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Propriedade
Conceito= domínio da pessoa sobre a coisa que engloba um feixe de
atributos, poderes, chamados de usar gozar e dispor da coisa (estático, poder
da pessoa sobre a coisa) e reivindica-la de quem injustamente a detenha
(dinâmico), o que qualquer direito real tem mas a propriedade de modo mais
extenso. Se não for tão extenso assim não é propriedade ou é propriedade
gravada com limitações muito bem delimitadas. Define-se a propriedade por
seus atributos ou faculdades inerentes a situação de proprietário. Lafayette
bem interessante: possibilidade de retirar da coisa toda sua utilidade jurídica.
Caio Mário questiona por não dizer o que é utilidade jurídica mas no caso
possível de entender como é o direito maior, mais seguro e que abre mais
caminhos. Condição normal é plenitude com exceção sendo o limite, qunado
conformado aos valores sociais.
Estrutura de dois núcleos que compõe conteúdo jurídico e econômico do
domínio (caput do art.1228,CC)- núcleo interno do domínio tudo que já falei
Conteúdo externo - faculdade de repelir por ações próprias a ingerência alheia
(eficiência absoluta)
Uso é uso = retirar de um bem tudo que ele pode oferece, servir-se da coisa,
usá-la e até manter-se inerte (PEGAR EXEMPLO DISSO, O QUE PODE NÃO
PODE). Usar- dar a coisa destinação econômica que lhe é própria, utilizar sem
alterar substância
Objeto da propriedade
Elástico envolve uma série de coisas (#direito obrigacional, ATENÇÃO)
Propriedade resolúvel
A propriedade subordinada a uma condição ou a um termo. Implemento
condição resolutiva? Acaba propriedade e nisso acabam também todos outros
direitos reais PENDENTES (isso é bem interessante, a palavra pendência,
maior direito real, regular os outros pela propriedade)- art.1359, CC. O
proprietário beneficiado recupera o domínio livre de tudo, implemento de
condição ou advento do termo.
Precisa constar do título a condição ou termo, os direitos pendentes se
extinguem, salvo os que são compatíveis com a propriedade resolúvel
(administração, colheu frutos, etc)
O ART. 1360---- se a resolução advém do 1359, CC, opera-se com efeito
retroativo. Se não, outra ideia, se resolver-se por causa superveninente ao
título. O que ocorre? Possuidor considera-se proprietário e a pessoa aproveita
a resolução tem ação contra quem se resolveu o domínio para haver a coisa ou
se não for possível – então, atenção, pode chegar a não ser possível- para
obter seu valor. CASO DE INAIDMPLEMENTO QUANDO ELE NÃO É CAUSA
DE RESOLUÇÃO.
Utilidade solo
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE.
TIRANTES. LOCALIZAÇÃO NO SUBSOLO. IMPOSSIBILIDADE DE REMOÇÃO.
INEXISTÊNCIA DE PREJUÍZO OU DEMONSTRAÇÃO DE UTILIDADE.
1. O art. 1.229 do Código Civil, ao regular o direito de
propriedade, ampara-se especificamente no critério de utilidade da
coisa por seu titular.
2. A titularidade do proprietário sobre o imóvel não é plena,
estando satisfeita e completa apenas em relação ao espaço físico
sobre o qual emprega efetivo exercício sobre a coisa.
3. Não tem o proprietário do imóvel o legítimo interesse em impedir
a utilização do subsolo onde estão localizados os tirantes que se
pretende remover, pois sobre referido espaço não exerce ou demonstra
quaisquer utilidades.
4. Recurso especial provido para se restabelecer a sentença de
primeiro grau. (STJ, REsp 1256825 / SP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, 3ª
Turma, julgado em 05/03/2015, disponível em:
https://scon.stj.jus.br/SCON/pesquisar.jsp)
Sociólogos, economistas, políticos e juristas tentam fixar o conceito, determinar
a origem, caracterizar elementos, justificando-a ou combatendo-a. Propriedade
não é inflexível e seu conceito não está na lei, modifica-se ao sabor da
economia, política, aspectos sociais e religiosas. Vai mudando tão radicalmente
quanto nas fases feudais, propriedade individual, até a era do acesso.
Brasil = não tão feudal quanto as capitanis, dominação oriental, raiz sempre
romana e individual.
O que saber da propriedade romana? Nacionalizada, só considerada em solo
romano, nacionalizada e tinha caracteres místico, de celebrar aquisição, etc,
verdadeiro culto, mostra importância e taxatividade da aquisição, formalidade.
