuição da complacência cardíaca e disfunção diastólica do ventrí- S, et al. Early goal-directed therapyin the treatment of severe sepsis
culo esquerdo (24). Por essas razões, a pressão de enchimento do VE and septic shock. N Engl J Med. 2001;345:1368-77. 16. Hanley MJ,

S87
RESUMOS PÔSTERES

Abernethy DR, Greenblatt DJ. Effect of obesity on the pharmaco- versão 1.6. As avaliações foram realizadas no início da intervenção
kinetics of drugs in humans. Clin Pharmacokinet. 2010;49:71. 17. (basal) e após 12 semanas. Na análise dos dados, realizaram-se o tes-
Erstad BL. Dosing of medications in morbidly obese patients in the in- te de normalidade de Shapiro-Wilk e, posteriormente, o teste t de
tensive care unit setting. Intensive Care Med. 2004;30:18. 18. Sprung Student para amostras dependentes por meio do SPSS versão 16.0; o
CL, Annane D, Keh D, Moreno R, et al. Hydrocortisone therapy for nível de significância foi fixado em p < 0,05. Resultado: A intervenção
patients with septic shock. N Engl J Med. 2008;358:111-24. 19. Del- multidisciplinar foi eficiente para promover redução da ingestão ener-
linger RP, Levy MM, Carlet JM, et al. Surviving Sepsis Campaign: gética total de 1993,2 ± 783,2 kcal/dia para 1560,0 ± 449,7 kcal/
international guidelines for management of severe sepsis and septic dia (p = 0,05), da ingestão de lipídeos (p = 0,02) e de proteínas (p =
shock. Crit Care Med. 2008;36:296-327. 20. Hecksher CA, Lacerda 0,01), no entanto não houve diferença na ingestão de carboidratos (p
HR, Maciel MA. Características e evolução dos pacientes tratados com = 0,28). Com relação aos micronutrientes, verificou-se apenas redução
drotrecogina alfa e outras intervenções da campanha “Sobrevivendo significativa na ingestão de sódio (p = 0,02). Conclusão: Verificou-se
à Sepse” na prática clínica. Rev Bras Ter Intensiva. 2008;20(2):135- que ao final de 12 semanas de intervenção multidisciplinar houve uma
43.21. Marik PE, Baram M, Vahid B. Does central venous pressure redução no valor energético total (kcal/dia), na ingestão de lipídeos
predict fluid responsiveness? A systematic review of the literature and (g/dia), proteínas (g/dia) e sódio (mg/dia). Tais achados indicam
the tale of seven mares. Chest. 2008;134:172.22. Gann Jr M, Sardi A. uma modificação nos hábitos alimentares, o que é essencial para a re-
Improved results using ultrasound guidance for central venous access. dução ponderal e a manutenção da massa corporal. Agradecimentos:
Am Surg. 2003;69:1104.23. Alexander JK. The cardiomyopathy of A presente pesquisa conta com o apoio financeiro do CNPq (Edital
obesity. Prog Cardiovasc Dis. 1985;27:325.24. Alpert MA. Obesity Universal e bolsa de iniciação científica) e UPE (Pibic e PFAUPE).
cardiomyopathy: pathophysiology and evolution of the clinical syn- Agradecemos à direção da Escola Superior de Educação Física e, espe-
drome. Am J Med Sci. 2001;321:225.25. Juvin P, Lavaut E, Dupont cialmente, a todos os voluntários.
H, et al. Difficult tracheal intubation is more common in obese than Referências
in lean patients. Anesth Analg. 2003;97:595.26. Biring MS, Lewis MI,
Liu JT, Mohsenifar Z. Pulmonary physiologic changes of morbid obe- 1. Dâmaso AR. Rev Bras Med Esportes. 2006;12:1. 2. Must A. Am J
sity. Am J Med Sci, 1999;318:293.27. Ladosky W, Botelho MA, Albu- Clin Nutr. 1991;53:839. 3. Tanner JM. Arch Dis Child. 1976;51:170.
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plications of obesity. Am J Med Sci. 2001;321:249.29. Harter RL, PT.13.17 COMPORTAMENTO DA FORÇA MUSCULAR
Kelly WB, Kramer MG, et al. A comparison of the volume and pH RESPIRATÓRIA NA OBESIDADE
of gastric contents of obese and lean surgical patients. Anesth Analg,
Peixoto-Souza FS1, Piconi Mendes C1, Silva BG1, Forti EP1
1998;86:147.30. Clagett GP, Anderson Jr FA, Geerts W, et al. Preven- 1
Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) – Fisioterapia
tion of venous thromboembolism. Chest. 1998;114:531S.31. Geerts
WH, Pineo GF, Heit JA, et al. Prevention of venous thromboembo- Introdução: A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo
lism: the Seventh ACCP Conference on Antithrombotic and Throm- excesso de gordura corporal, sendo um grave problema de saúde pú-
bolytic Therapy. Chest. 2004;126:338S.32. Sapala JA, Wood MH, blica, revelando-se como um importante fenômeno clínico epidemio-
Schuhknecht MP, Sapala MA. Fatal pulmonary embolism after bar- lógico da atualidade. Entre as disfunções provocadas pela obesidade,
iatric operations for morbid obesity: a 24-year retrospective analysis. têm sido relatadas na literatura alterações na força muscular respira-
Obes Surg. 2003;13:819.33. Wu EC, Barba CA. Current practices in tória (FMR). Objetivo: Avaliar o comportamento da força muscular
the prophylaxis of venous thromboembolism in bariatric surgery. Obes respiratória em mulheres obesas mórbidas. Métodos: Foram avaliadas
Surg. 2000;10:7.34. Nutescu EA, Spinler SA, Wittkowsky A, Dager 10 mulheres com obesidade mórbida com média de idade de 33 ± 6,2
WE. Low-molecular-weight heparins in renal impairment and obesity: e IMC de 46,1 ± 4,02 e 10 mulheres eutróficas com média de idade
available evidence and clinical practice recommendations across medi- de 29,3 ± 5,6 e IMC de 21,1 ± 1,74. A FMR foi obtida por meio
cal and surgical settings. Ann Pharmacother. 2009;43:1064. das pressões inspiratória máxima (PImáx) e expiratória máxima (PE-
máx) com a utilização do manovacuômetro escalonado em cmH2O,
PT.13.16 EFEITOS DA INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR SOBRE da marca Ger-Ar®. A PImáx foi mensurada a partir do volume residual
A INGESTÃO ALIMENTAR EM ADOLESCENTES OBESOS após uma expiração máxima, e a PEmáx foi mensurada a partir da
Andrade MLSS1, Ferreira LCCN1, Aniceto RR1, Gomes PP1, Lima FFM1, capacidade pulmonar total após uma inspiração máxima. Para a análise
Freitas CRM1, Santana CCA1, Costi RB1, Neves PRS1, Silva HJG1, Lins TA1, estatística foram utilizados o teste de Shapiro-Wilk e os testes de Wil-
Lofrano-Prado MC2, Prado WL2 coxon e t Student. Resultados: Quando comparados os valores das
1
Universidade de Pernambuco (UPE) – Escola Superior de Educação Física (ESEF), PRM no grupo de mulheres obesas em relação ao grupo de mulheres
2
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Pós-Graduação em Nutrição eutróficas, foi verificado aumento significativo tanto dos valores da
PImáx (89 ± 21,3 versus 70,5 ± 12,5) como da PEmáx (90,5 ± 15,3
Introdução: A intervenção multidisciplinar baseada no aumento do versus 74,5 ± 18,3), respectivamente. Quando comparados os valores
gasto energético e redução da ingestão alimentar tem se mostrado das PRM obtidos e previstos para obesas e eutróficas, foi verificado
como uma importante prática terapêutica para o tratamento e o con- que os dois grupos apresentaram valores obtidos significativamente
trole da obesidade, especialmente em adolescentes. Contudo, em menores do que o previsto para a PImáx. Por outro lado, não houve
resposta ao exercício físico promovendo um maior gasto energético, diferença entre os valores obtidos e previstos para as medidas de PE-
alguns obesos podem supercompensar esse gasto com o aumento na máx nas obesas. Conclusão: A força muscular respiratória parece estar
ingestão alimentar, o que pode ser uma das barreiras para o controle aumentada na presença de obesidade mórbida, tendo o aumento das
dessa doença. Objetivo: Analisar os efeitos da intervenção multidis- pressões inspiratórias e expiratórias neste grupo
ciplinar sobre a ingestão alimentar em adolescentes obesos. Meto-
dologia: O estudo caracteriza-se como descritivo com delineamento
longitudinal. A amostra foi composta por 33 participantes, sendo 18 PT.13.18 AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE
meninas e 15 meninos, com idade de 15,12 + 2,54 anos, índice de MULHERES COM OBESIDADE MÓRBIDA
massa corporal (IMC) ≥ percentil 95 (35,94 + 4,52 kg/m) e púberes Peixoto-Souza FS1, Piconi Mendes C1, Silva BG1, Forti EP1
(estágios 3 ou 4 de maturação de Tanner). O tratamento foi composto 1
Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) – Fisioterapia
por intervenção nutricional, psicológica e física. Utilizou-se o registro
alimentar de três dias autorrelatado para a avaliação do consumo ali- Introdução: A capacidade funcional é um componente importante na
mentar, sendo o valor energético estimado por meio software Nutwin, qualidade de vida, porque reflete a capacidade de realizar atividades

