11/04/2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

O foco dos movimentos a partir dos 3 anos deve

ser o desenvolvimento da competência motora
básica e de mecanismos corporais eficientes em
Movimentos Fundamentais na uma ampla variedade de habilidades e situações
de movimento
Infância

Padrões de Movimento A partir da infância e durante toda a idade adulta, os vários padrões de
MANIPULAÇÃO movimento aprendidos, refinados e alterados são influenciados por
diferentes fatores, que podem afetar a performance da habilidade

Porto Alegre

As restrições....
Ambiente

Tarefa Indivíduo

Poderão causar mudanças no padrão

de movimento

Portanto... HABILIDADES DE CONTROLE DE OBJETOS

Se de um lado precisamos compreender como as

restrições atuam sobre a criança Conjunto de habilidades que envolvem a
manipulação ou o controle de objetos
Resultando em um nível
específico de performance

Por outro, o mais importante é considerar que as restrições da

tarefa e do ambiente podem ser manipuladas pelos professores
para promover o desenvolvimento motor das crianças

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ARREMESSAR ESTÁGIO DO DESENVOLVIMENTO

O objetivo é propulsionar um objeto o mais longe possível ou INICIAL
em direção a algum alvo.
• Estágio 1
O arremesso envolve a participação de todos os segmentos do
• Elevação vertical
corpo. • Lançamento tipo “cortada”
• Pés estacionários
• Sem rotação do tronco É ineficiente
Tipos:
Por cima (sobre os ombros);
Por baixo.

Base estacionária

EMERGENTE
• Estágio 3
INICIAL
• Elevação do braço
• Passo ipsilateral (pé e braço do mesmo lado – unilateral)
• Estágio 2 • Leve rotação do tronco
• Follow-through do corpo
• Elevação horizontal
• Lançamento do tipo “gancho”
• Rotação em bloco
• Follow-through do corpo

Passo unilateral

EMERGENTE PROFICIENTE
• Passo contralateral longo
• Estágio 4 • Rotação segmentar do tronco:
• Estágio 5
• Quadril
• Elevação do braço • Coluna
• Elevação com arco baixo • Ombro
• Passo contralateral • Passo contralateral
• Leve rotação do tronco • Úmero
• Rotação segmentada do corpo
• Follow-through do corpo • Antebraço
• Follow-through braço-perna
• Úmero atrás do tronco
• Antebraço atrás do úmero
• O braço que está arremessando passa ao
longo do corpo

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DIFICULDADES DE DESENVOLVIMENTO

• Movimento para frente do pé do mesmo lado do braço que arremessa;

• Inibir o balanço para trás;
• Falha em rotar os quadris enquanto o braço que arremessa é trazido para a
frente;
• Falha em manter-se apoiado na perna oposta ao braço que arremessa;
• Pobre coordenação rítmica do movimento do braço com o movimento do
corpo;
• Inabilidade de arremessar a bola na trajetória desejada;
• Perda de equilíbrio durante o arremesso;
• Rotação para cima do braço.

RECEBER ESTÁGIO DO DESENVOLVIMENTO

O receber com o uso de uma ou ambas as mãos visa INICIAL
interromper e controlar uma bola ou outro objeto em sua
trajetória.
• Estágio 1

• Ação do braço atrasada

O tipo de recepção executada depende das demandas da tarefa e do
• Braços retos à frente até o contato com a bola, depois um recuo em forma de concha
ambiente, como a posição e a velocidade da bola no ar, a sua forma e até o peito
tamanho e a sua trajetória • Pés estacionários

Necessita de :
• Coordenação olho-mão
• Habilidade de rastrear o objeto com os olhos
• Antecipar a sua trajetória de modo consistente
• Consistência perceptiva
• Manipulação fina dos dedos de acordo com a dinâmica do movimento

INICIAL EMERGENTE

• Estágio 2 • Estágio 3

• Os braços envolvem a bola à medida que ela se aproxima • Pegada “junto ao peito”
• A bola é “abraçada” junto ao peito • Os braços “formam uma concha” sob a bola para mantê-la junto ao peito
• Pés estacionários ou um passo à frente • Pode ser dado um único passo para se aproximar da bola

