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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO.

Princípios expressos e implícitos da administração pública e ato administrativo.

O Direito Administrativo é a esfera do Direito Público Interno que, mediante regras e


princípios exclusivos, regulamenta o exercício da função administrativa que é exercida por
agentes públicos, órgãos públicos, pessoas jurídicas de Direito Público, em outras palavras,
pela Administração Pública.
Os princípios são necessários para nortear o direito, embasando como deve ser.
Na Administração Pública não é diferente, temos os princípios expressos na
constituição que são responsáveis por organizar toda a estrutura e além disso mostrar
requisitos básicos para uma “boa administração”, não apenas isso, mas também gerar uma
segurança jurídica aos cidadãos, como por exemplo, no princípio da legalidade, que atribui ao
indivíduo a obrigação de realizar algo, apenas em virtude da lei, impedindo assim que haja
abuso de poder.
No texto da Constituição Federal, temos no seu art. 37, em seu caput, expressamente
os princípios constitucionais relacionados com a Administração Pública.

Princípios diretos ou explícitos da Administração publica

"Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência."

Legalidade: significa que o administrador público está, em toda a sua atividade funcional,
sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum.

Impessoalidade: também denominado de princípio da finalidade, que impõe ao administrador


público a obrigação de somente praticar atos para o seu fim legal, ou seja, aquele indicado
pela norma e pelo Direito, não devendo buscar a realização de fins pessoais.

Moralidade: não se trata de moral comum, mas, jurídica, que traz ao administrador o dever
de não apenas cumprir a lei formalmente, mas cumprir substancialmente, procurando sempre
o melhor resultado para a administração.

Publicidade: trata-se da divulgação oficial do ato para o conhecimento público. De início,


todo ato administrativo deve ser publicado, cabendo o sigilo somente em casos de segurança
nacional, investigações policiais ou interesse superior da Administração.

Eficiência: o princípio da eficiência exige que a atividade administrativa seja prestada com
presteza e rendimento funcional, exigindo a concretização de resultados positivos para o
serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus
membros.

Um recurso que, sem dúvida, ajuda os candidatos: LIMPE. São princípios da


Administração Pública, seja direta ou indireta: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade,
Publicidade e Eficiência.

Princípios Implícitos da Administração Pública

Os principais Princípios Implícitos de Administração Pública são: Princípio da


Supremacia do Interesse Público, Presunção de Legitimidade ou Presunção de
Legalidade, Princípio da Continuidade do Serviço Público, Princípio da Isonomia ou
Princípio da Igualdade, Princípio da Igualdade ou Princípio da Razoabilidade, Princípio
da Motivação, Princípio da Ampla Defesa e Contraditório, Princípio da Indisponibilidade
ou Poder-Dever, Princípio da Autotutela e Princípio da Segurança Jurídica.

1- Supremacia do Interesse Público

O interesse público deve prevalecer sobre o interesse privado, conforme o Princípio da


Supremacia do Interesse Público porque o Estado não defende apenas direitos individuais,
mas também os interesses coletivos, e os interesses coletivos serão sempre imperativos em
relação aos interesses individuais. Entretanto a supremacia do interesse público deve
conviver bem com os direitos fundamentais dos cidadãos, não os colocando em risco.
Se a lei dá à Administração os poderes de desapropriar, de requisitar, de intervir, de
policiar, de punir, é porque tem em vista atender ao interesse geral, que não pode ceder
diante do interesse individual. Em consequência, se, ao usar de tais poderes, a autoridade
administrativa objetiva prejudicar um inimigo político, beneficiar um amigo, conseguir
vantagens pessoais para si ou para terceiros, estará fazendo prevalecer o interesse individual
sobre o interesse público e, em consequência, estará se desviando da finalidade pública
prevista na lei. Daí o vício do desvio de poder ou desvio de finalidade, que torna o ato ilegal.

2- Presunção de Legitimidade ou Presunção de Legalidade

Esse princípio, que alguns autores chamam de Presunção de Legalidade, parte do


pressuposto de que os atos administrativos praticados pelo Estado devem estar sempre de
acordo com a lei. Sabe-se, contudo, que nem sempre essa é a realidade da vida prática,
muitas vezes percebe-se que os atos administrativos são praticados em desacordo com os
seus requisitos.
Os atos administrativos gozam de presunção de legitimidade relativa. A presunção relativa,
também conhecida como juris tantum, nos ensina que é possível uma realização de prova em
contrário. O particular tem a possibilidade de provar, por meio da lei, que um ato
administrativo foi realizado em desacordo com a legislação, sendo possível a correção desse
ato administrativo. A ilegalidade pode levar à anulação do ato administrativo.

3- Princípio da Continuidade do Serviço Público

O Princípio da Continuidade do Serviço Público ensina que os serviços públicos


oferecidos pela Administração Pública à coletividade devem ser prestados de maneira
contínua, sem interrupções, não podendo ser suspensos sem a comunicação prévia das
autoridades pertinentes aos administrados.
Obs. Nesse princípio estaria a impossibilidade de greve por funcionários públicos

4- Princípio da Isonomia ou da Igualdade

O princípio da igualdade impõe à Administração Pública a vedação de qualquer


espécie de favoritismo ou desvalia em proveito ou detrimento de alguém. Segundo o autor,
“não sendo o interesse público algo sobre que a Administração dispõe a seu talante, mas,
pelo contrário, bem de todos e de cada um, já assim consagrado pelos mandamentos legais
que o erigiram à categoria de interesse desta classe, impõe-se, como consequência, o
tratamento impessoal, igualitário ou isonômico que deve o Poder Público dispensar a todos os
administrados”.

5- Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade

O Princípio da Razoabilidade visa a proibir o excesso, no sentido de aferir a


compatibilidade entre meios e fins de modo a evitar restrições desnecessárias ou abusivas
por parte da Administração Pública, com lesão aos direitos fundamentais. Dessa forma, veda
a imposição pelo Poder Público, de obrigações e sanções em grau superior àquelas
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público. Assim, se o administrador
adotar medida manifestamente inadequada para alcançar a finalidade da norma, estará
agindo em detrimento do princípio da razoabilidade.
A emissão de um ato administrativo que contenha razoabilidade e proporcionalidade está
ligada aos atos de natureza discricionária (poder de escolha, opção, margem de oportunidade
e conveniência oferecida pelo Estado ao Agente Público na prática de determinados atos
administrativos).

6- Princípio da Motivação

É necessária ao administrador público a indicação dos fundamentos de fato e de


direito que motivaram suas ações. A Administração Pública está obrigada a agir na
conformidade da lei, todos os seus atos devem trazer consigo a demonstração de sua base
legal bem como das razões de fato que ensejaram a conduta administrativa.
Trata-se, portanto, de formalidade essencial para permitir o controle da legalidade dos atos
administrativos. Nesse sentido, é forma de salvaguardar os administrados do capricho dos
governantes.

7- Princípio da Ampla Defesa e Contraditório

É a proteção constitucionalmente consagrada no art. 5º, inciso LV, da C.F./88, que diz:
“aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ele inerentes. ”
Assim nas situações de litígio administrativo serão dados aos litigantes todos os meios e
recursos de defesa, bem como o direito ao contraditório, que garante às partes a
possibilidade do exercício do direito de resistir a uma dada pretensão, ou seja alegado algo
contra a minha pessoa posso contraditar e alegar o contrário e vice-versa.