S88
RESUMOS PÔSTERES

do cotidiano. Com a obesidade, aumenta a carga de trabalho para um siva ou, de forma oposta, calando-se e guardando suas insatisfações,
determinado exercício e aqueles com maior índice de massa corporal que poderão ser desenvolvidas de forma negativa, levando ao adoeci-
(IMC) provavelmente apresentam uma menor distância percorrida. mento e às perdas. Quando o comportamento é aprendido de forma
Objetivo: Avaliar a capacidade funcional de mulheres com obesidade natural, este tende a generalizar diante de situações diversas. Por isso,
mórbida a partir do teste de caminhada de 6 minutos e verificar a cor- pode-se dizer que o indivíduo é o que ele é em qualquer situação,
relação dos dados antropométricos na distância percorrida. Métodos: os comportamentos são iguais, mesmo em situações diferentes. Essas
Foram avaliadas 10 mulheres com obesidade mórbida (média de idade crenças o indivíduo traz consigo na sua fala, mas principalmente nos
de 33 ± 6,2 e IMC de 46,1 ± 4,02) e 10 eutróficas (média de idade de comportamentos, como também na terapia individual, nas terapias de
29,3 ± 5,6 e IMC de 21,1 ± 1,74). O TC6 foi realizado em um corre- grupo e na convivência com outras pessoas. Os instrumentos e técni-
dor de 30 metros e as pacientes foram instruídas a andar o mais rápido cas utilizados nos grupos de musicoterapia foram: música de diversos
que conseguissem dentro de 6 minutos. Foram registrados a distância estilos, dinâmicas de grupo, vídeos, dança (como trabalho da imagem
percorrida, a sensação subjetiva de dispneia e o cansaço de membros corporal), ritmo e harmonia, documentários informativos, sempre tra-
inferiores, por meio da escala de Borg modificada. Além disso, a fre- zendo à tona o sentimento de cada participante do grupo. Ao iniciar
quência cardíaca, a saturação de oxigênio e a frequência respiratória o grupo, os participantes são convidados a falar sobre o que acham,
foram coletadas no início, durante e ao término do teste. Resultados: acreditam e esperam da musicoterapia no tratamento da obesidade
Comparando-se as distâncias obtidas de ambos os grupos, as eutró- e, ao final de cada atividade, as pessoas são motivadas a expressar de
ficas obtiveram distâncias significativamente maiores (611,2 ± 52,2) forma clara e simples qual o sentimento percebido após a participação
do que as obesas (531,4 ± 58,37). Não Houve diferença entre as dis- da dinâmica. As revelações colhidas foram as mais variadas possíveis:
tâncias prevista e obtida no grupo das obesas, enquanto as eutróficas “Eu não cantava há muito tempo, nem me lembrava mais como era
tiveram uma distância percorrida menor do que a prevista. Não houve bom cantar”; “Só o fato de estar aqui com outras pessoas me fez muito
correlação significativa entre os dados antropométricos e a distância bem; algumas músicas me trouxeram muitas lembranças como saudade,
percorrida nos dois grupos. Conclusão: A capacidade funcional das tristeza e alegria; foi ótimo”; “Tem oito anos que meu marido morreu;
obesas, quando se leva em consideração a capacidade de andar, mos- ele era músico e costumávamos cantar juntos, mas desde que ele se foi eu
tra-se diminuída em relação às eutróficas. Por outro lado, apresenta-se nunca mais cantei; este momento foi muito bom, me trouxe de volta a
dentro da normalidade para mulheres obesas mórbidas dentro da faixa vida”; “Amei, não senti fome e nem as horas passarem”; “Há quanto
etária estudada. Apoio: Capes/Prosup. tempo eu não danço. Sentia-me feia, pesada e sem jeito; tinha vergonha
de dançar e as pessoas criticarem e darem risada”. O grupo é aberto,
não tem número mínimo nem máximo de participantes e nem limite
PT.13.19 A CONTRIBUIÇÃO DA MUSICOTERAPIA NO
de idade, além de abarcar todos os gêneros. O grupo acontece todas as
TRATAMENTO DA OBESIDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
sextas-feiras e tem duração de 60 minutos, sempre no fim da tarde, na
Coelho DGP1
maioria das vezes à beira do lago, sendo batizado pelos participantes
1
Clínica da Obesidade – Centro Médico – Psicologia
de “Canto do pôr do sol”. Essa atividade é coordenada pela psicóloga
autora deste projeto, que estimula situações de forma diversificada,
A obesidade é uma doença crônica, de custos elevados à saúde, e vem
objetivando desenvolver diversos aspectos físicos, psicológicos e so-
se tornando uma epidemia mundial. Diversos estudos apontam que
ciais. As músicas são sugeridas pelos participantes de forma livre, o que
pessoas obesas geralmente são alvo de preconceito e discriminação,
proporciona ao grupo a sensação de acolhimento, respeito pelo direito
trazendo como consequências o isolamento social e a diminuição da
autoestima e da autoconfiança, colaborando para o aumento do nível à escolha, resgatando a autoestima e a autoconfiança. Desse modo, o
de estresse, da ansiedade e de depressão. A insatisfação com o próprio grupo interage de forma concisa e harmônica, num ambiente de ajuda
corpo, a irritação com cobranças familiares, as faltas de oportunidades mútua. Durante todo o processo, há grande estimulação da memória,
no trabalho, as discriminações e apelidos nos ambientes sociais e a atenção, audição, interpretação, ritmo, sintonia, sincronia, coordena-
falta de perspectiva levam o obeso ao isolamento. Este, por sua vez, ção motora, desenvoltura corporal e vocal, além da descontração que
aliado à falta de atividades físicas e sociais, colabora para o desenvol- o lúdico proporciona. Aos poucos, as pessoas vão se soltando de forma
vimento de comportamentos que visam aliviar as tensões emocionais bem natural e a timidez vai dando lugar à espontaneidade. Um dos
com a ingesta compulsiva de alimentos, com o objetivo de saciar o princípios básicos é: “não há necessidade de ser afinado e nem saber
vazio e reduzir a angústia. Dessa forma, gera-se um “ciclo vicioso”, a letra da música”. A musicoterapia, além de estimular o sistema cog-
que chamamos de comportamento aprendido. Diante da falta de pers- nitivo, permite a percepção dos fatores que levaram à obesidade, am-
pectiva, do isolamento e das perdas nos aspectos das relações sociais, pliando o autoconhecimento e proporcionando nova visão de mun-
a musicoterapia tem como objetivo resgatar questões de desinibição do. Conclui-se que este estudo tem proporcionado ao profissional de
e enfrentamento. Isso proporciona ao obeso vivenciar momentos de psicologia percepção e compreensão mais efetiva das dificuldades do
integração e interação social, trabalhando a timidez, proporcionando- paciente, podendo auxiliá-lo de forma mais diretiva no tratamento da
-lhe também o autoconhecimento sobre a obesidade e o desenvolvi- obesidade. Revela, por outro lado, a importância da psicoeducação
mento da autopercepção, de forma que ele possa reavaliar e resgatar a como fonte de informação, aprendizado, aumento da percepção e
autoestima e a autoconfiança. A metodologia utilizada para a realiza- aceitação da obesidade quanto doença, bem como a importância do
ção desse grupo foi a abordagem cognitivo-comportamental, que visa controle diário. Partindo desse pressuposto, a musicoterapia contribui
promover no paciente, em tempo hábil, a compreensão dos fatores para o desenvolvimento desse processo de forma descontraída, pro-
ambientais e comportamentais, além da genética, que contribuíram porcionando ao obeso vivenciar momentos já esquecidos, trazendo à
para o desenvolvimento da obesidade e, a partir da reflexão, perceber tona suas emoções e sentimentos, fortalecendo-o e evitando possíveis
a importância em aprender estratégias de enfrentamento que poderão recaídas na caminhada para o sucesso da manutenção.
colaborar na mudança de hábitos e estilo de vida. O aparato cognitivo
possui mecanismos próprios que se processam da seguinte forma: o PT.13.20 DESCRIÇÃO DO DESFECHO PERINATAL DE
indivíduo, ao receber qualquer tipo de informação, automaticamente GESTANTES OBESAS E EUTRÓFICAS EM MUNICÍPIO DO VALE
inicia o processo de interpretação, que o leva a pensar e se comportar. DO ITAJAÍ/SC
Algumas situações vivenciadas levam-no a aprender qual a melhor for- Costa IC1, Perin C1, Lavado ML2
ma de se comportar, pois todo comportamento tem ganhos e perdas. 1
Universidade do Vale do Itajaí (Univali) – Acadêmica,2 Univali – Ginecologia e
A partir daí, as crenças são consolidadas, tanto de forma adequada Obstetrícia
como inadequada. É preciso compreender que todo comportamento
tem uma função e seu único objetivo é obter respostas desejadas e O crescimento da população obesa mundial é reconhecido e está re-
esperadas. Quando isso não ocorre, o sujeito reage de forma agres- lacionado ao sedentarismo e ao maior consumo de alimentos de alto

