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A B
z
Tomamos habitualmente como referência a
origem de um sistema de três eixos ortogonais - k̂ ˆj
1
Física Capítulo III
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to t
A posição da partícula é, em
cada instante, caracterizada origem
pelo vector posição
ρ
r (t ) = x(t )iˆ ρ ρ
ro ∆r
ρ
r
O vector deslocamento traduz a mudança de posição de um objecto.
42
2
Física Capítulo III
Velocidade média
ρ
deslocamento ρ ∆r x2 − x1 ˆ
vmédia = vmédia = = i
intervalo de tempo ∆t t2 − t1
unidade SI: (m/s)
se vmed > 0 ⇒ x(t2) > x(t1) o movimento tem o sentido positivo do eixo Ox.
se vmed < 0 ⇒ x(t2) < x(t1) o movimento tem o sentido negativo do eixo Ox.
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Velocidade instantânea
A velocidade instantânea, v,
indica a velocidade, a direcção e
o sentido do movimento de um
objecto em cada instante. É igual
ao valor limite da velocidade
média, quando o intervalo de
tempo se torna muito pequeno.
Isto é:
ρ x(t +∆t ) − x(t ) ˆ dx ˆ
v = lim i = i
∆t → 0
∆t dt
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3
Física Capítulo III
ρ ρ ρ ρ
ρ v (t + ∆t ) − v (t ) dv d 2 r
a = lim = =
∆t → 0 ∆t dt dt 2
45
46
4
Física Capítulo III
ρ dx
v = iˆ Velocidade
dt
ρ dv
a = iˆ Aceleração
dt
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Esta relação pode ser integrada. Para isso é necessário o conhecimento de um valor
da velocidade (v0 por exemplo) para um dado instante, t0. Temos então:
v t t
∫ dv = ∫ a dt
v0 t0
v − v0 = ∫ adt
t0
Do mesmo modo a equação do movimento pode ser obtida por integração uma vez
conhecida a lei das velocidades. Tem-se
dx
v= dx = v.dt
dt
x t t
∫ dx = ∫ v dt
x0 t0
x − x0 = ∫ vdt
t0
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5
Física Capítulo III
O deslocamento, entre dois instantes, t1 e t2, é dado pela diferença das posições nestes
dois instantes:
ρ
∆ r = [x (t 2 ) − x (t1 )]iˆ Deslocamento
E que pode ser bastante diferente do espaço percorrido, pois a partícula pode
inverter o sentido do movimento. Assim, para determinar o espaço percorrido temos
que determinar os instantes em que a velocidade se anula, {t1, t2, t3, …}, e fazer:
∆ s = ∑ x (ti ) − x (ti −1 )
n
Espaço percorrido
i =1
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Temos assim: a = -g
y
Partícula libertada da altura h ⇒ t = 0, v0 = 0
ρ
g
v t
∫ dv = − ∫ gdt
0 0
v = -g.t
h
∫ dy = − ∫ gt dt
h 0
y - h = - ½ g.t2
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Física Capítulo III
Solução gráfica de problemas de movimento rectilíneo
Se for dada a aceleração de um corpo em função do tempo, a=f(t), é
possível determinar a sua velocidade em função do tempo.
dv
a= ⇔ dv = a dt
dt
v2 t2
∫v1 dv = ∫t 1 a dt ⇔ v 2 − v 1 = ∫tt12 a dt
Esta expressão indica que a área medida sob a curva a-t entre os instantes
t 1 e t 2 é igual à variação da velocidade durante o mesmo intervalo de
tempo.
Considerando a expressão:
dx
v= ⇔ dx = v dt
dt
Esta expressão indica que a área medida sob a curva v-t entre os instantes
t1 e t2 é igual à variação da posição durante o mesmo intervalo de tempo.
