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Pesquisa Mineral

Professor: Pedro Casagrande


Modelos

Modelos
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Lito Descrição Densidade t/m³ COD Padrão Cores


COR r g b
RB Rocha básica 2.40 1 0 204 0
ISC Itabirito Silicoso Compacto 2.90 2 0 0 255
ISSC Itabirito Silicoso Semi Compacto 2.53 3 102 102 255
ISF Itabirito Silicoso Friavel 2.40 4 173 191 255
IHF Itabirito Hematitico Friavel 2.68 5 204 204 204
HF Hematita Friavel 2.80 6 255 0 0
CSC Canga Semi-Compacta 2.70 7 255 204 102
CC Canga Compacta 3.49 8 255 153 0
Modelos

Sondagem Trincheiras
Modelos
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Modelos
Resumo
• Resumo metodológico:
Análise de
Pre- dados espacial Resultado do
Aquisição de
dados
utilizada processamento RESULTADOS
processamento
(Processamento
)
Corpo de  Formações
minério – Geológicas as quais
contém presença de
identificado
mineralizações

Modelagem Geológica
por
sondagem
 Área onde ocorre a
Carimbar o
Localização mineração Modelo do
bloco e
de Cava corpo de
avaliar o que
Local onde pode minério
Direito de é!
ocorrer mineração
Lavra
Local onde há
estudos com foco
Direito de
para que haja
Pesquisa mineração
Resumo

Análise de
Pre- dados espacial Resultado do
Aquisição de
dados
utilizada processamento RESULTADOS
processamento
(Processamento
)
Corpo de  Formações
minério – Geológicas as quais
identificado contém presença de
mineralizações

Modelagem Geológica
por
sondagem
 Área onde ocorre a
Carimbar o
Localização mineração Modelo do
bloco e
de Cava corpo de
avaliar o que
minério
Direito de Local onde pode é!
Lavra ocorrer mineração
Local onde há
Direito de estudos com foco
Pesquisa para que haja
mineração
Serve para quê?

A exploração mineral de uma jazida pressupõe a prévia


determinação da quantidade e qualidade de minério
passível de ser extraído de um modo rentável.
Neste contexto, é fundamental a elaboração de um
modelo representativo da mesma, que reflita de forma
válida as suas características litológicas, estruturais,
geométricas, mineralógicas, físicas, químicas e o modo
como se distribuem as mineralizações e a sua relação
espacial dentro da própria jazida.
Códigos Internacionais (CIM-NI43-101 e JORC)
Objetivos
• Fornecer bases de padronizações para assegurar reportagem confiável e
inequívoca de resultado de pesquisa, recursos e reservas.
• Evitar riscos de distorções, manipulação e fraudes em relatórios de reservas.
• Fornecer diretrizes (guidelines) para avaliar e classificar corretamente recursos e
reservas com níveis de confiabilidades adequadamente dimensionados.
• Ferramenta para assegurar orçamentos e planos de produção seguros e
planejamento estratégico robusto e “sem surpresas.”

Porque a implantação das melhores práticas?


• Cada depósito/região é diferente com suas próprias regras;
• Uniformidade de conceitos e diretrizes (Padronização de critérios);
• Níveis de confiabilidades definidos e entendidos nas diversas áreas;
• Identificar há necessidade de detalhamento (upgrade) de recursos e
desenvolvimento em momento adequado (Segurança no planejamento estratégico);
• Permitir ter quadro técnico qualificado para avaliações seguras de fusões/
aquisições e com isso evitar “surpresas” e decisões erradas;
• Auditorias (internas e externas), reconciliação;
Código JORC
O que é Recurso
Um ‘Recurso Mineral’ é uma concentração ou ocorrência de material de interesse
econômico intrínseco na crosta terrestre de tal forma, qualidade e quantidade que há
possibilidade razoável de eventual aproveitamento econômico.
A localização, quantidade, teor, características geológicas e continuidade de um
Recurso Mineral é conhecida, estimada ou interpretada de evidências e
conhecimento geológico.
Recursos Minerais são subdivididos, em ordem de confiabilidade geológica crescente
nas categorias Inferido, Indicado e Medido.
• Recurso tem que ter chance de ser lavrável economicamente
• Recurso tem que ter áreas contíguas e acessíveis a um projeto de lavra ou
operação de lavra
• Recurso é o minério in-situ sem aplicação de fatores de diluição e recuperação
• Recurso tem que ter um teor de corte, modelo geológico robusto (modelo de
mineralização, modelo de blocos, krigagem)
Cassificação de Recursos
• Medido: Recursos estimados com alto nível de confiabilidade (tonelagem,
densidade, forma, características físicas, teor e conteúdo mineral). Baseado em
exploração detalhada e confiável.