8- Princípio da Indisponibilidade ou Poder-Dever

As competências do cargo, função ou emprego público devem ser exercidas na sua


plenitude e no momento legal. Não se satisfaz o direito com o desempenho incompleto ou a
destempo da competência e, por ainda, com a omissão da autoridade. Não se compreende
que o agente público pratique intempestivamente atos de sua competência, desde que ocorra
a oportunidade para agir, como não se entende que só se desincumba de parte de sua
obrigação ou se abstenha em relação a essa obrigação. A esse respeito ensina Hely Lopes
Meirelles (Direito Administrativo, cit., p. 85) que, "se para o particular o poder de agir é uma
faculdade, para o administrador público é uma obrigação de atuar, desde que se apresente o
ensejo de exercitá-lo em benefício da comunidade.
O princípio da indisponibilidade estabelece, em síntese, que os agentes públicos têm a
incumbência de apenas administrar ou zelar pelos bens ou interesse públicos, tendo em vista
que não são, obviamente, seus proprietários. Assim, inadmissível qualquer ato tendente à sua
disposição, salvo se autorizado pelo próprio Estado, através de lei.

9- Princípio da Autotutela

O Estado tem o dever de fiscalizar a emissão dos seus atos administrativos, para isto,
conta com um mecanismo que possui três espécies de controle: a anulação, a revogação e
a convalidação dos atos administrativos.
Na anulação do ato administrativo, este se faz em virtude da existência de uma ilegalidade,
uma ilicitude, ou seja, de um vício insanável, que não pode ser suprido, tendo em vista, a
ausência de um requisito fundamental para a formação deste ato (competência, finalidade ou
forma); quando a Administração Pública detectar a existência de um ato administrativo
passível de ser anulado, este se fará de forma vinculada, obrigatória, por imposição legal.
Caso a Administração Pública não anule o seu próprio ato ilícito, caberá ao Poder Judiciário
fazê-lo, mediante ação judicial (Mandado de Segurança, Ação Popular, Ação Civil Pública),
por provocação do interessado.
Na revogação, a Administração Pública revoga um ato perfeito, mas, não mais
conveniente e nem oportuno para esta; trata-se de um ato discricionário, com uma certa
margem de poder de opção, escolha, faculdade; somente a própria Administração Pública
poderá revogar os seus atos, não recaindo esta possibilidade sobre o Poder Judiciário.
Na convalidação (convalidar é consertar, suprir uma ausência), a Administração
Pública pratica um ato Administrativo que contém um vício sanável em um dos seus requisitos
de formação do ato (motivo ou objeto), ou seja, comete uma ilicitude passível de ser suprida;
a convalidação se faz de forma discricionária; somente a própria Administração Pública
poderá convalidar os seus atos, não recaindo esta possibilidade sobre o Poder Judiciário.

10- Princípio da Segurança Jurídica

Ele tem por objetivo assegurar a estabilidade das relações já consolidadas, frente à
inevitável evolução do Direito, tanto em nível legislativo quanto jurisprudencial. Trata-se de
um princípio com diversas aplicações, como a proteção ao direito adquirido, o ato jurídico
perfeito e a coisa julgada. Além disso, é fundamento da prescrição e da decadência, evitando,
por exemplo, a aplicação de sanções administrativas vários anos após a ocorrência da
irregularidade

Administração Direita e Indireta (Concentração e Desconcentração)

A Administração Direta corresponde à prestação dos serviços públicos diretamente


pelo próprio Estado e seus órgãos.
Indireto é o serviço prestado por pessoa jurídica criada pelo poder público para
exercer tal atividade.
Assim, quando a União, os Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, prestam
serviços públicos por seus próprios meios, diz que há atuação da Administração Direita. Se
cria autarquias, fundações, sociedades de economia mista ou empresas públicas e lhes
repassa serviços públicos, haverá Administração Indireta (descentralização).
Segundo o inciso XIX do art. 37 da CF/88, alterado pela EC nº 19/98, somente
compõem a administração Pública Indireta as autarquias, fundações, sociedades de
economia mista e empresas públicas, e nenhuma outra entidade, valendo essa regra para
todos os entes da federação. No âmbito federal, essa enumeração já era vista no Decreto-Lei
200/67, recepcionado pela CF/88.

Atenção: não confunda descentralização com desconcentração. Descentralizar é


repassar a execução e a titularidade, ou só a execução de uma pessoa para outra, não
havendo hierarquia. Por exemplo, quando a União transferiu a titularidade dos serviços
relativos à seguridade social à autarquia INSS. Já na desconcentração há somente uma
pessoa, que reparte competências entre seus órgãos, despersonalizados, onde há
hierarquia. Por Exemplo, a subdivisão do Poder Executivo em Ministérios, do Ministério
da Fazenda em Secretaria, e assim por diante.

ATOS ADMINISTRATIVOS

Atos administrativos são espécies do gênero ato jurídico. E então, os atos jurídicos
são qualquer manifestação unilateral humana voluntária que tenha a finalidade de produzir
determinada alteração jurídica.

CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS


Quanto à liberdade de ação, o ato pode ser discricionário ou vinculado. Quando há
uma margem de liberdade, o ato é discricionário. Mas, esta liberdade é limitada, já que os
elementos competência, finalidade e forma são definidos de forma vinculada sem margem
para alteração. Assim, há liberdade apenas nos elementos motivo e objeto. Em contraponto, o
ato vinculado tem todos os elementos do ato administrativo definidos em lei, sem margem de
liberdade.
Quanto à formação da vontade administrativa, o ato pode ser simples, complexo ou
composto. O ato simples tem a manifestação de vontade de apenas um órgão formando
apenas um ato. Já o complexo, tem a manifestação de vontade de dois ou mais órgãos e se
forma apenas um ato. E o composto tem a formação da vontade por meio de dois atos, um
principal e o outro acessório.

CARACTERÍSTICAS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Diferentemente dos contratos administrativos, os atos administrativos são unilaterais e


dependem apenas da vontade da administração pública ou dos particulares que estejam
exercendo prerrogativas públicas. Além disso, eles têm o condão de gerar efeitos jurídicos,
independentemente de qualquer interpelação. Mas estão sujeitos ao controle do Poder
Judiciário. Eles também possuem como finalidade o interesse público e se sujeitam ao regime
jurídico de direito público.

ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS


A presunção de legitimidade significa que os atos foram realizados em conformidade
com a lei. Já a presunção de veracidade significa que os atos, por serem alegados pela
administração, presumem-se verdadeiros. Logo, isso significa que para gerar celeridade aos
processos, os atos produzirão efeitos e são válidos até que se prove o contrário.

A imperatividade traz a possibilidade de os atos administrativos serem impostos a


terceiros independentemente da concordância destes. Mas não são todos os atos
administrativos que são dotados deste atributo.

A autoexecutoriedade significa que o ato pode ser executado independentemente de


ordem judicial. Mas não confunda! Isso não significa que não pode haver controle judicial do
ato. Este atributo só poderá estar presente diante de lei ou em casos urgentes.

Já a tipicidade prevê que o ato administrativo deve estar definido em lei para que se
torne apto para produzir determinados resultados.
A presunção de legitimidade é um atributo previsto em todo ato administrativo, assim como a
tipicidade. Já a imperatividade e a autoexecutoriedade estão previstos em alguns deles.

ELEMENTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Não poderia faltar no resumo de atos administrativos, os elementos encontrados neles.


Competência é o poder legal conferido ao agente para desempenhar as atribuições.
Então, de forma mais informal, seria o sujeito da realização do ato. Elementos vinculados são
aqueles previstos em lei, então, a competência é um elemento vinculado.

A Finalidade geral do ato administrativo é satisfazer ao interesse público. Já a


finalidade específica, por sua vez, é aquela que a lei elegeu para o ato em específico. Como
não se concebe que o ato não satisfaça ao interesse público ou da finalidade prevista em lei,
é um elemento vinculado.

A forma é o modo de exteriorização do ato, a maneira de se manifestar no mundo


externo. Por exemplo, o edital é a forma de se tornar pública a realização do concurso
público. Em sentido amplo, também se incluem como forma as exigências procedimentais
para realização do ato. Já que as formalidades estão previstas em lei e devem ser seguidas,
também se considera a forma como elemento vinculado dos atos administrativos.

