Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
a) Temas programáticos:
Quantidade de calor
Capacidade calorífica e capacidade calorífica específica dos sólidos
Temperatura
b) Objectivo
Treinar a utilização de termómetros, calorímetros e termopares em experiencias
caloríficas
Determinar a capacidade calorífica específica do alumínio, ferro e latão
Verificar o cumprimento da Lei de Dulong e Petit
d) Conhecimentos necessários:
Definição da energia interna, da temperatura de um sólido e da capacidade calorífica;
funcionamento de um termopar e dum calorímetro.
f) Teoria
Termopar
n1 n2 Figura a: Zona de
contacto
dos dois metais
Por tanto, electrões do metal com densidade mais alta vão difundir no metal de densidade dos
electrões mais baixa.
Forma-se assim uma zona da carga positiva e uma zona de carga negativa perto do contacto.
Existirá, então, uma diferença de potencial ou tensão eléctrica (ou voltagem) nos extremos do
contacto, que é função da temperatura e depende também dos metais que formam o par (figura
b). Por tanto, dados dois metais
1
Figura b. Par termoeléctrico
formado pelos metais A e B
Para aumentar a temperatura de uma dada peça de metal na quantidade ∆T, uma energia térmica
∆Q é necessária, onde:
δQ
C=
dT
(2)
C
c=
m
(3)
Quer dizer, o calor específico é a quantidade de calor que precisa a unidade de massa da
substância dada para elevar a sua temperatura num grau. Quando a quantidade de substância
refere-se a um mole, estamos a definir o que se chama de Capacidade calorífica molar ou calor
específico molar.
2
A quantidade do calor absorvido δQ depende dos parâmetros e condições sob as quais fica o
corpo quando a temperatura sobe. Assim, por exemplo, quando o calor é absorvido a pressão
constante, define se o calor específico a pressão constante, C p, entanto quando o volume é
constante define se o calor específico a volume constante, C v, sendo que Cp> Cv. No caso dos
sólidos, a variação do volume durante a absorção do calor é pequena e C p≈ Cv. Por outro lado,
pode-se demonstrar que:
C v= ( δUδT )
V
, (4)
c V =3 Nk
, (5)
Elemento TD
Al 419K
Fe 462K
Cu 335K
Zn 100K
Tabela 1: Temperaturas de Debye de varios metais:
3
Figura c: Calorímetro com água, termopar com interface e aparelhos para aquecer
blocos de metal á 100ºC.
h) Procedimento experimental
4
1) Pese os blocos de alumínio e aqueça-lhos num banho de água até 100ºC.
2) Utilizando um termómetro, meça a temperatura de 200g de água dentro dum
calorímetro, onde fica também um termopar ligado a um computador através duma
interface, como na figura c. Retire o termómetro.
3) Retire os blocos de alumínio do banho a 100ºC e rapidamente introduza-lhos no
calorímetro. Ajuste a tampa do calorímetro e simultaneamente começa a medição da
temperatura mediante o software no computador. Programe os parâmetros do software
para realizar 100 medições. Quando as medições finalizem, observe os últimos valores
da tabela fornecida pelo computador. Deve obter se um valor constante da temperatura
(os valores finais da tabela se repetem), o que corresponde ao valor final atingido.
4) Repita o mesmo procedimento para blocos de ferro e latão.
5) No relatório, calcule a capacidade calorífica específica do alumínio, do ferro e do latão
utilizando a equação (7).
6) Calcule as capacidades caloríficas molares dos três metais a partir dos valores das
capacidades específicas determinadas no ponto anterior e levando em conta os valores
seguintes para as massas molares dos mesmos:
Massa molar do alumínio = 26,98 g/mol
Massa molar do ferro = 55,84 g/mol
Massa molecular do latão = 63,38 g/mol
Compare os valores obtidos com o resultado da Lei de Dulong e Petit.