• Indicado: Recursos estimados com razoável nível de confiança (tonelagem,


densidade, forma, características físicas, teor e conteúdo mineral). Com
exploração em malha inadequada, com espaçamento inadequado para
confirmar a continuidade e forma dos corpos e seus teores, porém o
espaçamento é suficiente para se admitir a continuidade.

• Inferido: Recursos estimados com baixo nível de confiabilidade, inferindo-se à


partir de evidência geológica. Se assume, porém não se verifica a continuidade
dos corpos e teores. É baseada em afloramentos, galeria e sondagem limitada ou
de baixa confiabilidade.
Exemplo de Recursos ..... na Pescaria

Inferido Indicado Medido


Etapas Sequenciais
Interpretação dos dados de sondagem

?
Geologia
Relação entre as espessuras das mineralizações e comprimentos das interseções de
sondagem.
Se informações sobre a geometria da mineralização são bem conhecidas nos pontos de
interseção com os furos de sondagem. Nos casos, em que somente o comprimento do furo de
sondagem é reportado (Por ex.: extensão ao longo do furo, largura real da mineralização não
conhecida).
Dados adicionais se significativos devem ser informados (mas não restritos a): observações de
características geológicas, dados de levantamentos geofísicos e geoquímicos;
Amostras e a descrição da amostragem quanto ao processo e método de tratamento;
resultados de testes metalúrgicos; dados de densidade; presença de água subterrânea;
características geotécnicas das rochas presentes; presença de substâncias nocivas e
contaminantes potenciais.
A natureza e a escala de trabalhos futuros planejados (testes de comprovação da extensão
lateral ou de profundidade do corpo ou progresso de programas de sondagem em maior
escala).
Interpretação Geológica

Delineação de Depósitos Minerais

“A delineação dos depósitos minerais é a principal tarefa executada pelo


especialista durante a avaliação geológico-econômica dos mesmos e é efetuada durante o
decorrer da pesquisa mineral, tornando possível se obter dados para valorização do corpo (ou
do jazimento) mineral. Isto significa que são segregadas partes economicamente lavráveis
daquelas estéreis; além disso, detectam-se quais partes devem ser mais acuradamente
investigadas.”
Grossi Sad J.H. & Valente J.G.P. (2007)
Avaliação de Recursos
A construção de um modelo tridimensional de um depósito mineral é baseado em informações
recolhidas por meio de técnicas de prospecção geológica, das quais, as sondagens (e suas
análises litológicas, químicas e físicas) constituem as fontes mais comuns de informação.
O processo de avaliação tem por base várias premissas fundamentais:
1. Extensão do depósito mineral;
2. Geometria tridimensional do corpo mineralizado;
3. Teor médio do depósito;
4. Distribuição espacial dos teores;
5. Estimativas dos recursos;

Matematicamente, o cálculo de recurso nada


mais é do que a integração numérica da função
teor e densidade dentro do depósito de volume V:
Métodos Clássicos
Englobam uma série de métodos amplamente empregados para estimativa de inventários
minerais mesmo antes do advento dos computadores e que permanecem sendo utilizados em
muitas companhias. Incluem os métodos da poligonal, da triangulação e das seções paralelas e
estão sumarizados na Figura 3.3. Foram os primeiros a serem computadorizados e baseiam-se
na atribuição da informação coletada em furos de sonda (espessura, teor, etc) a uma zona ou
bloco.

