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Espaço Rural
Espaço onde o solo é predominantemente ocupado por áreas de cultivo, prevalecendo por isso
atividades do setor I
Espaço Urbano
Espaço onde o solo é predominantemente ocupado por áreas residenciais e por atividades dos
setores II e, sobretudo terciário, nas quais se ocupa a grande maioria da população ativa
OCUPAÇÃO DO SOLO
POPULAÇÃO
Maior concentração Menor concentração
ATIVIDADES DOMINANTES
Atividades do setor I Atividades do setor III
DINAMISMO
A população tem diminuído à exceção A população tem aumentado a um ritmo
daqueles que se localizam perto das cidades acelerado
ACESSIBILIDADES
Deslocam-se dentro do próprio espaço Deslocam-se dentro da própria cidade
(bicicleta, etc.). Há também os transportes (transportes públicos e/ou privados, etc.).
pendulares – deslocam-se das áreas de
residência (espaço rural) para o local de
trabalho (espaço urbano)
Calmo, monótono, sem stress, maior convívio Mais agitado, logo mais stressado, menor
entre as pessoas. convívio entre os cidadãos
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Noções
Centro urbano Engloba todas as sedes de distrito com mais de 5 mil habitantes
Critério Demográfico
Este critério levanta alguns problemas, uma vez que existem aglomerados suburbanos
com um elevado número de habitantes e forte densidade populacional que funcionam,
principalmente, como dormitórios em relação a uma cidade próxima, sem deterem uma
função relevante além da residencial
Critério Funcional
O critério funcional tem em conta a influência exercida pela cidade sobre as áreas
envolventes e o tipo de atividades a que a população se dedica, que devem ser
maioritariamente dos setores II e III. Muitas das cidades apesar de terem um número de
habitantes relativamente reduzido, desempenham funções importantes e estabelecem
relações de interdependência com a sua área envolvente.
Critério Jurídico
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diferente em casos que, por razões de natureza histórica, cultural e arquitetónica, possam
justificar a elevação de uma vila a cidade
Muitas áreas portuguesas foram noutros tempos elevadas à categoria de cidade pelo
Rei como recompensa ao senhor donatário local ou perante um feito histórico relevante.
Noutros casos resultou do agradecimento ao povo pelos seus serviços na guerra. Outras
surgiram com o objetivo de assegurar a defesa de áreas do país próximas da fronteira, outras
por reconhecimento da sua função religiosa.
Uma vila só é elevada à categoria de cidade se tiver mais de 8 mil habitantes e pelo menos
metade destes serviços:
Em Portugal, tem-se assistido à concentração da população e das atividades nas áreas urbanas.
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A diferenciação funcional
Um dos fatores que condiciona a organização das áreas funcionais é a renda locativa.
A renda locativa é influenciada pelas acessibilidades e pela distância ao centro. De um modo
geral, o custo do solo diminui à medida que nos afastamos do centro da cidade, que é a área
de maior acessibilidade, de maior concentração de funções e, consequentemente, mais cara.
Deste modo, situa-se no centro as funções que conseguem retirar mais vantagem desta
proximidade e, simultaneamente podem pagar rendas mais elevadas.
A variação da renda locativa com a distância ao centro nem sempre é uniforme. Por
vezes surtem áreas da periferia que, pela sua aptidão para determinadas funções, apresentam
um custo do solo elevado. Nas áreas melhores servida de transportes e vias de comunicação,
o custo do solo é também mais elevado e a acessibilidade determina em boa parte a renda
locativa. Essas áreas favorecem a localização funcional, sendo por isso mais procuradas.
Funções da cidade
Função residencial
Função industrial Áreas funcionais - Áreas onde domina determinadas funções
Função comercial
Nota O facto de uma cidade ser conhecida por determinada função, não significa que não
existem outras para além dessa.
CONCLUSÃO
Distância do centro
Acessibilidades
Vias de comunicação e transporte
Serviços (hipermercados, cetros comerciais; tribunais etc.)
Condições ambientais (relevo, poluição, zonas verdes, etc.)
Planos de urbanização - As atividades projetadas para uma determinada área
condiciona o custo do solo, sendo os terrenos mais caros ocupados por atividades do
setor III e os mais baratos pela industria.
Noções
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Especulação fundiária O solo é vendido a um preço superior ao que efetivamente vale, por
haver muita procura e pouca oferta
Centro da cidade
Em todas as cidades é possível identificar uma área central. No entanto, nas de mais
dimensão, atribui-se geralmente, a designação de CBD à área mais central que geralmente é a
área mais importante da cidade, tratando-se de uma área bastante atrativa para os vistores e
assim oferece postos de trabalho.
Características do CBD
Apesar de no centro da cidade a renda locativa ser elevada, podem existir áreas afastadas
do centro com o preço do solo igualmente elevado, devido a:
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Nota Estas instalações dirigem-se para estas áreas pois são mais espaçosas.
No CBD, apesar de uma grande variedade de atividades, existe uma tendência espacial, quer
em altura quer no que respeita às ruas. De um modo geral:
Atividades menos nobres ou que não tenham um contacto direto com o público
localizam-se nos andares mais altos (mais baratos) e em ruas secundárias
Atividades de maior prestígio, e que tenham um contacto direto com o público
ocupam o piso térreo (mais caro) e localizam-se em ruas secundárias
Zoneamento vertical
Zoneamento horizontal
Noções
Evolução do CBD
1ª Fase
o Comercio
o Industria
o Serviços/administração
o Habitação
2ª Fase
3ª Fase
Porquê?
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Boas acessibilidades (vias de comunicação e transportes) noutras áreas
Especulação fundiária no CBD
Degradação das infraestruturas no centro
Noções
Descentralização das atividades Saída das empresas do centro da cidade para outras
áreas espaçosas e bem servida de vias de comunicação
e transportes
À facilidade de estacionamento
Acessibilidade
Aumento da taxa de emprego feminino
Maior mobilidade
Aumento do nível de vida das famílias.
Atualmente o centro da cidade tem vindo a perde população pelo que durante a noite a cidade
encontra-se deserta.
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Estagnação/Revitalização do CBD
Áreas residenciais
Noções
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Zonamento
o Zonas bem planeados
o Zonas de maior acessibilidade
o Zonas de melhor vista/paisagem
o Zonas de melhor ambiente
o Zonas providas de bons serviços (escolas, hospitais, etc.)
