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Marcas da Cerâmica das Caldas | As Colecções do Museu da Cerâmica e do Museu José Malhoa

Marcas da Cerâmica das Caldas


As Colecções do Museu da Cerâmica
MUSEU DA CERÂMICA e do Museu José Malhoa
Imagem da capa
Talha (pormenor)
Barro branco. Peça moldada e modelada
alt. 80 x diâm. 60 cm
MJM 108 Marcas da Cerâmica das Caldas 02
01
As Colecções do Museu da Cerâmica e do Museu José Malhoa

Instituto dos Museus e da Conservação


Museu da Cerâmica
Caldas da Rainha
MUSEU DA CERÂMICA 2010
FICHA TÉCNICA
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Matilde Tomaz do Couto

AUTORES
Guilhermina Costa
Marta Pereira

REVISÃO
Marta Pereira

DESIGN GRÁFICO
Lara Moro

PRÉ-IMPRESSÃO, IMPRESSÃO E ACABAMENTO


Printmor Impressores, Lda.

Instituto dos Museus e da Conservação, I. P., Museu da Cerâmica


1ª edição, 2010

© CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS
Divisão de Documentação Fotográfica
Instituto dos Museus e da Conservação, I. P.
Fotógrafos: Francisco Matias (MC 314) e José Pessoa (MJM 49, 334, 352, 637; MC 353,
1105, 1107, 2765 / 2766)
Museu da Cerâmica, Marta Pereira

02 ISBN: 978-972-776-437-2 03
02

Depósito legal:

Jarra
Barro branco. Peça moldada e modelada
alt. 22 x diâm. 11 cm
MC 2392
INDICE

Nota introdutória 06
Adelino Soares de Oliveira 08
Afonso Duarte Angélico 10
Aires Constantino Leal 11
Ângelo Marcelino Garcia 13
António Alves Cunha 15
António Moreira da Câmara 16
António de Sousa Liso 19
António Oliveira 21
Atelier Cerâmico 22
Augusto Baptista Carvalho 25
Avelino António Soares Belo 27
Costa Motta Sobrinho – Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha 29
Eduardo Augusto Mafra 33
Eduardo Mafra Elias 35
Francisco Gomes Avelar 36
Francisco Frazão 39
Herculano Elias 40
Jesuíno dos Reis 43
04 02
05
João Coelho César 45
João de Deus dos Reis 47
João dos Reis 49
João Duarte Angélico 50
José Alves Cunha 53
José Alves Cunha Sucessor 55
José Avelino Soares Belo 56
José Francisco Sousa 58
José Luiz Saloio 62
L. Mesquita 63
Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro – Fábrica Bordallo Pinheiro, Lda. 64
Manuel Cipriano Gomes Mafra 67
Rafael Bordalo Pinheiro – Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha 73
Bibliografia 79

Jarra. Gaio
Barro branco. Peça moldada e modelada
alt. 41 x diâm. 28 cm
MC 88
É com Manuel Cipriano Gomes, o Mafra (1829-1905), que a cerâmica das pelas técnicas do Museu da Cerâmica, Guilhermina Costa e Marta Pereira,
Caldas conhece a marcação das peças. Manuel Mafra não só introduz este cuidado e colaboração do Museu José Malhoa, teve ainda suporte nos testemunhos de
de identificação, como o mesmo corresponde a um conjunto de factores que, Mestre Herculano Elias (n. 1932) e no acervo documental do Museu, designadamente
pela sua mão, incrementam a arte do barro, seja o apuramento das formas até então o espólio manuscrito de Francisco José Teodoro Malhoa (1922-2006).
ainda arcaizantes e a diversificação de vidrados, seja a introdução de novas técnicas
ou a bem sucedida internacionalização, num surto inovador que caracteriza Instrumento de trabalho que compulsa as colecções dos Museus, mas também
a sua actuação. instrumento potenciador de novas pesquisas e atribuições, o presente livro de Marcas
da Cerâmica das Caldas. As Colecções do Museu da Cerâmica e do Museu José
Revela-se este um advento para a cerâmica das Caldas, em breve confirmado Malhoa mostra-se também uma obra dinâmica enquanto reflexo e motivador
e dilatado pela chegada de Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905) e a construção da investigação, crescimento e valorização das colecções museológicas.
e laboração da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha (1884), onde dá largas
ao seu génio criador, enquanto alia as pesquisas e avanços técnicos à tradição
e às estéticas emergentes e projecta a cerâmica das Caldas para o exterior. Discípulos Matilde Tomaz do Couto
06 de Bordalo então se distinguem, como Francisco Elias (1869-1937) e Avelino Belo Directora do Museu José Malhoa e do Museu da Cerâmica 07

(1872-1927), que se imporão com notáveis carreiras autónomas. Dão continuidade


a toda esta novidade artística plasmada na cerâmica Manuel Gustavo Bordalo
Pinheiro (1867-1920) e o escultor Costa Motta Sobrinho (1877-1956), produzindo
peças de inspiração “arte nova” e “art déco”, em distintas fábricas oriundas
do património bordaliano.

Dinastias de ceramistas desenvolvem a sua actividade neste contexto de grande


actividade cerâmica, concorrendo também para a afirmação de uma identidade
da vila – depois cidade a partir de 1927 – e que as colecções do Museu da Cerâmica
e do Museu José Malhoa representam na sua riqueza e diversidade.
A identificação, estudo e sistematização das marcas em presença é um trabalho que
os Museus têm levado a cabo ao longo do tempo, que ora se apresenta em dicionário
organizado alfabeticamente, o qual vem compulsar os artistas representados
e as respectivas variantes aqui reproduzidas. Tarefa aturadamente levada a cabo
Adelino Soares de Oliveira (1866-1935)
Aos vinte anos de idade, Adelino Soares de Oliveira iniciou a sua
aprendizagem cerâmica na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, dirigida por
Rafael Bordalo Pinheiro (vide este autor), tendo como profissão a de oleiro de roda
e onde frequentou aulas práticas dedicadas à profissão de ceramista. Teve também
aulas complementares na Escola de Desenho Industrial Rainha Dona Leonor,
nas Caldas da Rainha.
Permaneceu na Fábrica de Faianças até 1892, saindo para estabelecer a sua própria
oficina, para trabalhar o barro, situada na Rua do Cais, nº 38, e com venda no Largo
da Copa, actual Largo da Rainha Dona Leonor, junto do Hospital Termal.
Tratou-se de uma oficina caseira, com empregados familiares e poucos serventes
de fora, tendo uma produção activa até cerca de 1920.
Dedicou-se especialmente à louça produzida na roda, quase sempre em barro
vermelho, tendo como principais modelos peças para líquidos, bilhas, garrafas,
08 jarros, moringues, canecas, e outras utilitárias, em que a maioria eram peças 09

sem vidrado.
Exportou para África peças de cerâmica de carácter artístico aliado ao utilitário,
muito apreciadas pelo cunho artesanal, como paliteiros, cinzeiros, caixas e outro
tipo de peças de pequenas dimensões e de formas simples.
Adelino Soares de Oliveira era comummente conhecido como Adelino dos Burros,
por ser uma figura extremamente popular que andava de terra em terra com a sua
carroça, a vender os seus produtos cerâmicos.