Depois, começa a ser dividida com estrangeiros, permitida aquisição aos
estrangeiros, aumento da comerciabilidade, etc.
Vem para o perfil feudal, propriedade nobiliárquica, Revolução Francesa vai
democratizá-la, cancela direitos perpétuos e coloca para rodar, interessando a
coisa imóvel, bem próximo do que se desenha no Brasil.
Chega ao Brasil, o fim dessa pegada toda, propriedade individual como direito
subjetivo, patrimoniais, padrão dos Estados capitalistas. Interessante que a
ideia envolveu usar, fruir, gozar e ABUSAR no início.
Como isso evolui? A ideia de contrariedade ao abuso de direito, evitar que o
direito de propriedade torne-se em instrumento de dominação. Tese mais
célebre é o relativismo, Josserand.
Função social= socialização? Não, a socializada tem características próprias e
inconfundíveis, restrições maiores ao uso da propriedade em nome do bem
coletivo, mas sem subverter ordem econômica e social (caso das locações,
moradia, etc). Questão fundamental é, digamos assim, o “limite” do limite. Fala-
se em publicização, autores como, por exemplo, Washington de Barros, mas
Brasil, por sua vez: “Acreditando e sustentando que os bens são dados aos
homens não para que deles extraiam o máximo de benefício e bemestar com
sacrifício dos demais, porém, para que os utilizem na medida em que possam
preencher a sua “função social”, defendem que o exercício do direito de
propriedade há de ter por limite o cumprimento de certos deveres e o
desempenho de tal função. Esta posição, em que se dão as mãos o
solidarismo de Duguit e o espiritualismo dos neotomistas, encontrou acolhida
em nosso direito positivo”.
PRINCIPAL DIFERENCIAL: REPRIME mau uso e restringe o uso em favor do
bem comum. Vai se dizer, em outra linguagem, propriedade de acordo com
valores constitucionais, solidariedade, os realizando, etc
Função social é prevista na ordem econômica, art. 170, CR.
PROBLEMA: a “pegada” volta aos arts.186 e 182, CR, não é só isso.
Contudo, é aquilo: propriedade privada essencial ao regime capitalista,
garantindo a ordem pública, PELO MENOS, a cada um usar seus bens,
conforme o normal ao que se destinam (CITAR EXEMPLO DA PROPRIEDADE
DE RICO, DE POBRE, PROTEÇÃO, ETC), sobrepondo-se, contudo, o bem-
estar de todos sobre à conveniência dos particulares. Pode utilizar propriedade
privada, etc? Sim, mas deve se conformar aos interesses não proprietários,
situações não proprietárias, constitucionalmente relevantes.
Posse
Da semântica romana ao problema político= porque posse é, ou deve ser,
diferente da propriedade°
Tradição romanista diz Caio Mário, mas...” É claro que a disciplina legal da
posse há de ter presente a organização social contemporânea, e as condições
locais, sob pena de constituir planta desarraigada, e por isso mesmo
condenada a perecer” (Caio Mário da Silva Pereira, p. 33)
Discute muito mas o que sempre está na base? Situação de fato,
independentemente de ser o não a pessoa proprietária, exercendo poderes
ostensivo sobre a coisa, conservando-a e defendendo-a.
RELAÇÃO DE FRUIÇÃO, NÃO DE DISPOSIÇÃO, MAS MUITO AMPLO
COMO PROPRIEDADE, MOSTRAR VÁRIAS
“É assim que procede o dono em relação ao que é seu; é assim que faz o que
tem apenas a fruição juridicamente cedida por outrem (locatário, comodatário,
usufrutuário); é assim que se porta o que zela por coisa alheia (administrador,
inventariante, síndico); é assim que age o que se utiliza de “coisa móvel ou
imóvel, para dela sacar proveito ou vantagem (usufrutuário)”. (...) O ladrão,
aquele que ocupa um imóvel, etc.
Teorias da posse
Posse sempre envolve duas coisas coisa e vontade, corpus e animus.
Procedimento externo, a posse como visibilidade do domínio
ABARCA O QUE NÃO ABARCAVA SAVIGNY , OUTRAS TEORIAS. EFEITOS
PRÁTICOS, USAR POSSESSÓRIAS CONTRA ATÉ PROPRIETÁRIO, ETC.
´Símile a conduta do proprietário é a posse, exemplos do caçador, cigarreira e
armadilha, dar conteúdo econômico à cosia, o caso da livro. QUANDO NÃO
PODE FAZER ISSO? Só quando lei diz que é detenção.