O Motivo é a situação de fato e de direito que gera a vontade do agente que pratica o
ato. Mas não o confunda com motivação, já que esta é definida como a exposição
desse motivo!!!!!!. Logo, todo ato deve ter um motivo, mas nem todo ato precisa da
exposição dele. Por exemplo, a exoneração de ocupante de cargo de provimento em
comissão não precisa de motivação, mas precisa de motivo.

Considerando que a finalidade é o resultado mediato desejado para o ato, considera-se que o
objeto é o fim imediato do ato. Assim sendo, representa o resultado prático a que
determinado ato administrativo conduz.

VÍCIOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

O vício mais conhecido de competência é o excesso de poder. O sujeito tem a


competência legal para prática de alguns atos, mas excede os limites dessa competência.
Ainda assim é possível a convalidação do ato, se a autoridade competente ratificar o ato da
autoridade incompetente. Entretanto não é possível a convalidação no caso de competência
exclusiva.
Já o vício principal da finalidade é o desvio de poder. É quando o ato não atende a
finalidade do interesse público, e muitas vezes atende a necessidades particulares.
Os dois vícios vistos acima, o excesso de poder e o desvio de poder, são espécies do Gênero
abuso de poder. Segue esquema para não haver confusão:

No elemento forma, há o vício quando não é atendida a forma prevista em lei ou o


procedimento necessário para o cumprimento do ato.
Já no elemento motivo, quando este é falso, inexistente ou juridicamente inadequado, temos
o vício.

No elemento objeto, pode-se invalidar um ato quando o mesmo for proibido ou não
previsto em lei ou ainda ser imoral, impossível ou incerto.

CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

E para continuar o resumo de atos administrativos vamos ver as classificações mais


importantes para concursos públicos! Pois são elas: quanto à liberdade de ação e quanto à
formação da vontade administrativa.

Quanto à liberdade de ação, o ato pode ser discricionário ou vinculado. Quando há


uma margem de liberdade, o ato é discricionário. Mas, esta liberdade é limitada, já que os
elementos competência, finalidade e forma são definidos de forma vinculada sem margem
para alteração. Assim, há liberdade apenas nos elementos motivo e objeto. Em contraponto, o
ato vinculado tem todos os elementos do ato administrativo definidos em lei, sem margem de
liberdade.

Quanto à formação da vontade administrativa, o ato pode ser simples, complexo ou


composto. O ato simples tem a manifestação de vontade de apenas um órgão formando
apenas um ato. Já o complexo, tem a manifestação de vontade de dois ou mais órgãos e se
forma apenas um ato. E o composto tem a formação da vontade por meio de dois atos, um
principal e o outro acessório

EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS


A caducidade acontece quando o ato está baseado em uma legislação e uma lei
superveniente revoga a lei anterior. Por isso, pela nova lei, aquele ato já não faz mais sentido
no mundo jurídico.

E a contraposição também ocorre com a mudança no mundo jurídico, mas através de


um novo ato que se contrapõe ao ato anterior. Assim sendo, a diferença entre a caducidade e
a contraposição é que a caducidade é com base em nova lei e a contraposição com base em
novo ato.

A cassação é a forma de extinção do ato por culpa do beneficiário, já que ele


descumpriu condições que deveria manter.

A anulação é o desfazimento de ato ilegal e a revogação é a extinção de ato válido,


mas que deixou de ser conveniente e oportuno. E então vale a pena descrever a súmula 473
do STF: “A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial. ”

EXERCICIOS

1. Conforme a Lei nº 8.429, de 02/06/1992, que dispõe sobre as sanções aplicáveis aos
agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo,
emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras
providências, marque a alternativa CORRETA.
A - O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente
está sujeito às cominações desta lei, sem considerar a herança (Art. 8º)
B - A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos se efetivam com a
instauração da representação (Art. 20)
C - Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita
observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato
dos assuntos que lhe são afetos (Art. 4º)
D - O Poder Judiciário, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como
fiscal da lei, sob pena de nulidade (Art. 17, §4º)
E - Somente o Ministério Público poderá representar à autoridade administrativa competente
para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade
(Art. 14)
COMENTARIO: cabe a autoridade administrativa representar ao ministério público. O Art. 6°
reza que no caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário
os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. Art. ... 8° O sucessor daquele que causar
lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei
até o limite do valor da herança. Todo servidor Publico terá direito a ampla defesa e ao
contraditório.

2. De acordo com o Princípio da Impessoalidade, julgue em verdadeiro (V) ou falso (F) as


afirmativas abaixo:
( ) quando existe desvio de finalidade por parte do agente público, o ato caracterizado não é
considerado nulo.
( ) O agente público deve ter sua conduta orientada para o interesse público, em detrimento
de interesses particulares, próprios ou de terceiros, sob pena do ato ser caracterizado pelo
desvio de finalidade, e, portanto, nulo.
( ) O agente público deve ter sua conduta orientada para o interesse particular sempre
quando bem entender.
( ) A arbitrariedade e o subjetivismo não se opõem ao principio da impessoalidade.
Está CORRETO a alternativa:
A - V, V, V, F.
B - V, F, F, V.
C - F, F, F, V.
D - F, V, F, V.
E - F, V, F, F.
COMENTARIO: O princípio da impessoalidade estabelece o dever de imparcialidade na
defesa do interesse público, impedindo discriminações e privilégios indevidamente
dispensados a particulares no exercício da função administrativa. Nos atos nulos não existe a
possibilidade de convalidação, de reparo. Já nos atos anuláveis é possível que os atos sejam
saneados pela administração.

3. A Constituição Federal, em seu artigo 37, caput, indica, de maneira expressa, os princípios
da Administração Pública (direta e indireta), que são:

(A) legalidade, veracidade, publicidade e motivação.


(B) impessoalidade, razoabilidade e continuidade do serviço público.
(C) legalidade, moralidade, publicidade e discricionariedade.
(D) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
(E) publicidade, veracidade, moralidade, discricionariedade e eficiência.
COMENTARIO: uma boa dica é memorizar o acrostico LIMPE (legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência).

4. É classificado como ato administrativo, EXCETO:


a) a permissão para instalação de banca de jornais
b) a autorização para porte de arma
c) a licença para edificar
d) a iniciativa de lei pelo executivo
COMENTARIO: a iniciativa de lei pelo executivo é classificada como ato político ou de
governo, e não ato administrativo, pois é praticada no exercício de uma função puramente
política.

5. Ato administrativo vinculado é aquele que:


a) a lei estabelece os requisitos de sua realização (competência, finalidade, forma, motivo e
objeto), dos quais não se pode afastar o administrador, sob pena de nulidade do ato
b) a lei estabelece os requisitos referentes ao motivo e ao objeto, dos quais não se pode
afastar o administrador, sob pena de nulidade do ato
c) a lei deixa ao prudente arbítrio do administrador a escolha da forma, motivo e objeto, para a
pratica do ato
d) a lei deixa ao prudente arbítrio do administrador a fixação da competência, finalidade,
forma, motivo e objeto, para a pratica do ato
COMENTARIO: Ato administrativo vinculado é aquele que não confere à administração
pública a possibilidade de nenhum juízo de valor na sua realização, pois está inteiramente
previsto na lei

6. Haverá excesso de poder na pratica do ato administrativo, quando:


a) o agente competente praticar o ato com finalidade diversa prevista na lei
b) o agente competente ultrapassar os limites de sua competência ao realizar o ato.
c) o agente competente elaborar o ato em conformidade com a lei
d) o ato for realizado por sujeito incompetente
COMENTARIO: No excesso de Poder o agente, via de regra, busca fins previstos no
ordenamento, mas se excede no emprego dos meios desdobrando também das
competências previstas em lei para sua ação. Já no Vício de Finalidade o chamado desvio de
poder ou desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica ato visando fim diverso
daquele previsto, explicita ou implicitamente na regra de competência.
7. O ato administrativo praticado com desvio de poder é:
a) anulável
b) inexistente
c) nulo
d) valido, mas a autoridade que incorreu no desvio será punida
COMENTARIO: Tomar uma lei como suporte para a pratica de ato desconforme com sua
finalidade não é aplicar a lei; é desvirtua-la; é burlar a lei sob pretexto de cumpri-la. Daí que
os atos incursos neste vício –denominado “desvio de poder” ou “desvio de finalidade” – são
nulos

8. É elemento do ato administrativo, EXCETO:


a) competência (ou sujeito)
b) Forma
c) finalidade
d) presunção de legitimidade
COMENTARIO: são elementos dos atos administrativos a competência, a finalidade, a forma,
o motivo e o objeto.

