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Perda de Biodiversidade

em Ilhas Ocêanicas
Biodiversidade e Alterações Globais
Licenciatura em Ciências do Ambiente

Adriana Fernandes A90341


Bruno Oliveira A80387
Jorge Silva A89303
Ano letivo 2020/2021
O que são ilhas
oceânicas?

Ilhas oceânicas são as ilhas


que são formadas pela subida de
magma libertado por riftes ou
vulcões no fundo oceano.

Estas ilhas são caracterizadas


pelo seu isolamento geográfico,
por um espaço tipicamente
reduzido e por um ambiente único
que cobre toda a área da ilha.
Biodiversidade em ilhas
A biota das ilhas oceânicas é o
produto de colonizações por seres
vivos provenientes de uma massa
de terra pré-existente ou de uma
ilha próxima já formada.

Este tipo de biota é caracterizado por


uma grande capacidade de adaptação
por parte dos poucos seres vivos que
colonizaram a ilha primeiro.
Perda de biodiversidade em ilhas
oceânicas
A introdução de espécies invasoras
nestes ecossistemas frágeis que são as
ilhas, pode causar danos graves na
biodiversidade existente.

A introdução de espécies invasoras em


ecossistemas de ilhas oceânicas dá-se com
a ajuda dos humanos.

Novas espécies também se podem


espalhar durante a fase de propágulo de
uma planta.
Perda de biodiversidade em ilhas
oceânicas
A introdução de plantas
invasoras em ilhas oceânicas
é um processo muito
aleatório.

As espécies
colonizadoras acabam por
coexistir com as espécies
invasoras no reduzido
espaço da ilha.
Perda de biodiversidade em ilhas
oceânicas
As alterações climáticas são um dos, senão o, fator mais
importante para o declínio e extinção de seres vivos nas ilhas
oceânicas.

As plantas são especialmente afetadas pois são organismos


mais suscetíveis a este tipo de alterações.

Um estudo levado a cabo na ilha de Nova Caledónia, um dos


maiores hotspots de biodiversidade em ilhas, revela que o aumento
de temperatura que irá ocorrer num período de 50 anos poderá
fazer com que até 15% das espécies de plantas inseridas naquele
ecossistema poderão estar extintas e 87-96% irão sofrer um
declínio drástico. (Pouteau & Birnbaum, 2016)
Casos de estudo

Agyneta depigmentata

Azorean Finger Fern


Agyneta depigmentata

Nome científico Agyneta depigmentata

Sinónimo Meioneta depigmentata

Autor Jörg Wunderlich (2008)


Açores, Portugal
Reserva natural do Morro alto e pico da Sé

Reserva natural das caldeiras Funda e Rasa


Agyneta depigmentata

Illustration by Rachel Diaz-Bastin

Teia em forma de folha

Turfeiras de sphagnum spp nos Açores


Agyneta depigmentata
Agricultura e aquacultura Monoculturas

Cedro do Japão
Espécies, genes, (Cryptomeria japonica)
PORQUÊ? doenças invasivas Hortênsias
ou outras espécies (Hydrangea macrophylla)
problemáticas Conteira
(Hedychium gardnerianum)

Alterações climáticas &


condições atmosféricas Aumento de secas
severas
Agyneta depigmentata
Ações de conservação
Restaurar áreas degradadas por plantas invasivas

Lidar com os problemas associados a alterações climáticas

Investir na investigação

Elaborar um plano de recuperação para as zonas mais afetadas

Utilizar o “BALA protocol”

Educar e consciencializar
Azorean Finger Fern

Nome científico Grammitis azorica


(H.Schaef)

Sinónimo Grammitis marginella


subsp. azorica H.Schaef

Autor Helmut Schaef


Flores
Açores, Portugal

Terceira
Pico
Azorean Finger Fern

>100
DECLÍNIO REPRODUÇÃO
INDIVÍDUOS
CONTÍNUO BAIXA E LENTA
MADUROS

CR Cryptomeria japonica

Critically Subpopulações Tamanho total da - Desflorestamento


Endangered severamente população a diminuir
fragmentadas - Recolha ilegal
B2ab(iii,v); C2a(i)
- Espécies invasoras
Azorean Finger Fern
Ocorrências por ano (2002 a 2013)

45

45
28

2
Azorean Finger Fern
Ameaças Ações de conservação

Agricultura
Proteção rigorosa

Uso de recursos
Cultivação de espécies nativas

Espécies invasoras
Monitorização

Eventos geológicos
Falta de investigação e informação

Ecólogos que dedicaram o


seu tempo a estudos de
biodiversidade em ilhas afirmam
existir uma falta de informação
crítica relacionada com as
extinções de espécies em ilhas.

A falta de informação torna


difícil tomar ações de
conservação significativas.
Referências

Pouteau, R., & Birnbaum, P. (2016). Island biodiversity hotspots are getting hotter: Vulnerability of tree species to
climate change in New Caledonia. Biological Conservation, 201, 111-119. doi:10.1016/j.biocon.2016.06.031

Sax, D. F., & Gaines, S. D. (2008). Species invasions and extinction: The future of native biodiversity on
islands. Proceedings of the National Academy of Sciences, 105(Supplement 1), 11490-11497.
doi:10.1073/pnas.0802290105

Paulay, G. (1994). Biodiversity on Oceanic Islands: Its Origin and Extinction. American Zoologist, 34(1), 134-144.
doi:10.1093/icb/34.1.134
Referências

Fred Rumsey (Natural History Museum, L., Maarten Christenhusz (European LIFE project - Freelance consultant),
Henry Väre (University of Helsinki, F., Rouhan, G., Ivanenko, Y., Elias, R. B., & Dyer, R. (2016, January 20). The
IUCN Red List of Threatened Species. Retrieved from https://www.iucnredlist.org/species/83650353/85447670

Borges, P. A., & Wunderlich, J. (2008). Spider biodiversity patterns and their conservation in the Azorean archipelago,
with descriptions of new species. Systematics and Biodiversity, 6(2), 249-282. doi:10.1017/s1477200008002648

Pedro Cardoso (Finnish Museum of Natural History, U. O., & Paulo Alexandre Vieira Borges (University of Azores,
P. (2017, September 20). The IUCN Red List of Threatened Species. Retrieved from
https://www.iucnredlist.org/species/58079814/58079889
Referências

Jupiter, S., Mangubhai, S., & Kingsford, R. T. (2014). Conservation of Biodiversity in the Pacific Islands of Oceania:
Challenges and Opportunities. Pacific Conservation Biology, 20(2), 206. doi:10.1071/pc140206

Chisholm, R. A., Fung, T., Chimalakonda, D., & Odwyer, J. P. (2016). Maintenance of biodiversity on
islands. Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences, 283(1829), 20160102. doi:10.1098/rspb.2016.0102

Retrieved from https://www.britannica.com/science/oceanic-island

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