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EMERGENTE PROFICIENTE
• Estágio 5
• Estágio 4
• Pegada só com as
• Pegada só com as mãos
mãos
• Pés estacionários ou limitados à um passo
• O corpo inteiro
move-se no espaço

Preparação para receber uma bola:

• Rastrear a bola com os olhos
• Alinhar o corpo de acordo com as características do voo da bola
• Pés afastados
• Antes de receber, relaxa os braços nas laterais ou um pouco à frente

Recepção do objeto:
• As mãos se movem para interceptar a bola – ajuste dos dedos
• Os braços “aceitam” o contato para absorver a força
• Os dedos seguram a bola simultaneamente
• O peso do corpo é transferido da frente para trás

DIFICULDADES DE DESENVOLVIMENTO
• Falha em manter o controle do objeto;
• Falha em amortecer com a pegada;
• Manter os dedos rígidos em direção ao objeto;
• Falha em ajustar a posição da mão em relação à altura e trajetória do objeto;
• Inabilidade em variar o padrão de apreensão para objetos de diferentes pesos,
e força necessária;
• Não olhar para o objeto.
• Fechar os olhos;
• Inabilidade para focar ou seguir a bola;
• Postura inadequada, causando perda de equilíbrio ao pegar um objeto que
move-se rapidamente;
• Fechar as mãos muito cedo ou muito tarde;
• Falha em manter o corpo em linha com a bola.

REBATER
ESTÁGIO DO DESENVOLVIMENTO
Habilidade com várias formas de execução:
• Com o braço na lateral
• Por baixo
• Por cima INICIAL
A forma é escolhida de acordo com a demanda
da tarefa • Estágio 1

• Rebatida com bastão tipo “cortada”

• Pés estacionários

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EMERGENTE EMERGENTE

• Estágio 2 • Estágio 3

• Balanceio/empurrão horizontal • Passo ipsilateral (cruza o pé de trás)

• Rotação em bloco • Balanceio diagonal para baixo
• Pés estacionários/passo

PROFICIENTE
• Estágio 4

• Passo contralateral
• Rotação segmentada do corpo
• Flexão do pulso no follow-through

Ação preparatória
• Balanceio do bastão para trás, no plano horizontal
• Corpo orientado para lateral

Ação de produção de força

• Passo contralateral
• Combinação do balanceio para trás, passo, rotação pélvica, rotação do tronco,
balanceio do braço, toque na bola e follow-through para maximizar forças

DIFICULDADES DE DESENVOLVIMENTO
• Fracasso em focalizar na trajetória da bola;
• Pegada imprópria;
• Fracasso em rotar o corpo para o lado da direção intencional do arremesso;
• Inabilidade em executar uma sequência de movimentos com sucessão
rápida de maneira coordenada;
• Movimento para trás pobre;
• Movimento truncado/ sem sequência.

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QUICAR EMERGENTE
• Bola é segura com as duas mãos, uma na parte de cima da bola e outra perto da
ESTÁGIO DO DESENVOLVIMENTO parte de baixo;
• Inclinação suave para frente, com a bola trazida até o peito para iniciar a ação;
• Movimento para baixo é feito com a parte alta da mão e o braço;
INICIAL • Força e movimento para baixo inconsistente;
• A mão dá um tapa na bola para dar sequência no quicar;
• Bola é segura pelas duas mãos;
• Punho flexiona e estende e a palma da mão contata a bola em cada movimento
• Mãos posicionadas nos lados da bola, com as palmas das mãos paralelas (uma de
de quicar;
frente para a outra);
• Controle visual da bola;
• Movimento de empurrar para baixo feito com os dois braços;
• Controle da direção do quicar.
• Bola contata o solo perto do corpo, podendo tocar o pé;
• Grande variação na altura do quicar;
• Padrão repetido do quicar e da pegada.

PROFICIENTE

• Os pés são posicionados em uma posição estreita, com o pé opositor (a

mão do drible) à frente;
• Inclinação do tronco para frente é suave;
• Bola é mantida na altura da cintura;
• Bola é empurrada contra o solo com um movimento de
acompanhamento pelo braço, punho e dedos;
• Força é controlada no movimento para baixo;
• A repetição do contato e o movimento de empurrar é iniciado pelos
dedos (falanges distais);
• Controle visual não é necessário;
• Controla a direção do drible.