S89
RESUMOS PÔSTERES

valor energético (Wanderley e Ferreira, 2010). Devido aos riscos = 72 ± 9; F = 67 ± 7; FP = 69 ± 19 (letras diferentes indicam dife-
perinatais intrínsecos à obesidade, é importante que os serviços de rença estaticamente significativa pela ANOVA two-way e post-hoc de
pré-natal estejam aptos a oferecer assistência adequada às gestantes Newman-Keuls – p < 0,05). Conclusão: O tratamento intrauterino
obesas, visando minimizar danos (Frattesi e Corrêa Jr, 2010). Dados com frutose diminuiu o peso do tecido adiposo nas regiões retrope-
comparativos entre gestantes obesas e eutróficas expõem diferenças ritonial e subcutânea, possivelmente por intolerância desses animais
significativas, a fim de chamar a atenção dos gestores e profissionais de à sobrecarga de frutose quando muito jovens. Apoio financeiro:
saúde para melhor assistência pré-natal, buscando medidas profiláti- Fapesp, CNPq e Capes.
cas e terapêuticas. Objetivo: Avaliar o desfecho perinatal de pacientes
obesas atendidas no serviço municipal de pré-natal de alto risco em
PT.13.22 VIVÊNCIA TERAPÊUTICA – A CONTRIBUIÇÃO DA
Itajaí/SC, comparando as gestantes eutróficas atendidas no serviço de
PSICOLOGIA DO ESPORTE NO TRATAMENTO DA OBESIDADE:
pré-natal de baixo risco oferecido pela Universidade do Vale do Ita- RELATO DE EXPERIÊNCIA
jaí, visando reconhecer os fatores de risco para um desfecho perinatal
Coelho DGP1
desfavorável em obesas. Método: As gestantes foram classificadas em 1
Clínica da Obesidade – Centro Médico – Psicologia
obesas e eutróficas por meio do índice de massa corporal (IMC) da
primeira consulta, de acordo com as idades gestacionais, e divididas Nos últimos anos, a psicologia do esporte vem crescendo em di-
em dois grupos para comparação. Os dados foram coletados de pron- versos seguimentos, principalmente nas práticas esportivas. O alto
tuários, e a análise estatística foi feita por meio do teste exato de Fisher nível de pressões psicológicas que os atletas sofrem tem provocado
e do teste t de Student, e a proporção das variáveis foi comparada pelas elevado nível de estresse e ansiedade. O respaldo psicológico é tão
razões de prevalência. As variáveis analisadas foram ganho ponderal, importante quanto lhes fornecer alimentação balanceada, programa-
número de gestações, partos prévios, idade gestacional no parto, tipo da por nutricionistas. Ao se perceber que o estresse e a ansiedade,
de parto, comorbidades prévias e adquiridas durante a gestação, peso aliados à ingestão de alimentos de forma compulsiva, e a dificuldade
do neonato, índice de Apgar no quinto minuto e internação em UTI à adesão a atividades físicas colaboram para o desenvolvimento da
neonatal. Resultados: As gestantes obesas apresentaram maior faixa obesidade, é que iniciamos este trabalho vivencial. O objetivo da
etária, mais gestações prévias, mais comorbidades prévias, maior pre- vivência terapêutica é ampliar a percepção do indivíduo, promoven-
valência de prematuridade, maior frequência de cesáreas e internação do o autoconhecimento, a auto-observação e, por meio da apren-
em UTI neonatal. Não foi observada diferença significativa entre os dizagem, poder desenvolver o autocontrole. A junção da educação
dois grupos quanto às comorbidades adquiridas durante a gestação física com a psicologia instrumentaliza o obeso quanto às questões
e índice de Apgar. A média de ganho de peso foi adequada nos dois de enfrentamento de problemas, auxiliando-o em suas dificuldades
grupos. Conclusão: As pacientes obesas são acompanhadas de comor- diárias como baixo nível de tolerância, falta de disciplina, cumpri-
bidades prévias e histórico médico e gestacional mais complexo, que mento de regras e limites, que são imprescindíveis para o controle e
podem atuar como causa ou fator adjuvante no desfecho gestacional estabilização da obesidade e manutenção do peso. “O corpo físico e
desfavorável. A assistência pré-natal de qualidade, com maior ênfase o mental são as duas faces de uma mesma unidade e merecem igual
nas comorbidades associadas à obesidade, é fundamental para acom- atenção” (Beck Jr, 1998). A abordagem cognitivo-comportamental,
panhamento e prevenção de possíveis intercorrências. por meio das suas técnicas, tem contribuído para a fundamentação
deste trabalho. A vivência terapêutica é coordenada por duas psicó-
PT.13.21 LIPÍDIOS TECIDUAIS DE RATOS ALIMENTADOS COM logas e um professor de educação física, com a periodicidade de uma
DIETA RICA EM FRUTOSE NA VIDA INTRAUTERINA E NEONATAL vez por mês, em locais externos da clínica, de preferência em parques
municipais, sempre pela manhã. A faixa etária dos participantes é
Ghezzi AC1, Cambri LT1, Dalia RA1, Botezelli JD1, Mello MAR1
aberta, sem limite de idade. As atividades oferecidas são alongamen-
1
Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Educação Física
to, caminhada, relaxamento, tai chi chuan e dinâmicas grupais lúdi-
Objetivo: Animais alimentados com dieta rica em frutose têm sido cas, promovendo integração e resolução de problemas. Há também
usados como modelo experimental da síndrome metabólica, e é sa- grande estimulação cognitiva como observação, percepção da ima-
bido que o comportamento alimentar na vida adulta pode ser in- gem corporal, atenção, equilíbrio, audição, visão e olfato. Ao final, é
fluenciado pela quantidade de alimento ingerido durante a lactação. levantado ao grupo o momento de reflexão das atividades realizadas
Assim, o presente estudo visou analisar o impacto da má nutrição como fonte de compreensão real do que foi desenvolvido, incentivar
intrauterina e na lactação sobre peso e concentração de lipídios to- a prática de atividades físicas e esportivas, promovendo a autoestima.
tais no tecido adiposo de ratos. Metodologia: Foram usados ratos Concluindo, pode-se dizer que a vivência terapêutica esportiva tem
Wistar (60 dias), cujas mães foram alimentadas durante a gestação proporcionado ao profissional maior compreensão das dificuldades
e lactação com dieta balanceada – C (AIN-93G) ou rica em fru- encontradas na obesidade, permitindo focar o tratamento de forma
tose – F (60% de frutose). Após o nascimento, os filhotes foram eficaz, abreviando o tratamento e promovendo novo estilo e quali-
distribuídos em ninhadas adequadas (8/mãe) ou pequenas (4/mãe dade de vida.
– P, visando aumentar a quantidade de alimento ingerido durante a
amamentação). Após o desmame, mantiveram-se as mesmas dietas PT.13.23 OBESIDADE E NOVAS ABORDAGENS DO
até os 90 dias, compondo quatro grupos: C, CP, F e FP. Resul- TRATAMENTO NUTRICIONAL: A CONTRIBUIÇÃO DOS
tados: Foi constatada diferença significativa entre os grupos para FITOTERÁPICOS
os valores de peso do tecido adiposo nas regiões retroperitonial e Santos RM1, Souza CO1
subcutânea, como se segue. Peso do tecido adiposo (g/100g) das 1
Universidade do Estado da Bahia (Uneb) – Departamento de Ciências da Vida
regiões: Mesentérica: C = 0,49 ± 0,26; CP = 0,45 ± 0,18; F = 0,46
± 0,33; FP = 0,44 ± 0,23; Retroperitonial: C = 0,43 ± 0,12a; CP = A obesidade é uma doença crônica que envolve fatores sociais, com-
0,47 ± 0,20a; F = 0,19 ± 0,10b; FP = 0,19 ± 0,08b; Subcutânea: C portamentais, ambientais, culturais, psicológicos, metabólicos e gené-
= 0,32 ± 0,05a; CP = 0,37 ± 0,09a; F = 0,21 ± 0,11b; FP = 0,19 ± ticos. O caráter epidêmico do incremento dessa doença a elege como
0,03b. Contudo, não houve diferença na concentração de lipídios um importante problema de saúde pública. A inflamação induzida
totais das regiões mesentérica, retroperitonial e subcutânea, confor- pela obesidade pode ser considerada um mecanismo potencial para
me descrito a seguir. Concentração de lipídios totais (g/100g) no o desenvolvimento de complicações metabólicas como a resistência
tecido adiposo das regiões: Mesentérica: C = 70 ± 26; CP = 63,20 ± à insulina, diabetes tipo 2, esteatose hepática, aterosclerose, doenças
20; F = 64 ± 12; FP = 68 ± 22; Retroperitoneal: C = 87 ± 16; CP = imunológicas e diversos tipos de câncer. Com base nisso, novas abor-
87 ± 12; F = 88 ± 14; FP = 77 ± 12; Subcutânea: C = 72 ± 10; CP dagens terapêuticas estão surgindo, no intuito de alcançar melhores