9. De acordo com o princípio da autotutela:

a) Pode a administração pública anular seus próprios atos quando eivados de ilegalidade,
bem como revoga-los por motivo de conveniência ou oportunidade
b) Pode a administração pública apenas anular os atos que não estão de acordo com a lei
c) Pode o poder judiciário revogar os atos por motivo de conveniência ou oportunidade
d) O poder judiciário e a administração pública poderão revogar e anular os atos pela
ilegalidade ou pela conveniência e oportunidade
COMENTARIO: O princípio da autotutela consiste no poder que a administração pública
tem de controlar seus próprios atos, anulando atos ilegais e revogando atos inoportunos e
inconvenientes. Assim tal poder não se estende ao judiciário, que poderá apenas anular
atos ilegais, com base na sua função jurisdicional, e não pelo princípio em questão.

10. No que diz respeito ao controle jurisdicional dos atos administrativos, é CORRETO,
afirmar:
a) os atos discricionários estão excluídos do controle jurisdicional
b) nos atos discricionários, o juiz poderá examinar apenas o aspecto da competência do
agente
c) o juiz pode adentrar no mérito do ato, caso considere manifesta a inconveniência de sua
manutenção
d) alcança todos os aspectos da legalidade, excluída a valoração quanto à oportunidade ou
conveniência dos atos
COMENTARIO: O poder judiciário somente poderá apreciar a legalidade do ato administrativo
sem adentrar no mérito

11. A autoridade que remove servidor para localidade remota, com proposito de puni-lo:
a) incorre em desvio de poder
b) utiliza-se do poder hierárquico
c) age dentro das suas atribuições
d) pratica ato disciplinar
COMENTARIO: Quando o agente pratica ato com finalidade diversa da prevista em lei,
caracteriza-se desvio de finalidade ou poder

12. Quanto a extinção do ato administrativo, é CORRETO afirmar:


a) oportunidade e conveniência justificam a cassação do ato administrativo
b) a revogação poderá ser ordenada pelo judiciário
c) a administração e o judiciário poderão anular o ato administrativo ilegal
d) somente a administração poderá anular ato administrativo ilegal
COMENTARIO: A anulação é o desfazimento de ato ilegal e a revogação é a extinção de ato
válido, mas que deixou de ser conveniente e oportuno. A cassação é a forma de extinção do
ato por culpa do beneficiário, já que ele descumpriu condições que deveria manter.

13. Os atos que possuem um comando geral e impessoal, são chamados de:
a) Ordinários
b) negociais
c) normativos
d) enunciativos
COMENTARIO: Negociais são os atos que exprimem manifestação de vontade bilateral e
concordante: Administração e particular sugerindo a realização de um negócio jurídico. São
editados a partir da manifestação de vontade do particular e a edição não depende, portanto,
da imperatividade. Licença, autorização e permissão são os exemplos correntes.
Punitivos são os atos que contêm uma sanção imposta ao particular ou ao agente público
ante o desrespeito às disposições legais, regulamentares ou ordinatórias. São exemplos a
multa administrativa (única a depender do Judiciário para a sua execução), a interdição
administrativa, a destruição de coisas, o afastamento temporário de cargo ou função pública.
Todos dependem de procedimento administrativo contraditório (ampla defesa, inclusive) e são
de iniciativa vinculada.
Enunciativos são os atos que apenas atestam, certificam ou declaram uma situação de
interesse do particular ou da própria Administração, tal como ocorre com as certidões,
atestados, pareceres normativos, pareceres técnicos.
Normativos: São atos que contém um comando geral, impessoal, como o regulamento, o
decreto, o regimento e a resolução. O regimento é ato administrativo normativo de aplicação
interna, destinando-se a prover o funcionamento dos órgãos. A resolução é ato editado por
altas autoridades – ministros e secretários de Estado – e se destina a esclarecer situações
própria da sua área de atuação. As deliberações, que podem ser normativas ou meramente
decisórias, retratam a conjugação de vontade da maioria que compõe o órgão colegiado,
possuindo a natureza de ato normativo

14. O descumprimento de obrigação no ato por seu destinatário ou beneficiário, acarretará:


a) a cassação do ato
b) a caducidade do ato
c) a revogação do ato
d) a anulação do ato
COMENTARIO: A anulação é o desfazimento de ato ilegal e a revogação é a extinção de ato
válido, mas que deixou de ser conveniente e oportuno. A cassação é a forma de extinção do
ato por culpa do beneficiário, já que ele descumpriu condições que deveria manter.

15. Os atos administrativos que resultam na conjugação de vontade de órgãos diferentes, são
chamados de:
a) compostos
b) complexos
c) simples
d) bilaterais
COMENTARIO: Quanto à formação da vontade administrativa, o ato pode ser simples,
complexo ou composto. O ato simples tem a manifestação de vontade de apenas um órgão
formando apenas um ato. Já o complexo, tem a manifestação de vontade de dois ou mais
órgãos e se forma apenas um ato. E o composto tem a formação da vontade por meio de dois
atos, um principal e o outro acessório

16. Assinale a alternativa correta:


a) o ato administrativo fica vinculado ao motivo que lhe serviu de suporte
b) o poder judiciário poderá rever o mérito dos atos discricionários da administração pública
c) o desvio de poder caracteriza-se pela edição do ato administrativo põe agente público
incompetente
d) nenhuma das alternativas
COMENTARIO: Os motivos que determinam a vontade do agente integram a validade do ato,
isto é, o ato fica vinculado ao motivo que lhe serviu de suporte

17. O ato administrativo que confere ao particular o exercício de uma atividade de


profissional, tendo em vista o preenchimento dos requisitos legais pelo interessado,
denomina-se:
a) concessão
b) autorização
c) permissão
d) licença
COMENTARIO: Autorização é um ato administrativo por meio do qual a administração
pública possibilita ao particular a realização de alguma atividade de predominante interesse
deste, ou a utilização de um bem público, como exemplo serviços de taxi, despachantes,
pavimentação de rua pela própria população, serviços de guarda particular patrimonial em
estabelecimentos etc. Permissão é ato administrativo discricionário e precário e revogável
unilateralmente pelo poder concedente mediante o qual é consentida ao particular, pessoa
física ou jurídica, alguma conduta em que exista interesse predominante da coletividade.
Concessão é a delegação da prestação do serviço público feita pelo poder concedente,
mediante licitação na modalidade concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de
empresas que demonstrem capacidade de desempenho por sua conta e risco, com prazo
determinado.

