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FORÇA DE ATRITO E VELOCIDADE TERMINAL

Movimento em fluídos
Júlia Tovar TF14 - 1
MOVIMENTO DE CORPOS EM FLUIDOS

Quando um corpo se move num fluido, a força de atrito


depende da viscosidade do líquido, mas também da forma e
da velocidade do corpo.
Se não houver turbulência, em muitas situações, a força de
atrito é directamente proporcional ao quadrado da velocidade
relativa do corpo em relação ao fluído.

2
𝐹𝑎 ∝ 𝑣

Física I - Júlia Tovar Aula 3 - 2


MOVIMENTO DE CORPOS EM FLUIDOS

Vamos analisar um caso simples: o movimento de um corpo aproximadamente


esférico que se move no ar com uma velocidade relativa ao ar que é
suficientemente elevada para que se formem pequenos remoinhos atrás do
corpo.

Neste caso a força de atrito vai ser proporcional à secção transversal efectiva do
corpo e ao coeficiente de atrito do fluído (neste caso o ar).

1
𝐹𝑎 = 𝐶 ∙ 𝜌𝑎𝑟 ∙ 𝐴𝑣 2
2
Valores típicos entre 0.4 e 1.0.
Depende da velocidade (aumenta
com a velocidade Massa volúmica do ar
Física I - Júlia Tovar Aula 3 - 3
DIMINUIR A FORÇA DE ATRITO…

Durante a descida os esquiadores, para


atingirem maior velocidade fazem diminuir a
sua secção efectiva.

1
𝐹𝑎 = 𝐶 ∙ 𝜌𝑎𝑟 ∙ 𝐴𝑣 2
2

Uma área menor faz


diminuir a força de atrito

Física I - Júlia Tovar Aula 3 - 4


QUEDA DE CORPOS

Durante a queda as forças que actuam no gato são:


𝐹𝑎
1
𝑃 = 𝑚𝑔 𝐹𝑎 = 𝐶𝜌𝑎𝑟 𝐴𝑣 2
2

Mantém-se constante Aumenta com a velocidade


P

A força de atrito vai aumentando até que a certa altura se torna igual ao peso.
Nessa altura:

1 𝟐𝒎𝒈
𝑚𝑔 − 𝐶𝜌𝑎𝑟 𝐴𝑣 2 =0 ⇔ 𝒗=
2 𝑪𝑨𝝆𝒂𝒓
Força resultante é nula, a Velocidade
aceleração também é nula Terminal
Física I - Júlia Tovar Aula 3 - 5
EXEMPLO: QUEDA DE GATOS

Durante a queda, o gato encolhido atinge uma velocidade


de 97km/h. Quando se estica, aumentando a área da
secção efectiva para o dobro que velocidade atinge?
𝟐𝒎𝒈
𝒗=
𝑪𝑨𝝆𝒂𝒓

𝒗𝟐 𝑨𝟏 𝒗𝟏
= 𝒗𝟐 =
𝒗𝟏 𝑨𝟐 𝟐

𝒗𝟐 = 𝟔𝟖 𝒌𝒎/𝒉

Física I - Júlia Tovar Aula 3 - 6


QUEDA DE CORPOS

Física I - Júlia Tovar Aula 3 - 7


Quando um paraquedista salta de um avião, no início tem um
movimento uniformemente acelerado, devido á acção da força da
gravidade, mas muito rapidamente atinge um regime de velocidade
constante (dita velocidade “terminal”) .
Júlia Tovar TF14 - 8
PARAQUEDISTA & VELOCIDADE TERMINAL
Força de atrito (proporcional
ao quadrado da velocidade) 𝐹𝑎 ∝ 𝑣 2

Peso
(constante )
Componente vertical da velocidade de um paraquedista, durante o salto

Física I - Júlia Tovar Aula 3 - 9


UM TIPO DE FORÇAS “ESPECIAL”

Júlia Tovar Física I (A1) - 10


FORÇAS DE RESTITUIÇÃO

Em qualquer uma das figuras, se o corpo é afastado da posição de equilíbrio (dentro de um


certo limite), existe uma força que o leva novamente à posição de equilíbrio.

Chamamos forças de restituição a estas forças que tendem a levar o corpo à posição de
equilíbrio.