Construção
o Vivendas unifamiliares – moradias Providas de equipamentos e serviços:
o Condomínios fechados de luxo garagem, condutas de lixo, porteiro,
Zona da cidade piscinas, etc.
o Localizam-se na periferia das cidades (nos melhores sítios) – afastado de
indústrias
Zonamento
o Áreas mais ou menos aprazíveis
o Ocupam maior parte do espaço urbano
Construção
o Construção menos sofisticadas relativamente à classe alta
o Uniformidade dos blocos de apartamento
Habitantes
o Jovens, verificando-se uma tendência generalizada para a aquisição de casa
própria.
Zonamento
o Acessibilidades deficitárias
o Má localização geográfica
o Mau ambiente
Construção
o Bairros da lata na periferia, onde o preço do solo é baixo
Habitantes
o População muito pobre
Construção clandestina
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Zonas afastadas das estradas, geralmente iniciadas com a construção de uma casa, atraindo
sucessivamente outras. Aqui são construídas “pequenas estradas” de acesso a estes locais.
Características:
Sem saneamento
Sem água canalizadas
Luz obtida de forma clandestina
Nota Nalguns casos estes locais acabam por seres legalizados e assim construído
saneamento básico, etc.
Os bairros de habitação social são construídos pelo Estado ou pelas autarquias, para
alojar população de fracos recursos e sem condições de pagar rendas elevadas. Os edifícios são
idênticos, com apartamentos grandes, de modo a albergarem o maior número possível de
famílias.
Áreas industriais
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Fatores atrativos
Mão de obra
Capital (bancos)
Marcador consumidor
As grandes matérias-primas nesta época eram o ferro e o carvão pelo que as indústrias
instalavam-se perto das minhas de carvão e ferro. Muitas cidades cresceram devido à
industrialização
Nota Os espaço que outrora eram ocupados pelas indústrias são agora ocupados,
essencialmente pelo comércio.
Oficinas
Industria panificadora Estas indústrias ocupam pouco espaço
Costureiras/alfaiates e são pouco poluidoras
Joalharia/ourivesaria
Reparações (sapateiros, eletrodomésticos, etc.)
(Des)Economias de Escala
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Agregação das indústrias de forma a obter vantagens para todos os agregados
facilitando os consumos de matérias-primas (mais empresas conseguem obter melhores
preços junto dos produtores), transporte, etc. levando a produção a aumentar.
Tecnologia utilizada
o Indústrias tradicionais
o Indústrias modernas
Exigência das empresas
Tipo de produto
o Bens de consumo
o Bens de equipamento
Destino dos produtos
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O desenvolvimento das próprias atividades económicas, que conduz à necessidade de
expandir e modernizar as empresas, e como tal, à procura de novos espaços de
localização;
O desenvolvimento dos transportes e das infraestruturas viárias, que aumenta a
acessibilidade e diminui os tempos e os custos das deslocações;
O aumento da taxa de motorização das famílias, que permite deslocações mais
longínquas;
O aumento do preço do solo no solo da cidade;
A degradação do ambiente urbano.
Suburbanização
A suburbanização é o processo de crescimento da cidade para a periferia.
Numa fase inicial, os subúrbios cresceram de forma não planeada, essencialmente, ao
longo das principais vias de comunicação e em torno dos núcleos periféricos, onde era maior a
acessibilidades à cidade e onde as habitações eram mais baratas
O rápido crescimento destas áreas, sobretudo em torno das maiores cidades, foi ainda
marcado pelo predomínio de edifício plurifamiliares, prolongando a paisagem urbana
Periurbanização e rurbanização
O processo de expansão urbana dá origem ao aparecimento de áreas periurbanas –
áreas para lá da coroa suburbana onde o espaço rural começa a ser ocupado, de forma
descontínua, por funções urbanas: indústria, comércio e alguns serviços, designadamente de
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armazenagem e distribuição, que induzem o alargamento da função residencial. Origina
também o movimento de pessoas e empregos das grandes cidades para pequenas povoações
e áreas localizadas fora dos limites da cidade e/ou para pequenas cidades e vilas situadas a
maior distância, num processo designado por rurbanização.
A melhoria da acessibilidade associada à expansão da rede viária facilita estes
processos, que se caracterizam também pela localização difusa da função residencial e das
atividades económicas e provocam o aumento dos movimentos pendulares.
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Neta lei admitia-se a constituição de grandes áreas metropolitanas (GAM) e de comunidades
urbanas (Comurb), tendo como requisitos a continuidades territorial dos concelhos integrantes
e a obrigatoriedade de serem constituídas, no mínimo, por 9 municípios com 350 mil
habitantes para as GAM e 3 municípios com pelo menos 15 mil habitantes para as Comurb.
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Fatores da criação das áreas metropolitanas
Crescimento populacional
Transformações na base produtiva da cidade.
Emergência de novos problemas sociais.
As áreas metropolitanas tem vindo a ganhar população e por isso o peso económico
destas áreas no país é bastante significativo
A área metropolitana de Lisboa tem como fator para a perde de população:
Degradação ambiental
Falta de espaço
O que não acontece no Porto, sobretudo a parte ambiental.
Noções
Concelhos atrativos Tem vindo a ganhar população
Concelhos repulsivos Tem vindo a perder população
No entanto tem verificado uma forte terciarização
Dinamismo demográfico
O dinamismo demográfico das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto evidencia-se
pela elevada concentração populacional e pelo aumento de população que se acentuou nas
últimas décadas, embora com algumas diferenças entre municípios.
A perda demográfica foi mais acentuada nos municípios centrais, enquanto o maior
crescimento se verifica em concelhos onde há:
Tem permitido o acréscimo populacional, refletindo a
Melhoria das acessibilidades importância dos processos de suburbanização e periurbanização.
Disponibilidade de espaço para construção
Dinamismo económico
As duas áreas metropolitanas apresentam vantagens do ponto de vista físico
(localização no litoral, amenidade do clima, relevo pouco acidentado, sobretudo a AML,
acessibilidade natural, etc.) e demográfico, bem como no que respeita às estruturas
produtivas, o que faz delas pólos dinamizadores da economia.
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O setor de atividade económico predominante nas áreas metropolitanas é o setor
terciário.
No conjunto, estas duas áreas fornecem mais 40% do emprego, auferindo os
trabalhadores ganhos superiores à média nacional.
