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Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

Tópicos
Movimentos a uma e duas dimensões;
Movimento em fluídos
Movimento curvilíneo Objetivos de aprendizagem

• identificar as forças que atuam em partículas em movimento


com e sem atrito;
• reconhecer situações em que existem forças com direção
Deve rever ….. normal e com direção tangencial;
• vetores e soma vetorial • aplicar as leis de Newton a movimentos a uma e duas
• componentes de um vetor dimensões;
• Conceitos de:
• referencial
• posição
• velocidade Estudo recomendado:
• aceleração • R. Resnick, D. Halliday, "Fundamentos de Física", Livros Técnicos
e Científicos Editora, Rio de Janeiro (2011) (cap 4 e 6)
Cap 2 e 3 (Fundamentos de Física) • University Physics (Volume 1) – Openstax (cap 4 e 6)

Cap 2_2_2
Cacilda Moura-DFUM

Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

Questão inicial

O skysurfer, da figura, salta de um avião com os pés presos firmemente à sua


prancha de surf, faz alguns truques, e depois abre o seu paraquedas.

Descreve as forças que atuam sobre o surfista durante estas manobras.

No final do cap. 2 (parte 2) deve saber responder a esta questão

Cap 2_2_3
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1
Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

Leis de Newton
(e as causas do movimento)

Inércia e referencial Descrição das causas do As forças atuam aos


movimento pares

Lei da Inércia Lei Fundamental da Dinâmica Lei da Ação-Reação


( 1ª Lei) ( 2ª Lei) ( 3ª Lei)

𝐹Ԧ𝑅 = 0 𝐹Ԧ𝑅 = 𝑚𝑎Ԧ 𝐹Ԧ𝐴/𝐵 = −𝐹Ԧ𝐵/𝐴

Exemplos de Forças que atuam em situações quotidianas:

• Força gravítica
• Reação Normal
• Força de atrito de escorregamento
• Força de atrito em fluídos
• Tensão em cordas e cabos
• Força elástica
Cap 2_2_4
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5 Checkpoint 2.2.1 Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

Um homem cuja massa é de 90 kg está, dentro de um elevador, sobre uma balança ligada a um sensor
de força.

1 – Identifique qual é a origem da força lida pelo sensor de força;


2 - Determine qual o valor lido pelo sensor quando o:
a) O elevador está parado.
b) O elevador sobe com velocidade constante.
c) O elevador desce com velocidade constante.
d) O elevador sobe, com aceleração para cima, de 3 m/s2.
e) O elevador desce, com aceleração para baixo, de 3 m/s 2.
f) O cabo parte e o elevador cai livremente.

3 – Comente os resultados.

Cap 2_2_5
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2
Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

1 - Forças e movimento a uma dimensão

𝐹Ԧ𝑅 = constante
𝐹Ԧ𝑅 = 𝑚𝑎Ԧ

∆𝑣 𝑣 − 𝑣0
declive = aceleração 𝑎=
∆𝑡
⟹𝑎=
𝑡−0
⟹ 𝑣 = 𝑣0 + 𝑎𝑡
𝑣
∆𝑣 = 𝑣 − 𝑣0

Deslocamento: ∆𝑥 = 𝐴1 + 𝐴2

𝐴2 𝑣 − 𝑣0 𝑡 𝑎𝑡 𝑡
∆𝑥 = 𝑣0 𝑡 + ⟹ 𝑥 − 𝑥0 = 𝑣0 𝑡 +
𝑣0 2 2
𝐴1
𝑣0

1
0 𝑡 𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑎𝑡 2
2
∆𝑡 = 𝑡 − 0
gráfico velocidade-tempo
Cacilda Moura-DFUM Cap 2_2_6

Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

Movimento a uma dimensão com aceleração constante


1
𝑥(𝑡) = 𝑥0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑎𝑡 2
2
𝑣(𝑡) = 𝑣0 + 𝑎𝑡
𝑎 = constante

Movimento a uma dimensão com aceleração nula

𝑥(𝑡) = 𝑥0 + 𝑣0 𝑡
𝑣 𝑡 = 𝑣0 = constante

𝑎 =0

Cacilda Moura-DFUM Cap 2_2_7

3
Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

Caso 1: Força gravitacional e queda livre


Bola (resistência do ar é desprezada)
libertada

𝐹Ԧ𝑔 = 𝑚𝑔Ԧ 𝐹Ԧ𝑅 = 𝑚𝑎Ԧ


Sentido do 𝑔Ԧ 𝐹Ԧ𝑔 Visualizar o vídeo
movimento imagens
capturadas
Brian Cox visits the world's
em
biggest vacuum chamber
Intervalo de
tempo
𝑔Ԧ
iguais 𝐹Ԧ𝑔

O valor da velocidade
𝑔Ԧ https://www.youtube.com/watch?v=E43-CfukEgs
instantânea da bola aumenta 𝐹Ԧ𝑔
a uma taxa constante.