S90
RESUMOS PÔSTERES

resultados. A elaboração de uma dieta composta por alimentos com PT.13.25 OBESIDADE E NOVAS ABORDAGENS DO
propriedades anti-inflamatórias, bem como a utilização de fitoterápi- TRATAMENTO NUTRICIONAL: A CONTRIBUIÇÃO DA
cos cujos princípios ativos interferem direta ou indiretamente em vias MICROBIOTA INTESTINAL
metabólicas ligadas ao gasto energético e/ou controle da saciedade, Santos RM1, Souza CO1
são estratégias inovadoras que estão trazendo bons resultados na prá- 1
Universidade do Estado da Bahia (Uneb) – Departamento de Ciências da Vida
tica da nutrição clínica. A Camellia sinensis (chá verde), por exemplo,
possui alto teor de catequinas. Tais flavonoides prolongam a ação da A obesidade é uma doença crônica que envolve fatores sociais, com-
noradrenalina, aumentando a termogênese e, consequentemente, o portamentais, ambientais, culturais, psicológicos, metabólicos e gené-
gasto energético. Outra recente descoberta é o Cissus quadrangularis, ticos. O caráter epidêmico do incremento dessa doença a elege como
o qual tem ação antilipase e anorexígena, por reduzir a absorção da um importante problema de saúde pública. A inflamação induzida
gordura dietética e aumentar a saciedade ao elevar os níveis séricos de pela obesidade pode ser considerada um mecanismo potencial para
serotonina. Com base nisso, este trabalho tem como objetivo expor o desenvolvimento de complicações metabólicas como a resistência
os principais fitoterápicos experimentados em estudos com seres hu- à insulina, diabetes tipo 2, esteatose hepática, aterosclerose, doenças
manos e apresentar os respectivos efeitos alcançados para o controle imunológicas e diversos tipos de câncer. Com base nisso, novas abor-
da obesidade. dagens terapêuticas estão surgindo no intuito de alcançar melhores
resultados. A relação entre obesidade e microbiota intestinal (MI)
Referências
tem sido avaliada em estudos mais recentes. Considerado um “órgão”
Basu A, Sanchez K, Leyva MJ, Wu M, et al. J Am Coll Nut. metabólico, a MI realiza importantes funções, tais como modulação
2010;29(1):31-40. Naves A. Nutrição clínica funcional: obesidade. 1. do sistema imune, prevenindo processos inflamatórios crônicos; pre-
ed. São Paulo: Valéria Paschoal Editora Ltda.; 2009. Oben J, Kuate D, venção da colonização intestinal por bactérias patogênicas (Escherichia
Agbor G, Momo C, Talla X. Lipids in health and disease. 2006;5(24). coli, Clostridia, Salmonella e Shigella); metabolismo de drogas; mo-
Waitzberg DL. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 4. tilidade gastrointestinal, na quebra e eliminação de agentes tóxicos e
ed. rev. atual. v. 1. São Paulo: Editora Atheneu; 2009. cancerígenos. Com base nisso, evidências revelam diferenças entre a
composição bacteriana do intestino de indivíduos obesos e magros.
PT.13.24 AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE SÍNDROME As bactérias Firmicutes, mais presentes no intestino do obeso, pare-
METABÓLICA, MICROALBUMINÚRIA E RISCO cem ter maior capacidade de extrair as calorias dietéticas, contribuin-
CARDIOVASCULAR EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM do para o aumento do tecido adiposo. A composição dietética possui
SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE importante papel nessa diferença de ocupação intestinal entre magros
Monteiro MMO1, Queiroz MSR1, Janebro DI2, Ramos KRLP1, Guimarães e obesos. Assim, o tratamento com uso de prebióticos e probióticos
NES3, Cunha MAL1 demonstra bons resultados no tratamento do controle da obesidade.
1
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) – Farmácia,2 Faculdade Maurício de Com base nisso, este trabalho tem como objetivo revisar os principais
Nassau – Biomedicina, Enfermagem e Nutrição,3 Faculdade Maurício de Nasssau estudos, realizados com seres humanos, que consideram a influência
– Biomedicina da microbiota intestinal na obesidade.
A presença de microalbuminúria está associada aos mesmos fatores Referências
de risco da nefropatia diabética e também da resistência insulínica e 1. Dibaise JK, Zhang H, Crowell MD, et al. Mayo Clin Proc.
síndrome metabólica. A Organização Mundial da Saúde considera a 2008;83(4):460-9. 2. He ZQ, Zhen Y, Liang C, et al. Med Hypothe-
presença de microalbuminúria como um dos componentes necessários ses. 2008;70:808-11. 3. Naves A. Nutrição clínica funcional: obesida-
para definir a presença de síndrome metabólica. Este estudo avaliou a de. 1. ed. São Paulo: Valéria Paschoal Editora Ltda., 2009. 4. Waitz-
presença de risco cardiovascular em pacientes atendidos em um ser- berg DL. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 4. ed.
viço público de saúde, por meio da determinação da prevalência de rev atual. v. 1. São Paulo: Editora Atheneu; 2009.
síndrome metabólica (SM) e da pesquisa de microalbuminúria como
marcador de possível dano renal precoce. Tratou-se de um estudo
PT.13.26 TRATAMENTO DA OBESIDADE: MODELO DE GRUPO
transversal envolvendo 31 pacientes usuários do Serviço Municipal de
BASEADO EM TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Saúde (SMS), da Prefeitura Municipal de Campina Grande/PB. Para
o diagnóstico da SM, foram adotados critérios do National Choleste- Molina CG1, Neumann CR2
1
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) – Serviço de Atenção Primária a
rol Education Program’s Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III).
Saúde,2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – Faculdade de
Para a avaliação da microalbuminúria, foi utilizada a relação albumi- Medicina
na/creatinina (A/C), a partir dos níveis de albumina e creatinina em
amostra isolada de urina. Os dados foram avaliados estatisticamente Introdução: A obesidade é simultaneamente uma doença e um fator
por meio de dois programas Epi-Info versão 3.4 e SPSS versão 14. de risco, e sua prevalência vem aumentando nos últimos anos. Assim,
A prevalência da SM foi de 70,9% e, quanto aos componentes indivi- torna-se um problema de saúde pública e o seu tratamento na atenção
duais da SM, evidenciaram-se: HDL-colesterol < 50 mg/dL em 52%, primária à saúde se torna indispensável. A terapia de grupo é um méto-
IMC > 25 em 61% e pressão arterial ≥ 130/85 mmHg em 100%. do cada vez mais utilizado para o manejo da obesidade e do sobrepeso.
Indivíduos com SM apresentam risco duas a três vezes maiores de Objetivo: avaliar a evolução de pacientes com sobrepeso ou obesidade
morbidade cardiovascular que indivíduos sem a síndrome. A microal- em acompanhamento em grupo aberto de terapia cognitivo-compor-
buminúria esteve presente em 9,6% da população estudada, valor um tamental em uma unidade de atenção primária. Metodologia: Pessoas
pouco inferior ao que foi detectado por outros autores. Estudos têm com sobrepeso ou obesidade são convidadas a participar de grupo de
demonstrado que a prevalência de microalbuminúria aumenta com a emagrecimento. Os encontros são semanais, com duração de 1 hora
idade em ambos os gêneros, masculino e feminino. No presente estu- e 30 minutos, com aferição de peso antes do início da terapia, com
do, observou-se uma prevalência maior no gênero feminino e na faixa coordenação de médico de família, presença de educadora física e pro-
etária entre 60 e 69 anos de idade (67,3%). Esses dados são fortemen- fissionais da área da nutrição. Os pacientes recebem orientação em re-
te sugestivos de que os pacientes com SM apresentem um aumento lação à atividade física e à dieta com balanço negativo. Resultados: Os
da excreção urinária de albumina. Essa hipótese deve continuar sen- dados analisados referem-se aos anos de 2009 e 2010. Um total de 71
do pesquisada em um número maior de pacientes, pois é um assunto pacientes frequentou o grupo – aproximadamente 27% foram a apenas
relevante, na medida em que a presença de microalbuminúria pode uma reunião e 99% das pessoas eram do sexo feminino e com idade
ser um dos fatores de risco relacionados ao aumento da mortalidade de 30 a 75 anos. A média da perda de peso foi de 2 a 3 kg, variando
cardiovascular em pacientes com SM. de 300 g a 15 kg. Observa-se tendência à maior perda peso conforme