A bipolarização da concentração das atividades económicas demonstra a grande
importância das duas áreas metropolitanas no tecido económico do país.
Noções
Índice de Dependência de Jovens Número de dependência de jovens por cada 100 ativos
Índice de envelhecimento Número de pessoas idosas (65 e mais anos) por cada
100 jovens (0-14 anos)
Características da AML
Maior proporção de emprego na indústria de média e alta tecnologia;
Grande vocação exportadora;
Maior número de sedes de indústria transformadora;
Maior proporção de indústrias de bens de equipamento;
Maior número de negócios na indústria transformadora;
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Maior capacidade de gerar valor acrescentado
Indústrias mais intensivas em capital;
Níveis de produtividade mais elevados;
Grande importância da indústria alimentar, bebidas, tabaco e químicos;
Maior diversidade do tecido industrial.
Características da AMP
Indústrias mais intensivas em trabalho;
Grande vocação exportadora;
Forte especialização regional nas indústrias têxtil e de calçado.
Estas diferenças entre as características das áreas metropolitanas são causadas pelo
facto da localização das matérias, pelas melhores acessibilidades e pelo facto de Lisboa ser a
capital e a área metropolitana mais importante.
A atividade industrial nas duas áreas metropolitanas tem vindo a perder alguma
importância devido ao processo de terciarização da economia que, naturalmente, é mais
rápido nestas duas áreas do nosso País, devido ao seu maior desenvolvimento e à tendência de
reorganização espacial das funções nas áreas urbanas. O processo de terciarização é mais
evidente em Lisboa.
Principais pontos fracos e fortes da AMP e da AML
AML AML
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Principais Pontos Fracos
- Forte exposição da estrutura económica à - Problemas ambientais resultantes da forte
concorrência internacional pelo predomínio pressão imobiliária/turística na ocupação do
de atividades de baixa intensidade solo em áreas de grande valia ambiental e
tecnológica e competitividade baseada na agrícola.
mão de obra abundante; - Problemas de mobilidade,
- Carência de serviços especializados de congestionamento e poluição, resultantes da
apoio às empresas face ao peso económico forte utilização do automóvel privado.
e industrial da região; - Presença de bairros problemáticos
- Problemas ambientais resultantes de associada à crescente segregação espacial
deficiências nos domínios do abastecimento resultante da diversidade social e étnica.
de água e tratamento de efluentes. - Abandono dos centros históricos,
- Problemas de mobilidade no centro do sobretudo no núcleo central.
Porto e nos principais acessos à cidade. - Alguma debilidade na afirmação
- Degradação física e exclusão social nos internacional.
centros históricos.
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Em Lisboa, o volume de negócios é superior, devido às características do tecido
industrial das diversas regiões.
São as indústrias mais intensivas em tecnologia e menos em mão de obra, aquelas que
produzem maior volume de negócios, e que se concentram na Grande Lisboa e na Península
de Setúbal.
Problemas Urbanos
Condições de vida
Embora ofereçam condições de vida vantajosas para a população, de um modo geral, a
maioria das cidades concentra também alguns problemas. Em muitos casos, resultam do seu
crescimento excessivo e, por vezes, mal planeado, que impede o ajustamento entre as
infraestruturas urbanas e as necessidades da população, colocando problemas de
sustentabilidade e reduzindo a qualidade de vida.
Físicas
Redes de distribuição de água e energia
o Distribuição insuficiente de água e energia em alguns pontos das cidades,
nomeadament nos bairros clandestinos
Saneamento
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o
Falta de saneamento básico em nalguns pontos das cidades, principalmente
nos bairros clandestinos
o Dificuldade no escoamento das águas das chuvas
Transportes
o Utilização crescente do transporte individual
Congestionamento e problemas de trânsito e estacionamento
o Diminuição da facilidade de deslocações nas áreas urbanas – passeios
obstruídos
o Transportes públicos mal adaptados às necessidades da população
Horários
Número de paragens
Quantidade de transportes face às necessidades
Sociais
Tribunais
o O cidadão comum, para saber como defender os seus direitos, tem de recorrer
a um advogado
o Demora na resolução dos processos devido ao desajustamento burocrático do
sistema judicial
Finanças
o Longo tempo de espera para ser atendido
o Falta de capacidade de informar a população
Hospitais
o Falta de médicos
o Grande período de espera por consulta nas urgências
o Falta de macas para internar os pacientes
o Longo período de espera para obter consulta num médico especialista.
Habitação e Habitabilidade
Em Portugal, grande parte dos prédios do centro das cidades, nomeadamente os mais
antigos são arrendados, o que constitui um dos fatores para a degradação de muitos edifícios
nas áreas mais antigas das cidades.
Antigamente, o sistema de arrendamento mantinha as rendas fixas, o que não
compensava os arrendatários pelo seu investimento nem garantiam um rendimento suficiente
para poderem recuperar as habitações.
Quando os moradores são proprietários (muitas vezes idosos) possuem fracos
rendimentos e têm pouca motivação para proceder a obras de beneficiação das habitações.
A pressão do setor terciário pode também constituir um fator para a degradação dos
edifícios, uma vez que, causa uma rápida subida do preço do solo e das habitações.
Quando os edifícios ficam desabitados/desocupados e não são demolidos ou
recuperados após essa desocupação, a população com menos recursos ocupa esses prédios
degradados. É, também, esta população com menos recursos que habita nos bairros de lata
onde há muita pobreza e marginalidade.
Os bairros de lata caracterizam-se pela ausência de infraestruturas básicas e falta de
arruamentos pavimentados, pela falta de espaços verdes, áreas apropriadas de comércio e
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serviços, locais de estacionamento, etc., contribuindo, assim, para agravar as condições de
habitabilidade.
Estes problemas devem-se, também, ao facto de não haver planeamento na sua
construção, e por isso, as condições de vida da população ficam bastante afetadas.
É nas áreas metropolitanas que a construção de bairros de lata e bairros clandestinos é
mais frequente, sendo necessário fazer a recuperação e legalização dos mesmos. Para que as
pessoas tenham as condições necessárias, básicas e essenciais iniciou-se o processo de
reabilitação urbana, que tem como objetivo melhorar a qualidade de vida urbana, ou seja,
proporcionar às populações boas condições de habitabilidade.