18. A autorização do porte de arma e a licença para edificação, são atos administrativos,
respectivamente:
a) vinculado e discricionário
b) discricionário e vinculado
c) vinculado e vinculado
d) discricionário e discricionario
COMENTARIO: Quanto à liberdade de ação, o ato pode ser discricionário ou vinculado.
Quando há uma margem de liberdade, o ato é discricionário. Mas, esta liberdade é limitada, já
que os elementos competência, finalidade e forma são definidos de forma vinculada sem
margem para alteração. Assim, há liberdade apenas nos elementos motivo e objeto. Em
contraponto, o ato vinculado tem todos os elementos do ato administrativo definidos em lei,
sem margem de liberdade.

19. os decretos e as certidões são atos administrativos, respectivamente:


a) Normativos e enunciativos
b) enunciativos e normativos
c) normativos e ordinários
d) ordinários e enunciativos
COMENTARIO: Negociais são os atos que exprimem manifestação de vontade bilateral e
concordante: Administração e particular sugerindo a realização de um negócio jurídico. São
editados a partir da manifestação de vontade do particular e a edição não depende, portanto,
da imperatividade. Licença, autorização e permissão são os exemplos correntes.
Punitivos são os atos que contêm uma sanção imposta ao particular ou ao agente público
ante o desrespeito às disposições legais, regulamentares ou ordinatórias. São exemplos a
multa administrativa (única a depender do Judiciário para a sua execução), a interdição
administrativa, a destruição de coisas, o afastamento temporário de cargo ou função pública.
Todos dependem de procedimento administrativo contraditório (ampla defesa, inclusive) e são
de iniciativa vinculada.
Enunciativos são os atos que apenas atestam, certificam ou declaram uma situação de
interesse do particular ou da própria Administração, tal como ocorre com as certidões,
atestados, pareceres normativos, pareceres técnicos.
Normativos: São atos que contém um comando geral, impessoal, como o regulamento, o
decreto, o regimento e a resolução. O regimento é ato administrativo normativo de aplicação
interna, destinando-se a prover o funcionamento dos órgãos. A resolução é ato editado por
altas autoridades – ministros e secretários de Estado – e se destina a esclarecer situações
própria da sua área de atuação. As deliberações, que podem ser normativas ou meramente
decisórias, retratam a conjugação de vontade da maioria que compõe o órgão colegiado,
possuindo a natureza de ato normativo

20. Para que o ato administrativo possua eficácia externa, deverá ser:
a) publicado
b) legitimo
c) impessoal
d) não deverá configurar abuso de poder
COMENTARIO: A publicidade da eficácia externa aos atos administrativos

21. Assinale a afirmativa correta:


a) todos os atos praticados pela administração pública são administrativos
b) competência, forma, finalidade, motivo e objeto são elementos do ato administrativo
c) a licença para edificar conferida ao particular poderá ser revogada, caso a administração
pública entenda que seja inconveniente
d) imperatividade não é um atributo do ato administrativo
COMENTARIO: a iniciativa de lei pelo executivo é classificada como ato político ou de
governo, e não ato administrativo, pois é praticada no exercício de uma função puramente
política. A imperatividade é um atributo do ato administrativo.

22. São atributos conferidos ao ato administrativo, EXCETO:


a) presunção de legitimidade
b) imperatividade
c) finalidade
d) executoriedade
COMENTARIO: A finalidade é um dos elementos do ato administrativo, não atributo
GABARITO

1. C
2. E
3. D
4. D
5. A
6. B
7. C
8. D
9. A
10. D
11. A
12. C
13. C
14. A
15. B
16. A
17. D
18. B
19. A
20. A
21. B
22. C

PROVAS, CADEIA DE CUSTODIA, EXAMES DE CORPO DE DELITO E DISPOSIÇOES


GERAIS (artigos 155 a 184 CPP)

Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código,
ressalvados:
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos
crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal
Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100);
III - os processos da competência da Justiça Militar;
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17);
V - os processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF nº 130)

Juiz das Garantias


(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de
investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação. (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) (Vide ADI 6.298) (Vide ADI 6.300) (Vide ADI
6.305)
Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação
criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à
autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe especialmente: (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) (Vigência) (Vide ADI 6.298) (Vide ADI 6.299) (Vide ADI
6.300) (Vide ADI 6.305)
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do inciso LXII do caput do art. 5º da
Constituição Federal; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
II - receber o auto da prisão em flagrante para o controle da legalidade da prisão, observado o
disposto no art. 310 deste Código; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo determinar que este seja conduzido
à sua presença, a qualquer tempo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
IV - ser informado sobre a instauração de qualquer investigação criminal; (Incluído pela Lei
nº 13.964, de 2019) (Vigência)
V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou outra medida cautelar, observado o
disposto no § 1º deste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, bem como substituí-las ou revogá-
las, assegurado, no primeiro caso, o exercício do contraditório em audiência pública e oral, na
forma do disposto neste Código ou em legislação especial pertinente; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) (Vigência)
VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada de provas consideradas urgentes e
não repetíveis, assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência pública e
oral; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o investigado preso, em vista das
razões apresentadas pela autoridade policial e observado o disposto no § 2º deste
artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando não houver fundamento razoável
para sua instauração ou prosseguimento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) (Vigência)
X - requisitar documentos, laudos e informações ao delegado de polícia sobre o andamento
da investigação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
XI - decidir sobre os requerimentos de: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em sistemas de informática e
telemática ou de outras formas de comunicação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) (Vigência)
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e telefônico; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) (Vigência)
c) busca e apreensão domiciliar; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
d) acesso a informações sigilosas; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam direitos fundamentais do
investigado; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do oferecimento da denúncia; (Incluído pela Lei
nº 13.964, de 2019) (Vigência)
XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade mental; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) (Vigência)
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos termos do art. 399 deste
Código; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o direito outorgado ao investigado e
ao seu defensor de acesso a todos os elementos informativos e provas produzidos no âmbito
da investigação criminal, salvo no que concerne, estritamente, às diligências em
andamento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para acompanhar a produção da
perícia; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não persecução penal ou os de colaboração
premiada, quando formalizados durante a investigação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) (Vigência)
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas no caput deste artigo. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 1º (VETADO).
§ 1º O preso em flagrante ou por força de mandado de prisão provisória será encaminhado à
presença do juiz de garantias no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, momento em que se
realizará audiência com a presença do Ministério Público e da Defensoria Pública ou de
advogado constituído, vedado o emprego de videoconferência. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) (Vigência)
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da
autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do
inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for
concluída, a prisão será imediatamente relaxada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) (Vigência)
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, exceto as
de menor potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma do
art. 399 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) (Vide ADI
6.298) (Vide ADI 6.299) (Vide ADI 6.300) (Vide ADI 6.305)
§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes serão decididas pelo juiz da
instrução e julgamento. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não vinculam o juiz da instrução e
julgamento, que, após o recebimento da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a
necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo máximo de 10 (dez) dias. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do juiz das garantias ficarão
acautelados na secretaria desse juízo, à disposição do Ministério Público e da defesa, e não
serão apensados aos autos do processo enviados ao juiz da instrução e julgamento,
ressalvados os documentos relativos às provas irrepetíveis, medidas de obtenção de provas
ou de antecipação de provas, que deverão ser remetidos para apensamento em
apartado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos acautelados na secretaria do juízo
das garantias. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas.

Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de
ofício: (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas
consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e
proporcionalidade da medida; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de
diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)

Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas,
assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. (Redação dada
pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem
ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de
praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto
da prova. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será
inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente. (Incluído pela Lei
nº 11.690, de 2008)
§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a
sentença ou acórdão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vide ADI 6.298) (Vide ADI
6.299) (Vide ADI 6.300) (Vide ADI 6.305)

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito,
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se
tratar de crime que envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
I – violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
II – violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência. (Incluído dada
pela Lei nº 13.721, de 2018)

Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados


para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas
de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com
procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a
produção da prova pericial fica responsável por sua preservação. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019) (Vigência)
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou
recolhido, que se relaciona à infração penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas seguintes


etapas: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a
produção da prova pericial; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o
ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) (Vigência)
III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou no
corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias,
filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo
perito responsável pelo atendimento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando suas
características e natureza; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de
forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para
posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o
acondicionamento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as condições
adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a
manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua posse; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser
documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e unidade
de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou o vestígio,
código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e
identificação de quem o recebeu; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a
metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter
o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do
material a ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou
transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) (Vigência)
X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente
e, quando pertinente, mediante autorização judicial. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)

Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por perito oficial,
que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo quando for
necessária a realização de exames complementares. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)
§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem ser tratados como
descrito nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial de natureza criminal responsável
por detalhar a forma do seu cumprimento. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de
locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como
fraude processual a sua realização. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela natureza
do material. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração individualizada,
de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o transporte. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas características, impedir
contaminação e vazamento, ter grau de resistência adequado e espaço para registro de
informações sobre seu conteúdo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise e,
motivadamente, por pessoa autorizada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de acompanhamento de
vestígio o nome e a matrícula do responsável, a data, o local, a finalidade, bem como as
informações referentes ao novo lacre utilizado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)
§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo recipiente. (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia
destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao
órgão central de perícia oficial de natureza criminal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)
§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para
conferência, recepção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a
classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar
condições ambientais que não interfiram nas características do vestígio. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) (Vigência)
§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser protocoladas,
consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a eles se relacionam.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas
e deverão ser registradas a data e a hora do acesso. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)
§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações deverão ser
registradas, consignando-se a identificação do responsável pela tramitação, a destinação, a
data e horário da ação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de
custódia, devendo nela permanecer. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições de armazenar
determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária determinar as condições de
depósito do referido material em local diverso, mediante requerimento do diretor do órgão
central de perícia oficial de natureza criminal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial,
portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas,
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que
tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o
encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao
querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos
exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta
decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos,
desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam
encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas
em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo
juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia
será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na
presença de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua
conservação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008).
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento
especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar
mais de um assistente técnico

Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que
examinarem, e responderão aos quesitos formulados.
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este
prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.

Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.

Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos,
pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que
declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver,
quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem
precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de
alguma circunstância relevante.
Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará para
que, em dia e hora previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto
circunstanciado.
Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará o lugar da
sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem indique a
sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade
procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados,
bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do
crime. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)

Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível,
juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente
rubricados.

Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado, proceder-se-á ao


reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou repartição congênere ou pela
inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de reconhecimento e de identidade, no qual se
descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações.
Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos os objetos
encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.

Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto,
proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária,
de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu
defensor.
§ 1o No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de
suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.
§ 2o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I, do Código
Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime.
§ 3o A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal.

Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade
providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos
peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas
elucidativos. (Vide Lei nº 5.970, de 1973)
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e
discutirão, no relatório, as consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos. (Incluído
pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)

Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a
eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com
provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas.

Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da
coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que
instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado.

Art. 172. Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de coisas destruídas, deterioradas


ou que constituam produto do crime.
Parágrafo único. Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão à avaliação por
meio dos elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligências.

Art. 173. No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver
começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a
extensão do dano e o seu valor e as demais circunstâncias que interessarem à elucidação do
fato.

Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, observar-
se-á o seguinte:
I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, se for
encontrada;
II - para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa reconhecer
ou já tiverem sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja
autenticidade não houver dúvida;
III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os documentos que existirem
em arquivos ou estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência, se daí não
puderem ser retirados;
IV - quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exibidos, a
autoridade mandará que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a pessoa,
mas em lugar certo, esta última diligência poderá ser feita por precatória, em que se
consignarão as palavras que a pessoa será intimada a escrever.

Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infração, a
fim de se Ihes verificar a natureza e a eficiência.

Art. 176. A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência.

Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecado.
Havendo, porém, no caso de ação privada, acordo das partes, essa nomeação poderá ser
feita pelo juiz deprecante.
Parágrafo único. Os quesitos do juiz e das partes serão transcritos na precatória.

Art. 178. No caso do art. 159, o exame será requisitado pela autoridade ao diretor da
repartição, juntando-se ao processo o laudo assinado pelos peritos.

Art. 179. No caso do § 1o do art. 159, o escrivão lavrará o auto respectivo, que será assinado
pelos peritos e, se presente ao exame, também pela autoridade.
Parágrafo único. No caso do art. 160, parágrafo único, o laudo, que poderá ser datilografado,
será subscrito e rubricado em suas folhas por todos os peritos.

Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as
declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e
a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar
proceder a novo exame por outros peritos.

Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades


ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou
esclarecer o laudo. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por
outros peritos, se julgar conveniente.

Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em
parte.
Art. 183. Nos crimes em que não couber ação pública, observar-se-á o disposto no art. 19.
(Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos
ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal,
ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.)

Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a
perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo
penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado.
(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 1o O interrogatório do acusado preso será feito no estabelecimento prisional em que se
encontrar, em sala própria, desde que estejam garantidas a segurança do juiz e auxiliares, a
presença do defensor e a publicidade do ato. Inexistindo a segurança, o interrogatório será
feito nos termos do Código de Processo Penal. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
(Revogado)
§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em
que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do
Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato.
(Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009)
§ 2o Antes da realização do interrogatório, o juiz assegurará o direito de entrevista reservada
do acusado com seu defensor. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
(Revogado)
§ 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das
partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro
recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida
seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades: (Redação dada pela Lei nº
11.900, de 2009)
I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre
organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento;
(Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante
dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância
pessoal; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja
possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste
Código; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
§ 3o Da decisão que determinar a realização de interrogatório por videoconferência, as partes
serão intimadas com 10 (dez) dias de antecedência. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
§ 4o Antes do interrogatório por videoconferência, o preso poderá acompanhar, pelo mesmo
sistema tecnológico, a realização de todos os atos da audiência única de instrução e
julgamento de que tratam os arts. 400, 411 e 531 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.900,
de 2009)
§ 5o Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao réu o direito de entrevista
prévia e reservada com o seu defensor; se realizado por videoconferência, fica também
garantido o acesso a canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor que
esteja no presídio e o advogado presente na sala de audiência do Fórum, e entre este e o
preso. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
§ 6o A sala reservada no estabelecimento prisional para a realização de atos processuais por
sistema de videoconferência será fiscalizada pelos corregedores e pelo juiz de cada causa,
como também pelo Ministério Público e pela Ordem dos Advogados do Brasil. (Incluído pela
Lei nº 11.900, de 2009)
§ 7o Será requisitada a apresentação do réu preso em juízo nas hipóteses em que o
interrogatório não se realizar na forma prevista nos §§ 1o e 2o deste artigo. (Incluído pela Lei
nº 11.900, de 2009)
§ 8o Aplica-se o disposto nos §§ 2o, 3o, 4o e 5o deste artigo, no que couber, à realização de
outros atos processuais que dependam da participação de pessoa que esteja presa, como
acareação, reconhecimento de pessoas e coisas, e inquirição de testemunha ou tomada de
declarações do ofendido. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
§ 9o Na hipótese do § 8o deste artigo, fica garantido o acompanhamento do ato processual
pelo acusado e seu defensor. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
§ 10. Do interrogatório deverá constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas
idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

EXERCICIOS

1. (AUXILIAR DE NECROPSIA PCAC-2017) São inadmissíveis, por serem ilícitas, as provas


que:
A) violam normas constitucionais, não recebendo o mesmo tratamento as que violam normas
infraconstitucionais.
B) violam as normas constitucionais e legais, salvo se obtidas de boa fé pelo agente policial e
forem imprescindíveis ao esclarecimento da autoria.
C) violam normas infraconstitucionais, não recebendo o mesmo tratamento as que violam normas
constitucionais por serem estas programáticas.
D) violam a moral e os bons costumes.
E) embora colhidas licitamente derivam das ilícitas.