ADELINO S. DE OLIVEIRA / CALDAS RAINHA,


inserido numa ferradura Garrafa
Carimbo gravado na pasta Barro vermelho. Peça rodada
Datação da marca: 1892-1920 alt. 27 x diâm. 13,5 cm
MC 1480 MC 1480
Afonso Duarte Angélico (1912-1977) Aires Constantino Leal (1890-1964)
Em 1924, com apenas doze anos, Afonso Duarte Angélico era aluno Iniciou o ofício de cerâmico na olaria do seu pai, Constantino Inácio Correia,
da Escola Industrial e Comercial Rafael Bordalo Pinheiro, nas Caldas da Rainha, onde executando peças à roda. Em 1910, após a morte do pai, fundou a sua própria oficina,
obteve a classificação de 16 valores na disciplina de Modelação. onde produziu louça artística.
Aquando da morte de seu pai, João Duarte Angélico (vide este autor), em 1926, A fábrica empregava cerca de dez artífices, produzindo dentro da tradição caldense,
dá continuidade à laboração da Fábrica, juntamente com a sua mãe Olinda. principalmente pratos ornamentados em alto-relevo, pequenas peças feitas na roda
Afonso Duarte Angélico foi um profissional muito criativo, com desenvolvidos e paliteiros figurados com animais.
conhecimentos técnicos, dedicando-se às várias fases de produção, desde a roda A partir de 1930, tomou de trespasse a fábrica de João Arroja, entrando numa fase
e a modelação, à cozedura e vidragem, executando com um só molde o mesmo de excelente produção, com um aumento significativo das peças de cerâmica
motivo animalista em várias posições. artística, tornando-se numa das principais e maiores indústrias de cerâmica caldense.

AFONSO ANGELICO / CALDAS DA RAINHA, AIRES C. LEAL / CALDAS DA RAINHA / PORTUGAL,


inserido numa elipse com bordo recortado inserido numa elipse
Carimbo gravado na pasta Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: cerca de 1926 Datação da marca: 1910-1964
MC 2405 MC 3140
10 11

Travessa Prato. Peixes


Barro vermelho. Peça moldada Barro vermelho. Peça rodada e moldada
alt. 5 x comp. 32,5 x larg. 25 cm alt. 4,5 x diâm. 21 cm
MC 2405 MC 3140
Ângelo Marcelino Garcia (1871-1910)
Ângelo Marcelino Garcia foi casado com Henriqueta Cunha, filha de José
Alves Cunha (vide este autor).
Por volta de 1875, juntamente com a esposa, assumiu a gerência da fábrica de José
Alves Cunha, situada na então Rua do Jogo da Bola, actualmente a Rua Almirante
Cândido dos Reis, vulgo Rua das Montras.

AMG / CALDAS DA RAINHA / PORTUGAL AMG / CALDAS DA RAINHA / PORTUGAL


(monograma com as iniciais sobrepostas atribuído a Ângelo Marcelino (monograma com as iniciais sobrepostas atribuído a Ângelo Marcelino
Garcia; esta marca tem sido identificada como Francisco Gomes de Avelar, Garcia; esta marca tem sido identificada como Francisco Gomes de Avelar,
vide este autor) vide este autor)
Carimbo gravado na pasta Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: Cerca de 1875 Datação da marca: Cerca de 1875
MC 3112 MJM 77

12 13
Prato. Rosas Tinteiro
Barro vermelho. Peça moldada e modelada Barro branco. Peça moldada e modelada
alt. 6,5 x diâm. 31,5 cm alt. 15 x comp. 18 x larg. 16,2 cm
MC 3112 MJM 77
António Alves Cunha (1856-1941)
ANTONIO ALVES / CALDAS DA RAINHA / CUNHA, Nascido no seio de uma família de ceramistas, dirigiu a sua própria oficina
inserido numa elipse
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1890-1925
entre 1890 e 1925, seguindo uma linha de inspiração naturalista iniciada por Manuel
MJM 507
Mafra (vide este autor), produzindo também com moldes e materiais que tinham
pertencido a este ceramista.
Era especialista na produção de flores executadas manualmente em barro.
A sua obra não é tão monumental nem tão ornamental como a de Mafra, mas revela-
Jarra
Barro branco. Peça moldada e modelada
se de elevada qualidade, devido também ao numeroso grupo de operários que tinha
alt. 27,8 x comp. 17 x larg. 16 cm
MJM 507 a seu cargo.
Por volta de 1925, em consequência da crise económica da época, passou o fabrico
para Eduardo Mafra Elias (vide este autor) e João Arroja.

ANTONIO ALVES / CALDAS DA RAINHA / CUNHA,


inserido numa elipse
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1890-1925
MC 1492

14 15
Tinteiro
Barro branco. Peça moldada
alt. 6,5 x comp. 11 x larg. 9 cm
MC 1492
António Moreira da Câmara (1854-1933)
António Moreira da Câmara foi um industrial cerâmico, apesar de não ter
prática da profissão.
De início, associou-se a outros ceramistas para posteriormente formar a sua própria
oficina com operários, onde se dedicou à produção de objectos tradicionais
de olaria e de peças de pequena dimensão, para recordação dos forasteiros
em visita às Caldas da Rainha.
No período de 1893 até 1903, e talvez por dificuldades económicas, constituiu
sociedade com José Francisco de Sousa (vide este autor) e com o seu filho Salvador
Fausto de Sousa, tendo essa firma incorporado a antiga fábrica de António de Sousa
Liso (vide este autor); mais tarde, terá pertencido a José Francisco de Sousa.
O fabrico de António Moreira da Câmara permaneceu até 1907.

16 17
ANTONIO MOREIRA DA CAMARA / CALDAS DA RAINHA /
FABRICA DE FAIANÇAS PORTUGAL, inserido num círculo
com uma flor ao centro e rematado por uma balança
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1893-1907
MC 2395

Floreira
Barro vermelho. Peça moldada
alt. 64 x comp. 43 x larg. 34 cm
MC 2395
António de Sousa Liso (1810-1862)
António de Sousa Liso não foi um cerâmico profissional, mas sim um
proprietário que terá juntado um grupo de ceramistas, montando uma oficina na
Rua do Jogo da Bola, actual Rua Almirante Cândido dos Reis, vulgo Rua das Montras.