Cap 2_2_8
Cacilda Moura-DFUM

Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)


Exemplo 1: Lançamento vertical e queda livre
(desprezando a resistência)
𝑦 𝑡 = 0 + 13.8 𝑡 − 4.9 𝑡 2
10.0

1
𝑦 𝑡 = 𝑦0 + 𝑣0𝑦 𝑡 − 𝑔𝑡 2 8.0

2
𝐹Ԧ𝑔 = 𝑚𝑔Ԧ
6.0
y(m)

4.0

2.0

t(s)
0.0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
15.0

𝐹Ԧ𝑔 10.0
𝑣𝑦 𝑡 = 13.8 − 9.8𝑡
𝑣𝑦 𝑡 = 𝑣0𝑦 − 𝑔𝑡 5.0

t (s)
vy(ms )
-1

0.0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0

-5.0

-10.0

-15.0

Cap 2_2_9
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4
Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)
Caso 2 - Corpos em equilíbrio em fluidos 11
(sem movimento relativo entre corpo e fluido)
Situação 1 - Se o corpo está em equilíbrio no interior do fluido: 𝐹Ԧ𝑅 = 0 ⟹ 𝐼Ԧ − 𝐹Ԧ𝑔 = 0
𝐹Ԧa = 0
𝐹g = 𝑚𝑔 = 𝜌c 𝑉𝑔
𝐼Ԧ

𝜌c 𝐼 = 𝑚f desl 𝑔 = 𝜌l 𝑉f desl 𝑔

𝑉c
𝜌f 𝐹g = 𝐼

𝐹Ԧg 𝜌c 𝑉c 𝑔 = 𝜌f 𝑉f desl 𝑔 como 𝑉c = 𝑉f desl

𝜌c = 𝜌f
Verificação experimental:
TRABALHO 2 – APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES

Cap 2_2_11
Cacilda Moura-DFUM

12 Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

Situação 2 - Se o corpo está em equilíbrio na superfície do fluido: 𝐹Ԧ𝑅 = 0 ⟹ 𝐼Ԧ − 𝐹Ԧ𝑔 = 0


𝐹Ԧa = 0

𝐹g = 𝑚𝑔 = 𝜌c 𝑉𝑔

𝐼Ԧ 𝐼 = 𝑚f desl 𝑔 = 𝜌l 𝑉f 𝑔
desl

𝐹g = 𝐼
𝐹Ԧg
𝜌c 𝑉c 𝑔 = 𝜌f 𝑉f desl 𝑔 como 𝑉c > 𝑉f desl

𝜌c 𝑉c > 𝜌f 𝑉f desl ⟹ 𝜌c < 𝜌f

Cap 2_2_12
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13 Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

CHECKPOINT 2.2.2

Qual a percentagem do volume de um iceberg que está


acima do nível do mar?

Massa volúmica do gelo - 0.92 g/cm3


Massa volúmica da água do mar - 1.03 g/cm3

Cap 2_2_13
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Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)


Caso 3: Corpos em movimento no interior de um fluído

Sempre que há movimento relativo entre um corpo e o fluído (gás ou líquido) onde
está imerso, o corpo fica sujeito a uma força de atrito - 𝐹Ԧ𝑎 - (força de arrastamento –
Drag Force) com:
𝐹Ԧ𝑎
Direção – paralela à direção do movimento
Sentido – contrário ao sentido do movimento
𝐹Ԧ𝑔
A intensidade da força 𝐹𝑎 depende: do tipo de fluído, da forma e dimensão do
corpo e da velocidade relativa entre o corpo e o fluído:

Quando um corpo se move num fluído, pode gerar-se um fluxo turbulento ou laminar (eventualmente um
fluxo de transição). A fronteira entre esses dois tipos de fluxo pode ser prevista a partir do número de
Reynolds (ℜ).
𝐿 – Dimensão do corpo
𝐿𝜌𝑣 𝜌 - massa volúmica do fluído
ℜ=
𝜂 𝜂 −viscosidade do fluído
𝑣 – velocidade relativa

Cap 2_2_14
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6
Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

Regime de fluxo laminar Regime de fluxo turbulento

ℜ << 1 ℜ >> 1

1
𝐹𝑎 = 6𝜋𝜂𝑟𝑣 𝐹𝑎 = 𝐶𝜌𝐴𝑣 2
2
𝜂 – viscosidade do fluido
𝑟 - Relacionado com a dimensão do corpo 𝐶- coeficiente de atrito em fluidos
(no caso de esfera é o raio) 𝜌 – Massa volúmica do fluido
𝑣 – velocidade relativa 𝐴- Área da secção eficaz
𝑣 – velocidade relativa
Cap 2_2_15
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16 Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

Número de Reynolds (ℜ)

Situação Número de Reynolds (ℜ)


Pessoa a nadar 1 000 000
Ave grande a voar 100 000
Mosquito a voar 100
Bactéria movendo-se em fluido 0.0001

Na maior pate das situações do dia a dia, o nº de Reynolds é suficientemente elevado e nestas condições o
regime é turbulento.

Verificação experimental:
TRABALHO 4 – DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE

Cap 2_2_16
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18 Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)
Exemplo 1 – Paraquedista em queda com resistência do ar não desprezável.

𝐹Ԧ𝑎 Fase inicial da queda: σ 𝑭 ≠ 𝟎

σ𝐹Ԧ = 𝐹Ԧ𝑔 + 𝐹Ԧ𝑎 = 𝑚𝑎Ԧ

𝐹Ԧ𝑔

𝐹Ԧ𝑎 Velocidade Terminal: σ 𝑭 = 𝟎 ⇒ 𝒂 = 𝟎

1
𝐹Ԧ𝑔 = −𝐹Ԧ𝑎 𝐹𝑎 = 𝐶𝜌𝐴𝑣 2
2

2𝐹𝑔
𝑣=
𝐶𝜌𝐴
𝐹Ԧ𝑔
Cap 2_2_18
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Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

Gráficos velocidade-tempo e posição-tempo

Cap 2_2_19
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20 Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

Cap 2_2_20
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Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)


Checkpoint 2.2.3

Uma gota de chuva cai de uma nuvem que se encontra a cerca de 1200 m, medidos em relação ao solo.
Assuma que a gota é aproximadamente esférica, com um raio de 1.5 mm, que mantém a forma durante a
queda e que esta se dá na direção vertical.
Considere o coeficiente de atrito igual a 0.6, a massa volúmica da água igual a 1000 kg/m 3 e a do ar igual
a 1.2 kg/m3.
a) Determine o valor da 1ª velocidade terminal da gota de chuva
b) Determine o valor da velocidade com que a gota atingiria o solo se não houvesse resistência do ar.

Cap 2_2_21
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22 Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)
2 - Forças em movimentos a duas dimensões

Cap 2_2_22
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Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)


CASO 1 - LANÇAMENTO HORIZONTAL VS QUEDA LIVRE

Cap 2_2_23
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10
FG(QBQ)/2011/C3 -
24
MRCP-DFUM Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)
LANÇAMENTO HORIZONTAL VS QUEDA LIVRE

𝑦
Movimento na direção horizontal: 𝐹Ԧ𝑅𝑥 = 0
𝑣Ԧ𝑥
𝑎𝑥 𝑡 = 0

𝑣Ԧ𝑦 𝑣Ԧ𝑦 𝑣𝑥 𝑡 = 𝑣0𝑥 ⟶ constante


𝑣Ԧ𝑥 𝑥 𝑡 = 𝑥0 + 𝑣𝑥 𝑡

Movimento na direção vertical: 𝐹Ԧ𝑅𝑦 = 𝑚𝑔Ԧ

𝑣Ԧ𝑦 𝑣Ԧ𝑦 𝑎𝑦 𝑡 = −𝑔
𝑣𝑦 𝑡 = −𝑣0𝑦 − 𝑔 𝑡
𝑣Ԧ𝑥
1
𝑦 𝑡 = 𝑦0 − 𝑣0𝑦 𝑡 − 𝑔𝑡 2
𝑥 2

Cacilda Moura-DFUM Cap 2_2_24

Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

CASO 2 - MOVIMENTO 2D: LANÇAMENTO DE PROJÉTEIS (SEM RESISTÊNCIA DO AR)