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t=2s
aceleração nula;
t=4s
velocidade nula, logo posição atinge valor máximo;
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Física Capítulo III
A posição de uma partícula que se move numa trajectória plana fica definida se for
conhecido, em cada instante, o seu vector posição
ρ ρ
y r = r ( t)
x = x( t ) ρ
r ( t ) = x( t ) i∃+ y( t ) ∃
j
O x(t) x y = y( t )
ρ ρ
ρ r ( t2 ) − r ( t1 )
Velocidade média: vmed =
t2 − t1
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ρ ρ ρ
ρ r ( t + ∆t ) − r ( t ) dr
Velocidade instantânea: v = lim =
∆t → 0 ∆t dt
ρ dx dy ˆ
v = iˆ + j
dt dt
ρ ρ
ρ v (t ) − v (t1 )
Aceleração média: amed = 2
t2 − t1
ρ ρ ρ
ρ v (t + ∆t ) − v (t ) dv
Aceleração instantânea: a = lim =
∆t → 0 ∆t dt
ρ dv dv y 2 2
ˆj = d x iˆ + d y ˆj
a = x iˆ + 2
dt dt dt dt 2
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Física Capítulo III
a x = 0
y ρ
g ρ a y = − g
v0
v x dv = t a dt = 0
α Integrando: ∫v 0 x x ∫0 x
vy
∫v dv y = ∫0 ( − g )dt
t
x
0y
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dx xdx = t v cosαdt
v x = dt ∫x 0 ∫0 0
y
∫y dy = ∫0 (v0 senα − gt )dt
t
dy
v y =
dt 0
E obtemos:
x = v0 cosα t
Leis do movimento
1 2
y = v0 senα t − 2 gt
x g Equação de uma
t= y = tgα . x − x2
v0 cosα 2 v02 cos2 α parábola
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Física Capítulo III
y ρ
ρ
B v
g ρ
v0
A x
O vértice desta parábola é o ponto B, que satisfaz a condição dy/dx = 0 (máximo da função).
Temos assim
dy
dx
( x = xB ) = tgα − g v 2 cos
xB
2
α
=0
0
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Outra forma de chegar a este resultado seria notando que, para t = tB, a componente vertical
da velocidade se anula, isto é, vy(B) = v0.senα – g.tB = 0, obtendo-se novamente o resultado
anterior.
A altura máxima atingida pelo projéctil, yB, será também neste ponto. Assim, substituindo o
tempo na equação de y, obtemos
1 2
hmax = y B = v0 senα t B − gt
2 B
v senα 1 v02 sen 2α
= v0 senα 0 − g
g 2 g2
1 v02 sen 2α
hmax =
2 g
A distância máxima percorrida na horizontal é xA. Para a calcular basta notar que, para x = xA,
temos yA = 0, isto é
1 2
y A = v0 senα t A − gt = 0
2 A
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Física Capítulo III
em que tA, o tempo que o projéctil está no ar, é o tempo de voo e é a solução não nula desta
equação. Temos
t A = 0
1
t A v0 senα − gt A = 0
t = 2v0 senα
2 A g
Obtemos assim:
2 v0 senα v02 sen( 2α )
xmax = x A = v0 cosα =
g g
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As coordenadas cartesianas são um modo útil de estudar movimentos planos mas fisicamente
pouco informativas no que diz respeito aos vectores velocidade e aceleração.
z Velocidade média:
t1 ∆s ρ ρ
t2 vmed ρ ∆r
s
ρ ρ vmédia =
r1 ∆r ∆t
O0 ρ
r2
P
O
Velocidade instantânea:
x y ρ ρ
ρ ρ ∆r dr
v = lim vmed = lim =
∆t → 0 ∆t → 0 ∆t dt
T
ρ'' ρ'
vmed vmed ρ
ρ vmed
v Quando ∆t → 0, o módulo do
deslocamento tende para ∆s,
ûT ρ
∆r ρ
∆ r → ∆s
60
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Física Capítulo III
ρ ρ ρ
ρ ∆r ∆r ∆s ∆r ∆s
v = lim = lim ⋅ = lim ⋅ lim
∆t → 0 ∆t ∆t → 0 ∆s ∆t ∆s → 0 ∆s ∆t → 0 ∆t
ρ
v = v. u∃T Velocidade instantânea
s t t
ds = v.dt ∫ ds = ∫ vdt
s0 0
s − s0 = ∫ vdt
0
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Aceleração média
ρ ρ ρ
z
v1 ρ v (t ) − v (t1 )
amed = 2
t1 t2 ρ t2 − t1
s v2
ρ
O0 ρ a
amed ρ A aceleração é um vector que tem a
P − v1
O direcção e o sentido da concavidade da
ρ curva mas que, em geral, não será
∆v
x y ρ tangente nem perpendicular à trajectória.