Floreira
Barro branco. Peça moldada
alt. 22,3 x comp. 30 x larg. 20,2 cm
MJM 366
18 19

A. S. L. (iniciais de António de Sousa Liso),


inserido em reserva rematada por três motivos
vegetalistas
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1855-1862
MJM 366
António Oliveira (1869-1943)
António Oliveira iniciou a sua aprendizagem na Fábrica de Faianças das
Caldas da Rainha, tendo como principal actividade e especialidade a profissão
de oleiro-rodista.
Em 1890, montou a sua própria oficina de olaria, na Rua Quinze de Maio,
onde produziu essencialmente peças de cariz utilitário.
A partir dos anos trinta ensinou a arte do barro aos seus netos, Álvaro José de Oliveira
Mendes e Francisco Manuel de Oliveira Mendes, os quais continuaram a sua produção,
acrescentando posteriormente a decoração artística e criativa às suas peças,
que produziram para o comércio nacional e internacional.

Alguidar
Barro vermelho. Peça rodada
alt. 25 x diâm. 80 cm
MC 922
20 21

ANTONIO OLIVEIRA / HERDEIROS / RUA 1 MAIO / CALDAS DA


RAINHA, inserido num circulo
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1890-1943
MC 922
Atelier Cerâmico (1892-1896)
O Atelier Cerâmico foi uma oficina fundada pelo Visconde de Sacavém, ATELIER CERAMICO / CALDAS DA RAINHA, inserido num círculo
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1892-1896
em 1892, no espaço onde actualmente se encontra o Museu da Cerâmica, nas Caldas MC 410

da Rainha. A sua produção foi contemporânea à de Rafael Bordalo Pinheiro


(vide este autor) e destacou-se pela originalidade requintada das suas peças,
utilizando elementos decorativos naturalistas e historicistas, assim como ornamentos
da Arte Nova.
O Atelier Cerâmico teve como director artístico Joseph Füller, escultor austríaco,
que permaneceu na oficina até 1896, data em que o Visconde de Sacavém a transferiu
para Lisboa.
Apesar do fabrico ser limitado pelo curto período de actividade de cerca de quatro
anos, as obras revelam uma notável qualidade, inserindo-se no movimento artístico
revivalista de inspiração neorenascentista e neobarroco que marcou o final Prato. Calendário
Barro vermelho. Peça moldada e modelada
alt. 9 x diâm. 40 cm
do século XIX. Alguns elementos de decoração do exterior do Palacete Visconde MC 410
22 de Sacavém são testemunho desta produção. 23

ATELIER CERAMICO / CALDAS DA RAINHA, inserido num círculo


Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1892-1896
MJM 460

Porta-cartas
Barro vermelho. Peça moldada
alt. 15 x comp. 11,4 x larg. 5,3 cm
MJM 460
Augusto Baptista de Carvalho
Jarro Em 1895, Augusto Baptista de Carvalho, adquiriu parte da fábrica de Manuel
Barro vermelho. Peça moldada
alt. 30,3 x comp. 14,8 x larg. 14 cm
MJM 334
Cipriano Gomes Mafra (vide este autor), quando esta já era propriedade de seu filho
Eduardo Mafra (vide este autor). A fábrica laborou até cerca de 1900, passando
posteriormente para Pereira de Sousa, que nunca chegou a produzir.
Augusto Baptista de Carvalho não era cerâmico, apenas investidor e, como tal,
a direcção artística da fábrica cabia ao professor Eduardo Gonçalves Neves.
A sua produção manteve-se fiel à linha de Manuel Mafra, mas com algumas peças
de menor valor e qualidade artística, por vezes toscas, de temática inspirada em
motivos vegetalistas e animalistas.

24 25
FABRICA DE LOUÇAS / A. B. CARVALHO, FABRICA DE LOUÇAS / A. B. CARVALHO,
inserido numa elipse inserido numa elipse
Carimbo gravado na pasta Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1895-1900 Datação da marca: 1895-1900
MJM 334 MC 2856

Prato. Frutos
Barro vermelho. Peça moldada e modelada
alt. 8 x diâm. 30 cm
MC 2856
Avelino António Soares Belo (1872-1927)
Avelino Belo foi um aluno brilhante no Curso de Formação Profissional
que frequentou, na Escola de Desenho Industrial Rainha Dona Leonor, nas Caldas
da Rainha – um dos primeiros cursos realizados em Portugal com aulas técnicas
A. BELLO
Carimbo gravado na pasta e teóricas.
Datação da marca: 1899-1927
MC 1048 Iniciou o seu ofício como aprendiz na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, em
Suspensão. Borboleta
Barro branco. Peça moldada AVELINO ANTONIO SOARES BELLO / CALDAS DA RAINHA /
PORTUGAL – inserido numa esfera armilar com cruz no topo 1886, com Rafael Bordalo Pinheiro (vide este autor), que se apercebeu do seu talento
alt. 8,5 x comp. 13,5 x larg. 13 cm
MC 1048 AB. (iniciais de Avelino Belo)
Carimbo gravado na pasta invulgar de modelador.
Datação da marca: 1899-1927
MJM 209 Era um estudioso das pastas de argila e respectivas cozeduras, tendo adquirido vasto
Floreira
Barro vermelho. Peça modelada conhecimento no domínio dos vidrados. Ornamentava as suas peças com altos
alt. 12,5 x comp. 12,4 x larg. 6,7 cm
MJM 209 e baixos-relevos, e pintava a óleo sobre terracota, desenvolvendo sempre novas
técnicas, com destaque para a modelação em barro de medalhas comemorativas
e outras, técnica onde era especialista.
As divergências com Bordalo Pinheiro levaram-no a demitir-se da Fábrica de Faianças
26 das Caldas da Rainha, e, no final de 1896, ingressou no Atelier Cerâmico 27

(vide esta fábrica) do Visconde de Sacavém, oficina dirigida pelo escultor Josef
AVELINO A S BELLO / CALDAS DA RAINHA, com uma flor-de-lis ao centro
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1899-1927 Füller. Em 1899, abriu a sua própria fábrica, na Rua da Fé.
MJM 475
Recebeu diplomas, menções honrosas e diversos prémios em exposições nacionais
Talha
Barro branco. Peça moldada
alt. 41,3 x comp. 28,7 x larg. 29,5 cm e internacionais.
MJM 475