DIFICULDADES DE DESENVOLVIMENTO CHUTAR

• Bater/espalmar a bola ao invés de empurrar para baixo;
• Força inconsciente aplicada para baixo;
O objetivo é propelir um objeto o mais longe possível ou em
• Fracasso em focalizar eficientemente na perseguição da bola;
direção a algum alvo.
• Inabilidade em driblar com as duas mãos;
• Inabilidade em driblar sem monitorar visualmente a bola;
• Acompanhamento ineficiente; O chute envolve a participação de todos os segmentos do
• Inabilidade em movimentar-se e continuar no controle do drible. corpo.

É necessário:
• Coordenação olho-pé
• Equilíbrio
• Habilidades perceptivas

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EMERGENTE
ESTÁGIO DO DESENVOLVIMENTO
• Estágio 2
INICIAL • Elevação da perna para a parte de trás
• Posição estacionária
• Oposição de braços e pernas
• Estágio 1

• Pouca ou nenhuma elevação da perna

• Posição estacionária
• O pé “empurra” a bola
• Um passo para trás depois de chutar (comum)

Pouca utilidade funcional

EMERGENTE PROFICIENTE

Consegue realizar o movimento contínuo

• Estágio 3 • Estágio 4
na direção da bola com o padrão do passo
para o chute ou uma corrida curta e o
• Abordagem em movimento • Abordagem rápida
chute
• O pé percorre um arco baixo • Inclinação do tronco para trás durante a elevação
• Oposição braço/perna • Lançamento antes do chute
• Passo para frente ou para o lado no follow-through • Saltito depois do chute

Desenvolve mais força, deixando a perna de execução atrás do

tronco para a produção da força Passo longo, uma potente condução da perna para o toque na bola e
ações de follow-trough para dissipar a força gerada

Características do chute proficiente:

Ação preparatória:
• Movimento contínuo em direção à bola
• Último passo longo diante da bola
• Estabilização do pé ao lado ou um pouco atrás da bola
• Tronco ligeiramente inclinado para trás

Produção de força:
• Perna de execução atrás, com joelho flexionado
• Balanceio da perna forçado para frente
• A perna se estende à medida que faz contato com a bola
• Tronco inclinado para trás no momento do toque

Follow-Through:
• A perna de execução se movimenta vigorosamente para a frente e para cima,
em geral fazendo com que a perna de estabilização saia do solo e execute um
padrão de saltito
• O tronco inclina-se para trás
• Os braços, em oposição às pernas, compensam as forças rotatórias da perna

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DIFICULDADES DE DESENVOLVIMENTO VOLEIO

• Movimento de pernas para trás restrito ou ausente ;
• Fracasso em dar um passo à frente; Uma forma de chute na qual o pé bate em uma bola aérea, em geral lançada
• Tendência em perder o equilíbrio; pelo chutador
• Inabilidade de chutar com pé preferencial e não preferencial; Mais complexa que o chute, exige coordenação olho-mão-pé, equilíbrio e
• Inabilidade de alterar a velocidade na bola chutada; habilidades perceptivas
• Parar/desequilibrar na bola sem fazer o acompanhamento (follow trought).
• Oposição de pernas e braços pobre;
• Fracasso em usar a soma de todas as forças do corpo para contribuir com a
força do chute;
• Fracasso em contatar a bola corretamente ou não tocar completamente na
bola (os olhos não focalizam a bola);
• Fracasso em conseguir a distância adequada (carência de follow trought e
produzir força).

ESTÁGIO DO DESENVOLVIMENTO
EMERGENTE
INICIAL
• Estágio 2
• Estágio 1
• Elevação da perna para trás
• Lança a bola
• Sem elevação da perna • Corpo estacionário
• Lança a bola errado • Tentativa potente de chutar
• Corpo estacionário
• Empurra a bola/dá um passo para trás

EMERGENTE PROFICIENTE
• Estágio 3 • Estágio 4

• Abordagem em movimento • Lançar, volear, saltitar

• Passo preparatório • Abordagem rápida
• Algum domínio braço/perna • Queda controlada
• Lançar a bola ou deixá-la cair • Lançar-se antes do contato com a bola
• Saltitar depois do contato com a bola