Envelhecimento e solidão
O envelhecimento da população acompanha o dos edifícios e levanta problemas
sociais de abandono e solidão. Na cidade, sobretudo nas áreas centrais, vão ficando os mais
velhos, enquanto as novas gerações procuram, geralmente, habitação nas áreas suburbanas,
onde o seu custo é menor. Esta solidão e isolamento dos idosos leva muitas vezes à sua morte
em casa, e à pobreza.
Nas cidades e, principalmente, nas áreas suburbanas, são as crianças e os adolescentes
que sofrem outro tipo de solidão – ausência dos pais. Estes jovens são chamados da «geração
da chave» pois desde muito novos têm a chave de casa, ficando entregues a si próprios
durante todo o dia. Esta forma de abandono reflete-se não só na indisciplina e no insucesso
escolar, mas também na dependência da droga e do álcool.
As deslocações pendulares, efetuadas a distâncias cada vez maiores, originam
situações de stress e doenças do sistema nervoso, pois além da fadiga da despesa, da
irritação que causam as filas de trânsito, acresce a preocupação com o cumprimento dos
horários (escolas, infantários, emprego…)
Ainda que se caracterize pela concentração demográfica e de atividades, a cidade é um
espaço onde as pessoas se cruzam, mas raramente se encontram. Daí resulta o anonimato que
acentuado pela ausência de relações de vizinhança.
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económicos. Afeta principalmente os idosos com baixas pensões de reforma e os
trabalhadores mal remunerados.
As consequências da pobreza:
- Fome; - Prostituição
- Baixa esperança de vida; - Criminalidade
- Doenças; - Existência de pessoas sem-abrigo;
- Falta de oportunidades de emprego; - Existência de discriminação social contra
grupos vulneráveis.
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
URBANOS – RECUPERAÇÃO
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DA QUALIDADE DE VIDA
URBANA
O papel do planeamento
MATÉRIA DA AULA DO
DIA 27/ 01/ 2022
O planeamento é um processo essencial na preservação e resolução dos problemas urbanos.
Os PDM incluem:
PU – Planos de Urbanização
Determinam as áreas destinadas à construção, assim como o tipo de construção a realizar.
PP – Planos de Pormenor
Definem as áreas a construir e as áreas abrangidas pelas diversas infraestruturas.
O PDM é um instrumento de gestão territorial de nível local, que fixa as linhas gerais
de ocupação do
A revitalização urbana (dos centros das cidades) é hoje uma preocupação motivada
quer por interesses económicos quer sociais e políticos, uma vez que dela dependem a
manutenção da centralidade desse espaço e o seu repovoamento – O centro da cidade é o que
mais necessita de repovoamento.
A necessidade de revitalização estende-se também a outras áreas da cidade que não o
centro histórico, sobretudo no que respeita à criação de condições para a fixação de
população jovem, o que passa, também por incentivos de arrendamento.
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A revitalização urbana através de:
Reabilitação urbana, apoiada por diversos programas e incentivos:
Intervenção em áreas degradadas para o melhoramento das condições físicas do
património edificado, mantendo-se o uso e o estatuto dos residentes e das atividades aí
instaladas, ou seja, coloca a cidade como era antes – é um processo de maior importância para
a revitalização da cidade.
Requalificação urbana
Alteração funcional de edifícios ou espaços, devido à redistribuição da população e das
atividades económicas, ou seja, vai ser dado um uso diferente daquele para que havia sido
concebido
Renovação urbana
Demolição total ou parcial de edifícios e estruturas, de uma determinada área que é
reocupada com novas funções e por uma classe mais favorecida.
Realojamento
A renovação urbana pode implicar o realojamento da população a viver em edifícios ou
bairros degradados.
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Em 1993, foi criado o PER – Plano Especial de Realojamento, pois este problema
assume maior gravidade nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Este plano tem o objetivo
de erradicar os bairros de habitação precária, proporcionando apoios aos municípios para o
realojamento das famílias em habitações de custos controlados. Foi criado também o PER-
FAMÍLIAS, que apoia as famílias na compra de casa própria ou na realização de obras de
reabilitação.
O realojamento dos moradores de bairros de habitação precária é também uma forma
de combater a marginalidade.
Em Portugal, algumas áreas urbanas degradadas beneficiaram da iniciativa
comunitária URBAN. Lançada em 1994, foi particularmente vocacionada para intervir nas
áreas urbanas mais críticas do ponto de vista socioeconómico, com problemas de desemprego,
pobreza, exclusão social, criminalidade e delinquência, entre outros. A articulação desta
iniciativa com outros programas, nacionais e comunitários, permitiu a qualificação social e
urbanística dessas áreas.
Outras ações de incidência social poderão também contribuir para melhorar a qualidade de
vida no espaço urbano. São exemplos:
A melhoria da gestão do tráfego:
Por exemplo: Proibir a circulação automóvel nalgumas áreas da cidade;
Limitação do estacionamento nas principais áreas da cidade;
Melhoria dos transportes públicos;
Criação de mais parques de estacionamento;
Construção de vias rápidas nas cinturas externas (periferias) das
cidades.
Alargamento dos serviços de acompanhamento de crianças e jovens;
Desenvolvimento de serviços de apoio à população idosa;
Aumento dos espaços verdes e otimização dos equipamentos coletivos.
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A
Rede
Urbana
e as novas
relações
Cidade/Campo
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Rede Urbana
Conjunto das cidades e das relações/ligações que se estabelecem entre elas.
Consequências:
Despovoamento do interior
Congestionamento de outras cidades de maior concentração, ou seja,
limitação das relações de complementaridade entre os diferentes
centros urbanos e, como tal, do dinamismo económico e social
Redução da capacidade de inserção das economias regionais na
economia nacional
Limitação da competitividade nacional no contexto europeu e mundial,
pela perda de sinergias (efeitos superiores aos esperados) que uma
rede urbana equilibrada proporciona
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No interior de Portugal existem menos cidades e de menor dimensão.
PORTUGAL
Nota: A classificação das cidades
Cidade média: De 25 mil a 150 mil hab ou 20 mil a 100 mil
médias não obedece apenas ao
hab;
Cidade pequena: Até 25 mil hab; critério demográfico mas também
Cidade grande: Mais de 150 mil hab. sua importância, por isso não há
critério absoluto para o número
A NÍVEL EUROPEU habitantes necessários
Cidade média: Entre os 100 mil e os 150/200/250 mil hab.
