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FACULDADE DE BELAS-ARTES
Ano Lectivo
2009/2010
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Conservação Preventiva
São peças de muito valor que pertencem ao património da Faculdade, e das quais
tive um interesse particular em trabalhar, pela sua importância escultórica, se
encontrarem em mau estado de conservação, por existir um único documento de
estudo chamando à atenção das condições em que se encontram, e por até hoje,
ainda nada ter sido feito. Refiro-me ao trabalho rigoroso e exigente do escultor
António Duarte.
O edifício teve várias fases de construção ao longo dos tempos. No séc. XIII teve
a primeira ampliação, mas do período medieval, apenas resta vestígios
arqueológicos.
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III – Caracterização das Esculturas_______________
Proveniência/Atribuição e Datação
Não se sabe se as quatro esculturas formaram conjunto na época em que
estiveram integradas na arquitectura, mas pensa-se ser possível, pela sua
unidade formal. É difícil, devido à escassez de dados, proceder de uma forma
precisa à identificação do autor das quatro esculturas, - porque são do mesmo
autor1 e do local de proveniência das peças. Contudo, se tivermos em conta a
época atribuída à execução – claramente expressa pelo estilo a sua inclusão na
nossa escultura da primeira metade do séc. XVI2 – podemos por comparação com
outras obras da época, levantar algumas hipóteses quanto ao seu autor e local de
origem.
Identificação:
Descrição:
Actualmente sem atributos de mais difícil definição, no
entanto traja com vestes de dama de elevado nível social,
manto cruzado caindo sobre ponta de pé direito calçado.
Corpete com tecido fino pregueado, chapéu em forma de
turbante e cabelos compridos encaracolados
Estado de Conservação
As esculturas estudadas, têm estado ao longo destes quinhentos anos
submetidas ao impacto de diferentes factores deteriorantes como são: contínua
interacção com os agentes atmosféricos (humidade, ampliações térmicas) e
poluição; impacto de efeitos destruidores de catástrofes naturais como foi o caso
do terramoto de 1755; factores derivados da natureza estrutural do material,
restaurações incorrectas de isolamento de fracturas com cimento; conservação
preventiva inexistente. A interacção de todos estes factores descritos traduziu-se
em alterações das propriedades físico-químicas e mecânicas das peças e
consequentes danos irreversíveis
Restauração/Consolidação
V- Conclusão_________________________________
Como se sabe as Esculturas continuam por “ beneficiar” desde 1837, quando
deram entrada no Convento de S. Francisco da Cidade.
O escultor António Duarte contribuiu com o seu trabalho e apelo para uma maior
consciencialização do estado em que se encontram as esculturas, e como não me
foi indiferente o apelo invocado pelo Escultor, decidi fazer este trabalho para me
esclarecer e com o meu modesto contributo, ajudar a preencher de alguma forma
este espaço de diálogo que continua por se fazer, para que a situação se altere.
1-Antóno Duarte, “Esculturas de pedra existentes em espaço do Antigo Convento de S. Francisco da Cidade -
Hipóteses de Integração, 1984,Lisboa pp 150
2-Idem,p150
Anexo 1
BIBLIOGRAFIA
Conservação e Restauro
CARVALHO, Maria João Vilhena, “Escultura – Artes plásticas e artes decorativas
– normas de inventário”, Instituto Português de Museus” 2004
AMAD/EST/XXIV -- 9