COMENTARIO: Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as


provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas

2. Sobre a cadeia de custódia, assinale a alternativa incorreta:


A -Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se
relaciona à infração penal.
B - Isolamento é o ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o
ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime.
C - Coleta é o procedimento por meio do qual cada vestígio é embalado de forma individualizada,
de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com
anotação da data, hora e nome de quem realizou o ato.
D - Armazenamento é o procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do material a
ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou transportado, com
vinculação ao número do laudo correspondente.
E - Descarte é o procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente
e, quando pertinente, mediante autorização judicial.

COMENTARIO: ACONDICIONAMENTO é o procedimento por meio do qual cada vestígio é


embalado de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e
biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou o ato

3. A respeito da cadeia de custódia, assinale a alternativa correta.


A - O início da cadeia de custódia dá-se com o ato de transferir o vestígio de um local para o
outro, utilizando as condições adequadas.
B - Uma das etapas da cadeia de custódia, o armazenamento, consiste no procedimento por meio
do qual cada vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas
características físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e
nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento.
C - É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais
de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude
processual a sua realização.
D - O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela natureza do material e
só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise, pela autoridade policial e,
motivadamente, por pessoa autorizada.
E - Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de custódia, devendo
nela iniciar o procedimento de descarte.

COMENTARIO: Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado


pela natureza do material. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração individualizada,
de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o transporte. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas características, impedir
contaminação e vazamento, ter grau de resistência adequado e espaço para registro de
informações sobre seu conteúdo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise e,
motivadamente, por pessoa autorizada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

4. No tocante à cadeia de custódia da prova, a atuação da perícia é essencial. O perito deve


garantir que o material coletado seja, de fato, submetido às perícias necessárias e,
posteriormente, a depender da situação, armazenar ou descartar referido material. Nesse sentido,
de acordo com o Código de Processo Penal, as etapas que abrangem a cadeia de custódia são:
A - prisão, isolamento, comparação, coleta, acondicionamento, transporte, recebimento,
processamento, armazenamento e descarte.
B - reconhecimento, isolamento, fixação, coleta, acondicionamento, transporte, recebimento,
processamento, armazenamento e descarte.
C - distinção, preservação, análise, comparação, acondicionamento, transporte, recebimento,
processamento, armazenamento e descarte.
D - reconhecimento, isolamento, fixação, manipulação, transferência da posse do vestígio,
acondicionamento, testes físico-químicos, descarte.
E - isolamento, fixação, testes, transporte, processamento, armazenamento, descarte e prisão se
necessário.

COMENTARIO: Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a
produção da prova pericial; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o
ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) (Vigência)
III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou no
corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias,
filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo
perito responsável pelo atendimento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando suas
características e natureza; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de
forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para
posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o
acondicionamento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência
VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as condições
adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a
manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua posse; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser
documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e unidade
de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou o vestígio,
código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e
identificação de quem o recebeu; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a
metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter
o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do
material a ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou
transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) (Vigência)
X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente
e, quando pertinente, mediante autorização judicial. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)

5. É sabido que a fase interna da Cadeia de Custódia compreende todas as etapas a partir da
entrada do vestígio no órgão pericial até as providências finais. Assinale a alternativa que
apresenta todas as etapas que compreendem a fase interna.
A - Reconhecimento; isolamento; fixação; coleta; acondicionamento; transporte; recebimento;
processamento; armazenamento; descarte.
B - Recepção e conferência do vestígio; classificação, guarda e/ou distribuição do vestígio; análise
pericial propriamente dita; guarda e devolução do vestígio de prova; guarda de vestígios para
contraperícia; registro da cadeia de custódia.
C - Recepção; reconhecimento do vestígio; acondicionamento do vestígio; classificação quanto à
natureza; guarda e devolução do vestígio de prova; transporte do vestígio; registro da cadeia de
custódia.
D - Preservação do local de crime; busca do vestígio; reconhecimento do vestígio; fixação do
vestígio; coleta do vestígio; acondicionamento do vestígio; transporte do vestígio; recebimento do
vestígio.
E - Recepção e conferência do vestígio; classificação, guarda e/ou distribuição do vestígio; análise
pericial propriamente dita; acondicionamento do vestígio; transporte do vestígio; processamento;
armazenamento; descarte.

COMENTARIO: VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve
ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e
unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou o
vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e
identificação de quem o recebeu; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a
metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter
o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do
material a ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou
transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) (Vigênci

6. A garantia de total proteção aos elementos encontrados e que terão um caminho a percorrer,
passando por manuseio de pessoas, análise, estudos, experimentações e apresentações até o
final do processo criminal refere-se a:
A) reprodução simulada.
B) laudo pericial.
C) cadeia de custódia.
D) crime e ocorrência de trânsito.
COMENTARIO: Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os
procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio
coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de
seu reconhecimento até o descarte. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

7. Um policial civil apresentou, no protocolo do Instituto Técnico-Científico de Perícias do Rio


Grande do Norte, uma arma de fogo para perícia. Um agente técnico forense recepcionou o
material, conferiu suas características, classificou-o e guardou-o de acordo com as
recomendações do órgão técnico para posterior distribuição para a análise pericial propriamente
dita. Os procedimentos realizados pelo agente técnico forense representam as etapas
A) iniciais da fase interna da cadeia de custódia.
B) finais da fase externa da cadeia de custódia.
C) iniciais da fase externa da cadeia de custódia.
D) finais da fase interna da cadeia de custódia.
E) intermediárias da fase externa da cadeia de custódia
COMENTÁRIO: VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve
ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e
unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou o
vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e
identificação de quem o recebeu; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
8. Sobre o isolamento e a preservação de local de crime, analise as assertivas e assinale a
alternativa que aponta as corretas.

I. Visam garantir que o estado das coisas não seja alterado, proporcionando fidedignidade ao local
e aos vestígios ali presentes, viabilizando sua idoneidade.
II. São de responsabilidade do perito criminal requisitado para o levantamento do local de crime.
III. Estão legalmente previstos, devendo ser providenciados pela autoridade policial.
IV. Constituem o início da Cadeia de Custódia.
V. Idealmente, devem ser realizados mediante o impedimento do acesso físico de pessoas não
autorizadas ao local de crime.
A) Apenas I e II.
B) Apenas I, III, IV e V.
C) Apenas II, III e V.
D) Apenas II, IV e V.
E) Apenas I, II, III e IV.

COMENTARIO: Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a
infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das
coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos
ou esquemas elucidativos. (Vide Lei nº 5.970, de 1973)

9. A Portaria nº 82/2014, publicada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, denomina


cadeia de custódia como o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e
documentar a história cronológica do vestígio, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu
reconhecimento até o descarte. Para garantir a guarda e o controle dos vestígios, todas as
unidades de perícia deverão ter um espaço seguro, denominado:
A) Central de Custódia, com entrada controlada, que apresente condições ambientais que não
interfiram nas características dos vestígios.
B) Cofre, com senha de alta complexidade, que deixe os vestígios, inclusive biológicos, fechados
hermeticamente.
C) Sala Segura, capaz de garantir a integridade, segurança e controle de acesso ao hardware e
ao sistema que armazenam os vestígios cibernéticos.
D) Cadeia de Custódia, protegido por grades e monitoramento por câmeras que permitam o
controle de acesso e a vigilância dos vestígios.
E) Central de Vestígios Cibernéticos, similar a uma sala-cofre de data center, onde os vestígios
cibernéticos são armazenados de forma segura.
COMENTARIO: Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de
custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada
diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) (Vigência)
§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para
conferência, recepção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a
classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar
condições ambientais que não interfiram nas características do vestígio. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) (Vigência)

10. Leia com atenção e assinale a alternativa correta


( ) O levantamento de evidências que contribuam com a investigação possibilita o
estabelecimento da dinâmica dos acontecimentos.
( ) Para a justiça, um depoimento oral prestado por perito será peça de inestimável valia, pois
fornecerá subsídio seguro para o julgador e poderá substituir o laudo pericial.
( ) Vestígio coletado em local de crime será qualificado como uma evidência após a competente
análise pericial e a constatação de sua relação com o fato delituoso.
a) V F V
b) V V V
c) F V F
d) F F V
e) F F F

COMENTARIO: Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde


descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados.
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este
prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.