Experimentar a simulação: https://phet.colorado.edu/en/simulations/projectile-motion

Cacilda Moura-DFUM Cap 2_2_25

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27 Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)
Lançamento de projéteis (sem resistência do ar)

𝑦
 Para t = 0 s
𝑣0𝑥 = 𝑣0 cos 𝜃 𝑔Ԧ
𝑣0𝑦 = 𝑣0 sen 𝜃
𝑣Ԧ𝑥 = 𝑣Ԧ 𝑜𝑥
 Quando ℎmáx. 𝑣Ԧ 0
ℎmáx.
 𝑣𝑥 = 𝑣0 cos 𝜃 𝑣Ԧ𝑜𝑦 θ 𝑣Ԧ𝑥 = 𝑣Ԧ 𝑜𝑥

 𝑣0𝑦 = 0 𝑣Ԧ𝑜𝑥 𝑣Ԧ𝑦 𝑥

 Em ℎ = 𝑦0
 𝑣𝑥 = 𝑣0 cos 𝜃
 𝑣𝑦 = −𝑣0 sen 𝜃

Verificação experimental:
TRABALHO 1 – ESTUDO DE UM MOVIMENTO A DUAS DIMENSÕES

Cacilda Moura-DFUM Cap 2_2_27

28 Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)


Lançamento de projéteis (sem resistência do ar)

𝑦
 Para t = 0 s
𝑣0𝑥 = 𝑣0 cos 𝜃 𝑔Ԧ
𝑣0𝑦 = 𝑣0 sen 𝜃
𝑣Ԧ𝑥 = 𝑣Ԧ 𝑜𝑥
 Quando ℎmáx. 𝑣Ԧ 0
ℎmáx.
 𝑣𝑥 = 𝑣0 cos 𝜃 𝑣Ԧ𝑜𝑦 θ 𝑣Ԧ𝑥 = 𝑣Ԧ 𝑜𝑥

 𝑣0𝑦 = 0 𝑣Ԧ𝑜𝑥 𝑣Ԧ𝑦 𝑥

 Em ℎ = 𝑦0
 𝑣𝑥 = 𝑣0 cos 𝜃
 𝑣𝑦 = −𝑣0 sen 𝜃

Cacilda Moura-DFUM Cap 2_2_28

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Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)
Caso 3 - Força e movimento curvilíneo
Exemplo 1 – Pêndulo simples Referencial:
• direção tangencial 𝑡-Ƹ tangente em cada ponto à trajetória.

𝑛ො 𝜃 • direção normal 𝑛-
ො perpendicular em cada ponto à
trajetória e com sentido para o centro da trajetória.
𝑇
Resultante das forças na direção tangencial: 𝐹Ԧ𝑅(𝑡) = m𝑎Ԧ𝑡

𝐹Ԧ𝑔 𝐹𝑅(𝑡) = 𝐹𝑔 sen 𝜃


𝑡Ƹ

Resultante das forças na direção normal: 𝐹Ԧ𝑅(𝑛) = m𝑎Ԧ𝑛

𝐹𝑅(𝑛) = 𝑇 − 𝐹𝑔 cos 𝜃
A velocidade (𝑣)
Ԧ não é contante, varia:

• Direção 𝑭𝑹 = 𝑭𝑹(𝒕) + 𝑭𝑹(𝒏)

• Valor 𝒂𝐭𝐨𝐭𝐚𝐥 = 𝒂𝒕 + 𝒂𝒏
∆𝒗 Aceleração tangencial – informa Aceleração normal – informa 𝒗𝟐
𝒂𝒕 = 𝒂𝒏 =
∆𝒕 sobre a variação do valor da sobre a variação da direção da 𝑹
velocidade com o tempo. velocidade com o tempo.
Cacilda Moura-DFUM Cap 2_2_29

Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

Exemplo 2– Avião descreve uma trajetória circular, de raio 𝑅, mantendo o valor da velocidade constante.