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Noções
Lugar central: Qualquer aglomeração que fornece bens e serviços à área circundante (o lugar
mais central será o que fornece maior número e variedade de bens e serviços)
Bens Centrais: Produtos e serviços oferecidos por um lugar central
Funções centrais: Atividades que fornecem bens centrais.
Bens vulgares: Produtos ou serviços de utilização frequente que se encontram
facilmente sem necessidade de deslocações significativas (por
exemplo: Pão, bicicleta, carne, consulta médica)
Funções vulgares: Atividades que fornecem bens ou serviços de utilização frequente
(bens vulgares) (por exemplo: mercearia, café, sapataria,
hipermercado etc)
Bens raros: Produtos ou serviços de utilização pouco frequente que apenas se
encontram em determinados lugares (por exemplo: ensino secundário,
operação cirúrgica, automóvel)
Funções raras: Atividades que fornecem bens ou serviços de utilização pouco
frequente (por exemplo: Companhia de seguros, hospital, universidade
etc)
Bens dispersos: Produtos e serviços que são distribuídos à população, como água,
eletricidade etc.
Funções de nível superior: Oferta de funções especializadas e bens raros, como um
hospital central. Existem num menor número de centro
urbanos e têm maior área de influência
Funções de nível inferior: Funções frequentes, por exemplo um minimercado, existem
em grande número de lugares e, por isso, têm menor área de
influência
CURIOSIDADE
Lisboa é o lugar mais central de Portugal
Águeda é um lugar central
O desequilíbrio da rede urbana portuguesa também se faz sentir ao nível das funções
Noções:
Raio de eficiência de um bem central: Distância percorrida para adquirir um bem ou serviço.
o Terá um maior raio de eficiência o bem ou serviço que causa uma
maior deslocação para poder ser adquirido;
o Terá um menor raio de eficiência o bem ou serviço que causa uma
menor deslocação para poder ser adquirido.
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De que forma os transportes influenciam o raio de eficiência de um bem central?
Se existirem bons transportes o raio de influência é maior, uma vez que, mais
facilmente a população se desloca para adquirir um bem
Noções:
Limiar máximo (limiar de mercado): Limite para lá do qual é pouco provável que a
população se desloque para adquirir esse bem/serviço
Limiar mínimo: Área mínima (com um número de consumidores) necessária para
manter a rendibilidade de determinada função (bens ou serviços)
Economias de aglomeração
À concentração urbana no Litoral corresponde uma concentração de atividades económicas
dos setores secundário e terciário. Estas instalam-se, preferencialmente, nas áreas urbanas
mais desenvolvidas, onde a mão de obra é abundante e mais qualificada, e onde existem
melhores infraestruturas e melhor acessibilidade aos mercados nacional e internacional.
Noções
Economias de escala: Racionalizar os investimentos de forma a obter o menor custo unitário
(só é rendível fazer determinados investimentos em equipamentos e
infraestruturas se estes se destinarem a uma grande quantidade de
utilizadores.
Economias de aglomeração: A população e as várias empresas utilizam as mesmas
infraestruturas de transporte, de comunicação, de distribuição
de água, energia, etc., para além de beneficiarem das relações
de complementaridade que entre elas se estabelecem.
Deseconomias de aglomeração
As vantagens da aglomeração só se verificam até certos limites, a partir dos quais a
concentração passa a ser desvantajosa. O crescimento da população e do número de
empresas conduz, a partir de uma certa altura, à saturação do espaço e uma incapacidade de
resposta das infraestruturas, dos equipamentos e dos serviços.
Noções
Deseconomia de aglomeração: Os custos da concentração são superiores aos
benefícios.
Os efeitos da deseconomia de aglomeração sentidos em muitos centros urbanos do
Litoral poderão ser minimizados com o desenvolvimento de outras aglomerações urbanas
não congestionadas, nomeadamente as cidades de média dimensão, contribuindo assim para
um maior equilíbrio da rede urbana nacional.
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A reorganização da rede urbana
As assimetrias territoriais que caracterizam o nosso País podem conduzir a graves
problemas, relacionados com a má ocupação do espaço e as deseconomias de aglomeração.
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Redes de Transporte e Articulação do Sistema Urbano
Um maior equilíbrio territorial exige a reorganização e o desenvolvimento de uma rede
urbana policêntrica e equilibrada, em que exista articulação e complementaridade funcional
de proximidade entre os centros urbanos de diferentes dimensões. Isto depende
essencialmente das acessibilidades interurbanas em que as redes de transporte
desempenham um papel primordial.
A melhoria das ligações rodoviárias e ferroviárias interurbanas permitirá uma gestão
mais eficaz dos recursos disponíveis, nomeadamente das funções mais raras. O reforço da
acessibilidade interurbana aumentará a complementaridade dos centros nas redes de
proximidade, através do desenvolvimento de funções interdependentes que conduzam a
economias de escala.
Para o desenvolvimento de condições que favoreçam o equilíbrio da rede urbana,
torna-se necessário que exista uma coordenação entre os diferentes níveis de decisão e de
planeamento e ordenamento do território, desde o central ao local.
Notas:
Madrid: ± 3 milhões de hab Barcelona: ± 1 milhão e 500 mil hab
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A rede urbana nacional no contexto europeu
Para Portugal se prevalecer no contexto europeu terá que apostar nas grandes
cidades, Enquanto que a nível nacional, terão que ser desenvolvidas cidades médias.
Antes:
A cidade dependia da aldeia, nomeadamente de matérias-primas;
A aldeia dependia da Cidade, devido ao Trabalho.
Tudo se concentrava na cidade
Agora:
A dependência da cidade por parte da aldeia diminuiu, devido à deslocação de
várias atividades económicas;
A cidade continua a depender da aldeia, nomeadamente de água, eletricidade,
produtos alimentares, etc.;
Hoje, as aldeias oferecem muitas atividade de lazer.
Permitem as deslocações Cidade – Aldeia
Os transportes
As novas acessibilidades e o aumento da tx. de motorização tornam as
Vias de comunicação
relações cidade - campo mais fácil.
