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O cérebro é dividido em regiões, e cada uma delas é responsável por certas funções:
o Lobo frontal: coordena atividades motoras, pensamento, escrita, fala, linguagem articulada (cognição)
o Lobo parietal: coordena as sensações da pele,
o Lobo temporal: memória e audição
o Lobo occipital: visão
A memória de trabalho se deve aos circuitos envolvidos do córtex pré-frontal (transmissão glutamatérgica) e os
dos núcleos da amígdala (transmissão colinérgica) no lobo temporal, que ligam essas estruturas entre si e com o
córtex temporal inferior e o hipocampo, reconhecendo o início e o fim de cada experiência, se a informação está
sendo processada ou não, se é importante ou não e se requer uma resposta imediata ou não.
O processamento das memórias declarativas envolve o hipocampo, o córtex entorrinal, o córtex cingulado, o
córtex parietal e a amígdala (neurônios GABAérgicos atuando sobre os receptores GABA, primeira linha de
moduladores da formação de todo e qualquer tipo de memória).
A memória de curta duração é regulada por receptores dopaminérgicos, noradrenérgicos, serotoninérgicos e
colinérgicos no hipocampo, no córtex entorrinal e no córtex parietal posterior.
A memória de longa duração é fortemente modulada por receptores dopaminérgicos, noradrenérgicos,
serotoninérgicos e colinérgicos muscarínicos no hipocampo, no córtex entorrinal, no córtex cingulado e no
córtex parietal posterior. A terceira linha de moduladores da consolidação das memórias atua basicamente na
de longa duração, e está composta por neuromoduladores (betaendorfina, vasopressina, peptídios e
benzodiazepinas endógenas) e hormônios periféricos (destes se destacam os chamados hormônios do estresse
– ACTH, corticoides, epinefrina, norepinefrina e vasopressina).
As memórias procedurais são processadas preponderantemente pelo neoestriado e pelo cerebelo, e sistemas a
eles associados.
Brancos: devidos ao estresse ou ansiedade excessiva e causados pela ação de corticoides, secretados em
excesso pelas adrenais, sobre a amígdala dorsolateral e o hipocampo. Na evocação participam pelo menos seis
estruturas interligadas: o córtex pré-frontal, o hipocampo, os córtices entorrinal, parietal e cingulado anterior e
a amígdala basolateral. O córtex pré-frontal atua por meio de sua memória de trabalho ou operacional.
Diferentes áreas cerebrais processam diferentes tipos de memória.
Alterações morfológicas da substância branca e corpo caloso resultam em perda de grandes e pequenos
neurônios e/ou retração dos grandes neurônios corticais que são observados a partir dos 65 anos. Por outro
lado, a preservação relativa de algumas partes da substância branca cerebral e do corpo caloso sugere que uma
certa proporção de perda e/ou retração dos neurônios corticais está relacionada com os neurônios que não
possuem prolongamentos na substância branca (neurônios de associação intracorticais).
O RNA citoplasmático se reduz regularmente com a idade nos neurônios do córtex frontal, giro hipocampal,
células piramidais do hipocampo e células de Purkinje do cerebelo, entre outros; associado à redução da
substância de Nissl, mais o acúmulo de lipofucsina, resulta em atrofia neuronal simples ou pigmentar,
observada em maior grau no córtex cerebral, principalmente nas células piramidais.
(Chegou-se à conclusão de que as alterações mais significativas que ocorrem no envelhecimento são: retração
do corpo celular (pericário) dos grandes neurônios, aumento relativo da população dos pequenos neurônios e
adelgaçamento da espessura cortical, contrapondo-se aos trabalhos das décadas de 1950-1960, que se
relacionavam mais à perda celular.)
O cérebro tem certas propriedades, que podem diminuir essas mudanças adversas. Primeiro, a chamada
redundância, isto é, existem muito mais células nervosas do que o necessário. Segundo, os mecanismos
compensadores, que podem aparecer quando o cérebro for lesado, e são mais eficientes quanto mais altos
forem os centros atingidos. Terceiro, a plasticidade, que ocorre quando já havia um reconhecimento prévio
(rede de dendritos).
Tanto os aspectos positivos quanto os negativos dessas mudanças são afetados por fatores externos, tais como
ação de fármacos.
Até os 80 anos, a capacidade intelectual pode ser mantida em pessoas sem dano cerebral; até os 70 anos são
mantidas as habilidades verbais, embora algumas alterações sutis possam ocorrer normalmente, incluindo
dificuldade de aprendizagem e esquecimento banais.
O número de
células nervosas
decresce com o
envelhecimento
normal. Em
algumas áreas, a
perda celular é
mínima,
enquanto em
outras (p. ex.,
hipocampo), a
perda é
pronunciada.
Em média, o
peso do cérebro
diminui
gradualmente,
em cerca de
10%, da
segunda e
terceira décadas
até os 90 anos.
A perda de peso
cerebral não
está bem
correlacionada
com a
inteligência. A
demência pode
ocorrer em
pacientes que
apresentem
espaços
ventriculares
normais para sua idade. Outras mudanças que ocorrem no cérebro incluem: depósito de lipofucsina nas células
nervosas, depósito amiloide nos vasos sanguíneos e células, aparecimento de placas senis e, menos
frequentemente, emaranhados neurofibrilares. Embora as placas e emaranhados sejam característicos da
doença de Alzheimer (DA), eles podem aparecer em cérebros de idosos sem evidência de demência.
A estabilidade do neurônio de não ser capaz de se dividir, responsável pela cognição, é também o atributo
fundamental do envelhecimento.
Após os 10 a 15 anos, o declínio do metabolismo da glicose é seguido por uma redução de cerca de 20% do
tamanho médio das células nervosas do córtex cerebral. Esse declínio do metabolismo da glicose é, com
certeza, o precursor das alterações morfológicas irreversíveis causadas pela perda de dendritos e sinapses. A
consequência clínica de um (turnover reduzido da glicose é a diminuição da adaptabilidade aos estímulos
ambientais (definição de envelhecimento da OMS).
Antidepressivos
Todos os antidepressivos disponíveis apresentam eficácia terapêutica quando comparados a placebo. Portanto,
a escolha do fármaco para o tratamento deve estar baseada no perfil dos efeitos colaterais, na interação com
outras substâncias. Concomitantemente, avalia-se a qualidade dos sintomas e a presença de comorbidades.
O início da terapêutica
no idoso deve seguir o
axioma do começar com
doses baixas e aumentá-
las aos poucos, porém
alcançando a dose
terapêutica, uma vez
que a utilização de
subdoses é o principal
fator da inadequação da
resposta aos
antidepressivos.
Para todos
antidepressivos existe
uma fase de latência de
4 a 8 semanas para o
início da ação
terapêutica, apesar dos
efeitos colaterais
poderem surgir
precocemente, o que
muitas vezes provoca o
abandono do
tratamento nos
pacientes que não estão
esclarecidos sobre essa
possibilidade.
Para que a escolha do antidepressivo seja adequada, deve-se observar três fatores: sintomas clínicos associados
à redução da disponibilidade de cada um dos neurotransmissores, perfil de inibição destes pelos antidepressivos
e mecanismo de desenvolvimento dos efeitos colaterais.