Um caso especial da força de restituição é a força elástica.

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- 113 - 11
A FORÇA ELÁSTICA

Há muitas situações em que existem forças cuja intensidade aumenta com a distância
a uma posição de equilíbrio (do tipo 𝐹 = −𝑘𝑥).
São exemplos disso as forças que ocorrem em osciladores harmónicos, quando se
deforma um elástico, etc.

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- 123 - 12
a “força elástica”

A vibração dos átomos num


cristal pode ser interpretada
recorrendo ao modelo do
oscilador harmónico.
A constante elástica depende
das ligações em causa.

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- 133 - 13
A FORÇA ELÁSTICA
constante da mola

O sinal negativo

força exercida pela mola


indica que a força
actua sempre no
sentido oposto ao Dx

𝐹Ԧ𝑚𝑜𝑙𝑎 = −𝑘𝑒𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 ∙ ∆𝑥Ԧ

elongação da mola

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- 143 - 14
A FORÇA ELÁSTICA

𝐹(N)

Dx(cm)

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- 153 - 15
FORÇAS E MOVIMENTOS A 1, 2 OU 3 DIMENSÕES

COMPONENTES NORMAL E TANGENCIAL DA FORÇA


ACELERAÇÃO NORMAL E TANGENCIAL
AS FORÇAS E OS MOVIMENTOS. EXEMPLOS:
• Movimento de uma nave com dois motores
• Movimento do projéctil
• Movimento circular uniforme. Forças centrais e movimentos circulares.
• Movimento circular com variação do módulo da velocidade
• Movimento harmónico simples

Física I - Júlia Tovar Aula 4 - 17


No final deste capítulo deve ser capaz de:
 Relacionar as forças aplicadas com a equação do movimento.

 Definir deslocamento em uma e duas dimensões

 Definir velocidade em uma e duas dimensões

 Definir aceleração em uma e duas dimensões

 Usar as equações do movimento para prever o valor das variáveis em


diferentes instantes

 Determinar os parâmetros do movimento a partir da analise de gráficos

 Analisar vários tipos de movimentos (queda livre, projétil, movimento


circular, movimento harmónico, etc.)

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- 184 - 18
Porque é parabólica a trajectória?
Qual é a resultante da força que actua no homem?
FORÇAS E MOVIMENTOS A DUAS DIMENSÕES

O que acontece quando a força actua numa direcção diferente da


direcção do movimento (direcção da velocidade)?

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- 204 - 20
MOVIMENTO A 2&3 DIMENSÕES
Descrição do movimento:
deslocamento, velocidade e aceleração

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- 214 - 21
DESLOCAMENTO, VELOCIDADE E ACELERAÇÃO

Como vimos na aula anterior, a posição do carro num dado referencial pode ser descrita
em cada instante por um vector posição.

Nos instantes t0 e t1 a posição do carro é descrita pelos vectores:

𝑟Ԧ0 = 𝑥0 𝑖Ƹ + 𝑦0 𝑗Ƹ + 𝑧0 𝑘෠ e 𝑟Ԧ = 𝑥 𝑖Ƹ + 𝑦𝑗Ƹ + 𝑧𝑘෠

O vector ∆𝑟Ԧ corresponde ao deslocamento entre os dois instantes.

∆𝑟Ԧ = 𝑟Ԧ − 𝑟Ԧ0

∆𝑟Ԧ = (𝑥1 − 𝑥0 )𝑖Ƹ + (𝑦1 − 𝑦0 )𝑗Ƹ + (𝑧1 − 𝑧0 )𝑘෠

E a velocidade média, ഥ𝑣Ԧ , entre os dois instantes:


𝑟Ԧ − 𝑟Ԧ0 ∆𝑟Ԧ
𝑣 = =
𝑡 − 𝑡0 ∆𝑡

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- 224 - 22
DESLOCAMENTO, VELOCIDADE E ACELERAÇÃO
A velocidade média entre os instantes t0 e t1, será:

∆𝑟Ԧ
𝑣 =
∆𝑡
Quando o intervalo de tempo ∆𝑡 tende para zero mais
próxima será a velocidade média da velocidade instantânea.