AVELINO ANTONIO SOARES BELLO / CALDAS DA RAINHA / PORTUGAL


AASBELLO (monograma de António Avelino Soares) inserido numa esfera armilar com cruz no topo
Carimbo gravado na pasta Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1899-1927 Datação da marca: 1899-1927
MJM 477 MC 2408
Busto Floreira
Barro branco. Peça moldada Barro Vermelho. Peça moldada e modelada
alt. 10 x diâm. 23 cm alt. 12 x comp. 12,5 x larg. 6,5cm
MJM 477 MC 2408
Avelino António Soares Belo (1872-1927) Costa Motta Sobrinho (1877-1956)
Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha
AVELINO A S BELLO / CALDAS DA RAINHA, com uma flor-de-lis
ao centro O Escultor António Augusto da Costa Motta Sobrinho era possuidor de um
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1899-1927
MC 208 profundo sentido estético e de sólidos conhecimentos técnicos e artísticos na área
da cerâmica. Após o falecimento de Rafael Bordalo Pinheiro (vide este autor)
e a alienação em hasta pública da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, assumiu
a direcção artística desta Fábrica, por convite do proprietário, Manuel Godinho
Cantil. Gungunhana Leal. Tornou-se percursor na inovação do design da cerâmica decorativa portuguesa
Barro vermelho. Peça moldada
alt. 25,5 x comp. 21,5 x larg. 6,5 cm e representante da Arte Nova, revelando nas suas peças artísticas grande originalidade
MC 208
e uma renovação do gosto erudito, de elevada qualidade técnica nos seus processos
de fabrico. A sua produção apresenta elementos de tradição naturalista oitocentista,
com formas estilizadas e desadornadas, onde sobressaem os vidrados uniformes
metalizados, que se encontram em peças constituídas por corpos sóbrios e elegantes,
com decorações harmoniosas e discretas, mas com modelos, texturas e brilhos
inéditos na cerâmica portuguesa.
28 29
Costa Motta Sobrinho contribuiu para a renovação da cerâmica das Caldas da Rainha,
dando continuidade à educação técnica e estética da comunidade, procurando
a complementaridade entre a indústria e a criação artística, aumentando assim
a formação do operariado. Exímio escultor, foi autor de um elevado número
de peças que embelezam praças e artérias de cidades portuguesas.
Participou em diversas exposições internacionais e comemorativas e salões de belas
artes, sendo distinguido com vários galardões.
Costa Motta Sobrinho (1877-1956)
FFCR (monograma de Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha) AS A
F. F. / C. R (Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha)
Carimbo gravado na pasta FFCR (iniciais de Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha)
Datação da marca: 1908-1916 Carimbo gravado na pasta. Inscrição pintada na pasta
MC 1105 Datação da marca: 1893-1905
MC 1556

Prato. Pimentos Jarro


Barro branco. Peça rodada e moldada Barro vermelho. Peça moldada
alt. 5 x diâm. 39,5 cm alt. 13,5 x comp. 13 x larg. 11 cm
MC 1105 MC 1556
30 31
Eduardo Augusto Mafra (1865-1926)
M. MAFRA FILHO / CALDAS / PORTUGAL, Eduardo Mafra prosseguiu a obra cerâmica de seu pai, Manuel Cipriano
com coroa ao centro
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1887-1890
Gomes Mafra (vide este autor). Em 1887, assumiu a direcção da antiga fábrica
MC 2765
paterna, continuando a utilizar a coroa real nas marcas das suas peças de cerâmica,
chegando a produzir obras de elevado valor artístico.
Tendo exercido variados cargos na Câmara Municipal das Caldas da Rainha, à qual
vem a presidir (1898) e participando na acção cívica e associativa da vila, de alguma
forma ficaria comprometida a produção cerâmica da fábrica, pelo que a mesma
será transferida para Augusto Baptista de Carvalho (vide este autor), em 1894.

32 33

Jarra. Grifo (par)


Barro branco. Peça moldada
alt. 38 x comp. 25,5 x larg. 14,3 cm
MC 2765 / 2766
Eduardo Mafra Elias (1880-1949)
A principal especialidade na produção de Eduardo Mafra Elias
foi a miniatura, mas era também conhecedor da ornamentação, pintura e moldagem,
sendo um entendido da arte do fogo, de elevada qualidade artística
e sentido estético.
Teve o primeiro contacto com a cerâmica na olaria do seu pai, António Elias
dos Santos, e do seu tio, Herculano Elias (vide este autor) onde foi aprendiz durante
oito anos.
Em 1896 iniciou a sua carreira profissional de oleiro-formista na fábrica de José
Alves Cunha (vide este autor), trabalhando manualmente e com modelação,
por um período de doze anos, tendo regressado mais tarde à mesma fábrica, mas
como director artístico, onde ficou por mais sete anos, criando novos modelos.
A partir de 1917 começou a trabalhar com a miniatura, arte que o tornou famoso.
Participou em diversas exposições nacionais e internacionais, recebendo medalhas
34 e menções honrosas. Caixa
35
Barro branco. Peça moldada
alt. 7,5 x comp. 10 x larg. 9,5 cm
MC 2039

EDUARDO ELIAS, inserido numa ferradura


Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: cerca de 1917
MJM 390
Cabeça pássaro
Barro vermelho. Peça moldada
alt. 5,3 x comp. 13 x larg. 8,9 cm
MJM 390

EDUARDO ELIAS, inserido numa ferradura


Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: cerca de 1917
MC 2039
Francisco Gomes de Avelar (1850-1918)
Ilustre conhecedor de cerâmica, Francisco Gomes de Avelar, era um homem
de cultura muito acima da média, que fundou a sua fábrica de cerâmica em 1875,
situada entre a Travessa da Rua Nova, actual Travessa de João de Deus, e o Largo
do Espírito Santo, actual Largo de João de Deus, rodeando-se dos melhores operários
da época. Era director artístico José Domingos de Oliveira, o Carneirinho; entre
outros operários, registam-se António Assis Madeira como oleiro-formista
e ornamentador; Francisco Pereira Caldas como oleiro-rodista; no fabrico
da verguinha encontramos Luiza Mafra.
Foi considerado um excelente ceramista caldense pelo uso de óxido de cobalto,
que recriava o azul de Sèvres.
Autor de notáveis peças de estilo naturalista, como suspensões, paliteiros e pratos
soberbamente ornamentados, Francisco Gomes de Avelar ainda se documentou
em variados livros franceses especializados em cerâmica para melhorar a sua técnica
36 e qualidade. 37

Tendo laborado vinte e dois anos, a fábrica foi premiada em diversas exposições,
com peças de elevado valor artístico e de evidente qualidade técnica.
Serviço de chá. Cobras
Barro branco e vermelho. Peça moldada e modelada
alt. 20 x comp. 45 x larg. 35 cm
MC 314

F. GOMES D’AVELLAR / CALDAS DA RAINHA,


inserido numa elipse
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1875-1918
MC 314

Cinzeiro
Barro vermelho. Peça moldada
alt. 9,4 x comp. 14 x larg. 4 cm
MJM 649
F. GOMES D’AVELLAR / CALDAS DA RAINHA,
inserido numa elipse
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1875-1918
MJM 649
Francisco Frazão (1906-1978)
Francisco Frazão fez a sua aprendizagem na fábrica de Avelino António
Soares Belo (vide este autor) por volta de 1920. Em 1930, montou a sua própria
oficina cerâmica, onde produziu louça artística com carácter popular, desde canecas
a pratos de suspensão, decorados em alto-relevo com motivos animalistas
e vegetalistas.
Também fabricou cerâmica com a técnica da verguinha, executada principalmente
pela sua esposa Joaquina da Conceição Frazão e pelas duas filhas Hortense
da Conceição Frazão e Deolinda da Conceição Frazão.