Métodos geométricos de
estimativa de recursos:
(a) Blocos regulares,
(b) Blocos irregulares,
(c) Poligonal,
(d) Bissecção angular,
(e) Triangulação,
(f) Seções paralelas.
Geometria dos Corpos Mineralizados
Método das Seções

Este método é um dos mais utilizados e sua utilização é adequada a situações em que corpos
mineralizados de geometria mais ou menos irregular foram investigados por meio de
sondagens cujo alinhamento permite estabelecer cortes, perfis ou seções. Este suposto
alinhamento das sondagens é, à partida, uma das restrições deste método pois nem sempre é
possível garanti-lo no campo. (Revuelta & Jimeno, 1997).
Método das Seções

Interpolações de teores (ou de espessuras mineralizadas) são efetuadas para cada seção e
a interpretação resultante das mesmas é projetada perpendicularmente para o volume de
terreno que se estende até metade da distância às secções vizinhas. Deste modo, os sólidos
tridimensionais dos corpos mineralizados são construídos através de triangulações linkando as
strings interpretadas nas seções geológicas verticais com fechamento do corpo até a meia
distância das seções anterior e posterior ao polígono inicial e final.
Continuidade Geológica

A continuidade física e/ou geométrica vão determinar a forma espacial de feições do


depósito mineral ou um dado domínio geológico. Além disso, a continuidade física é
que vai definir até que ponto um determinado domínio é homogêneo, ou seja, dentro
do qual seus parâmetros possam ser considerados estacionários e, somente assim,
passíveis de tratamento estatístico ou geoestatístico.
Parâmetros Estatísticos
Os parâmetros estatísticos mais importantes usados no tratamento das amostras oriundas de
um conjunto de testemunhos de sondagem são, segundo Barnes (1980), os seguintes:
• Média (teor médio); • Variância;• Desvio padrão;• Coeficiente de variação.
Outros estatísticos, não menos importantes neste âmbito, são a covariância a correlação
linear simples de Pearson e os histogramas.

Vantagens
• Compacto e portável;
• Algumas estatísticas correspondem diretamente a parâmetros físicos relevantes;
• Podem ser usados como parâmetros de um modelo de distribuição.

Desvantagens
• Freqüentemente muito condensados;
• Algumas estatísticas são fortemente influenciadas por valores extremos (m, , 2,
assimetria, curtosidade);
• Certas estatísticas são afetadas por vazios no meio da distribuição (M, Q1, Q3, IQR).
Tamanho e tipo dos corpos mineralizados
A escolha da sistemática de pesquisa leva em conta:
•Dimensões (grande, média, pequena)
•Forma, espessura
•Regularidade de distribuição dos teores dentro do corpo mineralizado.

Qualquer classificação tem que levar em consideração a variabilidade natural do


Depósito Mineral → expressa em coeficiente de variação (CV).

•Dispersão estatística:
•O CV reflete a dispersão geral da variável de interesse: teor, espessura, densidade...
Fornece uma indicação do grau de dificuldade para estimativas.

< 1  problema simples – Grupo I


1-2  alguma dificuldade com valores extremos – Grupo II
CV = /m
> 2  valores extremos devem gerar grande dificuldade na
estimativa – Grupo III
Estimativa de Teores
Estimativa de Recursos
O sucesso de qualquer empreendimento de mineração é diretamente influenciado pela
qualidade das estimativas dos recursos minerais e reservas de minério, efetuadas a partir de
informações obtidas durante campanhas de exploração mineral.
Como qualquer avaliação feita com base em dados amostrais está sujeita a uma variação em
torno de um valor verdadeiro, essas estimativas devem ser capazes de alertar para possíveis
altos riscos na classificação errônea desses recursos.

Quanto é analisado?

• MINA DE OURO COM 56 MILHÕES DE TONELADAS.


• 13 442 M DE FUROS DE SONDAGEM
• TESTEMUNHOS REPRESENTAM APENAS 0,000035 % DO CORPO TOTAL DO MINÉRIO.
• APÓS A ETAPA DE PREPARAÇÃO DA AMOSTRA, MENOS DE 0,0000002 % DA MASSA
TOTAL DO DEPÓSITO MINERAL SERÁ ANALISADA.
Densidade Amostral
As metodologias de classificação que utilizam medidas de densidade amostral
envolvem a determinação de o quanto cada bloco está afastado das amostras (furos de
sondagem) e classificam os recursos em diferentes categorias em função dos vários raios de
afastamento. Número mínimo de amostras esteja dentro de um mesmo raio de afastamento
para que um dado bloco ou volume analisado possa ser considerado na classificação de
recursos, podendo variar em função do tipo de depósito, sendo que os blocos estimados com
número de amostras inferior ao mínimo seriam considerados apenas para a categoria de
recurso inferido.
Recurso x Reserva

Os recursos podem ser


considerados sub-econômicos por
várias razões:
•Recurso pequeno ou insuficiente
•Espessura insuficiente para lavra
do Corpo mineralizado
•Baixos teores de minério
•Altas concentrações de estéreis
•Alto custo de processamento
•Ambiente geográfico desfavorável
•Impacto ambiental, recuperação
da área.
Avaliação Econômica
O Processo de modelagem e estimativa de recursos, normalmente termina com uma fase de
estudo de viabilidade econômico financeira, no qual se procura responder a questões que dizem
respeito aos aspectos para eventual abertura de uma mina. Portanto, o estudo de viabilidade é
fundamental para avaliar se um depósito mineral pode vir ou não a ser considerado uma jazida
mineral, do qual se pode extrair minério de um modo rentável, ou seja, obtendo-se lucro..