S91
RESUMOS PÔSTERES

maior a aderência às reuniões (mais de três sessões). Conclusão: In- [BMI], 36 ± 5 kg/m) and 26 asthmatics (BMI, 39 ± 4 kg/m). Body
tervenções coletivas são práticas que devem ser utilizadas em atenção composition was measured by plethysmography using the BOD POD
primária à saúde. O grupo é efetivo em relação à perda de peso. body composition system, and visceral and subcutaneous fat were
analyzed by ultrasound. Serum levels of adiponectin were analyzed.
Asthma and lung function were evaluated according to the American
PT.13.27 IMPROVEMENT IN LUNG FUNCTION WAS Thoracic Society criteria. Patients were submitted to a one year weight
ASSOCIATED WITH A REDUCTION IN VISCERAL AND loss interdisciplinary intervention consisting of nutritional, exercise,
SUBCUTANEOUS FAT AND INCREASE IN ADIPONECTIN LEVELS psychological and clinical therapy. Results: At baseline, the asthmatic
Silva PL1, Cheik NC2, Mello MT3, Sanches PL4, Corrêa FA5, Piano A4, group had lower values of forced expiratory volume in one second
Inoue D5, Campos RMS5, Corgosinho FC4, Carnier J4, Tock L6, Tufik S6, (FEV1) (73 ± 3 vs. 90 ± 8), peak expiratory flow (PEF) (76 ± 5 vs.
Dâmaso AR7 117 ± 19) and FEV1/FVC (71 ± 3 vs. 97 ± 7); however, the groups
1
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Pós-Graduação em Nutrição, did not differ in anthropometric measures. After one year of interdis-
2
Centro Universitário do Triângulo (Unitri) – Mestrado em Fisioterapia,3 Unifesp –
Psicobiologia,4 Unifesp – Nutrição,5 Unifesp – Departamento de Nutrição,6 Unifesp ciplinary intervention, these variables improved significantly in both
– Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício (CEPE),7 Unifesp – Nutrição, groups. Most importantly, there was an increase of adiponectin levels
Biociências, Programa Interdisciplinar da Ciência da Saúde [4 (1.86-12.9) to 5.1 (2.48-16)] after one year. Furthermore, was
demonstrated that the difference between baseline and final values of
The prevalence of asthma and obesity has increased substantially du- lung function variables (∆FEV1 and ∆PEF) was negatively correlated
ring the last several decades in many countries, leading to the spe- with concomitant changes in the visceral and subcutaneous fat values
culation that obese people might be at an increased risk of asthma. (∆visceral and ∆subcutaneous fat) ( and the changes in FVC (∆FVC)
Suggested mechanisms for these associations include a systemic in- were positively correlated with changes in adiponectin levels (∆adipo-
flammatory state associated with obesity. Aim: The purpose of this nectin) in both groups. Conclusions: Interdisciplinary therapy resul-
study was to evaluate long-term results of interdisciplinary therapy on ted in beneficial changes in lung function, visceral and subcutaneous
visceral and subcutaneous fat, adiponectin levels and lung function in fat and adiponectin levels in asthmatic and non-asthmatic obese ado-
obese adolescents. Methods: Seventy-six post-pubertal obese adoles- lescents. Furthermore, the improvement in the lung function variables
cents were recruited, including 50 non-asthmatics (body mass index was associated with a reduction in visceral and subcutaneous fat.

S92
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES


Abdo AH PT.13.02, PT.13.14
Abreu AF PT.03.01
Abreu MP PT.09.09
Adan LF PT.12.01, PT.12.08
Albano MRC PT.07.02
Albano RD PT.03.01
Albuquerque LS PT.02.04, PT.02.05, PT.07.20, PT.07.36
Allebrandt K CO.13
Almeida DC PT.07.28, PT.07.29
Almeida JSA PT.07.12
Almeida LL PT.06.04, PT.06.06
Almeida LS PT.02.05, PT.07.20
Almeida NCN PT.02.04, PT.02.05, PT.07.20, PT.07.36
Almeida VP PT.12.03
Alosta JPS PT.07.34
Alves AM PT.07.13
Alves MJNN CO.07, PT.07.03
Amadio CR PT.07.31
Amaral MEC PT.05.01, PT.07.06
Amorin LL PT.03.08, PT.09.08
Amparo FC PT.07.35
Amui MO PT.12.02
Andrade MC PT.09.01
Andrade MLSS PT.02.04, PT.02.05, PT.07.20, PT.07.36, PT.13.16
Andrade Silva SG PT.07.18, PT.07.27, PT.13.11
Andreassen MS PT.04.05, PT.13.11
Angeli Padula F PT.13.04
Aniceto RR PT.07.36, PT.13.16
Antunes BMM PT.07.25
Aoyagui BY PT.07.02
Aquino JLB PT.07.01
Araújo AR PT.09.02
Araújo JMD CO.10
Araújo LMB PT.04.07
Araújo M PT.03.07
Araújo MB PT.02.01, PT.02.02
Arbex AK PT.07.32, PT.13.06
Arthur T CO.32, PT.12.13, PT.12.14
Ascencio RFR PT.04.03
Ashino NG PT.07.23
Assunção JFL PT.04.01
Assumpção LVM PT.13.09, PT.13.10
Baghriolli Neto O PT.04.07
Balestrin L PT.09.10
Barbosa APO CO.10
Barbosa ACN PT.07.21
Barbosa GC PT.06.01
Barbosa JR PT.07.33
Barbosa KBF PT.04.02
Barbosa PA PT.12.13
Barbosa PEA PT.07.21
Baruki SB PT.02.03
Bastos KN PT.12.11
Bastos KN PT.07.25
Batista ALP PT.13.14
Batista MA PT.03.08, PT.09.08