Num dado instante a velocidade instantânea do carro, vem:

∆𝑟Ԧ
𝑣Ԧ𝑖𝑛𝑠𝑡 = lim
𝑡→0 ∆𝑡

ou:

𝑑 𝑟Ԧ
𝑣Ԧ𝑖𝑛𝑠𝑡 =
𝑑𝑡

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- 234 - 23
QUAL É A DIRECÇÃO DA ACELERAÇÃO?
∆𝑣Ԧ
A aceleração vem: 𝑎Ԧ𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
∆𝑡
𝑣Ԧ1
∆𝑣Ԧ = 𝑣Ԧ2 − 𝑣Ԧ1 𝑣Ԧ2
𝑣Ԧ2 direcção da
aceleração −𝑣Ԧ1
1 𝑣Ԧ1
2
Note que: ∆𝑟Ԧ 𝑣Ԧ2
Se o corpo muda de direcção (v1 e v2 não são paralelos) a 𝑟Ԧ1
aceleração não pode ter a direcção do movimento 𝑟Ԧ2 trajectória

Sempre que a trajectória é curva, a aceleração não é tangente ao movimento – existe uma componente da aceleração
perpendicular ao movimento, e terá que existir uma força “para dentro da curva” que é a causa desta aceleração e é
responsável pela curvatura da trajectória.

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- 244 - 24
DESLOCAMENTO, VELOCIDADE E ACELERAÇÃO
A aceleração média entre os instantes t0 e t1, será:

𝑣Ԧ − 𝑣Ԧ0 ∆𝑣Ԧ
𝑎 = = ∆𝑣Ԧ 𝑣Ԧ0
𝑡 − 𝑡0 ∆𝑡
𝑣Ԧ1

𝑣Ԧ1

Se ∆𝑡 tende para zero a aceleração média tende para a 𝑣Ԧ0

aceleração instantânea: trajectória

𝑑 𝑣Ԧ
𝑎Ԧ𝑖𝑛𝑠𝑡 =
𝑑𝑡

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- 254 - 25
A ACELERAÇÃO NORMAL NO MOVIMENTO CIRCULAR
Componente da aceleração perpendicular à
trajectória, para dentro da curva
∆𝑣Ԧ
𝑎Ԧ =
∆𝑡
𝑣Ԧ no instante 𝑡0 ∆𝑠 = 𝑣∆𝑡

𝑣Ԧ no instante 𝑡0
𝑅

𝑣Ԧ no instante 𝑡 𝜃

𝑣Ԧ no instante 𝑡 𝑅
∆𝑠 𝑣∆𝑡
𝜃= =
𝑅 𝑅
∆𝑣
Para intervalos de tempo pequenos: 𝜃≅
𝑣

∆𝑣 𝑣∆𝑡 ∆𝑣 𝑣 2 𝑣2
Então, quando ∆𝑡 → 0: ≈ → = 𝑎𝑛 =
𝑣 𝑅 ∆𝑡 𝑅 𝑅
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- 264 - 26
DESLOCAMENTO, VELOCIDADE E ACELERAÇÃO

A velocidade instantânea é, em cada instante,


tangente à trajectória. Se a trajectória do carro
não é rectilínea, a direcção da velocidade
instantânea não é constante (𝑣Ԧ ≠ 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒).

trajectória não rectilínea

𝑣Ԧ ≠ 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒

𝑎Ԧ ≠ 0

Σ 𝐹Ԧ ≠ 0

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- 274 - 27
FORÇA NORMAL E FORÇA TANGENCIAL

Força tangencial:
Responsável pela alteração do módulo da velocidade
y

𝑚𝑎Ԧ 𝑡

𝑚𝑎Ԧ 𝑛
trajectória

𝐹Ԧ𝑅 = 𝑚𝑎Ԧ
x
Força normal:
Responsável pela alteração da direcção, a aceleração
normal aponta sempre para o interior da curva.

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- 284 - 28
ACELERAÇÃO NORMAL E ACELERAÇÃO TANGENCIAL

.
𝑎Ԧ
R

atang . anormal
𝑑𝑣
𝑎𝑡𝑎𝑛𝑔 = 𝑣2
𝑑𝑡 𝑎𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 =
𝑟

Responsável pela Responsável pela


variação do módulo da alteração da direcção
velocidade
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- 294 - 29
MOVIMENTO A DUAS DIMENSÕES

 Se a velocidade de um corpo se mantém em módulo e direcção, a aceleração


do corpo é nula.