11. É elemento de convicção considerado prova técnica:


A) o depoimento testemunhal.
B) o laudo cadavérico.
C) a confissão do indiciado.
D) a declaração do suspeito.

COMENTARIO: Prova técnica é aquela produzida por pericia

12. Sobre as providências policiais tomadas em investigação de crime de homicídio, tem-se o


seguinte:
A) se os peritos criminais não apreenderam certo objeto em local de homicídio é porque esse
objeto não interessa à investigação e, sendo assim, também não será apreendido pela autoridade
policial.
B) é obrigatório o comparecimento ao local do crime para providenciar que não se alterem o
estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais.
C) a autoridade policial não poderá proceder à reprodução simulada de homicídio para saber o
modo como foi praticado, pois essa medida contraria a ordem pública.
D) caberá apenas à autoridade policial a coleta de provas técnicas em local de homicídio.
13. O conceito de preservação pode ser do seguinte modo:
A) o ato de proteger os locais de crimes, permitindo assim que as pessoas não autorizadas
aproximem-se do local onde ocorreu o delito.
B) permitir que as pessoas fiquem a uma distância segura para que os peritos desempenhem
suas funções.
C) o ato de isolar o local quando os peritos comparecerem para realização de seu levantamento.

D) o ato de não alterar o estado original das coisas encontradas no local do delito.
COMENTARIO: Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a
infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das
coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos
ou esquemas elucidativos. (Vide Lei nº 5.970, de 1973)

14. A Lei nº 13.964/2019 (Pacote Anticrime) incluiu novos dispositivos no Capítulo II do Título
VII do Código de Processo Penal. Com base nessas mudanças, assinale a alternativa
incorreta:
A) Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para
manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de
crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
B) A coleta dos vestígios deverá ser realizada obrigatoriamente por perito oficial, que dará o
encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo quando for necessária a
realização de exames complementares.
C) O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela natureza do
material.
D) Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia destinada à
guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao órgão central
de perícia oficial de natureza criminal.
E) Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de custódia,
devendo nela permanecer.

COMENTARIO: Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por
perito oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo
quando for necessária a realização de exames complementares. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019) (Vigência)

15. O Código de processo penal rege todo o território nacional, com exceção dos:
a) Crimes cometidos por prefeitos municipais
b) Crimes cometidos contra ou por líderes religiosos
c) tratados, convenções e regras de direito internacional
d) delitos de natureza leve tais como agressões simples
e) Crimes cometidos por ou contra policiais civis

COMENTARIO: Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este
Código, ressalvados:
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos
crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal
Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100);
III - os processos da competência da Justiça Militar;
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17);
V - os processos por crimes de imprensa.

16. Após prisão em flagrante, ou por mandado de prisão deverá:


a) ser encaminhado ao juiz de garantias em até 48 (quarenta e oito) horas para audiência
com o Ministério Público e Defensoria Pública exclusivamente, vedado o emprego de vídeo
conferencia.
b) ser encaminhado à presença do juiz de garantias no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
momento em que se realizará audiência com a presença do Ministério Público e da
Defensoria Pública exclusivamente, vedado o emprego de videoconferência.
c) ser encaminhado à presença do juiz de garantias no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
momento em que se realizará audiência com a presença do Ministério Público e da
Defensoria Pública ou de advogado constituído, vedado o emprego de videoconferência.
d) ser encaminhado à presença do juiz de garantias no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
momento em que se realizará audiência com a presença do Ministério Público e da
Defensoria Pública ou de advogado constituído, vedado o emprego de videoconferência.
e) ser encaminhado à presença do juiz de garantias no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
momento em que se realizará audiência com a presença do Ministério Público e da
Defensoria Pública exclusivamente, vedado o emprego de videoconferência.

COMENTARIO: § 1º O preso em flagrante ou por força de mandado de prisão provisória será


encaminhado à presença do juiz de garantias no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, momento
em que se realizará audiência com a presença do Ministério Público e da Defensoria Pública
ou de advogado constituído, vedado o emprego de videoconferência.
17. Em relação as infrações:
a) Independendte de deixar vestígios ou não toda infração é passível de exame de corpo de
delito
b) cabe aos peritos designados para o exame de corpo de delito deliberar sobre a realização
do mesmo ou não
c) mesmo a infração deixando vestígios, é discricionário à autoridade policial o
encaminhamento ou não ao exame de corpo de delito,
d) quando deixam vestígios é indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto,
podendo, entretanto, supri-lo a confissão do acusado.
e) quando deixam vestígios é indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto,
não podendo supri-lo a confissão do acusado.

COMENTARIO: Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de
corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se
tratar de crime que envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
I – violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
II – violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência. (Incluído dada
pela Lei nº 13.721, de 2018)
18. O Artigo 158 do CPP determina a obrigatoriedade do exame de corpo de delito em toda
infração que deixar vestígios. Dar-se-á prioridade, nesse caso, aos crimes que envolvam:
a) violência doméstica e contra apenados apenas
b) apenas violência domestica
c) apenas aos apenados e encarcerados
d) violência doméstica e contra os encarcerados
e) violência doméstica e familiar contra a mulher; violência contra a criança, adolescente,
idoso e pessoa com deficiência

COMENTARIO: Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de


delito quando se tratar de crime que envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
I – violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
II – violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência. (Incluído dada
pela Lei nº 13.721, de 2018)

19. Em relação ao Juiz de garantias:


a) é o encarregado de acompanhar todas as fases do processo, até o julgamento final
b) sua competência abrange todas as infrações penais sem exceção
c) é responsável apenas pela sentença condenatória
d) sua competência cessa com o recebimento da denúncia ou queixa

COMENTARIO: Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações
penais, exceto as de menor potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou
queixa na forma do art. 399 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) (Vigência) (Vide ADI 6.298) (Vide ADI 6.299) (Vide ADI 6.300) (Vide ADI
6.305)
§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes serão decididas pelo juiz da
instrução e julgamento. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não vinculam o juiz da instrução e
julgamento, que, após o recebimento da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a
necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo máximo de 10 (dez) dias. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

20. Em relação a necropsia medico legal ou forense:


a) tem um prazo mínimo de 6 (seis) horas após a declaração da morte para ser executada,
salvo entendimento dos peritos em contrario
b) durante a sua realização é obrigatório a abertura e investigação de todas as cavidades
corpóreas
c) não existe um prazo mínimo legal, ficando o exame sob única responsabilidade do perito
legista
d) tem um prazo mínimo legal de 3 (três) horas após a declaração da morte para ser
executada, salvo entendimento dos peritos em contario

COMENTARIO: Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo
se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele
prazo, o que declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver,
quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem
precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de
alguma circunstância relevante.

GABARITO

1. E
2. C
3. D
4. B
5. B
6. C
7. A
8. B
9. A
10. A
11. B
12. B
13. D
14. B
15. C
16. D
17. E
18. E
19. D
20. A

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