A receita do bloco (Block Revenue) pode ser dividida nas seguintes partes:
• Valor do teor do bloco (Block Grade Value)
• Custo de extração – (Custo de mão de obra, equipamento, transporte, bombeamento,
eletricidade, combustível, furos de sondagem, explosivos, etc...
• % Diluição
• % Recuperação da Planta
• Preço do Produto

A porcentagem de diluição depende das condições geotécnicas e o método de mineração


utilizado na extração do corpo de minério. A diluição inclui o estéril interno, estéril externo
como parte do método de mineração e a diluição em estéril no transporte/carregamento.
Concepções e parâmetros de mineração
As concepções feitas considerando os possíveis métodos de mineração, dimensões mínimas
das escavações e diluição mínima prevista (desenho de cava detalhado) são necessários os
conhecimentos da superfície topográfica, da extensão e natureza do corpo de minério, das
distribuições e variabilidade espacial dos teores na cava econômica ou final.
“Se uma jazida é avaliada com base na população
de testemunhos de sondagem, a produção da mina
provavelmente não corresponderá às estimativas
feitas, simplesmente porque a jazida não é lavrada
com furos de sonda.”
KIM, 1990
• O processo de interpretação pode acontecer inúmeras vezes, sem a
necessidade de novos resultados de laboratório ou novos furos de sondagem;

LEGENDA

Canga Química Jaspilito


Canga de Minério Minério de Baixo Teor
Hemativa Mole Máfica Decomposta
Hematita Dura Máfica Sã
Quais são os objetivos da Pesquisa Mineral?

Definir se um depósito mineral é ou não uma


reserva.
Classificação de reservas

•Classificações de reservas permitem expressar quantidades de


minério de acordo com o grau de precisão e conhecimento a elas
associado.

•Fundamentais para a declaração de reservas minerais,


convertidas em valores monetários e daí objeto de investimento,
negociação e indenização.
Recursos e Reservas

•A expressão “Reserva Mineral” implica que algum tipo de


medição física do teor e da quantidade de concentração mineral
tenha sido feita in situ. E que a extração seja viável e realizada
com lucro hoje ou num futuro próximo (Zwartendyk, 1972)

•Caso contrário é Recurso geológico.

•A reserva corresponde a uma fração do recursos (1/5 – 1/3), de


acordo com o estágio de pesquisa (Noble, 1993)
Recursos e Reservas

•Progressão típica de recurso geológico para reservas minerais.


O que não fazer

Evolução dos
Recursos
geológicos
em função do
número de
furos de sonda
Recursos e Reservas

•A reserva mineral é o material que foi identificado


geologicamente e que pode ser extraído com lucro no presente

•A reserva base é o material identificado porém de baixo teor.


Pode ser extraído no futuro, dependendo de fatores econômicos

•O recursos inclui a reserva base mais qualquer depósito não


descoberto, independente de fatores econômicos ou técnicos.
Classificação de Reserva

•As principais classificações de reserva adotadas no mundo estão


baseadas na confiança geológica e na viabilidade econômica.

•Usa-se o grau de certeza de reservas como fatos discriminante


entre as várias classes.