S93
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

Bernardi F CO.13, PT.07.16


Bertoli FC CO.02
Bezerra B PT.07.09
Bianchet LC PT.13.01
Bianchi M PT.13.07
Bissoli NS PT.06.01, PT.06.02
Biz C CO.04
Bodanese LC CO.12, PT.09.02
Bolin AP CO.14, CO.26
Borba LG PT.07.02
Borba VZC PT.13.01
Borges FZ PT.12.03
Bortolin FDP PT.13.04
Botezelli JD PT.02.01, PT.02.02, PT.13.13, PT.13.21
Braga IM PT.02.03
Braga KS, PT.09.01
Branco Filho AJ PT.09.03, PT.09.05, PT.09.06
Bressan J CO.29
Brito LC CO.10, PT.04.02
Burgos PF PT.07.22
Burini RC PT.07.05, PT.07.08
Busnello FM CO.12, PT.09.02
Cabral FCP PT.10.01
Cabral GBCB PT.10.01
Caetano M PT.05.03
Calderon IMP PT.05.02, PT.05.03
Calixto AR PT.13.10
Câmara LAP PT.04.07
Camargo C PT.07.19
Camargo E CO.10
Camargo JGT PT.07.01
Cambri LT PT.02.01, PT.02.02, PT.13.13, PT.13.21
Campoio TR CO.14
Campoio TR CO.26
Campos MA PT.12.04
Campos RMS CO.06, CO.08, PT.13.03, PT.13.12, PT.13.27
Cândido APC PT.07.04, PT.07.34
Canuto R PT.06.09, PT.07.30
Caranti DA PT.07.18, PT.07.27, PT.07.37, PT.13.05, PT.13.11
Carneiro FT PT.08.02
Carneiro JRS PT.07.13
Carnier J CO.06, CO.08, CO.09, PT.07.37, PT.13.03, PT.13.12, PT.13.27
Carrapateira LM PT.02.03
Carvalheira JBC CO.05, CO.11
Carvalho CA PT.07.33
Carvalho DF PT.04.08
Carvalho DM PT.10.01
Carvalho Ferreira JP PT.07.18, PT.07.27, PT.13.05, PT.13.11
Carvalho NV PT.03.02, PT.03.05, PT.12.05, PT.12.06
Casas CE PT.06.07
Case NA PT.09.07, PT.12.01, PT.12.08
Castel JD PT.09.06
Castro MPR PT.13.04
Castro RNC PT.06.03
Cavalcante CWP PT.07.09
Cayres S U PT.07.25
Cecconello I CO.31, PT.04.09
Cendoroglo MS CO.27, PT.07.07

S94
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

Cepêda-Fonseca FX PT.07.03
Cercato C CO.01, CO.16, CO.20, CO.21, CO.23, CO.25, CO,32 ; PT.01.02, PT.04.08, PT.12.13, PT.12.14
Cercato LM CO.10
Cerda A PT.07.38
Cheik NC CO.08, PT.12.10, PT.13.27
Chichetta G PT.07.07
Chiochetta G CO.27
Cintra DE CO.02, CO.05, CO.11, CO.22, CO.30
Cintra V PT.13.02
Cipullo MAT PT.07.18, PT.07.27
Citero VA CO.27, PT.07.07
Coelho CF PT.03.06, PT.03.09
Coelho DGP PT.13.19, PT.13.22
Cohet I PT.04.07
Colantonio E CO.02
Conceição NG CO.28
Contin Moraes J CO.05, CO.30
Coqueiro FG PT.09.07
Corgosinho FC CO.06, CO.08, PT.13.03, PT.13.12, PT.13.27
Corrêa FA PT.07.37, PT.13.03, PT.13.12, PT.13.27
Corrêa PHS CO.20
Costa APF PT.07.39
Costa COPC CO.07
Costa FS PT.07.24
Costa IC PT.13.20
Costa ID PT.07.21
Costa JPS PT.07.39
Costa JSD PT.06.08
Costa LO PT.07.09
Costa-Pinto J PT.07.19
Costi RB PT.13.16
Coutinho HHO PT.06.04, PT.06.06
Cruz HR PT.07.13
Cruz I PT.04.07
Cruz MRR PT.09.03, PT.09.05, PT.09.06
Cunha FA PT.12.09
Cunha LL PT.13.09, PT.13.10
Cunha MAL PT.13.24
Cunha MF PT.03.02, PT.03.05, PT.12.05, PT.12.06
Cury FB PT.07.02
Cury MAA PT.07.19
Custódio LN PT.12.10
D’Almeida V CO.02
Da Silva ASR CO.02, CO.22
Dalia RA PT.02.01, PT.02.02, PT.13.21
Damasceno DC PT.05.02, PT.05.03
Damaso AR PT.07.18, PT.07.27, PT.13.05 CO.06, CO.08, CO.09, PT.07.37, PT.13.03, PT.13.11, PT.13.12, PT.13.27
D’Andrea VE PT.13.04
Daniel MA PT.13.11
Darce MC PT.12.04
De Lego EC PT.05.02
De Mello MT CO.06, CO.09, PT.07.37, PT.13.12
De Souza CT CO.02, CO.05, CO.11, CO.22
Dias CR PT.03.02, PT.03.05, PT.12.05, PT.12.06
Dias de Castro ML PT.07.24
Dias CB PT.07.10, PT.07.19
Diestel CF CO.24
Dos Santos JHTF PT.05.03

S95
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

Drager LF CO.07, PT.07.03


Driemeyer J PT.07.24
Duarte ACGO PT.03.10, PT.03.11
Duarte FO PT.03.10, PT.03.11
Durante CR PT.13.02
Dorea EL PT.07.38
Elias N CO.06
Ernandes RH PT.13.03
Errera FIV CO.29
Fabri FSSS PT.05.07
Factum CS PT.12.01, PT.12.08
Fagundes ALR PT.03.02, PT.03.05, PT.12.05, PT.12.06
Fanganiello AL PT.13.02
Fantato F PT.07.09
Faria GB PT.07.32
Farjado CM PT.07.38
Favoretto-Dias N PT.01.02, PT.12.14
Felippe FML PT.09.10
Fernandes AE CO.16, PT.01.02
Fernandes IC PT.07.21
Fernandes L CO.22
Fernandes S PT.09.04
Ferrari Jr J PT.03.06
Ferraz F PT.07.14, PT.07.15
Ferraz I PT.07.14
Ferraz LF PT.04.05
Ferreira AS CO.12, PT.09.02
Ferreira GM PT.13.15
Ferreira LCCN PT.02.04, PT.07.20, PT.07.36, PT.13.16
Ferreira MFL PT.07.21
Ferreira MNL PT.02.04, PT.02.05, PT.07.20, PT.07.36
Ferreira VD PT.07.11, PT.13.11
Fett CA PT.03.06, PT.03.09
Fett WCR PT.03.06, PT.03.09
Fighera TM PT.13.01
Fiore EG PT.03.07
Fiorese MS PT.03.10, PT.03.11
Fischer M PT.13.02
Fittipaldi-Fernandez RJ CO.24
Fonseca FA CO.06
Fonseca FA PT.07.33
Forti EP PT.13.17, PT.13.18
Fraga RF CO.07
Fragoso MCBV CO.23
França S PT.12.08
Franco FG CO.27, PT.07.07
Freiberg CK PT.03.07
Freitas BB CO.12, PT.09.02
Freitas C PT.13.11
Freitas CRM PT.02.04, PT.02.05, PT.07.36, PT.13.16
Freitas HS CO.17
Freitas Jr IF PT.07.25
Freitas SN PT.07.04, PT.07.34
Friedman R PT.07.24
Fuchs F CO.18
Fuchs SC CO.18, PT.06.05
Fujiwara CTH CO.01, CO.16, CO.25, CO.32, PT.12.13, PT.12.14
Fukuda CM PT.07.08

