FUNDAÇÃO ENSINO DE CONTAGEM – FUNEC CENTEC

CURSO INTEGRADO EM QUÍMICA INDUSTRIAL

Alunos: Filipe Kelvin, Juan Pedro, Júlia Valente, Thamyres Luana

TRABALHO DE REPORTAGEM
Disseminação de ódio na internet

Contagem
2022
 O perigo do discurso de ódio na Internet e seus efeitos

A propagação do ódio na Internet está aumentando de uma

forma significativamente, e seus efeitos são ainda mais notórios.

A internet tem sido um dos meios de

comunicação mais utilizados no mundo,
por ser algo prático, consideravelmente
acessível, e que tem facilitado a vida das
pessoas. Mas por ser um meio de
comunicação virtual e com poucas
barreiras de censura ou alguma restrição,
tem se tornado um local para disseminação
do ódio, um local para as violências Uma pesquisa foi feita pelo aluno Filipe
virtuais como insultos, xingamentos, Kelvin entrevistando uma certa
cyberbullying, exclusão social, quantidade de alunos sobre a questão do
inculcamento de ideias racistas, ódio na internet, pedindo-lhes para que
homofóbicas, transfóbicas, machistas, possam informar algum respectivo
nazistas, fascistas e entre outras formas de caso que já presenciaram ou já sofreram.
propagar ou fazer com que o ódio seja
manifestado. Muitas das vezes as pessoas
que praticam tais atos não medem esforços
para refletir se estão ferindo
(emocionalmente e psicologicamente) ou Casos relatados
não, pois pelo fato de ser algo que elas não
sentiram ou vivenciaram, logo o
sentimento de empatia não existe. exclusão social
Primeiramente vamos esclarecer a 7% racismo
7% 27%
definição de discurso de ódio é um xenofobia
conjunto de ações com teor intolerante 20%
maxismo
direcionadas a grupos, na maioria das
vezes, minorias sociais (mulheres, LGBTs, 13% 27%
homofobia
gordos(as), pessoas com deficiência, transfobia
imigrantes, dentre outros).
Resumidamente é agrupamento de ações
contra minorias sociais de forma negativa.
Mas dentre esses casos há dois em
particular que chama muita atenção, um é
de um Aluno do SENAI – CFP (Centro de
Formação Profissional), do aluno Thiago
Alves e o outro caso é do Marcelo Filipe,
aluno da FUNEC (Fundação de Ensino de
Contagem) unidade CENTEC. Thiago nos
conta sobre um caso que presenciou de
uma mulher no Instagram: “Sheyla
Santos, 20 anos, mora em Salvador e
tem o sonho de ser modelo. Ela utiliza o
Instagram para publicar fotos, como
forma de divulgação do trabalho. Em
uma das fotos postadas por ela, um
usuário comentou: "Escrava, você será
chicoteada por ser preta”. Outro
comentário racista também foi escrito:
"Escrava gostosa", "fugiu da
senzala!’’. Já o Marcelo nos conta um
caso em que varias pessoas de diversos
grupos o xingaram e o excluíram
socialmente pelo simples motivo de não
ter ido bom em uma partida de um jogo
online. “Já houveram diversas vezes
que pessoas de grupos diversos que eu
fazia parte, vinham no meu privado
para falar que eu era burro quando
pedia ajuda em algo de um jogo ou
quando tinha um péssimo desempenho
em partida, xingar a mim é a família
simplesmente por que eles estavam
estressados com um joguinho”. Com
esses dois relatos podemos ter uma ideia
sobre o quão o ódio propagado e
direcionado as pessoas pelo simples
motivo de querer propaga-lo.
Houve também outro caso trágico, que
repercutiu na internet onde Lucas Santos
filho da cantora Walkyria Santos tinha
apenas 16 anos quando foi vítima de ódio
na Internet, o jovem gravou um vídeo na
qual fingiu beijar seus amigos e postou,
mas após o vídeo ser postado o menino foi
criticado e recebeu várias palavras
ofensivas e homofóbicas , Lucas fez um
vídeo dando seu depoimento sobre o que
realmente aconteceu, negando o que
parecia uma cena homossexual, mas
mesmo assim continuou a sofrer críticas
homofóbicas, após sofrer com tanta
pressão psicológica tirou a própria vida no
dia 03/08/2021
Após a tragédia um influenciador digital e
youtuber Lucas Rangel comentou sobre o
acontecimento: " A internet tá doente
num nível, que quando a gente fala que
vocês vão acabar matando alguma
pessoa isso não é brincadeira, isso é
muito verdade, às pessoas se sentem no
comando da vida das pessoas de quem
eles assistem, e não é, o que vocês veem
que a gente posta não é 100% da nossa
vida, não é nem 20%. Porque o
cancelamento de muitos ele não é para
correção, ele é pra punição, vocês não
querem cancelar para corrigir, vocês
querem cancelar é pra destruir as
pessoas e isso não tá certo."
Em depoimento, Walkyria disse um
pouco sobre o caso e os "Esse casaco ele
usou ontem, foi a última roupa que ele
usou, tem o cheiro dele... Ai meu Deus
eu estou desolada, to aqui pedindo a
Deus conforto pro meu coração e da
minha família, e que vocês vigiem
porque essa internet ta doente, quando
as pessoas estão um pouco fracas e que
não aguentam, então vigiem..."
 pessoas com xingamentos e argumentos
que invalidam as pessoas de modo racista,
homofóbico, machista, etc.

O estudo, encomendado pela instituição

W ALKYRIA E L UCAS JUNTOS
Um levantamento inédito realizado pelo
projeto Comunica que Muda, iniciativa da
agência nova (agencia de publicidade e
propaganda), mostra em números a
intolerância do internauta tupiniquim.
Entre abril e junho, um algoritmo
vasculhou plataformas como Facebook,
Twitter e Instagram atrás de mensagens e
textos sobre temas sensíveis, como
racismo, posicionamento político e
homofobia. Foram identificadas 393.284
menções, sendo 84% delas com abordagem
negativa, de exposição do preconceito e da
discriminação.
britânica Ditch the Label, voltada para o
combate ao bullying, identificou 50,1
milhões de discussões sobre racismo ou
que continham discurso racista. "Nós já
sabemos pelas pesquisas que quem pratica
bullying e se comporta como 'troll' tem
chance de possuir baixa saúde mental, lidar
com traumas e viver em uma atmosfera de
abuso. Talvez eles mesmos sejam alvo de
bullying", afirma Liam Hackett, diretor-
executivo da organização. Com essa
declaração temos uma suposta ideia do
motivo e razão pela qual algumas pessoas
fazem esses tipos de comentários e
insistem em participar de desses discursões
pôr o único motivo de propagar o ódio e
acham que sua raiva e angustia será
aliviada descontando em outras pessoas.

Tais dados que foram retirados indicam

que nos casos que necessitam de uma
sensibilidade e senso crítico para poder
opinar e discutir demostraram maior índice
de ódio manifestado, pois se tratavam de
assuntos sensíveis e delicados sobre
questões sociais. Como são assuntos que
estão conexos com o sentimento humano
ou pra sermos mais exatos, ao ego humano,
quando “colocados a mesa” para um
debate ou um discursão, entramos em
modo defesa pois nos sentimos ameaçados
quando nos é tocado naquilo que
consideramos precioso ou sagrado. E isso
faz com que muitas vezes pessoas ao se
sentirem ameaçadas tentam se proteger ou
na verdade defender o seu ponto de vista,
acabam denegrindo ou atacando outras