 Se o módulo, o sentido e/ou a direcção da velocidade se altera, existe


aceleração e uma força resultante não nula actua no corpo.

 Se a aceleração tem uma componente “normal” à trajectória, a direcção da


velocidade altera-se - o corpo descreve uma curva.

 Se a aceleração tem uma componente tangencial à trajectória há uma alteração


do módulo da velocidade.

 Se existe aceleração existe também uma força, com a mesma direcção e


sentido da aceleração (𝐹Ԧ = 𝑚𝑎)
Ԧ

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- 304 - 30
EXEMPLO: MOVIMENTO A DUAS DIMENSÕES

Vamos imaginar uma nave no espaço, longe de qualquer planeta (𝐹𝑔 = 0) com
dois motores orientados perpendicularemente entre si: um vertical e outro
horizontal. Vamos escrever as equações do movimento, quando:

a) Está a funcionar apenas o motor “x”

b) Está afuncionar apenas o motor “y”

c) Estão a funcionar ambos os motores.

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- 314 - 31
MOVIMENTO A DUAS DIMENSÕES
a) Está a funcionar apenas o motor “x”  só há aceleração em x. Vamos admitir
que no instante t=0, a nave passa na posição (𝑥0 , 0) com velocidade 𝑣𝑥0

𝑎𝑥
𝑎𝑥 𝑣𝑥 = 𝑣0𝑥 +𝑎𝑥 t
𝑣0𝑥 1
𝑥0 𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0𝑥 𝑡 + 𝑎𝑥2
2

𝑎𝑦 = 0
𝑣𝑦 = 0 Não há movimento em yy
𝑦 = 𝑦0

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- 324 - 32
MOVIMENTO A DUAS DIMENSÕES
b) Está a funcionar apenas o motor “y”  só há aceleração em y. Vamos admitir
que no instante t=0, a nave passa na posição (0, 𝑦0 ) com velocidade 𝑣𝑦0

𝑎𝑥 = 0
𝑣0𝑥 = 0 Não há movimento em xx
𝑥0 = 0

𝑎𝑦 𝑎𝑦
𝑣0𝑦 𝑣𝑦 = 𝑣0𝑦 +𝑎𝑦 t
1
𝑦0 𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0𝑦 𝑡 + 𝑎𝑦 𝑡 2
2

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- 334 - 33
MOVIMENTO A DUAS DIMENSÕES
c) Estão a funcionar ambos os motores:
𝑎𝑥
𝑎𝑥 𝑣𝑥 = 𝑣0𝑥 +𝑎𝑥 t
𝑣0𝑥 1
𝑥0 𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0𝑥 𝑡 + 𝑎𝑥 𝑡 2
2

𝑎𝑦 𝑎𝑦
𝑣0𝑦 𝑣𝑦 = 𝑣0𝑦 +𝑎𝑦 t
1
𝑦0 𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0𝑦 𝑡 + 𝑎𝑦 𝑡 2
2

1
𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0𝑥 𝑡 + 𝑎𝑦 𝑡 2
2
1
𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0𝑦 𝑡 + 𝑎𝑦 𝑡 2
2

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- 344 - 34
MOVIMENTO A DUAS DIMENSÕES

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- 354 - 35
EXEMPLO – MOVIMENTO DE UM PROJÉCTIL

Qual é a força responsável pelo movimento? Qual é a direcção da aceleração e da velocidade


em cada instante?
Júlia Tovar Física I - 36
QUIZZ

C.

