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Resumo— Este trabalho apresenta uma arquitetura multi - órgão centralizador do Ministério da Previdência e
agente para o monitoramento de infecções hospitalares em Assistência Social, da política de saúde, determina que em
unidades de tratamento intensivo neonatal. O objetivo é fazer todos os seus hospitais sejam instituídas CCIH, para
interagir, de forma dinâmica e inteligente, fontes de assessoramento da Direção. [5]
informações distribuídas que auxiliem as comissõe s de Em 1983, o Ministério da Saúde promulga a Portaria
controle de infecções hospitalares na sua tarefa de evitar ou n.º169, de 24 de junho deste ano, determinando que todos
minimizar as infecções hospitalares. A escolha do modelo os hospitais do País deverão manter CCIH, independente da
agente distribuído baseou-se nas seguintes premissas: (i) ser natureza da instituição mantenedora. [6]
um problema cuja decomposição em subproblemas é natural, As CCIH efetuam suas verificações em determinados
à medida que cada subproblema pode ser representado e períodos de tempo, normalmente mensalmente, conforme
implementado como um agente autônomo; (ii) a interação funcionamento do Sistema Nacional de Informação para o
entre os agentes pode tornar o sistema mais confiável, à Controle de Infecções em Serviços de Saúde (Sinais 1) [7].
medida que as trocas de informações, em tempo real, entre os Isto é realizado consolidado as informações dos prontuários
agentes podem resolver situações difíceis pelo número de dos pacientes, e estimando a taxa de IH envolvida no
especialistas e recursos exigidos de forma dinâmica; e (iii) o hospital.
paralelismo natural em sistema multi-agente pode contribuir Segundo Zanon [3], para propor medidas de controle das
de forma considerável na implementação de um sistema de IH nos centros de saúde torna-se necessário: demonstrar a
alto desempenho e disponibilidade. Estas premissas, no ocorrência de um aumento significativo na incidência de
contexto de engenharia de software, facilitam a decomposição infecções; localizar áreas ou serviços em que esse aumento
do problema em entidades fracamente acopladas e fortemente ocorreu; determinar a localização topográfica da infecção; e
coesas que são os princípios básicos para se construir iden tificar o agente etiológico responsável em cada caso.
sistemas mais fáceis de mantê-los. Finalmente, a proposta A ferramenta resultante deste trabalho efetua a
envolve um exame sobre o conce ito de infecção hospitalar e monitoração em tempo real, da possibilidade de IH de um
agente de software. paciente alojado em uma unidade de tratamento intensivo
Palavras chave — Infecção Hospitalar, Agentes de Software, neonatal (UTI-Neonatal).
Monitoração de Infecção Hospitalar. Esta pesquisa inc rementa o sistema proposto por Beltrão
para a predição do cálculo do potencial de risco de IH [8]:
I. INTRODUÇÃO coletando informações dos setores hospitalares ou unidades
de atendimento de forma distribuída; processando estas
I nfecção hospitalar (IH) ou nosocomial, é definida como
sendo aquela que não está presente nem incubando na
admissão no hospital. Qualquer infecção do neonato
informações, através da rede bayesiana já existente para este
cálculo [8]; e apresentando em tempo real, a possibilidade de
IH do paciente em forma gráfica amigável para
ocorrida até 28º dia de vida é classificada como hospitalar,
monitoramento por parte da CCIH.
desde que a via de aquisição não seja transplacentária. [1]
A ocorrência de IH tem sido identificada como um
II. METODOLOGIA
importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo.
[2] Para colaborar para minimizar a ocorrência de IH em UTI-
Em 1958 foi recomendado pela American Hospital Neonatal, este trabalho aspira em utilizar técnicas de
Association, a criação das Comissões de Controle de Inteligência Artificial (IA) associadas, para monitorar em
Infecções Hospitalares (CCIH), devido ao aumento das tempo real as possibilidades de IH, de um determinado
estafilococcias hospitalares ocorridas naquela década. O paciente. Para tanto foram utilizadas as técnicas de: agentes
foco desta comissão foi dotar os hospitais de um de software e redes bayesianas.
instrumento que lhes permitisse apurar se as infecções, Agentes de software são entidades que fazem um
eventualmente neles adquiridas, decorreram ou não da conjunto de operações em favor do usuário ou outro
desobediência aos regulamentos de proteção ao doente. [3] programa com algum grau de independência e autonomia.
O principal propósito da equipe da CCIH é reduzir o Fazendo isso, empregam algum conhecimento ou
número de infecções passíveis de prevenção, a custos representação dos objetivos e desejos dos usuários.
acessíveis. [4]
No Brasil, a primeira CCIH de que se teve relato, data de 1 Sinais é um programa gratuito desenvolvido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
1963, no Hospital Ernesto Dornelles, no Rio Grande do Sul. (ANVISA) para obter os indicadores de infecção nos serviços de saúde, alimentando um banco