Prato. Peixe e Moluscos


Barro vermelho. Peça moldada
alt. 8,5 x diâm. 25 cm
MC 3144

38 39

F. FRAZÃO / C. DA RAINHA / PORTUGAL,


inserido numa elipse
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: cerca de 1930
MC 3144
Herculano Elias (1864-1939)
Herculano Elias fez a sua aprendizagem profissional na Fábrica de Faianças Jarra
Barro branco. Peça moldada e modelada
alt. 22 x diâm. 11 cm
das Caldas da Rainha, sob a direcção artística de Rafael Bordalo Pinheiro MC 2392
(vide este autor). Tinha como principais funções as de oleiro-formista, pintura
em vidros e a louça comum de pó-de-pedra.
Quando saiu da Fábrica das Faianças, montou a sua própria oficina onde se dedicou
ao tratamento e transformação da argila, executando trabalhos artísticos de sua
autoria. Tendo adquirido moldes e matéria-prima provenientes da indústria
de Manuel Cipriano Gomes Mafra (vide este autor), produziu também obras originais
deste cerâmico.
O seu fabrico incidia em peças pequenas, como paliteiros figurando diversos animais,
cinzeiros, canecas e outras louças de pequenas dimensões, que eram vendidas
em feiras e casas de comércio.
Executou também floreiras de mesa, de suspensão e pratos de parede, ornamentados
40 em alto-relevo com elementos da fauna e da flora. 41

Jarra
Barro branco. Peça moldada
alt. 16,9 x comp. 11,4 x larg. 9 cm
MJM 279
H. ELIAS / CALDAS / DA / RAINHA
H. ELIAS / CALDAS / DA / RAINHA Carimbo gravado na pasta
Carimbo gravado na pasta Datação da marca: 1888-1940
Datação da marca: 1888-1940 MC 2392
MJM 279
Jesuíno dos Reis (1880-1947)
Filho de João de Deus dos Reis (vide este autor), Jesuíno do Reis começou
a sua profissão junto de seu pai, onde fabricava louça tradicional das Caldas, feita
na roda.
Depois da morte do pai, montou a sua olaria no nº 26 da Rua Henriques Sales, onde
produzia peças vidradas ou não vidradas, executadas na roda, que eram
posteriormente vendidas em mercados locais e localidades vizinhas.

Saladeira
Barro vermelho. Peça rodada
alt. 9 x diâm. 31 cm
MC 1129
42 43

FABRICA DE LOUÇA VIDRADA / DE / JESUINO / DOS / REIS /


CALDAS DA RAINHA
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1910-1947
MC 1129
João Coelho César (1858-1905)
J. C. CEZAR / CALDAS, inserido numa elipse João Coelho César iniciou a sua produção em 1876 numa pequena oficina
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1876-1905
MJM 59
familiar, na Rua dos Arneiros, actual Rua Heróis da Grande Guerra, tendo também
uma loja para venda dos seus produtos na Rua da Rainha D. Amélia, actual Largo
Frederico Ferreira Pinto Basto.
A sua obra cerâmica era inspirada no estilo de Palissy, numa produção comum com
fabrico de louça vidrada feita na roda de oleiro, como bilhas, vasos, assadores,
já considerada cerâmica artística.
A peça que mais se destaca na produção de João Coelho César é um paliteiro
representando um touro a investir contra uma capa, com interessantes vidrados
policromos e escorridos.

44 45
Paliteiro. Gato J. C. CEZAR / CALDAS, inserido numa elipse
Barro branco. Peça moldada Carimbo gravado na pasta
alt. 17,1 x comp. 10,4 x larg. 9,9 cm Datação da marca: 1876-1905
MJM 59 MC 1970

Fruteira
Barro branco. Peça moldada
alt. 13 x diâm. 26 cm
MC 1970
João de Deus dos Reis (1840-1910)
João de Deus dos Reis também ficou conhecido como o Sono.
A sua Olaria funcionava na Rua 31 de Janeiro, do nº 24 ao 24-A, fazendo esquina
com o nº 2 a 6-A da Rua do Funchal, onde produzia peças de olaria tradicionais,
sobretudo utilitárias, de grande procura nas feiras.
Só dois dos seus filhos seguiram a mesma arte do barro: João Reis (vide este autor)
e Armindo Reis.

Alguidar
Barro vermelho. Peça rodada
alt. 16,5 x diâm. 47 cm
MC 3209
46 47

FABRICA DE LOUÇA VIDRADA / DE / JOAO / DOS / REIS /


CALDAS DA RAINHA
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1860-1910
MC 3209
João Reis (1942-1997)
João Reis é irmão de Armindo Reis, filhos e netos de oleiros – Jesuíno dos
Reis (vide este autor) e João Reis (vide este autor). Trabalhou na mesma fábrica
do pai e do irmão, no nº 24 e 24-A da Rua 31 de Janeiro, onde produziu principalmente
loiça tradicional e utilitária.
Foi mestre de Olaria no Cencal – Centro de Formação Profissional para a Indústria
de Cerâmica.

Assinatura e data: J. Reis / C. Rainha / Portugal / “Manual” / 8 – Dez. – 1977

48 49
Terrina.
Assinada e datada de 1977
Barro vermelho. Peça rodada
alt. 22,5 x comp. 28,5 x larg. 27,5 cm
MC 927

J. REIS / C. DA RAINHA / PORTUGAL


JReis
Carimbo gravado na pasta.
Assinatura riscada na pasta.
Datação da marca: 1977
MC 927
João Duarte Angélico (1878-1926)
Começou a sua aprendizagem com dez anos de idade, na Fábrica
de Faianças das Caldas da Rainha, sob a direcção artística de Rafael Bordalo Pinheiro
(vide este autor), aí permanecendo até aos 21 anos, onde aprende a profissão
de oleiro-rodista, passando também pela secção de louça comum de pó-de-pedra.
Em 1906, formou a sua própria oficina para trabalhar o barro, uma pequena indústria
JOAO DUARTE ANGELICO / FABRICA DE LOUÇA / CALDAS DA RAINHA, inserido numa elipse
caseira e artesanal, com fabrico inicial de peças executadas à roda e com moldes Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1906-1926
posteriormente adquiridos à antiga fábrica de António Moreira da Câmara MC 1141

(vide este autor).


O falecimento de João Duarte Angélico ocorre em 1926, dando continuidade
ao fabrico sua mulher Olinda da Silva Pardal e seu filho Afonso Duarte Angélico
(vide este autor).