Uma bola é lançada em A com velocidade 𝑣Ԧ0 e


atinge
A. a2,altura
3 máxima em C.
B. 1, 2
A.C. 𝑎Ԧ𝐵3
1, = −𝑎Ԧ𝐷 ; 𝑣Ԧ𝐵 = −𝑣Ԧ𝐷 ; B. .D
B. 𝑎Ԧ = −𝑎Ԧ𝐷 ; 𝑣Ԧ𝐵 = 𝑣Ԧ𝐷 ;
D. 2, 𝐵
4
C. 𝑎Ԧ𝐵 = 𝑎Ԧ𝐷 ; 𝑣Ԧ𝐵 = −𝑣Ԧ𝐷 ;
D. 𝑎Ԧ𝐵 = 𝑎Ԧ𝐷 ; 𝑣Ԧ𝐵 = 𝑣Ԧ𝐷 ; 𝑣Ԧ0
A .E
QUIZZ
JUSTIFICAÇÃO
𝐹Ԧ𝑔

𝐹Ԧ𝑔

𝐹Ԧ𝑔

𝐹Ԧ𝑔 E quando a bola é atirada ao


ar? Qual é a força que actua na
bola?
EXEMPLO – MOVIMENTO DE UM PROJÉCTIL
𝒗
𝒗

𝒗
𝐹Ԧ𝑔
𝒗
𝐹Ԧ𝑔
𝐹Ԧ𝑔

𝒗
𝐹Ԧ𝑔
𝐹Ԧ𝑔

𝒗
𝐹Ԧ𝑔
Durante o movimento há alteração do módulo da velocidade e da sua direcção. Existe uma força (o peso)
a actuar no corpo.

Durante o movimento o peso tem uma componente tangente à trajectória, responsável pela alteração do
módulo da velocidade, e uma componente perpendicular à trajectória, responsável pela curvatura.
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- 404 - 40
MOVIMENTO A DUAS DIMENSÕES

O que distingue os dois movimentos?

A força que actua? A aceleração? A posição


inicial? A velocidade inicial?

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- 414 - 41
MOVIMENTO A DUAS DIMENSÕES

Que força actua nas bola vermelha?


Só o peso → 𝑎𝑦 = 𝑔; 𝑎𝑥 = 0

Na bola vermelha
𝑎𝑥 = 0, 𝑣0𝑥 = 0
𝑣𝑥 = 0
𝑣𝑥 = 𝑣0𝑥 +𝑎𝑥 t
𝑥 = 𝑥0
1
𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0𝑥 𝑡 + 𝑎𝑥 𝑡 2
2

𝑎𝑦 = 𝑔, 𝑣0𝑦 = 0 𝑎𝑦 = 𝑔

𝑣𝑦 = 𝑣0𝑦 +𝑎𝑦 t 𝑣𝑦 = 𝑔t
1 2 1 2
𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0𝑦 𝑡 + 𝑔𝑡 𝑦 = 𝑦0 𝑡 + 𝑔𝑡
2 2
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- 424 - 42
MOVIMENTO A DUAS DIMENSÕES

Que força actua nas bola amarela?


Só o peso → 𝑎𝑦 = 𝑔; 𝑎𝑥 = 0

Na bola amarela:
𝑎𝑥 = 0, 𝑣0𝑥
𝑣𝑥 = 𝑣0𝑥
𝑣𝑥 = 𝑣0𝑥 +𝑎𝑥 t
𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0𝑥 𝑡
1
𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0𝑥 𝑡 + 𝑎𝑥 𝑡 2
2
𝑎𝑦 = 𝑔, 𝑣0𝑦

𝑣𝑦 = 𝑣0𝑦 +𝑎𝑦 t
1 2
𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0𝑦 𝑡 + 𝑔𝑡
2
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- 434 - 43
MOVIMENTO A DUAS DIMENSÕES 𝑎(𝑡)
Ԧ = 𝑎𝑥 𝑖Ƹ + 𝑎𝑦 𝑗Ƹ
y 𝑣(t)
Ԧ = 𝑣𝑥 𝑖Ƹ + 𝑣𝑦 𝑗Ƹ
𝑟(t)
Ԧ = 𝑥(𝑡)𝑖Ƹ + 𝑦(𝑡)𝑗Ƹ

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- 444 - 44
MOVIMENTO A DUAS DIMENSÕES

Um avião voa a uma altitude de 1,5 km, quando larga um pacote de mantimentos para
uma aldeia isolada pelas cheias. Se a velocidade do avião quando larga o pacote é de 90
m/s, em que posição deve ser largado o pacote? 𝑣𝑥 = 90 𝑚𝑠 −1

Física I - Júlia Tovar Aula 4 - 45


MOVIMENTO A DUAS DIMENSÕES

Vamos começar por escolher um sistema de referência.

