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SUMÁRIO
LEI DE EXECUÇÕES PENAIS ................................................................................................................................ 2
GUIA DE RECOLHIMENTO PARA A EXECUÇÃO .............................................................................................. 2
PROGRESSÃO DE REGIME .............................................................................................................................. 3
Chamo atenção novamente ao fato de que o juízo responsável pela expedição da guia de
recolhimento é o da condenação.
O Art. 108 traz a hipótese de após iniciado o cumprimento da pena o preso apresente
algum problema psiquiátrico, ou seja, uma doença que após a sentença condenatória. Nesse
caso ele será internado em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico enquanto
permanecer a doença mental.
Cumprida a pena privativa, o condenado deve ser liberado, conforme o Art. 109. Contudo,
observe que essa liberação não é automática e depende de expedição de alvará de soltura pelo
juiz.
PROGRESSÃO DE REGIME
ATENÇÃO! Esse tópico da LEP passou por uma grande alteração com a Lei 13.964/2019
(Pacote Anticrime). A partir de então, as regras para progressão de regime estão muito mais
rígidas e complexas para cada tipo de crime e situações subjetivas do condenado. Por se tratar
de inovação legislativa em prejuízo do condenado, as regras só valem para crimes cometidos a
partir da data de vigência da Lei, ou seja, só serão aplicadas para crimes cometidos a partir de
23 de janeiro de 2020. Vejamos a nova redação do Art. 112:
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma
progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser
determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o
crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça;
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em
crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça;
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário
e o crime tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave
ameaça;
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em
crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado
pela prática de crime hediondo ou equiparado, se for primário;
VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com
resultado morte, se for primário, vedado o livramento condicional;
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de
organização criminosa estruturada para a prática de crime
hediondo ou equiparado; ou
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia
privada;
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente
na prática de crime hediondo ou equiparado;
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente
em crime hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o
livramento condicional.
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de
regime se ostentar boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor
do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão.
Em qualquer caso, observe que o detento ainda deve ter o requisito subjetivo, qual seja, o
mérito carcerário, conforme o §1º.
Antes da alteração, a progressão de regime para crimes hediondos era disciplinada na
própria Lei 8072/90, mais precisamente no Art. 2º, §2º e consistia basicamente em 2/5 (40%)
se fosse primário e 3/5 (60%) se fosse reincidente, independentemente de haver o resultado
morte.
Aprofundando: A reincidência está disposta no Art. 63 do Código Penal:
Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar
em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime
anterior
No mesmo Art. 112, temos as regras para progressão de regime no caso de mulher
gestante ou que for mãe de crianças (até 12 anos) ou de pessoa com deficiência. Nesses casos,
temos regras especiais para progressão que não foram alteradas pelo Pacote anticrime, mas
que também são bem recentes, incluídas pela Lei 13.769/2018:
ANTES DEPOIS