Burro
Barro branco. Peça moldada
alt. 9,5 x comp. 12 x larg. 6,5 cm
MC 1141
50 51

JOAO DUARTE / ANGELICO / CALDAS


Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1906-1926
MC 2180
Prato
Barro branco. Peça moldada
alt. 6 x diâm. 14,3 cm
MC 2180
José Alves Cunha (1849-1901)
José Alves Cunha fundou a sua fábrica em 1860, onde produziu peças
de cerâmica com frequência idênticas às de Manuel Cipriano Gomes Mafra
(vide este autor), distinguidas apenas pelas respectivas marcas que utilizavam.
José Alves Cunha foi um notável seguidor de Palissy, vendo reconhecido o seu
trabalho e com representação em exposições internacionais. Foi distinguido
com medalhas e menções honrosas pelas peças apresentadas de elevado valor
artístico e qualidades técnicas, com temáticas muito variadas, dando-se realce
a aplicações animalistas sobre fundos vegetalistas muito diversificados.
A sua filha, Henriqueta Ceselina Cunha continuou com a produção, fabricando

Leque até meados da década de 1980.


Barro branco. Peça moldada
alt. 10,4 x comp. 57 cm
MJM 49

JOSE A. CUNHA / CALDAS RAINHA / PORTUGAL, JOSE A. CUNHA / CALDAS RAINHA / PORTUGAL,
inserido numa elipse inserido numa elipse
52 Carimbo gravado na pasta Carimbo gravado na pasta 53
Datação da marca: 1860-1901 Datação da marca: 1860-1901
MJM 49 MC 364

Prato
Barro vermelho. Peça moldada Travessa. Couve
alt. 5 x diâm. 35,4 cm Barro branco. Peça moldada
Atribuído a José Alves Cunha alt. 6,5 x comp. 33 x larg. 24 cm
MC 2823 MC 364

MC 2823
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: século XX
Marca atribuída por Francisco José Malhoa a José Alves Cunha,
no fabrico de peças de grandes dimensões.
José Alves Cunha Sucessor (1895-1980)
Henriqueta Ceselina Cunha, filha de José Alves Cunha (vide este autor)
continuou a produção cerâmica do pai, e, juntamente com o marido, Ângelo
Marcelino Garcia (vide este autor), seguiu a mesma linha de criação do pai, utilizando
também novas temáticas; a fábrica passou a denominar-se José Alves Cunha Sucessor,
com fabrico até meados da década de 1910.
JOSE A. CUNHA / SUCESSOR / CALDAS, J A C / CALDAS / PORTUGAL Após a morte de Ângelo Marcelino Garcia, em 1910, Henriqueta Cunha fez sociedade
inserido num círculo (iniciais de José Alves Cunha)
Carimbo gravado na pasta Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1895-1980 Datação da marca: após 1916 com alguns dos operários, ficando a fábrica a designar-se por José Alves Cunha
MJM 370 MJM 154
Placa comemorativa
Sucessores, Lda., adquirindo, em 1916, moldes à Fábrica de Faianças das Caldas da
Jarra
Barro branco. Peça moldada Barro vermelho. Peça moldada
alt. 10,3 x comp. 10 x larg. 7,6 cm alt. 41,5 x comp. 24 x larg. 20 cm Rainha, dirigida por António Augusto Costa Motta Sobrinho (vide este autor),
MJM 370 MJM 154
propriedade de Godinho Leal.

54 55
Jarra Jarra
Barro vermelho. Peça moldada Barro vermelho. Peça moldada e modelada
alt. 41,5 x comp. 24 x larg. 20 cm alt. 38 x comp. 16,5 x larg. 16 cm
MC 1561 MC 3115

J A C / CALDAS / PORTUGAL JOSE A. CUNHA / SUCESSOR / CALDAS,


(iniciais de José Alves Cunha) inserido num círculo
Carimbo gravado na pasta Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: após 1916 Datação da marca: 1895-1980
MC 1561 MC 3115
José Avelino Soares Belo (1893-1962)
José Avelino Soares Belo aprendeu a arte do barro com o pai, António
Avelino Soares Belo (vide este autor), trabalhando com ele na sua fábrica até 1920,
altura em que fundou a sua própria oficina.
Após a morte de Avelino Belo, em 1927, voltou à fábrica paterna, onde se dedicou
ao estudo da cerâmica, tendo como principais especialidades a pintura a óleo BELO (FILHO) / CALDAS DA RAINHA / PORTUGAL, BELO / C. DA RAINHA / MADE IN PORTUGAL
inserido numa elipse Carimbo gravado na pasta
Carimbo gravado na pasta Datação da marca: 1927-1962
em vidro e terracota. Datação da marca: 1927-1962 MC 2979
MC 1944
José Belo deu continuidade à reprodução de peças criadas por seu pai, não deixando Peça decorativa. Perus
Jarra
Barro vermelho. Peça rodada
Barro vermelho. Peça moldada
de atender à vertente industrial e comercial, criando novos modelos, satisfazendo alt. 15,2 x diâm. 20,3 cm
alt. 9 x comp. 8,2 x larg. 5,1 cm
MC 2979
MC 1944
os mercados com êxito.
Por volta de 1950, introduziu uma nova técnica mecânica: o enchimento de moldes
para a execução de peças redondas ou equiparadas.

56 57
Bule
Barro vermelho. Peça moldada
alt. 15,5 x comp. 14,5 x larg. 6,5 cm
MC 1943

BELO / CALDAS / PORTUGAL BELO / CALDAS / PORTUGAL


Carimbo gravado na pasta Carimbo gravado na pasta
Datação: 1926 Datação da marca: 1927-1962
MJM 474 MC 2371
Travessa Touro
Barro vermelho. Peça moldada Barro vermelho. Peça moldada
alt. 12,9 x comp. 55,8 x larg. 41 cm alt. 24,2 x comp. 34 x larg. 13,5 cm
MJM 474 MC 2371

Chávena com Pires


Barro branco. Peça moldada
alt. 8 x comp. 13,5 x larg. 8 cm FAIANÇAS / BELO / PORTUGAL
MC 3064 BELO / CALDAS
Carimbo gravado na pasta Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1927-1962 Datação da marca: 1927-1962
MC 3064 MC 1943
José Francisco de Sousa (1835-1907)
José Francisco de Sousa começou a laborar em 1860 numa oficina adquirida Sapato
Barro vermelho. Peça moldada
ao ceramista António de Sousa Liso (vide este autor), onde produziu uma notável alt. 11,2 x comp. 23,2 x larg. 7,8 cm
MC 1720
obra de faiança artística, de inspiração em Palissy e na Renascença, com enorme
diversidade nos vidrados utilizados e de exímia produção artística.
No ano de 1906, José Francisco de Sousa adquiriu parte dos moldes pertencentes
ao Atelier Cerâmico (vide esta fábrica).
José Francisco de Sousa fez sociedade com os seus filhos José Augusto de Sousa
(1869-1903) e Salvador Fausto de Sousa (n. 1874), passando a fábrica a denominar-
se José Francisco de Sousa & Filhos, com produção de 1893 até 1903, altura
em que termina a sociedade devido à morte do filho José.
Devido à morte precoce deste seu filho, e talvez por dificuldades económicas,
JOSE FRANCISCO SOUSA, FILHO / CALDAS DA RAINHA /
no período de 1903 a 1907, formou nova sociedade com o filho Salvador PORTUGAL,
com estrela ao centro
e com António Moreira da Câmara (vide este autor), ficando a fábrica a designar- Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1893-1907
MC 1720
58 se por José Francisco de Sousa Filho & Câmara, com laboração até 1907; seguiu 59