𝑣𝑥 = 90 𝑚𝑠 −1

𝑦0 = 1500 𝑚
𝒚

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- 464 - 46
MOVIMENTO A DUAS DIMENSÕES

Agora escrevemos, separadamente para cada uma das direcções, as equações do


movimento:
𝑣𝑥 = 90 𝑚𝑠 −1

𝑎𝑦 = −9.8
𝑣𝑦 = 𝑣0𝑦 + 𝑎𝑦 𝑡 = 0 − 9.8𝑡
1
𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0𝑦 𝑡 + 𝑎𝑦 𝑡 2 𝑦 = 1500 − 4.9𝑡 2
2
𝑎𝑥 = 0 𝑦0 = 1500 𝑚
𝑣𝑥 = 𝑣0 = 90𝑚𝑠 −1
𝒚 𝑥 = 90𝑡

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- 474 - 47
MOVIMENTO A DUAS DIMENSÕES

Quando o pacote atinge a aldeia, 𝑦 = 0. Substituindo na equação da posição em 𝑦:

𝑦 = 1500 − 4.9𝑡 2 0 = 1500 − 4.9𝑡 2 𝑡 = 17.5 𝑠

17.5 𝑠 é o tempo que o pacote demora a chegar ao chão. Nesse


tempo, a distância percorrida ao longo do eixo xx é dada pela equação: 𝑥 = 90𝑡

Então em 17.5 𝑠 a distância percorrida pelo pacote ao longo do eixo xx, é:

𝒚 𝑥 = 90 × 17.5 = 1575 𝑚

Para atingir a aldeia o pacote deve ser largado


𝟏𝟓𝟕𝟓 𝒎 antes da aldeia.

𝒙
𝑥 = 1575 𝑚

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- 484 - 48
MOVIMENTO A DUAS DIMENSÕES
𝑣𝑥 = 90 𝑚𝑠 −1 𝑣𝑥 = 90 𝑚𝑠 −1 𝑣𝑥 = 90 𝑚𝑠 −1

𝑣𝑥 = 90 𝑚𝑠 −1

𝑣𝑥 = 90 𝑚𝑠 −1

𝑣𝑦 ’
𝒗

𝒚 𝑣𝑥 = 90 𝑚𝑠 −1

𝑣𝑦 ’’
𝒗

𝒙
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- 494 - 49
MOVIMENTO A DUAS DIMENSÕES - EXEMPLO

Num circo, são colocados dois canhões na posição indicada na figura e são lançados
dois palhaços que chocam a uma altura de 1.0 m acima da boca dos canhões.
O palhaço A é lançado com uma velocidade de 9.00 m/s. Calcule velocidade e o
ângulo de de lançamento do palhaço B.

Para fazer em casa. É fácil de fazer no excel.

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- 504 - 50
OUTRO CASO ESPECIAL:
FORÇAS CENTRAIS E MOVIMENTOS CIRCULARES
UM CASO ESPECIAL: O MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME

Um satélite descreve órbitas circulares em torno da terra, mantendo constante o


módulo da sua velocidade. A este tipo de movimento chama-se “movimento
circular uniforme”
EXEMPLO – MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME
No movimento circular uniforme o módulo da velocidade é constante a aceleração não
tem nenhuma componente tangencial à trajectória – a aceleração é, em cada ponto,
perpendicular à trajectória.

Já vimos que neste caso a aceleração é:

𝑣2
𝑎Ԧ 𝑛 =
𝑟

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- 534 - 53
EXEMPLO – MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME

Para que exista esta aceleração a resultante das forças que actuam no corpo será:

𝐹Ԧ𝑅 = 𝑚 ∙ 𝑎Ԧ 𝑛

𝑣2
𝐹Ԧ𝑅 =𝑚
𝑟

A força é, em cada ponto,


perpendicular à trajectória e
aponta para dentro da curva

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- 544 - 54
UM CASO ESPECIAL: O MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME

Um satélite geoestacionário descreve uma órbita em redor da terra, a uma altura


de 35 786 km acima do nível do mar, sobre o equador.
1. Qual é o espaço percorrido pelo satélite durante um dia?
2. Calcule o módulo da velocidade do satélite
3. A aceleração do satélite é nula? Justifique.