v2
ρ ρ
v1 v2 ρ
ρ a5
ρ a4
a2 ρ ρ
ρ v5
a1 a3 ρ
v3 ρ
v4
62
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Física Capítulo III
Aceleração instantânea:
ρ
ρ dv ρ d (vu∃T ) dv du∃
[uˆT = uˆT (t )]
a= a= = u∃ + v T
dt dt dt T dt
Isto é: du∃T dφ
= . u∃
dt dt N
ρ dv v2 ρ ρ
Desta forma, obtemos para a aceleração: a= u∃T + u∃N = aT + a N
dt R
ρ T
v C Vemos assim que a aceleração se pode decompor em
ρ duas componentes, que têm um significado físico
aT
ρ imediato:
a
a componente tangencial,
tangencial aT = dv/dt , que está
ρ ligada à variação do módulo da velocidade.
aN
a componente normal,
normal aN = v2/R , que está ligada
à variação da direcção do vector velocidade.
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Física Capítulo III
dv
v. a T = v ⋅ >0 Movimento acelerado
dt
dv
v. aT = v ⋅ =0 Movimento uniforme
dt
dv
v. aT = v ⋅ <0 Movimento retardado
dt
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y ρ s = R.θ
v
ρ Assim, a velocidade vem simplesmente
R s
θ ρ ds dθ
v = v. u∃T = u∃T = R u∃
dt dt T
x
uma vez que neste caso o raio, R, é constante.
A grandeza
dθ
ω=
dt
é designada por velocidade angular, e é igual à taxa de variação do ângulo. Temos assim
ρ
v = v . u∃T = ω Ru∃T v = ωR
66
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Física Capítulo III
ρ
É útil em certas situações definir um vector velocidade angular, ω , como sendo um vector
com a direcção do eixo de rotação, a grandeza
dθ/dt e o sentido tal que se verifique
z
ρ ρ ρ
ρ v =ω×R
ω
Olhando para as duas figuras, vemos
ρ que neste caso o vector posição pode
R ser escrito na forma genérica
ρ ρ ρ
ρ
v =ω×R ρ
( )
r = R. cos θ iˆ + senθ ˆj + zkˆ
r
Neste caso, as duas componentes da
y
aceleração são dadas por
x
dv dω v2 R 2ω 2
aT = =R aN = = = Rω 2
dt dt R R
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dω
A quantidade α = designa-se por aceleração angular da partícula. Temos então para
dt
a aceleração total:
ρ
a = αRu∃T + Rω 2 u∃N
2π
Isto é: T= Período do movimento
ω
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Física Capítulo III
f = 1/T ⇒ ω = 2π f
θ
dθ
t t
ω (t ) = ⇔ dθ = ωdt ⇔ ∫ dθ = ∫ ωdt ⇔ θ − θ o = ∫ ω dt
dt θo to t0
⇔ θ − θ o = [ω t ] to
t
Obtemos assim: θ = θ o + ω ( t − to )
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ρ ρ
y v'≠ v ⇒ Existe aceleração
ρ
v'
ρ
R' ρ
ρ v2 ρ
ρ v
a = ou a = ω 2R
R R
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Física Capítulo III
dω t
α( t ) = ω − ω o = ∫ α dt
dt t0
dθ t
ω( t ) = θ − θ o = ∫ ω dt
dt t0
Se α é constante:
constante:
ω = ωo + α t
1
θ = θ o + ω ot + α t 2
2
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eixo tangencial
à trajectória
y
v2
an = ρ ρ
R a at
eixo normal
dv dω d 2θ ρ
at = = R ou at = R à trajectória an
dt dt dt 2
x
ρ ρ ρ
a = an + at
ρ v2 d 2θ
a = uˆ n + R 2 uˆt
R dt
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