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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

Celso Suckow da Fonseca UnED Maria da Graça


Curso Técnico em Segurança do Trabalho – Atividade Alternativa ao Estágio
Victor Hugo Cavalcanti do Rosário

Resenha do Artigo “Os Impactos da Pandemia do Novo Coronavírus no


Trabalho Offshore: Uma Análise Sob a Perspectiva da Psicologia do
Trabalho”
O Artigo apresentado no XXVIII Simpósio de Engenharia de Produção em 2021
busca analisar os impactos da pandemia de SARS-CoV-II no ambiente offshore sob a
perspectiva da psicologia do trabalho a partir de relatos dos trabalhadores de plataformas
marítimas.
Foi feito um levantamento bibliográfico de publicações a respeito da covid-19 em
trabalho offshore para a compreensão da pandemia, das condições do trabalho offshore e
dos impactos ao trabalho e a saúde psicológica dos trabalhadores. Em um segundo
momento foi realizado 10 entrevistas com trabalhadores do setor offshore questionando
como a pandemia afetou o trabalho offshore na visão de cada um.
Os autores evidenciam as características do trabalho offshore: os turnos de 12 horas
de trabalho além do período de sobreaviso de 24 horas, a escala de 14 dias de trabalho para
14 dias de descanso, moradia no local de trabalho, condições climáticas e a constante
exposição a riscos.
Novos hábitos na rotina do trabalho offshore foram relatadas nas entrevistas, uso de
máscaras no áreas comuns, o porte de álcool em gel para higienização das mãos e normas
de conduta foram adotadas para uso de refeitório e área de lazer. Os relatos mostram como
um impacto negativo as mudanças na escala de trabalho que podem ser de 21 ou 28 dias
de trabalho para 21 ou 28 dias de descanso além do efetivo reduzido e os procedimentos
pré-embarque como o isolamento de 2 a 7 dias em um quarto de hotel. Outro impacto foi
sentido na dinâmica da alimentação, com demarcações de mesas e cadeiras para o
distanciamento, um profissional serve a comida para impedir aglomeração em filas e
contato com os alimentos. A hospedagem dos camarotes também sofreu mudança como
não poder dividir camarote com trabalhadores da mesma área para evitar a inatividade da
área em caso de infecção e ter que mudar a própria roupa de cama.
O período embarcado traz grande angústia e preocupação do trabalhador com os
familiares e neste momento de pandemia isto é intensificado. Há um esforço de tornar os
dias embarcados mais leves para superar a apreensão e sofrimento.

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