Dados:
• Massa da terra – 5,974 x 1024 kg
• Raio da terra – 6378 km

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- 554 - 55
UM CASO ESPECIAL: O MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME

• O espaço percorrido pelo satélite durante um dia:

𝑑 = 2𝜋𝑅𝑜𝑟𝑏 𝑅𝑜𝑟𝑏 = 𝑅𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎 + ℎó𝑟𝑏

𝑅𝑜𝑟𝑏 = 35 786 + 6378

𝑑 = 265 × 103 km

• O módulo da velocidade do satélite:

265 × 103 km
𝑣= 𝑣 = 11 × 103 kmΤℎ
24 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑣 = 3067 mΤ𝑠

Júlia Tovar Física I - 56


UM CASO ESPECIAL: O MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME

• Por vezes tem interesse falar em “distância angular” , “ângulo percorrido” ,


“velocidade angular”:
Um dia → uma volta → 𝜃 = 2𝜋 𝑟𝑎𝑑

• velocidade angular do satélite:

𝜃2 − 𝜃1 2𝜋
𝜔= 𝜔=
𝑡2 − 𝑡1 24 × 60 × 60

𝜔 = 7.27 × 10−5 radΤ𝑠

Júlia Tovar Física I - 57


UM CASO ESPECIAL: O MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME

E o que se passa com a aceleração do satélite?

.
VA
A

.
VB
B

.
C
VC

Júlia Tovar Física I - 58


UM CASO ESPECIAL: O MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME

• A velocidade mantém-se em módulo → a aceleração tangencial é nula

• A velocidade muda de direcção → existe aceleração normal

30672
𝑎𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 =
4,21 × 107

𝑎𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 = 0.22 mΤ𝑠 2

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- 594 - 59
EXEMPLO : SATÉLITES GEOESTACIONÁRIOS

Qual é a altura da órbita de um


satélite geoestacionário?

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- 604 - 60
RESOLUÇÃO : SATÉLITES GEOESTACIONÁRIOS

Durante um dia, o satélite dá uma volta completa à terra,


percorrendo uma circunferência de raio 𝑅𝑜𝑟𝑏 .
A velocidade do satélite será:

2𝜋𝑅𝑜𝑟𝑏 ∆𝑡 = 8.64 × 104 s


𝑣=
∆𝑡

O movimento é circular, terá que ter uma aceleração normal:

𝑣2 2𝜋𝑅𝑜𝑟𝑏 2
𝑎𝑛 = 𝑎𝑛 =
𝑅𝑜𝑟𝑏 ∆𝑡 2 𝑅𝑜𝑟𝑏

Se há aceleração, terá que haver uma força responsável por ela.

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- 61 4 - 61
RESOLUÇÃO : SATÉLITES GEOESTACIONÁRIOS
Quando o satélite está em órbita, a única força que actua
no satélite é a força gravítica (que é em cada instante
perpendicular à trajectória, para dentro da curva:

𝑀𝑇 𝑚𝑠 𝑀𝑇 𝑚𝑠
G 2 = 𝑚𝑠 𝑎𝑛 𝑀𝑇 = 5.9722 × 1024 kg
𝐹𝑔 = G 2 𝑅𝑜𝑟𝑏 𝑛
𝑅𝑜𝑟𝑏 𝐺 = 6.67430 × 10−11 Nm−2 kg −2
∆𝑡 = 8.64 × 104 s
substituindo: 𝑅𝑇 = 6.378 × 106 m

𝑀𝑇 𝑚𝑠 2𝜋 2 𝑅𝑜𝑟𝑏 3 𝑀𝑇 ∆𝑡 2
G 2 = 𝑚𝑠 𝑅𝑜𝑟𝑏 =G
𝑅𝑜𝑟𝑏 ∆𝑡 2 2𝜋 2

𝑅𝑜𝑟𝑏 = 4.223 × 107 𝑚 ℎ𝑜𝑟𝑏 = 4.223 × 107 − 6.378 × 106 -

ℎ𝑜𝑟𝑏 = 35.85 × 103 𝑘𝑚


Física IJúlia
- JúliaTovar
Tovar Física I (A1) Aula
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E como é que a lua não cai?

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