•Nenhuma classificação mostra claramente como calcula o erro


associado a uma dada estimativa

•O geólogo utiliza uma área de influência subjetiva (distância) em


torno dos furos de sonda como critério para discriminar reserva
provada e provável.
Banco de Dados – Exploração Mineral
Banco de Dados – Exploração Mineral

INTRODUÇÃO
A base de dados de exploração mineral ideal é um sistema único e centralizado de
armazenamento de dados padronizados relacionais de sondagem e amostragem. De
forma que haja:
• Padronização das informações geológicas, adotando-se um conjunto de códigos e símbolos
para os dados;
• Validações dos dados;
• Controle de entrada dos dados e segurança das informações garantidas pelo acesso
controlado;
• Integração e sistematização das atividades - coleta de dados em campo, interface com
laboratórios, armazenamento, processamento e análise de dados, gerenciamento e
manipulação das informações – consolidadas e documentadas por procedimentos;
• Integração da base de dados geológica com os sistemas de modelagem e avaliação de
reservas;
• Auditabilidade;
• Aderência com os principais códigos de mineração e outras legislações, tais como JORC e
CIM-NI43-101.
RESGATE DADOS HISTÓRICOS

O resgate de dados históricos deve seguir uma sistemática, previamente definida,


para que haja um padrão de procedimentos a serem executados.

• Identificar todas as informações existentes na área do projeto (ex.: Relatórios


Finais de Pesquisa da CPRM e outros estudos realizados na área)

• Classificar as informações por grupo de dados:


Furos de Sondagem (Coordenadas da boca, log’s de descrição, resultados analíticos das
amostras do furo);
Geoquímica (amostras de solo, sedimento de corrente, mapas);
Mapas e seções geológicas;
Geofísica (perfis, mapas);
Alvarás de Pesquisa (quais áreas continuam com a CPRM)
Topografia e GIS
RESGATE DADOS HISTÓRICOS

• Quantificar o número de dados em cada um dos grupos e estabelecer a ordem de


prioridade para a recuperação

• Definir as pessoas para a recuperação dos dados


• Digitar e digitalizar as informações de acordo com as tabelas padrões e a
metodologia de georreferenciamento estabelecida para o projeto
• Validar os dados recuperados
FUROS DE SONDAGEM

Os furos de sondagem são a base para a modelagem geológica, portanto, a


recuperação sistemática de seus dados é de extrema importância para a avaliação do
depósito.

O Furo de Sondagem pode ser composto por diversas tabelas diferentes:


- Collar;
- Survey;
- Lithology;
- Assay;
- dentre outras.

Essas tabelas são correlacionadas umas às outras pela tabela Collar, através de uma
chave primária, o nome do furo (BHID).
Tabela Collar

A tabela Collar armazena as informações relacionadas à boca do furo:

BHID Nome do furo (campo


alfanumérico)
• Nome do Furo
XCOLL Coordenada X (campo numérico)
• Coordenadas (X, Y e Z) AR
• Profundidade final YCOLL Coordenada Y (campo numérico)
AR
ZCOLLA Cota (campo numérico)
R
• Data de início e término LENGT Profundidade final do furo (campo
• Diâmetro H numérico)

• Sistema de coordenadas e Datum


• Alvará de Pesquisa
• Tipo de Sonda
• Empresa executora
Tabela Collar

Nos projetos do Patrimônio Mineral as


coordenadas dos furos estão registradas das
seguintes maneiras:

• No cabeçalho dos perfis descritivos de


sondagem:

• Em tabelas com a lista dos furos no


relatório final de pesquisa:

• No mapa de localização dos furos:


Tabela Survey

A tabela de Survey relaciona as medidas de desvio do furo ao longo de seu


comprimento, mesmo os furos verticais sofrem um certo desvio em relação ao
traçado original e quanto mais profundo o furo maior o desvio.

BHI Nome do furo (campo alfanumérico)


D
AT Profundidade na qual a medida foi tirada
(campo numérico)
BRG Azimute (campo numérico)
DIP Dip (campo alfanumérico)
Tabela Lithology

A tabela lithology contempla as informações relativas à descrição litológica do furo.


Geralmente é composta pelas seguintes colunas:

• Nome do Furo
BHID Nome do furo (campo alfanumérico)
• FROM e TO FROM Início do intervalo litológico (campo
• Litotipo numérico)
• Descrição TO Fim do intervalo litológico (campo
numérico)
Litotipo Sigla do litotipo do intervalo (campo
alfanumérico)
Descriç Descrição litológica do intervalo (campo
• Tipo Mineralização ão alfanumérico)
• Minerais
• Alteração
• Geólogo descritor
Tabela Lithology
BHID FRO T Litoti Descrição
M O po
FURO 0 5 Solo Solo avermelhado.
Validação campos FROM e TO: -1
FURO 5 1 Are Arenito fino com estratificações
FROM: Início do intervalo litológico em -1 5 cruzadas.
metros. Não pode existir outro intervalo FURO 14 1 Sil Siltito bege.
-1 6
litológico com esse mesmo valor de FROM.
FURO 17 2 Arg Argilito com laminas de
-1 0 material orgânico.
TO: Fim do intervalo litológico. Não pode existir outro intervalo litológico
com esse mesmo valor de TO. Esse valor é obrigatoriamente maior do
que o valor de FROM para o mesmo intervalo e deve ser igual ao valor de
FROM do intervalo imediatamente abaixo. O último campo TO do furo
deverá ser igual ao campo LENGTH da tabela Collar.
Tabela Lithology

Campo Litotipo: Sigla pré-definida e padronizada que define o litotipo do intervalo


descrito.