Fatores responsáveis pela mudança de funções e da organização do espaço rural:
Desconcentração produtiva – Dispersão das atividades económicas
Relocalização de atividades económicas
Aumento da mobilidade
Novas funções do espaço rural
Turismo e Lazer
Comércio
Alguns serviços
Complementaridades funcionais - Complementaridade de atividades
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O aumento das acessibilidades, pela construção e/ou melhoria das infraestruturas de
transporte, tem permitido o alargamento das áreas de influência das cidades de regiões
predominantemente rurais e o acentuar dos movimentos pendulares – há uma maior
concentração de população nas zonas rurais.
ESQUEMA
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Os
Transportes
ea
Comunicação
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Além da sua importância na mobilidade de pessoas e bens, os transportes geram
riqueza e empregam um grande de pessoas
Noções
Distância-tempo Tempo necessário para efetuar uma determinada deslocação usando
um certo modo/meio de transporte. Pode ser representada num mapa
através de isócronas – linhas que unem pontos de igual distância-
tempo
Distância-custo Despesas efetuadas numa determinada deslocação, usando um certo
modo/meio de transporte. Pode ser representada num mapa por
Isótimas – linhas que unem pontos de igual distância-custo.
Transportes
Tipos Aquáticos, Terrestres e Aéreos
Modos Marítimo, Fluvial, ferroviário; Rodoviário; Aéreo; Tubular
Meios Barco; Camião; Automóvel; Comboio; Helicóptero; etc.
As redes de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo e marítimo) apresentam-se
hierarquizadas (eixos principais e eixos secundários ou tributários) e servem de suporte aos
modos de transportes que se caracterizam quanto:
À maior/menor comodidade
À maior/menor velocidade
À maior/menor segurança
À maior/menor flexibilidade dos itinerários
À maior/menor adequação para o transporte a curta, média ou longa distância
Ao maior/menor consumo de energia
À vocação para transportar passageiros e/ou mercadorias
Todos os modos de transporte têm melhorado em questões como velocidade e a
comodidade, tornando as ligações mais rápidas e seguras permitindo uma redução nos custos
e uma especialização do serviço prestado.
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Maior diversidade de veículos → Tanto em relação à dimensão como à
especialização (adequação à carga e aos espaços em que vai circular)
O tráfego intracomunitário faz-se preferencialmente por terra, destacando-se
igualmente o transporte rodoviário, seguido, no caso das mercadorias, pelo marítimo de curta
distância.
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Redução dos congestionamentos da rede de transportes rodoviários
Melhoria do desempenho ambiental do sistema de transportes de mercadorias
Reforço da intermodalidade, contribuindo assim para um sistema de transportes
eficiente e sustentável.
Este programa, sugere também o uso de transportes menos poluentes em substituição ao
transporte rodoviário, especialmente em longas distâncias e nas áreas urbanas.
Passa também por uma desenvolvimento de opções intermodais marítimas integradas de
elevada qualidade, mas também para uma utilização mais intensiva do transporte ferroviário e
da navegação interior.
Concluindo, o Programa Marco Polo tem como objetivo reduzir o congestionamento e
melhorar o ambiente através do uso do transporte intermodal, tornando o sistema dos
transportes mais eficiente, proporcionando coesão económica e social.
Vantagens da intermodalidade
Diminuição dos custos
Redução do impacto ambiental
Relação do transporte intermodal com a PCT
O desenvolvimento da intermodalidade permite atingir alguns objetivos da
PCT
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Distribuição espacial das redes de transportes
REDE RODOVIÁRIA NACIONAL
A qualidade e a organização da rede rodoviária são fundamentais para o desenvolvimento
sustentável de um país ou região, sobretudo tendo em conta que ela desempenha um
importante papel de complementaridade relativamente às restantes redes (portos, aeroportos
e terminais ferroviários).
Segundo a PRN 2000 (Plano Rodoviário Nacional), a rede rodoviária nacional é constituída
por:
Rede fundamental
o Integra os itinerários principais (IP) – Auto estradas ou não.
Os IP são as vias de comunicação de maior interesse nacional;
Servem de base de apoio a toda a rede rodoviária nacional e asseguram a ligação entre os
centros urbanos com influência supradistrital (para além dos distritos) e destes com os
principais portos, aeroportos e fronteiras.
Rede complementar
o Formada pelos itinerários complementes (IC) e pelas estradas nacionais (EN)
Esta assegura as ligações entre a rede nacional fundamental e os centros urbanos de influência
concelhia ou supraconcelhia, mas infradistrital.
Tanto a rede nacional fundamental como a complementares são complementadas
pelas Estradas Regionais – Comunicações publicas rodoviárias do continente, com interesse
supramunicipal e complementar À rede rodoviária nacional, são asseguradas pelas estradas
regionais (ER).
A rede rodoviária nacional, tanto no Continente como nas regiões autónomas, tem
sido objeto de grandes investimentos, o que se reflete não só na sua extensão, mas também
na qualidade, em parte, devido à construção de novas infraestruturas (túneis, viadutos e
pontes) que permitem ultrapassar barreiras físicas, tornando os trajetos mais rápidos, seguros
e cómodos.
Contudo, continuam a persistir desigualdades na distribuição geográfica da rede de
estradas:
Contrastes demográficos, económicos
Mais densa no litoral, onde se localiza também a maior parte
da extensão da rede fundamental, designadamente as principais e sociais que marcam o nosso país
autoestradas, que se incluem nos itinerários principais;
As desigualdades verificam-se também
Bastante menos densa no interior
na oferta do serviço de transporte
Nota As estradas portuguesas estão no sentido Norte-Sul.
rodoviário de mercadorias.
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regional, a rede ferroviária evidencia desigualdades significativas – A rede ferroviária, assim
como a rede rodoviária, encontra-se mais concentrada/densa no litoral.
Em Portugal o atraso em relação à modernização de algumas infraestruturas ferroviárias deve-
se ao facto de ainda não estar concluído o Plano Diretor da Rede Ferroviária Nacional.
A rede ferroviária de alta velocidade, seria bastante vantajosa:
Permitiria o acesso à europa
Permitiria trajetos mais comodo/rápidos
Implicaria uma redução da poluição
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Por isso, aproveitar as potencialidades da costa nacional como fachada atlântica de
entrada na Europa é um objetivo da Política Geral de Transportes. Para tal, será necessário:
Desenvolver os serviços de transporte marítimo de curta distância;
Desenvolver as infraestruturas logísticas e intermodais nos portos e investir na
logística e na distribuição;
Continuar a exploração do terminal de contentores do porto de Sines;
Melhorar as infraestruturas e ligações ferroviárias de tráfego de mercadorias;
Estimular a complementaridade e a cooperação entre portos, por forma a aumentar a
eficiência e atrair carga.
