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capítulo 7

Em vistas da coligação: a interseccionalidade

como ferramenta da luta anticapacitista,

antirracista e antissexista

Paula Lopes
Alana Solvalagem
Fernanda Busse
Objetivo do texto:
"propor reflexões teóricas críticas acerca das coligações possíveis

entre os corpos vulnerabilizados numa sociedade machista, racista

e capacitista". (p.130)
MODELO SOCIAL DA DEFICIÊNCIA
"A mudança paradigmática proposta a partir do

modelo social indica que a experiência de

opressão vivenciada pelas pessoas com

deficiência deriva das barreiras sociais e não da

lesão em si. Com isso, este modelo trouxe a

responsabilidade social para o fenômeno".


(p. 133)
INTERSECCIONALIDADE

Conceito da década de 90 pela

professora e jurista
KIMBERLÉ CRENSHAW
INTERSECCIONALIDADE:
ferramenta analítica e teórico-metodológica proveniente do

feminismo negro

NÃO PERDER A NOÇÃO DA INDISSOCIABILIDADE DAS OPRESSÕES


racismo, cisheteropatriarcado, capitalismo, sexismo e

capacitismo

QUAIS OUTRAS?
INTERSECCIONALIDADE
MÚLTIPLAS EXPERIÊNCIAS
Percepção situacional e histórica dos corpos

vulnerabilizados
Rompimento com o identitarismo???
GÊNERO. SEXUALIDADE. RAÇA. ETNIA.

CLASSE. IDADE. REGIÃO. RELIGIÃO.


INTERSECCIONALIDADE:

pontos de convergência das

lutas, um caminho para nos

fortalecer.
Princípio da união das lutas
"Entendendo a heterogeneidade das

opressões vividas, afasta-se a ideia da

hierarquia entre sofrimentos, mas se

alinha uma luta a partir dessas".

(p.136)
Experiências da deficiência
pena cristã
reparos médicos
invisibilidade e indizibilidade

multiplicidades
generalizar ou pré-julgar acentua as violências
Estudos feministas da deficiência:
discussão transversalizada

Introdução de debates centrais:


independência e autonomia
interdependência
experiência do cuidado
dor
subjetividade
corpo marcado pela deficiência
Fiona Kumari Campbell
luta anticolonial contra si mesmo

"PODE ME XINGAR"
"Propomos que os avanços das discussões sobre

deficiência e acessibilidade sejam encarados como pauta

efetiva do movimento feminista." (p. 132)

"A deficiência é uma demanda de todas as pessoas e não

só das pessoas com deficiência."(p. 132)

"construção de alianças e coalizões com outros grupos

sociais que vivenciam opressões diferentes da sociedade."

(p.134)
"(...) enfatizamos a importância de

compreender a deficiência como um

marcador que ao dialogar com gênero,

raça e classe está implicado na

discriminação, violência e

apagamento." (p. 138)


"Entendemos que a branquitude

dotada de seus privilégios nos impede

de rever os constructos da produção

intelectual, da mesma forma que os

constructos da normalidade nos

impedem de vislumbrar a

diversidade." (p. 140)


"Parafraseando Angela Davis “não basta não ser racista, é

preciso ser antirracista”5, queremos transferir essa

máxima para a experiência do capacitismo. Afirmamos

então, que não basta não ser capacitista, é preciso ser

anticapacitista. E além disso, propor a necessidade de

aliarmos as lutas, como nos aponta bell hooks (2015).

Fazer a coligação sem hierarquização das opressões,

observando sempre o trânsito onde essas estruturas

colidem e causam opressão (COLLINS, 2015)." (p. 141)


Pensar interseccional
encruzilhada cruzamento

intersecção atravessamento
rizoma

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