Na maioria dos perfis descritivos do patrimônio mineral da CPRM não foi


estabelecida uma sigla para os litotipos descritos. No entanto, essa é uma
informação de extrema importância para a modelagem, pois agrupa os litotipos
de características semelhantes, auxiliando na correlação dos corpos
mineralizados. Portanto, se a sigla do litotipo não existir, deve-se criar uma lista
de siglas que permitam caracterizar o depósito, isso vai variar de acordo com a
mineralização e as informações disponíveis na descrição.
Tabela Lithology

Campo Descrição: Na época em que os furos dos projetos do patrimônio eram


descritos, era comum agrupar litotipos com características diferentes no mesmo
intervalo de descrição litológica.

BHID FROM TO Litotipo Descrição


Metatufo riodacítico predominantemente cinza-claro com
intervalos cinza-escuro, cremes e róseos. (Quartzo,
plagioclásio, biotita, fragmentos, clorita). Granulação fina a
afanítica e mais raramente, grosseira. Medianamente a muito
fraturada e bastante silicificada. Veios ferromagnesianos
milimétricos e, mais raramente, centimétricos ao longo de
FURO-1 0 7.5 MTRA fraturas, preferencialmente inclinados de 15 a 30. Veios e
vênulas quartzosas milimétricas são comuns. Mostra-se
mineralizado em pirita e calcopirita associados aos veios
ferromagnesianos e, mais raramente, disseminados. A
mineralização, embora pouco concentrada, mostra-se
persistente entre 7.50 a 12.50 e 22.00 a 38.50 m, sendo
aleatória no restante do intervalo.

MTRA Metatufo riodacítico com mineralização persistente de pirita e


FURO-1 7.5 12.5 minerali calcopirita associados a veios ferromagnesianos.
zado
Metatufo riodacítico predominantemente cinza-claro com
intervalos cinza-escuro, cremes e róseos. (Quartzo,
plagioclásio, biotita, fragmentos, clorita). Granulação fina a
afanítica e mais raramente, grosseira. Medianamente a muito
fraturada e bastante silicificada. Veios ferromagnesianos
milimétricos e, mais raramente, centimétricos ao longo de
FURO-1 12.5 22 MTRA fraturas, preferencialmente inclinados de 15 a 30. Veios e
vênulas quartzosas milimétricas são comuns. Mostra-se
mineralizado em pirita e calcopirita associados aos veios
ferromagnesianos e, mais raramente, disseminados. A
mineralização, embora pouco concentrada, mostra-se
persistente entre 7.50 a 12.50 e 22.00 a 38.50 m, sendo
aleatória no restante do intervalo.

MTRA Metatufo riodacítico com mineralização persistente de pirita e


FURO-1 22 38.5 minerali calcopirita associados a veios ferromagnesianos.
zado
Metatufo riodacítico predominantemente cinza-claro com
intervalos cinza-escuro, cremes e róseos. (Quartzo,
plagioclásio, biotita, fragmentos, clorita). Granulação fina a
afanítica e mais raramente, grosseira. Medianamente a muito
fraturada e bastante silicificada. Veios ferromagnesianos
milimétricos e, mais raramente, centimétricos ao longo de
FURO-1 38.5 42.5 MTRA fraturas, preferencialmente inclinados de 15 a 30. Veios e
vênulas quartzosas milimétricas são comuns. Mostra-se
mineralizado em pirita e calcopirita associados aos veios
ferromagnesianos e, mais raramente, disseminados. A
mineralização, embora pouco concentrada, mostra-se
persistente entre 7.50 a 12.50 e 22.00 a 38.50 m, sendo
aleatória no restante do intervalo.
Tabela Assay

A tabela Assay reúne os resultados analíticos das amostras dos furos de sondagem. As
suas colunas variam de acordo com os elementos analisados, os campos obrigatórios
são os seguintes:

BHID Nome do furo (campo alfanumérico)


SampleID Nome da amostra (campo alfanumérico)
FROM Coordenada X (campo numérico)
TO Coordenada Y (campo numérico)
Au_AA_p Colunas com os resultados analíticos
pm (campo numérico)
Tabela Assay
Tabela Assay

Resultados Analíticos:
Primeiramente os campos dos resultados analíticos serão alfanuméricos, por causa
dos sinais de” >” e “<”, quando o teor do elemento estiver acima ou abaixo do limite
de detecção do método analítico.