S96
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

Furuya DT CO.17
Gagliardi ART PT.07.22
Galvão-Neto MP CO.31, PT.04.09
Garrido Jr AB CO.31, PT.04.09
Gelaleti RB PT.05.02, PT.05.03
Geloneze B PT.13.10
Genvigir FDV PT.07.38
Ghezzi AC PT.02.01, PT.02.02, PT.13.13, PT.13.21
Ghizzoni F PT.06.05
Gimenez AO PT.07.31
Giorelli GV PT.07.10, PT.07.19
Góes P PT.07.14
Góes P PT.07.13, PT.07.15
Gomes PP PT.13.16
Gomes RJ CO.22
Gontijo JAR CO.03
Granjeiro PA PT.06.04, PT.06.06
Guadagnini D CO.11
Guerra BA CO.14 , CO.26
Guimarães A PT.07.14, PT.07.15
Guimarães NES PT.13.24
Guimarães, LK PT.06.08
Gus M CO.18
Gus I PT.02.07
Hachul AC CO.04
Halpern A CO.01, CO.16, CO.20, CO.21, CO.23, CO.23, CO.25, CO.31, PT.01.02, PT.04.08, PT.04.09, CO.32,
PT.12.13, PT.12.14
Halpern B CO.21
Harada CMM PT.13.04
Harb A CO.13, PT.07.16
Henn RL PT.07.30
Hidalgo LMG PT.07.05
Hidalgo MP CO.13, PT.01.01, PT.07.16
Hirata MH PT.07.38
Hirata RCD PT.07.38
Iervolino L PT.05.07
Iglesias S PT.03.07
Iguchi DYV CO.20
Ikeda MI CO.27
Ikeda MR PT.07.07
Inácio LB PT.03.02, PT.03.05, PT.12.05, PT.12.06
Inoue D CO.08, PT.13.12, PT.13.27
Izar MC PT.07.33
Jacinto AF CO.27, PT.07.07
Janebro DI PT.13.24
Jesus SNR PT.04.05
Jorge AR PT.07.32
Jorge MEI PT.07.38
Jorgetti V CO.20
Jornada MN PT.01.01
Junior AEA PT.03.10, PT.03.11
Junior IFF PT.12.11
Kato JT PT.07.33
Kaufman A PT.13.02
Kovacs C PT.07.35
Lacerda SG PT.07.21
Lacerdas DC PT.04.02
Ladeia AM PT.07.14, PT.07.15
Lago RSR PT.06.03

S97
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

Lamounier JA PT.06.04, PT.06.06


Landin L PT.04.03
Las Casas A PT.03.07
Lavado ML PT.13.20
Lavareda PHB PT.06.04, PT.06.06
Lazaretti-Castro M PT.13.12
Leal AJ PT.07.22
Leal LPFF PT.13.11
Leandro-Merhi VA PT.07.01
Lerario AM CO.23
Souza LMI PT.07.26
Lima ARS PT.02.06, PT.05.06
Lima FEL PT.04.02
Lima FFM PT.13.16
Lima LCS PT.04.08
Lima M PT.07.14
Lima MHM PT.07.06
Lima ML PT.07.14, PT.07.15
Lima PHO PT.05.02, PT.05.03
Lima RF PT.06.05
Lima SJ PT.07.32
Lins TA PT.02.04, PT.02.05, PT.07.20, PT.07.36, PT.13.16
Lofrano-Prado MC PT.02.04, PT.02.05, PT.07.20, PT.07.36, PT.13.16
Lopes DCF PT.03.08, PT.09.08
Lopes de Souza S PT.02.04
Lopes GS CO.31, PT.04.09
Lopes ICR PT.03.02, PT.03.05, PT.12.05, PT.12.06
Lopes J CO.04
Lorenzi Filho G CO.07, PT.07.03
Lucena I PT.07.09
Lui Reinhardt H CO.16, PT.01.02, CO.32
Luperini BCO PT.07.28, PT.07.29
Macagnan J PT.07.30
Macedo A PT.12.09
Macedo IC PT.01.01
Machado FN PT.12.03
Machado UF CO.17, CO.19
Machado VA PT.07.33
Machado-Coelho GLL PT.07.04, PT.07.34
Magalhães FO PT.03.02, PT.03.05, PT.12.02, PT.12.03, PT.12.04, PT.12.05, PT.12.06
Magalhães Jr A PT.07.14, PT.07.15
Magalhães MCA PT.09.04
Magnino FS PT.03.02, PT.03.05, PT.12.05, PT.12.06
Magnoni CD PT.07.02
Magnoni D PT.07.35
Maki-Nunes C CO.07, PT.07.03
Malinoski NK PT.07.24
Mancini MC CO.01, CO.16, CO.20, CO.21, CO.23, CO.25, CO.31, PT.01.02, PT.04.08, PT.04.09, CO.32, PT.12.13,
PT.12.14
Manda RM PT.07.08
Marcadenti A CO.18
Marçal AC CO.10
Marcello MA PT.13.09, PT.13.10
Marcon ER PT.02.07
Moysés MR CO.29
Marin R CO.11
Marinho PPR PT.06.03
Marinho R CO.02, CO.22
Marques MC PT.06.08

S98
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

Marsola FC PT.07.05, PT.07.08


Martin RM CO.20
Martinez DG PT.07.03
Martinez MB PT.07.38
Martins BC CO.31, PT.04.09
Martins CM PT.07.33
Martins FFO PT.10.01
Martins JC PT.07.23
Martins MR CO.28
Martins-Santos MES PT.06.04, PT.06.06
Masquio DCL CO.08, CO.09, PT.07.18, PT.07.27, PT.13.11
Massironi MMG PT.13.14
Matias AM PT.06.01
Matos Filho LJS PT.06.03, PT.10.01
Matos MC PT.06.03
Matos LN PT.07.10, PT.07.19
Matte U CO.18
Mazer SR PT.13.04
Medeiros-Neto G CO.15
Medina WL PT.03.10, PT.03.11
Mello MAR PT.02.01, PT.02.02, PT.13.13, PT.13.21
Mello MT CO.08, PT.13.03, PT.13.27
Melo AM PT.07.23
Melo LG PT.04.06
Melo ME CO.01, CO.16, CO.20, CO.21, CO.23, CO.25, CO.32, PT.01.02, PT.04.08, PT.12.13, PT.12.14
Mendonça ALS PT.03.02, PT.03.05, PT.12.05, PT.12.06
Mendonça PML PT.04.04
Menegaz A PT.13.02
Meneguette MVO PT.05.01, PT.07.06
Menezes E PT.03.02, PT.03.05, PT.12.05, PT.12.06
Mesquita LM PT.07.32
Miguel GPS CO.29
Molina CG PT.13.26
Molina MDCB PT.06.01, PT.06.02
Molina N PT.11.01
Monteiro G CO.22
Monteiro MMO PT.13.24
Monteiro NA PT.03.07
Monteiro PA PT.07.25
Monteiro VSM PT.04.01
Montoro MS PT.03.01
Moraes AS PT.07.18, PT.07.27
Moraes PA CO.19
Moraes TI PT.07.38
Morais PRS PT.12.09
Morandi AC PT.11.01
Morarij J CO.05, CO.30
Morceli G PT.05.02
Moreira ASB PT.03.03, PT.03.04, PT.07.17
Moreira DC PT.07.02
Moreira LB CO.18, PT.06.05
Moreira P PT.07.35
Moreli JB PT.05.03
Morelli F PT.07.31
Moreno B PT.03.03, PT.03.04, PT.07.17
Moreno PAJ PT.09.07
Moreto F PT.07.05
Mosele F PT.06.05