O tráfego marítimo de passageiros tem pouco significado no nosso País, embora nas
regiões autónomas seja alternativa ao transporte aéreo na ligação entre ilhas e como
componente turística. No Continente, assume algum relevo o tráfego fluvial de passageiros.
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Implementação de medidas para minimizar os danos ambientais, designadamente os
níveis de ruído e a poluição atmosférica;
Modernização dos equipamentos de logística e de controlo do tráfego aéreo;
Realização de melhorias no atual aeroporto de Lisboa, para fazer face ao previsível
crescimento do tráfego;
Construção do novo aeroporto de Lisboa.
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Contudo, apesar das melhorias registadas nos transportes públicos, na maioria dos
casos continua a predominar a utilização do automóvel particular.
Para o desenvolvimento do País e para a sua integração nas redes europeias é fundamental
proceder:
À modernização das infraestruturas e da logística do setor dos transportes.
Daí, o investimento na melhoria das acessibilidades
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As Política Comum dos Transportes (PCT), apesar de institucionalizada no Tratado de
Roma, só no Tratado de Mastrich é que foram traçadas as suas bases políticas, institucionais e
orçamentais.
No entanto, persistem ainda muitos dos problemas que se pretendia resolver com a PCT:
O
B Assimetrias geográficas (entre regiões) ao nível das infraestruturas e das empresas de
J transportes;
E Congestionamento de vários eixos europeus (sobretudo no transporte rodoviário);
T Disparidades no crescimento dos diferentes modos de transporte, com um largo
I predomínio do rodoviário;
V Crescimento da dependência do setor dos transportes face ao petróleo;
O Aumento dos custos económicos e do impacte ambiental (sobretudo pelo uso de
S
combustíveis fósseis) → SOLUÇÃO = Apostar em energias alternativas.
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VANTAGENS:
Melhor mobilidade de pessoas e mercadorias
Diminuição das distâncias relativas
Pe rmite a multimodalidade
INCONVENIENTE
- Estas constituem uma desvantagem pois implicam gastos que não conseguimos suportar por
falta de dinheiro
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A rede transeuropeia de gás natural inclui ainda ligações a todo o Leste Europeu e a vários
países da Ásia.
A preocupação de garantir ligações a uma diversidade grande de países exportadores de
gás natural prende-se com a dependência externa face a esta fonte de energia e com a
instabilidade política e social de alguns desses países.
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Inserção nas redes europeias
Têm sido adotados com o mesmo objetivo de dotar o nosso País e o espaço comunitário dos
meios e saberes necessários para responder aos desafios da nova sociedade da informação. A
que serve de exemplo:
Objetivo geral – possibilitar o acesso às TIC (quer nas escolas, empresas, em casa das famílias,
etc.)
E
Iniciativa “eEuropa”
Objetivo Uma sociedade de informação para todos, desde as escolas, à Administração
pública, passando pelas empresas e pelas famílias
Na UE, esta iniciativa criou condições para a massificação do acesso à internet.
E
O programa i2010 Sociedade europeia da informação para 2010
Objetivo Incentivar o conhecimento e a inovação para apoio ao crescimento e à criação
de empregos mais numerosos e de melhor qualidade.
Comissão propõe três objetivos prioritários a realizar antes de 2010 para as políticas europeias
da sociedade da informação e dos media:
Criação de um espaço único europeu da informação;
Reforço da inovação e do investimento em investigação na área das tecnologias da
informação e das comunicações (TIC);
Realização de uma sociedade da informação e dos media inclusiva.
legenda
E Europeu
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N Nacional
N Plano tecnológico
Objetivo Promover o desenvolvimento
Reforçar a competitividade
Para tal assente em 3 Eixos
Conhecimento
De um gross modo, este eixo vida a qualificação da sociedade.
Através:
o Criação de infraestruturas vocacionadas para tal
o Criação de um sistema de ensino abrangente e diversificado
Tecnologia
Vida apostar no reforço das competências científicas e tecnológicas, tanto nas empresas
privadas como públicas, através, por exemplo do apoio a atividades de I&D. Isto com o intuito
de colmatar o atraso científico e tecnológico que se faz sentir no nosso país.
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Inovação
Consiste na inovação da produção do país. Tentando por isso adaptar a produção às
características da globalização, através de novos e mais eficazes métodos produtivos, formas
de organização; serviços e produtos de forma a tornar mais competitiva a nossa economia
No entanto nem tudo são vantagens, e podem surgir associados a este desenvolvimento,
nomeadamente:
Poluição
Saúde
Segurança
Qualidade dos serviços
Torna-se pois necessário:
Permitir igualde de oportunidade no acesso às tecnologias da informação e
comunicação (inclusão de todas as pessoas e regiões na sociedade de informação)
Desenvolver uma melhor rede de transportes, nomeadamente de transportes públicos
que no nosso país revelam algum descontentamento.
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A multiplicidade dos espaços de vivência
Atualmente, assiste-se a um alargamento constante dos espaços de vivência e de
interação entre pessoas e territórios.
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sinistralidade rodoviária um problema grave em muitos países da União Europeia. Portugal
encontra-se acima da média comunitária.
O crescimento do número de veículos em circulação fez aumentar bastante o número
de acidentes com vítimas. Porém, a melhoria da segurança dos veículos e da rede rodoviária
nacional permitiu que a gravidade dos acidentes diminuísse significativamente.
Causas da Sinistralidade rodoviária
Problemas técnicos dos veículos
Maior número de veículos a circular
Condições da via
o Piso em mau estado (buracos, utilização de alcatrão com fraca aderência
(escorregadio)
Deficiências nos traçados
o Inclinações acentuadas
Nota Geralmente não se associa a
o Curvas mal sinalizadas
causa de um acidente a
Comportamento dos condutores
o Condução alcoolizada causas naturais, a
o Excesso de velocidade responsabilidade foi do
Condições meteorológicas condutor que não adequou a
o Formação de lençóis de água sua condução às condições
apresentadas
A RESOLUÇÃO deste problema implica:
Uma alteração de mentalidades e de comportamentos individuais - só possível através
da educação e da formação para a segurança rodoviária.