Para a modelagem esses valores devem ser numéricos, portanto é necessário criar
uma outra tabela com esses símbolos convertidos de acordo com as regras
estabelecidas para o projeto, por exemplo: quando for <5ppm converter para 2,5ppm,
metade do limite de detecção.
Dados Geoquímica

Os dados de geoquímica incluem amostras de solo, sedimento de corrente, amostras


de afloramento e seus mapas temáticos.

A recuperação desses dados deve ser feita com o auxílio de um geoquímico para a
avaliação do que deve ser recuperado e o que não precisa ser recuperado.

SampleID Nome da amostra (campo alfanumérico)


CoordX Coordenada X (campo numérico)
CoordY Coordenada Y (campo numérico)
Cota Cota (campo numérico)
Au_AA_p Colunas com os resultados analíticos (campo
pm numérico)
Frações: Quando mais de uma fração da amostra são analisadas os resultados devem
ser preenchidos em colunas diferentes de acordo com cada fração. Isso porque não
pode existir mais de uma amostra com as mesmas coordenadas.

Cu_AA_ppm_A: fração entre 80 e 60 mesh


Cu_AA_ppm_B: fração entre 150 e 80 mesh
Cu_AA_ppm_C: fração menor do que 150 mesh
Cu_AA_ppm_D: fração menor do que 80 mesh
Outros Tipos de Dado

• Geofísica
• Alvarás de Pesquisa
• Mapas e Seções Geológicas
• Topografia
Validações Collar

• Validação do nome do furo

• Validação valores de coordenadas

• Validação valores profundidade final

• Validação Campos de Preenchimento Obrigatório

• Validação entre Datas: validar inconsistências em datas cadastradas nas tabelas,


como data de início maior do que a de término do furo, data de início do furo
maior que a data de amostragem.
Validações Lithology

• Validação do nome do furo

• Quantidade de furos

• Validação Campos de Preenchimento Obrigatório

• Validação da Profundidade Final do Furo: validar se os intervalos cadastrados nas


tabelas relacionadas ao furo não ultrapassam o valor de profundidade máxima
estabelecido para o mesmo na tabela Collar.

• Validação de gaps/overlaps: validar gaps/overlaps no cadastro dos intervalos


descritivos.

• Nomenclatura dos campos (lista de referência)


Validações Assay

• Validação do nome do furo

• Quantidade de furos

• Validação da Profundidade Final do Furo.

• Validação de Intervalos Amostrais por Litotipo: validar se o intervalo da amostra


cadastrada excede o intervalo litológico.

• Validação de gaps/overlaps: validar gaps/overlaps no cadastro dos intervalos


descritivos. Algumas tabelas podem ter gaps.
Validações Assay

• Validação Limites de Detecção: validar os limites de detecção dos elementos por


método analítico.

• Validação do resultado analítico, como por exemplo, fechamento químico.

• Validação Campos de Preenchimento Obrigatório

• Validação valores dos campos


GEOLOGIA
(contínuo)

MODELO DE BLOCOS
(discreto)
B

A C Topografia
inicial

60m

A B C São furos de sondagem (amostras de solo e rocha)


Interpretação da disposição
do minério em subsolo
(recurso medido)
Estimativa da quantidade e
disposição do minério
(recurso medido + indicado)
Bloco de Estéril

Bloco de minério (% da substância de interesse,


resistência, principais contaminantes)

Topografia?
Em especial, qual é o teor
deste bloco?

Bloco de Estéril

Bloco de minério (% da substância de interesse,


resistência, principais contaminantes)
Em especial, qual é o teor
deste bloco?

Bloco de Estéril

Bloco de minério (% da substância de interesse,


resistência, principais contaminantes)
Representação da cava final em sessão bidimensional.
Topografia inicial

Topografia
final de mina

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