𝐹Ԧ𝑅(𝑛) - Resultante das forças: Força normal (centrípeta):


𝐹Ԧ𝑅(𝑛) = 𝑚𝑎Ԧ𝑛

𝑛
Direção: perpendicular em cada ponto à trajetória;
𝐹Ԧ𝑅(𝑛)

𝐹Ԧ𝑅(𝑛) Sentido: “para o centro” da trajetória


𝑛

Intensidade: 𝐹𝑅(𝑛) = 𝑚𝑎𝑛


𝐹Ԧ𝑅(𝑛)

𝑎Ԧ(𝑛) - Aceleração normal (centrípeta)


𝑛

Direção: perpendicular em cada ponto à trajetória;

A direção da velocidade (𝑣)


Ԧ não é constante Sentido: “para o centro” da trajetória

𝑣2
Magnitude: 𝑎𝑛 =
𝑅

Cacilda Moura-DFUM Cap 2_2_30

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Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)
Periodicidade e velocidade angular num movimento circular
(com valor da velocidade constante)

𝑣Ԧ ∆𝑠 ∆𝜃
Módulo da velocidade: 𝑣 = Módulo da velocidade angular: 𝜔 =
∆𝑡 ∆𝑡

Δ𝑠
Quando é descrita uma volta completa:

Δ𝑠 = 2𝜋𝑅 ⟶ perímetro da circunferência

Δ𝑡 = 𝑇 ⟶ período do movimento
∆𝜃 – variação angular (rad)
Δ𝑠 – comprimento do arco (m) ∆𝜃 = 2π
𝑣Ԧ - velocidade (ms-1)
𝑣 = constante ((ms-1)
2𝜋𝑅 2𝜋
𝑣= 𝜔=
𝑇 𝑇

𝑣 = 𝜔𝑅

Cacilda Moura-DFUM Cap 2_2_31

Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)


Checkpoint 2.2.4

Um corpo de massa 0.1 kg oscila, em torno da direção vertical, preso à extremidade de uma corda com 1 m
de comprimento. Quando a corda faz um ângulo de 30º com a direção vertical o valor da velocidade do
copo é igual a 2 ms-1.
a) Qual o valor da aceleração total no instante considerado?
b) Qual a intensidade da tensão na corda nesse instante?

Cap 2_2_32
Cacilda Moura-DFUM

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33 Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)
Exemplo 3 - Movimento circular no plano vertical
3 𝐹Ԧ𝑅(𝑛) = 𝑚𝑎Ԧ𝑛

4 Relação entre as intensidades das forças aplicadas ao motociclista na


2
direção normal nos pontos 1 a 4

𝑣12
1 𝑅𝑁1 − 𝑚𝑔 = 𝑚
𝑟
1
2
𝑣2
2 𝑅𝑁2 = 𝑚
𝑟
𝑣32
3 𝑅𝑁3 + 𝑚𝑔 = 𝑚
𝑟
2
𝑣4
4 𝑅𝑁4 = 𝑚
𝑟

Cap 2_2_33
Cacilda Moura-DFUM

Checkpoint 2.2.5 Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

Em 1901, num espetáculo de circo, Allo “Dare Devil” Diavolo apresentou


pela primeira vez um número de acrobacia que consistia em descrever um
loop vertical pedalando uma bicicleta. Admitindo que o loop corresponde a
um circulo de raio R=2.7 m, qual o menor valor de velocidade que Diavolo
deveria ter, no ponto mais alto do loop, para não perder o contacto com a
pista?
𝑣32
𝑅𝑁3 + 𝑚𝑔 = 𝑚
3 𝑟
𝑣min. = 9.8 × 2.7 ⟺ 𝑣min.= 5.1 ms-1

𝑣minímo  𝑅𝑁 = 0
4 2

𝑣minímo = 𝑔𝑟
1

Cap 2_2_34
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Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)
Checkpoint 2.2.6
Se a interação gravítica é exclusivamente atrativa, porque é que a
Lua não cai na Terra?
Será que a força gravítica entre a Terra e a Lua é tão fraca que
não se faz sentir?
Devia-se perguntar porque é que a Lua não cai na
Terra e porque é que a Terra não cai na Lua.

5.972 × 1024(SI) 7.349 x 1022 (SI)


𝑚Terra 𝑚Lua
𝐹Ԧ𝑔 (Lua − Terra) = 𝐺
𝑟2 384 399 000 (SI)

6.674 × 10−11(SI)

𝐹Ԧ𝑔 (Lua − Terra) = 1.982 x 1020 N


A força é muito elevada, então porque é que a Lua não cai?