Neste âmbito, foi elaborado o Plano Nacional de Prevenção Rodoviária com o objetivo de
aumentar a segurança rodoviária no nosso País, de modo a reduzir em 50% o número de
vítimas mortais e feridos graves, até 2010.
O ambiente e a Saúde
O crescimento da utilização dos transportes e portanto o consumo de combustíveis
fósseis como fontes de energia tem alguns impactes sobre a qualidade de vida da população
(decorrentes dos problemas de poluição ambiental).
O setor dos transportes é um dos principais responsáveis pela emissão de gases que
contribuem para o agravamento do efeito de estufa e para a formação de ozono na
troposfera.
Protocolo de Quito
Objetivo Reduzir as emições de gases que contribuem para o efeito de estufa.
Portugal não está a conseguir cumprir o protocolo cujos objetivos estão estipulados até 2012.
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A diminuição dos problemas ambientais e de saúde associados aos transportes é também uma
das preocupações da política nacional e comunitária para este setor, o que está patente em
medidas como:
A decisão de reduzir o peso do transporte rodoviário face aos restantes modos de
transporte, por ser o mais poluente;
A diretiva comunitária 2003/30/CE, pela qual cada Estado-membro deverá assegurar a
colocação no mercado de uma quota mínima de biocombustíveis ou de outros
combustíveis renováveis;
O aumento dos investimentos em Investigação e Desenvolvimento, para viabilizar a
utilização de energias menos poluentes e diminuir o consumo de energia, sobretudo
nos transportes rodoviário e aéreo;
A criação de iniciativas como o Dia Europeu sem Carros e de programas como o
«Miniautocarros Elétricos em Frotas de Transportes Urbanos».
O transporte marítimo causa também graves problemas ambientais que se associam
principalmente aos desastres com petroleiros, que originam marés negras, e às lavagens de
porões sem respeito pelas normas de segurança ambiental.
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Os perigos associados ao “convívio” com desconhecidos na Internet, principalmente,
para os mais jovens;
Os perigos para a saúde humana, como são a emissão de radiações nocivas e os
problemas psicológicos de dependência.
Portugal
na
União Europeia
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A integração de Portugal na união europeia: novos desafios, novas oportunidades
Alargamento em 2004
o Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa, Eslováquia,
Hungria, Eslovénia, Chipre e Malta
Alargamento em 2007
o Roménia e Bulgária
Países em negociação de adesão
o Croácia (2013) e Turquia (ainda não entrou devido à instabilidade
política e pelo facto de não conseguir cumprir os critérios de
Copenhaga)
Países candidatos
o Islândia e Macedónia
Países potenciais candidatos
o Albânia, Bósnia Herzegovina, Montenegro e Sérvia
“Eurolândia” - Zona Euro
o Portugal, Espanha, França, Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre,
Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Finlândia, Grécia, República da Irlanda,
Itália, Luxemburgo, Malta e Países Baixos
Um alargamento constitui um grande desafio para a União Europeia e para cada um dos
Estados-membros, sobretudo para os mais periféricos, como Portugal.
Noções
Acervo Comunitário Conjunto de leis e normas da UE que cada país deve transpor para a
sua legislação nacional.
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A definição de novos instrumentos de apoio técnico e financeiro à preparação dos
países candidatos à adesão.
Os apoios comunitários, antes e nos primeiros anos após a adesão, são fundamentais
para a integração dos países candidatos e dos novos Estados-Membros. Isto significa que são
necessários para que os países que querem aderir à UE possam cumprir os critérios de
Copenhaga. Servem também para aproximar os vários setores.
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Alargamento: desafios e oportunidades para Portugal
Com o alargamento, Portugal enfrentou também novos desafios. Geograficamente,
tornou-se mais periférico e, desde logo, viu reduzidos os fundos estruturais, já que a média
comunitária do PIB por habitante baixou e algumas regiões portuguesas situam-se, agora,
acima dela. Além disso, há maior concorrência para as exportações portuguesas e na
captação de investimento estrangeiro, pois os novos Estados-membros têm algumas
vantagens:
Encontram-se, de um modo geral, mais perto dos países da UE com maior
poder de compra;
Possuem mão de obra mais instruída e qualificada e, em alguns casos, com
remuneração média inferior;
Alguns desses países apresentam uma maior produtividade do trabalho;
Estes países beneficiam de mais apoios comunitários.
Tratado de Maastricht
Conferiu às ações no domínio do ambiente o estatuto de política comunitária,
salientando a necessidade da sua integração nas restantes políticas.
Tratado de Amesterdão
Colocou o princípio do desenvolvimento sustentável e a obtenção de um nível elevado
de proteção ambiental entre as principais prioridades da política comunitária.
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Em defesa do ambiente na UE: Desde 1967, a maioria dos programas definidos para proteger
o ambiente são os Programas de Ação em Matéria de Ambiente.
Life +
Nota À medida que o tempo passa, aumentam as verbas para estes programas
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dos resíduos
Natureza e biodiversidade
A diversidade dos ecossistemas e das paisagens é património ecológico, cultural e
económico.
A nível comunitário, o sexto programa de ação em matéria de ambiente definiu como
principais objetivos:
Proteger e, se necessário, restaurara a estrutura e o funcionamento dos
sistemas naturais;
Deter a perda da biodiversidade, na UE e à escala mundial;
Proteger os solos da erosão e da poluição.
A criação de uma rede ecológica coerente, denominada Rede Natura 2000, constitui um
instrumento fundamental da política da UE em matéria de conservação da Natureza e da
biodiversidade.
Resíduos
Associada à exploração e utilização dos recursos naturais está a produção de resíduos
que tem vindo a aumentar, tanto em Portugal como na União Europeia, prevendo-se que
cresça ainda mais.
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A política comunitária dá prioridade à prevenção da produção de resíduos, à sua
recuperação (inclui a reutilização, reciclagem e a recuperação energética) e incineração
(queimar os resíduos) e, como último recurso, a deposição em aterros.
Responsabilidade ambiental
É cada vez maior a consciência de que, para o desenvolvimento sustentável, são
fundamentais a preservação do património natural e a diminuição do risco de degradação
ambiental e de que tais tarefas são responsabilidade de todos. Daí a importância da educação
ambiental e da responsabilização por danos ambientais.
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