a linha da produção inicial e renovou alguns modelos, especialmente os da louça


artística, produzindo obras de reconhecida qualidade.
J F S (monograma de José Francisco de Sousa), inserido numa elipse
Salvador Fausto de Sousa, mais experiente que o irmão e muito polivalente na área Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1860-1893
da cerâmica, era o modelador de serviço, de inegável valor e qualidades técnicas MC 355
Jarro. Cordas (de um serviço de chá)
e artísticas, conhecedor das diferentes fases de produção. Barro branco. Peça moldada e modelada
alt. 13,3 x comp. 24,2 x larg. 12,2 cm
Da sua criação destaca-se um serviço de almoço e jantar, em forma de couve MC 355

lombarda, constituído por 306 peças.


Devido às dificuldades financeiras da época e antes de deixar a fábrica, Salvador
vendeu as peças produzidas, os moldes, todos os equipamentos e as ferramentas
a outros fabricantes locais, ficando a propriedade onde estava instalada a fábrica
na posse de Manuel Rodrigues Cristino.
José Francisco de Sousa (1835-1907)
JOSE FRANCISCO DE SOUSA FILHO / CALDAS / PORTUGAL,
com estrela ao centro
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1903-1907
MC 1932

J F S (monograma de José Francisco de Sousa) J. F. S. / FABRICA DE FAIANÇAS /


Carimbo gravado na pasta CALDAS DA RAINHA,
Datação da marca: 1860-1893 inserido num circulo
MC 2869 Carimbo gravado na pasta
Caixa com tampa. Charutos Datação da marca: 1860-1893
Barro vermelho. Peça moldada e modelada MC 3139
alt. 10,5 x diâm. 8,7 cm Prato. Frutos
MC 2869 Barro vermelho. Peça rodada e moldada
alt. 10,5 x diâm. 26,5 cm
MC 3139

60 61
J. F. DE SOUSA, FILHO & CAMARA / CALDAS DA RAINHA /
FABRICA DE FAIANÇAS PORTUGAL, inserido num circulo rematado por
uma balança, com uma flor ao centro
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1907
MC 3137

Floreira Prato. Repteis


Barro branco. Peça moldada e modelada Barro vermelho. Peça moldada e modelada
alt. 35 x comp. 18 x larg. 11 cm alt. 4 x diâm. 19,5 cm
MC 1932 MC 3137
José Luiz Saloio (1860-1912) L. Mesquita
José Luiz Saloio foi um oleiro-rodista que fabricou entre os anos de 1885 L. Mesquita corresponde a uma marca da qual actualmente não se conhecem
e de 1912, do qual actualmente não se conhecem elementos de identificação elementos de identificação disponíveis para além de peças produzidas, pelo que se
disponíveis para além de peças produzidas com a sua marca. espera que o avanço da investigação venha a produzir o conhecimento necessário
sobre a matéria.

J. L. SALOIO / CALDAS DA RAINHA CALDAS / L. MESQUITA / CALDAS


Carimbo gravado na pasta Carimbo gravado na pasta
Datação da peça: 1885-1912 Datação da marca: século XX
MJM 315 MC 1752

62 63

Paliteiro Jarro. Papagaio


Barro branco. Peça moldada Barro branco. Peça moldada
alt. 16,4 x comp. 9,7 x larg. 8,6 cm alt. 20,5 x comp. 11 x larg. 9 cm
MJM 315 MC 1752
Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro (1867-1920)
Fábrica Bordallo Pinheiro, Lda.
Filho de Rafael Bordalo Pinheiro (vide este autor), Manuel Gustavo Bordalo
Pinheiro foi seu colaborador na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, tendo
prosseguido a obra cerâmica do pai, após a sua morte, em 1905, identificando-se
como um industrial empreendedor e criador de novos modelos.
Fundou em 1908 uma nova fábrica, inicialmente denominada São Rafael e, mais BORDALLO PINHEIRO / PORTUGAL,
inserido num círculo com rã ao centro
tarde, designada por Fábrica Bordallo Pinheiro, Lda. Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1905-1914
MC 353
Manuel Gustavo foi autor de excelentes modelos em homenagem a seu pai, dando
continuidade a uma produção de estilo naturalista, mas seguindo também formas
mais modernas de inspiração Arte Nova e Art Déco, com realce para o design,
objectos de concepção mais refinada e decoração mais sóbria. Às suas peças está
Jarra. Caracóis
subjacente uma riqueza artística e cultural, manifestando-se como precursor Barro vermelho. Peça moldada
alt. 13,5 x comp. 19 x larg. 14,5 cm
MC 353
da geometrização e aplicando uma estilização própria das formas.
A principal característica da sua produção foi a aliança entre os modelos tradicionais
64 65
e as novas tendências artísticas da época – a Arte Nova –, resultado da sua viagem
Figura de Movimento. Ama das Caldas
até França, onde contactou com os principais centros cerâmicos. Barro branco. Peça moldada
alt. 22,3 x diâm. 10,5 cm
Manuel Gustavo propôs também uma reforma e consequente renovação do ensino MJM 352

industrial da cerâmica.

BORDALLO PINHEIRO / PORTUGAL,


inserido num círculo com rã ao centro
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1905-1914
MJM 352

BORDALLO PINHEIRO / PORTUGAL L. A, inserido num círculo com


rã ao centro
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1905-1914
MC 226
Cinzeiro. Zé Povinho das Papas
Barro vermelho. Peça moldada e modelada
alt. 10 x comp. 10,5 x larg. 9,5 cm
MC 226
Manuel Cipriano Gomes Mafra (1829-1905)
Manuel Cipriano Gomes Mafra foi autor do primeiro momento de renovação
da cerâmica das Caldas da Rainha, e laborou no período de 1853 a 1905.
Desenvolveu uma vasta obra marcada pela vertente naturalista inspirada na obra
M. MAFRA / CALDAS / PORTUGAL, com âncora ao centro
Carimbo gravado na pasta de Bernard Palissy e pelo contacto que teve com as produções europeias
Datação da marca: 1860-1870
MJM 56
das colecções do Rei D. Fernando II, que o protegeu. Sendo atribuída a denominação
de Fornecedor da Casa Real, é autorizado pelo Rei para usar a coroa real nas marcas
das suas peças de cerâmica.
O conhecimento obtido de artistas e obras do exterior levou o ceramista a introduzir
novas técnicas, como a do musgado (aperto do barro através de um peneiro de rede
fina, retirado do lado oposto com palheta ou canivete), assim como novas técnicas
de policromia, sendo também da sua autoria e das suas irmãs – Luísa e Mariana
Gomes – a técnica da verguinha (entrelaçar de fios de barro em suporte de gesso).
As cerâmicas de Manuel Mafra distinguem-se pela excelente decoração
66
Travessa
de ornamentos variados, aplicados e relevados, de grande realismo e com 67
Barro vermelho. Peça moldada
alt. 3,6 x comp. 38,5 x larg. 30 cm representações animalistas e vegetalistas, com destaque para macacos, leões,
MJM 56
lagartos, cobras, rãs, borboletas, um grande sortido de frutos, bem como diversos
elementos da fauna.
A obra de Manuel Cipriano Gomes Mafra foi distinguida e premiada com medalhas
em várias exposições internacionais, reconhecimento merecido, pela sua vasta
criatividade e diversidade na produção de cerâmica artística.