Cap 2_2_35
Cacilda Moura-DFUM

Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)


Checkpoint 2.2.7
Qual é o valor da velocidade orbital da lua?

−𝐹Ԧ𝑔 𝐹Ԧ𝑔
−𝐹Ԧ𝑔 𝐹Ԧ𝑔

2
𝑣𝐿𝑢𝑎
Figura não está à escala 𝐹Ԧ𝑔 (Lua − Terra) = 𝑚Lua
𝑟

𝐹Ԧ𝑔 (Lua − Terra) × 𝑟


𝑣Lua = =1018.3 m/s Esta velocidade faz sentido?
𝑚Lua

2𝜋𝑟 2𝜋𝑟
𝑣Lua = ⟹𝑇= = 2.37 × 106 s = 27.4 dias
𝑇 𝑣Lua
Cap 2_2_36
Cacilda Moura-DFUM

16
Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)
Checkpoint 2.2.8

A 15 de junho de 2015 foi lançado um satélite europeu meteorológico geoestacionário (MSG-4), que enviou a
sua primeira imagem para a Terra a 4 de agosto de 2015.

A que altitude deve ser colocado um satélite geoestacionário?

https://www.eumetsat.int/msg-4-europes-latest-weather-satellite-delivers-first-image

Cap 2_2_37
Cacilda Moura-DFUM

Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)


Movimento em curvas com atrito não desprezável: planas e inclinadas

Cap 2_2_38
Cacilda Moura-DFUM

17
40 Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)
Exemplo 1 - Carro, com módulo da velocidade constante, descreve uma trajetória
curvilínea plana, com raio constante, com atrito de escorregamento.

𝐹Ԧ𝑚 𝐹Ԧ𝑎,𝑟 𝑅𝑁
𝐹Ԧ𝑚 𝐹Ԧ𝑎,𝑟
𝐹Ԧ𝑎,𝑒
𝐹Ԧ𝑔

𝑅𝑁
𝐹Ԧ𝑎,𝑒
• 𝑅𝑁 - Reação Normal
• 𝐹Ԧ𝑔 − Força gravítica
• 𝐹Ԧ𝑎,𝑟 - Força de atrito de rolamento (inclui resistência do ar)
• 𝐹Ԧ𝑎𝑒 - Força de atrito de escorregamento lateral 𝐹Ԧ𝑔
• 𝐹Ԧ𝑚 - Força aplicada pelo motor
Cap 2_2_40
Cacilda Moura-DFUM

41 Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

𝑦
𝑛ො
𝐹Ԧ𝑎,𝑟 𝑅𝑁

𝐹Ԧ𝑎𝑒

𝐹Ԧ𝑎𝑒 𝑛ො
𝐹Ԧ𝑚
𝑡Ƹ 𝐹Ԧ𝑔

• 𝑅𝑁 - Reação Normal 𝑡 𝐹𝑚 − 𝐹𝑎,𝑟 = 0


𝐹Ԧ𝑚 + 𝐹Ԧ𝑎,𝑟 = 0
• 𝐹Ԧ𝑔 − Força gravítica 𝑅𝑁 − 𝐹𝑔 = 0
• 𝐹Ԧ𝑎,𝑟 - Força de atrito de rolamento (inclui resistência do ar) 𝑦 𝑅𝑁 + 𝐹Ԧ𝑔 = 0
• 𝐹Ԧ𝑎𝑒 - Força de atrito de escorregamento lateral
𝑣2
𝑛 𝐹Ԧ𝑎𝑒 = 𝑚𝑎Ԧ 𝑛 𝐹𝑎𝑒 = 𝑚
• 𝐹Ԧ𝑚 - Força aplicada pelo motor 𝑟
Cap 2_2_41
Cacilda Moura-DFUM

18
42 Exemplo 2 - Carro, com módulo da velocidade constante, descreve uma trajetória Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

curvilínea inclinada, com raio constante, com atrito de escorregamento.