S99
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

Mota JS PT.05.04, PT.05.05


Moura LP PT.02.01, PT.02.02
Moura RF PT.07.26
Moura EGH CO.31, PT.04.08, PT.04.09
Nakutis FS PT.07.23
Nascimento MA PT.13.05
Nascimento SJS CO.14
Bissoli NS CO.29
Negrão CE PT.07.03, CO.07
Neto JMR CO.10
Neumann AICP PT.04.05
Neumann CR PT.02.07, PT.13.26
Neves JM PT.13.05
Neves PRS PT.13.16
Nicolielo H CO.21
Norton RC PT.12.07
Novaes M PT.07.09
Nunes MGJ PT.09.05
Nuzzo L PT.03.07
Olinto MT PT.06.08, PT.06.09, PT.07.30
Oliveira AC PT.07.12, PT.13.08
Oliveira AG CO.11
Oliveira BAP PT.12.11
Oliveira CA PT.07.06
Oliveira CT PT.07.04
Oliveira DHA PT.13.01
Oliveira FA PT.04.06
Oliveira M PT.06.05
Oliveira PC PT.04.04
Oliveira R PT.07.38
Oliveira SL CO.31, PT.04.09
Oliveira V CO.30
Oliveira VR PT.07.24
Olivieri L PT.07.13, PT.07.14, PT.07.15
Oller do Nascimento C CO.09
Oller do Nascimento CM CO.04, CO.08, PT.07.37, PT.13.03
Orso IRG CO.31, PT.04.09
Otton R CO.14, CO.26 PT.11.01
Oyama LM CO.04, CO.08, CO.09, PT.07.37, PT.13.03
Paes Jr J PT.13.14
Pahl R PT.13.02
Paiva CCJ PT.07.35
Paiva FA PT.04.01
Paiva IS PT.12.01, PT.12.08
Pajecki D CO.23
Palanch AC CO.03
Patussi MP PT.07.30
Pauli JR CO.02, CO.05, CO.11, CO.22, CO.30
Paulino PT.03.07
Pegoretti C PT.07.08
Peixoto-Souza FS PT.13.17, PT.13.18
Pellanda LC CO.12
Pelliciari MC PT.03.07
Pereira LS PT.07.31
Pereira NGB PT.13.15
Pereira SA CO.27, PT.07.07
Pereira VD PT.07.26
Perez RV CO.20

S100
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

Perin C PT.13.20
Petry TBZ PT.05.07
Piano A CO.06, CO.08, CO.09, PT.04.05, PT.07.11, PT.07.37, PT.13.03, PT.13.07, PT.13.12, PT.13.27
Piconi Mendes C PT.13.17, PT.13.18
Pinheiro RM PT.04.06
Pinheiro RP PT.07.19
Pinto R PT.13.02
Piovesan FX PT.07.31
Pires LS PT.07.32
Pisani LP CO.04, PT.07.18, PT.07.27, PT.13.11
Plata RG PT.07.02
Poletto AC CO.17
Ponciano IC PT.12.09
Portero-Maclellan KC PT.07.05, PT.07.08
Porto MP PT.07.29
Possignolo LF CO.03
Prado TMV PT.06.08
Prado WL PT.02.04, PT.02.05, PT.07.20, PT.07.36, PT.13.16
Queiroz GGJ PT.07.27, PT.13.11
Queiroz MSR PT.13.24
Ramalho L PT.01.01
Ramos AC CO.31, PT.04.09
Ramos KRLP PT.13.24
Raposo OFF PT.04.02
Ravagnani FCP PT.03.06, PT.03.09
Redondo LS PT.03.02, PT.03.05, PT.12.05, PT.12.06
Rego DML PT.12.01, PT.12.08
Reinhardt HL CO.01, CO.25, PT.12.13, PT.12.14
Reis Filho AD PT.03.06, PT.03.09
Repetto G PT.09.02
Resende AN PT.07.32
Rezende AA PT.12.04
Ribeiro AP PT.12.03
Ribeiro C PT.02.01, PT.02.02
Ribeiro EB CO.04
Ribeiro NC PT.03.02, PT.03.05, PT.12.05, PT.12.06
Rinaldi AEM PT.07.05
Rios LLG PT.06.04, PT.06.06
Rocha CGG PT.13.04
Rocha DRTW PT.07.32
Rocha GZ CO.11
Rocha R PT.09.07
Roenneberg T CO.13
Roman EA PT.07.26
Romano D PT.07.31
Rondon MUPB CO.07, PT.07.03
Ropelle ER CO.02, CO.05, CO.11, CO.22, CO.30
Rosa LCG CO.22
Levandovski R CO.13, PT.07.16
Rosante MC PT.03.10, PT.03.11
Rossato SL PT.06.05
Roza NAV CO.03
Rubio IGS CO.15
Rudge MVC PT.05.02, PT.05.03
Saad MJA CO.05, CO.11
Saado PT.07.19
Sabino AP PT.06.04, PT.06.06
Sahade V PT.09.07, PT.12.01, PT.12.08

S101
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

Sakai P CO.31, PT.04.09


Salaroli LB PT.06.01, PT.06.02
Salles JEN PT.05.07, PT.07.31
Salvadori DMF PT.07.28, PT.07.29
Sampaio AC PT.13.09
Sanches PL CO.06, CO.08, PT.07.37, PT.13.03, PT.13.12, PT.13.27
Sanches R PT.09.04
Santa Maria ASL PT.03.10, PT.03.11
Santana CCA PT.13.16
Santana GO PT.09.07
Santini E PT.03.06, PT.03.09
Santo MA CO.23, CO.31, C0.15, PT.04.09
Santos AS CO.25, PT.12.14
Santos C PT.13.05
Santos DF PT.04.01
Santos GA PT.07.23, PT.07.26
Santos LGL PT.06.03
Santos LRS PT.12.02
Santos MCR PT.07.35
Santos MJ PT.07.02
Santos RM PT.13.23, PT.13.25
Santos TF PT.12.01, PT.12.08
Santos ZA CO.12, PT.09.02
Savaris AL PT.09.03, PT.09.05, PT.09.06
Scalissi N PT.05.07
Scariot PPM PT.02.01, PT.02.02
Schneider AP PT.09.10
Sencades RG PT.02.04, PT.02.05, PT.07.20, PT.07.36
Shigaeff N CO.27, PT.07.07
Silva AP PT.07.23
Silva AR da PT.03.01
Silva BG PT.13.17, PT.13.18
Silva FC PT.12.02
Silva FM PT.09.10
Silva HJG PT.02.04, PT.02.05, PT.07.20, PT.07.36, PT.13.16
Silva JGN PT.09.09
Silva NTB PT.06.03
Silva PL CO.06, CO.08, PT.07.37, PT.13.03, PT.13.12, PT.13.27
Silva RA PT.07.35
Silva RS PT.06.05
França S PT.12.01
Silveira LS PT.07.25
Silvestre JGO PT.03.11
Silvestre MPC PT.03.08, PT.09.08
Sinzato YK PT.05.03
Soares AF CO.10
Soares AMNGF PT.07.02
Soares FL PT.09.03, PT.09.05, PT.09.06
Soares J PT.04.07
Solon C CO.30
Sousa AGMR PT.07.02
Souza Aranha DV CO.23
Souza CO PT.05.04, PT.05.05, PT.13.23, PT.13.25
Souza LA CO.10
Souza LA PT.07.15
Souza NS CO.25
Souza RS PT.04.02
Souza L PT.04.07

S102
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES

Speretta GFF PT.03.10, PT.03.11


Sprengel AL PT.08.01
Spreuwers L PT.04.07
Suplicy HL PT.13.01
Suzuki CM PT.13.04
Taranto TM PT.10.01
Tassara V PT.12.07
Tavares Souza AP PT.07.09
Tenorio TRS PT.02.05, PT.07.20
Fratari T PT.12.02
Tock L CO.06, CO.08, PT.07.37, PT.13.03, PT.13.12, PT.13.27
Tognon NB PT.05.02
Torres ILS PT.01.01
Torsoni AS PT.07.23, PT.07.26
Torsoni MA PT.07.23, PT.07.26
Toschi-Dias E CO.07, PT.07.03
Trombetta IC CO.07, PT.07.03
Tufik S CO.06, CO.08, CO.09, PT.07.37, PT.13.03, PT.13.12, PT.13.27
Ude Marques WE PT.12.07
Valente da Silva HG PT.03.03, PT.03.04, PT.07.17
Varela AD PT.12.01, PT.12.08
Vasques ACJ PT.13.10
Velloso LA CO.05, CO.30, PT.07.26
Veloso TC PT.06.03, PT.10.01
Viana EC CO.29
Vieira MIC PT.05.07
Vidigal do Ó FRM PT.06.03
Villares S M F PT.01.02
Vitorino DC PT.07.26
Voltarelli FA PT.03.06, PT.03.09
Ward LS PT.13.09, PT.13.10
Wenzel IC PT.03.10, PT.03.11
White PAS CO.10
Wiehe M CO.18
Willrich MAV PT.07.38
Yi LC PT.07.27, PT.13.05
Zandonade E PT.06.02

S103

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