M C G M (iniciais de Manuel Cipriano Gomes Mafra), com âncora


Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1860-1870
MJM 360
Caixa
Barro branco. Peça moldada
alt. 14,3 x comp. 16,6 cm
MJM 360
Manuel Cipriano Gomes Mafra (1829-1905)

M. MAFRA / CALDAS / PORTUGAL, com âncora ao centro


Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1860-1870
MC 142
Prato
Barro branco. Peça moldada
alt. 2 x diâm. 13,2 cm
MC 142

68 69

M C G M (iniciais de Manuel Cipriano Gomes Mafra), com âncora


Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1860-1870
MC 1489
Paliteiro. Aguadeiro
Barro branco. Peça moldada
alt. 18,7 x comp. 17 x larg. 13,2 cm
MC 1489

M. MAFRA / CALDAS / PORTUGAL, Talha


com âncora ao centro Barro branco.
Carimbo gravado na pasta Peça moldada e modelada
Datação da marca: após 1870 alt. 80 x diâm. 60 cm
MJM 108 MJM 108
Manuel Cipriano Gomes Mafra (1829-1905)

M. MAFRA / CALDAS / PORTUGAL, com âncora ao centro


Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: após 1870
MC 1107

Prato. Lagosta
Barro vermelho. Peça rodada e moldada
alt. 12,6 x diâm. 41,2 cm
MC 1107

70 71

Garrafa Antropomórfica Cesto


Barro vermelho. Peça moldada Barro branco. Peça moldada
alt. 30 x comp. 16,5 x larg. 16,2 cm alt. 4,8 x diâm. 19,2 cm
MJM 495 MJM 562

M C G (iniciais de Manuel Cipriano Gomes) M C G M (iniciais de Manuel Cipriano Gomes Mafra)


Carimbo gravado na pasta Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1860-1870 Datação da marca: 1860-1870
MJM 495 MJM 562
Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905)
Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha
Rafael Bordalo Pinheiro nasceu em 1846, no seio de uma família de artistas
F F C R (monograma de Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha),
intercalado por uma serpente e dedicou-se, entre outras actividades, ao desenho e à caricatura. Integrou a primeira
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1900 geração naturalista e fez parte do Grupo do Leão, constituído por artistas como
MC 88
Silva Porto, José Malhoa, João Vaz, António Ramalho e seu irmão Columbano Bordalo
Pinheiro, entre outros.
Em 1884, aceitou o convite para dirigir o sector artístico da Fabrica de Faianças das
Caldas da Rainha, onde criou o segundo grande momento de renovação da cerâmica
das Caldas da Rainha, dedicando-se à criação de cerâmica artística e produzindo
centenas de peças decorativas, de temática naturalista e humorística.
Bordalo Pinheiro executou variadas obras para oferta ou para assinalar datas
relevantes da sua vida, das quais é exemplo a Jarra Dr. Feijão, o médico que o tratou
de uma doença grave e cuja peça o artista ornamenta com mãos aladas e iconografia
alusiva ao seu nome: ramos e vagens de feijoeiro.
72 73
O ícone mais significativo da sua criação é a personagem do Zé Povinho (1875),
que simboliza o povo modesto e vai aparecer em diversas representações cerâmicas
– figuras de movimento, tinteiros, cinzeiros, entre outras –, sempre com expressões
criticas e sofredoras.
A produção de Rafael Bordalo apresenta características peculiares de elevado
interesse artístico, capaz de reproduzir a textura dos materiais para além das formas
dos objectos, traduzindo também a herança de um romantismo tardio, presente
nos revivalismos e com ligação ao naturalismo, oscilando entre o requinte e o popular
e anunciando o estilo artístico da modernidade – a Arte Nova.
Reconhecida internacionalmente, distinguida com inúmeras medalhas e prémios
em exposições universais, a obra de Rafael Bordalo Pinheiro é uma das principais
referências da cerâmica portuguesa da actualidade.

Jarra. Gaio
Barro branco.
Peça moldada e modelada
alt. 41 x diâm. 28 cm
MC 88
Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905)

F F C R (monograma de Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha),


intercalado por uma serpente e inserido num círculo
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1885-1905
MJM 311
Cantil. Gungunhana Antes
Barro vermelho. Peça moldada e modelada
alt. 29,6 x comp. 16 x larg. 11,7 cm
MJM 311

Cesto
Barro vermelho.
Peça moldada e modelada
alt. 33,6 x comp. 42 x larg. 37 cm
MJM 194

74 75
F F C R / PORTUGAL / CALDAS DA RAINHA, intercalado por uma serpente (monograma de Fábrica
de Faianças das Caldas da Rainha)
Carimbado na pasta
Datação da marca: 1888-1891
MC 289
Terrina. Torre de Belém (de um Serviço de Mesa)
Barro branco. Peça moldada
alt. 16 x diâm. 27 cm
MC 289

F F C R (monograma de Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha),


intercalado por uma serpente
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1900
MJM 194
Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905)

Azulejo. Duas Borboletas


Barro branco. Peça moldada F F (Fábrica de Faianças)
alt. 37,4 x comp. 18,8 cm Carimbo gravado na pasta
MJM 637 Datação da marca:
MC 3145

Tijolo
Terracota. Peça moldada
alt. 9 x comp. 24 x larg. 12 cm
MC 3145

76 77
R B P. (iniciais de Rafael Bordalo Pinheiro)
Fabrico Especial
Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1885-1900
MC 277
Busto. Dr. Sousa Martins
Barro vermelho. Peça moldada
alt. 36 x comp. 24 x larg. 19 cm
MC 277

F F CALDAS (Fábrica de Faianças, com iniciais sobrepostas)


Carimbo gravado na pasta
Datação da marca: 1905
MJM 637
Bibliografia
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Fontes documentais:
Espólio manuscrito de Francisco José Teodoro Malhoa, 1980.
Testemunhos orais de Herculano Elias.

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