𝑦

𝑅𝑁
𝑡Ƹ 𝐹Ԧ𝑚 𝐹Ԧ𝑎,𝑟
𝜃
𝑛ො
𝜃
𝐹Ԧ𝑎,𝑒
𝐹Ԧ𝑎,𝑒 𝐹Ԧ𝑔
𝜃

𝑡 𝐹𝑚 − 𝐹𝑎,𝑟 = 0 𝐹𝑚 − 𝐹𝑎,𝑟 = 0
𝑅 − 𝐹𝑔 −𝐹𝑎,𝑒𝑦 = 0 𝑅𝑁 cos 𝜃 − 𝐹𝑔 −𝐹𝑎,𝑒 sin 𝜃 = 0
𝑦 𝑁𝑦
𝑣2 𝑣2
𝑛 𝑅𝑁𝑛 + 𝐹𝑎,𝑒𝑛 = 𝑚 𝑅𝑁 sin 𝜃 + 𝐹𝑎,𝑒 cos 𝜃 = 𝑚
𝑟 𝑟
Cap 2_2_42
Cacilda Moura-DFUM

Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)


43 Checkpoint 2.2.9
Qual a velocidade máxima para o carro manter esta situação?
𝑦

𝑅𝑁
𝜃
𝑛ො
𝜃
𝐹Ԧ𝑎,𝑒
𝐹Ԧ𝑔
𝜃

Cap 2_2_43
Cacilda Moura-DFUM

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Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

Dinâmica dos voos parabólicos


https://www.youtube.com/watch?v=XzVnU7I4_Wg

The dynamics of parabolic flight: flight characteristics and passenger percepts


https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2598414/pdf/nihms61422.pdf

Cacilda Moura-DFUM Cap 2_2_44

Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

Agência Espacial Portuguesa

https://ptspace.pt/pt/home/

Cacilda Moura-DFUM Cap 2_2_45

20
Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

https://www.esa.int/

https://www.esa.int/Education/Fly_Your_Thesis/About_Fly_Your_Thesis

Cacilda Moura-DFUM Cap 2_2_46

Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)


Movimento a 2D
Trajetória parabólica: (x, y)
ො 𝑡)Ƹ
Trajetória curvilínea: (𝑛,
𝑦
Tipo projétil
𝑡Ƹ 𝑡Ƹ
𝑥 𝐹Ԧ𝑅 = 𝐹Ԧ𝑅(𝑡) + 𝐹Ԧ𝑅(𝑛)
𝑛ො
𝑛ො
Desprezando forças de atrito
𝑎Ԧ = 𝑎Ԧ𝑡 + 𝑎Ԧ𝑛

direção horizontal direção vertical


𝐹Ԧ𝑅 = 0 𝐹Ԧ𝑅 = 𝑚𝑔Ԧ direção tangencial direção normal
𝐹Ԧ𝑅(𝑡) = 𝑚𝑎Ԧ𝑡 𝐹Ԧ𝑅(𝑛) = 𝑚𝑎Ԧ𝑛
𝑎𝑥 𝑡 = 0 𝑎𝑦 𝑡 = −𝑔 𝐹Ԧ𝑅(𝑡) - tangente à trajetória 𝐹Ԧ𝑅(𝑛) - sentido para o centro
∆𝑣 de curvatura.
𝑣𝑥 𝑡 = 𝑣𝑜𝑥 𝑣𝑦 𝑡 = −𝑣0𝑦 − 𝑔 𝑡
𝑎𝑡 = 𝑣2
∆𝑡 𝑎𝑛 =
𝑥 𝑡 = 𝑥0 + 𝑣𝑥 𝑡 1 𝑅
𝑦 𝑡 = 𝑦0 − 𝑣0𝑦 𝑡 − 𝑔𝑡 2
2

Cap 2_2_47
Cacilda Moura-DFUM

21
Cap 2 – Forças e Movimentos (parte 2)

Relembre os objetivos de aprendizagem…..


Objetivos de aprendizagem

• identificar as forças que atuam em partículas em movimento com e sem atrito;


• reconhecer situações em que existem forças com direção normal e com direção tangencial;
• aplicar as leis de Newton a movimentos a uma e duas dimensões;

… certifique-se que foram atingidos.

Esta cópia dos slides serve somente como um guia para o estudo.

O estudo dos conceitos deve ser feito consultando a bibliografia recomendada:

• R. Resnick, D. Halliday, "Fundamentos de Física", Livros Técnicos e Científicos Editora,


Rio de Janeiro (2011) (cap. 4 e 6)

• University Physics (Volume 1) – Openstax (cap. 4 e 6)


Cap 2_2_48
Cacilda Moura-DFUM

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